Bom Dia a todes.
O meu interesse por esta pesquisa surge a partir da percepção do nosso currículo centrado nas epistemologias do Sul. As transgeneridades não ocupam a universidade, porque não acessam o mínimo da educação básica.
Portanto, ao perceber que corpos transgêneros, mesmo poucos, habitavam a universidade, se formando mestres, mestras, doutores e doutoras, um outro movimento de subversão de autorias estava surgindo na educação.
As travestis poduzem ciência de qualidade e hoje muitas são professoras universitárias e cientistas. Por exemplo, Profa Dra Luma Nogueira de Andrade (UNILAB), hoje Professora Adjunta e Diretora do Instituto de Ciências Humanas, Prof Mestra Sara Wagner York, primera travesti Mestra em Educação pela UERJ, primeira travesti jornalista do Brasil com um programa exclusivo no canal 247, Profa Dra Joyce Alves, Primeira Proreitora de Assuntos Estudantis da UFRRJ, Mestra Florence Beladona Travesti, primeira travesti Mestra pela UFRRJ, Profa Dra Megg Rayara, Primeira Travesti Preta Doutora no Brasil, hoje professora adjunta da UFRRJ, e com destaque, todas ocupado orientação na Pós-Graduação e com uma produção científica multirreferencial, que não se articula apenas no gênero e sexualidades.
Este são apenas alguns exemplos, pois temos travestis doutoras espalhadas por todo o Brasil, assim como Leticia Carolina, professora da UFPI, autora do Livro Transfeminismos da Coleção de nossa brilhante Djamila Ribeiro.
Epistemologias travesti precisam ocupar a educação.
Abraços,
Fábio Coradini