UM OLHAR DA SEMIÓTICA PARA A INCLUSÃO DE ESTUDANTES AUTISTAS EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM

ENTRE O SER E PARECER

Autores

• Maria Isabela Bertolini Viol

• Maria Eduarda Gomes Ribeiro

Palavras-chave:

Autismo, Ensino a Distância, Inclusão Escolar, Ambientes Virtuais

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre os desafios e possibilidades da inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em ambientes virtuais de aprendizagem. Por meio de uma análise semiótica de documentos institucionais, especialmente do Ministério da Educação (MEC), investigamos como os discursos sobre cidadania e diversidade aparecem no contexto da educação a distância. Os resultados apontam que, apesar do discurso oficial afirmar a importância da inclusão, muitas vezes há uma distância entre o que se diz e o que é realmente vivenciado pelos estudantes autistas.

PDF: leia aqui o texto completo

Coordenadores de mesa:

professor Ana Matte
Mesa: Jennifer Celeste

Re: Um Olhar da Semiótica Para a Inclusão de Estudantes Autistas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Autoria: Maria Isabela Bertolini Viol, Maria Eduarda Gomes Ribeiro

por Ana Cristina Fricke Matte - terça, 24 jun 2025, 18:08

Maria Isabela e Maria Eduarda,
Este é o melhor momento da nossa disciplina, quando vocês podem conversar com outras pessoas sobre o trabalho que fizeram, não ficando restritos à minha avaliação.
Semiótica é minha melhor praia e fico contente que tenham feito bom proveito da disciplina. O que vocês consideraram mais difícil de levar do estudo teórico à prática na análise da inclusão de pessoas no TEA em ambiente escolar formal?
Um ótimo evento!
Ana

Re: Um Olhar da Semiótica Para a Inclusão de Estudantes Autistas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Autoria: Maria Isabela Bertolini Viol, Maria Eduarda Gomes Ribeiro

por Maria Isabela Bertolini Viol - quarta, 25 jun 2025, 17:58

A maior dificuldade foi perceber que os discursos institucionais falam muito sobre inclusão, diversidade e cidadania, mas muitas vezes isso não vira prática de verdade. Ao analisar o documento do MEC, vimos que ele passa a ideia de inclusão, mas não traz orientações claras sobre como fazer isso no ensino a distância. Faltam explicações sobre como adaptar as aulas, como preparar os professores e como garantir acessibilidade. Na prática, isso faz com que a inclusão fique mais no discurso do que na realidade dos estudantes com TEA. O desafio é transformar o que está no papel em ações que realmente funcionem no dia a dia das aulas online.

Re: Um Olhar da Semiótica Para a Inclusão de Estudantes Autistas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Autoria: Maria Isabela Bertolini Viol, Maria Eduarda Gomes Ribeiro

por Maria Eduarda Gomes Ribeiro - quinta, 26 jun 2025, 13:46

Acredito que o mais difícil foi entender a distância entre o proposto e a real vivência de estudantes autistas. A ausência de orientações concretas pelos textos oficiais analisados contribui para uma aparência de efetividade, sem garantia das condições reais para sua aplicação nos ambientes virtuais. Sendo assim, a aplicação prática das políticas de inclusão são prejudicadas pela falta de orientações concretas sobre as adaptações pedagógicas e tecnológicas.

Re: Um Olhar da Semiótica Para a Inclusão de Estudantes Autistas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Autoria: Maria Isabela Bertolini Viol, Maria Eduarda Gomes Ribeiro

por Beatriz Monteiro de Andrade Dias - quarta, 25 jun 2025, 12:25

Muito interessante o trabalho de vocês!! E o que vocês acham sobre o papel dos próprios estudantes autistas nesse processo? Como por exemplo envolver eles na criação das plataformas e métodos, poderia ajudar a reduzir essa distância entre o discurso institucional e a inclusão real?

Re: Um Olhar da Semiótica Para a Inclusão de Estudantes Autistas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Autoria: Maria Isabela Bertolini Viol, Maria Eduarda Gomes Ribeiro

por Maria Isabela Bertolini Viol - quarta, 25 jun 2025, 17:55

Acho que a ideia de ter o envolvimento dos estudantes com autismo na criação de plataformas e metodologias seria um avanço para termos uma inclusão verdadeira. Como foi apontado no referencial teórico (Gomes Alves et al., 2025), muitas tecnologias são pensadas sem a participação ativa das pessoas com TEA, o que compromete a eficiência delas. Quando damos oportunidade para eles contarem suas experiências, formas com que aprendem e necessidades sensoriais, ficaria mais fácil encontrar soluções mais acessíveis e respeitosas. Eu penso que isso iria não só reduzir essa distância entre o discurso e a prática, mas também fortaleceria a autonomia e o protagonismo desses estudantes, fazendo eles virarem os agentes principais na construção de um ambiente educacional realmente inclusivo.

Re: Um Olhar da Semiótica Para a Inclusão de Estudantes Autistas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Autoria: Maria Isabela Bertolini Viol, Maria Eduarda Gomes Ribeiro

por Maria Eduarda Gomes Ribeiro - quinta, 26 jun 2025, 14:01

Incluir estudantes autistas na criação de plataformas e métodos pedagógicos reconhece que eles são protagonistas de suas experiências de aprendizagem. Essa participação garante que as soluções façam sentido na prática, para além da teoria, permitindo o desenvolvimento de recursos tecnológicos acessíveis de verdade.

Re: Um Olhar da Semiótica Para a Inclusão de Estudantes Autistas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Autoria: Maria Isabela Bertolini Viol, Maria Eduarda Gomes Ribeiro

por Jennifer da Silva Gramiani Celeste - quarta, 25 jun 2025, 21:53

Boa noite a todos.

Aqui é a Jennifer. Atuarei como mediadora dos debates relacionados a esta comunicação.

Aproveito para lhes desejar um excelente evento, repleto de experiências incríveis!

Abraços.

Re: Um Olhar da Semiótica Para a Inclusão de Estudantes Autistas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Autoria: Maria Isabela Bertolini Viol, Maria Eduarda Gomes Ribeiro

por Jennifer da Silva Gramiani Celeste - quinta, 26 jun 2025, 20:06

Boa noite a todos.

Mais um agradável dia de evento, repleto de possibilidades de aprendizado! Sintam-se à vontade para estabelecer diálogos e realizar questionamentos aos autores do artigo. Todas as contribuições são bem-vindas.

Abraços.