O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

Número de respostas: 17

O QUE NÃO FALAR SOBRE O AUTISMO

UMA LEITURA DISCURSIVA PARA O COMBATE AO CAPACITISMO

Autores

•     Leticia de Souza Lopes

Palavras-chave:

autismo, discurso visual, capacitismo, semiótica, imagem social, inclusão

 

Resumo

Este artigo propõe uma análise semiótica e discursiva da imagem “O que não falar sobre o autismo”, publicada pelo portal Revista Autismo. A imagem apresenta frases comuns direcionadas a pessoas autistas e suas respectivas problematizações. O estudo visa identificar os efeitos de sentido produzidos pelo discurso visual e verbal da campanha, refletindo sobre seu papel na desconstrução de estereótipos e na promoção de uma cultura inclusiva.

PDF: leia aqui o texto completo

Coordenadores de mesa: 

  • professor Ana Matte
  • Mesa: Camila de Melo

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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Camila Ericka Andrade de Melo -

Um notebook ao centro contendo o logo do evento UEaDSL, estando a sua volta elementos que remetem a diferentes conhecimentos.


Olá, queridos/as participantes!


Tudo bem?


Primeiramente, quero desejar, com entusiasmo e carinho, boas-vindas para todos/as aqui presentes no Congresso Nacional Universidade, EaD e Software Livre 2025.1, em especial, neste anfiteatro.

Sou a Professora Camila Ericka. Estarei, junto com a Professora Ana Matte, coordenando os diálogos desta mesa. Aproveito para cumprimentá-la neste momento e desejá-la um maravilhoso evento.

Cumprimento e parabenizo, também, a autora Leticia de Souza Lopes que compartilhou conosco o trabalho intitulado "O QUE NÃO FALAR SOBRE O AUTISMO: UMA LEITURA DISCURSIVA PARA O COMBATE AO CAPACITISMO”, que será o precursor das nossas reflexões e diálogos neste fórum.

Convido todos/as a lerem o trabalho apresentado com carinho e atenção, assim como os comentários dos/as colegas que já iniciaram as nossas discussões. Desta maneira, poderemos nos unir com maior qualidade nos diálogos já iniciados. Ressalto que, como afirma Paulo Freire, “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes". Logo, que possamos juntos/as nestes próximos dias refletir, dialogar e escrever valiosas histórias colaborativas, ampliando assim as nossas aprendizagens e compartilhando saberes.

 Aproveitemos desse diálogo que é todo NOSSO e que não tenho dúvidas que será profícuo!

 Abraços!



Em resposta à Camila Ericka Andrade de Melo

Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Maria Eduarda Gomes Ribeiro -
Parabéns pelo seu trabalho! A analise é uma contribuição extremamente relevante e sensível para os estudos sobre inclusão e diversidade. O texto é bastante comprometido com a transformação social e a valorização da diversidade, um exemplo notável de como a pesquisa pode se tornar uma forma de resistência crítica e um gesto ético de cuidado.
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Ana Cristina Fricke Matte -
Letícia,
Este é o melhor momento da nossa disciplina, quando vocês podem conversar com outras pessoas sobre o trabalho que fez, não ficando restritos à minha avaliação.
Semiótica é minha melhor praia e fico contente que tenha feito bom proveito da disciplina. O que você considerou mais difícil de levar do estudo teórico à prática na análise desse post que analise ditos comuns sobre autistas e que são, para estes, constrangedores?
Um ótimo evento!
Ana
Em resposta à Ana Cristina Fricke Matte

Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Leticia de Souza Lopes -
Fico muito feliz com sua mensagem e em poder compartilhar esse trabalho com outras pessoas além da sala da aula.

Sem dúvida, o maior desafio foi transpor os conceitos teóricos da semiótica, de um leitura de uma imagem tão carregada de sentidos simbólicos e sociais. A frase que mais me chamou atenção , foi "você não parece autista " e " você parece normal " e levar isso para dia a dia é muito difícil, pois ja foram falar que eu pronunciei
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio -
Parabéns pelo trabalho! A análise feita é extremamente necessária especialmente por mostrar como frases aparentemente “inofensivas” carregam um peso simbólico enorme.

Achei muito potente a forma como você articula discurso verbal e visual para revelar os sentidos ocultos nessas falas. Fiquei pensando como você enxerga o impacto real dessas campanhas na mudança de comportamento das pessoas? E será que essas ações chegam, de fato, aos espaços onde mais se reproduz esse tipo de fala como escolas, famílias e ambientes de trabalho?
Em resposta à Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio

Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Camila Ericka Andrade de Melo -
Olá, Kayque Edgar.

Suas indagações e reflexões foram extremamente relevantes, com elas fiquei a refletir sobre o próprio material analisado. Dois pontos me chamaram atenção, são eles:

1º A imagem pertence a revista Veja, sendo um material possível de encontrar na internet. Porém, quem normalmente realiza a leitura desse material? Será que é uma temática que é relevante ao seu público?

2º A revista foi publicada no mês de abril, mês dedicado a consciência do autismo. Será que em outros meses ocorreram publicações e/ou reflexões sobre essa temática?

Particularmente, fico muito preocupada com a dimensão que essa conscientização vem ocorrendo nos dias atuais, em especial, quando limitamos apenas ao dia específico e/ou ao mês. Não tornando em ações reais que a inclusão ocorra em todos os dias do ano. Como observa essa prática do dia e/ou do mês? Na sua realidade profissional como percebe que essa temática pode ser ampliada?

Aproveito para ampliar as reflexões e discussões para os/as demais colegas também!
Em resposta à Camila Ericka Andrade de Melo

Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Leticia de Souza Lopes -
oii bom dia tudo bem ? Obrigada pelas suas considerações !

Sobre o primeiro ponto, é importante considerar que, embora a revista tenha um perfil mais generalista e atinja um público amplo, as matérias sobre autismo tendem a aparecer de forma mais concentrada em períodos de campanhas , como o mês de abril.
Geralmente quem realiza essas leituras são públicos da veja e pessoas que querem saber mais sobre o autismo .

No que se refere ao segundo ponto : reconheço que a visibilidade concentrada em abril não é suficiente e não acho quer em outros meses ocorra publicações do tipo .

Acho que limitar apenas a 1 dia e ao 1 mês é ruim, pois é como se o autismo existisse apenas em abril e desconsidera a lita diária que pessoas com autismo tem . Mas de certo modo falar sobre o autismo é importante para conscientizar pessoas leigas sobre o assunto e desmentir mentiras gerada em torno do autismo . Acho que essa visibilidade pode ser ampliada para outros meses , sendo uma campanha que ocorre todos os meses e não apenas 1 .
Em resposta à Kayque Edgar Chiarelli Nascimento Cornelio

Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Leticia de Souza Lopes -
oii bom dia tudo bem ?
obrigada pelas considerações !
sim acredito que chegue ate aos espaços onde se mais reproduz essas falas , muita das campanhas são por veículos de comunicação como , televisão , celular e internet , especialmente tik tok ,ode tem varias pessoas autista contando suas experiências . Esses veiculos de comunicação chegam ate as casas das pessoas, então de pouco em pouco as pessoas vão deixando de propagar essas falas .
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Marcelle Cristina Ribeiro Mendes -
Achei o artigo muito necessário. A autora conseguiu mostrar, de forma bem clara, como frases que parecem “de boas” acabam sendo super capacitistas e desrespeitosas com pessoas autistas. Gostei muito da análise da imagem da Revista Autismo, principalmente porque ela ajuda a gente a perceber o peso das palavras no dia a dia.

O texto me fez repensar falas que escutamos (e até repetimos) sem perceber o quanto podem invalidar o outro. É aquele tipo de leitura que provoca mesmo — nos tira do lugar comum e convida a ter mais consciência e empatia. Super importante esse tipo de discussão, ainda mais pra quem está na educação ou convive com pessoas autistas.
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Camila Ericka Andrade de Melo -
Olá, colegas.

Observo que apesar de já evoluirmos historicamente e socialmente na questão da inclusão, ainda engatinhamos para que ela de fato ocorra no nosso cotidiano e nos diferentes espaços sociais em que frequentamos. Tal fator é perceptível quando verificamos as deficiências ocultas, ou seja, aquelas deficiências que não são imediatamente aparentes, como o TEA. Logo, frequentemente, percebo discursos capacitistas, assim como, os analisados no estudo de Leticia. Por isso, acredito que estudos como este precisam surgir e expandir para que de forma individual e/ou coletiva possamos refletir, dialogar e, assim, transformar o contexto no qual estamos.

Diante de tal percepção, questiono: Você já se observou realizando alguma fala capacitista? Se sim, qual? Qual a sua atitude ao realizá-la?

Que possamos juntos/as refletir sobre as nossas ações cotidianas também, para assim, começarmos em nós a mudança que queremos para o mundo.

Abraços.
Em resposta à Camila Ericka Andrade de Melo

Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Leticia de Souza Lopes -
oii bom dia tudo bem ?

sim , ja realizei algumas falas capacitista , sendo uma delas " você não parece que tem autismo , você parece normal , sabe ate fazer coisas sozinho " . Logico que quando falei isso não sabia que era uma frase preconceituosa e capacitista e a pessoa que recebeu essas falas não me corrigiu .
Eu só fui saber que era uma frase capacistista esse ano , nessa mesma disciplina , quando eu estava procurando algo para fazer minha analise semiótica e encontrei essa imagem na revista veja .
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Anna Clara Ferreira Costa Ramos Barreto -
Achei seu trabalho muito claro e necessário. Você conseguiu mostrar, de forma bem objetiva, como frases que parecem inofensivas carregam um peso simbólico forte e acabam reforçando preconceitos sobre o autismo. A escolha de usar uma imagem de campanha como objeto de análise foi bem acertada, porque conecta teoria e prática com algo do cotidiano, que a gente realmente vê circulando nas redes.
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Anna Luisa Matos Morato -
Parabéns pelo trabalho! O tema é extremamente relevante e a abordagem foi feita com muita sensibilidade e clareza. É ótimo ver a semiótica sendo aplicada a questões tão urgentes como o capacitismo. Excelente contribuição!
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Alexandra Cristina de Moura -
Parabéns pelo artigo, Leticia! Sua análise foi muito importante para mostrar como expressões aparentemente inofensivas carregam preconceitos sutis que deslegitimam o autismo e reforçam o capacitismo. A forma como você articula o discurso visual e verbal da campanha traz à tona reflexões urgentes sobre linguagem, respeito e inclusão. Um trabalho necessário e muito bem conduzido!
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Rafaela Vitoria Bento Martins -
Excelente contribuição! O tema abordado é extremamente relevante e merece cada vez mais atenção por parte da academia. Parabéns pela pesquisa
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Re: O que Não Falar Sobre o Autismo. Autoria: Leticia de Souza Lopes

por Maria Luiza Lopes Fernandes Pimenta -
Parabéns, Leticia, seu artigo traz uma reflexão muito necessária sobre como o discurso cotidiano pode reforçar o capacitismo contra as pessoas autistas. É um trabalho que realmente contribui para a conscientização e o respeito às diferenças, mostrando como as imagens e palavras impactam a inclusão social, tornando o tema acessível e relevante