Darlan essa pergunta é muito importante pois tenho visto muito e tenho estudado sobre metodologias ativas . Cobra-se muito do professor utilizar metodologias ativas mas escolas, que tenha uma prática inovadora, mas o que se tem feito na formação inicial para que esse profissional sai preparado para colocar em prática tais teorias? 

O ensino vem sofrendo muitas modificações nos últimos anos, mas  tanto no ensino superior presencial quanto no EAD seria interessante sair do básico: sala de aula com professor jogando um monte de matérias que as vezes não tem nenhuma assimilação pelos alunos; videos, etc e utilizar de recursos que estimulem o aluno a despertar o interesse, o amor pelo curso que escolheu e se tornar um bom profissional. Aulas motivadoras nos locais próprios que irão atuar(de acordo com os cursos) e que levem esses educandos a optar por cursos que vão transformá-los em pessoas mais humanas e menos capitalistas. Não é fácil um redirecionamento das disciplinas, mas penso que tudo que fazemos com amor abrange mais o outro, estimula uma maior devoção aos estudos.

Olá Daniel, tudo bem?

Obrigada pela sua interação. Quanto a sua pergunta, penso eu que as pessoas imaginam que o aluno que cursa ou cursou ensino a distância não tem a capacidade de atuação dentro da área específica do curso escolhido quanto aquele outro que frequentou um presencial. Parece que quando comentamos sobre nossa situação de aluno EAD não temos a credibilidade de um aluno que cursa o ensino presencial. A maioria não faz escolha por este tipo de modalidade por achar ser mais fácil e sim porque não dispõe de tempo para o presencial. O ensino é mais difícil, a cobrança é maior por parte de professores, tutores, sem falar a cobrança em aprender do próprio aluno.

Uma forma essencial pra anular essa falsa ideia de que aluno de EAD não aprende é dar oportunidade a ele, abrir portas para estas pessoas que lutam arduamente para conseguir seu diploma de ensino superior, valorização desse ser humano que sonha com uma mudança na sua vida e que esta virá após a conclusão de seus estudos.

Ser aluno de cursos a distância requer uma organização muito maior, é preciso programar seu tempo e ter responsabilidades que não são cobradas diariamente por um professor. Infelizmente se tem um olhar errôneo dessa modalidade, pois imaginam que seja muito mais fácil  que a educação presencial. O novo sempre é visto com dúvidas por todos até se tornar comum, e é exatamente isso que está acontecendo com a EaD, atualmente muitas universidades estão aderindo a tal recurso p implementar seu ensino, empresas e ensinos públicos pois passaram a ver o quanto é versátil e proporciona um conhecimento significativo ao aluno.

Olá Ana Cláudia, tudo bem? Então, meu sonho era poder cursar uma faculdade e ter melhores condições de competir no mercado, mas nem tudo que queremos se concretiza, não é mesmo? Uma presencial foi ficando cada vez mais distante e só depois de muito tempo veio a consolidação de um curso EAD, isto é, estou tentando terminá-lo visto que muitos empecilhos tem surgido, mas nunca digo que seja um curso ruim, pelo contrário. Aprendi muito através de  pesquisas juntamente com o material disponibilizado pelos docentes. É cansativo? Sim, muito.  Mas devido as condições do aluno EAD ter todo um dia de trabalho e ainda precisar ter forças para cumprir uma meta de carga horária que nós mesmos devemos impor para que fiquemos em dia com nossas atividades. Ao longo do tempo fui agregando à minha vida novas amizades que este curso me proporcionou. A troca de conhecimento, os trabalhos, até mesmo os desesperos perante aulas e atividades que julguei não conseguir completar. É um curso sim em que se aprende e muito e não fica atrás de nenhum presencial em termos de aprendizado. Só mesmo quem não tem interesse e esse tipo de aluno nada vai dar jeito nem presencial nem EAD.

Crislaine, bem elaborada essa sua pergunta. De fato ainda existe uma grande porcentagem de área no território brasileiro em que o acesso às TDIC são precários e lugares que ainda não é possível nenhum acesso. Mas penso que não deve demorar muito e  essa nova modalidade de ensino ainda vai ser de grande eficácia  para a população sendo que o estudo, o conhecimento vai poder ser inserido em regiões com padrão de vida bem baixo. Veja bem, o que precisamos para isso é um centro de informática em pontos específicos  e de algumas pessoas com treinamento adequado para orientar a população no uso dos equipamentos, mas antes disso precisamos de políticos de mente aberta e que veja nos cidadãos desta regiões pessoas dignas e capazes de construir um novo caminho, mesmo que seus horizontes sejam vistos através das pequenas telas de um computador. 

Oi Caroliny. Muitas vezes quando em encontros presenciais comentávamos a maneira como o docente colocava as matérias na plataforma. Somos alunos diferenciados, isto é, os docentes teriam que disponibilizar aulas de maneira diferente do aluno presencial. O que tem que ser passado em termos de matéria é a mesma coisa, mas a maneira do professor colocá-la pode ser diferente. Tive dificuldade em uma certa disciplina e fiquei de DP na mesma por uns dois períodos nos quais quase todos os alunos estavam repetindo. Bem, foi muito cansativo e sem melhora no aprendizado. Quando iniciava o curso somente a mensagem do docente estava um pouco diferente. Os mesmos exercícios, os mesmos trabalhos e teve prova que lembro que questões eram as mesmas. Isso tira o estímulo do aluno. Mesmo que o docente tenha doutorado, mestrado e tudo mais ele tem que ter respeito pela luta que estamos tendo nesse momento de nosso estudo. Cada aluno tem sua diferença, sua dificuldade, mas acima de tudo é um guerreiro que está correndo atrás, tentando fazer a diferença num espaço muito competitivo.

• Não aceitam mesmo Hebe. A credibilidade dos docentes ainda precisa ser muito trabalhada nessa modalidade, mas estamos caminhando. Tem muitos formandos de cursos EAD que estão se saindo muitos bem dentro dos cursos que escolheram.
  

Olá, colegas. 

No tocante à educação a distância, há muitas questões que precisam ser pensadas.

A facilidade que a proposta traz com base no acesso à formação de profissionais, seja em cursos de graduação ou de capacitação, esbarra na falta de preparo e manejo das ferramentas que as plataformas de aprendizagem trazem bem como na (falta de) motivação dos alunos, dado ao acompanhamento falho ou tardio na correção das tarefas e/ou falta de recursos de aprendizagem que poderiam ser explorados de forma mais atrativa.

No caso dos professores, o problema se dá pela necessidade de preparação de materiais e atividades que têm uma logística diferente do ensino presencial e que, muitas vezes, não são de domínio do profissional.

Tais questões, dentre outras, desmotivam o aluno em sua caminhada e ao profissional na elaboração de um plano de ensino que contemple atividades e tarefas mais criativas.

A EAD já faz parte da realidade da educação brasileira, mas são inúmeras questões que devem ser (re)pensadas, devido à forte inclinação de que essa modalidade de ensino faça também parte de outros níveis da educação.

Para o êxito dessa configuração de ensino, é preciso pensar em metodologias, capacitação de profissionais e alunos, infraestrutura adequada aos polos dentre outros aspectos já mencionados pelos colegas nos tópicos anteriores.

Acredito na educação a distância, porque atuo no curso de Letras do Ifes- EaD e sou aluna na UFMG nessa modalidade. Justamente, por isso, enxergo as falhas e o potencial dessa forma de ensinar.

Parabéns aos colegas por essa discussão tão pertinente!