A proposta trazida pelos autores traz um tema de grande importância para o cenário educacional e político no Brasil.

Dessa forma, convido a todos para o debate e sejam todos, autores e participantes, muito bem-vindos!

Elaine Teixeira (Coordenadora de mesa)

Sejam todos bem-vindos! 

É com imenso prazer que iniciamos mais uma etapa do UEADSL. Desejo a todos um ótimo evento, com diálogos e reflexões sobre o papel da educação, do uso da tecnologia e suas relações. Convido os participantes a fazer as suas considerações e questionamentos  após a leitura do trabalho:

QUESTÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO DISCURSO DE FIGURAS POLÍTICAS de autoria de João Luiz Pedrosa da Silva e Igor Magalhães Moreira. 

Marco Antônio Peixoto (Coordenador de Mesa) 

Bom dia!

Essa é uma discussão mais que necessária nos dias atuais. Discutir gênero é discutir o currículo da escola. Educadoras e educadores têm nas mãos a responsabilidade de ampliar o debate e resistir aos retrocesso. Só uma educação transformadora será capaz de produzir os efeitos necessários à mudança. Porém essa educação transformadora não será dada, ainda mais no contexto político em que vivemos. Ela deve ser construída por todos e todas. 

Boa tarde autores, a contribuição de vocês são de extrema importância partindo do pressuposto que estamos vivendo um cenário político de grande retrocesso. Sabemos que hoje, não que antes não tinha, mas hoje o papel do educador abrange muito além do ensinar, já presenciei casos de crianças que estavam passando mal na escola não por questões biológicas ou fisiológicas do corpo, mas sim, porque não tinha o que comer em casa, mostrando a importância da escola na vida de crianças pobres, crianças que tiveram seus direitos violados dentro de casa ou não, mas que foram na escola que encontraram apoio para pedir ajudar, dentre inúmeras questões que se fosse citar ficaria horas e horas. A importância de discutir a questão do gênero que se apresenta como um tabu em escolas públicas que para muitos conservadores são vistas como doutrinação, é a oportunidade de ensinar diversidade, respeito e entre outros valores que os possibilitem a ter uma leitura do mundo. Sempre quando discuto gênero e vem a nomeclatura "kit gay" me remete a pensar uma pessoa que nunca acompanhou um trabalho pedagógico sério. Bom desculpa acho que falei demais, mas, quero saber a opinião de vocês sobre a questão do gênero nas escolas é necessário falar ou calar?

Primeiramente gostaria de parabenizar pela escolha da temática discutida no texto, a inserção e equidade do aluno na escola perpassa pela discussão do gênero neste ambiente, entendendo o gênero não por características sexuais, mas por conquistas sociais. Trazer a tona o movimento deste por meio da recusa de informações no autoritarismo de negligenciar fatos como no caso Dória, ou de exclusão e homofobia nos casos Damares e Bolsonaro, é um grande passo pela busca de resistência quanto a discussão no âmbito escolar. Nos próximos trabalhos sugiro que discutam além desses eixos já norteados no texto, o que tem sido feito nas escolas quanto a essa temática. Excelente trabalho.

João e Igor parabéns pelo trabalho. Muito importante debatermos esta temática em tempos tão sombrios na sociedade e principalmente na educação. Entendo, que tais questões devam sim debatidas e discutidas em salas de aulas, uma vez é por meio da informação que os alunos adquirirão embasamentos para discussões de temáticas como esta propostas por vocês. 

Vocês pretendem dar seguimento a este trabalho?

Abs. 

Parabéns pelo tema escolhido! Foi muito bom ler o que vocês escreveram.

A sexualidade é plural é muito subjetivo classificar uma pessoa em heterossexual ou homossexual. 

Então, é complicado estar vivendo em um governo que classifica as pessoas em "rosa" e "azul".

E, como já comentei em outra roda de conversa, a escola é um agente social, que forma seres humanos que serão atuantes nessa sociedade. 

Logo, devemos estar formando pessoas com consciência de que o ser humano é plural, que não da para classificar em menina e colocar na caixinha rosa e menino e colocar na caixinha azul. Nós temos que ensinar as diferenças e principalmente respeitar as diferenças de cada um, além de quebrar esse tabu de classificação entre ser hétero ou homo. 

obs: Desculpa se eu usei algum termo desapropriado para expor o que eu pensei.

Prezados João Luiz e Igor, primeiramente parabéns por tratar uma temática tão sensível e tão importante na nossa sociedade.

Penso que as questões de gênero nunca estiveram tão em voga como hoje, o que acaba por trazer junto certas inconveniências - se é que assim posso chamar - como o caso do "kit gay".

Em um território tão demarcado e polarizado como nossa política nacional, faz-se necessário que essas questões sejam problematizadas e vistas em suas diferentes facetas. E na escola não é diferente, tornando imprescindível que sensibilizemos nosso olhar no trato desta temática.

Olá, João & Igor!

Parabéns pelo estudo!

Definitivamente, trata-se de um temário pertinente, por isso, em contexto conflagrado - em que se assiste à ascensão da extrema direita, do fundamentalismo religioso em marchas em defesa da família com Deus, de professores perseguidos pelo bestial escola sem partido e as fartas declarações bélicas do Chefe do Executivo, e seus adeptos, contra as mulheres, os negros, os gays, os pobres e nordestinos - a inciativa de vocês merece reverberação.

Forte abraço.

Antonio José

Prezados João e Igor, parabéns pelo trabalho!

Como bem enfatizaram, estamos vivenciando tempos sombrios e intolerantes com a diversidade em nosso país. As declarações de políticos, pouco comprometidos com a constituição 88, encontram eco em alguns seguimentos da sociedade. E a escola, como instância socializadora, não ficou de fora dessa tentativa de retrocesso. 

É lamentável vir tantos avanços no campo dos direitos humanos, serem escamoteados. E esses discursos têm tido consequências nefastas para as minorias, traduzidas em exclusão, agressão e até mesmo mortes por orientações de cunho excludente e intolerante ao "diferente".

Apesar disso, ainda sou otimista. E penso que podemos fazer a resistência diariamente, tanto em sala de aula quanto no espaço social. E trabalhos como os de vocês nos instigam a continuar. 

Parabéns novamente.

Beatriz

Inicialmente parabenizo João e Igor pelo trabalho. 
Em tempos em que pesquisar, estudar, discutir diversos temas e/ou fazer ciência é balburdia, analisar as questões de gênero na escola através dos discursos políticos seria uma ousadia. Vocês tiveram essa coragem e valentia. \ º / 
Na última década percebemos que o número de adeptos  em favor das lutas contra desigualdade e diferença foi maior e percebe-se um avanço em relação ao respeito e estudo sobre o tema. Porém, e infelizmente, alguns discursos políticos  da última eleição presidencial mostraram a falta de informações sobre o tema.
Como foi exposto pelos autores apud Charaudeau (2006), o discurso político pode ser entendido como um compilado de pensamentos, ações e ideais que exprimem a posição de uma relação de poder que é construída, onde a narrativa política pode emergir um novo contexto e uma nova realidade social, é quando o discurso toma o lugar da ação.
já Louro (2008) afirma que o fato de quando o discurso caloroso e enfático, toma o lugar da ação e gera uma série de reverberações no espaço público que ultrapassam seu limite discursivo. Tais discurso representa o reconhecimento de situações como prova de opressão ou resistência. 
Precisamos falar urgentemente sobre gênero e diferença nas escolas ou fora dela, e  ocupar os diversos espaços da sociedade, desmistificando os diversos discursos políticos que ainda poderemos ouvi. 
abraços.

Bom dia a todos, primeiramente quero parabenizar os autores pelo modo culto e argumentativo que colocaram a temática, fato que não observamos hoje em nossas figuras públicas. O trabalho de vocês está realmente fantástico, espero imensamente que renda muitos outros, afinal a ideologia de gênero é um fato que precisamos discutir dentro do contexto em que vivemos.

Compartilho imensamente das concepções elaboradas no artigo, a escola é um ambiente de formação de  personalidades, quando buscamos uma sociedade melhor que a de hoje, que aceite e respeite as diferenças, precisamos começar por nossos jovens, e, aprender a aceitar a pluralidade presente no meio social é formar líderes de verdade, não apenas figuras que impõe opiniões conservadoras, justificadas na religiosidade e percepções pessoais.

Bom dia, João e Igor,

Parabéns pelo trabalho. Trata-se de uma discussão muito importante nos tempos atuais em que a intolerância cresce assustadoramente, no mundo todo. Outro dia, conversava com uma amiga sobre a decepção em relação à postura de algumas pessoas que considerava esclarecidas e inspiradoras, ela me lembrou, citando Freire, de que "o sonho do oprimido é muitas vezes se tornar opressor" . Cabe à escola um papel difícil, mas essencial do qual não podemos abrir mão: precisamos construir estratégias de ensino que mostrem que há outras possibilidades além da opressão, há outros caminhos possíveis e melhores.

Abraços,

Valdirene.

Boa noite, João Luiz e Igor! 

Gostaria de parabenizá-los pelo trabalho realizado. A temática desenvolvida pelos autores é bem atual e mostra como a sociedade  brasileira de uma forma geral é preconceituosa, conservadora e como  isso se reflete e alimenta esse discurso político de puro oportunismo. É preciso discutir cada vez mais essas questões relacionadas a gênero na escola. Como vocês analisam a atuação do movimento " Escola sem Partido"  nas questões de gênero? 

Assunto que rende ótimos aprofundamentos ....