Banca Examinadora
(titulares)
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Profa. Dra. Ana Cristina Fricke Matte (UFMG) Prof. Dr. Conrado Moreira Mendes (Co-Orientador) (UNINCOR) Profa. Dra. Olga Valeska Soares Coelho (CEFET-MG) Profa. Dra. Daniervelin Renata Marques Pereira (UFTM) Profa. Dra. Gláucia Muniz Proença Lara (UFMG) Prof. Dr. Arnaldo Leite de Alvarenga (UFMG) |
Resumo |
O propósito desta tese é analisar A Sagração da Primavera, obra das mais importantes
realizadas no século XX, por meio de uma interface entre a semiótica de linha francesa e a
dança. O corpus da pesquisa está delimitado pelos espetáculos de dança coreografados por
Vaslav Nijinsky em 1913 e por Pina Bausch em 1975, ambos publicados no YouTube.
Metodologicamente, o semissimbolismo, o sincretismo, a semiótica visual e a semiótica
tensiva foram os caminhos escolhidos para identificarmos os mecanismos de produção de
sentido do corpus. Por meio das análises dos vídeos selecionados, os espetáculos
configuraram-se como textos e objetos artísticos submetidos à linguagem audiovisual digital.
Dessa forma os efeitos coreográficos foram submetidos também à linguagem gerenciada pelas
câmeras de filmagem que criaram outras correlações com a linguagem dos coreógrafos. As
análises semissimbólicas apontaram para o ritual: a passagem para a continuidade da vida em
que as categorias identidade vs. alteridade e vida vs. morte são construídas lado a lado nos
espetáculos analisados. Os resultados da pesquisa corroboraram para a confirmação das
hipóteses referentes à existência da possibilidade de diálogo entre as categorias da semiótica
visual e as categorias da pesquisa em dança. Outra constatação importante é que embora os
coreógrafos utilizem a mesma música e a temática do sacrifício em suas coreografias, há
diferenças na construção de sentido entre as obras. Sobretudo ao revelarem personagens e
heroínas cujas vozes expressam-se apaixonadas. Tais vozes são carregadas de sentimentos
embrenhados num envelope corporal que se inscreve como receptor e emissor, em meio a
valores socioculturais e paradigmas que se reconstroem e reproduzem dia após dia. |