STIS 2014
8. Outubro: Escrita para inclusão
8.1. registro outubro
STIS Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec
LOG: Margareth de Souza Freitas
Registro da Conferência em chat escrito, de 24 de Outubro de 2014:
Reflexões sobre o Papel da Escrita como Ferramenta diagnóstica e Reintegrativa de Sujeitos com Problemas Cognitivos e a Formação Linguística dos Profissionais da Área Para uma Legítima Inclusão
conferencista: Margareth de Souza Freitas Thomopoulos
moderador: Equipe STIS
[14:00] <adelmaa> Bom tarde a todos! É com imensa alegria que venho, em nome do Grupo STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC e da profª Drª Ana Cristina
[14:00] <adelmaa> Fricke Matte, dar boas -vindas a todos vocês que nos honram com sua presença: conferencistas e participantes
[14:00] <adelmaa> O Stis é um programa de conferência realizado na penúltima semana de casa mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema educação livre e democrática
[14:00] <adelmaa> O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do programa polvo denominado TEXTO LIVRE do CNPq, coordenado pela pela Profª Adelma Lucia de Oliveira Silva Araújo
[14:01] <adelmaa> O STIS está entrando no seu terceiro ano de existência. Ao longo desta caminhado temos nos firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior.
[14:01] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 22 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores
[14:01] <adelmaa> tais como Carla Viana Coscarelli, Luiz Tatit, Maria Lucia Castanheira, dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres) e o Julio Paz (Argentina)
[14:01] <adelmaa> Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato.
[14:01] <adelmaa> Para que este trabalho se concretize eu conto com uma equipe fantástica de voluntários. Seres humanas altruístas que compartilham da mesma concepção de que as mudanças na nossa sociedade só virão através do acesso a educação para todos
[14:01] <adelmaa> Farei agora uma breve apresentação da nossa conferencista convidada deste mês de outubro.
[14:01] <adelmaa> A nossa conferencista convidada do STIS Ano III do mês de outubro de 2014 será a profª Drª Margareth de Souza Freitas Thomopoulos da Universidade Tencológica do Paraná (UFTPR).
[14:01] <adelmaa> A professora Margareth Thomopoulos possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (1983), mestrado em Letras pela Universidade Federal do Paraná (1989),
[14:02] <adelmaa> doutorado em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (1997) e pós-doutorado pela PUC de São Paulo (2006).
[14:02] <adelmaa> Atualmente, é professora associada da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Tem experiência em pesquisa nas áreas da Neurolinguística, com ênfase em alterações
[14:02] <adelmaa> fonoarticulatórias, e da Fonética/Fonologia, com ênfase em variação fonético-fonológica do português e análise acústica da fala. Seu trabalho docente passa por essas áreas, estendendo-se à Aquisição da linguagem - oral e escrita - e à Leitura, Produção e Revisão de Textos.
[14:02] <adelmaa> Seja bem vinda profº Margareth!
[14:02] <adelmaa> Passarei,então, a palavra para a moderadora deste evento, a profª Thalita Santos Felicio de Almeida, que explicará o funcionamento de nossa palestra. Boa conferência a todos!
[14:03] <thalita> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
[14:03] <thalita> Para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação da conferencista (só por escrito, aqui no chat)
[14:03] <thalita> não temos vídeo nem áudio
[14:03] <thalita> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:03] <Margareth> Obrigada Adelma e demais colegas do STIS, é um prazer estar aqui com vocês. Saúdo a todos que puderam estar presentes e espero poder contribuir com o STIS. Agradeço pela oportunidade.
[14:04] <thalita> após a apresentação, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:04] <thalita> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:04] <Margareth> Reflexões sobre o papel da escrita como ferramenta diagnóstica e reintegrativa de sujeitos com problemas cognitivos e a formação linguística dos profissionais da área: para uma legítima inclusão
[14:04] <thalita> Professora Margareth, pode começar quando quiser. Cole, por favor, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
[14:05] <Margareth> ok, já colei o título
[14:05] <Margareth> Nesta reflexão, discute-se o papel da escrita no diagnóstico diferencial de afasias motoras e apraxias, bem como o seu uso como recurso de preservação/resgate da subjetividade de indivíduos com comprometimentos cognitivos diversos.
[14:05] <Margareth> Apresentam-se também as influências recíprocas entre oralidade e escrita em quadros de problemas fonoarticulatórios e problematiza-se a formação de professores de Ensino Fundamental e dos profissionais que atuam nas esferas da
[14:06] <Margareth> Fonoaudiologia e da Psicopedagogia, com vistas a promover uma legítima “inclusão” social dos sujeitos com problemas cognitivos. A existência da Escrita na vida humana não é algo da mesma natureza da
[14:06] <Margareth> existência da oralidade. Há comunidades ágrafas e estas vivem muito bem se a escrita, ao passo que não existe comunidade humana que não se utilize da linguagem oral. Como diria Lenneberg (1973), a escrita é uma habilidade
[14:06] <Margareth> culturalmente adquirida, enquanto a linguagem oral é geneticamente determinada. Por ser culturalmente determinada, a escrita sofreu, em sua história de desenvolvimento, uma evolução, passando das escritas pictográficas para as
[14:06] <Margareth> ideográficas, até se chegar na escrita fonográfica. Esta só não é unânime atualmente porque ainda há umas poucas comunidades que se utilizam da escrita ideográfica (como os dialetos do chinês, o japonês e o coreano).
[14:07] <Margareth> Com o advento da escrita fonográfica, em que se inserem as escritas alfabéticas, houve uma vasta disseminação da escrita, pois, por ser baseada nos sons da fala, esta é muito mais acessível a todas as comunidades e de mais fácil aquisição.
[14:07] <Margareth> A escrita alfabética, embora tenha seu estatuto próprio, como modalidade distinta da oralidade que representa, tem em sua constituição uma estreita relação com a oralidade, representando as sequências sonoras que pressupõem entidades
[14:07] <Margareth> abstratas internalizadas pelos falantes nativos das línguas em questão: os segmentos fonológicos ou fonemas. É por essa razão que o desenvolvimento da chamada “consciência fonológica” pela criança em fase de alfabetização, é um
[14:07] <Margareth> fator determinante para a célere aquisição do sistema alfabético de escrita, ao mesmo tempo em que é também de certa forma influenciado pelo ingresso da criança ao mundo da escrita, uma vez que a descoberta das relações entre sinais
[14:08] <Margareth> gráficos (letras ou grafemas) e sons a instiga a analisar a própria fala no que se refere às cadeias sonoras que realiza. Uma vez adquirido, o sistema alfabético de escrita passa a desempenhar um
[14:08] <Margareth> papel cognitivo importante, pois constitui-se em uma forma de representação da língua no que se refere a seus aspectos fônicos. Por essa razão, em quadros neurológicos adquiridos, em que há perturbações na produção/articulação dos
[14:08] <Margareth> sons da fala, como as afasias motoras e as apraxias, a escrita do sujeito passa a ser um instrumento auxiliar para a compreensão dos problemas apresentados, redundando em instrumental importante para o diagnóstico diferencial de afasias
[14:08] <Margareth> motoras aferentes e eferentes, por exemplo, para usar a classificação luriana das afasias motoras. Nessa classificação, as chamadas afasias motoras, abordadas a partir da descrição dos mecanismos neurofisiológicos envolvidos na execução dos
[14:09] <Margareth> sons da fala que estariam perturbados em cada caso, são descritas por Luria (1966) como refletindo problemas na execução motora dos movimentos que compõem o gesto articulatório, por meio das vias nervosas eferentes (Afasia
[14:09] <Margareth> motora eferente), o que redundaria em problemas na passagem de um som a outro e na própria execução dos movimentos coordenados que compõem os gestos articulatórios. Além desse tipo, haveria aquele em que a perturbação está
[14:09] <Margareth> na condução da informação sensorial ao sistema nervoso central, por meio das vias nervosas aferentes, que redundaria em um problema de seleção dos segmentos fônicos adequados a cada contexto.
[14:09] <Margareth> No diagnóstico diferencial desses dois tipos de afasia motora, a escrita pode desempenhar um papel relevante, na medida em que os problemas resultantes da afasia motora aferente seriam expressos na escrita por meio de trocas localizadas
[14:09] <Margareth> de grafemas, compondo as chamadas paragrafias fonológicas, como “cata” por “nata”, enquanto no caso da afasia motora eferente, as manifestações escritas podem ocorrer com a manifestação de metáteses, como em “ceolho” por “coelho”,
[14:10] <Margareth> por exemplo. Assim, a escrita do sujeito afásico é um elemento coadjuvante para um diagnóstico diferencial e posterior terapia. Ainda na esfera dos quadros que apresentam problemas de linguagem por lesões
[14:10] <Margareth> adquiridas, a diferenciação entre afasias e apraxias buco-lábio-linguais também pode ser auxiliada pela escrita dos sujeitos em análise. Como a apraxia é um problema de implementação fonética, isto é, um problema na coordenação dos
[14:10] <Margareth> movimentos para compor o gesto articulatório representado pelos fonemas e evidenciado na escrita pelos grafemas, não implicando um problema de processamento mental dos segmentos fônicos em si, nesses casos, a escrita do
[14:10] <Margareth> sujeito não deve apresentar problemas, como trocas ou omissões de grafemas. Já no caso das afasias motoras, que implicam alterações no sistema linguístico, a escrita apresenta substituições, omissões e/ou metáteses de grafemas, como
[14:11] <Margareth> mostrado acima. Outro caso de quadro neurológico que apresenta problemas no nível fônico da linguagem é o das disartrias. Estas geralmente se caracterizam por problemas
[14:11] <Margareth> com a execução dos movimentos que compõem os gestos articulatórios em decorrência de inépcia dos articuladores – problemas de tônus muscular da língua, da úvula etc, gerada por lesões predominantemente subcorticais, que
[14:11] <Margareth> acarretam lentificação da fala e hipernasalidade. Também para confirmação do caráter ártrico dos sintomas, a escrita pode ser um instrumento auxiliar: a escrita do sujeito disártrico deverá estar intacta.
[14:11] <Margareth> Além desse papel auxiliar no diagnóstico diferencial dos quadros apresentados, a escrita também desempenha um papel de resgate da subjetividade e autonomia dos sujeitos afetados por lesões cerebrais, como é o caso dos afásicos. Após o
[14:11] <Margareth> episódio neurológico, geralmente o afásico é afastado de suas funções profissionais e de seus círculos sociais, devido às limitações de comunicação por meio da linguagem oral. Consequentemente, o sujeito se vê alijado da vida social
[14:12] <Margareth> e despojado de sua subjetividade. Esse é um dos componentes fundamentais que levam os sujeitos afásicos a desenvolverem quadros mórbidos de depressão e ansiedade. Não é incomum então afásicos disfluentes, isto é, aqueles que perdem
[14:12] <Margareth> a iniciativa verbal e/ou apresentam muitos problemas de ordem fonoarticulatória, valerem-se da escrita como forma de se fazerem ouvir, minimizando assim os efeitos nefastos da exclusão social.
[14:12] <Margareth> De tudo isso, pode-se depreender que a formação dos profissionais da área, principalmente fonoaudiólogos e neuropsicólogos, deve incluir o estudo do estatuto da escrita como fator relevante para o diagnóstico, bem como seu papel
[14:12] <Margareth> como alternativa socialmente avalizada para a interação e o resgate da vida em sociedade. Em outras palavras, como instrumento de inclusão social. Os problemas levantados até agora dizem respeito quase que exclusivamente a
[14:13] <Margareth> sujeitos adultos, visto que as afasias e mesmo as apraxias verbais acometem predominantemente adultos, via AVCs isquêmicos ou hemorrágicos e tumores. O estatuto afásico dos quadros desenvolvimentais em crianças ou mesmo os
[14:13] <Margareth> quadros adquiridos por acidentes diversos, são controversos, uma vez que, na definição geral de afasia, está pressuposta perturbação (perda) da linguagem por um sujeito já constituído. Conforme Fonseca & Catrini (2009), há mesmo que se
[14:13] <Margareth> problematizar a associação dos termos “afasia” e “infantil”. “Afasia” implica, como vimos, perda de posição na linguagem e “infantil” é termo que nos indica que tal posição ainda não foi propriamente constituída. Note-se que é a dimensão de
[14:13] <Margareth> perda que coloca “embaraço” para a articulação entre “afasia” e “infantil”. Assim, sem entrar no mérito da existência ou não de afasia infantil, sabemos que existem quadros de problemas fonoarticulatórios em crianças, como a apraxia de
[14:14] <Margareth> desenvolvimento, por exemplo. A esse respeito, a tese de Bernadete Von Atzingen Santos Cardoso, intitulada “Apraxia de Desenvolvimento: um estudo prosódico de crianças de 10 anos”, defendida na UFMG em 2003, tem como méritos a
[14:14] <Margareth> ratificação da necessidade do uso da análise acústica para a descrição e compreensão de quadros de alterações de linguagem, pois trata predominantemente dos problemas prosódicos que acompanham o quadro. Em
[14:14] <Margareth> termos segmentais, evidencia um quadro em que há metáteses, como [u´vi] por [fu.´i], [tu.ku.´ve.lu] por [ku.tu.´ve.lu], acréscimos de segmentos, como em [ko.´x] para [ko.´ x], e prolongamentos, como em [´se:y] para [´sey]. Esses
[14:14] <Margareth> tipos de erros parecem estar na esfera fonética/articulatória, isto é, na execução dos gestos articulatórios e não no processamento dos sons. Infelizmente, a autora não investigou a escrita da criança em questão. Mas inferimos que sua escrita não
[14:15] <Margareth> deveria ser afetada, caso se tratasse de uma legítima apraxia. Em pesquisa atual sobre a fala de uma criança de 6/7 anos com problemas articulatórios, Freitas-Thomopoulos et al (no prelo) investiga as influências
[14:15] <Margareth> recíprocas entre oralidade e escrita no desenvolvimento da linguagem do sujeito. Os resultados preliminares, cotejando-se os dados de fala e escrita de 2012 a 2014, apontam para uma gradativa melhora na articulação do sujeito à medida
[14:15] <Margareth> que ele desenvolvia sua consciência fonológica no processo de aquisição da escrita. Assim, o papel auxiliar da escrita alfabética para a resolução de problemas fonoarticulatórios parece ser um fato.
[14:15] <Margareth> Esse papel ativador da consciência sobre a própria fala desempenhado pela escrita alfabética, desencadeando procedimentos epilinguísticos, em que o sujeito se autocorrige, foi também atestado por Araújo (2014) em sua tese de
[14:15] <Margareth> doutoramento, quando analisa o processo de aquisição da linguagem por um sujeito adulto. Para além desses aspectos conscientizadores da fala, a inserção no mundo da escrita, para a informante de Araújo, teve o efeito de “[...] agente
[14:16] <Margareth> apaziguador, "curativo", de seu sofrimento. Com o passar do tempo, a escrita desencadeou seu interesse pela leitura.” (ARAÚJO, 2014). Desses relatos se extrai o papel importantíssimo da inserção no mundo da escrita
[14:16] <Margareth> para a inclusão social e mesmo para exploração do papel catártico que ela pode ter, purificando, apaziguando as mazelas interiores. Se adentrarmos ao mundo dos problemas de leitura/escrita, como o da Dislexia,
[14:16] <Margareth> verificaremos que, de fato, embora a síndrome exista enquando entidade nosológica, há um excesso de enquadramentos de crianças sob esse rótulo sem o devido cuidado e conhecimento de causa. A tese de doutorado de Massi (2004)
[14:16] <Margareth> busca desmistificar a dislexia como um distúrbio de aprendizagem ou como dificuldade de aquisição da escrita. Embasando-se em autores como ABAURRE (1987, 1991, 1992, 1994, 1996);
[14:16] <Margareth> ABAURRE-GNERRE (1985); ABAURRE e SILVA (1993); CAGLIARI (1989, 1998); SILVA (1991); ABAURRE, FIAD e MAYRINK-SABINSON (1995, 1997), ABAURRE, MAYRINK-SABINSON e FIAD (2003), Massi busca explicar as
[14:17] <Margareth> inadequações de escrita encontradas em textos produzidos por crianças diagnosticadas como portadoras de problemas de aprendizagem e de aquisição da escrita e em textos produzidos por adultos ditos disléxicos não como sinais de
[14:17] <Margareth> patologia, mas como indícios das reflexões dos sujeitos sobre sua própria linguagem. Após a análise dos textos produzidos pelos sujeitos, a autora chega à conclusão de que não há nada neles que autorize a classificação como
[14:17] <Margareth> provenientes de quadros patológicos como a dislexia. Conclui então que as crianças cujas escritas foram analisadas,”[...] ao contrário dos rótulos que carregam, produzem textos com progressão referencial e progressão tópica,
[14:17] <Margareth> lançando mão de diversas estratégias textuais, bem como de diferentes hipóteses sobre aspectos gráficos e convencionais da escrita, sinais da própria construção desse objeto de conhecimento.” (MASSI, 2004).
[14:17] <Margareth> Percebe-se claramente, a partir da análise de Massi, que o que falta para o profissional que atua na área: professores, psicopedagogos e psicólogos é a formação em linguística, especialmente maior trato com dados de aquisição da
[14:18] <Margareth> linguagem escrita, pois os processos encontrados na produção escrita dos sujeitos analisados pela autora são equivalentes àqueles próprios das fases ditas normais de aquisição da escrita. Assim, encontram-se nesse processo:
[14:18] <Margareth> a) uso “indevido” de letras a partir do próprio sistema ortográfico “caza” b) hipercorreção, ou seja, a aplicação e generalização “indevida” de uma regra, quando o aprendiz, por exemplo, escreve “totor” para “tutor”
[14:18] <Margareth> c) acréscimo, troca ou supressão de letras pelo fato de o aprendiz ainda não dominar o uso e o engendramento de certas letras, como quando escreve “sosato” para susto, d) transcrição fonética, revelando que o aprendiz, em alguns casos, faz
[14:18] <Margareth> representação da escrita a partir de parâmetros da própria fala, “totau” para “total” Antes de aprender a escrever, qualquer sujeito - seja criança, jovem ou adulto - já domina uma das diferentes variedades de sua língua materna.
[14:19] <Margareth> Utilizando-se desse domínio, o aprendiz pode, influenciado por sua variedade lingüística, escrever “pidir” para “pedir”, “cadera” para “cadeira”, “fazenu” ao invés de “fazendo”, “homi” no lugar de “homem”, “poblema” por “problema”, “craro” para
[14:19] <Margareth> “claro”, entre inúmeras outras variações. É importante refletirmos aqui sobre a responsabilidade desses profissionais, que, muitas vezes, seguindo a máxima da medicina incipiente inserida no
[14:19] <Margareth> paradigma positivista do século XIX, rotulam os sujeitos, atribuindo-lhes alguma síndrome, como passo decisivo para a busca da “cura”. Ora, o próprio rótulo, na maioria dos casos, promove a exclusão que, por sua vez, acarreta outras mazelas
[14:19] <Margareth> ao sujeito, que passa a sofrer em dobro. Mesmo na esfera das patologias que são detectadas a partir dos chamados testes de QI, como a deficiência mental em seus vários graus, podemos encontrar
[14:19] <Margareth> arbitrariedades no que se refere à avaliação da escrita dos sujeitos, quando se está imbuído de uma mentalidade excludente. Nota-se então que os mesmos procedimentos denunciados por Massi a respeito das avaliações da escrita na
[14:20] <Margareth> chamada dislexia, ocorre na esfera da Deficiência Mental (leve e moderada). Mais pesquisada sob a ótica da Psiquiatria, Psicologia e Pedagogia, a Deficiência Mental, quando abordada por essas áreas, não são levadas em conta
[14:20] <Margareth> as contribuições da área da aquisição da escrita, acarretando frequentes equívocos. Os pesquisadores supracitados explicitam a importância de se trabalhar com uma concepção ampla de linguagem, isto é, mostram as várias
[14:20] <Margareth> facetas da linguagem, seus múltiplos usos e funções, sua flexibilidade e dinamismo – em oposição à rigidez e imutabilidade com que múltiplos usos e funções, sua flexibilidade e dinamismo – em oposição à rigidez e imutabilidade
[14:20] <Margareth> com que era vista - considerando ainda o papel ativo do sujeito. A partir dessas contribuições, nas escolas, a linguagem cartilhesca começa a ceder espaço para o texto espontâneo, que possibilita a emergência das hipóteses com as quais as
[14:20] <Margareth> crianças operam durante o ato de produzir escritas. Assim, Anunciação-Costa (2003) e Anunciação-Costa & Freitas (2003) analisaram a produção escrita de sujeitos adolescentes diagnosticados como deficientes
[14:21] <Margareth> mentais leves e moderados, a fim de problematizar a relação normal-patológico em termos dos processos encontrados nos textos desses sujeitos cotejando-os com aqueles encontrados em textos de crianças sem patologias. Os resultados
[14:21] <Margareth> mostraram que não há diferença de tipo em termos dos processos engendrados por ambos os grupos. Como exemplificação, trazemos um exemplo apresentado pelas autoras que ilustra bem isso:
[14:21] <Margareth> “Depois um dia detarde minha mãe...” “filiha vapacozilha jaja” O primeiro enunciado foi produzido por um deficiente mental, enquanto o segundo,
[14:21] <Margareth> por uma criança sem problemas cognitivos em período de escrita inicial. Pode-se inferir que a modalidade escrita da língua, por ser "representação de representação" ou um “simbolismo de segunda ordem", no dizer de Vygotsky
[14:21] <Margareth> (1991, 4ª ed.), e por envolver outras vias cognitivas além da auditiva, como a visuo-espacial, por exemplo, demanda um tempo maior de aprendizagem por parte de sujeitos com problemas cognitivos, como é o caso dos deficientes mentais. Para concluir essas reflexões, sintetizamos aqui o que as pesquisas citadas
[14:22] <Margareth> suscitam no que tange ao seu tema subliminar, ou seja, dos processos de inclusão social/escolar envolvendo sujeitos que apresentam idiossincrasias em termos de linguagem, devidas ou não a problemas de ordem cognitiva:
[14:22] <Margareth> 1- A genuína inclusão social/escolar se faz com a boa formação de profissionais que atuam nas várias esferas: Professores de língua materna, fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos etc. Essa formação não pode
[14:22] <Margareth> prescindir do conhecimento linguístico e das relações entre linguagem oral e linguagem escrita. 2- O advento da Linguística, que valoriza a linguagem oral como constitutiva
[14:22] <Margareth> do humano não deve desvalorizar o trabalho com a escrita, pois, como se viu, há que se dar o devido valor ao papel da escrita (alfabética) como coadjuvante no diagnóstico diferencial das várias síndromes cognitivas,
[14:22] <Margareth> bem como no próprio resgate da subjetividade em casos de afasia motora, por exemplo.
[14:23] <Margareth> REFERÊNCIAS ANUNCIAÇÃO-COSTA, V. L. A Escrita na Deficiência Mental. Tese de doutorado: UFPR, 2003. ANUNCIAÇÃO-COSTA, V. L. & FREITAS, M. S. A Escrita na deficiência mental: paralelos com a afasia e a escrita inicial da criança. Anais do 5º Encontro do Celsul, Curitiba-PR, 2003.
[14:23] <Margareth> ARAÚJO, A. L. de O. Um Olhar, pela perspectiva linguística – viés fonológico – dos erros ortográficos presentes em um relato autobiográfico, manuscrito e digitado, por um adulto: um estudo de caso. Tese de doutorado, UFMG, 2014.
[14:23] <Margareth> CARDOSO, B. V. A. S. Apraxia de desenvolvimento: um estudo prosódico de crianças de 10 anos. Tese de doutorado, UFMG, 2003. FONSECA, S. C. da & CATRINI, M. Considerações sobre a afasia infantil: um
[14:23] <Margareth> estudo de caso. Anais do SILEL. Volume 1. Uberlândia: EDUFU, 2009. LENNEBERG, E. H. A Capacidade de aquisição da linguagem. Novas Perspectivas Linguísticas. 2 ed. Petrópolis: vozes, 1971.
[14:23] <Margareth> LURIA, A. R. (1966). Les Fonctions corticales supérieures de l’homme. Paris: Presses Universitaires de France. MASSI, G. A. de A. A Outra face da dislexia. Tese de doutoramento, UFPR, 2004.
[14:24] <Margareth> _______Dislexia ou processo de aquisição da escrita? Distúrbios da Comunicação, São Paulo, 16(3): 355-369, dezembro, 2004.
[14:24] <Margareth> Bem, amigos, o meu recado é esse. Espero ter sido clara, ma não óbvia.
[14:25] <thalita> muito obrigada, professora Margareth
[14:25] <Margareth> EStou aberta a questões, contribuições etc
[14:25] <thalita> convidamos então os participantes para discutir os temas abordados pela conferencista
[14:25] <Margareth> Eu é que sou grata
[14:26] <AnaMatte> Parabéns, Margareth, belo trabalho! e que bom encontrar você aqui
[14:26] <Margareth> Bem, espero que tenha dado tempo de ler e ruminar...
[14:26] <Jane_> Uma honra tê la conosco Prof. Margareth, aprender com a sua sabedoria.
[14:26] <Margareth> Ana, o prazer é meu. Obrigada por prestigiar.
[14:27] <Margareth> Jane, obrigada
[14:28] <Margareth> Bem, esse não é um texto acabado, apenas uma primeira versão, mas espero burilá-los caso vocês achem que são pertinentes as questões.
[14:28] <Guest80194> Boa tarde Professora!
[14:29] <Margareth> De fato, trocando em miúdos, vejo que de uns tempos pra cá, com os trabalhos sobre letramento, que, sem dúvida alguma é o objetivo final do processo de aqusição da escrita,
[14:29] <Guest80194> Pertinente sua colocação, quando disse: "A genuína inclusão social/escolar se faz com a boa formação de profissionais que atuam nas várias esferas"
[14:30] <Margareth> há um certo descaso em relação ao papel da escrita alfabética como representação dos segmentos fônicos, haja vista o desprezo que se observa no trato com questões envolvendo a chamada decodificação em leitura, por exemplo
[14:30] <Guest80194> Precisa-se hoje mais do que nunca, de profissionais que atuem de modo a não excluir àqueles que de algum modo possuem disturbios cognitivos
[14:31] <Margareth> Sim, eu gostaria que se resgatasse o trabalho com os elementos mais primitivos também no que tange à escrita, sem deixar de lado, claro, sua função social etc.
[14:32] <adelmaa> Prezada Margareth, eu tive a honra de ser sua aluna na graduação. Durante suas aulas de Fonética e Fonologia você sempre fazia associações entre as afasias e apraxias com o que tópico que estávamos estudando. Sei que foi sorte minha mesmo, pois o conversar com outros licenciados percebi que nunca eles tiveram acesso a este conhecimento
[14:32] <adelmaa> Minha pergunta é a seguinte: O que devemos, como professores, fazer para trazer a discussão, ou bem dizendo inclusão, nas universidades, especialmente nos cursos de licenciatura, temas tão relevantes como estas patologias?
[14:32] <Margareth> Excetuando-se, por exemplo, os trabalhos da Coscarelli & Novais, que falam de leitura sem excluir esses aspectos, ou seja, os aspectos ligados às decodificação e decifração, não há essa preocupação entre os pesquisadores
[14:33] <Rena> Penso que muitos destes nossos entraves com relação inclusão perpassem muito pela preparação dos docentes
[14:34] <Margareth> Bem, Adelma, em primeiro lugar, eu lhe devo uma explicação. A questão da afasia infantil, como eu tentei mostrar, ainda é controversa, por isso, não trouxe aqui uma discussão sobre a inclusão dos afásicos mirins...De fato, eles não são classificados como afásicos
[14:34] <Margareth> mas como portadores de outras síndromes, nem sempre muito bem entendidas também.
[14:35] <AnaMatte> Margareth: trabalhei um tempo na Unicamp num grupo de Prosódia onde conheci uma especialista em aquisição da linguagem por gagos, ela é fonoaudióloga e na época fazia o mestrado em linguística. Você não acha que são problemas semelhantes? E também a aquisição da linguagem de surdos e divulgação da LIBRAS?
[14:35] <Margareth> De toda forma, o que é importante é que o profissional que lidar com diagnóstico e com a busca de alternativas pra que o sujeito possa driblar as suas dificuldades, tem que ser bem formado, especialmente na área da Linguística.
[14:36] <Margareth> Quanto à sua pergunta, penso que cabe a nós fomentarmos esses temas, talvez por meio de cursos de extensão ou workshops, não sei, porque, de fato, a área da neurolinguística está apenas na pos-graduação e ainda como espaço muito restrito
[14:37] <Guest80194> Concordo com a senhora Professora!
[14:38] <Margareth> Ana, a questão da gagueira parece ser mais de ordem psicológica mesmo, com algumas nuanças linguísticas, então seria bem diferente das síndromes provenientes de lesões ou traumatismos ou algum problema congênito
[14:39] <Margareth> quanto à surdez e às estratégias para inserção do surdo na vida social, penso que esse trabalho já está caminhando até bem, pois ao menos se inseriu obrigatoriamente a disciplina de Libras nas licenciaturas, não é?
[14:40] <AnaMatte> sim, foi um começo
[14:40] <AnaMatte> mas ainda muito incipiente
[14:40] <Margareth> mas quanto à gagueira, parece ainda algo misterioso, que envolve inclusive muita superstição, nao?
[14:41] <AnaMatte> olha, pelo que pude companhar naquela época, o trabalho de análise prosódica estava bem avançado inclusive para uso em consultórios
[14:41] <AnaMatte> a questão do ritmo é essencial para o gago
[14:41] <Margareth> E de fato, também é algo que gera muito preconceito, a gagueira. E, eu diria, é algo que se for olhado com carinho é relativamente fácil de ser tratado.
[14:41] <Margareth> Copmparativamente às afasias, por exemplo.
[14:42] <AnaMatte> precisa perceber como cada um particulamente consegue gerenciar o seu tempo de fala
[14:43] <AnaMatte> é um problema neurológico, a gagueira, precisa mais do que carinho
[14:43] <Margareth> No caso das afasias, há também um movimento embora ainda insipiente (talvez liderado mesmo pelo pessoal da Univamp, pela Edwiges Morato, especialmente, para informar a população sobre o que é afasia, evitando assim que se trate os afásiocos como seres extraterrestres
[14:44] <Margareth> Claro, Ana, quando mencionei carinho, isso pressupõe cuidado, estudo etc
[14:44] <Margareth> Mas quanto à gagueira ser devida a problema neurologico, penso que isso não é de consenso...I
[14:46] <AnaMatte> não sou especialista, mas gosto da postura do poessoal da ABRA: http://www.abragagueira.org.br/
[14:46] <Margareth> Agora, é preciso que os profissionais da área realmente se antecipem às superstições e pseudotratamentos. Já vi no programa do JÔ um pseudoespecialista dando dicas de como evitar gagueira...etc.
[14:47] <Jamerson> Tive muitos problemas com uma turma que tinha alguns gagos e alguns fanhos.... e confesso que o pessoal do NAPNE tambem apresentou dificuldades na gestão do problema.
[14:48] <Margareth> Bem, obrigada, Ana, realmente a gagueira não é o meu objeto de estudo, Inclusive a Neurolinguística também não se ocupa dela. Mas sem dúvida é um problema que merece ser olhado com seriedade
[14:48] <AnaMatte> claro, desculpa fugir um tanto do teu assunto
[14:48] <thalita> mais alguma pergunta para a professora Margareth?
[14:49] <Margareth> É, de fato é constrangedor conversar com uma pessoa gaga, porque a gente simplesmente não sabe como agir e se sente impelido a ajudar a pessoa, mas sem saber como.
[14:49] <Margareth> Pessoal, agradeço novamente pela oportunidade única. Mas espero participar outras vezes.
[14:49] <Jamerson> Isso aconteceu comigo, conforme relato anterior, numa turma de fanhos.
[14:49] <Jamerson> me senti impotente
[14:50] <Margareth> Ana, o importante é que esses assuntos mexem com a gente porque tem a ver com a autoestima das pessoas e isso é muito importante, não é?
[14:51] <thalita> Nós que agradecemos pela grande contribuição para o STIS.
[14:51] <adelmaa> Agradecemos,em primeiro lugar, a presença da Profa Dra Margareth de Souza Freitas Thomopoulos por trazer a luz sobre um tem tão relevante. Obrigada pela relevante conferência!
[14:51] <adelmaa> Aos participantes agradecemos a todos pela sua presença e contamos com vocês em nosso próximo evento.
[14:51] <adelmaa> Em breve disponibilizaremos os registros no site stis: http://stis.textolivre.org/site/
[14:51] <AnaMatte> com certeza, Margareth , muito obrigada!
[14:52] <adelmaa> Convidamos todos vocês para assistir uma palestra imperdível sobre alfabetização de crianças e adultos com a professoras Dras Regina Fernandes Cruz (UFPA e Profa Dra Anna Christina Bentes dia 21 de novembro de 2014 às 14:00 horas.
[14:52] <Margareth> POIs é, Jamerson, ser fanho é algo em geral que poderia ser evitado. São raros os casos em que a coisa é irreversivel...Muitas vezes é o cso de trabalhar o tÔnus muscular da úvula, por exemplo, que pode estar flácida..
[14:52] <frankiele> Até a próxima...
[14:52] <AnaMatte> Margareth: clap clap clap clap clap
[14:52] <thalita> Para ter acesso a todas as palestras do STIS basta clicar do lado direito da página em registro, em seguida clicar na palestra escolhida e quando esta janela se abrir clicar abaixo dos resumo em onde esta escrito registro aqui (em azul)
[14:52] <frankiele> perdi o começo da conferência, mas é um assunto delicado e importante de ser tratado
[14:53] <Margareth> Clap, clap pra todos!!!
[14:53] <thalita> Para receber o certificado deste evento basta encaminhar uma mensagem para o STIS neste endereço: stis@textolivre.org com os seguintes dados: nome completo e apelido usado durante o evento
[14:53] <Margareth> Um grande abraço e até novembro. vou assistir com certeza.
[14:53] <AnaMatte> clap clap clap clap clap
[14:53] <adelmaa> Anúncio: para receber o certificado de participação é só escrever para o nosso e-mail com nome e login que utilizaram para acessar a confereñcia que se encontra . Muito obrigada e até op´roximomês.
[14:54] <thalita> frankiele, o registro da conferência será disponibilizado no site do STIS em breve
[14:54] <frankiele> ok Thalita, obrigada ;)
[14:54] <Rena> obrigado pela oportunidade
[14:55] <educartem> Boa tarde a todos
[14:55] <adelmaa> Voltem sempre! A casa é nossa!
[14:55] <educartem> acabou o evento
[14:55] <thalita>
[14:56] <adelmaa> Este sim, mas no próximo mês teremos mais duas palestras extraordinárias.
[14:57] <thalita> Olá, educartem. Acabou agora. Você poderá ver o registro da conferência no site do STIS em breve
[14:57] <educartem> Puxa
[14:57] <educartem> que lástima
[14:57] <educartem> que horas no Brasil?
[14:57] <adelmaa> Hoje teríamos duas palestras ,mas infelizmente a segunda conferencista que por problema alheios a sua vontade não pode comparecer.
[14:57] <educartem> ahhh ok
[14:57] <thalita> ca conferência sempre começa às 14h
[14:58] <adelmaa> Sempre às 14:30 da terceira ultima sexta-feira de cada mês, exceto janeiro, julho e dezembro.
[14:58] <thalita> *a
[14:58] <educartem> sobre Reflexoes e o papel da escrita
[14:58] <educartem> ok
[14:58] <educartem> Obrigada
[14:58] <educartem> estarei atena aos próximos eventos
[14:59] <thalita> educartem, de onde você fala?
[14:59] <suelenerica_> A referida palestra bem como a próxima será de grande valia para meu trabalho de Doutorado cuja temática é o processo de aquisição da tecnologia da escrita por adultos e crianças.
[15:00] <suelenerica_> Obrigada pela oportunidade!
[15:00] <thalita> que bom, suelenerica
[15:00] <thalita> quem tiver facebook pode curtir a nossa página lá também
[15:01] <adelmaa> educaterm e sulanerica de que lugar cidad epais vocês estão acessando a nossa página?
[15:02] <suelenerica_> Estou em Contagem
[15:03] <adelmaa> Maravilha! Obrigada pela presença! Ajudem-nos a divulgar nosso evento.
[15:04] <adelmaa> Este é apenas um dos projetos doProjeto Texto livre lideradopela Profa Dra Ana Cristina Ficke Matte.
[15:04] <adelmaa> , dentre outros.
[15:05] <adelmaa> Vejo vocês em novembro. Até lá!
[15:05] <suelenerica_> Sou eu que devo agradecer. Sim, pode deixar!!!
[15:05] <alejandrapilatti> obrigada pela conferëncia!
[15:06] <adelmaa> Tchau!
[15:07] <silmara> obrigada pela palestra
[15:07] <silmara> foi muito rica de informação.
[15:08] <AnaMatte> abraços a todos! tiau e até a próxima
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