Vou compartilhar aqui um pouquinho do meu envolvimento com um projeto grandioso dos agentes do Alto Sertão.
O Museu do Alto Sertão da Bahia foi criado em 2016 à partir da necessidade de evitar a evasão de itens e artefatos encontrados nas pesquisas arqueológicas realizadas pelas empresas eólicas na região, percebida por um grupo de professores e agentes defensores da história e do patrimônio de Caetité e região. Dentre as ações realizadas pelo Museu, que provam o contrário do significado deturpado que a palavra ganhou nos últimos anos, tem tentado regatar, preservar e consolidar a cultura de nossa gente através de varias atividades educacionais e administrativas.
Para tanto, o museu conta com o voluntariado dos integrantes da AMASB - Associação dos Amigos do Museu, que desenvolve um trabalho de mãe desde antes do nascimento desse projeto (2009), exerce presença nas comunidades afiliadas como núcleos (totalizando 11 núcleos museológicos na zona rural e cidades circunvizinhas).
O MASB deveria contar com a parceria tripla de 3 prefeituras do entorno, onde as pesquisas arqueológicas para a implantação de um dos maiores complexos eólico do Brasil foi realizada. Porém , atualmente assistido pela Prefeitura Municipal de Caetité através da Secretaria Municipal de Cultura que mantém o quadro (mínimo) de funcionários para que seja possível seu funcionamento do qual fiz parte por 4 memes e pela pela Prefeitura Municipal de Igaporã com ajuda no quadro de vigias noturno. Além das Prefeituras, MASB tem como mantenedora, na parte de pesquisa e educação a UNEB Campus VI. O Museu, por vezes recebe doações de pessoas e empresas que se preocupam com a preservação histórica e educação patrimonial. Contudo, essa ajuda, apesar de preciosa, ainda não é suficiente para mantermos todos os projetos que temos em vista de execução. A busca por editais segue e tem sustentado as ações do Museu.
A chancela dos artefatos retirados de nosso território ainda não foi obtida. As mais de 50 mil peças foram levadas por empresas de arqueologia e, a parte que conseguimos rastrear, se encontra em São Paulo sob guarda de uma dessas empresas pois, até o momento, não conseguimos as licenças necessárias para obtenção da guarda desse material, tudo depende de obtenção de verbas e muita, mas muita burocracia. Mesmo assim muito trabalho de preservação e educação patrimonial foi desenvolvido pela AMASB / MASB nos 11 núcleos museológicos que inclui comunidades quilombolas, escolas, centros de cultura e até um sítio arqueológico com pinturas rupestres datada com milhões de anos, remontando a pré-história da região.
Convido vocês a visitarem o MASB e seus Núcleos para conhecer a história do Alto Sertão!
Podem começar espiando o perfil do MASB no Facebook:https://www.facebook.com/prefeituracte/videos/401055677271449/
*fotos: arquivo pessoal: sessão solene na Câmara Municipal de Vereadores - Primavera de Museus. Reunião com a AES Tietê na sede do MASB. Logo da união AMASB/ MASB e instituições parceiras.
