5. Junho: Discurso digital e Ensino de matemática

cartaz STIS junho 2013

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Julio Cesar Sal Paz e Teresinha Fumi Kawasaki

Conferência dupla STIS JUNHO 2013

Dia 21 de junho das 14 às 15:30, na Sala de Conferências do STIS

HACIA UNA RETÓRICA DEL DISCURSO DIGITAL (Julio César Sal Paz)

Resumo: Entendemos con Perelman y Ollbrechts Tyteca (1989: 34) que la Retórica es “el estudio de las técnicas persuasivas que permiten provocar o aumentar la adhesión de las personas a las tesis presentadas para su asentimiento”. En este sentido, podemos afirmar que, a lo largo de los siglos, este campo disciplinar ha posibilitado el estudio del funcionamiento comunicativo de diferentes géneros de discursos de carácter persuasivo. Desde esta perspectiva, todo intercambio comunicativo para ser exitoso deberá contemplar lo que puede conceptualizarse como situación retórica, circunstancia constituida por el destinatario, el tópico y el objetivo del discurso. No obstante, este problema retórico difiere sustancialmente, en forma y contenido, a partir de las dimensiones contextuales que le dan origen: oral, escrita, digital.
El propósito de esta exposición es reflexionar sobre la importancia que reviste la investigación y sistematización de la situación retórica en el ciberespacio, como consideración previa a la producción discursiva en este ámbito, para lograr la eficacia comunicativa de los géneros digitales.

 

 

Tecnologias computacionais na sala de aula de Matemática: um olhar através das lentes da Teoria da Atividade (Teresinha Fumi Kawasaki)

Resumo: São diversas as propostas de ensino de tópicos matemáticos que propõem a utilização de aplicativos computacionais disponíveis na rede. Na formação continuada de professores de matemática, é grande a demanda por capacitações e apresentação de propostas dessa natureza. E são diversas as formações que se propõem a tornar os professores mais  Entretanto, é raro ouvir por parte do professor de matemática que a utilização desses aplicativos tornou-se parte de sua prática docente. Há dez anos atrás, o artigo "O computador é a solução: mas qual é o problema?" que circulava entre os educadores matemáticos já problematizava essa utilização que parecia tão natural no ensino de matemática. Em 2008, outro artigo chama a minha atenção: Why hasn't technology disrupted academics' teaching practices? Understanding resistance to change through the lens of activity theory. Estes artigos, em um intervalo de quase dez anos, nos colocam diante de um mesmo problema: a implementação de uso do computador não é uma realidade na prática do professor em sala de aula. Em meu campo de atuação, a educação matemática isto é uma realidade.  Em minha pesquisa de doutorado, concluída ao final de 2008, discuti a relação conflituosa que se encontrava o professor de matemática que buscava incorporar o computador em sua prática docente através de sua participação em um grupo de formação continuada. Contudo, a observação mostrou que esse professor que procurava pela mudança era o mesmo que resistia. Nesse trabalho, a mudança de perspectiva teórica, o olhar diferente para este professor em atividade através da Teoria da Atividade (TA) permitiu tirar o foco do sujeito dito “resistente” a inovações tecnológicas em sua sala de aula e entender que  participantes  do  grupo  (formadores  e  formandos)  reorganizam-se  coletivamente, articulando mudança e resistência em suas ações em resposta às contradições internas do sistema de atividades que se forma quando a atividade de formação continuada encontra a atividade de sala de aula do professor de matemática.   
Por meio de duas pesquisas, tenho a pretensão* de discutir aqui alguns conceitos da TA que me permitiram olhar para o que os meus olhos não viam e deixar de enxergar o que aparentemente, aos meus olhos, era tão óbvio.  
*grifo meu, pois é realmente uma "pretensão". É um ensaio que posso ou não dar conta.