Segundo momento

Segundo momento

por Rosana Baptistella -
Número de respostas: 32

Vamos ao Segundo Momento, que ficará aberto hoje e amanhã, para conversarmos sobre o texto, as memórias suscitadas pelo mesmo e as postagens feitas pelos congressistas participantes no Primeiro Momento. 

Peço que relatem como leram o texto, como experienciaram e praticaram a leitura. Em que lugar leram? Em que mídia - será que alguém imprimiu o texto para ler? Estavam sozinhos? Sentados? Deitados? Fizeram anotações? Leram rapidamente para responder e postar, ou voltaram a algum ponto, oralizaram algumas palavras?... 
Como significaram o texto? Perceberam a leitura como uma prática criadora? 
Tendo, cada um, sua história peculiar e experiências distintas, os sentidos produzidos são também diferentes, mas com semelhanças, pois não vivemos em diferentes tempos históricos, tampouco em culturas totalmente adversas.
Como foi a experiência (no sentido atribuído por Larrosa à palavra) de cada um? Como foi compartilhar sua experiência e entrar em contato com a dos demais participantes?

Alguns excertos de Chartier e de Larrosa para inspirar a discussão:

Antes de mais nada, dar à leitura o estatuto de uma prática criadora, inventiva, produtora e não anulá-la no texto lido, como se o sentido desejado por seu autor devesse inscrever-se no espírito de seus leitores, com toda imediatez e transparência (...), pensar que os atos de leitura que dão ao texto significações plurais e móveis situam-se no encontro de maneiras de ler, coletivas ou individuais, herdadas ou inovadoras, íntimas ou públicas (...) (CHARTIER, 1996, p. 78)

A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. (LARROSA, , p.18)

CHARTIER, Roger. A História Cultural – entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand, 1996.
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Ana Cristina Fricke Matte -

Oi, profe,

eu li o texto na tela do note mesmo. Precisei reler alguns trechos, para sentir melhor o significado. Eu não estava sozinha na sala, mas ninguém sabia o que eu estava fazendo. Sentada, mas naquele modus operandis de quem trabalha horas no computador e esquece que tem corpo, só lembra quando começa a doer.

Assim que terminei de ler, o texto-resposta veio junto com as palavras que fui escrevendo no papel, mas corrigi algumas coisas, pra dizer melhor.

Fui sentindo as palavras e não sei porque o texto me fez lembrar das travessuras de criança, acho que foram as janelas, aquelas vidraças que nos faziam sonhar com um mundo lá dentro o mundo do outro.

Compartilhar o texto foi fácil, mas achar fotos me deixou meio insegura, eu não gosto de me expor na rede, por incrível que pareça a quem sabe que faço muita coisa a distância. Criei coragem e mandei. Sorte ter achado logo as fotos que vieram à mente, mas todas me fizeram querer uma foto que nunca foi tirada: a do meu olhar prescrutando o silêncio do dentro da casa atrás da janela.

Deu vontade de levantar da cadeira e declamar em voz alta minhas próprias palavras, mas não consegui, então mandei uma música no lugar.

acho que é isso.

bjs

Em resposta à Ana Cristina Fricke Matte

Re: Segundo momento

por Rosana Baptistella -

Ana, que delícia de relato. 

As práticas de leitura me encantam. Talvez eu tenha a mesma curiosidade que você tem sobre o "dentro", sobre o mundo do outro. Talvez por isso eu pesquise os processos criativos na leitura, na escrita, na dança, na cena... assim como no universo digital.

sigamos com a conversa... bjs




Em resposta à Ana Cristina Fricke Matte

Re: Segundo momento

por Marina de Nascimento -

Uma surpresa mesmo, professora! Mas compreendo muito esses percalços da exposição à rede. 

Também me sinto assim! Obrigada por ter compartilhado!

Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz -

Querida Ro!

Eu li o texto ontem a noite com tres amigas! Foi num momento muito especial de encontros e de reecontros. Lemos na tela do computador e nos deliciamos. 

Hoje pela manhã reli o texto mas nao consegui postar uma das fotos que fizemos! Tinnha tudo a ver. Li no notebbokl, senti os cheiros e sabores do texto. Senti saldade de tempos passados e minha memória se encheu de imagens e nostalgia.

Li e reli várias vezes, ressignificando e aprendendo com o texto!

Obrigada❤️

Em resposta à Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz

Re: Segundo momento

por Rosana Baptistella -

Bel, cada uma de suas palavras carrega tantas histórias...

Cheiros sabores saudades imagens memórias nostalgia...

Obrigada!

Se quiser enviar imagens, posso inserir para você. Bj.  

Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Breno de Campos Belém -

Olá Rosana,

Bom, vou ser bem sincero. Tempo, o avanço do tampo, prazos e o término deles, "cronômetros", são coisas que me angustiam um pouco principalmente quando a contagem do tempo é decrescente.  Confesso que parei neste fórum inicialmente pela angústia que aquele cronômetro no canto superior direito me fez sentir (assim como ele tá me fazendo sentir agora, pois quando cliquei em cima dele, estava constando 00:47:55).  Entrei aqui despretenciosamente para ir em busca de artigos para ler, comentar, debater e participar do evento, mas o cronômetro me fez parar tudo e me direcionar pra cá e responder seus questionamentos.  Eu sabia que a segunda parte da participação seria hoje, quarta feira (quase quinta), mas só agora tive a calma necessária para participar efetivamente e sem distrações das mais diversas ordens.

Enfim, vamos às perguntas.  Rememorando minhas ações, após o relato da minha primeira atitude com o cronômetro, apertei no "play" do podcast (audio) e segui as orientações.

Como fiz de maneira muito despretenciosa, não fiz anotações.  Tentei compreender cada palavra do texto e tentar me transportar para o imaginário do que elas podiam transmitir para minha mente e meu corpo.  A mídia mais comum de realizar os trabalhos nos eventos do UEADSL são na frente do computador.  Apesar de ainda ter muita resistência na leitura do texto por meio de telas (eu ainda prefiro o papel), a leitura foi na tela mesmo.  Até porque nas interações assíncronas do evento, normalmente precisamos comentar para prestigiar o trabalho e isso é melhor feito (ainda hoje) pelo computador.  Não gosto de realizar leituras que demorem muito tempo em celulares, tablets nem em computadores por ter fotofobia e astgmatismo.  A leitura em telas ainda me cansa mais que o papel.  Estou em busca de um e-reader para ver se consigo mudar o suporte da leitura e aumentar mais ainda a frequência com que leio pela facilidade que um e-reader nos traz.

Li sentado, na frente do computador, com dores na lombar (tenho duas hérnias de disco), em casa na companhia de meu cachorro (Bigode Black) e minhas duas gatas (Maggie Ryan e Emma Thompson).  Eles estavam dormindo no momento.  Não oralizei nenhuma palavra, mas li duas vezes o texto para tentar focar no que ele realmente me remetia, confirmando (ou adaptando/ajustando) o que senti na primeira leitura.

Percebi, pelo relato dos demais participantes que cada um de nós vai ler o texto e ter as representações imagéticas de formas diferenets baseados em todo o contexto de vivência, até mesmo repensando em todos esses questionamentos de como cada um de nós realizou a leitura.  Talvez pelo sentimento de estresse que estou vivendo nesses ultimos dias no trabalho tenha me feito pensar e levar a leitura para o lado dos coloridos que utilizei outrora para aliviar o estresse, pois ao relembrar dos meus últimos dias é o que tem acontecido comigo e por isso também que estou sentindo dores na lombar.  Caso eu estivesse de férias, em Paris, se eu fosse ryyyyyyykaaaaaaaaaahhhhh, com muito dinheiro e transbordando saúde pelos poros, minha leitura, interpretação e resposta fossem diferentes.  Não sei.  Só relendo este texto em uma outra oportunidade em um futuro mais lá na frente.

Espero ter contribuído de alguma forma.

Abraços a todos e obrigado por compartilharem suas respostas.


Em resposta à Breno de Campos Belém

Re: Segundo momento

por Rosana Baptistella -

Breno, que relato detalhado. Agradeço sua confiança e a inteireza neste post e no anterior, no 1o momento. 

Você me fez refletir mais uma vez sobre as coisas sempre terem dois lados (no mínimo!), pois a angústia do cronômetro trouxe você até aqui, ao mesmo tempo parece que aqui, de alguma forma, você se sente bem (pode ser só uma impressão minha, uma leitura que faço a partir das palavras das suas postagens). 

No momento, a resposta que me vem é : que bom que você veio colaborar e "compartilhar-se" conosco. 

Fiquei imaginando como são o seu Bigode Black e suas Maggie Ryan e Emma Thompson.

Sigamos na conversa!!

A tempo: vc viu o clip que postei no final do Primeiro Momento? Acho que tem a ver com o que você falou aqui. É este: 


Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Carolina Dutra Berbet -

Querida Profª

LI o texto no meu serviço, trabalho numa clínica médica como secretária, por isso, tenho meu cantinho com cadeira, computador e etc.. no início da manhã, quando tudo estava tranquilo ainda.. não estava sozinha, porém as pessoas que trabalham comigo não se importam muito com o que estou fazendo, então, apenas mergulhei na leitura e retive cada palavra, respirei fundo algumas vezes para sentir o que estava lendo. 

Recentemente li o texto do Larrosa sobre experiência e desde então algumas coisas tem outro significado, me levou à reflexão sobre aproveitar as situações que a vida me oferece, no sentido de que nem tudo é por nota ou para concluir um curso, algumas coisas são para nos enriquecer, nos "causar" alguma coisa... 

Após a leitura do texto, li as postagens que estavam disponíveis.. Uma verdadeira troca, nunca havia participado de algo semelhante a isto, foi incrível, que legal viajar na memória das pessoas, uma experiência diferente de uma rede social, onde tudo parece tão superficial, me senti mergulhada naquilo...

Fiquei em silêncio alguns minutos e busquei na minha própria memória qual era a experiência que eu queria compartilhar, novamente respirei fundo, então, a memória veio... Senti nas narinas o cheiro do biscoito sendo frito no óleo quente, a saudade veio no peito, aquela que dói.. Mas ao compartilhar minha memória a dor foi embora e senti felicidade em saber que tive uma infância tão saudável, com pais e avós amorosos, que aproveitei tudo... 

Que bom que temos as cores, as experiências.. as memórias..

Em resposta à Carolina Dutra Berbet

Re: Segundo momento

por Rosana Baptistella -

Carol querida,

Que memória saborosa e aromática, que abraça, acolhe, desperta outras memórias...

Obrigada pelo relato e pelo carinho.

Eu li o artigo do Larrosa pela primeira vez, em 2003 (texto completo: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf) e posso dizer que a leitura foi uma experiência!  É uma referência bastante presente e de grande  importância em minhas pesquisas, assim como em minha prática docente - e posso dizer que em todos os aspectos da minha vida. De lá para cá, leio e releio este e outros textos do Larrosa, sempre transformadores. 

Sabia que o tradutor deste texto do Larrosa, João Wanderley Geraldi, é também conferencista neste mesmo Congresso Nacional UEAD SL? Que honra!

Visite a conferência dele e aproveite a oportunidade de interagir com esse ilustre professor : https://textolivre.dyn.cpuhouse.cloud/mod/forum/discuss.php?d=823 . Garanto que vale a pena! E você vai ver que algumas das reflexões que você postou aqui dialogam com o texto-conferência dele. Vou dar só um "spoiler": Se vivemos correndo, sendo bombardeados por informações, já não precisamos mais delas. Aquilo de que precisamos é refletir sobre elas, estabelecer conexões, buscar uma reflexão conjunta que permita sabermos afinal o que estamos vivendo. (trecho do texto da conferência do Prof. Geraldi)

Beijos!



Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Marina de Nascimento -

Olá, Rosana! Olá, pessoal!

Quando li o texto, estava na casa dos meu namorado, estudando na mesa de estudos dele e dividindo o meu tempo entre nosso congressos e a preparação para um momento bem difícil da minha vida, um dos maiores desafios que já enfrentei.

A minha experiência foi muito boa, porque acabei dando uma desfocada de todo o estresse que esse desafio me proporcionou e respirei bem fundo para pensar em coisas do passado mais longe, como do mais recente.

Daí, como não sou, mas tenho sido, me transformado e performado, cada vez mais, uma professora de PLA, e as diferenças podem ser figuradas pelas diversas cores que identificam bandeiras de um país, não tive dúvida do que iria postar.

Obrigada pela partilha!

Abraços. 

Em resposta à Marina de Nascimento

Re: Segundo momento

por Rosana Baptistella -

Marina, 

Em primeiro lugar, desejo sucesso no seu desafio, seja qual for. 

Se eu precisasse sintetizar em 3 palavras o que li de seus relatos e da imagem que compartilhou conosco, diria: diferenças, parcerias e cores.

Acompanhando a intensidade com que cada participante desta conferência-debate realizou criativamente sua leitura e a ressignificou, copio aqui um excerto que aprofunda nossa discussão, referindo-se ao leitor:

Ele se desterritorializa, oscilando em um não lugar entre o que inventa e o que modifica. Ora efetivamente, como o caçador na floresta, ele tem o escrito à vista, descobre uma pista, ri, faz "golpes", ou então, como jogador, deixa-se prender aí. Ora perde aí as seguranças fictícias da realidade: suas fugas o exilam das certezas que colocam o eu no tabuleiro social. Quem lê com efeito? Sou eu ou o quê de mim? (CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1, Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, p.245)

Abraços!


Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Marina de Nascimento -

Olá, Rosana! 

Obrigada pelo retorno e pelo lindo excerto, fiquei pensando na relação dele com o papel do leitor, nas vezes que eu assumi um papel tão dinâmico, de caça, de luta e de tantas emoções também, estando, simplesmente, deitada na cama lendo o meu livro, em um dos melhores momentos da vida!

Abraços!

Obrigada!

Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Narayana Bonet -

Boa tarde a todos!

Boa tarde Rosana querida!

Fiz a leitura do texto no smartphone. A primeira leitura me emocionou e tive que ler novamente para que as palavras fossem absorvidas melhor.

A pouco perdi uma pessoa importante para minha família, e as emoções junto as lembranças da infância estão a flor da pele. Me lembrei do jardim da casa da minha vó, onde todos da família participavam em limpezas e plantios para agradá-la. O momento auge para uma criança que crescia na capital, era quando em meio às calorosas visitas a família, chovia e podíamos sentir aquele cheiro de terra molhada que não sentíamos na capital. É claro que aquele cheiro da cozinha invadia o mundo de fantasias das crianças que ali se reuniam. 

Foram momentos maravilhosos aqueles tempos.... Não pude deixar de lembrar de como são tristes as visitas hoje... Pessoas que não voltaram a visitar aquela casa parecem que estão por lá o tempo todo...

Dividi minha experiência com meu pai e minha avó... São fundamentais para a construção do que pretendo ser um dia.

A foto que postei foi feita em uma aula de fotografia contemporânea onde o meu grupo trabalha as atribuições de significados para a cor azul, como calma, tristeza e estresse. A escolha se deu por remeter a chuva de lágrimas.

Não quero que pensem que sou uma pessoa triste. Bem ao contrário disso, recorro a essas lembranças para que me façam forte nas diversas decisões que devemos tomar e também para que do "alicerce" feito pela família eu possa construir paredes forte de um novo núcleo.

Me sinto honrada em compartilhar com todos vocês as minhas lembranças e mais aínda por ter a oportunidade ler as experiências de todos.

Obrigada Rosana você é incrível!

Em resposta à Narayana Bonet

Re: Segundo momento

por Carolina Dutra Berbet -

Nossa Nara que relato emocionante! 

Com certeza, essas memórias fizeram de você essa pessoa forte que és..

bjs Carol

Em resposta à Carolina Dutra Berbet

Re: Segundo momento

por Narayana Bonet -

Obrigada Carol.

Existe no mundo uma força muito maravilhosa chamada fé. A fé quando manifestada através do amor resulta em estar sempre tendo oportunidades de conhecer o melhor da vida.

O melhor da vida vida para mim é lembrar de coisas. 

Vocês são incríveis e tenho fé que faremos ainda coisas maravilhosas para serem lembradas.

Obrigada pelo carinho de sempre

Em resposta à Narayana Bonet

Re: Segundo momento

por Rosana Baptistella -

Boa tarde, Narayana.

Enchi os olhos d´água enquanto lia seu relato poético... Senti o cheiro de terra molhada da imagem que você descreveu. Vi flores no jardim da avó. Lembrei de saudades, de pessoas importantes que não estão mais aqui e também lembrei de sua alegria, sua força, sua sensibilidade, o que fez com que meus olhos se molhassem um pouco mais, ao mesmo tempo em que se abria um sorriso em meu rosto. 

Que orgulho, ser sua orientadora de TCC! Que bom que já vamos para a banca, está acabando... mas confesso que tem uma dorzinha em acabar, pois tem sido uma experiência incrível . Que sigamos em parcerias acadêmicas e artísticas.

Obrigada! Beijos.


Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Narayana Bonet -

Rosana sempre querida, obrigada por me orientar no TCC, mas ainda preciso agradecê-la por me orientar em muitas resignificaçoes que me foram necessárias nessa fase de chuva de lágrimas... teremos muitas chuva ainda. Que se inicie a chuva de mãos dadas para conseguirmos enfrentar dias difíceis em que, a arte está ameaçada e temos de representá-la com o melhor de nós.

Estamos juntas

Em resposta à Narayana Bonet

Re: Segundo momento

por Giliane Sacramento -

Nara, que alma linda...

Que memoria maravilhosa, você é um ser de luz! Muito especial, tudo isso com certeza a torna muito mais forte a cada dia...


Abraços 

Em resposta à Giliane Sacramento

Re: Segundo momento

por Narayana Bonet -

Giliane sua flor.

Quando eu crescer quero ser chique igual a você. Com a doçura da simplicidade de moça do interior e a postura elegante que é só sua.

Agradecida pelas palavras!

Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Thaís Gonçalves -

O convite para a leitura, antes mesmo do texto, foi o que se inscreveu em meu espírito. Agradeço à citação do Chartier, por explanar o que me aconteceu. Dormi e acordei desejando mergulhar nessa experiência, pois acreditei que algo iria me atravessar. Li o texto primeiramente no telefone móvel, na tela do WhatsApp. Fui capturada de alguma forma para um universo de encantamento. Antes da realização do primeiro momento fui acometida por um sono profundo. Precisava recuperar forças vitais. Acordei movida pelo desejo. Ele insistia. Algo bom está por vir! Senti assim. Sinto assim. Então li o texto frente ao computador. Agora era sério, para valer. Era preciso atenção e entrega para o mergulho acontecer em mim. Logo nas primeiras impressões de Benjamin fui arremetida aos quintais da casa do Museu Rodin, em Paris. Como se pudesse ter visto o cenário descrito pelo autor no ateliê que visitei, ainda que este último esteja restaurado. Era como se pudesse cruzar a temporalidade cronológica e me colocar na atmosfera de Rodin e, simultaneamente, na infância de Benjamin. Em seguida me ocorreram experiências que pudesse associar a cores, vivências coloridas. Lembrei de uma tarde passada com um amigo que aniversariou ontem. Num dia azul de inverno, passeávamos em Miramar, praia de Gaia (Portugal) e lá brincamos de projetar nossas sombras na areia, como se pudéssemos repetir o gesto artístico de Tarsila do Amaral ao pintar seu Abaporu. Sombras que vibram nossas alegrias. Em seguida me vi caminhando pelas colinas de Lisboa diante de um de seus pôres do sol. Que paleta incrível de cores tem o céu de Lisboa! Sem dúvida, estão para sempre inscritos em meu espírito. É para lá que me transporto com relativa frequência, com meu corpo sutil, atemporal. Memórias são inscrições que emergem em nossos corpos. Dessa vez foram os tons vermelhos, rosas, amarelos, lilazes, cinzas que compartilho para inscrever nessa plataforma a memória que encantou meu espírito nessa manhã. 

Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Ana Carla Barros Sobreira -

Eu li o texto na tela, nao imprimi, nem observei a postagem de meus colegas. Depois q postei meu video fui ler o seu comentario e reposndi. Depois vi as postagens de cada um comparando com minhas proprias lembrancas.

Em resposta à Ana Carla Barros Sobreira

Re: Segundo momento

por Rosana Baptistella -

Ana Carla, não vi sua resposta a meu comentário (acho que está se referindo à resposta que deu ao comentário da Marina).

Aproveito para copiar aqui o que coloquei quarta, 28 nov 2018, 17:17: 

Importante: incluam crédito/ referência dos materiais postados; caso não sejam de arquivo pessoal, certifiquem-se de que são de domínio público ou creative commons. Não sendo, não poderemos usar. Portanto, se quiserem, substituam o material ou façam nova postagem, para podermos incluir na produção final. Vou deixar aqui aberto ainda hoje, para esta finalidade.

Este vídeo, vc sabe se podemos usar (de acordo com o que falei acima)? se sim, pode transformá-lo em 30seg (q era uma das "regras" do debate)?  

Obrigada.

Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Giliane Sacramento -

Minha querida Profª Rosana 

Que delícia de texto, li sentada em meu Notebook no silêncio agradável da minha sala de estar, enquanto lia pude ouvir o barulho dos pássaros ( moro ao lado de uma chácara) tudo no momento da leitura contribuiu para aflorar momentos e memórias das mais diversas, pude sentir o cheiro de terra molhada da minha doce infância, momentos de brincadeiras e  imaginações de uma criança cujo a única preocupação era o brincar...

Após a leitura fui olhar o álbum de família antigo, e senti um aperto no coração de tanta saudade da minha infância, e mais ainda, da minha Mãe (em memória).

Li e refleti, vi as fotos e só depois escrevi, meu coração falou por mim, como um desabafo e que me fez sentir ao mesmo tempo muito feliz de saber que vivi a melhor infância que uma criança poderia viver...

Fiquei tocada com a leitura e muito feliz de compartilhar minha memória...

 

Abraços

 


Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Eliane Piske -

Boa tarde, pessoal!!! Lindo ler as postagens a partir do desafio lançado, Rosana! 

Fiz a leitura no Notebook e estava sentada no sofá da minha sala com a companhia do chimarrão. Foi um momento muito tranquilo, embora a leitura tenha proporcionado estar em mil lugares e recordar aventuras! Tive a oportunidade de imaginar e (re)lembrar tantas coisas boas. Ah, como foi prazeroso entrar em contato com as demais experiências, amei! 

Sorrisos de gratidão! Forte abraço, Eliane 

Em resposta à Eliane Piske

Re: Segundo momento

por Rogério Migliorini -

Pensando nos meus posts do “primeiro momento” e em outras coisas que não cabe comentar agora, vi como as cores e o corpo movente estão associados com uma alegria saudável. Com a alegria saudável das situações retratadas nas pinturas naif; com a alegria saudável das milongas e com a alegria saudável das mulheres haitianas indo a uma festa. Mas se, como eu disse no meu post do “primeiro momento”, em vez de mulheres haitianas indo a uma festa, fossem mulheres africanas caminhando em uma procissão funerária, a alegria saudável das cores e do corpo movente também estaria ali retratada, pois ela aparece na transformação da dor em dança, da agonia em festa, da apatia em roupas coloridas e do desgosto em comidas saborosas. Por tudo isso e mais ainda, a alegria saudável, os corpos moventes e as formas coloridas são lugares comuns nas manifestações populares quer ocorram aqui, na América do Sul, ou lá, na Ásia, no Caribe, ou na África. Ah, podem ocorrer também nas outras formas de arte ou talvez ainda, nas nossas memórias ou nas memórias de Walter Benjamin.


Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Vivian Pinto Riolo -

Olá, Rosana,

Esta semana tem sido tão frenética que confesso ter sido difícil parar, aquietar a alma e ler o texto de forma descomprometida para participar do fórum. Hesitei por várias vezes, porque não queria apenas cumprir "a tarefa".

Meu contato com o texto foi pela tela do  notebook mesmo, onde tenho passado boa parte do meu dia preparando provas e fazendo algumas leituras como de costume.

Quando sobrou um tempinho, fui buscar as fotos que me vieram à mente, mas não achei todas da infância que traduzissem minhas lembranças boas com o teatro e a dança. Apenas achei as da adolescência, mas ainda assim postei porque elas refletiam o mesmo sentimento.

E que linda a citação de Larrosa (2016)... Porque as experiências que vivi na infância e na adolescência com as minhas artes me tocaram tanto que eu poderia postar uma foto do tempo presente e o sentimento não seria diferente! 

A experiência é o que nos acontece nos toca, nos penetra e nos altera!

Obrigada por esta experiência! Mexer nas minhas caixinhas de recordações me fez lembrar que a correria deste tempo em muito pouco nos acrescenta. Obrigada por me fazer parar!

Abraços.

Em resposta à Rosana Baptistella

Re: Segundo momento

por Susana Silva -

Eu li o texto pelo computador, e achei que foi uma experiência diferente com a internet. Foi muito interessante usar uma mídia para a troca de saberes.