Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

Número de respostas: 15

TEA E GÊNERO

Autores

•     Thallita Emanuella de Jesus Freitas

Palavras-chave:

Semiótica Discursiva, Gênero, Autismo, Diagnóstico

Resumo

O presente trabalho realiza uma análise semiótica da recepção do diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em mulheres, a partir de textos científicos e discussões em mídias digitais. O estudo examina os signos e significados associados às experiências subjetivas, sociais e institucionais que atravessam esse processo, destacando como estereótipos de gênero, práticas clínicas insensíveis às especificidades femininas e a camuflagem social contribuem para o diagnóstico tardio. A reflexão proposta evidencia como tais fatores influenciam não apenas a identificação clínica, mas também a construção da identidade e a forma como essas mulheres ressignificam suas vivências a partir do diagnóstico.

PDF: leia aqui o texto completo

Coordenadores de mesa: 

  • professor Ana Matte
  • Mesa: Jussara Moura

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Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Jussara De Paula Da Silva Moura -
Sejam muito bem-vindos!
É um prazer estar aqui com vocês no Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2025.1.
Gostaria de aproveitar esse momento para apresentar o trabalho da autora Thallita Emanuella de Jesus Freitas sobre TEA e Gênero, tema de grande importância e relevância nos dias de hoje.
Desejo a todos um excelente começo de congresso, cheio de aprendizados, trocas e novas ideias.
Em resposta à Jussara De Paula Da Silva Moura

Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Jussara De Paula Da Silva Moura -
Thallita, gostaria de parabenizá-la por trazer seu tema e o trabalho para ser discutido no evento!

Poderia falar um pouco sobre a principal motivação para desenvolver esse trabalho?

Um abraço a todos e todas e vamos lá!
Em resposta à Jussara De Paula Da Silva Moura

Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Thallita Emanuella de Jesus Freitas -
Oi, Jussara! Muito obrigada!
Então, a ideia do tema surgiu enquanto eu fazia as leituras obrigatórias da disciplina. Confesso que, antes disso, eu tinha pouco conhecimento sobre as questões envolvendo o TEA em mulheres. Mas, por coincidência, justamente na semana em que comecei a escrever o artigo, começaram a surgir várias discussões sobre isso no X (antigo Twitter), e muitos dos pontos levantados me chamaram a atenção. A partir dessas conversas que fui acompanhando, minha curiosidade só aumentou. Também achei bem interessante descobrir que já existem trabalhos que tratam desse tema e foi algo que me motivou ainda mais a explorar o assunto.
Em resposta à Primeiro post

Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Ana Cristina Fricke Matte -
Boa tarde, Thallita,
Este é o melhor momento da nossa disciplina, quando vocês podem conversar com outras pessoas sobre o trabalho que fez, não ficando restritos à minha avaliação.
Semiótica é minha melhor praia e fico contente que tenha feito bom proveito da disciplina. O que você considerou mais difícil de levar do estudo teórico à prática na análise desses relatos?
Um ótimo evento!
Ana
Em resposta à Ana Cristina Fricke Matte

Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Thallita Emanuella de Jesus Freitas -
Boa tarde professora! Bom, como a análise foi curta, o principal desafio foi selecionar elementos dos relatos que fossem representativos o suficiente para aplicar a teoria semiótica. Os comentários no Twitter eram diversos, então foi preciso ter cuidado para não forçar interpretações ou generalizar demais, mantendo o foco nas diferenças de percepção do TEA em mulheres dentro do recorte do trabalho.
Em resposta à Primeiro post

Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Ana Luiza Marcos Romualdo -
Olá, parabéns pelo trabalho! O artigo propõe uma análise potente e necessária ao abordar as interseções entre gênero e autismo, destacando como os estereótipos e a invisibilização das especificidades femininas impactam o diagnóstico e a construção identitária. A abordagem semiótica enriquece a discussão ao revelar as camadas simbólicas envolvidas nesse processo.
De que maneira a formação dos profissionais de saúde pode ser repensada para acolher melhor as nuances de gênero no diagnóstico do TEA?
Em resposta à Ana Luiza Marcos Romualdo

Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Thallita Emanuella de Jesus Freitas -
Ei Ana, obrigada! A formação dos profissionais de saúde pode (e precisa) ser repensada a partir de uma perspectiva mais crítica e inclusiva, que considere as nuances de gênero no diagnóstico do TEA. Acredito que seria essencial promover formações continuadas que estimulem o olhar individualizado e menos estereotipado, incentivando escuta ativa e sensibilidade para compreender como o TEA pode se manifestar de formas diferentes em cada pessoa, especialmente em mulheres (e pessoas não binárias) . Também seria importante estimular a leitura de relatos em primeira pessoa, pesquisas mais recentes sobre o tema e o contato com experiências diversas, promovendo uma abordagem mais empática e menos normativa.
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Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Luiza Morais Barbosa Lima -
Achei esse trabalho extremamente necessário. O modo como a análise semiótica traz à tona os efeitos do masking e dos estereótipos de gênero no diagnóstico do autismo feminino me fez pensar em quantas mulheres passam a vida sem saber que são autistas, e como isso impacta a forma como constroem sua identidade. Fico refletindo: será que uma mudança real nos critérios diagnósticos depende apenas da ciência, ou também de uma transformação cultural mais profunda sobre o que esperamos de mulheres?
Em resposta à Luiza Morais Barbosa Lima

Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Thallita Emanuella de Jesus Freitas -
Oi Luiza, obrigada! E não, acredito que a mudança nos critérios diagnósticos não depende só da ciência. Ela também precisa de uma transformação cultural sobre o que a sociedade espera das mulheres. Muitas vezes, o comportamento esperado de mulheres faz com que sinais do TEA passem despercebidos ou sejam interpretados como "normais". Só com uma mudança nesse olhar social é que a ciência poderá avançar de forma mais justa e inclusiva no diagnóstico.
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Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Maria Eduarda Gomes Ribeiro -
O artigo traz uma reflexão profunda sobre o quanto os estereótipos de gênero afetam o diagnóstico do autismo em mulheres. A abordagem semiótica foi usada de maneira muito inteligente para mostrar como o “masking” contribui para a invisibilidade dessas vivências. É um trabalho atual e que provoca reflexão. Muito bem construído!
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Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Rana Gabriela Barbosa Roque -
Nossa, que análise profunda e original! A forma como vocês conectaram a teoria do artigo científico com a vida real, ali nos posts do X, deixou a discussão muito mais palpável e humana. Essa ideia de que a "camuflagem" é um signo, um símbolo dessa luta pra se encaixar, é de uma sensibilidade enorme.
Isso me fez pensar, com essa força toda que as comunidades online estão ganhando para criar novos significados, vocês acham que no futuro o caminho para o diagnóstico pode começar mais pela autoidentificação nessas redes do que pelo consultório médico tradicional?
Em resposta à Rana Gabriela Barbosa Roque

Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Thallita Emanuella de Jesus Freitas -
Oi Rana, obrigada! E acho possível que, no futuro, o caminho para o diagnóstico comece, sim, mais pela autoidentificação nas redes do que pelo consultório médico. Muitas pessoas, especialmente mulheres, têm se reconhecido em relatos e conteúdos compartilhados online, o que desperta dúvidas e leva à busca por um diagnóstico formal. As redes oferecem acesso a vivências diversas que muitas vezes não são abordadas em contextos médicos tradicionais. Isso não substitui o diagnóstico profissional, mas pode ser um ponto de partida importante para que mais pessoas identifiquem sinais e procurem ajuda.
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Re: Tea e Gênero. Autoria: Thallita Emanuella de Jesus Freitas

por Alexandra Cristina de Moura -
Oi, Thalita! Sua análise ficou muito completa, uma vez que vai além da publicação e e explora também os comentários no post. Eu concordo com a sua análise, pois o diagnóstico, antes de médico, passa pela ótica social, fazendo com que as mulheres autistas, especialmente, sofram preconceitos diários.