Olá a todos! O presente trabalho nos mostra um estudo interessante sobre o nível de letramento dos estudantes universitários, que nos faz levantar as seguintes questões: seria o ensino acadêmico muito teórico e pouco prático, de modo que os alunos apresentam grande dificuldade na hora que precisam elaborar seus próprios projetos de pesquisa ou mesmo seguir as normas da ABNT? O que vocês pensam a respeito? Vocês, como alunos, sentem essa "deficiência" no ensino acadêmico? Aguardo as respostas. 

Olá, Diogo! Tudo bem? Bacana a discussão! O artigo não está no template do UEADSL. Precisas de ajuda? Para encaminhar aos anais é necessário estar de acordo com as orientações para submissão. 

Legal a organização dos teus slides! 

Abraços, Eliane  

Olá, Diogo.

Tudo bem?

Achei muito interessante o tema abordado em seu artigo. A esse respeito, gostaria de fazer algumas considerações e levantar um questionemto (que, aliás, me faço há muitos anos).

Acredito que o problema da falta letramento acadêmico de alunos dos cursos de graduação tenha origem anterior ao nível universitário. Na minha opinião, o problema está no Ensino Médio (EM), o que explico a seguir, fazendo um breve relato pessoal:

Quando entrei no curso de Letras, como aluna de graduação, deparei-me com uma linguagem bem diferente daquela com a qual estava acostumada no EM e, desde aquela época, percebi que o ensino nas escolas é falho no que se refere à formação de alunos capazes de produzir textos, de gêneros variados, cuja argumentação seja clara, coerente e convincente. A impressão que tive, e tenho até hoje, é de que o foco do EM é o de preparar alunos a escrever uma redação nos moldes do que exige o Vestibular, ou seja, aprendem a escrever por meio de fórmulas, como se a produção escrita fosse uma ciência exata (um efeito retroativo do Vestibular bastante negativo, diga-se de passagem). Honestamente, não me lembro de ter aprendido a escrever resumos no EM, tampouco resenhas, textos que, ao meu ver, teriam sido úteis, já naquela época.

Isso posto, suponho que a falha não esteja só nas universidades, que não investem no letramento acadêmico de seus alunos, mas sim, que seja anterior, desde a escola.
Sendo assim, o questionamento que gostaria de levantar é se o letramento dos alunos não deveria começar já nos bancos escolares, do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio, reduzindo, assim, a responsabilidade praticamente exclusiva das universidades em investir no letramento de seus estudantes, como você sugere na conclusão de seu artigo.

Parabenizo-o pelo tema tão pertinente e interessante que abordou em seu trabalho!

Abraços,

Verônica

Parabéns pelo trabalho. Acredito que devemos fazer uma reflexão mais profunda: que tipo de alunos estamos formando no ensino básico? Alunos voltados para a academia ou para o mercado de trabalho? Será que estas dificuldades não são apenas um reflexo dos inúmeros problemas que perfazem a educação básica? 

Ola, Diogo.

Primeiramente quero parabenizar pelo excelente tema. 

Sei que a temática é universitária, mas deixou uma interrogação além da universidade, será que os alunos estão sendo adequadamente letrados no ensino médio? Qual sua opinião ?

Prezado colega, obrigado por compartilhar seu trabalho conosco e o parabenizo por ele.

Os trechos abaixo chamaram bastante a minha atenção:

"Com o estudo desse autor [Bezerra, 2012], foi verificado que grande parte das atividades desenvolvidas no curso tinha como foco a leitura. Sendo que a escrita se limitava, na maioria das vezes, ao desenvolvimento de resumos das leituras realizadas" (p. 2).

"Já os autores Figueiredo e Bonini (2006), trazem em seu texto aspectos que corroboram com os trazidos anteriormente pelo autor Bezerra (2012). Também identificam as dificuldades de aprendizagem (apropriação) da prática escrita pelos estudantes do mestrado" (p. 3).

Eu curso filosofia e aqui muitos de nós reclamam da falta de espaço e oportunidade para praticarmos a escrita acadêmica. A carga de leitura é grande, mas a oportunidade para escrevermos artigos onde podemos desenvolver e discutir as ideias dos textos é pequena. De acordo com um professor que se aposentou recentemente, o Paulo Margutti, muitos alunos que chegam ao mestrado enfrentam dificuldades com a escrita do projeto. Segundo ele, essas dificuldades poderiam ser evitadas caso tivessem tido a oportunidade de exercitar mais a escrita durante a graduação. Veja como esse testeminho do Margutti corresponde aos resultados revisados por você.

Apenas uma sugestão metodológica: no trabalho poderiam ser incluídos mais dados sobre os estudos de Bezerra (2012) e Figueiredo e Bonini (2006). Refiro-me a informações como: seus estudos foram realizados em quais universidades ou faculdades? E com alunos de quais cursos? Acredito que essas referências são fundamentais para sermos capazes de analisar esses dados dentro de seu contextos específicos. Se, por exemplo, os estudos foram realizados em instituições como universidades federais com alunos de cursos bastante concorridos, seus resultados terão um determinado significado; por outro lado, se os estudos foram realizados em faculdades com avaliação mais baixa, em cursos menos concorridos, teremos então outro significado. Principalmente, de acordo com o contextos dos alunos pesquisados, nos serão exigidas estratégias diferentes de ataque a esse problema.

Por fim, um comentário acerca do trecho abaixo:

"(...) fica demonstrada a necessidade da universidade investir mais no desenvolvimento, principalmente prático, dos alunos na produção de gêneros acadêmicos e utilização de práticas referentes ao bom letramento acadêmico já em seus períodos iniciais. Podendo isso ter efeito positivo até mesmo na produção cientifica futura da universidade" (p. 5).

E esse  é o caso dessa nossa Oficina, onde nossos trabalhos foram produzidos. A ementa e as atividades realizadas são voltadas para essas atividades de letramento acadêmico. Inclusive, de acordo com alguns professores da filosofia, sua inclusão no novo currículo do curso, logo no primeiro período, foi motivada pelo reconhecimento de que muitos alunos apresentavam dificuldades com a escrita acadêmica e com o uso de ferramentas de pesquisa. 

Por tudo isso, o tema de seu trabalho faz total sentido. Parabéns mais uma vez!

Olá Diogo, parabéns pela excelente discussão trazida. 

De fato é de extrema importância e urgente, desde o início da graduação sobre o contato com o discurso científico. Posso discusar sobre minhas experiências acadêmicas com a primeira e hoje na segunda Graduação. Na primeira peguei um modelo curricular mais antigo, o que me fez ter contato com artigos científicos nos anos finais da graduação. Mesmo tendo feito muitos resumos e resenhas, houve sim, muita dificuldade mais pela falta de prática, e, surgia como barreira para a produção inicialmente. Mas foi superado com um aporte literário científico da área e escrevendo de fato.  Hoje na segunda Graduação em um modelo curricular que prioriza o contato científico e de escrita desde os primeiros períodos, facilita e muito assimilação da escrita científica. 

Vejo sua proposta de intervenção no Letramento Acadêmico de forma muito colaborativa, promissora tanto para com os recém chegados na Universidade como aqueles que desejam aprimorar a escrita científica.  Ótima foco e reflexão, parabéns pelo trabalho! Abçs!

Oi, Diogo!

Sua pesquisa é bastante relevante para alunos e professores da academia repensarem suas funções e ações no âmbito desse espaço de ensino e aprendizagem. A escrita acadêmica dever ser desenvolvida na academia, claro, e se isso não ocorre,  a academia deve repensar sua proposta de ensino. Sua pesquisa revelou que os alunos investigados não tem conhecimentos mínimos acerca da elaboração de um projeto, de um relatório, desconhecem normas ABNT, pois tais conceitos, normas e gêneros textuais não foram trabalhados. Assim, quando você apresenta uma proposta de trabalho dos textos acadêmicos na graduação, você corrobora para que a universidade desempenhe seu papel de formar bons profissionais, capazes de produzirem conhecimento. abraço!