Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

Número de respostas: 10

DA SEMIÓTICA AO TEA: UMA LEITURA SEMIÓTICA DE CHARGE PRODUZIDA POR IA

Autores

•     Fernanda Gonçalves Ramos

Palavras-chave:

Semiótica, TEA, Charge, Veridicção, Representação social.

Resumo

Este artigo analisa, sob a perspectiva da semiótica discursiva, uma charge produzida com auxílio de inteligência artificial, cujo foco é a representação histórica e contemporânea do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A imagem apresenta dois quadros temporais: um passado marcado pela exclusão manicomial e um presente tensionado pelo discurso de banalização diagnóstica. A análise busca demonstrar como os elementos visuais e linguísticos da charge articulam uma crítica à construção social da verdade sobre o TEA, explorando os jogos de parecer versus ser. Ao expor os regimes de veridicção associados ao autismo, a charge evidencia os efeitos simbólicos da ignorância e da deslegitimação.

PDF: leia aqui o texto completo

Coordenadores de mesa: 

  • professor Ana Matte
  • Mesa: Maisa Santos

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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Maisa Cristina Santos -
Sejam bem-vindos ao Congresso Nacional da UEADSL 2025.
O evento tem como objetivo proporcionar debates e diálogos que nos permitam ampliar nossas perspectivas em temáticas plurais, tendo como pano de fundo a Liberdade e a Cidadania. Nesse sentido, sintam-se convidados a lerem diversos trabalhos que podem colaborar de forma significativa tanto com o nosso fazer docente, como para aquisição de saberes que nos permitem ampliar nossos horizontes.
Aproveito a oportunidade para parabenizar todos os autores e almejo que esse evento seja profícuo para todos nós.
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Ana Cristina Fricke Matte -
Boa noite, Fernanda,
Este é o melhor momento da nossa disciplina, quando vocês podem conversar com outras pessoas sobre o trabalho que fez, não ficando restritos à minha avaliação.
Semiótica é minha melhor praia e fico contente que tenha feito bom proveito da disciplina. O que você considerou mais difícil de levar do estudo teórico à prática na análise dessa charge, aliás uma proposta bem interessante?
Um ótimo evento!
Ana
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio -
Parabéns pelo trabalho, Fernanda! A análise da charge produzida com IA ficou riquíssima e super provocativa. É muito potente como você mostra que os discursos sobre o autismo mudam com o tempo, mas que a exclusão (mesmo com novas roupagens) ainda persiste.

Gostei muito da leitura sobre o jogo entre “parecer” e “ser” especialmente no contraste entre o passado manicomial e o presente da banalização. Você acha que o uso de IA nesse tipo de produção visual pode ampliar o alcance dessas críticas sociais ou ainda existe resistência por ser uma ferramenta “não humana”?
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Fernanda Goncalves Ramos -
Muito obrigada pelo carinho e pela leitura tão atenta! 💜 Fico feliz que a análise tenha provocado essas reflexões, especialmente sobre a permanência da exclusão sob novas formas, algo que me inquieta muito.
Sobre o uso da IA, acredito que ela tem, sim, um grande potencial de ampliar o alcance de críticas sociais, principalmente por permitir que mais pessoas criem e compartilhem suas perspectivas visuais de forma acessível e rápida. No entanto, ainda percebo uma certa resistência por parte de alguns setores, principalmente quando se trata da “autoridade” da obra ou da autenticidade da autoria. Talvez porque a IA ainda seja vista como algo externo ao humano, quando, na verdade, ela apenas traduz padrões humanos, inclusive os nossos preconceitos.
Acredito que o desafio está justamente aí: em usar essas ferramentas de forma consciente, crítica e ética, como aliadas no tensionamento das narrativas hegemônicas, sem perder de vista a responsabilidade sobre o que se produz. Ainda temos muito a explorar, mas o caminho é promissor!
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio -
A IA pode ser uma aliada poderosa quando usada com consciência e intenção crítica e é muito provocador pensar que ela reproduz justamente os padrões humanos, inclusive os que precisamos questionar. O desafio da autoria, da ética e da escuta ativa nesse processo é enorme, mas como você bem colocou, o caminho é promissor. Que bom ver essas reflexões sendo tratadas com tanta clareza e sensibilidade!!
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Maisa Cristina Santos -
Boa noite a todos!
Nesse segundo dia de evento, após cumprimentos e apresentações, temos a oportunidade de conhecer um pouco mais dos diversos trabalhos que estão sendo expostos. Este, elaborado por Fernanda, trabalha com a análise de uma charge acerca do autismo na qual é representada uma perspectiva histórica contrastante. Como colaboração, menciono o autor Erving Goffman que é referência na luta contra a internação manicomial, ainda que o foco esteja centrado na análise sob a perspectiva semiótica, o apontamento se dá para fins de complementação, caso seja de interesse da autora se aprofundar na temática.
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Fernanda Goncalves Ramos -
Boa noite! Muito obrigada pela escuta atenta e pela sugestão tão pertinente! Goffman é, de fato, uma referência fundamental quando falamos sobre instituições totais e os processos de estigmatização, temas que dialogam fortemente com o universo da análise proposta, mesmo que de forma indireta. Sua menção abre uma possibilidade rica de aprofundamento, especialmente na relação entre os discursos institucionais do passado e suas ressignificações no presente. Agradeço muito pela colaboração e certamente vou considerar essa leitura para expandir a abordagem da temática em futuros desdobramentos do trabalho!
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Ana Cleia Barbosa -
Boa noite, Fernanda, como sempre, cirúrgica nas palavras. Seu artigo oferece uma análise semiótica pertinente de uma charge sobre o autismo, destacando como elementos visuais e textuais revelam tensões históricas e atuais em torno do TEA. Ao explorar contrastes entre exclusão e banalização, seu trabalho critica os discursos sociais que moldam a percepção do autismo, evidenciando os efeitos da desinformação e da deslegitimação.
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Enzo Henrique Martins da Silva -
Parabéns pelo trabalho de vocês! Achei a escolha do assunto muito interessante, especialmente por trazer essa versão menos conhecida e mais crítica. A análise de vocês ajudou a enxergar o texto por uma nova perspectiva.
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Re: Da Semiótica ao Tea: Uma Leitura Semiótica de Charge Produzida Por Ia. Autoria: Fernanda Gonçalves Ramos

por Maria Eduarda Gomes Ribeiro -
Muito interessante a proposta de analisar uma charge feita com inteligência artificial, abordando os contrastes históricos na forma de perceber o autismo. A crítica construída entre o passado manicomial e o presente banalizado é extremamente pertinente. A autora mostra domínio da teoria e sensibilidade na leitura da imagem, oferecendo uma reflexão profunda e original. Uma análise criativa e muito bem escrita!