Obrigada!

Bom dia, Gênesis!
Obrigada pela pergunta.

Muito interessante seu questionamento, pois, se relaciona com a pesquisa que venho desenvolvendo agora no doutorado. Após todos esses anos de embate contra a temática, também tivemos em contraposição muitos movimentos de resistência, sejam nos distintos movimentos sociais LGBTQIAP+ e feministas, como os realizados por professores/as e escolas. Ou seja, quem já realizava essas discussões continuou a fazer, mas caracterizando-se como resistências. Foi possível identificar nas análises documentais dos diferentes períodos da questão de gênero nas políticas educacionais em conjunto a diferentes trabalhos de autores/as que se debruçam sobre a temática que este lugar não é fixo, mas disputado por diferentes setores e sujeitos na sociedade brasileira. Os avanços conquistados não foram totalmente desfeitos, até porque, muitos deles estão presentes em nossa Constituição. Vejo nesse novo cenário um recuo nessas forças contrárias ao debate (principalmente as que ocupam espaços políticos e institucionais) visto que este movimento teve muitas perdas judiciais, com as decisões do STF sobre a proibição em leis municipais, e a postura do novo governo diante da promoção do tema. Contudo, nos espaços escolares essa pressão ainda permeia a prática de professores quando estes tratam do tema, apesar de legislações que garantam a abordagem, este "clima policialesco" e de "pânico moral" ainda se faz presente. É justamente estes "efeitos" dos discursos/ações antigênero na experiência docente que irei me debruçar na tese.

Agradeço a leitura Jordânia!