Olá, Isabele e Júlia, parabéns pelo desenvolvimento do artigo! A leitura da fábula “A formiga má” ficou muito pertinente com a análise que vocês fizeram. Achei muito bacana a abordagem que vocês utilizaram (teoria semiótica - não conhecia) para mostrar os sentidos por "trás" da narrativa. A forma como explicaram as oposições e as verdades construídas no texto ajudou a entender melhor a mensagem da história. Foi uma leitura que me prendeu e me fez refletir, especialmente por mostrar como esses recursos podem ser explorados até mesmo em contextos voltados para o público infantil. Abraços e ótimo evento para vocês!

Isabele e Júlia, só agora consegui acesso ao trabalho de vocês. Parabéns pela escolha do tema e pela análise, que ficou clara e reveladora dos meandros do texto escolhido. Como colocou a Márcia Duarte, aqui, realmente a leitura do trabalho de vocês prende a atenção.
Me chamou a atenção a quantidade de adjetivação atribuída à formiga e à cigarra no trecho que vocês reproduziram e analisaram. A formiga parece estar associada ao inverno "que tem um cruel manto de gelo". E a cigarra? Havia também no texto original uma descrição do tempo bom que poderia ser associada a ela? Poderiam estabelecer, a partir daí, mais alguma isotopia de leitura?
Abraço

Oi, Isabele e Júlia!
Parabéns pelo trabalho de vocês! Achei a escolha da fábula muito interessante, especialmente por trazer essa versão menos conhecida e mais crítica. A análise de vocês ajudou a enxergar o texto por uma nova perspectiva, principalmente no que diz respeito ao valor simbólico da arte e do trabalho artístico, que muitas vezes é deixado de lado.
Gostei muito de como vocês explicaram os conceitos da semiótica greimasiana de forma clara e acessível. A relação entre os níveis da análise e os exemplos do texto deixaram tudo bem visual. A forma como a veridicção aparece também foi muito bem destacada — a ideia de que o texto vai construindo uma verdade sobre a cigarra, mesmo sem dizer isso de forma direta, ficou muito marcante.
Me chamou atenção também a quantidade de adjetivos, como a professora comentou. Eles realmente reforçam os contrastes entre as personagens e ajudam a criar esse julgamento sutil no texto. Acho que isso traz até uma certa emoção pra fábula, o que faz a gente se envolver mais.
Parabéns pela leitura sensível e pela escrita tão fluida!

Isabele e Júlia, muito significativas as várias contribuições de vocês na análise semiótica da fábula. Destaco: "Sujeito do Estado - Cigarra; Sujeito do Fazer - Formiga e Sujeito Julgador - Narrador". A observação atenta à postura/ação desses três elementos fundamentais, possibilita que o leitor compreenda todos os desdobramentos do texto, especialmente o que está contido nas entrelinhas.

Ana, muito obrigada pelos ensinamentos! Por incrível que pareça, eu diria que tivemos mais dificuldade no Nível Fundamental. Acho que isso se dá pela limitação em escolher apenas uma oposição de valores no texto, que englobe dois termos que não se cancelem. Dá vontade de fazer diversas análises com base em vários termos que aparecem na história! Quem sabe numa próxima... Mais uma ideia pra se pensar : )
Abraço!

Cristina, muito obrigada pelo comentário! A escolha de análise de fábulas, tendo a semiótica como base teórica, é bem produtiva, pois até mesmo quando analisamos uma narrativa bem conhecida e socialmente disseminada, ainda é possível observar alguma coisa nova! Em relação à nossa escolha de trabalhar com esta versão do Monteiro Lobato e não de outro autor, nós decidimos que queríamos trabalhar com alguma obra mais voltada ao público infantil e quando resolvemos utilizar especificamente essa fábula, inicialmente queríamos analisar as diferenças entre a versão da “formiga boa” e da “formiga má”. Pelas nossas pesquisas, o Monteiro Lobato foi o primeiro autor a trazer essa diferença entre as versões para o Brasil, pois antes a versão da formiga boa não era muito conhecida. Porém, quando fomos desenvolver nosso trabalho, percebemos que a análise de apenas uma versão já era extremamente rica e com vários aspectos para trabalhar, e como já tínhamos escolhido essa versão de Lobato, ficamos com ela mesmo. Muito obrigada pela leitura, abraços!

Olá Maria Eduarda, muito obrigada pelo comentário! Fico muito feliz que você tenha gostado do nosso trabalho. Foi super interessante trabalhar com a semiótica para a análise desta fábula, porque mesmo que a relação entre a cigarra e os artistas já fique clara pela moral que o autor coloca no final da narrativa, a semiótica nos ajuda a perceber a maneira que essa relação é feita durante o texto. Abraços!

Ana, obrigada pelo comentário! Realmente é bem interessante analisar textos literários voltados ao público infantil já que, à primeira vista, é possível pensar que todas os sentidos já estão "dados" no texto, mas com uma análise mais aprofundada podemos perceber que existem diversas camadas, e a semiótica greimasiana é uma ferramenta super legal para fazer esse tipo de trabalho! Abraços.

Pedro, muito obrigada pelo comentário e pela leitura do nosso trabalho! A abordagem semiótica contribui muito para evidenciar estes sentidos mais sutis da narrativa e observação das oposições e da adjetivação presentes na fábula é super importante para alcançarmos a moral do texto. Ficamos muito felizes em saber que conseguimos demonstrar como esses recursos de linguagem tornam os textos, em especial os textos voltados ao público infantil, ainda mais potentes. Abraços!

Obrigada pelo comentário, Isadora! Nossa intenção era justamente propor uma análise da fábula buscando demonstrar como os sentidos são construídos nesta narrativa que aparentemente é simples e vimos a riqueza das camadas de sentido que nos auxiliam na apreensão da moral da história. A construção da cigarra como uma personagem digna de empatia realmente é bem interessante, especialmente no nível da veridicção, e induz o leitor a refletir bastante sobre o lugar da arte e do artista em nossa sociedade. Abraços.

Muito obrigada, Alessandra! A escolha de análise sobre a oposição entre a valorização e a desdém, para nós, é essencial para que compreendamos a crítica proposta pela fábula, que traz à tona uma discussão que ainda é super atual. A teoria semiótica de Greimas foi excelente para nossa análise, pois nos forneceu os mecanismos necessários para evidenciar esse tensionamento presente em toda a fábula. Agradeço muito pelo comentário e pela leitura do nosso trabalho. Um abraço!

Obrigada pelo comentário, Raphaela! Desde o início, nós tínhamos decidido trabalhar com um texto voltado ao público infantil, principalmente pela característica que eles possuem de tentar explicar e ensinar um pouco do mundo de forma simples. Isso fica ainda mais claro nas fábulas, que apresentam nitidamente uma "Moral da História". O importante, na nossa visão, é lembrar que essas histórias são escritas por pessoas adultas que possuem suas próprias opiniões, transparecendo na escrita. E aí é bastante pano pra manga! Por isso, decidimos analisar como Monteiro Lobato adaptou essa fábula clássica, a ajustando à sua realidade. O resultado é esse: o autor trouxe uma interpretação sobre a valorização dos artistas que ainda não tinha sido trabalhada. Espero que tenha sido uma leitura produtiva pra você, promovendo uma análise legal sobre essas fábulas!

Com certeza, Ana! Para nós, é muito gratificante ver os apontamentos e comentários feitos acerca do nosso trabalho, pois eles nos trazem novas perspectivas e possibilidades para trabalhos futuros. Obrigada pelo comentário e pela leitura. Abraços!

Boa noite, Lúcia! Muito obrigada por seu comentário. A junção entre esta fábula e a teoria greimasiana foi excelente para nós, justamente por nos auxiliar a evidenciar alguns elementos centrais que ajudam na construção do sentido do texto, como a oposição entre valorização e desdém do trabalho artístico, que acreditamos que é um dos principais pontos da fábula. Agradeço pela leitura e também desejo um ótimo evento para você! Abraços.

Cristina, muito obrigada pela pergunta! Essa história está em um livro de várias fábulas e adaptações escritas por Lobato. Creio que, por esse caráter menos original e já que muitas das controvérsias que você mencionou estão presentes nos seus personagens e histórias originais, fica mais difícil apontar as opiniões que são inteiramente do autor a partir somente da fábula. Vale observar, numa outra oportunidade, se a escolha de quais fábulas seriam adaptadas diz algo sobre Monteiro Lobato. É uma ótima ideia!
Um abraço : )

Melissa, muito obrigada pela leitura e pelo comentário. Sua pergunta é ótima!
Como dito, o autor propõe dois desdobramentos diferentes: um em que a formiga oferece abrigo para a cigarra e outro, o analisado, em que a cigarra acaba morrendo no frio. O interessante é que, mesmo na versão "A Formiga Boa", a formiga é inicialmente apresentada como "carrancuda" - ela chega a olhar a cigarra de cima a baixo e perguntar "E que fazia você durante o bom tempo que não construiu sua casa?". Somente depois da cigarra se apresentar como a cantora que alegrou os dias quentes de trabalho é que a formiga muda de atitude. Super curioso, né? Nessa versão do Monteiro Lobato, fica nítido que o mais importante é a cantoria e a valorização da arte.

Isabela, muito obrigada pelo comentário! Ficamos muito felizes em saber que nosso trabalho foi recebido como algo de fácil leitura, mas ainda bem fundamentado na teoria da semiótica de Greimas. Uma das nossas intenções era justamente mostrar com essa teoria é uma ferramenta muito potente para trazer à tona sentidos menos óbvios em narrativas conhecidas, como no caso dessa fábula que atravessa gerações. Agradecemos bastante pela leitura do nosso trabalho e pelo comentário! Um abraço!

Muito obrigada, Giovanna! Ficamos muito felizes em saber que a leitura do nosso trabalho, em alguma medida, tenha sido enriquecedora para você. A semiótica é uma teoria muito interessante para analisar estas intenções "ocultas" e para entendermos como o sentido do texto é construído por meio de diversos recursos linguísticos que, no final, nos fazem entender a mensagem que a narrativa busca passar. Obrigada pela leitura, abraço!

Bianca, obrigada pelo comentário! A teoria semiótica greimasiana foi bem interessante para nós, neste sentido, porque também nos auxiliou a pensar a fábula por meio de uma perspectiva diferente! Quando desenvolvemos nosso trabalho, fomos percebendo as diversas camadas de sentido que vão além da interpretação clássica que temos da história. Obrigada pela leitura, abraços!

Muito obrigada pelo comentário, Enzo! Escolher trabalhar com esta versão da fábula e com a teoria semiótica nos proporcionou, justamente, uma nova forma de enxergar essa narrativa que já é tão conhecida, mas de uma maneira mais crítica e com um olhar mais atento às camadas que compõem o sentido do texto. Obrigada pela leitura do nosso trabalho! Abraços.