Bom dia, participantes UEADSL

Imensamente feliz em fazer parte deste evento e poder compartilhar com vocês um pouco da nossa experiência.

Respondendo a pergunta da Professora Ranyelle Barros:

Estávamos diante de um grupo de alunos que necessitavam minimizar os impactos da Pandemia por Covid-19. Em sua maioria, nossos alunos ficaram sem o aprendizado adequado, por não terem acesso aos meios digitais. Sem ter contato com o professor nesse período e com defasagem de aprendizagem, necessitavam de aulas em um grupo menor e com atividades atrativas, que os motivassem.

Trouxemos, então, o digital para as aulas de intervenção pedagógica. A primeira intenção foi tornar o ambiente mais atraente para o aluno, e com as ferramentas digitais isso foi possível. Eles não se sentiam excluídos de suas turmas quando iam para as aulas de intervenção. Além disso, puderam ter contato com computadores, teclados, e vivenciar a experiência de manusear esses instrumentos.

Mesmo assim, outro pensamento nos rondava: se as aulas fossem tradicionais, mesmo com o digital, poderia ser taxadas com adjetivos pejorativos e o efeito no aluno não seria o esperado.

O que há, então, de melhor, do que trabalhar com o riso, o humor?! Nesse sentido, recorremos ao meme. Se primeiro como forma de deixar o ambiente agradável e descontraído, depois passou a ferramenta de crítica e de pensamento sobre os atos sociais que representavam.

Nossos alunos discutiram esporte, saúde, política, por meio dos memes que levamos para a sala de aula. Estávamos no caminho certo. O envolvimento de cada um foi fantástico e os resultados com o produto final foram divertidos e descontraídos.

Acreditamos que esse seja o caminho para garantir o envolvimento do aluno no processo de aprendizado.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Karlla e Marcela, parabéns pelo artigo. A temática é muito importante e a abordagem de vocês foi muito acertada: memes e humor para trabalhar a inclusão digital e, como ganho, ainda trabalhar questões como ironia, que precisa de uma interpretação de texto mais sofisticada.
Me chamou a atenção que nas conclusões vocês trouxeram a constatação de que os alunos parecem saber usar a tecnologia, mas na verdade não sabem muito. Eu diria que são mais atrevidos e nos dão a sensação de que conhecem esses meandros, por isso concordo com a afirmação de vocês de que a inclusão digital deles também precisa ser promovida.
Um abraço,
Ana Noronha.

Gostei do relato de prática super interessante sobre inclusão digital nas aulas de reforço escolar, focando no humor através dos memes. A abordagem de discutir o conceito de humor e explorar a criação de memes pelos alunos foi criativa e alinhada aos novos letramentos digitais. A conexão com a BNCC e a visão de estudiosos na área de comunicação enriquecem a fundamentação teórica. Destaco também a ênfase na inclusão, proporcionando aos estudantes uma abordagem mais ampla e criativa para lidar com a língua portuguesa. Gostei bastante! Parabéns!

Bom dia, Drielly

É isso mesmo, os resultados quando os alunos estão envolvidos na proposta são fantásticos. A participação nas atividades ajudam não só na aprendizagem dos conteúdos propostos, pois também ajudam nas relações interpessoais, exaltam os alunos com espírito de liderança e protagonismo.

Além disso, quando os alunos se envolvem os conflitos internos diminuem.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Verdade! Acredito que o trabalho com as novas tecnologias da educação, além de atualizar nossa compreensão dos novos gêneros textuais, insere na aprendizagem um fator fundamental: a motivação! Notamos que trabalhar com esses objetos parece despertar um interesse do aluno que por muitas vezes, ainda que tenha vivenciado essa circulação social, ainda não desenvolveu os saberes que são específicos e algumas questões morais envolvendo a aprendizagem tecnológica.
Abraço e obrigada pela contribuição.

Karlla Leal

Boa tarde, Bárbara

É isso mesmo. Acrescento que antes de qualquer projeto que envolva o meio digital é importante realizar um trabalho de consciência e de uso crítico dessas ferramentas. Assim como alertá-los dos riscos da exposição excessiva no ambiente virtual, seja ele um espaço de aprendizado ou de estabelecer contatos sociais.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Achei interessante quando você menciona esse enfoque, porque a considerar contextos múltiplos de atuação (dentre eles, muitos em zona de risco), a educação digital não pode vir dissociada dos direitos e das consequências sociais que acarreta. É preciso estudar todo este movimento de revolução e de como isso incide no nosso dia a dia, seja em um entendimento diferente sobre aquelas práticas já arraigadas ou aquelas marginalizadas que vem ganhando espaço de manifestação.
Agradeço sua interação.
Karlla Leal

Olá, Daniela

Boa tarde,

Agradecemos o elogio.

Atualmente, é muito importante práticas diferenciadas para atrair a atenção dos alunos e assim promover o aprendizado.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Boa tarde, Layenne

Para desenvolver a temática é importante que se desenvolva um mini-projeto dentro das aulas de reforço, ou seja, em uma aula apenas não é suficiente para o tema, sendo ideal até um mês para que as sequências didáticas sejam desenvolvidas.

Estudamos linguagem visual, partimos para caricaturas e só depois entramos nos memes.

Estuda-se o meme, o humor, a crítica... Depois partimos para o virtual. Nesse ponto, trabalha-se cuidados com a internet e seus perigos, uso das ferramentes (mouse, teclado, site de busca), depois usamos algum site de crianção de memes. Vai desenvolvendo as temáticas e a consciência dos alunos com tudo o que é discutido em sala.

Esse é um trabalho de "formiguinha", principalmente porque nas aulas de reforço geralmente são alunos em defasagem escolar. Então é ter calma durante o processo e não querer que o resultado apareça de um dia para outro.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Acreditamos que devemos, primeiramente, questionar se alguém conhece ou saiba definir claramente o que é um meme. Isso porque não é só na internet, com imagens… existem memes que são expressões de um novo léxico. Então, plantar o desafio para depois construirmos coletivamente esse conceito a partir de exemplos práticos e reais. Nada cristalizado. Como é um processo que envolve leitura e escrita, quer dizer, jornadas de compreensão e produção ou reprodução, ainda conseguimos trabalhar a escrita criativa, o humor, a caricatura e o interesse pessoal dos alunos. Desse modo, surgem inúmeros trabalhos personalizados, que dizem de uma própria visão de mundo. Agradecida pelos questionamentos.
Obrigada!
Karlla Leal.

Boa tarde, Cândido

É isso mesmo. E mais, mesmo com o celular, pode-se dizer que nem todos o dominam plenamente. As vezes, o uso se restringe ao bate papo no Instagram e no Whatsapp.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Boa tarde, Daniella

Ficamos felizes com os seus elogios.

Obrigada,
Marcela Albuquerque

Boa tarde, Ramiro.

Sim, o uso das tecnologias ainda é desigual. Na periferia é ainda mais gritante, seja na residência ou mesmo nas escolas que atendem a esse público. É comum o sinal de wi-fi não funcionar, termos de dividir um mesmo computador...

Mesmo assim, podemos executar um trabalho que promova o uso de tecnologias, com boa vontade conseguimos passar pelos desafios.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Boa tarde, Daniel.

Obrigada pela elogio.

A ludicidade pode ser usada sempre a favor do aluno, basta o professor ser disposto a sair da zona de conforto.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Primordial incluir estratégias de ensino na educação, ainda mais se tratando de recursos leves que facilitem e deixem o aprendizado dinâmico e lúdico. O uso de memes, assim como o de recursos digitais, aproxima e estimula o processo e desenvolvimento educacional, uma vez que é algo presente no cotidiano e traz um ar de alegria para as aulas.

Obrigada, Matheus.
Grata pelos elogios. Os gêneros digitais são excelentes para promover o aprendizado e o interesse dos alunos.
Abraços,
Marcela Albuquerque

Disse tudo, João Pedro

Articular a realidade dos alunos com os temas que desejamos trabalhar só otimiza o processo educativo e os ajuda a melhor assimilar o conhecimento.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Boa tarde, Laura

Obrigada pelas suas observações.

É fundamental tentar sanar esse despreparo dos alunos no uso de tecnologias, principalmente no caso dos alunos oriundos de famílias carentes de recursos tecnológicos em casa ou mesmo carentes de habilidades para usar tais recursos. Principalmente como você muito bem observou, essas ferramentas são essenciais também no mercado de trabalho.

Obrigada, Laura, pelo retorno. Ficamos felizes em saber que gostaram do artigo.

Olá, Ana

Obrigada pelo seu retorno.

Gostei da sua observação sobre a audiodescrição dos memes.

Grata
Marcela Albuquerque

Obrigada, Samara.

Partir de algo de interesse dos alunos é o essencial para realizar um trabalho mais participativo e em que eles sejam protagonistas do próprio aprendizado.

Marcela Albuquerque

Bom dia, Vinícius

Sim, a tecnologia é uma aliada no aprendizados dos estudantes. Basta apenas quebrarmos a resistência e fugirmos das aulas tradicionais.

Abraços,
Marcela Albuquerque

Bom dia, Wilgnert

Estudar com algo que eles gostam é o primeiro passo para quebrar a barreira que alguns colocam contra a disciplina de Língua Portuguesa e Literatura. Explorar tecnologias em sala de aula é propor o aprendizado por meio do lúdico, e os estudantes amam isso.

Abarços,
Marcela Albuquerque

Também senti essa diferença, Wignert. Quando regressamos em 2021, já havia viralizado o tiktok e outras formas de comunicação. A escola como inserida na sociedade o que pode é tentar cobrir tantos as práticas canônicas quanto essas marginalizadas, próprias dos jovens, e por que não ,combina-las?
Karlla Leal