FIORIN, José Luiz Fiorin. As figuras do pensamento: estratégias do enunciador para persuadir o enunciatário
FIORIN, José Luiz Fiorin. As figuras do pensamento: estratégias do enunciador para persuadir o enunciatário. Revista Alfa, n.o 32, São Paulo, 1988. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3798. Acesso em 25 de abril de 2019.
Resumo
Este trabalho pretende estudar as figuras de pensamento da retórica clássica como uma das estratégias empregadas pelo enunciador para persuadir o enunciatário, para fazê-lo crer em seu discurso. Essas figuras retóricas dividem-se em dois grupos: as que se constroem a partir de procedimentos da sintaxe discursiva e as que se produzem a partir de mecanismos da semântica discursiva. As primeiras têm sua origem num desacordo entre as instâncias do enunciado e da enunciação, quando, por exemplo, se afirma algo no enunciado e se nega na enunciação, enquanto as segundas resultam de uma combinação, na sucessividade do sintagma, de figuras do discurso em disjunção. Com as figuras de pensamento, o enunciador diz sem ter dito, simula moderação para dizer de maneira enfática, finge ênfase para afirmar de maneira atenuada, apresenta uma nova combinação de figuras do discurso para levar o enunciatário a assumir o que lhe está sendo comunicado.
Palavras-chave
Figuras de pensamento; contrato enunciativo; processo de comunicação;