Olá, autores!
Gostaria de dizer que adorei o trabalho de vocês! Meus parabéns por tratarem de uma temática que muitas vezes é ignorada pelas pessoas!
A comunidade surda enfrentou, e ainda enfrenta, muitos problemas relacionados à acessibilidade. Quando falamos de língua, por exemplo, observamos que apenas em 2002, ou seja, menos de 20 anos, é que a Libras se tornou a segunda língua oficial do Brasil.
Dessa forma, TODOS os órgãos oficiais públicos tem a OBRIGAÇAO de oferecer atendimento nas duas línguas, português e Libras. Ainda sim, mesmo com a Lei da Libras em 2002, muitas instâncias publicas sequer contam com atendimento especializado ou no mínimo um interprete para auxiliar os surdos.
As dificuldades enfrentadas por essa comunidade vão além do que imaginamos, e penso que a falta da valorização da língua de sinais no sistema educacional (se aprendemos português na escola, por que não aprendemos Libras se ambas são línguas oficiais do país?), e que tem a ver com preconceito linguístico também, influencia diretamente para que não tenhamos a presença de atendimento em setores públicos como o CRAS que vocês apontaram voltados para a comunidade surda.
Já estudei Libras e me arrisco a falar com alguns amigos surdos que tenho e também por influencia da minha mãe, que fez curso para ser intérprete, e também já tive disciplina de fundamentos de libras na faculdade, dentre outras palestras e eventos envolvendo inclusão e a comunidade surda.
Falar sobre acessibilidade e trazer propostas bacanas como vocês trouxeram me enchem de alegria! É um assunto que gosto muito, e que , como professora em formação, também tenho minha responsabilidade de atuação.
Esse tema demanda ainda muitos debates e reflexões sobre como trazer de fato a inclusão no nosso dia-a-dia. Por isso, mais uma vez, parabéns pelo trabalho realizado!
Grande abraço!
Nathalia O. Costa - Química/UFMG