6. Setembro: Educação matemática na cultura digital

6.1. registro setembro

Registro da Conferência em chat escrito, de 12 de setembro de 2018:

 

Educação Matemática na Cultura Digital: tendências e perspectivas

(Prof. Deive Barbosa Alves)

 

  

 

 

moderador: Equipe STIS

 

 

[19:40] <danilorcesar> Boa noite a todos! Sejam bem-vindos!
[19:40] <danilorcesar> Gostaria de agradecer ao grupo Texto Livre por esta oportunidade de compartilharmos informações que irão gerar uma diversidade de conhecimentos!
[19:40] <danilorcesar> Para quem participa pela primeira vez, teremos 60 minutos de apresentação e 30 minutos para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas ou o palestrante poderá dividir em seções a sua apresentação e liberar para cada seção um momento de perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas.
[19:40] <danilorcesar> A apresentação acontece apenas por escrito, no chat, ou seja, não há vídeo nem áudio.
[19:40] <danilorcesar> Durante esse tempo, a sala poderá estar moderada!
[19:41] <danilorcesar> A apresentação de hoje teremos o código “deive” (sem as aspas) para os slides!
[19:41] <danilorcesar> Os códigos para os slides serão indicados no início de cada apresentação basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides” vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes desejamos um ótimo seminário a todos!
[19:42] <deive> Primeiramente gostaria de agradecer ao professor Danilo Cesar pelo convite, é primeira vez que uso o freenode IRC então perdão pelas falhas na interação com essa mídia.
[19:43] <danilorcesar> Deive é Professor do colegiado de Matemática da Universidade Federal do Tocantins, Campus Araguaína. Graduado em licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Uberlândia (2005), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (2012) e doutorado na linha de pesquisa Educação em Ciências e Matemática pela mesma Universidade (2017).
[19:43] <danilorcesar> Só um minuto Deive
[19:43] <danilorcesar> Atualmente participa do Núcleo de Pesquisa em Mídias na Educação (NUPEME) e do grupo de trabalho em Modelagem Matemática para a Educação Matemática da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (GT10 - Modelagem Matemática).
[19:43] <danilorcesar> Tem experiência na área de Educação Matemática, com ênfase em Modelagem Matemática no contexto da Cultura Digital, atuando principalmente nos seguintes temas: Modelagem Matemática para Educação Matemática, Educação pela Pesquisa, Educação Matemática na Cultura Digital, Objetos de Aprendizagem.
[19:44] <danilorcesar> Pode começar Deive
[19:44] <deive> kkk vamos lá
[19:44] <deive> Primeiramente gostaria de agradecer ao professor Danilo Cesar pelo convite, é primeira vez que uso o freenode IRC então perdão pelas falhas na interação com essa mídia.
[19:44] <deive> Agradeço, também, aos que a essas horas estão aqui participando e espero que em algum momento da tua vida estas informações sejam úteis.
[19:45] <deive> Espero que todos tenham conseguido abrir a apresentação
[19:46] <deive> Pessoal essa imagem inicial é para mostrar que faço parte uma rede de pesquisadores/professores que estudam Tecnologias para o ensino da Matemática. Hoje ela está desde o Estado do Tocantins ao de São Paulo.
[19:46] <deive> Eu queria começar essa conversa com uma invenção do matemático grego Archytas of Tarentum (428 - 350 aC.)
[19:47] <deive> alguém sabe o nome dessas peças?
[19:48] <danilorcesar> É a da segunda imagem?
[19:49] <deive> opa isso
[19:49] <deive> rss
[19:49] <danilorcesar> Ok
[19:49] <Eliane> são parafusos?
[19:50] <Eliane> Boa noite!
[19:50] <deive> isso
[19:50] <deive> uma curiosidade
[19:50] <deive> Os parafusos de metal só apareceram na Europa a partir do ano de 1400. Em 1797 o britânico Henry Maudslay patenteou o parafuso de fenda
[19:51] <deive> você deve estar a perguntar o que isso tem haver?
[19:51] <deive> O parafuso é um exemplo de nossa interferência no mundo, uma ação transformadora consciente do mundo. É nossa busca por mudança no ambiente de forma que nos favoreça.
[19:52] <deive> uma mudança histórica que desde 428 a.c.
[19:52] <deive> Essa intervenção, consciente, do humano sobre o mundo podemos chamar de trabalho ou práxis. Junção entre teorias e práticas com a finalidade de mudar a realidade de nossas carências, intervindo no ambiente humano.
[19:53] <deive> O parafuso enquanto transformação consciente no mundo, cria um conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes que distinguem um grupo social. A isso podemos chamar de Cultura
[19:54] <deive> Podemos então conceituar cultura como sendo os resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho
[19:54] <deive> Esse é nosso primeiro conceito
[19:55] <deive> mas
[19:55] <deive> O parafuso necessita e produz um conjunto de conhecimentos práticos, métodos, materiais, ferramentas e processos usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução dos mesmos.
[19:55] <deive> Dessa forma o parafuso é uma Tecnologia
[19:56] <deive> uma tecnologia que nos traz um processo histórico de informações e comunicações avanços para melhor obter as transformações consciente no mundo parafusando as coisas.
[19:56] <deive> Assim, o parafuso enquanto produto é uma Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs)
[19:57] <deive> Até a invenção dos computadores as informações que conseguíamos abstrair do parafuso eram representações analógicas. Por exemplo: Para obtermos o comprimento do parafuso fazíamos uma analogia direta com um sistema métrico escolhido;
[19:58] <deive> Desse ponto de vista o parafuso é uma tecnologia analógica, que produz e é produzido por uma Cultura Analógica;
[19:59] <deive> Nessa Cultura Analógica
[20:00] <deive> As informações que obtemos do parafuso nas ações de transformação no mudo, nessa cultura, estão condicionada a uma analogia que se consegue ou não fazer.
[20:00] <deive> Em oposição ou complementando a Cultura Analógica há uma Cultura Digital
[20:02] <deive> Começa-se a dizer Cultura Digital com o surgimento do computador
[20:02] <deive> Uma Cultura baseada em zeros e uns em que o parafuso ganha novas possibilidades de interferência no mundo
[20:03] <deive> o termo digital refere-se não só às causas, aos efeitos e às possibilidades de uma dada tecnologia. Ele define e engloba as formas de pensar e agir que são incorporadas dentro dessa tecnologia e que torna possível o seu desenvolvimento, o que inclui abstração, codificação, autorregulação, virtualização e programação (GERE, 2008)
[20:03] <deive> Nesse sentido cultura digital é um comportamento colaborativo, conectado, horizontal em que cada indivíduo tem o poder de agir na ponta dos dedos (ANDRADE, 2015, p. 1).
[20:04] <deive> Há três características que se entrelaçam na Cultura Digital
[20:04] <deive> participação, customização(remix) e o compartilhamento
[20:04] <deive> A participação diz respeito ao nosso poder de agir;
[20:05] <deive> e com o computador esse poder está na ponta dos dedos de cada um de nós
[20:05] <deive> A customização é a ação de a partir do velho fazer o novo, por modificações e/ou manipulações, e, assim, rever formas consensuais de compreensão da realidade;
[20:05] <deive> O compartilhamento é dividir o que temos com pessoas ao nosso redor, bem como com aqueles que jamais teremos a chance de conhecer;
[20:07] <deive> Alguns estudos mostram que compartilhar informações, processos e produtos para nós professores/pesquisadores é no mínimo um pouco difícil
[20:08] <deive> Alguém tem alguma pergunta?
[20:10] <danilorcesar> Acredito que vc pode continuar
[20:10] <acris> sim, por favor
[20:11] <deive> os slides do terceiro ao quinto são livros tratam desse assunto
[20:11] <deive> infelizmente o melhor deles está em inglês
[20:11] <deive> falo Digital Culture
[20:11] <deive> bom, Essa participação, customização e compartilhamento criam possibilidades de mudanças por meio do consumo e produção de informações em rede;
[20:12] <deive> As redes de informações podem se estruturar de três formas
[20:12] <deive> a centralizada -> uma única entidade produz e distribui informações;
[20:13] <deive> Multicentralizada -> mais de uma entidade produz e distribui informações;
[20:13] <deive> essa também chamada de descentralizada
[20:13] <deive> e a distribuída ->todos produzem e distribuem informações.
[20:14] <deive> se não me engano é oitava imagem
[20:14] <deive> A estrutura das redes dependem de uma escolha:
[20:14] <deive> Se acreditamos que para criar existe a necessidade humana e histórica de acesso livre ao conhecimento e a seus pares. Que além de produzirmos nunca podemos impedir uma comunidade de criar. Essa atitude de criatividade e de liberdade produz uma rede de informação distribuída
[20:15] <AnaMatte> perfeito
[20:15] <deive> Contudo se acreditamos em, por exemplo, compartilhar só o que não nos interessa ou mesmo se decidirmos não compartilhar, as estruturas possíveis serão a redes de informações Multicentralizada e centralizada respectivamente.
[20:16] <deive> De forma geral os softwares open source buscam por uma rede de informação distribuída
[20:17] <deive> Um exemplo de rede de informação distribuída é a rede de informação Arduino
[20:17] <deive> quem aqui conhece o Arduino?
[20:18] <AnaMatte> de ouvir falar
[20:18] <ELZA> Nunca ouvi nem falar.
[20:18] <deive> recomendo muito que conheçam seja qual for tua profissão, pois abre possibilidades
[20:18] <deive> O Arduino foi criado em 2005 por um grupo de 5 pesquisadores : Massimo Banzi, David Cuartielles, Tom Igoe, Gianluca Martino e David Mellis. O objetivo era elaborar um dispositivo que fosse ao mesmo tempo barato, funcional e fácil de programar, sendo dessa forma acessível a estudantes e projetistas amadores. Além disso, foi adotado o conceito de hardware livre, o que significa que qualquer um pode montar, modificar, melhorar e persona
[20:20] <deive> Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre e de placa única, projetada com um microcontrolador Atmel AVR com suporte de entrada/saída embutido, uma linguagem de programação padrão própria.
[20:21] <deive> Vou voltar ao parafuso, mas agora com ajuda do Arduino
[20:21] <deive> O Arduino transforma parafusos em “sensores de umidade do solo”, por meio da programação conseguimos expressar, em porcentagem, o quão seco o chão.
[20:22] <deive> Não sei, mas fico assustado em saber que parafusos medem umidade do solo
[20:22] <AnaMatte> mmm, interessante, eu achava que era só linguagem.
[20:22] <AnaMatte> eu tb kkk
[20:22] <deive> O Arduino traz para a Educação um “pedagogia do espanto”
[20:23] <AnaMatte> smile
[20:23] <deive> algo já dito pelo Rubem Azevedo Alves
[20:23] <deive> ”. É espantoso obter porcentagens de umidade do solo usando dois parafusos. O que desperta a curiosidade em saber como isso é possível.
[20:24] <deive> Usando o Arduino alunos do Ensino Médio criaram
[20:24] <deive> 1. Descarga Digital: https://goo.gl/HWndkh 2. Chuveiro Inteligente: https://goo.gl/fXHyeL 3. Regador Automático: https://goo.gl/o5kiUC
[20:25] <AnaMatte> que show
[20:25] <deive> esses links são para você ver depois como o Arduino ajudou alunos a mudar sua realidade de aprendizagem criando soluções tecnologicas
[20:25] <deive> Descarga Digital
[20:26] <deive> Através de pesquisa realizada com as pessoas da equipe, por meio de preenchimento de planilhas com quantidades de vezes de utilização do banheiro, realizamos uma estimativa de quantidades médias uso do sanitário e de dejetos produzidos. Com os resultados da pesquisa, será desenvolvida uma válvula eletrônica – com a utilização do controlador Arduino – para reduzir o desperdício de água durante a descarga. Essa água econo
[20:26] <deive> fins importantes e necessitados, fazendo com que sua manutenção seja consciente, e evitando assim, a escassez.
[20:26] <deive> Regador Automático
[20:26] <deive> O Regador Automático é um robô que monitora quando a planta está com “sede”. Robô que funciona por meio de sensores de umidade do solo. Ele executará um software que irrigará a planta e enviará um relatório ao usuário do consumo da água, bem como dos gastos dessa irrigação, via internet
[20:27] <deive> Chuveiro Inteligente
[20:27] <deive> O chuveiro é tido como o vilão tanto do consumo de energia elétrica quanto da água. Assim criamos o Chuveiro Inteligente, um robô que controla o tempo de funcionamento do chuveiro elétrico. Ele foi configurado para ligar e desligar duas vezes durante o banho. No primeiro momento ele liga para molhar o usuário e, no outro para esse se enxaguar. Esses dois tempos podem ser pré-configurado. Acreditamos que esse dispositivo economiz
[20:27] <deive> do usuário, apenas no ligar e desligar o chuveiro.
[20:28] <deive> Essa ação de criar dispositivos para modificar a realidade e aprender chamamos de práxis criadora
[20:28] <deive> Os alunos usando a rede de informação Arduino tiveram o ato de conhecer e produzir em um movimento dialético da ação à reflexão.
[20:29] <deive> imaginação e a conjectura em torno do mundo diferente do da opressão são tão necessárias aos sujeitos históricos e transformadores da realidade para sua práxis quanto necessariamente fazem parte do trabalho humano que o operário tenha antes na cabeça o desenho, a “conjectura” do que vai fazer (FREIRE, 2013b)
[20:29] <deive> É o desenvolvimento desse “ter na cabeça o desenho, a “conjectura” do que vai fazer”, bem como as condições de fazê-lo, que entendemos como práxis criadora.
[20:29] <deive> Podemos associar a práxis criadora a Espiral da aprendizagem criativa proposta por Mitch Resnick, em que suas características são:
[20:30] <deive> Imaginar; Criar; Brincar; Compartilhar; Refletir e Imaginar
[20:30] <deive> Imaginar -> o estudante imagina usar parafusos como sensores de umidade
[20:30] <deive> Criar ->os alunos transformam as ideias em ações, criando um sensor de umidade a partir dos parafusos;
[20:30] <deive> Brincar -> eles interagem e fazem experiências, constantemente, com sua criação, tentando aprimorá-la;
[20:30] <deive> Compartilhar -> os discentes colabora na construção dos outros e dividem a deles com a comunidade;
[20:30] <deive> Refletir -> refletem sobre os possíveis erros do que estão produzindo
[20:31] <deive> Imaginar -> com base nas experiências que passam pela espiral, os alunos imaginam novas ideias e novas orientações
[20:32] <deive> essa espiral de aprendizagem nos possibilita dizer em Aprender pela Autoria
[20:32] <deive> Um processo de aprender pela autoria podem corresponder aos quatro Ps da aprendizagem criativa:
[20:33] <deive> Projetos; Paixão; Parcerias e Pensar​ ​brincando
[20:33] <deive> Projetos -> criar projetos é a atividade básica da comunidade
[20:34] <deive> Paixão -> quando as pessoas trabalham em projetos pelos quais têm interesse, elas se dispõem a trabalhar por mais tempo e se esforçam mais.
[20:34] <deive> Parcerias -> a criatividade é um processo social, no qual as pessoas colaboram, compartilham e constroem o trabalho umas das outras. Integrando a programação a uma comunidade on-line
[20:34] <deive> Pensar​ ​brincando -> apoiar experiências divertidas como uma via para a criatividade, incentivando os jovens a assumir riscos e testar coisas novas.
[20:35] <deive> Esses quatro Ps é também uma estrutura para se educar pela pesquisa científico-tecnológica que criam zonas de sentidos das coisas do mundo
[20:36] <deive> As zonas de sentidos
[20:36] <deive> O processo de aprender pela autoria nos permite criar “zonas de sentidos” (Rey p.6 e 19, 20) e por tais zonas é que descobrimos novas formas de customizar as tecnologias digitais e fazê-las nossa, nos empoderando socialmente e nos fazendo autor daquilo que usamos e falamos.
[20:37] <deive> Assim nosso desafio, nas escolas é
[20:37] <deive> Constituição de uma comunidade de aprendizagem sobre o trabalho educativo com o Arduino no processo de Ensinar e Aprender Matemática, envolvendo: Formadores de Professores de Matemática Estudantes de Graduação e Pós Graduação Professores da Educação Básica Estudantes da Educação Básica Pesquisadores
[20:38] <deive> Pessoal era isso por hoje
[20:39] <danilorcesar> Perguntas
[20:39] <deive> nos slides você podem conferir alguns resultados do Arduino na Educação
[20:40] <AnaMatte> adorei, vou compartilhar com minha turma de pós!
[20:40] <danilorcesar> Qual o significado da imagem do Papert no slide 6?
[20:40] <deive> que bom!
[20:41] <deive> boa pergunta
[20:42] <deive> Ele que começou em 1964 a construir a teoria que hoje o pessoal MIT LAB está a chamar de Aprendizagem Criativa
[20:42] <deive> a essa espiral de aprendizagem é baseada nos estudos dele
[20:44] <danilorcesar> Vc citou Mitch Resnick e a aprendizagem criativa... Tem o nome do livro para compartilhar?
[20:45] <AnaMatte> essa ideia da educação é realmente fantástica! Eu sempre aposto nisso: que teoria sem prática é quase sempre inócua, tanto como processo educacional como prática profissional. Os alunos fizeram isso tudo em aulas de matemática?
[20:46] <acris> deive: prof, antes de terminar, por favor, seleciona toda sua tela de chat e manda pro Danilo, pois algumas frases mais longas chegaram cortadas, daí podemos completar no registro, no site.
[20:46] <deive> ana sim, no contra turno e também foi um projeto de 3 anos
[20:46] <deive> rsss
[20:47] <deive> vou mandar para ele os slides
[20:47] <deive> acris
[20:47] <deive> danilo a referência
[20:47] <deive> http://www.aprendizagemcriativacampinas.org/produto/curso-aprendendo-aprendizagem-criativa/
[20:47] <acris> eu tenho uma pergunta de leiga: já vi em eventos as pessoas falando de usar lego na robótica, para educação. Sobre arduíno, o que tem de igual e diferente do lego?
[20:48] <deive> Tudo
[20:48] <deive> de diferente
[20:48] <acris> achei que fosse só o material
[20:48] <deive> desde a filosofia ao trabalho em si
[20:49] <acris> fala mais
[20:49] <deive> não o Lego é um kit
[20:49] <deive> pago
[20:49] <deive> mais fácil de trabalhar porém limitado as peças que você consegue pagar
[20:50] <deive> o Arduino é a primeira peça do quebra -cabeça
[20:50] <acris> mmm
[20:50] <deive> o Arduino é código aberto
[20:51] <deive> tem um comunidade maior de desenvolvimento, pois é mais dificil para quem está iniciando
[20:51] <deive> mas veja um Arduino é 40 reais e o Lego 2700
[20:51] <acris> digmos em termos de hardware: se entendi bem, no lego eu não vou usar um parafuso como sensor de umidade, eu vou comprar um sensor, é isso?
[20:51] <acris> credo
[20:53] <acris> em termos de programação, no lego as propostas são fechadas? no sentido de ter um número limitado de possibilidades? Pelo que entendi, com o Arduino, o limite é o da criatividade
[20:53] <deive> acho que é isso, trabalhei muito pouco com Lego
[20:54] <acris> ainda bem que foi pouco, deive wink
[20:54] <deive> Sim tem como você usar C no Lego, mas é bem mais complicado
[20:55] <acris> usando C a programação ficaria mais flexível, é isso?
[20:55] <danilorcesar> Deive: Fale mais um pouco da integração da Educação Matemática e Robótica
[20:55] <acris> isso!
[20:56] <deive> sim, em termos de programação o problema é que você teria que interferir no hardware para construir os sensores aí a Lego te processa
[20:56] <acris> deive: isso explica porque é bom que o Arduino seja código aberto :D
[20:56] <deive> sim sem dúvida
[20:57] <acris> mas fala sobre a educação matemática, e a robótica, também estou curiosa
[20:57] <Eliane> Eu também
[20:57] <deive> danilo quando você trabalha com o Arduino você que usar muita matemática, pois do contrario vc pode queimar tudo
[20:58] <deive> veja o que me aconteceu
[20:59] <deive> estávamos usando o uma corrente contínua para controlar uma alternada
[20:59] <deive> ou seja, 5 volts para controlar 220 volts
[20:59] <deive> precisávamos de um fio para ligar em relé, existe um modelo matemático que faz isso
[21:00] <deive> não o fizemos o resultado fritamos o Arduino
[21:00] <AnaMatte> afe
[21:01] <deive> aí você tem que investigar aprender qual o modelo correto para a parada funcionar
[21:01] <danilorcesar> Para os leigos: explique o que é tensão (5V...); relé...
[21:02] <deive> o Arduíno supor até 19 volts de corrente contínua, mas funciona ligado ao computador com 5volts
[21:02] <danilorcesar> @Deive: Dê um exemplo prático a partir de uma teoria como utilizar robótica e Educação Matemática
[21:04] <deive> veja com o arduino podemos usa-lo na matemática de duas formas
[21:04] <deive> pela automação e pela robótica
[21:04] <danilorcesar> Dê um exemplo de maneira menos técnica, pois isso pode auxiliar o processo de compreensão
[21:04] <deive> por exemplo a um os alunos que criaram uma descarga digital
[21:05] <deive> a matemática começa de forma inicial, pegamos uma descarga de vaso sanitario que tenha uma caixa aclopada
[21:06] <deive> temo que calcular o volume
[21:06] <deive> dentro da caixa á peças, temos que usar sólidos geométricos para saber o volume correto
[21:07] <deive> depois fizemos uma investigação na escola perguntando quantas vezes o sujeito faz dejetos sólidos e liquidos
[21:08] <deive> com isso motamos um modelo estatístico dizendo se seria útil criar a automação
[21:08] <AnaMatte> que massa
[21:08] <Eliane> Entendi
[21:08] <deive> verificou-se seria se o disparo da descarga fosse simples
[21:09] <deive> pois há os acionamentos duplos
[21:09] <deive> fomos investigar se tinha legislação sobre o assunto
[21:10] <deive> há uma normativa ABNT que diz que uma descarga deve gastar no máximo 6 litros de água
[21:10] <deive> em nossos cálculos a nossa gastava 9 litros
[21:11] <deive> aí usamos a física-matemática para criar um teclado para a descarga e o usuário dizer o quanto de água queria gastar
[21:11] <deive> construímos o protótipo
[21:12] <danilorcesar> Alguém tem mais alguma pergunta?
[21:13] <deive> e fizemos novos modelos matemáticos para demonstrar que se o usuário usa-se menos água nos dejetos líquidos ajudaria na economia de água
[21:13] <AnaMatte> muito legal! Queria ser sua aluna! smile
[21:14] <deive> rsss, obrigado, mas hoje com youtube da para fazer muitas coisas e aprender muito
[21:14] <danilorcesar> @Deive: Deixe seu email para o pessoal
[21:15] <deive> Pessoal muito obrigado pela participação e aqueles que quiserem conversar mais sobre estes assuntos é só enviar um e-mail para deive at uft.edu.br
[21:15] <danilorcesar> Obrigado professor Deive Barbosa Alves!
[21:16] <deive> eu que agradeço
[21:16] <deive> abraços a todos
[21:16] <deive> e todas
[21:16] <ELZA> Obrigada!
[21:16] <AnaMatte> parabéns! aplausos! clap clap clap clap clap clap
[21:16] <acris> clap clap clap clap clap clap
[21:17] <RegisTB> clap clap clap
[21:17] <Eliane> Parabéns!!
[21:18] <AnaMatte> boa noite!
[21:18] <danilorcesar> Boa Noite!
[21:18] <acris> deive: não esuqece de mandar o texto completo pro danilo, tá?
[21:18] <acris> fiquei curiosa com alguns finais cortados smile
[21:19] <deive> já mandei
[21:19] <deive> rsss
[21:19] <deive> para zap dele
[21:19] <acris> boa noite a todos!
[21:19] <acris> joia, obrigada!
[21:19] <deive> qualquer coisa está tudo na minha tese
[21:19] <deive> https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/19902/6/ModelagemMatematicaContexto.pdf
[21:20] <acris> ótimo, valeu!
[21:20] <deive> eu que agradeço pela paciência

 

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