O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

Número de respostas: 22

O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS

UMA PERSPECTIVA SEMIÓTICA E EDUCACIONAL

Autores

  • Isadora Alves dos Santos

Palavras-chave:

Autismo, Semiótica, Inclusão Escolar, Construção de Sentidos

Resumo

Este artigo propõe uma análise do autismo como condição humana a partir de uma perspectiva educacional e semiótica. Discutem-se os processos de construção de significados sociais que estigmatizam pessoas autistas e defende-se a escola como espaço de ressignificação. A semiótica contribui para compreender as múltiplas formas de comunicação e expressão, possibilitando práticas pedagógicas inclusivas que rompem com discursos excludentes.

PDF: leia aqui o trabalho completo

Coordenadores de mesa: 

  • professor Ana Matte
  • Mesa: Thais Faria

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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Ana Cristina Fricke Matte -
Isadora, boa noite,
Este é o melhor momento da nossa disciplina, quando vocês podem conversar com outras pessoas sobre o trabalho que fez, não ficando restritos à minha avaliação.
Semiótica é minha melhor praia e fico contente, mesmo com sua opção por uma linha diferente daquela que trabalhamos. O que você considerou mais difícil de levar do estudo teórico à prática na sua análise?
Um ótimo evento!
Ana
Em resposta à Ana Cristina Fricke Matte

Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Isadora Alves dos Santos -
Boa noite Profa. Ana!
Primeiramente, gostaria de agradecer pelo espaço de debate e reflexão sobre temas tão relevantes.
Em relação à pergunta, um dos maiores desafios foi articular como a semiótica se conectaria ao tema que escolhi. No início, essa relação parecia abstrata, mas, conforme fui desenvolvendo o texto ela se tornou mais clara e intuitiva, além disso, as aulas 1 e 2 da disciplina foram fundamentais nesse processo, pois me ajudaram a compreender melhor o papel da semiótica e como ela pode ampliar nosso olhar para fenômenos cotidianos, como as experiências vividas por pessoas autistas na escola.
Um exemplo disso foi quando no artigo analisei como os gestos e comportamentos repetitivos, muitas vezes lidos como sinais de “déficit”, podem por meio da semiótica ser compreendidos como formas legítimas de comunicação. Essa mudança de sentido contribui para uma prática pedagógica mais inclusiva.
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio -
Que trabalho lindo, Isadora! A forma como você articula semiótica e educação para pensar o autismo como uma condição humana e não como déficit é profundamente necessária, especialmente dentro da escola.

Achei muito potente a ideia da escuta educativa como prática semiótica e a crítica ao uso de signos estigmatizantes. Você acredita que as escolas estão preparadas para esse tipo de mudança de olhar? Ou ainda reproduzem, mesmo sem querer, esses sentidos mais excludentes?
Em resposta à Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio

Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Isadora Alves dos Santos -
Olá Kayque, muito obrigada pela leitura e pela pergunta.
Acredito que muitas escolas ainda reproduzem, mesmo sem intenção, signos e discursos excludentes, por estarem imersas em lógicas normativas e pouco abertas a pluralidade. Mas eu acredito também que a educação está em constante processo de construção para se tornar de fato, um espaço que acolhe a neurodiversidade e reconhece o autismo como uma das muitas formas legítimas de existência. O desafio está em transformar não apenas as práticas pedagógicas, mas também os sentidos atribuídos às diferenças. É nesse ponto que a semiótica e a escuta educativa podem contribuir muito, abrindo caminho para relações mais respeitosas.
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio -
Isadora, que resposta linda e necessária! Você traduziu com muita sensibilidade o que tantas pessoas sentem na prática: não basta mudar o que se faz, é preciso transformar o modo como se vê e se significa o outro. A semiótica, nesse sentido, vira uma ferramenta potente pra abrir espaço pro respeito real. Obrigado por compartilhar essa visão tão inspiradora!
Em resposta à Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio

Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Isadora Alves dos Santos -
Boa tarde Kayque,
Muito obrigada pelo carinho! Fico feliz que essa reflexão tenha tocado você. Também acredito que mudar o olhar é o primeiro passo para uma transformação verdadeira e a semiótica nos ajuda muito nisso. Ter espaços de troca como esse é fundamental para ampliar nossas escutas e questionar os sentidos que construímos sobre o outro. Seguimos aprendendo juntos!
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Regiane Mafra Magalhães -
Parabéns pelo trabalho pessoal!! Realmente uma temática muito atual e uma discussão muito necessária para a construção de saberes e estratégias para melhor lidar com esses espectro e com as barreiras sociais a muito tempo estabelecidas. Diante dos desafios e da falta de possibilidades, quais estratégias para melhorar a inclusão e equidade vocês acham ter potencial para ser a mais eficaz e adequada?
Em resposta à Regiane Mafra Magalhães

Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Isadora Alves dos Santos -
Olá Regiane, muito obrigada pela leitura. Agora respondendo sua pergunta, pensando dentro do contexto escolar acredito que uma das estratégias mais eficazes para promover inclusão e equidade é investindo na formação continuada dos profissionais, especialmente para ampliar o entendimento sobre a diversidade e as diferentes formas de ser e aprender. Além disso, fortalecer o trabalho colaborativo entre docentes, equipe terapêutico-pedagógica e comunidade contribui para construir um olhar mais acolhedor.
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Marcelle Cristina Ribeiro Mendes -

Isadora, achei o seu texto muito sensível e necessário. Ela consegue mostrar como os sentidos que a sociedade dá ao autismo muitas vezes são limitantes e estigmatizantes — e como a escola pode (e deve) ser um lugar onde esses sentidos são transformados.

Gostei muito da ideia de “escuta educativa” e de valorizar as formas não verbais de comunicação. A abordagem semiótica trouxe uma nova lente para pensar o autismo, mostrando que os sinais, gestos e comportamentos das pessoas autistas também comunicam — só precisamos estar dispostos a interpretar com mais empatia e menos julgamento.

É uma leitura que nos convida a refletir sobre como vemos (e reagimos a) o outro. Muito inspirador, principalmente para quem atua com educação e inclusão.

Em resposta à Marcelle Cristina Ribeiro Mendes

Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Isadora Alves dos Santos -
Olá Marcelle! Muito obrigada pela leitura e por esse comentário, é muito importante termos espaços para debate e oportunidade de refletir sobre essas questões que são tão pertinentes tanto para quem trabalha na educação e inclusão como para toda a sociedade.
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Gabrielle Helena de Almeida Oliveira -
Isadora, parabéns pelo trabalho. Pesquisas como a sua contribuem muito para que possamos avançar ainda mais socialmente.
Em resposta à Gabrielle Helena de Almeida Oliveira

Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Isadora Alves dos Santos -
Olá Gabrielle, boa tarde! Muito obrigada pela leitura e pelo comentário, é muito bom termos esse espaço que possibilita a reflexão e o debate.
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Michele Stefany Muniz Burmann -
A perspectiva da pesquisa é muito interessante para futuros educadores. De fato o ambiente escolar é um ambiente construtor de verdades na vida dos estudantes, um ambiente onde se forma pontos de vista e opiniões e, principalmente, um ambiente onde se constrói conhecimento, estes que por vezes acompanham os alunos e professores pelo resto da vida. Uma visão pedagogicamente em cima dos signos responsáveis pela criação de estereótipos do TEA é importantíssimo para que possamos quebrar esse ciclo de construções preconceituosas e negativas que se dá não apenas dentro do ambiente educacional como em outros setores da sociedade.
Trabalho muito bem escrito e fundamentado. Mostrou que a semiótica também pode ser uma ferramenta pedagógica, isso é muito bacana.
Parabéns pela pesquisa Isadora!
Em resposta à Michele Stefany Muniz Burmann

Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Isadora Alves dos Santos -
Olá Micbele, muito obrigada pela leitura atenta e pelas palavras tão generosas!
Fico feliz em saber que a proposta do trabalho ressoou com você, especialmente por reconhecer o papel da escola na formação de percepções e saberes que muitas vezes nos acompanham por toda a vida. Concordo plenamente: refletir sobre os signos que sustentam estereótipos do TEA é essencial para romper ciclos de exclusão e abrir caminhos mais inclusivos, éticos e humanos, dentro e fora do ambiente escolar.
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Kristine Batista Soares -
Olá, Isadora!

Parabéns pelo trabalho, que traz uma contribuição muito sensível e necessária ao discutir o autismo sob a ótica da semiótica e da inclusão educacional.

Gostaria de te perguntar como você acha que a perspectiva semiótica pode auxiliar professores e profissionais da educação a interpretar de forma mais adequada os diferentes modos de expressão e comunicação de alunos autistas no cotidiano escolar?

Acredito que esse olhar pode enriquecer bastante as práticas pedagógicas, promovendo uma inclusão mais efetiva e respeitosa.

Abraços,
Kristine Batista Soares
(coautora do artigo “Lobby e legística”)
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Ana Luiza Marcos Romualdo -
Boa noite, parabéns pela escolha do tema! O artigo traz uma contribuição relevante ao abordar o autismo sob a ótica da semiótica e da educação, propondo a escola como espaço central na ressignificação de sentidos e na superação de estigmas. A valorização das múltiplas formas de expressão reforça a importância de práticas pedagógicas verdadeiramente inclusivas.
Como os educadores podem ser formados para identificar e valorizar diferentes modos de comunicação e sentido presentes nas vivências autistas?
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Leidiane Pereira de Almeida -
Achei interessante a abordagem do trabalho. Discutir o autismo como uma condição humana e pensar a escola como espaço de mudança é essencial. A semiótica como ferramenta para promover inclusão faz total diferença.
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Maria Isabela Bertolini Viol -
Este artigo é muito importante ao apresentar o autismo como uma condição diversa e singular, que vai além dos estigmas tradicionais. Gostei especialmente da abordagem semiótica, que mostra como a escola pode ser um espaço fundamental para ressignificar os signos e símbolos associados ao autismo, promovendo uma escuta inclusiva e verdadeira. Essa visão amplia a compreensão sobre as múltiplas formas de comunicação e reforça a necessidade de práticas educativas que respeitem e valorizem a pluralidade.
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Livia Lima Teixeira -
Olá, Isadora! Que trabalho maravilhoso e tão necessário o seu! Fiquei muito tocada com a forma como você aborda o autismo como uma condição humana, mostrando como a semiótica pode nos ajudar a entender os estigmas e a ressignificar a escola como um espaço verdadeiramente inclusivo. É um convite lindo para uma educação mais humana. Pensando nisso, como você imagina que a aplicação prática da semiótica nas escolas poderia, de fato, transformar a percepção dos educadores e da comunidade sobre as múltiplas formas de comunicação e expressão de pessoas autistas?
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Jonas Jose Dias Neto -
Parabéns pelo seu artigo, a abordagem de usar a semiótica para discutir a inclusão de pessoas autistas é muito original e poderosa. Fiquei pensando na prática do dia a dia: que atitude ou atividade simples um professor poderia adotar em sala de aula para começar a promover essa "ressignificação" do autismo com os outros alunos?
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Re: O AUTISMO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS. Autoria: Isadora Alves

por Emanuella Feital Ferraz -
Que texto sensível e necessário! Me chamou atenção a forma como você abordou a comunicação não verbal. Como podemos ajudar a criar escolas mais acolhedoras para crianças autistas?
Emanuella.