7. Setembro: Interação, Segunda Língua, Leitura, Tecnologia

7.1. registro setembro

Registro da Conferência de 27.o de setembro de 2013:

 

 Interação e aquisição de segunda língua: uma perspectiva ecológica
conferencista: Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paiva


 Remidiação e recursividade na leitura:marcas do digital no impresso
conferencista: Ana Elisa Novaes

 

moderador: Equipe STIS

 


[14:02] <adelmaa> Seja bem-vinda, Profª Vera Menezes.
[14:02] <Vera> Obrigada
[14:03] <adelmaa> Como jtemos nossas duas conferencistas convidadas presentes podemos então começar.
[14:04] <adelmaa> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos ao nosso STIS. Os Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec  são um evento que procura congregar estudiosos  e discutir tema dos mais variado
[14:04] <adelmaa> campos de conhecimento que norteiam os trabalhos interdisciplinares desenvolvidos pelos participantes do grupo Texto Livre: Semiótica e Tecnologia, da UFMG.
[14:04] <adelmaa> Pediria atenção de todos para explicar como funciona nosso evento:  vou moderar a sala a partir de agora isto significa que neste momento somente as palestrante e os coordenadores deste
[14:04] <adelmaa> evento poderão falar. Após Após as conferências abriremos para as perguntas, que  deverão serão feitas pelo chat..
[14:04] <adelmaa> Hoje temos a honra de receber duas gerações de professores-educadores -pesquisadores  ilustres em nosso evento: a Profaª Drª Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paivae a Profa Ms. Ana Eliza Novaes.
[14:05] <adelmaa> A Profaª Drª Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paiva é  professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais cuja história na academia se iniciou com a graduação em Português e Inglês pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
[14:05] <adelmaa> Gerais (1971); graduação em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (1973); mestrado em Inglês pela Universidade Federal de Minas Gerais (1987); doutorado em Linguística e Filologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
[14:05] <adelmaa> 1991) e pós-doutroado na PUCMinas. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Linguística aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: aquisição de língua inglesa, pesquisa narrativa, ensino de línguas mediado por
[14:05] <adelmaa> computador, gêneros digitais. É uma das pioneiras no ensino e pesquisa em educação a distância na área de Letras.  Foi presidente da Comissão de Especialistas em Letras da SESu/MEC (2000/2002) e presidente da ALAB
[14:05] <adelmaa> (2000/2002). Coordena o projeto de pesquisa AMFALE com colaboradores no Brasil, Japão, China e Finlândia. Atualmente é a editora-chefe da Revista
[14:06] <adelmaa> Brasileira de Linguística Aplicada, revista Qualis A1. Foi agraciada com a Medalha Santos Dumont, Categoria Prata em 2010. É pesquisadora do CNPQ.
[14:06] <adelmaa> Profa Ms. Ana Eliza Novaes é professora do Instituto Federal de Educação de Ouro Preto. É coordenadora do projeto de extensão LOCAL, DIGITAL,
[14:06] <adelmaa> GLOBAL (financiado pelo Ministério das Comunicações/Secretaria de Inclusão Digital) que oferece oficinas de letramento e cultura digital para professores da
[14:06] <adelmaa> rede pública de ensino de Mariana. Como pesquisadora, investiga a relação entre Linguagem, Leitura e Interação Humano-Computador, buscando a validação de
[14:06] <adelmaa> uma Matriz de Letramento Digital (DIAS, NOVAIS, 2008) para ensino e avaliação dessa categoria de letramento.
[14:07] <adelmaa> A primeira  conferência de hoje se intitula  “Interação e aquisição de segunda língua: uma perspectiva ecológica" que será proferida pela Profª Drª Vera Lucia Menezes de Oliveira e
[14:07] <adelmaa> Paiva - UFMG) e logo em seguida iniciaremos a segunda conferência intitulada  " Remidiação e recursividade na leitura:marcas do digital no impresso" que será proferida pela Profª
[14:07] <adelmaa> MS. Ana Elisa Novaes - IFMG-OP . Cada palestra terá a duração de 30 minutos. Antes do 5 minutos finais os coordenadores STIS avisarão aos palestrantes do tempo.
[14:08] <RODRIGO_> BOA TARDE
[14:08] <adelmaa> Professora Vera Menezes a palavra é toda sua. Seja bem-vinda!
[14:08] <Vera> Boa tarde a todos.
[14:09] <Vera> COmo não estou acostumada a fazer palestra por chat (não gosto de chat) desculpem se der algum erro.
[14:09] <Vera> Os moderadores receberam os slides?
[14:10] <adelmaa> Não. Não recebi não.
[14:10] <Vera> Qiue pena, enviei no começo da semana.
[14:10] <Vera> vamos só no texto então
[14:10] <Vera> Neste apresentação discutirei o papel da interação na aquisição de segunda língua em uma perspectiva ecológica.  Versão ampliada deste texto pode ser encontrada em http://www.veramenezes.com/interecologica.pdf
[14:10] <adelmaa> A senhora poderia nos encaminhar agora via e-mail. Depois que nós conversamos por telefone?
[14:11] <Vera> Agora?
[14:11] <adelmaa> Não recebi e comoa senhora havia medito que nõa saberia se usaria ou não. Não insisti. mas pode mandar agora que inclusiremos.
[14:11] <adelmaa> dani dêseu e-mial por gentileza.
[14:11] <Vera> ok
[14:11] <adelmaa> Dani dê seu e-mail por gentileza.
[14:12] <adelmaa> Pode se rproblema então do meu e-mail.
[14:12] <Dani_Re> oi, Vera, pode me enviar os slides e eu coloco online: daniervelin@gmail.com
[14:12] <Vera> enviei para vocês duas.
[14:12] <adelmaa> Perfeito Dani-Re!!!
[14:12] <Vera> Prossigo então
[14:12] <adelmaa> Com certeza!
[14:13] <Vera> Ninguém tem dúvida de que a interação é essencial para a aquisição, mas, ao optar pela perspectiva ecológica, pretendo demonstrar que há tipos de interação que podem trazer empecilhos ao desenvolvimento da língua.
[14:13] <Vera> Para tanto, utilizo a interação entre plantas em um bioma como metáfora para compreender a interação humana na sala de aula e exemplifico cada tipo com excertos de narrativas de aprendizagem.
[14:13] <Vera> A palavra interação é formada pelo prefixo inter-, que implica união, reciprocidade, e o substantivo ação que indica que a interação é uma atividade mútua, exigindo o envolvimento de pelo menos duas pessoas e provocando efeito recíproco.
[14:13] <Vera> Na linguística aplicada, Ellis (1999, p.1) define interação como "o comportamento social que ocorre quando uma pessoa se comunica com outra ".
[14:14] <Vera>  Ele, também, diz que a interação "pode ocorrer dentro de nossas mentes quando nos envolvemos com um tipo de 'fala privada’, como proposto por Vygotsky (1978), e de forma menos evidente, quando módulos diferentes da mente interagem para construir uma compreensão de ou uma resposta a algum fenômeno".
[14:14] <Vera> De acordo com Lee et al (2009, p. 5) "crucial para a aquisição da linguagem é o que chamamos de “instinto interacional”. Esse instinto é um impulso inato nas crianças para interagir com seus respectivos cuidadores."
[14:14] <Vera> Ellis (1999) também vê a interação como "o principal objetivo para a capacidade de linguagem específica da nossa espécie" e Tomasello (2003, p.2), ressalta que
[14:14] <Vera> "leva muitos anos de interação diária com os falantes maduros para que as crianças atinjam habilidades semelhantes às dos adultos, o que significa um longo período de aprendizagem com mais coisas para serem aprendidas – em várias ordens de magnitude –  do que é exigido de qualquer outra espécie no planeta."
[14:15] <Vera> É bem sabido que a interação é uma característica de qualquer espécie viva. A maioria de nós já viu cães pequenos provocando os grandes; pássaros cantando para chamar seus companheiros ou mesmo para avisar uns aos outros sobre a proximidade de predadores; ou plantas que se deslocam para receber a luz do sol.
[14:15] <Vera> É possível citar vários exemplos de interação na natureza, mas meu objetivo aqui é falar sobre a interação humana.
[14:15] <Vera> Voltando à tese de que a interação é um impulso inato, é possível encontrar vídeos no Youtube que mostram vários pais interagindo com bebês. Um exemplo é Noah De Leon First Interaction caught on câmera (<http://www.youtube.com/watch? v =2KdzybMp7ck> ).
[14:16] <Vera> Esse vídeo mostra a ansiedade de Noah e sua alegria ao interagir com sua mãe
[14:16] <Vera> Noah reage aos estímulos verbais de sua mãe, emitindo sons vocais, sorrindo, e fazendo movimentos diferentes com os braços e a cabeça, em uma interação multimodal.
[14:16] <Vera> Um vídeo (veja em <

;) que se transformou em viral na Internet, mostra dois bebês “conversando”. Eles não sabem falar ainda, mas emitem sons (dadadada); modulam a voz, variando a entonação; riem; fazem movimentos com as mãos e com os pés.
[14:16] <Vera> O mais interessante é que gerenciam turnos com competência e a sobreposição de “fala” é mínima.
[14:17] <Vera> Um experimento intitulado “Still Face Experiment” demonstrou como as crianças reagem quando não conseguem interagir com suas mães. No vídeo narrado por Tronick (Veja em  ), o pesquisador afirma que as crianças são extremamente sensíveis às emoções e reagem à interação social.
[14:17] <Vera> Em um dos experimentos, gravado em vídeo, vemos uma mãe brincando com seu bebê,  mas, de repente, a mãe para de responder. O bebê rapidamente percebe a situação incomum e usa todas as suas habilidades para tentar obter de volta a atenção da mãe.
[14:17] <Vera> Ela sorri para a mãe; aponta para algum lugar, porque a mãe costuma olhar para onde ela aponta; coloca as duas mãos na frente da mãe; e, por fim, grita por não conseguir chamar sua atenção.
[14:18] <Vera> Ela reage com emoção negativa, demonstrando angustia e, consequente, perda de controle que a faz chorar. Finalmente, a mãe torna a lhe dar atenção e a interação é reestabelecida.
[14:18] <Dani_Re> os slides podem ser acessados à direita pelo código: vera
[14:19] <Vera> A interação está no cerne da aprendizagem de línguas, pois aprendemos línguas para construir relações sociais. Na sala de aula, ela funciona como importante apoio para a aprendizagem, mas pode também ocasionar situações embaraçosas.
[14:19] <Vera> A necessidade de interação, de resposta do outro, não se limita aos humanos. Também esperamos reações das máquinas em resposta às nossas ações. Um exemplo é o nosso comportamento em frente a um computador.
[14:19] <Vera> Da mesma forma que o silêncio ou um rosto congelado perturba o participante em uma interação, como mostra a o experimento de Tronick, os computadores também podem perturbar seus usuários se a máquina não lhes der qualquer pista em resposta às suas ações.
[14:19] <Vera> Especialistas em computação levaram em conta o instinto interacional humano e criaram pistas semióticas para nos acalmar.
[14:20] <Vera> Alguns exemplos são um som específico que nos dá feedback sobre ações erradas e uma barra verde que nos informa sobre a progressão do processo de download de  um arquivo.
[14:20] <Vera> Sinais semióticos semelhantes facilitam nossa interação com diversos dispositivos eletrônicos.
[14:20] <Vera> Todos esses sinais são necessários para que possamos esperar pela resposta da máquina sem estresse ou com repetição inútil de ações semelhantes.
[14:20] <Vera> Quem nunca apertou repetidamente o botão do elevador apenas porque não havia indicadores luminosos da execução da ação? Ou quem nunca reenviou uma mensagem, porque não viu na tela a mensagem: "sua mensagem foi enviada com sucesso"?
[14:20] <Vera> Como Lee et al (2009, p.9) apontam, "o ímpeto interacional essencialmente motiva as crianças a  se apegarem e se afiliarem socialmente com os seus cuidadores." Os autores explicam que é nas interações que os padrões gramaticais emergem e que a linguagem é adquirida.
[14:21] <Vera> Eles partem do pressuposto que "mecanismos inatos para criação de laços afetivos, afinidade, e afiliação fazem com que as crianças se engajem em interações suficientes e adequadas para garantir a aquisição da lingua" (2009, vi).
[14:21] <Vera> Os autores reconhecem que "enquanto aquisição da primeira lingua é inevitável para todas as crianças normais, não existe a mesma garantia para a aquisição de segunda língua pelo adulto" (p.170). No entanto, eles concordam que,
[14:21] <adelmaa> Clique em escolha o tipo de atendimento - apresentação slides e depois digite vera ( me minusculo mesmo)
[14:21] <Vera> em condições em que a afiliação social e emocional com falantes da língua alvo é suficientemente forte, aspectos dos mecanismos subjacentes ao instinto interacional podem ser ativados de maneira a facilitar a aprendizagem de segunda língua. (p. 8).
[14:22] <adelmaa> Perfeito! Obrigada!
[14:23] <Vera> A Linguística Aplicada tem enfatizado a importância da interação para a aquisição de segunda língua (ASL). Hatch (1978) e Long (1981, 1996), por exemplo, consideram que a interação é essencial para ASL.
[14:24] <Vera> Hatch discorda que os alunos primeiro aprendem estruturas para então usá-las no discurso. Ela considera a possibilidade inversa. "Aprende-se a conversar, aprende-se a interagir verbalmente, e estruturas sintáticas são desenvolvidas nessa interação”. (p. 404)
[14:24] <Vera> Baseado em um estudo empírico, Long (1981) observou que, em conversas entre falantes nativos e não nativos, há mais modificações na interação do que em dados de falantes nativos.
[14:24] <Vera> Larsen-Freeman e Long (1991, p.266) argumentam que as visões interacionistas são mais poderosas que as outras teorias "porque elas invocam tanto fatores inatos quanto ambientais para explicar a aprendizagem de línguas".
[14:24] <Vera> Também é importante ressaltar que a hipótese interacionista concebe a lingua não apenas como um conjunto de estruturas sintáticas, mas também como discurso.
[14:25] <Vera> Hall (2004, p. 611) explica que o papel da interação não é apenas uma questão de reunir "pessoas para trabalhar em busca de um objetivo comum que leva à transformação", mas de desenvolver relacionamentos interacionais reais.
[14:25] <Vera> Apesar da suma importância dos estudos já realizados sobre interação em sala de aula, gostaria de propor uma visão ecológica da interação e ouvir a voz dos aprendizes sobre a questão.
[14:25] <Vera> Numa abordagem ecológica, a interação será entendida como "a relação entre as espécies que convivem em uma comunidade; especificamente, o efeito que um indivíduo de uma espécie pode gerar em um indivíduo de outra espécie
[14:25] <Vera> Interação em uma perspectiva ecológica
[14:26] <Vera> Como apontado por Leffa (2003, p 2), “ninguém aprende sozinho, como também ninguém cresce, vive, sofre ou morre sozinho; estamos sempre agindo e reagindo com o contexto que nos cerca”.
[14:26] <Vera> Uma abordagem ecológica, como apontada por van Lier (2004), leva em consideração o que está acontecendo no ambiente. Ele explica que "as coisas estão acontecendo o tempo todo, nas escolas, nas salas de aula, em torno de mesas e computadores" (p. 11).
[14:26] <Vera> Na verdade, a aprendizagem pode acontecer em qualquer lugar onde o aluno tiver a possibilidade de ter experiências linguísticas interpessoais ou intrapessoais.
[14:26] <Vera> Vivemos em biomas, em comunidades ecológicas. Uma comunidade ecológica é definida como “um grupo de espécies vivas interagindo de forma real ou potencial em um mesmo local”.
[14:26] <Vera> Para crescer e se reproduzir em nossos biomas precisamos de alguns recursos. A língua é um recurso poderoso para aprendizes que precisam de input linguístico e de interação para adquirir a lingua. A fala de um aprendiz chinês de Inglês ilustra este ponto, dizendo:
[14:27] <Vera> (...) como minha mãe sempre dizia, "a linguagem é tão vital como água e oxigênio, porque o ser humano não pode viver sozinho sem qualquer interação com o mundo exterior. Os humanos necessitam de comunicação com os outros através da língua…” (O texto completo está disponível em http://llhs.wetpaint.com/page/25>;)
[14:27] <Vera> Aprendizes de línguas adicionais em um ambiente linguístico pobre encontram dificuldades na aquisição da lingua. Da mesma forma, de acordo com o texto “Plant Competition"
[14:27] <Vera> "os organismos que vivem em um habitat com recursos escassos, ou estão vivendo com mais organismos do que o habitat pode sustentar, provavelmente, não serão tão bem sucedidos quanto aqueles em melhores habitats e com mais recursos".
[14:28] <Vera> De acordo com esse texto, a escassez de recursos gerará “morte ou, pelo menos, crescimento mínimo". Por analogia, podemos prever que a aprendizagem de uma língua em ambientes pobres, com falta de input e de interação, também levará a um desenvolvimento mínimo.
[14:28] <Vera> Há quatro tipos diferentes de interação entre espécies em um bioma:
[14:29] <Vera> mutualismo (quando as duas espécies se beneficiam da interação); Um exemplo de mutualismo é a interação entre beija-flores e as flores e o consequente processo de polinização. Ambos, pássaros e flores, se beneficiam com essa interação.
[14:29] <Vera> vejam a imagem do beija-flor
[14:29] <Vera> comensalismo (uma espécie se beneficia e a outra não é afetada); Comensalismo pode ser ilustrado por orquídeas e musgos e sua relação com as árvores. Apesar de orquídeas e musgos serem beneficiados pela árvore que as hospeda, esta não é afetada por suas hóspedes.
[14:29] <Vera> competição (cada espécie é afetada negativamente); Mas o que acontece quando plantas crescem muito próximas umas das outras? Nesse caso temos a competição. As plantas vão competir pela luz do sol, por água e nutrientes sob pena de não sobreviverem. Estas plantas não crescem bem como as que crescem com mais espaço. Além disso, algumas delas se saem melhor na competição do que outras.
[14:30] <Vera> predação ou parasitismo (uma espécie se beneficia e a outra fica em desvantagem).      Neste caso, o que é benéfico para um representa desvantagem para o outro. Um exemplo é o gafanhoto que come as plantações.
[14:30] <Vera> Os aprendizes de uma língua adicional também vivem em biomas naturais ou educacionais e adquirem línguas por meio de interações com professores, colegas e usuários da língua, mediados ou não por tecnologia.
[14:30] <Vera> Eles experienciam tipos diferentes de interação que ora contribuem para o desenvolvimento da língua e ora constituem-se como obstáculo.
[14:31] <Vera> A interação na sala de aula na perspectiva ecológica
[14:31] <Vera> Na interação em sala de aula, também podemos encontrar tipos diferentes de interação. Mutualismo, quando ambos os parceiros se beneficiam da interação.
[14:31] <Vera> Ex,Apesar de um aluno ter maior proficiência do que o outro, ele afirma que aprendeu muito ao ensinar o colega
[14:32] <Vera> Poucos aprendizes tem a mesma percepção desse aluno e o mais comum são as descrições de um tipo de comensalismo, quando os menos proficientes se beneficiam da interação sem nenhum benefício para os parceiros mais competentes
[14:32] <Vera> Há ainda um tipo de interação que pode classificada como competição. Ele acontece quando os extrovertidos roubam o turno dos mais tímidos. Algumas vezes, isso acontece até mesmo quando o professor nomeia um aluno com mais dificuldade para tomar o turno.
[14:32] <Vera> Finalmente a interação predatória acontece em casos de bullying, quando o escárnio e o assédio moral silenciam os alunos menos proficientes. Como veremos nas duas narrativas seguintes.
[14:33] <Vera> Lembro-me de uma colega que ao tentar ler num diálogo a seguinte frase: “Excuse me, madam!” ela disse: “Excuse me, mãe!” Foi a piada do dia ou do ano talvez! Até hoje quando a vejo vem-me um misto de dó e vontade de rir ao relembrar da cena. Até hoje a coitada apavora-se com o Inglês, ela foi a minha colega na graduação e sofria como na adolescência. (Disponível em: <http://www.veramenezes.com/pf032.htm>;, acesso em 20 j
[14:33] <Vera> No início eu detestei, muitos colegas satirizavam daqueles que não sabiam nada, e é claro, eu era uma das vítimas. As dificuldades foram inúmeras, pensei em desistir, mas meus pais pediram para dar seguimento, não se importando com os colegas. Através de uma busca instigante por força é que decidi continuar. (Disponível em: <http://www.veramenezes.com/i_lima_030.htm>;, acesso em 20 jan. 2012)
[14:33] <Vera> Além desses quatro tipos de interação, no caso dos seres humanos, outro tipo deve ser incluído na lista: a interação mediada.
[14:33] <Vera> O homem é a única espécie capaz de desenvolver tecnologia para ampliar sua interação dentro e fora do seu próprio bioma. Livros, correio, telégrafo, telefone, TV, rádio, cinema e internet são alguns dos exemplos de artefatos culturais. A maioria desses artefatos tem sido utilizada na educação para melhorar a interação na sala de aula, principalmente nas aulas de língua.
[14:34] <Vera> Eu gostaria de avançar na perspectiva ecológica e afirmar que a interação em sala de aula não é suficiente para SLA. A pesquisa com narrativas de aprendizagem (MURPHEY, 1997, 1998; MENEZES, 2008; MURRAY, 2009) tem demonstrado a importância da interação em ambientes naturais para ASL
[14:34] <Vera> O mesmo estudante chinês, que considera a linguagem como um recurso vital também disse: "não podemos usar apenas o chinês para se comunicar com as pessoas cujas origens são semelhantes às nossas para o resto de nossas vidas".
[14:35] <Vera> Outro estudante chinês destacou a importância da interação com falantes mais proficientes  e disse: "eu fiz alguns amigos entre os colegas que são falantes nativos de Inglês e aqueles que estudaram no exterior, e eu tenho mais chance de falar Inglês.
[14:35] <Vera> Interagindo com eles, eu me torno mais fluente” (Narrativa completa em: <http://llhs.wetpaint.com/page/29>;).
[14:35] <Vera> De fato, os seres humanos podem viver em diferentes biomas da Terra e estão fazendo tentativas para viver em outros espaços do universo.
[14:35] <Vera> Como a língua é o nosso principal recurso comunicativo, é necessário aprender outras línguas para interagir dentro do nosso bioma natural e em outros biomas com as quais temos contato. Empoderados pelas novas tecnologias, os alunos podem ampliar suas experiências interacionais e ir além das paredes da sala de aula.
[14:36] <Vera> Nós todos sabemos que a interação em sala de aula ainda não recebeu a atenção que merece em nossas escolas. Em minha pesquisa narrativa (PAIVA, 2007 e MENEZES, 2008), registro que os narradores repetidamente se queixam da falta de interação em sala de aula.
[14:36] <Vera> Um deles disse: "Eu não acho que meu curso era bastante comunicativo. Faltou mais interação, linguagem funcional, dramatizações e dinamismo. O foco foi mais sobre gramática". Poucos narradores falam sobre experiências interativas positivas em escolas regulares,
[14:36] <Vera> O que chama minha atenção quando leio as narrativas em meu corpus é como as experiências interacionais fora da escola contribuem para a aquisição da lingua
[14:36] <Vera> Um exemplo representativo é dado por um estudante que também é um competidor de skate. Veja o que ele diz:
[14:37] <Vera> Na verdade o skate tem sido uma 'catapulta' para o meu processo de aprendizagem de Inglês. É comum encontrar falantes nativos de inglês em competições de skate, então eu tinha que me comunicar com eles, a fim comentar sobre a competição, ou mesmo sobre a minha própria apresentação, por exemplo.
[14:37] <Vera> Os primeiros passos estão, então, relacionados com o processo de aprendizagem comunicativa, pois o uso real da lingua era necessário para a comunicação. Gírias e jargões eram usados o tempo todo, e eu não sabia exatamente o que eles queriam dizer, mas eu podia entender o seu significado através do contexto em que estávamos.
[14:37] <Vera> Depois disso, meu interesse pelo inglês aumentou em muitos aspectos, tais como a música, arte e esportes, o que é apenas a continuidade do processo que começou quando eu era criança.  (Disponível em: http://www.veramenezes.com/i001.htm)
[14:37] <Vera> Outro exemplo significativo é narrado por um aprendiz de língua espanhola que gosta de futebol e começou a procurar mais informações sobre as equipes sul-americanas em diferentes países.
[14:37] <Vera> Ele diz que, fazendo pesquisa sobre os diversos times, ele entrou em contato com as músicas que os fãs costumavam cantar durante as competições. Ele, então, decidiu aprender espanhol para entender as letras. (ver narrativa completa em <http://www.veramenezes.com/audio06e.htm>;)
[14:38] <Vera> Muitos outros exemplos podem ser encontrados em nosso banco de dados, mas os relatos aqui reproduzidos são suficientes para compreendermos que as oportunidades de interação não são as mesmas para todos os alunos e que a interação em sala de aula, além de insuficiente pode trazer constrangimentos para alguns alunos.
[14:38] <Vera> Considerações finais
[14:38] <Vera> Não é minha intenção minimizar o papel da interação na sala de aula, mas, no meu corpus de narrativas de aprendizagem de línguas, os alunos com oportunidades de interação em contextos fora da sala de aula dizem que essas experiências representaram uma guinada em seu processo de ASL.
[14:38] <Vera> Essas histórias indicam que os alunos só se tornam fluentes se eles têm a oportunidade de ampliar suas percepções como usuários da língua e se se engajarem em práticas sociais de linguagem autênticas.
[14:38] <Vera> Minha suposição é que nós, como professores, podemos colaborar para ampliar o acesso a outros os biomas por nossos alunos, colocando-os em contato com outros aprendizes ou falantes em ambientes mediados pela tecnologia.
[14:39] <Vera> Vários exemplos podem ser mencionados aqui. Um deles é o projeto International Writing Exchange (Disponível em: <http://www.writeit.to/>;), coordenado por Ruth Vilmi, em Helsinki.
[14:39] <Vera> Um exemplo brasileiro é o Projeto Teletandem, coordenado por João Telles da UNESP, onde pares de alunos trabalham juntos, ensinando sua própria língua e aprendendo a língua do parceiro, ao mesmo tempo.
[14:39] <Vera> Um terceiro exemplo é o projeto Ibunka, coordenado por Watanabe, no Japão. Seu projeto reúne grupos de estudantes e seus professores em diferentes partes do mundo para trocar pontos de vista sobre as diferentes questões culturais. As atividades envolvem um fórum de discussão, sessões de chat e trocas de video letters.
[14:39] <Vera> Mas como nem toda interação traz benefícios, considero que investigar a interação no ambiente educacional na perspectiva ecológica pode nos ajudar a entender que a sala de aula funciona como um bioma natural e as interações não acontecem apenas para ajudar no desenvolvimento da aprendizagem.
[14:39] <Vera> A sala de aula também é uma arena de disputa de poder onde competições e atitudes predatórias acontecem.
[14:40] <Vera> As pesquisas apoiadas pela teoria sociocultural, geralmente, limitam-se a defender a importância da colaboração e ignoram os tipos de interação que impedem o desenvolvimento do aprendiz.
[14:40] <Vera> Considero relevante que futuras pesquisas se debrucem sobre esse tema e procurem soluções para o problema da competição e da interação predatória.
[14:40] <Vera> Além disse é importante ainda refletir sobre o par mais competente e verificar se esse tipo de interação se constitui em mutualismo ou comensalismo.
[14:40] <Vera> Afinal todos os alunos devem ter oportunidade de desenvolvimento.
[14:41] <Vera> O texto completo e as referências estão no link dado no início.
[14:41] <Vera> Obrigada!
[14:41] <adelmaa> Clap Clap Clap Clap Clap (ovação online). Esta é uma verdadeira Aula Magna no nobre sentido da expressão.,
[14:41] <Dani_Re> Muito obrigada, profa. Vera!
[14:41] <Dani_Re> Acredito que as perguntas vão ser mais interessantes depois da segunda apresentação, de forma a prever mais interação, não é?
[14:42] <Dani_Re> smile
[14:42] <Vera> ok
[14:42] <Dani_Re> Profa. Ana Elisa Novais, está pronta?
[14:42] <anaelisanovais> Sim, estou pronta!
[14:43] <Dani_Re> a palavra é sua então!
[14:43] <anaelisanovais> Qual o código para acessar os slides?
[14:43] <Dani_Re> novais
[14:43] <anaelisanovais> ok
[14:43] <Dani_Re> mudem o código à direita, por favor, para: novais
[14:43] <Woodsonfc> Pessoal, as perguntas e manifestações só serão pelos palestrantes vistas após a segunda apresentação
[14:43] <anaelisanovais> gostaria de pedir a todos para já abrir os slides, pois aqui, pelo menos, o acesso ficou um pouco lento no começo, e vamos precisar alternar entre algumas telas (indo e voltando)
[14:43] <anaelisanovais> mas vai dar tudo certo, rs
[14:44] <anaelisanovais> Bom, boa tarde a todos!
[14:44] <anaelisanovais> Agradeço imensamente à professora Adelma Araújo pelo convite, e a todos os integrantes do Grupo Texto Livre. Um convite realmente muito especial, principalmente pela oportunidade de dividir este momento com a professora Vera Menezes.
[14:44] <anaelisanovais> Tenho participado de um grupo de estudos sobre complexidade e sistemas adaptativos complexos, juntamente com a professora Vera e outros pesquisadores, e as leituras têm me deixado bastante entusiasmada.
[14:45] <anaelisanovais> Tal entusiasmo me fez arriscar escrever este artigo, há muito engavetado por falta de tempo e de um viés realmente interessante para engatilhar a discussão.
[14:45] <anaelisanovais> A “lente” da complexidade se apresenta como essencial para a compreensão dos processos pelos quais tenho me interessado: a leitura e a escrita em ambientes digitais.
[14:45] <anaelisanovais> A minha fala de hoje é uma proposta de estender uma discussão que eu e a professora Carla Coscarelli iniciamos em um artigo chamado “Leitura: um processo cada vez mais complexo”.  http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/8118/5807
[14:45] <anaelisanovais> Nesse texto, apresentamos as pesquisas de mestrado e doutorado orientadas pela professora Coscarelli, buscando aproximar os resultados da pesquisa aos estudos sobre sistemas complexos.
[14:46] <anaelisanovais> Foi um estudo bem inicial, embrionário mesmo, no qual tentamos definir a leitura como um sistema adaptativo complexo (SAC): dinâmico, aberto, auto-organizado, não linear e recursivo.
[14:46] <anaelisanovais> Hoje, selecionei alguns textos que tenho colecionado há algum tempo, principalmente com a intenção de utilizá-los em sala de aula, com os alunos. Acredito muito as habilidades caras ao letramento digital podem ser formadas em aulas off-line, sem computadores e internet.
[14:46] <anaelisanovais> Pelo que vocês então avancem os slides, e vejam as duas imagens que se seguem.
[14:46] <anaelisanovais> São os slides 2 e 3 (não tem numeração, mas são os dois próximos).
[14:47] <anaelisanovais> Acho que muita gente conhece o primeiro texto, o segundo é mais restrito.
[14:47] <anaelisanovais> O primeiro deles é um remix típico desses que aparecem no Facebook, mas o segundo é uma peça publicitária feita para circular em revistas impressas.
[14:47] <anaelisanovais> Tenho percebido que muitos textos impressos têm “imitado” as interfaces digitais, pegando emprestadas certas marcas típicas desses ambientes para construir os mais diferentes efeitos de sentido.
[14:47] <anaelisanovais> Mesmo os que circulam pelo Facebook, Tumblr ou outras redes sociais, são textos “bidimensionais”, ou “não-navegáveis”, ou seja: apropriam-se de elementos tipicamente ligados à navegação digital (ícones, botões, janelas, etc.), utilizando-os em outros contextos, fora dos processos de navegação.
[14:48] <anaelisanovais> Essa presença constante do mundo “virtual” nos meios de comunicação mais tradicionais, como os impressos, indica que, mesmo para ler o impresso, o leitor precisa ter, atualmente, conhecimentos sobre o digital.
[14:48] <anaelisanovais> Bom, para discutir esses textos vou tentar relacionar dois conceitos diferentes.
[14:49] <anaelisanovais> Primeiro, o conceito de remidiação (BOLTER, GRUISIN, 2000), ligado ao processo enunciativo (ou produção de conteúdo, ou escrita mesmo).
[14:49] <anaelisanovais> Em seguida, a propriedade de recursão ou recursividade (principalmente em PAIVA, NASCIMENTO, 2009), ligada ao processamento cognitivo desses textos.
[14:49] <anaelisanovais> A proposta é pensar como a remidiação, um processo natural que ocorre dentro dos sistemas de mídia, faz emergir a propriedade recursiva da leitura, entendida como SAC.
[14:49] <anaelisanovais> Vamos falar um pouco sobre remidiação
[14:49] <anaelisanovais> Nos dias de hoje, o leitor tem, ao menos potencialmente, uma gama muito rica e intensa de modos de ler, pois os textos se multiplicam nos mais diferentes meios. Mais além, os meios também sofrem influência uns dos outros, ou são representados de forma diferente.
[14:50] <anaelisanovais> Remidiação é basicamente a ação de representar um meio em outro.
[14:50] <anaelisanovais> Os meios estão em constante evolução. Essa evolução se opera por meio de filiações, quando as mídias precisam “pedir emprestadas” marcas típicas e genuínas, até se estabilizarem, ou novamente se reorganizarem.
[14:50] <anaelisanovais> Bolter e Gruisin (2000) defendem que toda mediação é remidiação (a escrita é remidiação da fala, por exemplo).
[14:50] <anaelisanovais> Segundo os autores, todas as mídias que existem funcionam como remidiadoras, e essa remidiação nos fornece meios para interpretar o funcionamento das mídias anteriores.
[14:50] <anaelisanovais> Nossa cultura conceitua cada mídia ou constelação de mídias a partir do modo como estas respondem, reorganizam e competem a reconfiguração de mídias.
[14:50] <anaelisanovais> Esse processo - a remidiação - não surge, é claro, com a mídia digital. A criação de novas mídias sempre veio acompanhada de uma reformulação de técnicas diferentes.
[14:51] <anaelisanovais> A televisão, por exemplo, bem buscado se remodelar para alcançar a internet e os canais pagos. Basta a gente pensar em programas e começam a integrar a linguagem da internet ou o sucesso do youtube.
[14:51] <anaelisanovais> Pelo que avancem mais 1 slide
[14:51] <anaelisanovais> Estão vendo agora uma primeira página do jornal Estado de Minas?
[14:52] <anaelisanovais> Os impressos também têm tentado acompanhar a evolução provocada pelo avanço das tecnologias digitais. O tempo todo vemos revistas, jornais e livros que “brincam” de se parecer com outros meios, como a televisão e a internet. Tanto no estilo de escrita, na temática, quanto na aparência.
[14:52] <Woodsonfc> Sim
[14:52] <anaelisanovais> Tem revista que imita blog, site que imita página de livro (até com barulho de virar a página!), programa de TV que mostra janelas clicáveis na programação, etc. Os exemplos são muitos!
[14:52] <anaelisanovais> ótimo
[14:52] <anaelisanovais> A capa do jornal Estado de Minas traz uma carta ao cantor e compositor Chico Buarque, quando da última rodada de shows dele em Belo Horizonte. É uma carta de boas vindas, que promove um diálogo com várias músicas do autor. “Meu caro amigo”, por exemplo, aparece no título como “Meu caro Chico”.
[14:52] <anaelisanovais> Aqui, um exemplo de gêneros intercalados, ou gêneros híbridos.
[14:53] <anaelisanovais> Na sessão “Superesportes”, outro exemplo, as notícias sobre futebol são apresentadas com uma versão/paródia de uma das letras de Chico Buarque: “aqui na terra estamos tentando jogar futebol”. Muitos outros exemplos como esse aparecem.
[14:54] <anaelisanovais> tá bem pequeno... não dá pra ler, mas podem confiar, está lá, rs
[14:54] <anaelisanovais> o "Meu caro Chico" está bem visivel
[14:54] <anaelisanovais> Reparem que essa apropriação não se dá apenas no nível do texto verbal. Toda a primeira página desloca o leitor da formalidade e organicidade típica de um periódico impresso de grande circulação, para um universo mais pessoal, materializado tanto na tipologia escolhida (que reproduz a escrita manuscrita) quanto na disposição das fotos, das legendas e de outros elementos como a caneta e a xícara de café.
[14:54] <anaelisanovais> O jornal, “remidiado”, em certa medida, pela integração do gênero carta pessoal e pela utilização das letras de música de Chico Buarque, exige do leitor uma quebra de expectativas em relação ao que ele conhece sobre primeiras páginas de jornais impressos.
[14:54] <anaelisanovais> Essa quebra de expectativas pode ser tomada, do ponto de vista cognitivo, como uma atividade de auto-organização, propriedade essencial da leitura como um SAC.
[14:55] <anaelisanovais> A partir dessa atividade, cada leitor vai acionar elos referenciais adequados ao seu conhecimento sobre as músicas do Chico Buarque, às suas experiências de leitura de cartas pessoais, ou mesmo às suas experiências de mundo (porque não?).
[14:55] <anaelisanovais> Como nos lembra bem a Ana Elisa Ribeiro, os leitores atuais “precisam ter uma relação suficientemente estável para que a leitura seja possível, mas suficientemente flexível para que novas experiências possam ser incorporadas”.
[14:56] <anaelisanovais> Como disse, esse é um exemplo de gêneros intercalados, ou gêneros híbridos, de Bakhtin, se pensássemos em fotografias, cartas, letras de música e primeiras páginas de jornais como gêneros típicos do meio impresso.
[14:56] <anaelisanovais> Minha intenção nesse exemplo é justamente diferenciar essa prática do processo de remidiação, mais bem explorado no slide seguinte.
[14:56] <anaelisanovais> Por favor, avancem mais um slide, e verão um cartaz com a logo do youtube.
[14:57] <anaelisanovais> Uma festa chamada Youtube Fest? Que usa a logomarca da rede social de vídeos da internet para promover o evento? Aí sim, o impresso (cartaz, no caso) está pegando emprestado não só uma marca do digital, mas também todo o “prestígio”, digamos assim, da rede social, para “bombar” a tal festa. Repare o cartaz também traz outra construção genuinamente digital, as hashtags.
[14:57] <anaelisanovais> #tabombandonanet
[14:57] <anaelisanovais> Mais um exemplo, avancem para o próximo slide, por favor
[14:58] <anaelisanovais> uma primeira página de jornal IMPRESSO, que preferiu manter um texto tipicamente DIGITAL, o e-mail, dentro do seu formato original, o e-mail, para informar melhor o leitor sobre os desdobramentos da notícia.
[14:58] <anaelisanovais> Ao invés de detalhar o fato da primeira página, o jornal Correio preferiu reproduzir um e-mail que a personagem da matéria (mãe do aluno), teria enviado à direção da escola.
[14:59] <anaelisanovais> Bom, a remidiação então parece ser um conceito mais amplo do que o conceito de gêneros híbridos/intercalados, porque opera não só no nível dos textos, mas dos meios, e do que eles significam para os leitores. Mas, como vimos, os dois conceitos estão totalmente relacionados.
[14:59] <anaelisanovais> Do ponto de vista cognitivo, ambos os processos enunciativos (gêneros híbridos ou remidiações) operam no leitor processamentos recursivos, auto-organizadores e abertos, como veremos a seguir.
[14:59] <anaelisanovais> Agora, vou tentar discutir como esse processo acontece do digital para o impresso, com textos que se apropriam de marcas típicas dos ambientes digitais (botões, ícones, setas, jantelas, barras de rolagem, barras de progresso, etc.).
[14:59] <anaelisanovais> Mas antes disso vou tentar falar mais um pouco sobre a propriedade de recursão,  fundamentada principalmente em um artigo dos professores Vera Menezes Paiva e Milton do Nascimento, chamado “Hipertexto e complexidade” (2009).
[15:00] <anaelisanovais> Há uma brincadeira geek super interessante sobre a ideia de recursão, que é a seguinte: "Para entender a recursão, a pessoa deve primeiro entender a recursão."
[15:00] <anaelisanovais> A ideia de recursão, ou recursividade, está ligada à idéia de circuito/retroação. Basicamente, é a propriedade que tem os sistemas complexos de retomar um estado inicial, a partir do estado final.
[15:00] <anaelisanovais> Recursividade, para Paiva e Nascimento, (2009) é uma propriedade dos SACs ligada à noção de hipertextualidade, ou a construção de links (cadeias referenciais) durante o processamento cognitivo da leitura.
[15:00] <anaelisanovais> Neste artigo, os autores defendem que a hipertextualidade seja compreendida como uma instanciação do princípio da recursão, visto como uma propriedade básica dos SACs, “uma condição necessária à auto-organização de espaços referenciais emergentes na produção do texto/sentido”. (p. 522).
[15:00] <anaelisanovais> Dada a característica dinâmica, aberta e não-linear dos sistemas complexos, já que operam recebendo energias externas ao sistema a todo o tempo, a ideia de circuito retroativo torna-se essencial nesse processo.
[15:00] <anaelisanovais> Dinamicidade dos sistemas complexos: reflexo de um processo de organização, de seus elementos constituintes, da qual emerge sempre uma ordem: unidade constituinte de um todo.
[15:00] <anaelisanovais> Para Larsen-Freeman e Cameron (2008, p.29), o dinamismo é uma das características fundamentais dos sistemas complexos e significa mudança constante. Sendo assim, um sistema complexo nunca se estabiliza completamente, e, portanto, não atinge uma organização que seja definitiva.
[15:01] <anaelisanovais> É assim que entendo a leitura, como um sistema que se modifica a cada input, durante todo o processamento e que faz emergir estruturas, significados, que não podem ser encontrados separados no processamento das partes e que não são parte integrante e explícita do texto lido.
[15:01] <anaelisanovais> O “esforço retroativo” do sistema manifesta-se de forma dinâmica. O fim do processo alimenta o início: o estado final se tornando de alguma forma o estado inicial, mesmo permanecendo final. E o estado inicial se tornando final, mesmo permanecendo final. (MORIN, 2001 p. 227 e 231, apud Paiva, Nascimento, 2009, p. 527)
[15:01] <anaelisanovais> Qual o “efeito final” ou “estado inicial” no nosso caso?
[15:01] <anaelisanovais> Sabemos que os leitores precisam recorrer ao conhecimento prévio para construir sentidos para o texto.
[15:01] <anaelisanovais> Esse conhecimento prévio está relacionado ao seu conhecimento de mundo, aos textos que leu, ao tema do texto, ao gênero textual, entre outros.
[15:02] <anaelisanovais> No caso dos textos que apresento aqui (podem navegar pelos próximos slides à vontade!), o leitor precisa recorrer também a conhecimentos específicos da interação em ambientes digitais.
[15:02] <anaelisanovais> menos os três próximos, vou falar deles daqui a pouco
[15:02] <anaelisanovais> (icones, botões, etc.)
[15:02] <anaelisanovais> Então, para ler um texto impresso, cujas práticas já estão (estariam?) estabilizadas pelos leitores, o leitor cria determinadas expectativas (estado inicial).
[15:03] <anaelisanovais> Mas, aos se deparar com textos como esse, o leitor precisa, para ler, recorrer a seus conhecimentos sobre navegação.
[15:03] <anaelisanovais> Nesses textos, aparecem, pontualmente, elementos das interfaces gráficas digitais. Porque esses não são textos “navegáveis”, a natureza dos signos é recolocada, e seus sentidos se alteram.
[15:03] <anaelisanovais> Não se tratam mais de signos metalingüísticos (um comando que se autoexplica), mas elementos gráficos que compõe um texto multimodal. Tais elementos assumem uma significação totalmente nova, diferente da original, quando integravam as interfaces digitais.
[15:03] <anaelisanovais> Acharam o slide com um cartaz das manifestações?
[15:03] <anaelisanovais> para ler o cartaz de protesto, o leitor precisa saber o que significa “político_gov.exe”.
[15:03] <anaelisanovais> Essa compreensão só terá sucesso se o leitor recorrer a seus conhecimentos do universo digital.
[15:03] <anaelisanovais> Mas, como a leitura é um processo dinâmico e altamente adaptativo, o leitor, mesmo não conhecendo as extensões de arquivos executáveis (.exe) pode se aproximar do sentido pretendido pelo leitor com a palavra “político” e a abreviação _gov (governamental, governo, etc.).
[15:04] <anaelisanovais> O leitor precisa entender que o cartaz reproduz uma janela de sistema operacional, e que as palavras “Conformar-se” e “Lutar” são opções que o produtor dos textos dá ao leitor (já que estão em forma de botões).
[15:04] <anaelisanovais> A compreensão plena de um texto como esse só acontece quando a integração dos conhecimentos operar recursivamente, ou seja: quando seus conhecimentos sobre navegação forem utilizados como input (estado inicial) na leitura.
[15:04] <anaelisanovais> tá dando pra acompanhar, pelos slides?
[15:04] <anaelisanovais> agora queria que vocês chegassem ao slide da área de trabalho do computador, cheia de ícones
[15:04] <anaelisanovais> uma propaganda de agência de viagens. Só ao reconhecer a imagem como a área de trabalho de um computador, a mensagem pretendida pelos publicitários faz sentido.
[15:05] <anaelisanovais> Sabe aquele com o ônibus lotado?
[15:05] <anaelisanovais> Ali, o leitor precisa  relacionar ícone, extensão do arquivo (.rar) ao nome do arquivo (onibus.rar) para compreender a ironia com a imagem do ônibus lotado (arquivos .rar são arquivos compactados).
[15:05] <Dani_Re> está sim, anaelisanovais
[15:05] <anaelisanovais> ;)
[15:05] <anaelisanovais> Até aqui, parece que esses processos recursivos, quando o digital aparece remidiado no impresso, exiges do leitor apenas o reconhecimento de ícones e outros elementos da tela.
[15:06] <anaelisanovais> Mas, como veremos, o leitor desses textos precisa trabalhar um pouco mais.
[15:06] <anaelisanovais> Pra entender esse "esforço" do leitor, é preciso falar de navegação.
[15:06] <anaelisanovais> A navegação é um processo cognitivo, ligado à leitura, que ocorre tanto em textos impressos quanto digitais, e que se configura de maneira diferente em cada um dos meios.
[15:06] <anaelisanovais> No mestrado, defendi que a navegação envolve muito mais do que o reconhecimento simples dos elementos da tela (ícones, janelas, botões, etc.).
[15:06] <Dani_Re> anaelisanovais, estão pedindo para ir um pouco mais devagar, por favor
[15:07] <anaelisanovais> ok!!!
[15:07] <anaelisanovais> tô acabando
[15:07] <anaelisanovais> bom, então continuamos, com a noção de navegação
[15:07] <anaelisanovais> Para navegar bem, o leitor digital precisa entender que as interfaces possuem uma forma de organização própria, que se manifesta de forma estável, previsível e coerente.
[15:08] <anaelisanovais> Chamei essa organização de gramática da interface. (Novais, 2008)
[15:08] <anaelisanovais> não basta apenas identificar os ícones, é preciso entender como cada elemento da interface digital aparece nas situações de navegação: ativado, desativado, disponível, indisponível, etc.
[15:09] <anaelisanovais> A questão é que mesmo no impresso o leitor precisa recorrer aos seus conhecimentos como navegador.
[15:09] <Woodsonfc> anaelisanovais esse eu não achei, achei o do Youtube Fest e outros!
[15:10] <anaelisanovais> Vejam o slide com duas janelas, cujo destaque está em "Installing democracy"
[15:10] <anaelisanovais> Woodsonfc, estão mais para o final... que pena que não aparece nenhum número aqui... vou tentar te falar pelo número
[15:11] <anaelisanovais> do 11 em diante
[15:11] <Woodsonfc> tá
[15:11] <anaelisanovais> agora queria falar especificamente do 11 e do 12
[15:11] <anaelisanovais> o 12 é o "Installing democracy"
[15:11] <Vera> eu tb não achei
[15:11] <anaelisanovais> ;(
[15:11] <Woodsonfc> Achei está bem lá na frente
[15:11] <Vera> achei
[15:12] <anaelisanovais> ;)
[15:12] <anaelisanovais> Nesse caso aqui (installing democracy)
[15:12] <Woodsonfc> após o install Democracy
[15:12] <anaelisanovais> a diferença é que o leitor não precisa apenas identificar ícones, janelas, etc.
[15:12] <anaelisanovais> ele precisa entender um processo que acontece no computador
[15:13] <anaelisanovais> mesmo o texto estando em um cartaz!
[15:13] <Woodsonfc> é o 13 aquele de que estava falando
[15:14] <anaelisanovais> O texto só funciona se o leitor entende o processo digital que está sendo "recolocado" no cartaz, para informar que o sistema "Democracia" não deu certo!
[15:14] <anaelisanovais> Agora voltem 1 slide, por favor.
[15:14] <anaelisanovais> Um menino sorrindo, com um menu acionado em "Salvar Destino Como"
[15:14] <anaelisanovais> ok?
[15:14] <anaelisanovais> esse é o último exemplo q vou discutir
[15:14] <Dani_Re> ok
[15:15] <anaelisanovais> Nessa propaganda (vinculada em revistas impressas)
[15:15] <anaelisanovais> o leitor só compreende o texto quando relaciona a imagem ao menu de contexto, acionado, na interface digital de sistemas operacionais como o Windows, quando clicamos com o botão direito do mouse sobre alguns elementos.
[15:15] <anaelisanovais> No caso dessa peça publicitária, o menu está ativado na opção “Salvar destino como”. Este sintagma, que no contexto da navegação significa armazenar o objeto em determinado dispositivo de memória no computador, na publicidade assume significação totalmente diferente.
[15:15] <anaelisanovais> Mas, para concretizar essa leitura, o leitor precisa, recursivamente, de forma auto-organizada, recorrer a seus conhecimentos de navegador.
[15:15] <anaelisanovais> Não só identificar os elementos na tela, mas relacioná-los de forma integrada.
[15:15] <anaelisanovais> Para ler esses textos, remidiados, o leitor precisa operar recursivamente. As operações cognitivas que ele precisa realizar são recursivas porque ele precisa buscar referências de suas práticas como navegador.
[15:16] <anaelisanovais> As práticas de navegação alimentam as práticas de leitura.
[15:16] <anaelisanovais> E precisa não apenas identificar os ícones, mas também entender como aqueles elementos estão orquestrados no texto. Mesmo lendo textos “não navegáveis”, o leitor precisa recorrer aos seus conhecimentos de navegador.
[15:16] <anaelisanovais> Para concluir, espero que meus exemplos – e os conceitos que apresentei, mesmo que superficialmente aqui – possam operar recursivamente em relação ao artigo “Leitura, um processo cada vez mais complexo”.
[15:16] <anaelisanovais> Na verdade, a leitura é um processo complexo (ponto final).
[15:17] <anaelisanovais> O "cada vez" fica por conta das mudanças rápidas e "sagazes" que acontecem dentro da cultura digital.
[15:17] <anaelisanovais> Só pra lembrar, "complexo" não é sinônimo de "complicado" ou "difícil".
[15:18] <anaelisanovais> Um sistema é complexo quando trabalha com vários elementos e agentes ao mesmo tempo.
[15:18] <anaelisanovais> A leitura, como um sistema complexo, auto-organizador, opera pela recursão, e por isso é não-linear, aberta e dinâmica.
[15:18] <anaelisanovais> A leitura, portanto, é um sistema “fora do equilíbrio”, que precisa a todo o momento ser atualizada, pois o sistema de mídias, assim como as línguas, justamente porque são constructos sociais, estão sempre em movimento, se atualizando e se modificando, no e para o desenvolvimento tecnológico.
[15:18] <anaelisanovais> Bom, é isso.
[15:18] <anaelisanovais> Desculpe a correria e o desencontro nos slides...
[15:18] <anaelisanovais> Obrigada!!!!
[15:18] <Dani_Re> muito obrigada!
[15:18] <Dani_Re> a sala está agora aberta para perguntas, comentários...
[15:19] <vanessabarreto> Posso?
[15:19] <mirthys> Um fato muito importante, na minha opinião, foi a utilização de conceitos como comensalismo, predação, competição e mutualismo, aplicados a relações humanas. Achei um comparativo muito interessante e altamente adequado. Porque, a partir do ponto que temos um modelo comparativo adequado, nos possibilita estudar o fenômeno de forma mais clara.
[15:19] <adelmaa> CLap clap clap clap clap! Excelente conferência Profa Ana Elisa, parabéns!
[15:19] <Woodsonfc> Do menino é o  slade 10
[15:19] <marcelo> Poderiamos pensar que os sistemas complexos são compostos por elementos externos ao texto, assim como os internos?
[15:20] <anaelisanovais> Woodsonfc, eu contei com a capa ;(
[15:20] <FatimaF> Parabéns, achei muito interessantes
[15:20] <Dani_Re> vanessabarreto, pode!
[15:20] <Felipe__> acredito que dentro de sistemas complexos podem haver outros sistemas complexos menores
[15:20] <Felipe__> sub sistemas
[15:21] <Felipe__> (resposta para marcelo)
[15:21] <anaelisanovais> marcelo, com certeza. já ia dizer que a fala do Felipe__ ajuda a responder, rs.
[15:21] <neffer> Muita boa a exposição! Parabéns!
[15:21] <Woodsonfc> Clap Clap Clap anaelisanovais nós é que pedimos desculpas pela nossa falha em não colocar numeração nos Slades
[15:22] <Felipe__> excelente !
[15:22] <midias> Oi! Cara profa. Ana elisa participou da banca de uma aluna de dr. da professora silvânia nascimento-fa-ufmg quando alertou sobre o tema que discorreu e pontuou como as normas da ABNT são "subertidas"nessa camuflagens entre as midias para usar u termo da ecologia...comente por favor
[15:22] <BrunoForgiarini_> Clap cla clap artigo muito bem apresentado
[15:22] <anaelisanovais> Claro que a prof. Vera pode responder a vocês muito melhor do que eu, mas vou me arriscar a dizer que a noção de subsistemas é recorrente nos estudos sobre sistemas complexos.
[15:22] <Woodsonfc> Perguntas por favor e diga a quem irão se dirigir!
[15:22] <vanessabarreto> Gostaria de agradecer a oportunidade de partilha de conhecimento e a generosidade das professoras Vera e Ana Elisa. Ministro neste semestre a disciplina de LA para o 4 período de Letras Inglês da Unimontes e os estudos de Rod Ellis nos têm sido muito úteis. Gostaria de indagar a professora Vera se, conscientes das limitações da interação em sala de aula, poderíamos concluir que interações fora desse contexto não ser
[15:22] <Vera> Muito interessante essa demonstração de como os elementos de uma mídia interagem com a outra mostrando que os gêneros como sistemas complexos são "relativamente estáveis" e por isso abertos a outros elementos
[15:22] <vanessabarreto> funcionais que as da sala de aula?
[15:23] <anaelisanovais> E que todo sistema complexo, justamente por ser dinâmico e aberto, recebe interferências de outros sistemas.
[15:23] <anaelisanovais> Isso, prof. Vera!
[15:23] <Vera> Vanessa, vc pode reformular sua pergunta? Eu não entendi bem.
[15:23] <Felipe__> muito interessante. Os estudos em complexidade estão trazendo grandes contribuições para nossa área.
[15:24] <valeska> Vera, essa terminologia línguas adicionais é o termo usado para L2 hoje?
[15:24] <Vera> Sim, a tendência é usar língua adicional.
[15:25] <Marilane> Em referência à conferência da Vera Menezes, gostaria de comentar que ainda não conhecia os termos predação, comensalismo relativos à aprendizagem. Achei muito interessante considerá-los, pois com o "Trabalho colaborativo" em moda, buscamos apenas exemplos de mutualismo e isto não ocorre o tempo todo.
[15:25] <Woodsonfc> vanessabarreto reformule a pergunta por favor!
[15:25] <marcelo> podemos considerar a "linguagem da informática" como L2, então?
[15:26] <Vera> Pois é, Marilane, em outro texto digo, plageando Sartre, que "o inferno são os outros". A colaboração sem problemas só acontece na teoria sociocultural
[15:26] <anaelisanovais> Gostaria de chamar a atenção para uma questão importante levantada pela prof. Vera Menezes, em relação aos ambientes "pobres" de aprendizagem. A escassez de recursos faz a gente deixar de lado o letramento digital. E esses textos que trouxe mostram que é possível falar de letramento digiaal sem computador!!!
[15:26] <vanessabarreto> Sim, Vera! Considerando as interações em sala de aula como possibilidades limitadas de aquisição da língua, poderíamos pensar nas interações fora desse contexto, tais como, na música,  nos jogos eletrônicos, na internet, como não meramente complementares à aquisição da L2, porém como oportunidades necessárias à um desejável nível de proficiência?
[15:27] <anaelisanovais> marcelo, o Pierre Levy tem um texto chamado "Ideografia Dinâmica". Nesse livro, ele trata a interface quase que como um esperanto.
[15:28] <Vera> Qual a linguagem de computador, Marcelo? Programação?
[15:28] <anaelisanovais> Eu tenho algumas restrições quanto ao livro, mas acho que todas as associações entre letramento digital (do ponto de vista do ensino) e aquisição de "língua adicional" são super bem vindas. Já vi muitos trabalhos bacanas nessa linha.
[15:28] <vhrss> Professoras agradeço pelas palestras, meu nome é Vitor Hugo Rodrigues dos Santos polo ipatinga.Pós-Graduação em Mídias na Educação. Tenho que ir dar umas aulinhas. valeu....  Obrigado mesmo.
[15:28] <anaelisanovais> Boa pergunta, Vera.
[15:29] <anaelisanovais> Existem muitas camadas nessa "linguagem de programação".
[15:29] <anaelisanovais> vhrss, (Vitor) obrigada!
[15:29] <marcelo> o jargão tecnico, professora Vera, assim como os verbos, adjetivos e outros elementos linguísticos próprios aos textos da área.  especificos da área
[15:29] <Vera> Vanessa, as interações fora da salla de aula costuma ser mais espontâneas e naturais e, por isso mesmo, oferecem oportunidades mais ricas. Mas eu não chamaria de interação o contato com a música, por exemplo. São insumos linguísticos importantes.
[15:29] <Marilane> Como você bem explicou, Vera, a abordagem sócio-cultural se prende aos aspectos da colaboração, negligenciando a interação...
[15:30] <Vera> Obrigada, Vitor
[15:31] <Vera> O jargão técnico pertence ao dialeto de uma comunidade de prática, mas não é uma língua adicional
[15:31] <anaelisanovais> No caso do Pierre Levy, ele chama de "ideografia dinâmica" a própria interface.
[15:31] <valeska> Vera, a música foi produzida por alguém, com uma intenção, dirigida  a um público isso não é interação???
[15:31] <midias> Oi! profa. Ana Elisa tem alguam sugestção para aprofundar sobre essa possibilidade de letramento digital sem uso da internet
[15:32] <Vera> A teoria socisocultural até privilegia a interação, apenas esquece que ela muitas vezes acontece em uma arena de disputa de poder
[15:32] <Woodsonfc> anaelisanovais e Vera tenho feito meu letramento em L1/2 ou seja, lingua mãe formal usando o Jornal EM que colecionei e separei em cadernos e tenho trabalhado os gêneros com isso: charge, diferentes cadernos, editorial, primeira página etc e isso ajuda muito a eles entenderem a relação do texto e sua interface! É uma proposta para trabalhar com pessoas de comunidades pobres!
[15:32] <anaelisanovais> midias, temos algumas atividades em um portal beeeeeeem embrionário, o Wikidificador
[15:32] <anaelisanovais> http://wikidificador.pbworks.com/
[15:32] <vanessabarreto> Sim, Vera. Meu filho de 18 anos é fluente em inglês e lê bem o polonês. Adquiriu a competência no polonês ao interagir, via internet com jogadores de um game virtual chamado Tíbia. Fiquei surpresa com a velocidade que tal competência se deu. Em sala de aula penso que o professor demandaria mais tempo.
[15:32] <Vera> Interação, envolve a ação mútua entre os interlocutores
[15:33] <Vera> Acho, Vanessa, que o papel do professor é estimular a interação fora da sala de aula também, em experiências reais e não simuladas
[15:34] <anaelisanovais> que interessante,Woodsonfc! penso que é uma alternativa, mas a gente tem que tomar cuidado pra não ficar só no "sobre o digital". a vivência é super importate.
[15:34] <midias> Obrigado!
[15:35] <Marilane> As conferências foram ambas muito elucidativas, obrigada prof. Vera e Ana Elisa.
[15:35] <midias> consultei! e me despertou uma fome...
[15:35] <Woodsonfc> Verdade, mas os laboratórios nas escolas públicas continuam sendo uma ficção!
[15:35] <vanessabarreto> Vera, ao entrar na conferência, perdi o link do artigo sobre o tema que você discutiu. Como posso ter acesso novamente?
[15:36] <valeska> Vera, podemos falar em interação entre leitor e autor mediada pelo texto??? Ou seria o mesmo caso da música
[15:36] <anaelisanovais> midias hahahaha
[15:36] <Woodsonfc> Toda a conferência estará disponível no site valeska
[15:36] <adelmaa> Ou são realidades trancadas com fechadura enormes, impenetráveis!
[15:36] <Leno> boa pergunta adelmaa
[15:36] <Leno> fiquei pensando sobre o mesmo
[15:36] <Marilane> Esta é a primeira conferência que participo. Elas acontecem sempre?
[15:36] <Vera> http://www.veramenezes.com/interecologica.pdf
[15:37] <Woodsonfc> É a uma vantagem das conferências ONLINE como essa!
[15:37] <adelmaa> Sim, nosso evento acontece toda última sexta-feira de cada mês, sempre começando às 14:00 horas. Divulguem!
[15:37] <Vera> Valeska, eu estou falando de um outro tipo de interação. Quando lemos
[15:37] <vanessabarreto> Obrigada!
[15:38] <Vera> nos colocamos em interação vários elementos: o texto, nosso conhecimento, o propósito da leitura , etc
[15:38] <Marilane> Obrigada, Adelma. Vou divulgar!
[15:38] <Woodsonfc> Marilane <adelmaa> escreveu: Sim, nosso evento acontece toda última sexta-feira de cada mês, sempre começando às 14:00 horas. Divulguem!
[15:38] <Jane_> E ocorrem conferências com vídeo, voice, ou somente chat?
[15:38] <Vera> mas a interação sobre a qual tratei na palestra é sinônimo de conversa
[15:39] <marcelo> Professora VEra, até onde posso relacionar essa noção de interação com aqulea proposta por Wolfgang Iser?
[15:39] <Vera> na leitura pode até haver inter-ação quando o autor modifica seu texto, mas é algo mais raro
[15:39] <Vera> Não conheço a proposta Marcelo
[15:40] <marcelo> Na interação,o autor deixa lacunas, pistas que serão completadas pelo leitor, grosseiramente falando...
[15:40] <anaelisanovais> Vera , essa perspectiva é super interessante, e vejo meus alunos (ensino médio, técnico) em todas as modalidades de interação.
[15:40] <Woodsonfc> Vera você acredita que a possibilidade da imersão com o uso da Internet substitui as aulas?
[15:41] <Woodsonfc> ou elas ainda são necessárias?
[15:42] <anaelisanovais> Iser é estética da recepção, muito usado na Literatura.
[15:42] <marcelo> pois é...busco uma relação...queria saber se é possivel...
[15:42] <adelmaa> Profa Vera: sua palestra foi excepcional. Parabéns! Eu posos dizer que esta teoria ecológica coloca no mesmo "patamar" os saberes construídos dento e fora da escola, é isso?
[15:43] <Vera> Concordo Marcelo, em outro texto, falo sobre isso. Digo, por exemplo, que a metônima é um fractal através do qual o leitor chega ao todo. Só compreendemos o texto porque completamos os sentidos com nosso conhecimento de mundo
[15:43] <vanessabarreto> Professoras Vera e Ana Elisa, externo a riqueza dessa conferência, oportunizando a nós, professores e pesquisadores o acesso a novos estudos. Tenho uma aula agora e irei, certamente, com uma visão mais ampla sobre aquisição de segunda língua e remidiação e recursividade na leitura. Obrigada!
[15:44] <Vera> Woodson, eu vou usar um clichê: o computador não vai substituir o professor, mas o que não usa computador, vai ser substituído. Ainda é muito cedo para dizer que não precisamos de aulas presenciais.
[15:44] <Vera> As pesquisas tem dito que os modelos híbridos são os mais interessantes
[15:45] <Woodsonfc> Antes que todos saiam lembro de que  podem solicitar a certificação através do e-mai do stis, por gentileza: dizendo nome completo e nickname,ok!
[15:45] <Dani_Re> concordo! as práticas são complementares!
[15:45] <vanessabarreto> Qual é o e-mail, @Woodsonfc?
[15:46] <Marilane> Obrigada, Woodson e todos os organizadores!
[15:46] <midias> OI! Profa. ADELMA obrigado pelo convite parabéns pela divulgação no lato sensu Midias polo Jabô, como biólogo foi interessante ver as dimensões conferidas às relações ecológicas Obrigado Profas.Ana Elisa e Vera
[15:46] <Vera> Adelma, como a Ana Elisa, minha visão tb é a da complexidade e vejo o aprendiz e o texto como pertencente a um universo que não prende o aprendiz a sala de aula e nem o texto ao seu suporte, pois os sistemas complexos são feitos de muitos elementos em interação (e aqui não é como sinônimo de conversa)
[15:47] <adelmaa> Nosso e-mail:stis@textolivre.org
[15:47] <Woodsonfc> Vera, interessante você ver a competição como predatória, eu tenho experienciado um maior envolvimento dos alunos qdo os coloco em grupos competindo, mesmo qdo tentam derrotar o colega de forma predatória, aí eu entro mediando! O que acha?!
[15:47] <Vera> Nossa, tinha biólogo aqui? Falei bobagem?
[15:48] <FatimaF> Obrigado, gostei imenso!
[15:48] <Leno> kkk
[15:48] <GonzaloAbio> dois biólogos, não apenas um smile
[15:48] <Vera> Não chamaria o jogo de competição predatória, mas sim um tipo de competição que impede que o outro exerça seu direito de aprender
[15:49] <GonzaloAbio> Parabéns pelas duas palestras.
[15:49] <anaelisanovais> Vera também entendi assim.
[15:49] <anaelisanovais> A questão do predatório. Assim = competição "nociva". E não todo jogo.
[15:50] <Vera> Uau. quero ouvir os biólogos.
[15:50] <Leno> Realmente, as palestras foram muito interessantes
[15:50] <Woodsonfc> É, formulei mal, cabe a nós professores garantir que a competição entre eles não seja predatória!
[15:50] <Dini> As palestras foram sem dúvida enriquecedoras, obrigada!
[15:50] <vanessabarreto> Ana Elisa, seu artigo está disponível?
[15:50] <Vera> Obrigada a todos.
[15:51] <anaelisanovais> Acho que aí entra a importância da "interação mediada", especificamente na escola.
[15:51] <midias> Profa. Vera Não! os enunciados estão em equilíbrio ecológico! Parabéns!
[15:51] <vanessabarreto> Adorei o video do bebê, Vera!!!!
[15:52] <Vera> A pesquisa com o bebê não passaria nos comitês de ética, não é mesmo? Privar alguém da interação é maldade.
[15:52] <anaelisanovais> vanessabarreto ainda não, antes preciso agora adaptá-lo para publicação impressa
[15:52] <midias> Um cuidado ao abordar a competição é não encaminnhar para um darwinismo social
[15:53] <vanessabarreto> Hahaha! Não passaria mesmo. Podemos entender aquela interação como instinto, não é? Da forma como colocam Lee et al.
[15:53] <vanessabarreto> Ok, Ana Elisa. Obrigada!
[15:54] <Vera> explique mais Midias, fiquei curiosa
[15:56] <IRANI_> Não tinha som mesmo, ou foi porque meu compt travou of flesh player
[15:56] <Woodsonfc> midias, tb fiquei curioso
[15:57] <Woodsonfc> irani__ realmente é só escrito!
[15:57] <Vera> Foi só texto Irani
[15:57] <Leno> mas foi excelente!
[15:58] <Woodsonfc> LEMBRETE:  Antes que todos saiam lembro de que  podem solicitar a certificação através do e-mai do stis, por gentileza: dizendo nome completo e nickname,ok!?
[15:58] <adelmaa>  Para o STIS a presença de cada um de você é muito importante. Para que vocês sejam informados sobre nossa programação mensal escrevam um e-mail solicitando sua inclusão em nosso banco de contatos. Obrigada!
[15:58] <Jane_> Obrigada pelas palestras! Parabéns!
[15:59] <anaelisanovais> midias foi dar uma volta, rs.
[15:59] <anaelisanovais> Obrigada, Jane_
[15:59] <anaelisanovais> smile
[15:59] <Woodsonfc> AVISO: A data da próxima palestra (de Outubro) ainda não foram definidas, enviaremos mensagens e colocaremos nos sites
[15:59] <midias> Bom! agradeço o interesse...Darwinismo social - é a tentativa de se aplicar o darwinismo nas sociedades humanas. Descreve o uso dos conceitos de luta pela existência e sobrevivência dos mais aptos, para justificar políticas que não fazem distinção entre aqueles capazes de sustentar a si e aqueles incapazes de se sustentar. Esse conceito é muito usado no contexto da competição entre os indivíduos no Capitalismo Laissez-faire
[15:59] <Woodsonfc> (corrigindo) foi definida
[16:00] <Woodsonfc> af (corrigindo) no site do STIS
[16:01] <midias> continua....de eugenia, racismo, imperialismo1 , facismo, Nazismo e na luta entre grupos e etnias nacionais
[16:02] <Vera> Perigoso mesmo, mas o que a teorias sociocultural prega tb é complicado, pois o "par mais competente" tb tem direito a interagir com alguém mais competente e desenvolver seu conhecimento.
[16:02] <Vera> Apesar de ensinar alguém se tb algo que nos ajuda a aprender
[16:02] <midias> Assim o-a docente deve ficar mito atento as regras que permeam a competição ou com já foi dito amediação
[16:03] <Vera> digo, ao ensinar tb se aprende
[16:03] <anaelisanovais> Nunca tinha pensando nessa questão, em relação às teorias socioculturais. Talvez por isso estejamos hoje tão intolerantes!
[16:03] <Woodsonfc> (INFORME) Essa palestra poderá ser vista na íntegra no site do STIS
[16:05] <adelmaa> Prezadas professores Vera Lúcia e Ana Elisa, vocês ainda gostariam de fazer mais acrescer algum comentário?
[16:05] <midias> Parabéns! Woodson...na escola deveríamos ter tempo para "prosas" como essa
[16:06] <Vera> Só quero agradecer e desejar que Ana Cristina retorne recuperada de todos os problemas de saúde.
[16:06] <anaelisanovais> Agradeço também, Adelma, de novo, pelo convite. Não sabia sobre a Ana Cristina, e agora estarei também na torcida pela boa recuperação.
[16:06] <Woodsonfc> ou não estamos intolerantes ou falsamente intolerantes, anaelisanovais, devemos ser intolerantes com aquilo que impede aprender ou aprender!
[16:07] <Woodsonfc> o que não se deveria
[16:08] <adelmaa> Nós que agrdecemso a sua presnça. Sentimo-nos honrados com sua presença e agradecemos pela sua disponibilidade em  nos presentear com esta aula magna.
[16:08] <anaelisanovais> Woodsonfc, digo intolerância não em relação ao aprendizado, mas à vida mesmo. Felicianos e afins... os tais "pares competentes".
[16:08] <Woodsonfc> Que sai das regras que permitem aprender
[16:08] <adelmaa> A profª Ana Cristina, cérebro deste evento, voltará em breve.
[16:09] <adelmaa> Profa Ana Elisa, você gostaria de acrescentar algo?
[16:09] <GUSTAVO_> que pena, já acabou? Será disponibilizado algum link?
[16:09] <Woodsonfc> Ah, anaelisanovais, realmente, essa intolerância é o O do borogodó (hehehe0!
[16:10] <anaelisanovais> Concordo Woodsonfc!
[16:10] <anaelisanovais> Não Adelma, obrigada!!!
[16:10] <anaelisanovais> Abraços a todos e boa tarde!
[16:11] <Vera> Abraço a todos e boa tarde
[16:11] <adelmaa> Prezada Profa e amiga Ana Elisa Novaes. para mim é de uma satisfação imensa vê-la brilhar aqui junto a Vera. Parabéns  a ambas! Vocês são magníficas! Obrigada!
[16:11] <Dani_Re> smile
[16:12] <anaelisanovais> Adelma, você não existe!!!
[16:12] <Woodsonfc> GUSTAVO_, sim, no site do STIS http://stis.textolivre.org/site/
[16:12] <anaelisanovais> A-DO-REI!!!!
[16:12] <anaelisanovais> Beijão e até a próxima, querida Adelma!!!
[16:12] <anaelisanovais> Abraços a todos, boa tarde!
[16:13] <adelmaa> Um cheiro em todos os amigos e um você, Aninha e Vera, dois especialíssimos!
[16:15] <adelmaa> A nossa equipe maravilhosa que faz o STIS acontecer: Daniervelin,. Woodosn, Madu, Aline, Hugleo, Beth . Meu muito obrigada!
[16:15] <Woodsonfc> Obrigado anaelisanovais e vera
[16:15] <Woodsonfc> e Parabéns
[16:18] <Woodsonfc> Agradecemos a todos pela presença e mais uma vez informamos que enviem um e-mail para o stis@textolivre.org dizendo seu nome completo e nickname para solicitar o certificado! Dúvidas, consultem o site do STIS http://stis.textolivre.org/site/
[16:20] <Woodsonfc> Também nesse site terão acesso a toda programação do STIS , sendo que a de Outubro ainda não está definida, mas ainda essa semana ou semana que vem, teremos a definição
[16:23] <Woodsonfc> Temos o STIS tb no facebook
[16:23] <Woodsonfc> onde poderão se inscrever para receber o dia das palestras!
[16:27] <Woodsonfc> https://www.facebook.com/stis.lingtec
[16:27] <Woodsonfc> Obrigado

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