Car@s comentarista. Queria agradecer o carinho de tod@s
vocês.
Infelizmente não foi possível uma melhor interação de nossos
estudantes da EJA devido uma série de fatores que é uma luta constante no
campo, dentre elas, o acesso à internet que esses dias foi muito complicado. Vamos
marcar um momento para uma colocação em comum da participação neste evento. E
com certeza vamos conversar sobre cada comentário.
Queria agradecer, mais uma vez, pela oportunidade de estar
aqui. A maioria dos autores das receitas estão no 7º ano do Fundamental II, e
são estudantes que ficaram muitos anos fora da escola. A maioria deles não
tiveram, na idade certa, a educação como um direito. A maioria teve que sair
para ajudar a família a trabalhar.
Esse público me chama muito a atenção, eu também fiquei
muitos anos fora da escola. Concluí com muito custo o Ensino Médio em um Centro
de Educação Continuada para Jovens e Adultos.
E, assim... Nessa jornada de Educador do Campo, tenho ouvido
alguns relatos, como um dia que entrevistei uma dona e perguntei a ela qual era
seu maior sonho e ela disse que era aprender a ler para ler a Bíblia. E de um
pai de 15 filhos que disse que seu maior sonho era de ver pelo menos um filho
concluindo o Ensino Médio.
Sei que muitos educadores passaram por aqui. Não sei se estou em condições, mas deixo uma
dica, enquanto educador me preocupa muito conhecer a trajetória do estudante,
sempre me torna mais humano e comprometido com a inclusão social, digital e que
campo/periferia e cidade/centros tenham as mesmas condições de acesso. E que
pobre, preto e índio sejam incluídos no Art. 5º da Constituição onde “Todos são iguais perante
a lei, sem distinção de qualquer natureza (...) direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade. Isso é a resistência (não a de
esquentar água) que falamos. Verás que um professor não foge a luta.