Boa noite, João Francisco!
Antes de tudo, gostaríamos de agradecer pelo seu comentário, sua dúvida é muito pertinente!!

Nossa ideia era justamente trazer à tona uma temática que precisa ser constantemente discutida dentro e fora da universidade. Sabemos que os desafios enfrentados por estudantes autistas não se encerram no ambiente acadêmico. Eles refletem uma estrutura social ainda pouco preparada para lidar com a neurodiversidade de forma acolhedora e efetiva.

Sobre sua pergunta: "como estamos nos preparando para esse momento?", entendemos que ainda estamos em processo. Algumas universidades têm dado passos importantes com a criação de núcleos de acessibilidade, formações para docentes e escutas mais atentas às demandas dos próprios estudantes autistas. Mas, na prática, esses avanços muitas vezes ainda são isolados, não tendo o êxito que gostaríamos.

A comunidade acadêmica começa a se mobilizar, sim, mas a mudança real exige mais do que políticas: demanda empatia, escuta ativa, flexibilização de métodos e, principalmente, a inclusão dos próprios autistas nas decisões sobre o que é inclusão.

Nosso trabalho tenta justamente provocar esse movimento, para que a inclusão não seja apenas um ideal no papel, mas uma prática viva no cotidiano universitário e social.

Mais uma vez, obrigado pela contribuição! Seguimos juntos nesse debate tão necessário.

Olá, professora Ana!

Agradecemos muito pelo seu comentário tão generoso e pela leitura atenta ao nosso trabalho. Como você disse, esse é realmente um dos momentos mais ricos da disciplina, pois amplia o olhar e nos permite refletir com outras perspectivas.

Em relação à sua pergunta, sentimos que o maior desafio foi justamente o de aproximar a teoria da prática, especialmente ao lidar com relatos subjetivos nas redes sociais. Procuramos trazer uma leitura ética e sensível, que respeitasse as vozes autistas sem reduzi-las a categorias fixas. Um ponto particularmente delicado foi interpretar sentidos implícitos, afetos e silêncios presentes nas postagens, reconhecendo que as experiências de exclusão e sobrecarga nem sempre são verbalizadas diretamente, mas atravessam os enunciados de forma sutil.

Aproveitamos também para esclarecer que não realizamos uma análise semiótica direta no artigo. Essa ausência se deu por uma dificuldade de comunicação durante o desenvolvimento da proposta, o que impactou na delimitação teórica. Ainda assim, a semiótica nos atravessou indiretamente, especialmente na atenção às formas como os sentidos sobre o autismo universitário são construídos e compartilhados nas mídias sociais.

Agradecemos mais uma vez por sua leitura cuidadosa e por nos instigar a pensar com mais profundidade.

Com carinho,
Maria Eduarda, Alessandra e Marcelle

Verdade Kayque, uma reflexão tão necessária para os dias atuais. Obrigado por sua contribuição no debate!

Obrigada pelo comentário tão atencioso, Kayque!

Acreditamos que ainda falta muito para que as universidades reconheçam de verdade a neurodiversidade como parte da vida acadêmica. Muitas vezes, os relatos autistas não são levados em conta de forma séria e as mudanças acabam sendo superficiais.

Esperamos que o artigo ajude a abrir espaço pra esse debate e inspire transformações mais concretas!

Muito obrigada pelo retorno tão generoso, Haida!

Ficamos felizes que nosso artigo tenha provocado essa reflexão, pois esse também foi um dos nossos objetivos: mostrar que, apesar dos avanços, ainda há um longo caminho quando se trata de inclusão real nas universidades.

Sua pergunta é super pertinente! Além dos núcleos de acessibilidade, acreditamos que ações práticas como formações continuadas para docentes e técnicos, a criação de espaços sensoriais de regulação dentro dos campus, e a escuta ativa de estudantes autistas na formulação de políticas institucionais são caminhos possíveis e urgentes. Também devemos pensar a importância de flexibilizações curriculares e de uma cultura universitária menos capacitista, que valorize diferentes formas de aprender, comunicar e interagir.

Seguimos junt@s pensando e agindo por uma universidade mais inclusiva e humana.

Verdade Haida, é necessário começar a pensar em práticas que possam evidenciar de maneira clara a inclusão, é urgente a necessidade de boas práticas para que sejam replicadas em diversos ambiente, dentro e fora dos muros escolares!
Grato por sua contribuição!

Oi, Júlia!

Muito obrigada pelo carinho e pela leitura atenta! Ficamos felizes que o artigo tenha te tocado.

Sobre sua pergunta: sim, acreditamos que a formação docente deveria incluir obrigatoriamente conteúdos sobre neurodivergência e acessibilidade. A grade curricular já prevê a obrigatoriedade de disciplinas sobre educação inclusiva, mas pensamos que que o ideal seria que esse assunto permeasse todo o currículo da graduação em si, pois trata-se de algo complexo que não é possível de ser trabalhado em uma disciplina isolada.
Muitos dos desafios enfrentados por estudantes autistas vêm da falta de preparo das instituições e dos profissionais da educação. Quando os professores compreendem melhor as diferentes formas de aprender e se comunicar, é possível quebrar com práticas rígidas e construir um ensino mais acolhedor e inclusivo.

A mudança começa com conhecimento e escuta. Obrigada por trazer essa reflexão tão importante!

Com carinho,

Maria Eduarda, Alessandra e Marcelle.

Muito obrigado pelo seu retorno tão generoso!
Ficamos felizes em saber que o texto conseguiu transmitir a importância do tema e aproximar teoria e vivência!! Esse equilíbrio foi algo que buscamos elucidar com bastante cuidado.

Sobre a sua dúvida: acreditamos que pequenas mudanças como mais escuta, empatia e flexibilidade são, sim, viáveis no modelo atual, especialmente quando partem de iniciativas individuais de professores, coordenações e colegas. No entanto, para que essas práticas deixem de ser pontuais e passem a ser parte da cultura universitária, uma mudança estrutural é fundamental. Isso envolve repensar políticas institucionais, formação docente e até mesmo a maneira como avaliamos e organizamos o ensino.
Além disso, consideramos essencial o fortalecimento de políticas públicas que não apenas garantam o acesso de pessoas autistas ao ensino superior, mas também assegurem sua permanência e sucesso no processo formativo. Sem esse suporte contínuo, há o risco de que a inclusão se limite à entrada na universidade, sem enfrentar de fato as barreiras que dificultam a trajetória acadêmica.

Mais uma vez agradecemos seu comentário,
Maria Eduarda, Marcelle e Alessandra.

Ei Milena!! Muito obrigada pelo comentário!
Ficamos felizes que o nosso trabalho tenha causado essa reflexão. Acreditamos que dar visibilidade a essas vivências é essencial para que a inclusão aconteça de verdade, indo além do que está só no papel.

Com carinho,
Maria Eduarda, Marcelle e Alessandra.

Ei, Victoria!
Ficamos felizes que o trabalho tenha contribuído para reflexões importantes sobre o TEA, especialmente no contexto da educação e dos direitos. A discussão sobre inclusão precisa mesmo estar cada vez mais presente, e é gratificante saber que o texto pôde colaborar com isso. Muito obrigada Agradeço imensamente pelo retorno generoso. Fico feliz que o trabalho tenha contribuído para reflexões importantes sobre o TEA, especialmente no contexto da educação e dos direitos. A discussão sobre inclusão precisa mesmo estar cada vez mais presente, e é gratificante saber que o texto pôde colaborar com isso. 

Muito obrigada!

Maria Eduarda, Marcelle e Alessandra.

Obrigada pelo seu comentário! Acreditamos que a verdadeira inclusão nas universidades acontece quando há mudanças práticas: capacitação de professores, flexibilização de métodos de ensino e avaliação, apoio contínuo aos alunos com TEA e escuta ativa de suas necessidades. Mais do que adaptações pontuais, é preciso criar uma cultura universitária empática e realmente acessível à diversidade. Esperamos que artigos como esse possam auxiliar nessas mudanças.
Alessandra, Marcelle e Maria Eduarda.