Título: | REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE |
| Autores: | Éden Santos de Castro |
| Resumo: | Este trabalho pretende refletir sobre Pedagogia do Oprimido, através do problema: O conceito epistemológico da educação bancária no contexto do discurso de pedagogia do oprimido assume na contemporaneidade o mesmo sentido, se ressignifica ou torna-se obsoleto? Portanto foi necessário dialogar sobre o conceito epistemológico da educação bancária na pedagogia do oprimido, refletir sobre a importância da Pedagogia do Oprimido para a educação contemporânea, compreender o conceito epistemológico da educação bancária e analisar por uma perspectiva contemporânea o sentido da conscientização. |
| Anexos: | |
| Instituição: | Universidad Nacional de Rosario |
| Área do Conhecimento: | Ciências Humanas |
| Tema: | Pedagogia do Oprimido, Educação Bancária, Contemporaneidade, Conscientização |
Palavras-Chave: | |
| Mesa (1): | Jader Luís da Silveira |
| Mesa (2): | Vagno Vales Lacerda |
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REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Comissão Organizadora -
Número de respostas: 16
Em resposta à Comissão Organizadora
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Jader Luís da Silveira -
Éden, parabéns pelo artigo!
O texto foi muito bem elaborado e escrito.
As lutas na Educação devem ter como base a sua melhoria, seu avanço e sua inovação. Romper com a Educação Bancária e levar a Educação Libertadora são desafios de professores, gestores educacionais e até mesmo do Estado.
Torna-se muito relevante garantir que a opressão não leve os fundamentos de insatisfação social, com prejuízos a Educação.
Dessa forma, todos os educadores tem a grande obrigação de levantar questões, disseminar os conhecimentos de Paulo Freire, e como diz o autor do artigo: “O desejo de todo pesquisador é poder contribuir não exatamente para a busca de respostas, mas para que outras questões, a partir das suas, sejam levantadas da maneira inquietante e instigante abrindo caminhos e possibilidades a outros olhares, outras interpretações”.
Em sua opinião, como educadores e educandos vem rompendo com a Educação Bancária e levando a Educação Libertadora nos diferentes níveis e modalidades de ensino?
Em resposta à Jader Luís da Silveira
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Éden Santos de Castro -
Bom dia!! Muito obrigado!!
Em tempos atuais faz-se necessário cada vez mais o acirramento da luta e da resistência. Estamos vivendo um momento em que, quando vislumbrávamos o limiar de uma educação de fato transformadora, fomos pegos com uma onda de conservadorismo e radicalização das práticas tradicionais. Entretanto, ações de luta e resistência têm também se intensificado e talvez o momento atual seja o mais crucial em relação à pedagogia do oprimido após seu lançamento 50 anos atrás. A sala de aula precisa se configurar como esse espaço de libertação, criticidade e resistência e mais que nunca o debate educativo nacional deve priorizar a conscientização das pessoas para que a educação bancária seja superada.
Em resposta à Éden Santos de Castro
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Vagno Vales Lacerda -
Éden, parabéns pela reflexão que você apresenta no seu artigo!
Considero importante/urgente/necessária essa discussão no atual contexto em que vivemos.
Ao ler o seu texto senti falta de um posicionamento claro de sua parte (nas considerações) acerca do seguinte trecho:
"Porém, ao refletir sobre o discurso de Freire sobre a educação bancária em Pedagogia do Oprimido, ficou evidente a relevância de trazer esse discurso para a contemporaneidade e tentar descobrir se nos tempos atuais a concepção bancária da educação assume o mesmo sentido, ganha ressignificação ou torna-se obsoleta (p.3)".
Diante do fragmento e retomando à pergunta do Jader, quais foram essas descobertas? Houve descoberta? Algum exemplo de relato de experiências?
Em resposta à Vagno Vales Lacerda
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Éden Santos de Castro -
Boa noite!!
Obrigado pelo questionamento. A reflexão sobre o assunto iniciou ano passado após assistir a uma mesa redonda sobre os 50 anos da pedagogia do oprimido que aconteceu no Congresso Nacional de Educação. Esse questionamento apenas me inquietou no campo das ideias e pensei em escrever sobre isso como atividade de uma das disciplinas do doutorado, na qual o professor solicitou que pensássemos em algumas perguntas que faríamos a Paulo Freire. Não pretendo ficar apenas nessa discussão. A ideia é aprofundar para uma pesquisa de campo, uma conversa com educadores, análise de realidades...algo que ainda está amadurecendo em meu pensamento.
Em resposta à Éden Santos de Castro
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Vagno Vales Lacerda -
Éden,
Esse sentimento de inquietude provocado a partir dos posicionamentos de Freire é sempre muito bom.
Sou das Letras, mas somente comecei a ler Freire efetivamente durante minha pesquisa de mestrado, na qual, dentre outros assuntos, discuti sobre educação crítica.
Professores e pesquisadores preocupados com uma educação crítica, reflexiva e transformadora precisam começar suas reflexões a partir dos postulados freireanos!
Em resposta à Vagno Vales Lacerda
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Éden Santos de Castro -
Que a inquietude nos acompanhe...
Em resposta à Vagno Vales Lacerda
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
Concordo com você a educação Freiriana deve estar presente nos contextos universitários mas também na educação básica, a sua filosofia de vida nos evoca a questionar a nossa prática e permite a romper com às práticas pelos quais por muito tempo foram utilizadas, a reflexão, o conhecimento mutuo, a figura do professor como mediador do conhecimento e não detentor são quesitos fundamentais para se pensar em uma educação de qualidade para os alunos.
Em resposta à Éden Santos de Castro
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Edilma Dias de Lima -
Edén, fantástico o seu artigo!
Esse livro, Pedagogia do Oprimido, marcou a minha história durante no tempo da faculdade. Impressionou-me a visão de Paulo Freire àquela época e quão forte é essa conscientização hoje. Você nos trouxe à novas reflexões sobre a educação bancária e o risco da massificação do saber. O conhecimento traz poder, e você soube percorrer por este tema de forma sútil e responsável. Acreditando que estamos vivendo um tempo hostil na educação, pergunto: como acha que podemos (enquanto professores), garantir uma educação libertadora já na primeira infância (alunos da educação infantil)? Acha possível trabalhar esse tema com essa faixa etária (5 anos)?
Em resposta à Edilma Dias de Lima
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Éden Santos de Castro -
Edilma, o que mais me impressiona em Paulo Freire é justamente essa capacidade que ele tem de estar sempre à frente do tempo. Acredito que essa "magia" dos ideais dele sempre estará presente naqueles educadores que de fato se preocupam com uma educação transformadora. Sempre haverá algo em Freire possível de se realizar, mas também sempre haverá aquela sensação de que ainda falta...talvez justamente por ele nos apresentar a inconformidade como combustível para o ato de educar. Eu sempre acreditei que é na Educação Infantil que nós tempos as maiores possibilidades, justamente pq ela rompe algumas coisas que estão arraigadas do Ensino Fundamental em diante, como o ensino por disciplinas. Na Educação Infantil você é estimulado a ter um pensamento menos fragmentado das coisas quando trabalha com as áreas do conhecimento e quando recebe a oportunidade de enxergar o aluno de forma integral, a partir das suas capacidades (física, cognitiva, estética, ética, de inserção social, de relação interpessoal, etc). As crianças estão mais abertas à arte, na construção de sua abstração, o que dará vez para futuramente a filosofia, por exemplo. Existem várias possibilidades e acredito que devemos escrever um artigo sobre isso. ahahah. Obrigado pela contribuição!
Em resposta à Comissão Organizadora
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
Prezado Éden, primeiro parabéns pelo trabalho. Educação bancária é um conceito que já trouxe muitas reflexões na minha época de graduação.
Gostaria de retomar o seu questionamento: "[...]nos tempos atuais a concepção bancária da educação assume o mesmo sentido, ganha ressignificação ou torna-se obsoleta?" e, assim como nosso colega Vagno, também senti falta de um posicionamento mais claro de sua parte. Na minha concepção, penso que o conceito de educação bancária sofre ressignificações a todo momento seja no ensino básico, seja no ensino superior. O que torna sua "utilização" muito atual.
O que você acha? A concepção bancária de Paulo Freire ainda é bem vinda nas discussões acadêmicas ou melhor buscarmos outro conceito, talvez mais abrangente, não sei... Vamos conversando
Em resposta à Paula Bárbara Miranda Camilo
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Éden Santos de Castro -
Querida colega Paula,
Eu ainda estou muito inquieto com tudo isso. kkkk
Resolvi escrever apenas para "por pra fora" as minhas indagações, mas ainda estão todas amadurecendo. Esse trabalho exposto aqui e as contribuições de vcs irão me estimular ao aprofundamento da discussão.
Como falei ao colega acima, esse questionamento apenas me inquietou no campo das ideias e pensei em escrever sobre isso como atividade de uma das disciplinas do doutorado, na qual o professor solicitou que pensássemos em algumas perguntas que faríamos a Paulo Freire. Não pretendo ficar apenas nessa discussão. A ideia é aprofundar para uma pesquisa de campo, uma conversa com educadores, análise de realidades...algo que ainda está amadurecendo em meu pensamento.
Em resposta à Éden Santos de Castro
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
Bom dia, Éden!
Muito legal! Penso que estar movido por inquietações sempre nos levam a bons trabalhos e reflexões.
Suas propostas para aprofundar o tema são muito pertinentes. Boa sorte na sua jornada e até breve
Em resposta à Comissão Organizadora
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Alexsandro Luiz dos Reis -
Éden parabéns pelo trabalho. É libertador e necessário difundir trabalhos com uma perspectiva freiriana. Em tempos tão sombrios e com o esfacelamento de um dos principais educadores brasileiros tratar e fazer reflexões sobre a extensa obra de Paulo Freire é louvável. Presumo que tenha um embasamento teórico-metodológico que me permite fazer a seguinte pergunta: porque a educação bancária em sua concepção não é praticada? Em sua opinião quais são os obstáculos para começar inserir nas escolas os vieses da educação freiriana?
Abraço.
Em resposta à Alexsandro Luiz dos Reis
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Éden Santos de Castro -
Alexandro, obrigado pela contribuição!
Na verdade a reflexão que venho tentando construir é se a educação bancária discutida por Freire ainda existe da forma como ele pensou, se ela foi superada ou se foi ressignificados. Não sei se conseguirei chegar a uma conclusão por tão cedo. hahah Creio que daria a pesquisa para uma tese.
A educação freireana necessita ser aprofundada nos cursos de formação de professores. É necessário clarear os conceitos de currículo crítico, de educação como transformação da sociedade e de concepções pedagógicas. Esses temas devem estar no centro da formação dos professores.
Em resposta à Comissão Organizadora
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
Boa tarde, Éden,
Parabéns pelo trabalho.
Gostaria de destacar o seguinte trecho, "como a educação pode levar o ser humano à consciência da “vocação do ser mais” (Freire, 1987, p. 16) levando-se em consideração que, muitas vezes as situações de opressão são parte intrínseca do fazer educativo? Como conscientizar o educando para as situações de opressão quando os professores são também parte daqueles que os oprimem?". São questões relevantes que nos levam à reflexão, ter consciência disso é fundamental, mas como conscientizar os professores de que são opressores, quando não se veem dessa forma?
Abraços,
Valdirene.
Em resposta à Valdirene Batista da Costa Lage
Re: REFLEXÕES ACERCA DO CONCEITO EPISTEMOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BANCÁRIA NO CONTEXTO DO DISCURSO DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO NA CONTEMPORANEIDADE - Autor: Éden Santos de Castro
por Éden Santos de Castro -
Bom dia Valdirene!!
Ótima e inquietante questão. A conscientização de professores perpassa por sua formação, mas também compreendemos que vai para além disso. Existem questões conceituais e ideológicas que muitas vezes fogem ao alcance da formação. Porém, tentar sempre é possível. Devemos insistir para que professores continuem em debate e torcer para que eles passem, segundo o que Freire diz, de uma curiosidade ingênua para a curiosidade epistemológica.
Abraços!