A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Comissão Organizadora -
Número de respostas: 29

Título:

A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

Autores:Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro
Resumo:

Este artigo apresenta importante reflexão a respeito de como surgiu, no Brasil, a Gestão Escolar Democrática, como ela tem se desenvolvido, desde então, e qual o papel que gestores escolares e comunidade têm para que esse tipo de gestão ocorra de fato. Considera o quanto este tipo de Gestão Escolar contribui para a formação dos cidadãos e para a própria concretização da democracia. Também apresenta exemplo de escola que exerce a Gestão Escolar Democrática em sua plenitude.

Anexos:
Instituição:Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Polo Inconfidentes
Área do Conhecimento:Ciências Humanas
Tema:Gestão escolar, democracia, participação e educação

Palavras-Chave:
 
Mesa (1): Jader Luís da Silveira
Mesa (2): Nathan Peixoto Oliveira
LEIA Artigo Completo em PDF: Documento PDF ART_09_ELISABETH CAMPOS, LARA R. V. PAULA, CAROLINA F. PEREIRA, et al..pdf


Em resposta à Comissão Organizadora

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Jader Luís da Silveira -

Primeiramente, parabéns as autoras pelo excelente texto!

O gestor quando atua como mediador, deve usar os seus conhecimentos e recursos para atuar em diversos tipos de conflito, como forma de auxiliar as partes envolvidas a se comunicarem mais adequadamente para que possam chegar a um entendimento conciliatório. 

Somente pode-se construir uma gestão participativa e democrática, quando suas bases são constituídas com o diálogo, a comunicação e a mediação de problemas do ambiente. 

O clima organizacional agradável é um fator primordial para qualquer empresa, porém quando a organização trata-se de uma instituição de ensino, os cuidados devem ser maiores. 

A gestão deve manter pautas voltadas para sua descentralização, bem como a priorização das necessidades do aluno; valorização do profissional de ensino e demais funcionários, aperfeiçoamento constante por meio de formação continuada, automatização os processos com as tecnologias da informação e comunicação. 

A boa gestão obtém seu sucesso através de processos bem planejados e organizados, observando também a necessidade de avaliação constante desse processo. 

No momento em que a gestão ganha êxito, os ganhos não são apenas do indivíduo que ocupa o cargo, mas de toda a comunidade envolvida, com pais, equipe e professores com uma relação harmônica, visando a formação acadêmica e cidadã efetiva dos alunos de hoje, que representam o futuro da nação. 

Como as autoras pensam que outras escolas possam implantar a gestão democrática em sua plenitude e obter sucesso como as citadas no texto? Vocês acham que outras escolas no país podem obter tal êxito?

Em resposta à Jader Luís da Silveira

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Ana Cláudia Teodoro -

Bom dia Professor Jader, agradecemos o reconhecimento pelo nosso trabalho.

De fato resolver conflitos, tanto internos, quanto externos, não é uma tarefa tão simples, assim precisamos buscar alternativas, recursos ou mesmo dinâmicas que nos favoreçam nesta atividade. O diálogo por sua vez deve estar sempre presente em todas as áreas, trazendo com ele um ambiente democrático e funcional.

Respondendo ao seu questionamento: Sim, todas as instituições educacionais, nacionais ou internacionais, podem aplicar a gestão democrática e obter excelência em suas ações, desde que exista um planejamento descrito em seu projeto político pedagógico para efetivar suas ações.

Trazer a comunidade a participar ativamente da instituição torna-se um fortalecedor de vínculos entre gestão, equipe e comunidade.


Em resposta à Ana Cláudia Teodoro

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Nathan Oliveira -

Boa tarde a todos.

Reitero aqui as congratulações às autoras Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro pelo artigo "A gestão escolar democrática".

Gostaria de trazer uma contribuição de um dos livros nacionais mais citados nesta área (segundo as bases Scopus e Google Acadêmico): "Planejamento Dialógico" de Paulo Roberto Padilha.

Segundo Padilha (2002), o planejamento político-pedagógico deve ser feito e executado em sinergia com o ambiente educacional (se fazendo presentes alunos, docentes e a administração escolar). O autor diz ainda que a instituição que não o faz, não só deixa de gerar uma formação cidadã como interrompe a perpetuidade deste processo.

REFERÊNCIA

PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. 2002. Disponível em: <http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/conteudo-2007-2/T1-3SF/Planejamento_Pol%EDtico_Pedag%F3gico.pdf>. Acessado em 13 nov. 2019.

Grande abraço,

Nathan Peixoto Oliveira.


Em resposta à Nathan Oliveira

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Cynthia Garbo Teixeira -

Prezado Nathan

Obrigada por participar acrescentando seu comentário.

Este trabalho de pesquisa nos enriqueceu muito em conhecimento, e novos recursos e a indicação do autor que mencionou serão de grande auxilio em nossa jornada para vida na pedagogia.

Eu que atuo como agente escolar já tenho percebido claramente como a questão da sinergia realmente é um elemento constituinte para o com desenvolvimento dos trabalho na unidade escolar. Precisamos estar conectados a rede da sociedade de conhecimento, bem como das melhores prática de gestao sobre pena de ficarmos excluidos um processo mais eficiente de construção de gestao democrática.

Cynthia Garbo Teixeira

Em resposta à Cynthia Garbo Teixeira

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Nathan Oliveira -

Bom dia, Cynthia, parabéns não apenas pelo ótimo trabalho mas pela empatia facilmente percebida

em sua atuação profissional na qual percebe a grande ligação entre a participação e sinergia com a construção de uma sociedade mais igualitária e democrática.

Grande abraço,

Nathan Oliveira.

Em resposta à Jader Luís da Silveira

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Lara Ribeiro do Vale e Paula -

Bom dia, Jader!

Primeiramente, em nome de todas as autoras, agradeço pelo elogio!

Bem... quanto ao seu questionamento, como comentado pela Ana Cláudia, vemos que a implantação da gestão escolar democrática pode, sim, se efetivar. Tanto que temos visto isso acontecer. Em vídeo produzido pela UNIVESP, Gestão Democrática e autonomia pedagógica (parte1/2), a professora Lourdes Marcelino Machado (doutora em educação - UNESP) afirma que “devagarinho, as escolas, e algumas escolas mais do que outras, estão se preparando, preparando as suas equipes para que esse dispositivo se torne real”.

Entretanto quando pensamos em gestões escolares democráticas plenas, tais como as citadas no texto, embora sejam possíveis, só podem ser conquistadas mediante a superação de muitos desafios.

São necessários: Primeiro, investimentos. E quando nos referimos a investimentos, estamos considerando tanto os investimentos em estruturas e recursos como também na formação continuada, de qualidade, para os profissionais que atuam no âmbito escolar. Segundo, é preciso disposição para mudar. A “quebra” de paradigmas tradicionais é imprescindível. As escolas brasileiras, em especial as públicas, ainda estão significativamente revestidas por formas tradicionais tanto de ensino como de administração, as quais foram historicamente firmadas no espaço escolar.

Ainda, podemos apontar como fatores dificultadores:

No setor privado, o fato de que as ações da equipe de gestão estarão diretamente relacionadas às necessidades financeiras da instituição. Trata-se de um negócio.

Já no setor público, os ideais dos executivos políticos, não raro, estão em primeiro plano. Assim sendo, os gestores educacionais, geralmente, se encontram subordinados a um partido político.

 


Em resposta à Jader Luís da Silveira

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Carolina Pereira -

Primeiramente gostaria de agradecer aos parabéns professor Jader.

Considerando que a gestão escolar democrática tem seu enfoque na participação de cada um dos indivíduos envolvidos no contexto escolar, de modo que suas opiniões, suas preocupações, seus anseios, seus interesses sejam ouvidos, pois somente assim as atividades desenvolvidas no âmbito escolar, contribuirão para que tudo ocorra de forma efetiva e eficaz.

Sendo assim, cada pessoa envolvida no contexto escolar, pode se sentir valorizada, motivada e incentivada a dizer o que pensa e contribuir satisfatoriamente para o melhor desenvolvimento das atividades que ocorrem dentro da escola. 

E, essa motivação em cada individuo é fundamental, afinal de contas, cada um realizando a sua função com competência e amor pode resultar em um trabalho extraordinário.

É claro que para a escola obter êxito na gestão democrática, exige engajamento de todos os envolvidos, motivação, organização, empenho. Tais características podem sim ser um desafio para uma gestão democrática de sucesso. Porém, se superados e trabalhados  podem produzir resultados surpreendentes, além da união entre todas as esferas de funcionários da escola, alunos e comunidade.

Em resposta à Jader Luís da Silveira

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Cynthia Garbo Teixeira -

Muito bom participar deste evento!!

Respondendo e comentando a questão de Jader LuÍs da Silveira

Como as autoras pensam que outras escolas possam implantar a gestão democrática em sua plenitude e obter sucesso como as citadas no texto? Vocês acham que outras escolas no país podem obter tal êxito?

Em meio a pesquisa passamos a conhecer algumas propostas que tem obtido êxito em criar uma gestão democrática e inovadora.

Escolas como Amorim Lima que tem sua metodologia de trabalho presentada na platarforma Escolas Transformadoras (https://escolastransformadoras.com.br/escola/emef-desembargador-amorim-lima/) o Projeto Âncora que funcionava como uma organização de serviço social e agora atende a educação de forma inovadora (https://escolastransformadoras.com.br/escola/escola-projeto-ancora/), vemos que é possível e muito uma escola conectada ao século XXI, e que se une a comunidade e seus vários parceiros de caminhada para ajudar os alunos a se desenvolverem.

O foco da gestão é em geral a paixão por contruir um legado para próximas gerações. formando cidadãos autonomos e criativos, com inteligencia emocional para gerir suas escolhas.

Com toda certeza é muito mais dificil implementar mudanças em escolas mais antigas, mas o que pode garantir um caminhar de evolução é trabalhar por passos e metas, criando uma agenda de desafios a ser alcançaados por toda comunidade escolar.

O gestor como lider deve ser paciente e atento, sempre motivando o grupo e ditando um ritmo para que as coisas aconteçam, sempre ouvindo, aconselhando e incentivando, ou seja, um gestor com olhar para o futuro, para inovação e que mantenha ativa a esperança em bons resultados que advém de um grupo de pares que tem ideias diversas, mas caminham na mesma direção.


Em resposta à Comissão Organizadora

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Éden Santos de Castro -

Bom dia!! Ótima discussão!


Ultimamente temos presenciado no país uma onda conservadora que não comunga com o diálogo e com a participação horizontal. Entretanto, falar em gestão democrática em sua plenitude é justamente permitir que múltiplas vozes participem do processo. Como as autoras percebem a gestão democrática na perspectiva do futuro? Qual a responsabilidade dos agentes educativos não contexto atual diante de ameaças democráticas gerais e de que maneira isso pode afetar a educação atual?

Em resposta à Éden Santos de Castro

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Ana Cláudia Teodoro -

Boa Tarde Éden.


De fato nos vivenciamos um momento eu que a educação passa a ser silenciada e a sociedade é cada vez mais excluída da tomada decisões. Neste contexto resgatar o espírito participativo e construir uma descentralização de decisões que realmente funcione e influencie o âmbito educacional vem tornando-se um desafio.


Apesar de ser hoje um assunto em “alta”, a gestão em formato de participação comunitária pode ser observa nas obras de Paulo Freire nos estudos advindos destas literaturas, entre outras obras inspiradoras.


Em uma perspectiva futura, observa-se que a sociedade moderna cria cada vez mais profissionais que buscam trabalhar e desenvolver ações participativas junto a gestões descentralizadas. Enquanto por um lado ainda observamos profissionais atrelados em paradigmas impostos por uma sociedade conservadora, como mencionou: “que se expande”, por outro observamos um crescimento de educadores e gestores cada vez mais capacitados e dispostos a construir projetos integradores, destinar recursos a esta temática e levar em consideração as contribuições positivas que a coletividade poderá trazer à repartição.


Em resposta à Ana Cláudia Teodoro

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Nathan Oliveira -

Perfeito Ana, enquanto tivermos partes excludentes no processo de gestão escolar democrática, perderemos o que o autor Padilha (2002) chama de retroalimentação do projeto político-pedagógico. 

Cada vez mais temos sentido ausente a objetividade da educação diante de um aumento da complexidade das atividades escolares, todavia, é fundamental que se reafirme o termo Freiriano de "círculos de cultura", base do planejamento dialógico e essencial para a formação e atuação docente (PADILHA, 2002).

REFERÊNCIA

PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. 2002. Disponível em: <http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/conteudo-2007-2/T1-3SF/Planejamento_Pol%EDtico_Pedag%F3gico.pdf>. Acessado em 13 nov. 2019.


Em resposta à Éden Santos de Castro

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Elisabeth Campos -

Boa noite Éden,

Complementando a resposta da Ana Cláudia, a democracia no Brasil ainda é recente e decidir ser democrático é mudar um paradigma dentro de si, o diretor escolar hoje tem duas escolhas ou trata dos assuntos escolares com base no autoritarismo e carrega todas as responsabilidades da instituição em suas costas ou ele aprende a ser democrático e delegar, tornando, assim, seu fardo mais leve. É claro que, como em tudo na vida, toda mudança dói, exige esforço acima da média, alguns gestores farão uma pequena tentativa e desistirão nos primeiros obstáculos, outros nem tentarão ou por discordância ou por comodismo, outros tentarão e conseguirão ter avanços significativos em direção à democracia, o fato é que se trata de um processo. Mas o paradigma geral tem mudado, grandes empresas se descobrem mais produtivas quando delegam, quando ouvem, quando promovem o bem estar de seus colaboradores, quando são menos autoritárias, crianças se mostram mais produtivas em sala de aula quando são respeitadas, quando são ouvidas, os filhos de hoje não aceitam simplesmente o “não” eles querem saber o “porque?”, a formação de professores está totalmente voltada para esta nova criança e para o paradigma da democracia, podem até abolir o nome “Paulo Freire”, mas será que é tão simples abolir seu legado? As ações democráticas têm mostrado sua importância e eficácia em diversos âmbitos, não é apenas uma questão escolar isolada, trata-se de uma mudança de paradigma geral, alguns se adaptarão e outros resistirão, mas não podemos afirmar que um retorno ao autoritarismo nos dias atuais será igual foi há cinquenta anos atrás, porque hoje somos diferentes e conhecimento não tem volta. Sempre temos escolhas, alguns educadores estarão sim de acordo com paradigma mais conservador, mas nem todos e não é porque o educador está em desacordo com a política atual do país que ele não pode plantar sua semente.


Em resposta à Elisabeth Campos

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Débora Araújo da Silva Ferraz -

Parabéns meninas pelo texto.

Em minha pesquisa vejo como muitas vezes quando a gestão da escola não é democrática os processos não caminham como deveriam.

É fundamental destacarmos o fato de que muitos entendem a gestão como o diretor, porém como vocês assinalam muito bem, quando falamos de gestão escolar, estamos nos referindo a todos os membros que integram essa gestão e que precisam trabalhar em conjunto e de forma articulada em prol dos mesmos objetivos: quer seja diretor, vice-diretor, supervisor ou orientador. A prática de uma concepção democrática depende da cooperação e incentivo de todos.

Só assim a escola caminha mais unida e alinhada aos processos inerentes a ela.

Em resposta à Débora Araújo da Silva Ferraz

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Lara Ribeiro do Vale e Paula -

Obrigada, Débora!!

Realmente, é o que muitas vezes vemos. E, inclusive, por parte do(a) próprio(a) diretor(a) escolar - que tende a centralizar todo o poder de decisão em si mesmo. Infelizmente, é comum vermos escolas em que a equipe de gestão não se comunica bem. Têm formas de pensar diferentes e cada um fica insistindo em seu próprio ponto de vista ao invés de buscar um entendimento que favoreça a todos.

Entretanto, a escola não é o espaço em si. Não é o prédio que a abriga. São as pessoas. Todos precisam se envolver. E o(a) diretor(a) precisa estar disposto(a) a abrir espaço para que isso aconteça.

Diz o ditado que "duas cabeças pensam melhor do que uma". E isso é uma grande verdade.

Em resposta à Débora Araújo da Silva Ferraz

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Ana Cláudia Teodoro -

Bom Dia Débora,

Realmente uma gestão centraliza acabada obtendo desvantagens em seus processos, algo que não é tão incomum nas escolas brasileiras, não é verdade.

Muitos gestores ainda possuem aquela visão hierárquica onde somente "ele" é capaz de realizar  tomadas de decisões e desenvolver projetos naquela instituição. Imagine o quanto uma instituição perde quando um projeto político pedagógico é construído sem considerar os conhecimentos profissionais ali presentes e suas contribuições.

Alinhar ações em equipe é fundamental, todos ali presentes devem "falar a mesma língua".

Em resposta à Débora Araújo da Silva Ferraz

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Carolina Pereira -

Boa noite Débora!

A temática da gestão democrática é muito importante, pois, como você mesma comentou as pessoas ainda enxergam a gestão como função especifica do diretor. Devemos mudar esse paradigma e mostrar que para gestão funcionar de fato e trazer resultados ela precisa da atuação de todos os membros envolvidos no contexto escolar, ou seja, um trabalho de equipe, onde todos tem voz. 

Em resposta à Elisabeth Campos

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Lara Ribeiro do Vale e Paula -

Bom dia!

De fato, a democracia sempre foi algo conquistado a duras penas. E, acreditamos, como muito bem colocado pela Elisabeth, ser um processo – que não está completo.

Eis então a nossa grande responsabilidade enquanto educadores: formar seres capazes de buscar a efetivação de tal processo.

Paulo Freire sempre defendeu que não há neutralidade na educação. Penso que essa “não neutralidade” não diz respeito a defender um ou outro partido político, mas sim a atribuir aos sujeitos noções de direitos e deveres. Gestão Escolar Democrática envolve autonomia e autonomia envolve responsabilidade. Precisamos trabalhar na formação de indivíduos que reconheçam – tanto para si, como para o outro - a existência de direitos que são inalienáveis. E que a partir desse conhecimento sejam capazes de defender e exigir o cumprimento de tais direitos. Nunca se esquecendo, porém, de sua parcela de responsabilidade para o bem comum.

Mas, como poderemos fomentar tal formação se, desde bem cedo, estivermos condicionando nossos alunos a apenas obedecer, a se manterem passivos, a não ter vez nem voz?

Por isso a prática da democracia no âmbito escolar – espaço privilegiado quanto a formação dos indivíduos – se faz tão importante.


Em resposta à Lara Ribeiro do Vale e Paula

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Nathan Oliveira -

Boa tarde, Lara.

Sobre o processo democrático e a necessidade dos alunos também terem vozes, reforço que a educação é um estado inacabado, contínuo, pendente de construção coletiva, não cabendo apenas ao professor professor como única parte integrante, mas a toda comunidade acadêmica. 

Deve ser feito, portanto, de forma compartilhada e igualitária. Isto vai de encontro ao formato clássico educacional onde o conteúdo era visto como algo fixo, um fato consumado e o professor era o ser soberano, inquestionável e detentor de todo o conhecimento. Assim, cada vez mais a educação moderna traz os alunos como agentes, participando ativamente da construção e constante modificação dos saberes.


Em resposta à Nathan Oliveira

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Lara Ribeiro do Vale e Paula -

Boa tarde, Nathan!!


Verdade. Temos visto, mesmo que em alguns casos "a passos lentos" a educação se modernizar de forma a se tornar mais democrática.

Mas, ao mesmo tempo, vejo que a educação também tem sofrido certo retrocesso com respeito à qualidade.

A sociedade como um todo, e os educadores de certa forma privilegiada, precisamos não só garantir aos alunos a oportunidade de ter vez e voz. Mas também a capacidade de, por meio de conhecimentos, refletir de forma crítica em seus contextos de vida e de mundo.


Em resposta à Éden Santos de Castro

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Cynthia Garbo Teixeira -

Edén,

A meu ver o futuro é bem mais promissor para educação, sem romantismo é claro.

As universidade do seculo XX, não formaram profissionais alinhados com a visão democrática, entretanto, os novos pedagogos e cientistas dá educação vem promovendo as mudanças e como uma onda que começa lenta e vai num crescente, é assim que acredito para as escolas do futuro. Aqueles participantes que nao se adequarem a nova modalidade de trabalho podem correr o risco de se sentirem excluidos e sem voz, pois o tradicional não alimenta o novo sistema de administrar. A Escola como organismo vivo precisa de um olhar e mente aberta dos participantes para dar fluência a novas ideias e projetos.

Em resposta à Comissão Organizadora

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Alexsandro Luiz dos Reis -

Parabéns as autoras pelo trabalho. Lendo o presente artigo me deparei com alguns nunces do efeito reverso de seu trabalho. Nesse caminho, destaco gestões das quais presenciei totalmente autoritárias, sem diálogo, que faziam da escola espaços em que não havia uma participação democrática. Presumo, que este cenário ainda seja oriundo de uma concepção antiga das gestões, pautadas em indicações das quais ainda não havia as eleições como ocorrem hoje. Em suma, acredito que uma boa escola está amparada neste tripé da gestão-alunos-comunidade extra escolar, como os pais dos alunos. A partir deste interação feita de maneira correta e com a participação de todos os mencionados poderemos ter uma gestão democrática em que todos terão vozes e poderão ser escutados de forma igualitária.

Em resposta à Alexsandro Luiz dos Reis

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Ana Cláudia Teodoro -

Boa noite Alexsandro, agradecemos suas considerações.

Realmente uma gestão que não viabiliza o diálogo torna-se desmotivante, desgastante, apresentando ainda chances muito maiores de adoecimento da equipe. Infelizmente você não é o único que já presenciou este cenário, como mencionamos aqui, apesar de ser um assunto muito debatido, a teoria nem sempre é colocada em prática.

Falamos muito e integrar toda a equipe nas decisões, porém ouvir e considerar as famílias também é parte da democracia educacional. Para Alves (2009) o que realmente falta entre a escola e a família é a comunicação. Em seu trabalho a autora ainda fortalece esta ideia expondo o fato de proporcionar mais situações participativas das famílias, como reuniões e comemorações em horários mais flexíveis, as pautas destas reuniões não precisam ser exclusivamente sobre comportamento dos alunos, mas deixar uma abertura para que estes pais possam expor suas opiniões mesmo que posteriormente elas não sejam tão proveitosas, este sentimento de participação naquele ambiente reflete diretamente nos alunos.

ALVES, Silvane Rodrigues Leite. História e cotidiano na formação docente: desafios da prática pedagógica. 1 ed. Curitiba: Editora IBPEX, 2011.


Em resposta à Alexsandro Luiz dos Reis

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Lara Ribeiro do Vale e Paula -
Olá Alexsandro!

De fato, percebemos que esse é mesmo o caminho: a interação colaborativa e respeitosa entre os vários envolvidos - gestão, demais funcionários da escola, alunos, pais e ou responsáveis e todo e qualquer cidadão pertencente à comunidade escolar.
É de suma importância, por exemplo, que um indivíduo se veja como responsável pela boa qualidade da escola existente em seu bairro, mesmo que não tenha filhos estudando ali. Afinal, aquela escola está trabalhando na formação de pessoas que fazem e/ou farão parte de seu cotidiano. Pessoas com as quais estabelecerá relações sociais.
A co-responsabilidade de todos é imprescindível!!
Em resposta à Comissão Organizadora

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Valdirene Batista da Costa Lage -

Boa tarde, Elisabeth, Lara, Carolina, Cynthia e Ana,

Parabéns pelo trabalho.

Na conclusão do trabalho de vocês, há a seguinte afirmação: "no entanto, é um processo em andamento e que ainda se vê envolto por certas “amarras” das quais precisa se livrar." Que amarras seriam essas e como poderíamos nos livrar delas?

Abraços,

Valdirene.

Em resposta à Valdirene Batista da Costa Lage

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Lara Ribeiro do Vale e Paula -

Oi Valdirene,


Em um dos comentários anteriores que fiz comento sobre, veja:

No setor privado, o fato de que as ações da equipe de gestão estarão diretamente relacionadas às necessidades financeiras da instituição. Trata-se de um negócio.

Vejo, por exemplo, casos de escolas particulares nas quais alunos e pais (os clientes) serem ouvidos. E os professores não terem suas opiniões consideradas.

Também já tive conhecimento de escolas particulares que de certa forma "abafam" muitos fatos para que os mesmos não cheguem ao conhecimento dos pais. Os alunos são tratados como "reizinhos" que têm sempre a razão. Muitas vezes, atitudes erradas não são apresentadas. A escola não se importa em formar indivíduos responsáveis. Temem apenas em perder o cliente, caso levem certos casos ao conhecimento dos pais certas situações. E assim, vão dando continuidade a gerações de indivíduos egoístas, incapazes de - como seres democráticos - considerar o bem comum e respeitar opiniões.

Já no setor público, os ideais dos executivos políticos, não raro, estão em primeiro plano. Assim sendo, os gestores educacionais, geralmente, se encontram subordinados a um partido político.

Quem trabalha em escola pública bem sabe disso: "tem que dançar conforme a música". A cada diferente governo, mudam também muitas das diretrizes, projetos bacanas são descontinuados por terem sido lançados por outro partido, entre outras coisas.

Possibilidades de livramento?!?!

Talvez seja possível, mas não sem mudanças significativas. É um processo lento e cultural.


Em resposta à Comissão Organizadora

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Luana de Cássia Silva Ferreira -

Primeiramente queria parabenizar as autoras pelo trabalho, é de suma importância de pensar nessa temática a partir do contexto atual é impressindivel, no ensino público, a gestão democrática pode ser como um elo entre os professores, alunos e comunidade. Haja vista que agir democraticamente seja um desafio essa dinâmica faz com que além de aproximar a comunidade da realidades dos alunos , trazem para si um trabalho eficaz. Como bem explicado pelas autoras, esse tipo de gestão da autonomia para que as decisões sejam tomadas em conjunto e isso é muito importante para a convivência escolar e também para possibilitar o professor que convive mais próximo da realidades dos alunos auxiliar os gestores na construção conjunta do conhecimento.

Em resposta à Comissão Organizadora

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Luana de Cássia Silva Ferreira -

Primeiramente queria parabenizar as autoras pelo trabalho, é de suma importância de pensar nessa temática a partir do contexto atual é impressindivel, no ensino público, a gestão democrática pode ser como um elo entre os professores, alunos e comunidade. Haja vista que agir democraticamente seja um desafio essa dinâmica faz com que além de aproximar a comunidade da realidades dos alunos , trazem para si um trabalho eficaz. Como bem explicado pelas autoras, esse tipo de gestão da autonomia para que as decisões sejam tomadas em conjunto e isso é muito importante para a convivência escolar e também para possibilitar o professor que convive mais próximo da realidades dos alunos auxiliar os gestores na construção conjunta do conhecimento.

Em resposta à Comissão Organizadora

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Luana de Cássia Silva Ferreira -

Primeiramente queria parabenizar as autoras pelo trabalho, é de suma importância de pensar nessa temática a partir do contexto atual é impressindivel, no ensino público, a gestão democrática pode ser como um elo entre os professores, alunos e comunidade. Haja vista que agir democraticamente seja um desafio essa dinâmica faz com que além de aproximar a comunidade da realidades dos alunos , trazem para si um trabalho eficaz. Como bem explicado pelas autoras, esse tipo de gestão da autonomia para que as decisões sejam tomadas em conjunto e isso é muito importante para a convivência escolar e também para possibilitar o professor que convive mais próximo da realidades dos alunos auxiliar os gestores na construção conjunta do conhecimento.

Em resposta à Luana de Cássia Silva Ferreira

Re: A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA - Autoras: Elisabeth Campos, Lara Ribeiro do Vale e Paula, Carolina Ferreira Pereira, Cynthia Garbo Teixeira e Ana Cláudia Teodoro

por Lara Ribeiro do Vale e Paula -

Sim Luana.


É imprescindível a participação de todos. e quanto nos referimos a todos inclui não apenas os gestores e professores, mas todo o quadro de funcionários da escola, bem como a comunidade escolar.

Isso possibilita enxergar as situações por diferentes prismas e, consequentemente, habilita o gestor escolar a compreender melhor o todo.