Muito obrigado Arthur! Na minha opinião, no momento seria mais estratégico investir em criptografia pós-quântica, e digo isso porque é o tipo de investimento que já nos traria um benefício imediato visando nos proteger da técnica "harvest now, decrypt later" que comentei no artigo. Os algoritmos de otimização ou simulação, apesar de também serem muito importantes, não seriam tão úteis no momento porque o gargalo atual na área está mais relacionado aos hardwares, logo os algoritmos não vão trazer retorno enquanto a área de hardware não avançar.

Obrigado Bianca, fico feliz que tenha gostado!

Obrigado Amanda! Sobre sua pergunta, eu dividiria a estratégia de ação em duas frentes, uma focada na aplicação dos padrões de criptografia e outra focada na pesquisa e desenvolvimento de soluções usando QC. Essa divisão seria pelo fato de que as soluções de criptografia já até existem e podem ser aplicadas com uma necessidade bem menor de pesquisa por trás, visto que o NIST (instituto de padrões tecnológicos americano) já publicou um conjunto de padrões e protocolos de segurança de forma aberta, que qualquer país ou instituição já poderia começar a aplicar [fonte 1].

Na segunda frente de ação, focada no desenvolvimento de soluções com QC, seria importante focar, como você mesma disse, na capacitação de profissionais, sendo fundamental o investimento de empresas potencialmente impactadas nessa capacitação, a exemplo da parceria realizada entre o Banco Inter e a UFMG [fonte 2]. Além disso, a parceira com big-techs e startups da área seria importante por alguns motivos, o primeiro é que seria inviável no momento que cada empresa ou instituição construísse um computador quântico para poder usufruir, sendo assim necessária uma parceria com alguma empresa que forneça acesso a um computador pela nuvem, como a IBM e a Microsoft. As parcerias também seriam importantes pois algumas empresas podem vir a ter dificuldades em desenvolver suas soluções do zero, sendo necessário o uso de soluções já desenvolvidas por outras empresas. Exemplos de tais soluções podem ser kits de desenvolvimento (SDKs), APIs, plataformas de simulação e de aprendizado de máquina. Alguns exemplos de start-ups que fornecem esses serviços são a Rigetti e Quantinuum.

Obrigado Prof. Ana! O que mais me animou durante a pesquisa foi entender melhor qual o nível de maturidade das nossas tecnologias quânticas. Estamos apenas no início e, como comentei no artigo, mal conseguimos usufruir das capacidades dessas teconologias no momento. Isso significa que ainda há muito a ser descoberto e fico feliz de poder contribuir nesse desenvolvimento, mesmo que, no momento, apenas com a divulgação da área!

Obrigado Ana Luiza! Desconsiderando a questão de criptografia que beneficiaria a todos os setores, acredito que os mais beneficiados em um primeiro momento seriam os setores químico e farmacêutico devido à possibilidade de simular sistemas moleculares complexos usando muito menos recursos em relação aos computadores comuns. Um outro beneficiado seria o setor financeiro, que possui diversas aplicações dessa tecnologia como análise de crédito, detecção de fraudes, otimização de portfólio, recomendações de investimento, entre outras.

Obrigado Ana Luiza! Acredito que a aplicação com mais chances de gerar valor inicialmente seria a química/farmacêutica. Hoje em dia, para descobrir uma nova droga são necessários, em média, $2 bilhões de dólares, e mais de 10 anos até chegar no mercado [fonte], então qualquer melhoria nesse processo já poderia reduzir em muito os custos. O fator principal que ainda impede seu uso é o desenvolvimento dos hardwares, que ainda não possuem a capacidade de calcular algoritmos muito longos ou complexos. Seria necessária a criação de um computador com um número maior de qubits com tolerância a erros, aí então essas empresas já seriam capazes de aplicá-los.

Boa noite Arthur, obrigado! Como comentei no artigo, seriam a superposição, o emaranhamento e a interferência. Combinando esses três fatores é possível criar algoritmos que não são reprodutíveis em computadores comuns, podendo solucionar alguns problemas de forma muito mais eficiente.

Sobre a era NISQ, seria o primeiro estágio de desenvolvimento da QC, onde os computadores não teriam uma quantidade suficiente de qubits para processar algoritmos complexos, e ao mesmo tempo os poucos qubits que possuem são pouco tolerantes a ruídos, impossibilitanto o processamento de algoritmos que demandam mais tempo de execução. Sair dessa era seria um grande salto que já permitiria o uso da tecnologia por alguns setores.