Bernardo, apontamentos muito pertinentes. A regulação é muito estudada no campo de políticas públicas, pois o ambiente regulatório pode ser força motriz ou resistência às mudanças benéficas para a sociedade. 

Cabe lembrar, também, que além da própria inovação ou das mudanças legislativas, o ambiente institucional é importante para o desenvolvimento e amadurecimento das propostas inovadoras. Como expliquei brevemente no texto, em termos de governança metropolitana o ambiente institucional também influencia diretamente no sucesso das políticas públicas voltadas às metrópoles. Trabalho diretamente com a gestão da RMBH, e digo: apenas a legislação não basta. Os mecanismos de coordenação e cooperação são pano de fundo para a execução correta da legislação. 

De fato, a legislação é o primeiro passo a ser dado e em 2015 demos este passo a frente na governança das metrópoles brasileiras. O advento do Estatuto da Metrópole é um dos avanços legislativos mais bem feitos nos últimos anos. Agora, cabe aos agentes políticos, tanto governantes, quanto servidores públicos, trabalharem em prol da efetivação do Estatuto. 

Cordialmente, 

Clarice do Vale

Valdemir, agradeço imensamente seu retorno! 

O estudo da governança das metrópoles é um tema deveras recente no Brasil. Tivemos em 2001 um grande avanço legislativo na temática das cidades que foi o Estatuto da Cidade. No entanto, quando falamos de metrópoles a demarcação do espaço urbano se extrapola, e essa magnitude me encanta. 

O estudo das metrópoles acaba nos dando um outro olhar para a cidade e, no meu caso, tanto como cidadã, quanto como aluna e servidora pública. Não consigo mais andar pela cidade de ônibus e não enxergar os grandes problemas metropolitanos que ainda nos cercam. A gestão da Região Metropolitana de Belo Horizonte serviu de exemplo para a criação do Estatuto da Metrópole, mas em termos institucionais ainda temos muito a caminhar. 

Sigo encantada pela temática e, cada vez mais, procurando entender as dinâmicas metropolitanas, políticas, sociais, institucionais e estruturais que influenciam a minha vida "comum" de estudante da UFMG e trabalhadora brasileira.

Cordialmente, 

Clarice do Vale