Ivani,
Quando meu pai foi pela última vez ao Mercado Central, aqui em BH, ele foi comigo. Já tinha muita dificuldade de andar e precisou de mim para levá-lo. Estando lá, ele me levou até uma cafeteria que servia café coado. Lá, ele pediu um bolo ou torta, pudim de mandioca (não me lembro bem como se chamava), mas que levava também fubá na receita e também tinha um queijo canastra derretido na massa, como acontece com o bolo de fubá tradicional. Porém, como pode ver, esse bolo não é o bolo de mandioca, nem de fubá. É algo híbrido que já tentei achar a receita na Internet e reproduzir uma vez e ficou parecido, mas não ficou tão bom como o que experimentei com meu pai naquele histórico dia. Acho que não tem coco, como vi nas receitas da Internet. Não consegui a receita porque a cafeteria mudou de mãos e não encontrei outro lugar que fizesse esse bolo. Li de relance sua receita e acho que sua experiência, suas dicas, me ajudarão a reproduzir esse híbrido que me traz uma memória gustativa tão significativa quanto a que sua receita provoca. Obrigado pelo seu extraordinário compartilhamento.
PS. Quem sabe você tem uma ideia de como ele é feito. Ele tem um gosto doce muito suave e aquela rusticidade que só os bolos feitos no forno a lenha ou preparado com ingredientes bem rústicos têm. Por isso fiquei com uma memória tão exigente e o gosto me deixou uma impressão tão marcante para além do momento tão significativo que foi passar uma última tarde com meu pai no Mercado Central.