Leitura maquiavélica de Josias e Ezequiel em Judá
poder, religião e razão do Estado
Autores
• Giulian Francele Fernandes Silva UFMG
Palavras-chave:
Reforma de Josias, Ezequiel, Maquiavel, Centralização de poder
Resumo
Este artigo analisa as reformas religiosas de Ezequias (716–687 a.C.) e Josias (640–609 a.C.) em Judá pela ótica maquiavélica (O Príncipe). Argumenta que, além do zelo religioso (2 Reis 18–23; 2 Crônicas 29–34), elas foram estratégias de poder: Ezequias centralizou o culto em Jerusalém para enfraquecer rivais; Josias radicalizou-a, aproveitando o declínio assírio (fortuna) com ação decisiva (virtù), visando unificação nacional e "razão de Estado" frente à Babilônia. A narrativa bíblica, assim, revela um realismo político instrumental. Dificuldade principal: escassez de fontes extrabíblicas limitou análises contextuais, mas não invalida a tese, pois a narrativa bíblica (analisada criticamente) é o objeto de estudo.
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Coordenação e mesa:
- professor Ana Matte
- Mesa: Carolina Sueto