SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Coordenador UEADSL -
Número de respostas: 46
  • Software livre: migrando para uma proposta democrática

 

Carlos Henrique Neves Quadros

 

 

Foto da tela inicial do vídeo.

Apresentação de Carlos Henrique Neves Quadros para a edição do segundo semestre de 2018 do congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre - UEADSL2018.2, gravado em novembro de 2018.

Resumo: Este artigo apresenta a experiência de eliminação de programas não licenciados e a migração para softwares livres na Coordenadoria de Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Minas Gerais. Ao final, discutir-se-á a necessidade de se estender à sociedade o debate sobre o tema software livre e a independência tecnológica.

ARTIGO COMPLETO (clique aqui)

PODCAST:
 
Duração: 00:14:16
Coordenação de mesa: Frederico Guimarães e Cláudia Archer
Tags:
Software livre, software proprietário, independência tecnológica.
Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: Software livre: migrando para uma proposta democrática - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Tamyres Cecilia Silva -

Olá Rodrigo, achei seu tema muito interessante e relevante.

A diferenciação entre o software livre e software proprietário me esclareceram a respeito do tema – uma vez que desconhecia a terminologia. O percurso que você traça é muito interessante e proporciona a nós um percurso muito bacana sobre a tecnologia, dentro e fora do local onde você trabalha.

Bacana os testes de vocês e o levantamento dos resultados, uma vez que é possível selecionar os softwares. Fiquei feliz por vocês chegarem a um resultado de sucesso quanto ao objeto, evidenciarem suas vantagens e da utilização desses programas na universidade pública.


Em resposta à Tamyres Cecilia Silva

Re: Software livre: migrando para uma proposta democrática - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Ana Carla Barros Sobreira -

Oi Rodrigo, bacana ja comecar com o teste. Sempre tive duvidas sobre software livre e software proprietario. Valeu.

Em resposta à Ana Carla Barros Sobreira

Re: Software livre: migrando para uma proposta democrática - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Tamyres e Ana Carla, bom dia!

O reconhecimento da importância do tema e a ampliação do debate são objetivos da conferência. Obrigado pela participação!

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Anderson Silva -

Carlos Henrique, boa tarde!

Tudo bem?

Adorei seu trabalho e sua narração (podcast) para poder explicitar a respeito de um tema tão atual e importante para os usurários comuns/individuais e as instituições. Com seu conhecimento e sua apresentação clara e objetiva, foi possível compreender as peculiaridades do Software Livre em relação ao Software Proprietário, como o nível de segurança e outras vantagens de ordem econômica a partir dos interesses de cada sujeito/instituição, gerando economia de recursos. Ademais, as questões legais e vantagens da utilização do software livre relatado no áudio foram fundamentais para podermos entender todo o processo de migração dos programas para o Software Livre em prol do conhecimento.

Abraços e vou adorar ver as discussões aqui no evento para aprender mais e mais.

Parabéns, Carlos!

 


Em resposta à Anderson Silva

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Olá Anderson,

Obrigado por participar.

A minha intenção é expor as vantagens do uso de sofwares livres principalmente no setor público. Relatos como o seu sinalizam que estamos conseguindo ampliar a discussão e assim atingir o objetivo de minha conferência!


Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Francine Souza Andrade -
Olá Carlos Henrique,

Muito relevante sua experiência com a migração do Software Livre (SL) no setor da UFMG. A resistência dos funcionários da CAC ao SL se deve também pela falta de familiaridade com as ferramentas dos programas, como você mesmo disse no podcast, a diferença da interface é um desafio para muita gente.

Por isso achei muito pertinente a apresentação do SL e os benefícios que trazem, como por exemplo, a vantagem do SL da não obrigatoriedade de atualizações constantes como o software proprietário exige.

Gostei de saber um pouco sobre o Open Source, não sabia que era diferente de Software Livre.

Parabéns pelo tema!

Francine

Em resposta à Francine Souza Andrade

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Olá, Francine, obrigado pela participação.

Bom, atualmente existem inúmeras distribuições Linux disponíveis que atendem às mais diversas necessidades. Com certeza a interface não é mais um problema. A preocupação dos desenvolvedores com as “características visuais” fizeram com que os sistemas se tornassem muito mais amigáveis aos novos usuários.

Open Source (código aberto) é um tipo de licença criada pela Open Source Initiative. A OSI definiu dez quesitos para que um software possa ser considerado open source; distribuição livre, acesso ao código-fonte, permissão para criação de trabalhos derivados, integridade do autor do código-fonte, não discriminação contra pessoas ou grupos, não discriminação contra áreas de atuação, distribuição da licença, licença não específica a um produto, licença não restritiva a outros programas e licença neutra em relação à tecnologia.

Se por um lado a Free Software Foundation se preocupa com a liberdade do usuário e toda a ideologia que este tema abarca, a Open Source Initiative se volta ao desenvolvimento e continuo aprimoramento dos softwares. Importante saber que ambas as fundações possuem muitos pontos em comum e podem (e devem) trabalhar juntas. As diferenças entre as duas produzem uma longa discussão. Eu me identifico mais com a Free Software Foundation.




Em resposta à Carlos Henrique Neves Quadros

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Francine Souza Andrade -

Bacana!

Obrigada pelos esclarecimentos sobre o Open Source, Carlos Henrique.

Abraço

Em resposta à Carlos Henrique Neves Quadros

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Frederico Guimarães -

Olá Carlos e demais participantes!

Complementando a resposta do Carlos, Francine, podemos dizer, resumidamente, que o foco da Open Source Initiative é a abertura e compartilhamento do código e o da Free Software Foundation é a liberdade das pessoas. Dessa forma, para a OSI, o software aberto é o fim, ou seja, ele se basta. Já para a FSF, o software é o meio para se atingir a liberdade de uso.

E como o Carlos disse, existe muita discussão sobre esse tema, geralmente com os defensores do código aberto insistindo que não existe diferença entre as duas vertentes. Mas, por mais sutil que seja, ela existe sim e é importante vermos essa diferença.

Um abraço a tod@s e sigamos conversando!

Em resposta à Frederico Guimarães

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Sim, é importante que saibamos que há diferenças entre a FSF e OSI principalmente se levarmos em conta que Free Software se preocupa fundamentalmente com a liberdade enquanto a Open Source se volta mais às questões mercadológicas. Isto é importantíssimo para os militantes do movimento software livre.

Apenas por curiosidade, existe um termo, o “FLOSS” que siginifica “Free/Libre and Open Source Software”. Este termo é comumente utilizado quando não se tem o interesse ou não há a necessidade de diferenciar os softwares entre livres ou de código aberto. Nas palavras de Richard Stallman, fundador da FSF:

Um pesquisador estudando práticas e métodos usados por desenvolvedores na comunidade de software livre decidiu que essas questões eram independentes das visões políticas dos desenvolvedores, então ele usou o termo “FLOSS”, que significa “Free/Libre and Open Source Software,” para evitar explicitamente uma preferência entre os dois campos políticos. Se você deseja ser neutro, esta é uma boa maneira de fazê-lo, pois isso torna os nomes dos dois campos igualmente importantes.”

Mais uma vez agradeço o interesse de todos!!!
Em resposta à Frederico Guimarães

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Jaiza Fernandes -

Olá, professor Frederico Guimarães, tive o prazer de conhecê-lo nos eventos de Software Livre em Fortaleza, quando tínhamos excelentes Laboratórios de Informativa Educativa na rede municipal de ensino, instalados pelo governos Federal, na gestão Luiziane Lins. Na época, os professores receberam formação e incentivos (notebooks).  Nesses espaços trabalhávamos com o Software Livre. Inicialmente, o Kurumin e depois, o Linux Educacional. Infelizmente, a atual gestão retirou os professores lotados nesses espaços e os LIEs passaram a serem utilizados apenas como um recursos a mais das escolas (as crianças brincam nos intervalos,  pesquisam ou  jogam, quando não estão em aulas). 

De todo modo, é relevante sim compreender a diferença entre software de código aberto e software livre, pois para além de se usar um software livre, é bastante significativo estudá-lo, melhorá-lo em benefício de outras pessoas. 

Um abraço! 

Um excelente congresso a todos!. 

Em resposta à Jaiza Fernandes

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Frederico Guimarães -

Olá Jaiza e demais,

Que alegria reencontrar alguém de Fortaleza aqui! Sim, Fortaleza tinha um trabalho maravilhoso que eu usava como referência em várias falas minhas. Uma pena que infelizmente isso não tenha sido valorizado e o trabalho tenha encerrado de forma tão abrupta.

Mas é vida que segue. O importante é seguirmos com a lógica do software livre, tentando utilizá-lo sempre que possível.

Um grande abraço!

Em resposta à Frederico Guimarães

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Jaiza Fernandes -
Isso, meu amigo Frederico, vida que segue. 

a gente vai tentando desenvolver nosso trabalho de sala de aula da melhor forma possível. Grande abraço e um excelente evento para você! 

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Angela Moreira -
Bom dia!

Muito interessante o vídeo.
Achei interessante quanto ao Software livre, não sabia que tinha 4 condições para ser considerado livre. 
O "Guia Livre" é bem interessante. 


Angela 
Em resposta à Angela Moreira

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Bom dia Angela,

A Free Software Foundation diz que para um software ser considerado livre os usuários devem possuir as quatro liberdades essenciais. Estas são a características principais de um software com licença GPL. Este é o tipo de licenciamento conferido pela Free Software Foundation.

Obrigado por participar!

Em resposta à Angela Moreira

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Claudia Maria Da Archer -

Interessante que este "Guia Livre" existe desde 2004, e muitas pessoas nem sabem que ele existe.

Lá dá várias dicas de como migrar. Na minha compreensão, o fator que vai ser o maior determinante  se uma migração dará ou não certo é a conscientização do usuário, se você o conquista (convence) a migração tende a ser um sucesso!

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Franciely Lopes -

Boa noite! Primeiramente, obrigado por nos relatar sua experiência.

De fato o uso de programas não licenciados constitui crime contra a propriedade intelectual. Existem diversos softwares livres que executam as mesmas tarefas e de forma gratuita, devendo o seu uso ser priorizados em face de outros softwares, principalmente tratando de uma instituição pública de ensino, que deve atender aos princípios da eficiência e economia.  

Parabéns!

Franciely Lopes.

Em resposta à Franciely Lopes

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Frederico Guimarães -

Olá Franciely e demais,

É importante ressaltar também que o software livre não deve ser usado somente para substituir aqueles para os quais não se tenha licença. Os software livre é uma opção de qualidade (e não somente uma "alternativa") e a única que garante auditoria do código, que, inclusive, é uma exigência em muitas instâncias públicas que, normalmente, não é respeitada.

Além disso o software livre, por ter seu código aberto, permite o estudo e reutilização de seu código. Dessa forma, todo o conhecimento gerado na produção de um software livre está, automaticamente, disponível para o mundo, permitindo a construção de novos softwares sem a necessidade de retrabalho. Com isso, todas as pessoas se beneficiam disso.

Ou seja, o software livre é uma opção de qualidade e não somente algo a ser usado quando não se tem dinheiro pra pagar o proprietário, como algumas empresas defendem. O próprio Carlos destaca, ao final da sua fala, as várias vantagens de se usar software livre.

Um abraço!

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Claudia Maria Da Archer -

Olá pessoal,


Bem interessante o tema do Carlos Henrique!


Sejam bem-vindos e um ótimo debate!

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Danielle Fullan -

Carlos Henrique, parabéns pelo trabalho!

Concordo com os colegas, sua apresentação foi bastante enriquecedora e me ajudou a entender um pouco melhor as diferenciações entre softwares. Obrigada por compartilhar um pouco sua experiência.


Abraço,

Dani

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Jaiza Fernandes -

Boa tarde, Carlos Henrique! 

Parabéns pelo trabalho! Realmente, a migração dos softwares proprietários para os softwares Livres (SL)  é necessária, sobretudo, em instituições públicas como forma de não apenas de minimizar os custos num país capitalistas desumano; mas, é também uma formas de democratizar as tecnologias e e o acesso ao conhecimento. Considero bastante importante, o trabalho que a UFMG vem desenvolvendo nesse sentido, ampliando o migração em todos os espaços da universidade. Uma prova desse acesso e democratização das tecnologias e do saber a gente percebe, sobretudo, nos grandes eventos acadêmicos online que o grupo Texto livre promove, como esse  evento que ora participamos.  

Sucesso! 


Em resposta à Jaiza Fernandes

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Olá Jaiza,


Obrigado pelo comentário. Sem dúvida iniciativas como este congresso nos dão forças para continuar lutando por uma tecnologia mais democrática.


Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Amanda Souza Fernandes -

Carlos, parabéns por sua iniciativa e por apresentar sua experiência de forma tão esclarecedora.

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Frederico Guimarães -

Olá gente,

Então, o Carlos apresentou o processo de migração e as motivações para que isso ocorresse, mas e vocês? Já tiveram alguma experiência similar com o software livre? Seja como protagonistas, implementando uma migração ou como afetados por esse processo de migração? Se já passaram por isso, como foi?

E no uso pessoal, alguém aqui tem softwares livres em seu computador? Ou usa o GNU/Linux como sistema operacional?

Um abraço e vamos conversando!

Em resposta à Frederico Guimarães

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Daniel Rodrigues Paes Landim -
Muito interessante este tema que fala sobre software livre dentro de uma perspectiva democratica.
Em resposta à Frederico Guimarães

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Daniel Rodrigues Paes Landim -
Muito interessante este tema que fala sobre software livre dentro de uma perspectiva democratica.
Em resposta à Frederico Guimarães

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Legal o Frederico ter tocado no assunto do uso de softwares livres em computadores pessoais. Na conferência o foco acaba sendo o setor público e a vida profissional. Porém, como foi bem lembrado, a alternativa livre é ótima também na vida pessoal. Existem ótimas opções, inclusive para aquele computadorzinho mais antigo que se tornou "obsoleto" e parece não funcionar mais.

Abraços...

Em resposta à Carlos Henrique Neves Quadros

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Claudia Maria Da Archer -

E com essas opções o computadorzinho não parecerá tão obsoleto.

Em resposta à Frederico Guimarães

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Claudia Maria Da Archer -

Eu sou usuária de Software Livre, uso debian no meu note pessoal.

Na minha Dissertação de Mestrado fiz uma análise sobre a migração de Software Livre no Governo Federal, a partir de 2003.

Minha conclusão é que há falta de vontade política, acredito que muitos não entendem a dimensão das questões referentes a essa área tecnológica. Por isso vivemos com nossos dados reféns  de empresas, e tem mais, hoje nem precisa de invasão para pegar dados, o próprio usuários os disponibiliza em muitos locais.

Em resposta à Claudia Maria Da Archer

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Frederico Guimarães -

Olá Cláudia e demais,

Bacana o tema da sua dissertação. Sim, mais do que falta de vontade política, existe uma inércia generalizada para não sair da "caixinha digital" em que as pessoas se localizam, sem querer aprender coisas novas. E desconhecimento do alcance do software livre, especialmente por acharem que software livre = GNU/Linux. Não sabem, por exemplo, que existem diversos softwares livres para Windows e Mac, que podem ser utilizados para um transição mais tranquila para o GNU/Linux. Sem falar que muita gente ainda acha que usar GNU/Linux é ter que digitar comandos em um terminal. Nem se dão conta, por exemplo, que ao usar o Android elas estão usando um Linux personalizado. Por fim, tem uma questão ainda mais séria, que é o fato do software livre não gerar "estímulos" para seu uso, como brindes, viagens e percentual das vendas como "bônus".... Pois é, a boa e velha propina ainda é um estímulo e tanto para se usar software proprietário.

Já em relação aos dados a questão é ainda mais grave. Em nome de "facilidades" ("é tão legal meu celular saber que estou saindo do trabalho e indo pra casa! ele até me avisa o caminho melhor!") as pessoas abrem mão de seus dados pessoais e da sua privacidade. Isso é particularmente grave no caso dos dispositivos móveis, uma vez que as pessoas usam esses aparelhos muitas vezes sem a menor noção do que eles efetivamente estão fazendo, instalando tudo quanto é tipo de software sem se dar conta dos riscos que correm.

Daí a importância de difundirmos boas práticas de uso e estimular as pessoas a entenderem o que estão usando. Esse é um trabalho importante que temos pela frente. Divulgação e documentação são dois papeis muito importantes na comunidade de software livre. Ou seja, não é necessário ser programador para colaborar com o software livre.

Um abraço!

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Vivian Pinto Riolo -

Rodrigo, que bacana a proposta da sua apresentação e que trabalho tudo isso deve ter dado!

Fiz questão de vir aqui prestigiar a sua fala, pois neste semestre fiz uma disciplina com a professora Ana em que debatemos em um dos fóruns a questão dos softwares livres e proprietários.

Nesse fórum, pensei exatamente sobre esse lugar de resistência que os apoiadores dos softwares livres ocupam e com o fechamento da sua fala no podscast, isso ficou mais evidente para mim.

Dizemos, de um modo geral, que a universidade é o lugar da resistência e justamente onde se compartilha e produz tantos saberes não parece haver uma mobilização profícua no sentido de avançarem as pesquisas e desenvolvimentos de softwares livres que possam ser usados no bojo da instituição. É realmente curioso!

Penso que questões político-ideológicas e comerciais é que comandam esse processo de mudança.

Aparentemente, houve abertura para o trabalho pudesse ser iniciado no setor em que você trabalha, mas em que medida você enxerga a universidade atuando ativamente nesse projeto desenvolvimento tecnológico próprio? Já há discussões que potencializem projetos efetivos?

Obrigada por compartilhar conosco suas experiências!
Em resposta à Vivian Pinto Riolo

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Olá Vivian,

No setor onde trabalho recebi e continuo recebendo total apoio porém, no restante da universidade, não vejo muita mobilização neste sentido. O argumento que é usado mais comumente para justificar o “padrão” Windows dentro da universidade é de que o governo possui vários sistemas que só "rodam" nesta plataforma. Contudo, para início de conversa, a grande maioria dos servidores que conheço não usam nenhum sistema do governo que exige o Windows ou qualquer outra ferramenta da Microsoft. Se há interesses nestas escolhas, eu não posso afirmar. Porém não vejo a mesma boa vontade que se tem com o Windows quando sugerimos uma distribuição Linux. Acredito que por estarmos em uma universidade pública, temos tudo para ampliar o uso de softwares livres.

Obrigado pela participação!


Em resposta à Carlos Henrique Neves Quadros

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Vivian Pinto Riolo -

Olá, Carlos Henrique.

Eu que agradeço pelo retorno!

Se pensarmos em questões de administração pública, parece-me que falta boa vontade em muita coisa... E se pensarmos nas prioridades administrativas, ciência, tecnologia, pesquisa e educação, então, estarão no final da fila! 

Uma pena, pois muita coisa se resolveria por meio do investimento nessas áreas.

Um abraço.

Em resposta à Carlos Henrique Neves Quadros

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Vivian Pinto Riolo -

Perdão, confundi os nomes. 

Carlos Henrique!!! (risos)


Em resposta à Vivian Pinto Riolo

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Jaiza Fernandes -

Muito bacanas duas questões, Vivian.

Verdade que a Universidade é local de resistência e produção de sabereres. Sendo assim, é importante que ela se coloque a frente no sentido de produzir, utilizar e divulgar o sotware livre de modo a democratizar o uso das tecnologias e o conhecimento.  Sucesso! 

Em resposta à Jaiza Fernandes

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Vivian Pinto Riolo -

Obrigada, Jaiza.

Uma pena não vermos ainda a mobilização necessária para essa tão importante mudança de postura em todos os espaços da universidade e outros espaços públicos de um modo geral.

Nos resta continuar promovendo esse pensamento crítico sobre o tema...

Um abraço.

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Claudia Maria Da Archer -

O software livre é um meio muito bom de se apropriar do conhecimento, uma  vez que gera cada vez mais conhecimento, além de sua segurança por poder ser auditável. Quanto mais se usar essa tecnologia, mais o país se desenvolve nessa área tecnológica, tornando-se autônomo em produção de software. O grande problema é vontade política para mudar, basta ver o exemplo dado aqui, se não houvesse engajamento das pessoas que trabalhavam no lugar, não haveria mudança.

Vale lembrar que a própria internet é baseada em software livre.

Discussão muito boa!


Em resposta à Claudia Maria Da Archer

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Olá Cláudia,

Na SBPC do ano passado, aqui na UFMG, li em um estande: “Tecnologia própria é independência”. Acredito que esta citação resuma bem a luta pela expansão do uso de software livre na universidade. Espero que possamos levar este assunto ao conhecimento de um número cada vez maior de pessoas.
Em resposta à Claudia Maria Da Archer

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Jaiza Fernandes -

Verdade, Cláudia, a questão da segurança, quando se usa a internet é importante. E quanto mais se usa o software livre, melhor ele vai ficando, pois melhorado. Pena que falta vontade política mesmo para incentivar deu uso. Abraço 

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Crislaine Junqueira Aguiar Silva -

Olá a todos os congressistas.

Antes de adentrar ao debate gostaria de agradecer e parabenizar o Carlos por trazer sua experiência para compartilhar conosco de uma maneira muito bem articulada e embasada. Adorei o trabalho! Fico muito satisfeita em ver produções de outros entes participando na produção de conhecimento, um dos mil motivos para eleger esse evento como o mais democrático que já participei.

A questão da liberdade ciberneticística (esse nome estou arriscando aqui) eu não tinha conhecimento, ou pelo menos não dessa profundidade, quanto estou tendo a oportunidade de conhecer e discutir agora no mestrado. 

No fundo, todos somos levados a usar equipamentos e programas sem nos questionarmos que onde veio, para que veio e a que custo. Sem nos darmos conta, nos tornamos piratas ou consumistas de softwares privados, usufruindo deles como sem muita responsabilidade. 

Acredito que a conscientização a cerca do que se trata um equipamento ou programa é de extrema importância, principalmente no ambiente educacional, onde tudo e todos fazem parte da empreitada. 

Dessa forma, o trabalho do Carlos é muito pertinente à medida que revela a mudança de posição, não só administrativa como também moral da estidade frente ás questões das licenças de uso de softwares e equipamentos. 

Muito bom participar com vocês!

Em resposta à Crislaine Junqueira Aguiar Silva

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Carlos Henrique Neves Quadros -

Olá Crislaine,

Obrigado pelas palavras. O despertar do interesse e da consciência para este assunto é um de nossos objetivos. Com a sua fala vejo que estamos conseguindo dar alguns passos em direção a democratização do conhecimento técnico, da independência tecnológica e da segurança de nossos dados.



Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Mhdi Ibrahim Bader Khun -

Excelente trabalho. Gostei muito de ler, pois é um tema revelante de debater. À respeito, tenho uma pergunta: os softwares livres são seguro de se utilizar no setor público? Tem o mesmo nível de segurança para os usuários?

Em resposta à Mhdi Ibrahim Bader Khun

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Frederico Guimarães -

Olá Mhdi e demais,

Na verdade os softwares livres são mais seguros que os proprietários. Por um motivo muito simples: a possibilidade de se fazer auditoria do código. Por exemplo, ninguém fora da Microsoft sabe o que está rodando no código do Windows ou do Microsoft Office. Você é obrigado a acreditar que ele só roda aquilo que você está vendo. Mas, em 2013 Edward Snowden denunciou que existem backdoors (brechas de segurança propositais, que permitiriam acesso remoto) em produtos proprietários de diversas empresas, como a Apple e a Microsoft.

Portanto, não só eles são seguros, como são a única opção em que é possível verificar o nível de segurança do seu código.

Um abraço!

Em resposta à Coordenador UEADSL

Re: SOFTWARE LIVRE: MIGRANDO PARA UMA PROPOSTA DEMOCRÁTICA - Conferencista: Carlos Henrique Neves Quadros

por Gabriela Gomes de Aquino -

Olá Rodrigo,

Muito relevante o tema do artigo. O mesmo foi escrito, inclusive, com uma linguagem clara e objetiva. Foi possível perceber que, apesar da resistência à migração para o uso de softwares livres, existem inúmeras vantagens ao fazer uso dos mesmos.