Boa noite, Tiago,

Parabéns pelo trabalho desenvolvido.

Também tinha uma visão estereotipada da educação a distância. Após, fazer pós-graduação a distância percebi que estava sendo preconceituosa, é possível aprender muito mesmo a distância. 

A tecnologia permite "encontros" para realização de trabalhos em horários inimagináveis anteriormente, facilitam e aproximam as pessoas.

Um ponto interessante da sua pesquisa é sobre a preocupação que devemos ter com a elaboração do enunciado das questões, clareza e objetividade são fundamentais. Muitas vezes, induzimos o aluno ao erro porque o enunciado não estava claro como imaginávamos e só percebemos isso quando a atividade ou avaliação é aplicada, infelizmente. 

Outro ponto importante, é sobre tentar evitar a procrastinação dos alunos. Tenho me disciplinado muito em relação a isso, porém sempre penso que preciso ler mais, pesquisar mais antes de concluir o trabalho... e por essa razão a entrega acontece no prazo limite.

Até mais,

Valdirene.

Obrigada! Parabéns pelo trabalho!

Olá, Tiago e demais colegas. 

Já tive a oportunidade de atuar no ensino a distância do Ifes no curso de Letras Português como tutora a distância, tutora presencial e professora formadora. Em cada situação, pensar o aluno como o meu outro foi fundamental para o sucesso da disciplina.

Lembro-me que atuei na disciplina de Latim pela primeira vez como tutora a distância e a angústia dos alunos em dominar a teoria e a plataforma era algo desesperador. Eram aplicados exercícios de repetição apenas com chave de correção sem muita explicação da teoria. Quando havia, era apenas uma discussão de base que aparecia na apostila. A impossibilidade do professor formador de gravar vídeos e a falta de bibliografia adequada no polo bem como a falta de preparo de vários tutores na área eram agravantes.

Ao ser convidada para ser formadora, fiz vídeos caseiros experimentais até que consegui fazer vídeos institucionais adequados que não foram os melhores, mas que atendiam minimamente a organização proposta no material que os alunos tinham acesso. Propus atividades individuais e coletivas para exercitar a autonomia e o diálogo entre os pares, como uma metodologia para amenizar a dificuldade dos alunos. Fiz chaves de correção detalhadas para os tutores que não conheciam bem a teoria e fazia plantão tira-dúvidas com alunos e tutores.

O que quero dizer com isso é que atuar na EaD é um desafio gigantesco para o professor e não basta cumprir o que está proposto na apostila ou na ementa de curso. É necessário pensar de forma dialógica e exercitar a alteridade dando condições para que a mediação seja feita em todas as esferas desse contexto educativo: professor – tutor a distância – tutor presencial – aluno.

Parabéns pelo trabalho e pela necessária reflexão!