Bom dia a todos e todas! Sejam muito bem-vindos e bem-vindas!

Está aberto o Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2025.1. Como vocês sabem, o evento é online, assíncrono e funciona entre os dias 24 e 26/06.

A proposta é que os participantes interajam entre si, por isso, leia os trabalhos, faça perguntas, dialogue com os colegas. Os autores também precisam interagir com o público para receber o certificado, a nota e a permissão da Comissão para publicar nos anais, se tiverem se inscrito para isso.

Lembrem-se de sempre fazer isso sempre em tom respeitoso, afinal estamos em um espaço acadêmico.

Bom evento, leiam os trabalhos e participem!

Boa noite. Gostaria de parabenizá-los pelo trabalho. Esse assunto é muito relevante, principalmente no contexto atual, de autorização de exploração de combustíveis fósseis na foz do Amazonas, a região com mais UCs no Brasil. Acredito que é um contexto predatório que sempre prejudica as comunidades locais, que possuem seus modos de vida de baixo impacto ambiental e são a parte mais fraca na disputa de poder do mercado. Na análise de vocês e dos demais que participam do fórum, que mudanças seriam mais urgentes para incorporar uma perspectiva interseccional na política socioambiental brasileira?

Como equilibrar o uso das UCs pelos povos que ali habitam, respeitando suas práticas ancestrais e modos de vida locais, com a conservação do local? Nesse sentido, é correto entender que os povos que ali habitam são parte daquela "natureza", e que portanto, as modificações que eles possam exercer sobre a "natureza" faz parte?

Kaike, Leonardo e Muniz, boa noite!
Este é o melhor momento da nossa disciplina, quando vocês podem conversar com outras pessoas sobre o trabalho que fizeram, não ficando restritos à minha avaliação.
Que parte da construção desse artigo que já havia passado da hora de ser enfrentado mais os animou em relação ao tema abordado?
Um ótimo evento!
Ana

Excelente reflexão sobre os desafios da conservação ambiental no Brasil! Vocês mostraram com clareza como as políticas públicas ainda falham em conciliar proteção da natureza e direitos das comunidades tradicionais. Fica a pergunta: como podemos pressionar por mudanças concretas que garantam voz ativa a esses grupos nas decisões sobre seus próprios territórios? Parabéns pelo trabalho tão relevante!

Parabéns a todos pelo artigo.
Pela leitura, ficou claro que o atual modelo de gestão das Unidades de Conservação adotado pelo Brasil coloca em risco sobretudo as populações indígena e quilombola, já que não garante a elas condições dignas de vida e segurança em seus territórios. O grupo tem conhecimento da existência de algum modelo de gestão bem sucedido em outros países?

Olá, Kayque, Leonardo e Gabriel!

Gostaria de parabenizá-los pelo artigo “O papel das normas e políticas públicas na gestão socioambiental: interfaces entre justiça social e conservação ambiental”. A leitura foi extremamente instigante e me atravessou profundamente, especialmente por eu atuar na educação básica pública, onde as desigualdades de raça, gênero e classe não são apenas objetos de análise, mas parte do cotidiano das nossas escolas e das comunidades com as quais dialogamos.

Achei fundamental a forma como vocês propõem uma abordagem interseccional para pensar a gestão das Unidades de Conservação, articulando justiça ambiental com justiça social — algo que, infelizmente, ainda é pouco considerado nas políticas ambientais. Na prática pedagógica, sinto diariamente como as políticas públicas desconsideram as realidades locais, apagando vozes de estudantes de origem quilombola, ribeirinha ou indígena, que muitas vezes têm vínculos diretos com territórios em disputa ou sob controle conservacionista.

O texto de vocês não só denuncia as exclusões promovidas pelo atual modelo de gestão, mas também aponta caminhos para uma governança ambiental mais justa e democrática. A ideia de pensar as UCs como territórios vivos — nos quais natureza e sociedade coexistem — me parece uma chave essencial para quebrar a lógica tecnocrática e excludente da legislação ambiental, e isso ressoa muito com o que buscamos construir em sala de aula: práticas críticas, plurais e dialógicas.

Como sugestão, penso que seria riquíssimo, em futuras pesquisas, incluir experiências de resistência e protagonismo dessas comunidades, sobretudo com recortes territoriais específicos. Esse passo pode fortalecer ainda mais a proposta de uma política interseccional, com base no lugar de fala e na participação real dos grupos afetados.

Parabéns pelo rigor teórico, pela sensibilidade política e pela relevância da discussão. Que o trabalho de vocês siga ecoando dentro e fora da universidade!

Não sabia que as Unidades de Conservação no Brasil, mesmo com toda a intenção de preservar o meio ambiente, muitas vezes acabam restringindo práticas ancestrais e a autonomia de povos tradicionais. Essa tensão entre conservação e justiça social abordada com a perspectiva interseccional me chamou bastante atenção.