A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Comissão Organizadora B -
Número de respostas: 34

 

Título:

A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA.

Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas,
Resumo:

 

O ato de comer é um modo acessível de ser compreendido nas mais diversas culturas. Contudo, saber o que se come, quando e com quem exige-se uma condição de estranhamento e convivência local sobre a interpretação dessas linguagens materializadas na coletividade. Viemos assim, compartilhar uma experiência na escola pública com 10 de alunos do 3º ano ensino médio a respeito de hábitos alimentares pessoais durante a pandemia em 2020. Os resultados permitiram ampliar a valorização dos repertórios culturais dos alunos na escola com práticas dialógicas da diversidade humana.


 

 Links e informações complementares  
Área do Conhecimento: Ciências Humanas

Campo de pesquisa ou Curso:

Educação
Instituição:  PUC-SP
Palavras-Chave:
Mesa (1):  Carolina Maia dos Santos
Mesa (2):  Mateus Esteves de OliveirA
Mesa (3):  Alexsandro Luiz dos Reis

LEIA Artigo Completo em PDF:   Documento PDF Revisado 2-Selfie alimentacao adolescente final.pdf

 

 

Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Alexsandro Luiz dos Reis -

Sejam bem-vindos participantes e autores Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas ao UEADSL 2021.1.

O trabalho debate uma temática bastante atual e que permeia o dia a dia das escolas. Desse modo convido a todos para  um debate profícuo e que possa refletir sobre o assunto.

Bom trabalho.....


Alexsandro Luiz dos Reis

Coordenador de Mesa



Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -

Olá, pessoal!

Sejam bem-vindos e bem-vindas ao Congresso Nacional Universidade,  EAD e Software Livre 2021.1 !!  \o/ \o/  \o/

Primeiramente, desejo que estejam bem e com saúde! 

 

Bem, eu sou a Carol e estarei aqui trocarmos conhecimento a fim de enriquecer a experiência de todos, em especial, dos nossos autores!

Éderson, Adriano e Ana Paula, parabéns pelo trabalho!

Mas eu fiquei curiosa: Achei a atividade relatada no texto de vocês bem interessante. A ideia de trabalhar a questão alimentar familiar veio em função do cenário imposto pela pandemia ?


Um abraço a todos e vamos lá!



Em resposta à Carolina Maia dos Santos

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Obrigado pelas colaborações Carol e turminha.

As bases se devem a uma série de eventos, saúde, pandemia, ciência e uma homenagem a nossa maravilhosa culinária brasileira constituída pelos traços mineiros.

Diante dos problemas que emergem da vivência na pandemia, buscamos compreender sobre os vínculos afetivos de nossos alunos entre alimentação e linguagem. A justificativa é ampliar debates que fomentem ciência com sabor e saberes pela arte da comensalidade, ou seja, o que representa degustar e viver na cidade ao lado de outros humanos pela busca de uma existência mais plena. 

E vamos juntos nestes  300 anos de Minas!!

Em resposta à Ederson Cordeiro

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -

Olá, Ederson!

Muito interessante mesmo! Achei bem-vinda a ideia de colocar alimentação, redes sociais e adolescentes numa mesma análise!

Espero que vocês possam dar continuidade ao trabalho!

Em resposta à Ederson Cordeiro

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Mateus Esteves de Oliveira -

Com certeza, Emerson!

A pandemia tem alterado a alimentação de muitos de nós (pessoalmente, eu me incluo neste grupo). Alguns, pela possibilidade de passarem mais tempo em casa e tendo mais tempo para prepararem o próprio alimento, melhoraram seus cardápios; outros, pela ansiedade do momento, passaram a comer além ou aquém do necessário, e mal!

Especialmente para os adolescentes, diante de tantas novidades da indústria alimentícia, realmente fica difícil manter a linha.


Isso posto, no primeiro parágrafo da conclusão,  vocês escreveram que a "pandemia oportunizou repensarmos a importância significativa da família, escola, colegas que mobilizam nossas formas em compreender sobre ato de comer e da alimentação saudável".

Com relação à escola, em particular, como o grupo de autores compreende o trabalho dela na educação alimentar no modo remoto de ensino? Na visão do grupo, esse aspecto anda sendo negligenciado? 

Em resposta à Mateus Esteves de Oliveira

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ana Paula Ferreira Vargas -

Olá Mateus, tudo bem?

Primeiramente temos que recordar qual é a função da escola, certo? Aqui vamos compreendê-la como instituição social que tem como objetivo a formação cidadã dos estudantes para que se tornem sujeitos transformadores do espaço, baseando-se em uma perspectiva de análise crítica e reflexiva da realidade em que se encontram inseridos. Ao nos depararmos com o ensino remoto, imposto pela pandemia, passamos a utilizar novas ferramentas que passam a ser os instrumentos para o remodelamento do processo de ensino-aprendizado, o que nos força a sair de nossa zona de conforto e buscar uma formação continuada proativa. Quero dizer com isso, que esta formação nos força a buscar maneiras de interagir com o meio tecnológico de plataformas digitais e com isso passamos a ter acesso a várias formas de conceber a educação, utilizando da multimodalidade para isso. A partir do momento que entendemos a necessidade de tornar as aulas atrativas, visto que o meio remoto de ensino não é uma prática habitual dos estudantes, começamos um processo de ampliar nosso conhecimento, pois os veículos para sistematizar o ensino com propostas de vídeos, imagens, fotografias, entre outros, nos revela que muitos dos nossos conhecimentos podem estar estagnados e, de repente, vem aquela sensação de que a escola pode estar presa a determinados conhecimentos que são insuficientes para esta formação dos estudantes, como é o caso da alimentação. Muito mais do que hábitos saudáveis, que também são questionáveis quando nos embasamos nos estudos, pois a cultura tem grande influência nesta definição de hábitos saudáveis assim como os cotidianos vivenciados e a a região em que se encontram inseridos, ela traz relações com afetividade e com a desigualdade social também e esta reflexão que buscamos dos nossos estudantes. Porém a situação das desigualdades sociais se torna um grande agravante quando nos deparamos com a acessibilidade ao ensino remoto. Por isso, por vezes, as próprias plataformas digitais se tornam um fator complicador para desenvolver esta temática alimentar. O que defendemos é que algumas formas de interações mais acessíveis e que fazem parte do dia a dia dos estudantes devem ser utilizadas. Outro ponto relevante é que com o ensino remoto e a proximidade com o fato de podermos adentrar os lares e as famílias, assim como disporem de materialidades que estão próximas as mãos facilita entender a alimentação e como ela é significativa para a formação dos estudantes, mas nos perguntamos como seria no presencial? E aí surge o novo desafio!!! Primamos que com esta temática e o nosso trabalho que mais professores se conscientizem da importância de desenvolver esta temática dentro da escola e busquem estratégias de ações na qual os estudantes possam articular a teoria com a prática neste processo reflexivo de constituição social e cultural, valorizando as vivências particulares.

Em resposta à Ana Paula Ferreira Vargas

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Mateus Esteves de Oliveira -

Muito bem colocado, Ana Paula!

Precisamos articular teoria e prática para que aluno reconheça de fato a contribuição da educação alimentar na sua saúde, e não apenas na moda estética que há ao redor do ideal de corpo e de alimentação socialmente construído. 

Em resposta à Ana Paula Ferreira Vargas

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -
Obrigada pelas considerações, Ana Paula!

Uma dúvida: Ao longo do projeto, vocês encontraram muitas diferenças na alimentação que tenham relação com as nossas desigualdades sociais? Como eram essas diferenças?
Em resposta à Carolina Maia dos Santos

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ana Paula Ferreira Vargas -

Sim, em muitos dos contextos por trabalharmos com escolas periféricas e escolas centrais sentimos e muito esta diferença na alimentação das famílias e dos estudantes. Em famílias com recursos melhor a alimentação nem sempre é tão saudável como pensamos, atribuindo a isso não só a correria mas o consumismo aportado na necessidade de compras de alimentos veiculados em massa como por exemplo danones, chocolates, salgadinhos, entre outros. Em outras realidades nos deparamos com a falta de alimentos variados, aparecendo com força o arroz e o feijão e por causa dos aumentos contínuos as misturas eram controladas. Percebemos ainda que as cestas básicas que alguns estudantes recebiam como auxílio proporcionado por escolas era a alimentação que possuíam e como tal não havia muita variação. Em ambos os contextos percebemos que as necessidades dos estudantes se tornavam variadas e quando colocadas em questões causava reflexão e até vergonha em alguns deles e aí que nosso trabalho começava a tomar força pois mostrávamos a desigualdade assim como as possibilidades de variar com a alimentação disponível. Em relação a vínculos familiares, o que foi percebido é que estão diminuindo cada vez os momentos de alimentação em família e, aparentemente, as famílias com menos recursos desfrutam mais deste momento do que as que possuem maior recurso. Visualizar esta desigualdade serviu e muito para entendermos mais a fundo esta realidade social no qual nossos estudantes estão inseridos. Coloca, ainda, que a ajuda de outras pessoas apareceu como um ótimo recursos que demonstrou empatia, mas ficamos em déficit das devolutivas de forma mais aproximada com aqueles estudantes em situações mais sérias de pobreza, sem o recurso digital, pois atividades impressas não traziam muitos elementos que nos pudesse situar sobre os contextos, incluindo a dificuldade de escrita, expressões e pensamentos por meio desta linguagem que apareceu que os estudantes não tinham muita propriedade.

Em resposta à Mateus Esteves de Oliveira

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Opa! Sim temos muito em que colaborar ao lado dos alunos e da comunidade escolar. 

A pandemia afetou espaços e sabores nas relações humanas, justamente por isso o comer na emoção ou fome emocional se tornou também assuntos de interesse de nossa dupla.

O que temos percebido em nossa prática docente e com os participantes é que realmente Alimentação transpassa a mera satisfação pessoal. 

Vamos aprofundar. Gratidão.

Em resposta à Carolina Maia dos Santos

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ana Paula Ferreira Vargas -

Olá Carol, tudo bem?


Está sua pergunta, foi uma das perguntas motivadoras que nos levaram a pesquisa. Com o contexto da pandemia e aproximação virtual com os nossos estudantes, passamos a ter a uma rede comunicativa que antes nos mantivemos presos a nossas privacidades como é o caso do Facebook. Ao nos abrirmos a este espaço de compreensão dos modos de vivências que comumente são clicados e disponibilizados por esta plataforma, percebemos alguns aspectos importantes visivelmente disseminados pelos nossos jovens que constitui a necessidade de se sentirem pertencentes a determinados grupos que vão dar referências a status. É perceptível ao realizar uma simples análise que as postagens relacionadas a alimentação estão repletas de estigmas sociais que são alicerçados em um consumismo no qual eles se percebem como integrantes deste espaço pela compra de produtos industrializados, muito mais voltados a modismos do que a sua percepção do que vem a ser saudável ou não. Nesta conjuntura, podemos observar a coligação entre imagem disponibilizada pelos jovens e status pelas marcas comercializadas. Como um bom exemplo temos os lanches de fast food como o próprio Mc Donald´s e Burguer King, como o famoso Açaí, enquanto as marcas, por sinal, aproveitam desta necessidade comum a faixa etária para trazer comerciais apelativos dos seus produtos. Por outro lado, não conseguimos adentrar a seus lares e compreender as dinâmicas alimentícias destes jovens e a sua constituição hereditária composta pela historicidade e cultura das famílias, pois eles se escondem atrás de busca por atenção e envolvimento com grupos. Em uma busca de reconstrução de identidade, eles podem abandonar as bases que foram parte do seu desenvolvimento por falta de compreensão. Portanto, a ideia é trazer o resgate desta alimentação, mostrando o quanto esta é parte da essência e da individualidade de a cada jovem, o que os torna sujeitos peculiares, sem haver a necessidade de negação de suas raízes e cultura.

Em resposta à Ana Paula Ferreira Vargas

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -

Muito interessante, Ana Paula!

Em geral, a adolescência é o período no qual buscamos uma "aceitação" pelos grupos e, por isso, os jovens "precisam" se aproximar do que está "em alta". Cada vez mais, as redes sociais tem grande impacto nessa questão, fazendo com que os algoritmos tracem nossos caminhos e decisões.

Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Mateus Esteves de Oliveira -

Olá, pessoal!

É um prazer estar aqui com vocês, em uma oportunidade tão rica para o conhecimento!

Desejo a todos boa leitura. Sintam-se a vontade para expressarem suas reflexões. Estarei sempre por aqui!


Mateus Esteves - coordenador de mesa.


Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Tielle Alves Souto -

Boa noite a todos,

Parabéns aos autores pelo artigo e pelo trabalho desenvolvido de forma tão significativa e interessante. Inicialmente fiquei curiosa com o nome do artigo. Ele é muito instigante e me chamou a atenção para tentar compreender o significado do termo "selfie alimentar". Ao ler o artigo, não só compreendi, como achei tão interessante o desenvolvimento do conhecimento e troca de saberes com os alunos de forma que os professores se aproximaram do dia-a-dia desses alunos e principalmente, dos seus hábitos alimentares. 

Gostaria de saber se durante os estudos vocês puderam constatar se esses hábitos alimentares tiveram grandes mudanças devido a pandemia? 

Abraços

Em resposta à Tielle Alves Souto

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Oie. Muito enriquecedor seu comentário, vale muitos aprofundamentos.


A Selfie alimentar "imagens nas redes sociais", se colocam num recurso de aproximação da escola com o mundo dos adolescentes. Comer é interagir com o mundo, pessoas, lugares e formação de saberes. 

Notamos que nas falas e registros dos alunos houve um certo desejo de saborear mais alimentação que remetessem bons momentos com pessoas e lugares importantes. Uma forma de afetividade cultural para superar momentos de adversidade.

Emoção e ansiedade nos modos de alimentação foram alterados para uma forma de aproximação de comensalidade familiar, gosto e desafio de estar juntos no mesmo lar. 

Vamos investigar mais neste tempo de pandemia. Gratidão pela rica pergunta.

Em resposta à Ederson Cordeiro

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Tielle Alves Souto -

Boa noite Ederson, 

Que interessante essa observação de vocês. O quanto a alimentação reflete muitos momentos que estamos vivendo. Alguns hábitos vão se enraizando por questões de mudanças na nossa vida, e há males que podem trazer muitos bens. A pandemia aproximou muitas famílias, e trouxe a tona momentos de aproveitar a presença daqueles que amamos, e a refeição é um desses momentos que considero de suma importância. 
Parabéns novamente por trazerem essa temática de forma tão interessante e que nos instiga a compreender um pouco mais sobre. 
Abraços

Em resposta à Tielle Alves Souto

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -

Olá, Tielle! Grata pelas contribuições!

Acredito também que a pandemia fez algumas pessoas mudarem hábitos alimentares e outros hábitos relacionados ao tema. Anteriormente, muitos só conseguiam comer "na rua" em função da correria do cotidiano. Acho que alguns destes tiveram que se (re)adaptar a cozinhar sua própria comida, por exemplo.

Em resposta à Carolina Maia dos Santos

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Bom dia Carol. Seu comentário me fez repensar sobre o valor que damos a comida de rua. Geralmente tendemos a condenar, algo que remete estudos mais aprofundados.

Vamos aprofundar. Gratidão pelo apoio.

Em resposta à Ederson Cordeiro

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -
Oi, Ederson!

Muito bom saber que as discussões realizadas aqui fomentam novos estudos!
Minha intenção não foi condenar a "comida de rua" (aliás, o que eu disse sobre "comer na rua" se refere a qualquer refeição fora das nossas residências), mas sim dizer que aquele que prepara seu próprio alimento também estabelece uma relação diferenciada com a refeição, não?

Abraços!!
Em resposta à Carolina Maia dos Santos

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Salve Carolina! 

Tudo bem no seu comentário, valeu muito a pena. Sou desconfiado com comida de rua, aliás tem cada uma que é um convite a "UTI".

Tudo faz parte do que voce reforçou, em todos os cantos ocorrem relações afetivas com sabores e saberes humanos. Infelizmente, dizendo de mim, acabo transferindo valor pessoal para o coletivo, impedindo que o estranho familiar se converta em pesquisa enriquecedora.

Gratidão, vamos lá!!


Em resposta à Tielle Alves Souto

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ana Paula Ferreira Vargas -

Olá Tielle, tudo bem?

A pandemia parece que veio para nos mostrar algo que estava passando desapercebido. A rotina frenética que temos em São Paulo influencia em larga escala em nossos hábitos alimentares. Quando aportamos nesta premissa, percebemos que a desvinculação com as comidas caseiras é um problema não tão recente, assim como a falta de aproximação familiar e o abandono da constituição de vínculos afetivos relacionados aos momentos de alimentação conjunta. Ao levantar a problemática inicial apenas para análise, o que percebemos é que o maior impacto nesta alimentação se encontra na facilitação da compra por aplicativos como Ifood, entre outros, porém com a crise despertada pela pandemia, muitas família precisaram recorrer a compra de alimentos e fazer sua alimentação em casa. Outro problemática, essa mais grave, se encontra nas dificuldades passadas por muitas famílias e os aumentos constantes em alimentos. Como se alimentar mais adequadamente se não há recursos financeiros para isso? Estas questões foram visualizadas nas conversas com os estudantes que apresentaram realidades diferentes e complexas, cada qual trazendo vertentes diferenciadas sobre suas relações com a alimentação caseira. Porém, a mediação dos professores foi fundamental para despertar o desejo de fazer um alimento para consumo com bases em suas raízes culturais e porque não construir uma nova cultura neste momento de pandemia, utilizando dos recursos que possuem disponíveis para criar momentos prazerosos que envolvem a alimentação? Sim este foi o nosso foco, mas ao conversar com os estudantes pudemos perceber que existem intermináveis fatores que incluem alimentação, sobrevivência e vivência e o compartilhamento destas visões foram o ponto chave para o desenvolvimento das aulas que se seguram em discussões e autorreflexões. Acredito que a maior mudança que houve não foi necessariamente na alimentação e nos hábitos alimentares, mas em como esta proposta se multiplicou para dentro dos seus lares e trouxe uma resgate cultural de alimentação em família, como forma de aproveitar qualitativamente os momentos dentro de casa. Esperamos que estas práticas que foram sendo construídas pelos estudantes e, até por nós educadores que participamos, não se perca com a volta da rotina insana de São Paulo.

Em resposta à Ana Paula Ferreira Vargas

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Mateus Esteves de Oliveira -

Com certeza, essas aulas contribuirão de alguma forma para que seus alunos possam refletir a respeito da rotina alimentar, em algum momento da vida.  

Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ana Paula de Carvalho -
Gostei muito do seu trabalho ! Essa visão da comida como elemento cultural e a valorisação da diversidade na mesa dos alunos em prol de promover saúde e não so estética  num trabalho multidesciplinar é realmente encantadora! Parabéns 
Em resposta à Ana Paula de Carvalho

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -

Olá, Ana Paula!

Obrigada por participar conosco!

Em resposta à Ana Paula de Carvalho

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Nós é que agradecemos Ana. Vocês nos fizeram ampliar possibilidades de ação. Mandei um e-mail para futuras coautorias.

Gratidão e vamos juntos.

Em resposta à Ederson Cordeiro

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -

É muito bom ler isso,Ederson! Conseguimos ampliar e discutir conhecimentos e ainda suscitar novas pesquisas!  Parabéns pela iniciativa e que venham mais muitos outros trabalhos e reflexões tão necessárias !

Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Tielle Alves Souto -
Em resposta à Tielle Alves Souto

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Neste tempo de maior presença no lar, será que nossa condição de lidar com a "COMENSALIDADE", o  ato de comer juntos melhorou?


Anexo comensalidade.JPG
Em resposta à Ederson Cordeiro

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -

Aqui em casa, eu posso dizer que sim! Até porque, antes da pandemia, em função dos horários de trabalho e estudos, conseguíamos fazer refeições juntos somente em alguns dias na parte da noite ou nos finais de semana. 

Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Este congresso despertou fome de tempos da infância...Quem seria você abaixo?

Anexo ALIMENTACAO MUNDIAL.JPG
Em resposta à Ederson Cordeiro

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Carolina Maia dos Santos -

Gostaria de agradecer a todos e todas que passaram por aqui ao longo dessa semana de evento! Nossa troca de experiências e conhecimentos foi muito rica, aprendi muito com vocês!

Éderson, Adriana e Ana Paula, mais uma vez, parabenizo pelo trabalho e desejo que vocês possam dar continuidade a ele em sala de aula e também nas pesquisas! Adoraria ler e conhecer esses desdobramentos !

Um grande abraço!

Em resposta à Carolina Maia dos Santos

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Mateus Esteves de Oliveira -

Eu também agradeço ao grupo por ter trazido uma discussão tão importante sobre o comportamento alimentar do adolescente na pandemia.

Desejo a vocês bons trabalhos futuros!!!


Mateus Esteves - coordenador da mesa.

Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Ederson Cordeiro -

Bom dia galera! Agradecemos imensamente por este momento. Tenho certeza que iremos crescer muito após sugestões de todos.

E que venham novas possibilidades neste 2021 cheio de crescimento a todos.

Força a todos colegas.

Adoramos proposta de aprendizagens.

Éderson, Ana e Adriano.

Em resposta à Comissão Organizadora B

Re: A SELFIE ALIMENTAR DOS ADOLESCENTES: DESCOLONIZANDO SABORES NA VIVÊNCIA DA PANDEMIA. Autores: Éderson Rodrigues Cordeiro, Adriano Ricardo Campos, Ana Paula Ferreira Vargas

por Tielle Alves Souto -

Agradeço a todos que participaram das discussões de forma tão engrandecedora e prazerosa.

Aos coordenadores de mesa, um muito obrigada por mediarem os trabalhos.

Aos autores, meus parabéns por trazerem trabalhos tão significativos.

Aos participantes, um muito obrigada por trazerem grandes contribuições nas discussões.

Aproveito a oportunidade para convidá-los a participar da próxima edição. 

Se cuidem e espero encontrá-los bem no próximo evento!!!Um grande abraço a todos!!!
Tielle Alves (Coordenadora do Palco Roda de Conversas)