Título: |
Comunidades de Prática e Cultura Livre no Texto Livre |
Autores: | Ana Cristina Fricke Matte |
Resumo: |
O conceito de comunidades de prática (Lave, Wenger) busca trazer para dentro da sala de aula a dinâmica verificada em comunidades de aprendizagem espontâneas, caracterizadas por girar em torno de um objetivo comum. A polêmica em torno do assunto refere-se à dificuldade prática de transpor uma organização espontânea para um ambiente controlado e geralmente imposto, como é o caso da sala de aula. Neste trabalho, discuto algumas experiências vividas como professora na modalidade EAD em disciplinas regulares da UFMG. |
Anexos: | |
Instituição: | UFMG |
Área do Conhecimento: | Linguística, Letras e Artes |
Tema: | Comunidades de prática no ensino formal |
Palavras-Chave: |
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Mesa (1): | Eliane Lima Piske |
Mesa (2): | |
LEIA Artigo Completo em PDF: UEADSL2019_2-AnaMatte.pdf | |
COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
@Acris, sinto-me muito honrada em fazer parte dessa cultura que o grupo Texto Livre ensina. Aprendi a ser textolivrense e desde então dedico-me a produzir REA e a ensinar a outros, sejam alunos ou professores, a filosofia da cultura livre.
Parafraseando você, somos todos atores desse palco chamado Texto Livre!
Elaine Teixeira
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Olá, Acris! Que trabalho bacana! Sempre fico entusiasmada ao ler tuas produções, especialmente essa que sensibiliza a reflexão para/na sala de aula e essa relação, como mencionas "definida pela relação hierárquica". (...) Os argumentos propostos possibilitam (re)pensar a responsabilidade: "Precisamos de uma hierarquia de responsabilidades, precisamos de supervisão. (...) Não há nada mais sério e comprometido do que uma criança brincando e nada melhor para diminuir a responsabilidade de alguém sobre seus próprios resultados de que uma hierarquia que valorize os papéis superiores, mais distantes da prática (MATTE, 2019, p. 2-3). Como é bom conversar sobre a responsabilidade, principalmente pela oportunidade de encontrar autoras com esse olhar atento e flexível. Nós somos responsáveis pelo o que fazemos, não podemos esperar pelo outro, muitas vezes "esse outro" nem sabe que estamos esperando por ele(s). Na tese, essa reflexão está (e é) presente para cunhar Educação Ambiental das Infâncias nos múltiplos contextos ecológicos microssistemicos. Ana precisamos pensar na possibilidade de um artigo em parceria, o UEADSL como contexto educador!! Como sou feliz por estar com vocês, reforço as palavras já mencionadas pela Elaine parafraseando Acris: "somos todos atores desse palco chamado Texto Livre!
Forte abraço, Eliane
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Eliane,
fico muito feliz com seu entusiasmo, é nossa mola propulsora essa força que vem da felicidade de estarmos junt@s!
Eu acredito que construir um mundo melhor exige que as pessoas entendam suas responsabilidades. Não significa tirar a responsabilidade do estado, dos dirigentes, das leis, da sociedade, mas entender que nós devemos fazer parte ativa disso se queremos ver resultados a nosso favor. Temos essa longa história que joga a responsabilidade dos problemas nos outros, até em Deus, criando pessoas que, já que não são responsáveis, também não podem mudar nada. Não se muda isso do dia para a noite.
Mas se fazemos isso desse jeito amoroso, feliz, confiante, despretencioso, desapegado de status, títulos e patrimônio, faremos mais rápido!
Vamos sim escrever, vai ser um prazer! Teremos um livro do UEADSL, façamos para ele! Você tem razão, tem muita relação com essa educação ambiental das infâncias que você cita e eu quero conhecer mais e mais.
Abraços e um ótimo e feliz evento para você!
Obrigada!
Ana
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Olá, Acris!!! Sorrisos de gratidão por estar com vocês, sou muito feliz em compartilhar conhecimentos no UEADSL!! Estava (continuo) tão empolgada que esqueci de agradecer a oportunidade de estar mediando as discussões. Por mencionar trabalho, pessoal o que acharam da produção? A partir das comunidades de prática e cultura livre podemos (re)pensar várias questões, não é mesmo? Quem sabe, podemos mobilizar a responsabilidade, como podemos entender nossa responsabilidade "sem tirar do estado, dos dirigentes, das leis (...)"? Conforme mencionou a profe Ana.
Vamos conversando e lançando outras questões no fórum!! Sejam todos bem-vindos!!
Forte abraço!!!
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
É motivador perceber que existe esse entusiasmo em vocês!
Todo processo educativo envolve disciplina, regras, dedicação... mas sem a entrega, sem o amor, não há liga, a magia do conhecimento não acontece.
A mudança que o mundo precisa começa de dentro pra fora...
Parabéns pelo artigo, parabéns pelos comentários.
Quais ideias, nessa linha de raciocínio, podemos aplicar no nosso círculo de amizades para conseguirmos mais pessoas sensatas e entusiasmadas como vocês?
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Elton,
acho que devemos seguir aquele velho ditado: é conversando que a gente se entende. Temos que ir conversando, debatendo e mostrando as várias iniciativas interessantes que achamos na rede e na mídia oficial e extraoficial - não é só a nossa, professores são muito criativos e quando amorosos não vẽem limites.
A gente acaba sempre conversando com os amigos das mazelas da vida, e são tantas... mas seria bom de vez em quando falar de coisas boas assim, né?
obrigada pelo comentário!
Aproveite o evento!
Ana
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Elaine,
eu falo, escrevo, vou fazendo as coisas, organizando o grupo e por isso aareço muito, mas é essencial entender que o grupo está acima de mim, sua existência depende de pessoas como você, que participam, pensam, criam, debatem, realizam nossas ações conscientes dos nossos princípios.
É um privilégio trabalhar com você, obrigada!
bjs
Ana
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Acris, eu que sou privilegiada em te ter tão pertinho, nós somos!! Sorrisos de gratidão, sempre!!!
Pesso@l, aproveito a oportunidade para reforçar que o UEADSL é nosso!! Que possamos sempre nos encontrar nesse palco ao viver e ser mais humano, no coletivo UEADSL!!
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Que trabalho bacana.
Num contexto em que discutimos metodologias ativas e repensar a sala de aula, seu trabalho é inovador.
Parabens.
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Pesso@l, conseguiram ler o artigo? Quais percepções?
Forte abraço, Eliane!
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Obrigada, Débora!
Nem sei se tão inovador... Paulo freire fazia isso há tempos, só não usava internet, né?
bjs
Ana
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
O grupo texto livre realmente tem contribuído com a expansão do conhecimento científico no Brasil. Os eventos que são realizados semestralmente são muito bons. Um espaço propício para trocas de experiências e conhecimentos, dentro de uma proposta multidisciplinar. Creio que poucos eventos no Brasil cumpre com perfeição esse propósito, o grupo texto livre tem conseguido cumprir-lho com uma facilidade que lhe peculiar. E creio que Cris é umas das grandes responsáveis por esse sucesso do grupo, obrigado por compartilhar suas experiências conosco e semear a cultura livre pelo Brasil.
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Ana,
Esse artigo vem para mim, em boa hora. Ando tentando semear os princípios da Cultura Livre entre os colegas do Colégio onde trabalho e devido minha pouca experiência, tenho tido dificuldades de ganhar adeptos.
O texto que você preparou para essa conferência vai me servir de embasamento para explicar esse movimento e, com certeza, vou levar na íntegra para todos.
Você sempre sendo fonte rica!
Quanto à experiência compartilhada, de fato é muito difícil fazer com que os alunos e os colegas entendam e respeitem um professor que não quer ocupar a "cadeira" de chefe. Mesmo mudando de lugar na sala, mesmo comendo da merenda, entrando na fila, etc. A posição Professor te acompanha.
Outas vezes, precisamos ocupá-la, seja para controlar os ânimos de uma turma de 45 adolescentes, seja para fiscalizar uma avaliação ou até mesmo para não transparecer um profissional ruim (frente aos colegas e direção).
Ensinar autonomia é a tarefa mais árdua de um educador. Não a liberdade desenfreada, mas aquela que os princípios da Cultura Livre prega, a liberdade com responsabilidade sobre si e sobre os outros basada no respeito.
Sigo, com dificuldade, tentando não perder a cor e o brilho de um textolivrense.
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Ana, fico atenta tentando observar o funcionamento dessa cultura livre nas suas práticas e vejo que semear isso é algo rico e ao mesmo tempo muito desafiador.
Tive a experiência de participar como aluna e professora no UEADSL em diferentes edições e, enquanto professora, desenvolver essas noções de gamificação, autonomia e meritocracia nos meus alunos aproximando-me da ideia que vivenciei contigo na posição de aluna, me levou a ter um resultado bem razoável, porque eu aprendi o caminho contigo.
Mas observando o movimento que estamos vivendo no DadosSemiótica, por exemplo, algo que é relativamente novo até para você que é mais experiente, e lendo seu texto abordando temas como comunidades de prática, meritocracia, autonomia, parece que consigo enxergar melhor as dificuldades que se colocam como participante do processo de melhoria do programa, já que ele está "em se fazendo"; não está dado a priori.
Agradeço pela oportunidade de aprender sobre essas teorias!
E parabéns pelo trabalho de divulgação da cultura livre que você desenvolve!
Abraços.
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Olá Eliane,
Parabéns pelo artigo, para mim ainda é novo a questão de comunidades de prática e o texto livre, porém vejo a relevância que possui no ato de ser uma ferramenta educacional ao qual o sujeito se torna ativo de sua produção. Atualmente curso a Licenciatura em Educação do Campo, e através do professor Carlos Castro Que conhecemos e inserimos nesta ferramenta que possibilita um engajamento com diversos letramentos. Espero que esta rede amplie e que mais pessoas conheçam o ato realizado.
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Bom dia, Emanuela. Seja muito bem-vinda a comunidade do Texto Livre!
Tenho certeza que essa rede irá sim se ampliar e mobilizar cada vez mais pessoas.
Grande abraço,
Nathan.
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Ana,
Parabéns pelo artigo e pela temática.
" Não é difícil imaginar que os estudantes, acostumados com a figura do professor - chefe, estranhem uma sala de aula criada por um professor-livre".
Sobre essa passagem, quando estava no mestrado, tivemos acesso a uma escola que tentava aderir uma política bem parecida com a que você debate. No entanto, com o passar de dois anos, os pais começaram a tirar os alunos da mesma, pois queriam voltar a uma "escola livre", com professor -chefe, como você disse.
Acredito que ainda falta conscientização de muitas coisas, a quebra de esteriótipos.
Abraços
Re: COMUNIDADES DE PRÁTICA E CULTURA LIVRE NO TEXTO LIVRE - Autora: Ana Cristina Fricke Matte
Concordo, é interessante levar a ideia de comunidades práticas para as salas de aula. Acredito que a relação e a interação dentro da comunidade é o que cria o "ambiente" dos laboratórios, das salas de aula e dos grupos de pesquisa.
Além do mais, é muito pertinente esse alinhamento entre os conceitos de comunidades práticas ao grupo de desenvolvimento de software livre. Tive um colega de orientação que trabalhava nesse tipo de comunidade (Gnome), e pude presenciar de perto o engajamento e o compartilhamento de conhecimento entre os integrantes, todos com o objetivo de melhorar a plataforma.
Parabéns pelo trabalho, Ana!