Boa noite, acredito que essa temática é extremamente relevante de se pensar criticamente em possibilidades de estimular esse senso crítico nas pessoas. Pensando que canais como o Brasil Paralelo e tantos outros possuem tanto investimento e estímulo, como a sociedade consegue estimular o pensamento crítico nas pessoas no consumo de conteúdos digitais, considerando o teor manipulativo e falso ter tanto poder, nos dias de hoje?

Bom dia, e parabéns pela análise precisa e corajosa. O artigo de vocês desvenda com muita clareza as estratégias retóricas de construção de estereótipos e desqualificação de adversários. Uma questão que me inquieta, e que o trabalho de vocês suscita, diz respeito à recepção desse conteúdo. O sucesso desses discursos não parece vir apenas da manipulação ou da disseminação de informações falsas, mas também do entretenimento e do sentimento de pertencimento que o humor agressivo e a ironia proporcionam à sua audiência. Minha pergunta é: na visão de vocês, como é possível construir uma contra-narrativa ou uma educação midiática eficaz que não apenas ensine a checar fatos, mas que também consiga lidar com esse apelo passional e identitário? Como se combate um discurso cujo apelo reside tanto no conteúdo quanto no prazer de ver o 'outro' ser humilhado?"

Gustavo, boas-vindas ao debate! Espero que aproveite esse momento de discussão e de conhecimento.

Considerando que o vídeo analisado está plenamente disponível na Internet, quais impactos você aponta que possa ter na formação ideológica das pessoas que não possuem o pensamento crítico apontado?

Abraços!

Poderíamos pensar que o resgate do agro neste sentido é uma tentativa de se apropriar das memórias e identidades daqueles que cresceram no campo e que hoje se veem perdidos nos grandes centros, vulneráveis às manipulações midiáticas? Como poderíamos trabalhar criticamente esse tipo de conteúdo em sala de aula sem reforçar os mesmos estereótipos que critica?

Gustavo,
Este é o melhor momento da nossa disciplina, quando vocês podem conversar com outras pessoas sobre o trabalho que fizeram, não ficando restritos à minha avaliação.
Que parte da construção desse artigo sobre tema tão atual mais o animou em relação ao tema abordado?
Um ótimo evento!
Ana

Parabéns pelo trabalho, Gustavo! Achei muito pertinente a escolha do vídeo “Agro é Top” como objeto de análise, especialmente por sua circulação em ambientes digitais altamente polarizados. A articulação teórica entre Aristóteles e Maingueneau foi bastante eficaz para pensar a construção de um ethos discursivo estereotipado, que não apenas defende o agronegócio, mas também veicula discursos de ódio livremente.
Por fim, a conclusão sobre a importância do senso crítico no consumo de conteúdos digitais é extremamente relevante, sobretudo no atual cenário em que discursos de ódio, desinformação e estratégias retóricas violentas circulam de maneira velada sob o disfarce do entretenimento ou da “opinião”.

Bom dia! Achei o artigo super pertinente, especialmente por trazer uma análise detalhada de como o ethos é construído para reforçar estereótipos e, infelizmente, incentivar discursos de ódio, algo que vemos muito nas redes sociais hoje em dia. A abordagem que relaciona retórica aristotélica com práticas modernas de comunicação ajuda a entender as estratégias por trás desses vídeos, como o uso da impolidez e da ironia para manipular o público. Isso reforça a importância de mantermos um olhar crítico e questionador diante do conteúdo que consumimos, principalmente em temas políticos e ideológicos.

Olá, Gustavo!
Quero parabenizá-lo pelo artigo e pela escolha de tema tão relevante. Analisar e elucidar os mecanismo que estão por trás de campanhas de manipulação social é uma ação urgente para a sociedade brasileira, tão carente de senso crítico. Estudos como o seu certamente oferecerão subsídios para que tomemos consciência do que está sendo disseminado em propagandas e slogans que para tentam parecer inofensivos.
Abraço,
Cristina Souza (DEDD/UFMG)

Gustavo, seu artigo traz, na conclusão, a necessidade de aprendermos a analisar discursivamente o espaço digital. Em tempos de redes sociais e fake news como seria possível, na sua opinião, praticar esse letramento digital? Em tempo, parabéns pelo trabalho!

Muito bom o artigo! O Brasil paralelo hoje é uma grande fonte de propaganda ideológica de má fé.

Os estereótipos são amplamente presentes em tudo o que é relacionado ao agro, desde as propagandas às músicas. O objetivo inicial é, claramente, o lucro, mas fica parecendo que existem objetivos implícitos, como os políticos.

Parabéns pelo ótimo artigo Gustavo, muito bem construído e com uma argumentação bastante clara.
Infelizmente o discurso em questão tem se tornado cada vez mais comum nas redes sociais, se valendo do humor como máscara para realizar ataques e deslegitimizar discursos contrários, e o pior é notar que essa estratégia não é mais utilizada apenas por canais de entretenimento, mas até mesmo por políticos em suas redes sociais. Novamente parabenizo a produção desse artigo por nos apresentar diferentes pontos de análise, e mostrar aos leitores algumas ferramentas que ajudam a analisar conteúdos digitais de forma mais crítica.

arabéns aos autores pelo artigo! A análise do uso do ethos para a construção de estereótipos e a incitação ao discurso de ódio no contexto do vídeo “Agro é Top” traz uma reflexão muito relevante sobre as estratégias discursivas que permeiam as mídias digitais, especialmente em tempos de polarização política. A aplicação das teorias de Aristóteles e Maingueneau oferece uma base sólida para compreender como a construção de um ethos estereotipado pode ser manipuladora, direcionando o discurso de forma ideológica e emocional.

Com base na pesquisa apresentada, uma pergunta interessante que poderia ser levantada seria:

Como o uso estratégico do ethos e da manipulação simbólica em conteúdos digitais pode influenciar a percepção pública sobre temas políticos e ideológicos, e de que forma podemos desenvolver habilidades de leitura crítica para desconstruir tais discursos?

O artigo oferece uma contribuição significativa para entendermos o impacto das estratégias discursivas na formação da opinião pública e na polarização política. Excelente trabalho!