Tema relevante e necessário! A paralisia cerebral exige abordagens terapêuticas eficazes e centradas na funcionalidade. O treino orientado à tarefa se mostra eficaz, mas será que sua implementação em larga escala nas redes públicas de saúde e educação infantil é viável e sustentável a longo prazo?
Treino orientado à tarefa aplicação e eficácia na paralisia cerebral Autores Luana Santos EEFFTO/UFMG Maria Cecília Cabral EEFFTO/UFMG Raphaela Pinto EEFFTO/UFMG Regiane Magalhães EEFFTO/UFMG
por Pedro Casado -
Número de respostas: 3
Em resposta à Pedro Casado
Re: Treino orientado à tarefa aplicação e eficácia na paralisia cerebral Autores Luana Santos EEFFTO/UFMG Maria Cecília Cabral EEFFTO/UFMG Raphaela Pinto EEFFTO/UFMG Regiane Magalhães EEFFTO/UFMG
Bom dia, Pedro, espero que esteja bem!
Essa é uma ótima pergunta e que vale a pena a reflexão.
O treino orientado à tarefa consiste em uma prática intensiva e repetitiva de atividades que são significativas para o indivíduo. Nesse sentido, a implementação em serviços públicos pode representar um desafio, considerando o tempo de atendimento, que normalmente não ultrapassa os 35 minutos, e a frequência, que pode ser semanal ou até mesmo mensal, o que pode comprometer a continuidade do processo terapêutico e não atender as demandas necessárias de intensidade do protocolo do TOT. Apesar disso, conforme pontuado no artigo, essa intervenção envolve ativamente os cuidadores e familiares com intuito de dar continuidade ao processo terapêutico e facilitar a generalização de habilidades e sua manutenção, sendo assim, modalidades de atendimentos remotos para acompanhamento e suporte para a família, podem representar um passo que aproxima da realidade de incluir o TOT nesses serviços.
Essa é uma ótima pergunta e que vale a pena a reflexão.
O treino orientado à tarefa consiste em uma prática intensiva e repetitiva de atividades que são significativas para o indivíduo. Nesse sentido, a implementação em serviços públicos pode representar um desafio, considerando o tempo de atendimento, que normalmente não ultrapassa os 35 minutos, e a frequência, que pode ser semanal ou até mesmo mensal, o que pode comprometer a continuidade do processo terapêutico e não atender as demandas necessárias de intensidade do protocolo do TOT. Apesar disso, conforme pontuado no artigo, essa intervenção envolve ativamente os cuidadores e familiares com intuito de dar continuidade ao processo terapêutico e facilitar a generalização de habilidades e sua manutenção, sendo assim, modalidades de atendimentos remotos para acompanhamento e suporte para a família, podem representar um passo que aproxima da realidade de incluir o TOT nesses serviços.
Em resposta à Pedro Casado
Re: Treino orientado à tarefa aplicação e eficácia na paralisia cerebral Autores Luana Santos EEFFTO/UFMG Maria Cecília Cabral EEFFTO/UFMG Raphaela Pinto EEFFTO/UFMG Regiane Magalhães EEFFTO/UFMG
Bom dia, Pedro! Muito obrigada pela interação em nosso fórum!
O TOT é uma abordagem terapêutica que se baseia na repetição intensiva e específica de movimentos funcionais dentro do contexto de tarefas significativas para a criança. Em vez de focar em exercícios isolados, ele busca que a criança pratique a atividade completa, como vestir-se, comer ou brincar, de forma repetida e com feedback, promovendo a aprendizagem motora e a melhora da funcionalidade.
Embora o TOT seja uma estratégia altamente eficaz para crianças com paralisia cerebral, sua implementação em larga escala nas redes públicas de saúde e educação infantil no Brasil é um desafio multifacetado. No entanto, é possível realizá-lo se houver planejamento cuidadoso e um treinamento adequado dos profissionais envolvidos. O TOT busca engajar toda a rede de cuidado, desde os terapeutas e educadores até as famílias, criando um ambiente de apoio contínuo para o desenvolvimento da criança. A viabilidade e a sustentabilidade dependem de um esforço conjunto e coordenado entre governos, profissionais, famílias e instituições de ensino, que serão responsáveis por sustentá-lo e aproximar um pouco mais essa forma de intervenção das famílias de crianças com PC.
O TOT é uma abordagem terapêutica que se baseia na repetição intensiva e específica de movimentos funcionais dentro do contexto de tarefas significativas para a criança. Em vez de focar em exercícios isolados, ele busca que a criança pratique a atividade completa, como vestir-se, comer ou brincar, de forma repetida e com feedback, promovendo a aprendizagem motora e a melhora da funcionalidade.
Embora o TOT seja uma estratégia altamente eficaz para crianças com paralisia cerebral, sua implementação em larga escala nas redes públicas de saúde e educação infantil no Brasil é um desafio multifacetado. No entanto, é possível realizá-lo se houver planejamento cuidadoso e um treinamento adequado dos profissionais envolvidos. O TOT busca engajar toda a rede de cuidado, desde os terapeutas e educadores até as famílias, criando um ambiente de apoio contínuo para o desenvolvimento da criança. A viabilidade e a sustentabilidade dependem de um esforço conjunto e coordenado entre governos, profissionais, famílias e instituições de ensino, que serão responsáveis por sustentá-lo e aproximar um pouco mais essa forma de intervenção das famílias de crianças com PC.
Em resposta à Pedro Casado
Re: Treino orientado à tarefa aplicação e eficácia na paralisia cerebral Autores Luana Santos EEFFTO/UFMG Maria Cecília Cabral EEFFTO/UFMG Raphaela Pinto EEFFTO/UFMG Regiane Magalhães EEFFTO/UFMG
Boa tarde, Pedro! Obrigada por sua contribuição!
Certamente sua pergunta é bem importante para entendermos os serviços da Terapia Ocupacional no contexto Brasileiro.
Não há dúvidas que a TOT teria respaldos muito positivos no processo de reabilitação. Porém, devemos levar em consideração a realidade do sistema público de saúde.
É perceptível que ainda possuímos uma falta de profissionais especializados no TOT, apesar de alta demanda por atendimentos. Além disso, a sustentabilidade da abordagem requer investimento em capacitação contínua de terapeutas ocupacionais. Ainda assim, estratégias que integrem o TOT às rotinas escolares e domiciliares, com o envolvimento das famílias e o uso criativo de recursos do próprio ambiente de atendimento, podem ampliar o alcance e reduzir custos a longo prazo, tornando a abordagem mais adaptável à realidade brasileira.
Certamente sua pergunta é bem importante para entendermos os serviços da Terapia Ocupacional no contexto Brasileiro.
Não há dúvidas que a TOT teria respaldos muito positivos no processo de reabilitação. Porém, devemos levar em consideração a realidade do sistema público de saúde.
É perceptível que ainda possuímos uma falta de profissionais especializados no TOT, apesar de alta demanda por atendimentos. Além disso, a sustentabilidade da abordagem requer investimento em capacitação contínua de terapeutas ocupacionais. Ainda assim, estratégias que integrem o TOT às rotinas escolares e domiciliares, com o envolvimento das famílias e o uso criativo de recursos do próprio ambiente de atendimento, podem ampliar o alcance e reduzir custos a longo prazo, tornando a abordagem mais adaptável à realidade brasileira.