Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

Número de respostas: 28

Carpe diem e as figuras de linguagem nos poemas lírico-amorosos de Gregório de Matos

Autores

•     Ana Carolina Martins Alvim Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Gregório de Matos, Barroco, Carpe diem, Poesia, Figuras de linguagem

Resumo

Este artigo analisa os sonetos A Inconstância dos Bens do Mundo e Discreta e formosíssima Maria, de Gregório de Matos, à luz dos temas barrocos carpe diem e tempus fugit. A investigação destaca como o poeta utiliza antíteses, metáforas e outras figuras de linguagem para construir uma reflexão sobre a transitoriedade e a brevidade da vida. O estudo também contextualiza o poema no cenário do Barroco brasileiro, evidenciando influências clássicas e conflitos existenciais típicos do período.

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Coordenadores de mesa: 

  • professor Ana Matte
  • Mesa: Márcia Duarte

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Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Márcia Marília Teixeira Alves de Souza Duarte -
Prezadas/os autoras/es e público,

É com grande alegria que damos início aos trabalhos como membros da Comissão Científica. Sejam todas e todos muito bem-vindas e bem-vindos! Desejamos que este espaço proporcione reflexões ricas, trocas respeitosas e um debate produtivo para todas e todos os envolvidos.

Um ótimo evento a todas e todos!

Abraços,
Márcia Duarte
Coordenadora de Mesa
Em resposta à Márcia Marília Teixeira Alves de Souza Duarte

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Márcia Marília Teixeira Alves de Souza Duarte -
Muito interessante como o texto desenvolvido pela Ana mostra que os poemas de Gregório de Matos, mesmo falando sobre o tempo que passa rápido e a vida curta, não são só tristes ou pessimistas. Eles usam imagens e contrastes que deixam a leitura bem rica e mostram como o poeta pensa sobre aproveitar o momento, algo que faz muito sentido até hoje.
E vocês, como veem essa ideia de “aproveitar o tempo” nos poemas? Acham que usar imagens e contrastes ajuda a passar essa mensagem? Será que essa forma de falar sobre a vida ainda faz sentido na literatura que a gente lê hoje?
Aguardo vocês! Abraços!
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Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Fernanda Lorenza Pinto -
O jeito que o artigo explica os temas como carpe diem e tempus fugit me fez lembrar como muito tempo depois, ainda lidamos com essa sensação de que tudo passa rápido demais. A análise dos sonetos também mostra como ele misturava beleza e melancolia com muita habilidade. Um ótimo Artigo.
Em resposta à Fernanda Lorenza Pinto

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Márcia Marília Teixeira Alves de Souza Duarte -
Obrigada pela análise, Fernanda. Também me chamou a atenção essa reflexão sobre o tempo e como ainda sentimos que tudo passa rápido demais. O artigo nos mostra que a literatura realmente nos ajuda a dar nome a essas sensações. Abraços!
Em resposta à Fernanda Lorenza Pinto

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Obrigada pela leitura e pelo comentário, Fernanda! Concordo com você e com a Márcia, os poemas de Gregório de Matos nos tocam nos dias atuais, mesmo anos depois, porque lida com um tema atemporal que é a brevidade da vida, que nos assusta mas que também pode nos motivar a viver intensamente. E creio que é muito atual, considerando o século em que vivemos em que é tudo tão rápido e temos acesso a tantas informações, mesmo sem sabermos como lidar com elas.
Em resposta à Primeiro post

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Adalgimar Gomes Gonçalves -
Ana Carolina, parabéns pela importante contribuição no campo da memória literária. Gregório de Matos Guerra também merece ser lido nessa ótica apontada por você, além do "Boca do Inferno". Oportuno destacar que o Carpe Diem (aproveite o dia) nos versos do poeta baiano também dialoga com a estética do Arcadismo, embora com alguns aspectos diferentes e constextuais. Além de apresentar alguns elementos de oposição, próprios à Escola Barroca, a exemplo, claro/escuro, luz/sombra, dia/noite, vida/morte, você destacou a extraordinária intertextualidade com grandes poetas do passado.
Em resposta à Adalgimar Gomes Gonçalves

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Márcia Marília Teixeira Alves de Souza Duarte -
Adalgimar, agradeço pela sua participação e pela contribuição à discussão. Sua leitura amplia o olhar sobre Gregório de Matos e nos convida a pensar além da imagem consagrada do “Boca do Inferno”. Instiga o aprofundamento nos conhecimentos literários. Uma análise pertinente e muito bem construída! Abraços!
Em resposta à Márcia Marília Teixeira Alves de Souza Duarte

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Adalgimar Gomes Gonçalves -
Gratidão, Márcia, pelas generosas palavras. Parabéns pela excelente condução dos trabalhos!
Em resposta à Adalgimar Gomes Gonçalves

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Obrigada pelo seu comentário, Adalgimar, e pela excelente observação! É muito interessante perceber a influência de diferentes textos e de diferentes movimentos literários, como você citou, afinal estamos em constante diálogo.
Em resposta à Primeiro post

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Isadora Baroni Santos -
Gostei muito da forma como o artigo analisa os sonetos de Gregório de Matos a partir do tema do carpe diem. A leitura mostra que, mesmo com toda a carga religiosa e moral do Barroco, ainda havia espaço para falar do prazer, da beleza e da urgência da vida. As metáforas e antíteses usadas nos poemas reforçam esse contraste constante entre vida e morte, luz e sombra. É interessante pensar como essa tensão reflete os conflitos internos do próprio período histórico.
Em resposta à Isadora Baroni Santos

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Que ótimo ter seu comentário, Isadora, e concordo com você. Pelas minhas leituras, a literatura de Gregório de Matos reflete muito os movimentos que aconteciam em seu tempo, mas também não fica presa a eles pois lida com temas que sempre incomodaram os seres humanos, de forma profunda e bem trabalhada. Abraços!
Em resposta à Primeiro post

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Thaís Machado -
Gosto demais quando a leitura de um poema vai além da superfície, e aqui é exatamente isso. Ela escolheu dois sonetos e destrinchou como o carpe diem e o tempus fugit aparecem com muita força, usando metáforas e antíteses. O mais legal pra mim foi perceber como o carpe diem aqui não é só “aproveita a vida”, mas uma coisa mais densa, meio melancólica até. A forma como eles relacionam o contexto do Barroco, o Renascimento e autores como Góngora e Horácio me fez ver Gregório com outros olhos.
Em resposta à Thaís Machado

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Gratidão pelo comentário, Thaís! Eu também possuía essa ideia até um pouco clichê de que o carpe diem era apenas aproveitar a vida inconsequentemente, mas podemos perceber como é possível construir esse conceito de outra maneira. Fico feliz que o artigo tenha provocado essa reflexão!
Em resposta à Primeiro post

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Cristina Fricke Matte -
Ana Carolina, bom dia!
É um privilégio tê-la como autora no UEADSL, você que colaborou com tantos trabalhos para garantir que chegassem até aqui.
Que parte da construção desse artigo sobre as figuras de linguagem em Gregório de Matos mais a animou em relação ao tema abordado?
Um ótimo evento!
Ana
Em resposta à Ana Cristina Fricke Matte

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Muito obrigada pelo comentário e pelo apoio, Ana! É empolgante participar do evento tanto como orientadora tanto como autora. A parte que mais me animou ao construir o artigo foi quando fui analisando os poemas e lendo os textos teóricos e vendo que tantas coisas se encaixava, que eu não tinha reparado nas minhas primeiras leituras. Quando comparei os dois sonetos aos poemas dos outros autores tudo pareceu fazer muito sentido.
Abraços!
Em resposta à Primeiro post

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Julia Victoria Campos Emiliano -
Achei muito legal a análise que o artigo faz dos poemas de Gregório de Matos, especialmente pelo enfoque nas figuras de linguagem que ajudam a construir o tema do carpe diem no contexto barroco. As antíteses e metáforas são ferramentas poderosas para expressar aquela sensação de urgência e fragilidade da vida, e o estudo mostra bem como isso dialoga com o conflito existencial típico do período. Também gostei de como o texto contextualiza a poesia dentro do Barroco brasileiro, que tem essas influências clássicas, mas com uma pegada bem local. Fica a pergunta: vocês acham que o carpe diem de Gregório tem algo de diferente do que vemos em poetas barrocos europeus?
Em resposta à Julia Victoria Campos Emiliano

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Júlia, obrigada pelas observações e por compartilhar conosco! Sua pergunta é muito interessante e penso que seja ideal uma futura pesquisa para aprofundar mais no assunto, mas digo que sim, é diferente até mesmo na linguagem, pois Gregório de Matos costuma usar construções mais diretas e os outros poemas do "Boca de Inferno" trazem críticas à sociedade que mudam sua visão de mundo, até mesmo por causa do contexto político brasileiro, que é muito diferente do europeu.
Abraços!
Em resposta à Primeiro post

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Beatriz Rodrigues Ferreira -
O artigo traz uma análise muito pertinente ao destacar a riqueza das figuras de linguagem em Gregório de Matos, especialmente no contexto do Barroco brasileiro. Ao focar nos temas carpe diem e tempus fugit, evidencia como o poeta usa recursos como antítese e metáfora para expressar a dualidade entre a efemeridade da vida e os anseios humanos. Essa abordagem não só ilumina a profundidade dos sonetos, mas também reforça a relevância da poesia barroca para refletir sobre questões existenciais que permanecem atuais. Além disso, o texto conecta bem o contexto histórico-literário com a técnica poética, mostrando a continuidade e transformação dos valores do Renascimento no Barroco. É um convite para pensarmos como a arte e a linguagem moldam nossa percepção do tempo e da mortalidade.

Você acha que a poesia barroca ainda tem impacto na forma como percebemos a vida hoje?
Em resposta à Beatriz Rodrigues Ferreira

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Márcia Marília Teixeira Alves de Souza Duarte -
Beatriz, parabéns pela análise! Você conseguiu articular muito bem os elementos formais e temáticos da poesia de Gregório de Matos, destacando como suas figuras de linguagem revelam tensões entre vida, morte e desejo, tão presentes ainda hoje.

Quanto à sua pergunta: sim, acredito que a poesia barroca ainda impacta nossa forma de ver a vida, justamente por tocar em temas universais e atemporais. A efemeridade, o conflito entre razão e emoção, e o questionamento existencial continuam ecoando nas artes e nas nossas reflexões cotidianas. Abraços e obrigada pela questão para o debate.
Em resposta à Beatriz Rodrigues Ferreira

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Você levantou ótimos pontos, Beatriz, obrigada pelo comentário! Penso que sim, a poesia barroca nos impacta pois continuamos a refletir sobre como aproveitar a vida apesar do desânimo quando enfrentamos a realidade dura. Além disso, o barroco retomou esses temas que já eram trabalhados na antiguidade clássica, trazendo novas reflexões sobre essas discussões, e continua abrindo novos espaços para sentir e pensar. Afinal, lendo os poemas nos dias de hoje, ainda podemos nos identificar.
Abraços!
Em resposta à Primeiro post

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Kristine Batista Soares -
Olá, Ana Carolina!

Parabéns pelo trabalho! Achei muito interessante como você traz esses conceitos para a leitura dos sonetos do Gregório de Matos.

Como alguém que não é da área da literatura, fiquei curiosa, essas figuras de linguagem, como as antíteses e metáforas que você destaca, servem mais para intensificar esse conflito existencial do Barroco ou também têm alguma função estética específica na forma como o leitor se relaciona com o poema?

Adorei a conexão com o momento histórico, e a leitura me deixou com vontade de reler os poemas com outros olhos!

Abraços,
Kristine Batista Soares
(coautora do artigo “Lobby e legística”)
Em resposta à Kristine Batista Soares

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Olá, Kristine, muito obrigada pela leitura! Desejo todo o sucesso para você também no seu artigo. As figuras de linguagem refletem o contexto literário em que Gregório estava inserido, que é o Barroco, mas também extrapola isso, pois transmite para nós, leitores, emoções únicas que apenas a arte pode descrever. As figuras de linguagem são a forma que a linguagem escrita e falada traduz esses sentimentos tão conflitantes e complexos. E, até mesmo para quem não é da área, é possível sentir, certo? Fico muito feliz que tenha provocado essa reflexão.
Abraços!
Em resposta à Primeiro post

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Sara Antunes -
Boa noite!

O artigo faz uma boa análise dos sonetos de Gregório de Matos, mostrando como ele usa figuras de linguagem para falar sobre o tempo e a passagem da vida, temas muito presentes no Barroco. Gostei também da contextualização histórica, que ajuda a entender melhor as ideias e sentimentos do poeta. É uma reflexão interessante sobre a brevidade da existência e os conflitos desse período.

Parabéns pelo trabalho!
Em resposta à Sara Antunes

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Ana Carolina Martins Alvim -
Olá, Sara, muito obrigada! Fico feliz que o artigo tenha sido edificante para você. Abraços!
Em resposta à Ana Carolina Martins Alvim

Re: Carpe Diem e as Figuras de Linguagem nos Poemas Lírico-amorosos de Gregório de Matos. Autoria: Ana Carolina Martins Alvim

por Márcia Marília Teixeira Alves de Souza Duarte -
Ana, parabéns pelos comentários, acolhimento aos participantes e ampliação do debate sobre a temática! Esse contato com o público é muito importante para a construção do conhecimento. Abraços!