Olá Dilma...

Achei muito interessante a abordagem que foi colocada na pesquisa de vocês, principalmente por buscarem estratégias de ações que favorecessem a inclusão dos estudantes em situação de vulnerabilidade que não possuíam acesso a plataformas digitais. Um ponto que me emocionou foi a colocação do aumento da autoestima dos estudantes e achei sensacional. Esta autoestima está intimamente ligada a uma inclusão social e ao sentimento de pertencimento ao espaço. Mais do que incluir estes estudantes digitalmente para a continuidade dos estudantes, vocês possibilitaram sua entrada a todo um mundo que os cercava mas que parecia distante para os mesmos diante das desigualdades sociais vividas. Este sim é um exemplo de educação inclusiva que traz a reflexão sobre a importância destes estudantes dentro de um cenário social, os colocando dentro de uma realidade que por tempos ficaram afastados. Isso dá novas perspectivas emocionais, afetivas e socais para estes estudantes, abrindo um leque de possibilidades que não tinham contato. Parabéns!

Verdade, Ana, às tecnologias estão se fazendo mais presentes nas escolas é imprescindível que precisamos ampliar o nosso conhecimento. 

Entretanto, precisamos pensar na seguinte situação: todas as crianças têm acesso às tecnologias que estão na palma da nossa mão?

Eu costumo dizer que a educação é para todos, mas  não é acessível a todos. Trabalho em uma escola que o nosso público em sua grande maioria são de venezuelanos que estão em vulnerabilidade social, desta forma, não conseguimos alcançar a aprendizagem neste período de pandemia devido não terem acesso. 

Obrigada, Ana! A inclusão tecnológica é imprescindível, mesmo fora do contexto da pandemia. Esperamos que as crianças beneficiadas se sintam parte e tenham acesso ao mundo digital.

Super concordo, Cintia, o trabalho da Edilma traz essa percepção social que muitas escolas ainda não utilizam. 

Obrigada,Cíntia! Sabemos que a demanda é absurdamente maior que o realizado, mas conseguimos mudar a realidade de muitas crianças e isso foi muito gratificante.

Boa noite, Cíntia! Agradeço as palavras. Ser professor em uma comunidade carente é um desafio além dos já sabidos na educação. 

Silvane, tudo bem?

A pandemia nos fez mexer tocar em algo que todos sabiam que existia, mas estávamos numa péssima zona de conforto, onde arrastávamos essa demanda há anos direcionando as nossas "energias" para demandas que julgávamos prioridade.
Com o andamento da campanha, após a entrega dos primeiros aparelhos, vimos que a situação não seria totalmente resolvida com a simples doação. O que parecia carecer apenas de uma ação isolada, a doação do aparelho, desvelou outros problemas comuns na comunidade escolar, por exemplo: aparelhos roubados, trocados por drogas, danificado pelo uso excessivo, já que, em alguns casos, era usado por mais de 4 crianças na mesma casa, entre outras situações. É um trabalho que vai muito além da oferta do aparelho. É preciso conscientizar as famílias, acompanhar o acesso dos estudantes à plataforma, orientações detalhadas sobre os cuidados com o aparelho. Seguimos nesse desafio.

Ederson, 

Acredito que se conseguirmos estabelecer um diálogo com os principais representantes da educação no cenário político, isso poderia se tornar uma possibilidade. Enquanto pesquisadora, tenha visto e participando de projetos que discutem a problemática das desigualdades sociais frente ao acesso à educação no contexto atual. A comunidade educacional (profissionais que atuam na educação básica, no ensino superior e pesquisadores de forma geral) tem se empenhado em buscar mecanismos que minimizem essa problemática. Entretanto, falta-nos recursos para promover o acesso à educação de uma forma mais igualitária.  

Boa noite, Ederson! Na verdade, a ação pública, neste caso, foi apenas o setor responsável pela minha contratação, enquanto professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal. No mais, todas as ações do projeto, foram realizadas por pessoas físicas e iniciativa de uma Associação. Por ora, não vejo no âmbito do poder público, qualquer tipo de abertura ou receptividade para acolher o projeto, infelizmente.