Jennifer, boa noite. 

Primeiro quero agradecer a sua mediação. Muito obrigado. 

Nós, os autores, somos militares e mais interessante, pois somos de instâncias e momentos diferentes no espaço militar. Eu, gay, militar a mais de 21 anos, sargento da Marinha e a Wadslene, 10 anos na Marinha, Oficial e mulher negra. A combinação mais linda para nos motivas a escrever sobre todas as frentes das questões que envolvem o exercício da profissão, os (pre) conceitos e preconceitos acerca da nossa presença na Instiutição. 

A nossa motivação foi buscar entender porque homens gays e mulheres são impedidas diante da palavra e do ato de serem distintos lideres nos espaços de comando. 

Na verdade este é o início de um longo debate analisando as Forças Armadas como um espaço CISnormativo, excludente e tradicionalmente hierarquizado pelos conceitos, tradições e preconceitos. 

Abraços a todos,

Fábio Coradini

Jennifer, tudo bem? 

Primeiro quero expressar a minha alegria em estar dialogando com esse menino incrível que é o Fábio. 

Nosso trabalho foi construído a partir de uma conversa, onde ambos apresentaram suas indagações quando as posições de gênero dentro 

do militarismo, espaço em que nós atuamos e trabalhamos a anos.

Agradeço a recepção e saiba que foi e esta sendo uma honra dividir tantas inquietações com você. 

Abraços, 

Waslene Soares Cândido Tavares

Querida Jussara, boa noite. 

Obrigado pelos comentários. Destaco em sua fala "Mas é na modernidade que esse tema ganha maior relevância como objeto de análise".

Nesta modernidade, cercada de possibilidades, de debates, posicionamentos e acima de tudo, o mecanismo de dar voz a quem antes não era pertencido a sociedade. 

Neste sentido vamos construindo e ressignificando posturas, ações e práticas políticas que possam minimizar e até mesmo potencializar determinadas instituições que vivem a margem de uma sociedade primitiva e destituída da diversidade. 

Abraços, 

Fábio Coradini

Jussara querida, boa tarde. 

Eu sou uma mulher negra, pobre, filha de vendedores e que compreendeu que estar dentro do militarismo era "sim" 

o meu espaço. Nessas articulações entre querer ingressar, me deparei com muitas questões, entre elas, você não vai aguentar. 

Ao ingressar me deparo com uma Instituição engessada e completamente CIS masculina branca e preconceituosa. 

Diariamente vamos ocupando espaços, quebrando barreira e avançando dentro do espaço, mas lhe confesso, que tarefa árdua. 

Por isso essas discussões são tão importantes. 

Obrigado pelo espaço. 

Wadslene Soares Cândido Tavares

Querido Eurico, boa noite. 

Obrigado pela recepção. Preciso mais que tudo destacar essa parte da sua fala: "práticas antidemocráticas e de cerceamento do respeito ao outro". 

Como mencionei no comentário da Jennifer, eu e a autora, somos a representatividade do que para a Instituição não deveria estar presente. 

Hoje me considero um "sobrevivente" dentro deste espaço que ainda me olha como o elemento sem pertencimento. 

Temos muitos debates pela frente. 

Abraços, 

Fábio Coradini

Boa Tarde Eurico. 

Obrigado pela recepção. 

Você trouxe um debate importante sobre o cerceamento do respeito ao outro. 

Dentro do militarismos as barreiras quando não rompidas entram dento do discurso de que sempre foi assim e a tradição militar. 

Enquanto isso as pessoas vão sendo silenciadas e separadas dos movimentos em que possam cocriar com outros novos olhares e formas de 

dar voz ao militar silenciado. 

Obrigado. 

Wadslene Soares Cândido Tavares

Boa Tarde. 

Obrigado Tielle. 

Abraços, 

Fábio Coradini

Boa Tarde Irene. 

Obrigado por prestigiar nosso espaço. 

Ainda se trata de um campo bem nebuloso, mas que com muita luta será desbravado.

Abraços, 

Fábio Coradini

Querido Luidy, boa noite. 

Destaco em sua fala: "... de poder nas instituições", e quando articulamos as questões de poder dentro das Forças Armadas, nos deparamos 

com uma estrutura hierarquizada por conceito e desestruturante no processo de humanização. 

As pessoas são tratadas perante as análises da instituição como um número, um conceito, uma nota. 

As relações de poder só podem ser integradas na condição de eu mando e você obedece, uma arbitrariedade e um processo antiquadro e 

de desrespeito ao direito de todos. 

Vamos que vamos pois a luta é longa. 

Abraços, 

Fábio Coradini

Gabriella, boa tarde.

Exatamente neste contraponto que queremos trazer o debate. 

Importante entender que nada é tão obscuro que não possa ser acessado. 

Aos poucos estamos conseguindo. 

Abraços, 

Fábio Coradini