STIS 2012

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Curso: STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Livro: STIS 2012
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Data: quarta, 12 mar 2025, 12:34

1. Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC 2012

Dados e registros das conferências e mesas do STIS 2012.

Para acessar cada uma, utilize o menu à sua direita.

Laboratório Semiotec - Texto Livre.org

2. Fevereiro: Tecnologia Adaptativa (inclui registro)

Fevereiro de 2012: Tecnologia Adaptativa

conferencista: João José Neto/POLI/USP

dia 23/02 às 20h

RESUMO: Apresentação da Tecnologia Adaptativa e suas aplicações nos campos da Educação e dos Estudos da Linguagem.

REGISTRO DA CONFERÊNCIA

[20:01] <acris> Pessoal, atenção! Agora vou moderar a sala para iniciar as atividades; durante a conferência, somente AnaMatte e o prof. João José Neto poderão falar, após a conferência vou retirar a moderação para abrir as perguntas.
[20:02] <AnaMatte> =========================§§ início da conferência STIS fevereiro/2012 §§====================== Boa noite pessoal! Esta é a primeira conferência do STIS 2012.
[20:03] <AnaMatte> boa noite!
[20:03] <AnaMatte> O STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC - é um evento que procura trazer à discussão discussões teóricas de toda a gama de campos do conhecimento que norteiam os trabalhos interdisciplinares do grupo Texto Livre: Semiótica e Tecnologia, da UFMG.
[20:03] <AnaMatte> A ideia é que especialistas tragam seu conhecimento específico para partilhar conosco, de forma que a maioria leiga no assunto possa estabelecer conexões entre o campo do conhecimento em foco na conferência e o campo no qual cada um de nós atua.
[20:03] <AnaMatte> Para iniciar a série de conferências deste ano, gostaria de convidar o professor João José Neto, da POLI/USP, coordenador do Laboratório de Tecnologia Adaptativa e dotado de um olhar muito especial sobre os fenômenos da linguagem. Boa noite, JoaoJose!
[20:03] <JoaoJose> Boa noite Ana, e boa noite a todos os que vão nos acompanhar.
[20:04] <JoaoJose> é um prazer estar aqui e compartilhar com todos alguma coisa do que tenho trabalhado por muitos anos.
[20:05] <JoaoJose> como disse a Ana, vamos usar como apoio um conjunto de slides (stis-fev12), e iremos discutindo seu conteúdo aos poucos
[20:05] <JoaoJose> (slide 1 - breve histórico)
[20:06] <JoaoJose> temos aí um resumo muito compacto da história do LTA (Laboratório de Linguagens e Técnicas Adaptativas)
[20:07] <woodsonfc> Pessoal  pra quem ainda não sabe "stis-fev12" é o codigo (sem aspas)
[20:07] <JoaoJose> este laboratório pertence ao departamento de engenharia de computação e sistemas digitais da Poli
[20:08] <JoaoJose> e tem se dedicado desde sua fundação em 1985 à pesquisa em linguagens inicialmente,
[20:09] <JoaoJose> e depois, em adaptatividade e técnicas adaptativas, assunto geral desta palestra
[20:09] <JoaoJose> em 1993 defendi minha tese anunciando os autômatos adaptativos, que foram os primeiros
[20:10] <JoaoJose> dispositivos adaptativos ensaiados. Tratam-se de abstrações matemáticas
[20:11] <JoaoJose> que a grosso modo pretendem modelar fenômenos com comportamento variável.
[20:11] <JoaoJose> provou-se posteriormente serem esses dispositivos Turing-completos,
[20:12] <JoaoJose> quer dizer, capazes de descrever e de executar quaisquer computações possíveis.
[20:13] <JoaoJose> (desculpem-me, estou usando um linguajar mais informal devido à heterogeneidade dos participantes)
[20:14] <JoaoJose> com esse tipo de formalismo, foi possível tratar computacionalmente diversos
[20:14] <JoaoJose> fenômenos linguísticos que têm um formato e um comportamento complexo
[20:15] <JoaoJose> É o caso das dependências contextuais, que são muito comuns em  línguas naturais.
[20:16] <JoaoJose> na época, foram aplicadas às linguagens de programação iniciando a pesquisa.
[20:16] <JoaoJose> posteriormente, já em 2001, o modelo adaptativo foi generalizado para a forma
[20:17] <JoaoJose> que hoje estamos utilizando, e foram-lhe acrescentados recursos adicionais
[20:17] <JoaoJose> como será mencionado adiante.
[20:17] <JoaoJose> Em 2007, aconteceu o primeiro workshop sobre adaptatividade, e daí em diante
[20:18] <JoaoJose> todos os anos há uma nova edição no final de janeiro, na Poli.
[20:19] <JoaoJose> este ano tivemos a honra de receber no WTA 2012 a professora Ana,
[20:19] <JoaoJose> que além de acompanhar os trabalhos, participou na mesa redonda do evento.
[20:20] <JoaoJose> Hoje em dia há uma grande variedade de dispositivos adaptativos sendo usados
[20:20] <JoaoJose> e muitas adições e avanços foram obtidos das pesquisas que estão em andamento
[20:21] <JoaoJose> na Poli e em vários outros centros de excelência, no país e no exterior.
[20:22] <JoaoJose> espero ansiosamente que no ano que vem a UFMG esteja entre os participantes ativos do WTA.
[20:22] <JoaoJose> (slide 2 - conceito de adaptatividade)
[20:23] <JoaoJose> (por favor leiam no slide)
[20:23] <JoaoJose> vejamos um exemplo concreto, que todos conhecem.
[20:24] <JoaoJose> todos jogam damas ou xadrez, certo? se não, ao menos já ouviram falar de como funcionam.
[20:24] <JoaoJose> então, todas as peças têm seus movimentos bem definidos e bem conhecidos.
[20:25] <JoaoJose> isto é verdade enquanto os peões do xadrez, ou as pedras do jogo de damas
[20:25] <woodsonfc> Cliquem em >> p\ ir ao slide 2
[20:25] <JoaoJose> não atingem a última linha horizontal do tabuleiro, porque quando isso ocorre,
[20:26] <JoaoJose> aquela peça que tinha um comportamento bem conhecido desde o inicio do jogo
[20:26] <JoaoJose> de repente muda este comportamento e começa a andar de outra forma.
[20:27] <JoaoJose> intuitivamente, isso é a essência da adaptatividade;
[20:27] <JoaoJose> 1. tenho algo cujo comportamento é descrito completamente por um conjunto de regras
[20:28] <JoaoJose> 2. tenho algumas condições especiais nas quais sei que o comportamento deve mudar
[20:28] <JoaoJose> 3. tenho uma receita de como efetuar essa alteração de comportamento
[20:29] <JoaoJose> 4. vou trabalhando normalmente até que uma condição do item 2 ocorra
[20:29] <JoaoJose> 5. nessa ocasião aciono a receita de alteração de comportamento correspondente
[20:30] <JoaoJose> 6. a partir daí as regras mudaram, e prossigo normalmente até que isso ocorra novamente
[20:30] <JoaoJose> isso é adaptatividade, descrito de uma maneira mais rigorosa
[20:31] <JoaoJose> (slide 3 - conceito de dispositivo adaptativo)
[20:31] <JoaoJose> por favor, tentem identificar no slide os elementos mencionados anteriormente.
[20:32] <JoaoJose> (para ajudar: as ações adaptativas são as tais "receitas" de mudança de comportamento)
[20:33] <JoaoJose> (slide 4 - estrutura de um dispositivo adaptativo)
[20:33] <JoaoJose> é um detalhamento do anterior, apenas
[20:34] <JoaoJose> (slide 5 - dispositivos subjacentes usuais)
[20:35] <JoaoJose> alguns nomes de abstrações formais que têm sido utilizados em trabalhos envolvendo a adaptatividade
[20:35] <JoaoJose> os mais utilizados têm sido os autômatos e as tabelas de decisão.
[20:36] <JoaoJose> seu maior emprego é na modelagem de sistemas reativos (que respondem a estímulos)
[20:36] <JoaoJose> e em programas que automatizam tomadas de decisão, como por exemplo
[20:37] <JoaoJose> programas para fazer diagnóstico médico automático a partir de sintomas,
[20:37] <JoaoJose> ou então reconhecedores automáticos de padrões e similares.
[20:38] <JoaoJose> (slide 6 - a pesquisa em adaptatividade no LTA)
[20:38] <JoaoJose> esta figura esquematiza de maneira muito resumida as principais atividades
[20:39] <JoaoJose> de pesquisa envolvendo ao mesmo tempo linguagens e adaptatividade
[20:40] <JoaoJose> (o ´titulo do slide está impreciso: seria melhor "a pesquisa em adaptatividade em linguagem natural no LTA"
[20:41] <JoaoJose> grosseiramente, há 3 faixas: uma, envolvendo linguagens formais
[20:41] <JoaoJose> outra, linguagem natural e a terceira, programas automodificáveis.
[20:41] <JoaoJose> a primeira faixa tem sido extensivamente explorada
[20:42] <JoaoJose> as outras duas estão aos poucos sendo devidamente pesquisadas e dão muitos temas
[20:42] <JoaoJose> para trabalhos de pesquisa de diversas naturezas
[20:43] <JoaoJose> (slide 7 - temas de interesse...)
[20:43] <JoaoJose> é apenas uma lista dos principais assuntos envolvendo linguagem natural e temas afins
[20:44] <JoaoJose> por favor leiam no slide os assuntos que foram ou estão sendo pesquisados sob a ótica adaptativa
[20:45] <JoaoJose> (slide 8 - alguns temas ...)
[20:45] <JoaoJose> neste slide temos mais especificamente assuntos particularmente importante que foram
[20:46] <JoaoJose> temas de mestrados e doutorados desenvolvidos no LTA, e que se situam muito
[20:46] <JoaoJose> próximos das pesquisas que se costumam realizar por outros caminhos em inteligência artificial
[20:47] <JoaoJose> trata-se de um conjunto fascinante de assuntos que apenas "arranha" a vastidão de temas
[20:48] <JoaoJose> que se podem desenvolver nessa rica área interdisciplinar de pesquisa.
[20:48] <JoaoJose> (slide 9 - outras áreas de aplicação da adaptatividade)
[20:49] <JoaoJose> esses foram alguns outros assuntos com que estivemos envolvidos em pesquisas recentes no LTA
[20:50] <JoaoJose> como se nota, as áreas de aplicação são diversas, numerosas e complexas
[20:51] <JoaoJose> mas em todas elas (e muitas outras) a adaptatividade pode ser utilizada com sucesso, como atestam os resultados dessas pesquisas
[20:52] <JoaoJose> (slide 10 - metas recentemente exploradas na área)
[20:52] <JoaoJose> as mais importantes estão realçadas em amarelo.
[20:53] <JoaoJose> particularmente interessante é a de número 5, que dá uma dimensão a mais ao estudo de aprendizagem de máquina
[20:54] <JoaoJose> o item 6 também é um tópico que vale a pena investir, dado o caráter inédito da ideia.
[20:54] <JoaoJose> (slide 11 - organizações recentemente propostas)
[20:55] <JoaoJose> muitas arquiteturas de programas têm sido propostos como base para a construção
[20:55] <JoaoJose> de programas adaptativos. Aí estão quatro itens que formam sua base.
[20:56] <JoaoJose> (sçide 12 - consolidações recentes do uso da adaptatividade)
[20:57] <JoaoJose> aí se apresentam cinco itens cujo estudo se consolidou recentemente
[20:58] <JoaoJose> pela prova formal de suas propriedades, ou pela publicação de material completo sobre o assunto
[20:58] <JoaoJose> (slde 13  - tendências)
[20:59] <JoaoJose> a mais importante são as formulações híbridas, em que a adaptatividade, por sua natureza,
[20:59] <JoaoJose> permite a mistura de técnicas diferentes em um mesmo sistema,
[21:00] <JoaoJose> de modo que em lugar de agir como mais uma alternativa a ser escolhida,
[21:00] <JoaoJose> a adaptatividade se transforma em  uma aliada das demais técnicas tradicionais
[21:01] <JoaoJose> (slide 14 - reflexões finais sobre a adaptatividade)
[21:01] <JoaoJose> aí estão resumidos, à guisa de conclusão dessa apresentação, as principais
[21:02] <JoaoJose> propriedades da adaptatividade e dos sistemas adaptativos.
[21:02] <JoaoJose> É interessante destacar o item sobre métrica do conhecimento:
[21:03] <JoaoJose> as técnicas clássicas em geral não dispõe de uma forma de medir com precisão a informação que coletam,
[21:03] <JoaoJose> processam e armazenam.
[21:04] <JoaoJose> como nos dispositivos adaptativos tudo o que o dispositivo "sabe" sobre o fenômeno
[21:04] <JoaoJose> modelado está no conjunto de regras que o descreve, então uma observação
[21:05] <JoaoJose> cuidadosa desse conjunto fornece potencialmente tudo o que se precisa saber
[21:05] <JoaoJose> sobre a informação contida nesse conjunto de regras, e portanto, traçando
[21:06] <JoaoJose> relações entre causas e efeitos pode-se em princípio descobrir
[21:06] <JoaoJose> de que maneira, como e onde o dispositivo guarda, representa, manipula e altera
[21:06] <JoaoJose> as informações que colhe ao longo de sua operação.
[21:08] <JoaoJose> até onde tenho notícia, isso os sistemas convencionais não costumam permitir com facilidade
[21:08] <JoaoJose> Bem, já passei 10 minutos do meu limite.
[21:08] <AnaMatte>  JoaoJose quando você fala que a TA permite medir e quantificar a evolução do aprendizado do sistema, acredito que seja este o ponto realmente crucial para nossa interação, pois para quem estuda a linguagem,
[21:08] <AnaMatte> não basta uma máquina que aprenda a falar, por exemplo, queremos saber que regras ela aprendeu, que regras foram geradas para tornar isso possivel, até mesmo para poder implementar melhorias em sentidos que ainda não foram alcançados pelo sistema. É uma interação entre linguistica e computação que nunca vi antes e sempre desejei.
[21:09] <JoaoJose> peço desculpas pela minha lentidão em digitar, e pela paciência que exigi de todos vocês
[21:09] <AnaMatte> é um trabalho apaixonante!
[21:09] <AnaMatte> obrigada pela ótima conferência!
[21:09] <AnaMatte> Vou abrir para perguntas, as perguntas podem ser feitas diretamente aqui para o prof.
[21:09] <JoaoJose> estou à disposição.
[21:09] <AnaMatte> palmas para o prf. JoaoJose clapclap clap
[21:10] <AnaMatte> clap clap clap clap :D
[21:10] <JoaoJose> Gracias!
[21:10] <Shirley> clapclap clap
[21:10] <belcoimbra> muito bom!!!! clap, clap!!!
[21:10] <adelmaa> clap clap clap clap...
[21:10] <ElizabethGuzzo> clap clap!!!!!!!!!!!
[21:10] <woodsonfc> clap clap
[21:10] <AnaMatte> está aberto a perguntas!
[21:10] <JoaoJose> reverências, reverências sorriso)
[21:10] <patriciadefatima> clap"s
[21:10] <BrunoForgiarini> muito interessante o tema
[21:10] <AnaMatte> sorriso
[21:10] <tanpi> tanpiclap clap!
[21:10] <BrunoForgiarini> parabéns
[21:11] <leilaiabel_> show de bola!
[21:11] <AnaMatte> JoaoJose: em termos de estudos da linguagem natural, vocês já tem algumas ótimas propostas sendo desenvolvidas no LTA, não gostaria de nos apresentar alguma ou algumas delas?
[21:11] <jorgelinat> clap, clap! Parabéns!
[21:11] <SuintilaPedreira> Seria interessante disponibilizar a íntegra desta palestra no site... infelizmente só cheguei a pouco, e perdí o início dela!
[21:11] <AnaMatte> SuintilaPedreira: será disponibilizado, certamente
[21:12] <JoaoJose> acho que isso daria assunto para um longo papo.
[21:12] <SuintilaPedreira> \o/
[21:12] <patriciadefatima> Poderia, por favor, exemplicar como a "Inferência gramatical" estaria ligada ao tema, como seria tratado?
[21:12] <AnaMatte> JoaoJose: em linhas gerais apenas para dar um gostinho
[21:12] <belcoimbra> prof Joao, ha algum trabalho relacionado á linguagem visual?
[21:12] <JoaoJose> o material dos dois pdf's que lhe passei tem um montão de referências a elas.
[21:12] <leilaiabel_> trabalho com TAs, dentro do conteúdo de educação inclusiva. Como a adaptividade entra no contexto de TAs? Substituindo?, acrescentando?, complementando?
[21:12] <BrunoForgiarini> acabei de baixar um texto que fala sobre reconhecedor gramatical usando tecnologia adaptativa. me parece uma LEITURA BEM INTERESSANTE
[21:13] <JoaoJose> vou falar um pouco agora, mas você precisa me dar um minutinho para localizar meu material
[21:13] <patriciadefatima> Onde encontro?
[21:13] <AnaMatte> patriciadefatima: http://lta.poli.usp.br/lta
[21:13] <Douglas> essa pesquisa já tem resultado na produção de um software com base em adaptatividade ou não é o foco do trabalho?
[21:14] <BrunoForgiarini> http://lta.poli.usp.br/lta/wta/wta-2012/trabalhos/papers/wta_submission_2/view
[21:14] <AnaMatte> aqui tem todos os eventos e papers disponíveis, inclusive de 2012, oba :D http://lta.poli.usp.br/lta/wta
[21:15] <JoaoJose> voltei.
[21:15] <AnaMatte> Douglas: tem sim, vi vários trabalhos já aplicados em janeiro no WTA
[21:15] <leilaiabel_> Prof. João José: trabalho com TAs, dentro do conteúdo de educação inclusiva. Como a adaptividade entra no contexto de TAs? Substituindo?, acrescentando?, complementando?
[21:16] <AnaMatte> leilaiabel_: o que são TAs?
[21:16] <JoaoJose> 1. Não-determinismos
[21:16] <leilaiabel_> tecnologias assistivas
[21:16] <JoaoJose> 2. Ambigüidades morfológicas e sintáticas
[21:16] <AnaMatte> obrigada, leilaiabel_
[21:16] <JoaoJose> 3. Dependências contextuais próximas (p.ex. concordâncias)
[21:16] <JoaoJose> 4. Omissão de componente (p. ex. elipse)
[21:17] <BrunoForgiarini> Parabéns profa. Ana pela escolha do conferencista, achei ótima a abordagem do estudo! Particularmente não conhecia.
[21:17] <JoaoJose> 5. Unicidade (p.ex. componente obrigatório único)
[21:17] <patriciadefatima> Obrigada, Ana e Bruno, consegui entrar nos endereços indicados para as leituras.
[21:17] <JoaoJose> 6. Multiplicidade (p. ex. coordenações, polissíndetos)
[21:17] <JoaoJose> 7. Flexões e concordâncias em gênero, número, grau, tempo, modo, pessoa
[21:18] <JoaoJose> 8. Regência (p.ex. preposições em objeto indireto e complemento nominal)
[21:18] <JoaoJose> 9. Dependências contextuais distantes (p.ex. sujeito oculto e anáforas)
[21:18] <JoaoJose> 10. Expletivos e apostos
[21:18] <JoaoJose> 11. Inversões
[21:19] <JoaoJose> 12. Substituição de componentes básicos por sintagmas complexos
[21:19] <JoaoJose> Aninhamento de frases relativas  Aninhamento de frases relativas
[21:19] <Shirley> Prof. João, boa noite! Pelo que entendi, a base para a adaptabilidade seria a existência de um conjunto de regras previamente definidas e que fossem aplicadas quando o dispositivo perceber uma mudança de comportamento na entrada de dados. Certo?
[21:20] <AnaMatte> uau, JoaoJose, exatamente problemas que são dramáticos na implementação de parsers... fantástico, eu quero :D
[21:20] <JoaoJose> essas são algumas das ocorrências linguísticas que eu menciono em um dos pdfs.
[21:21] <leilaiabel_> Quais pdfs?
[21:21] <JoaoJose> shirley, mais ou menos.
[21:21] <Shirley> a questão é qual a base para elaboração dessas regras?
[21:21] <hugleo> tem dois pdfs aqui: http://arquivos.stis.textolivre.org/site/
[21:21] <JoaoJose> é o seguinte: você tem um sistema que roda conforme uma dúzia de regras bem definidas
[21:22] <AnaMatte> JoaoJose: coloquei os pdfs online: http://arquivos.stis.textolivre.org/site/sequenciagraficadodominadaptativo.pdf e http://arquivos.stis.textolivre.org/site/adaptatividadeemPLN.pdf
[21:22] <JoaoJose> (que você pode obter por exemplo em um livro especializado, ou com um expert, ou você mesma pode criar
[21:22] <JoaoJose> )
[21:23] <Shirley> então a adaptação deve observar a previsibilidade de certo evento ocorrer...
[21:23] <Douglas> se as regras forem pré definidas não haveria adaptação e não seria nada diferente. não estariamos falando em uma base para inteligencia artificial e sim linguagem de programação normal
[21:23] <JoaoJose> então você observa (durante o projeto) que sempre que a regra 4 for aplicada após a regra 7, isso
[21:23] <JoaoJose> significa que algo estranho está acontecendo.
[21:24] <JoaoJose> então você associa uma ação adaptativa (de modificação do conjunto de regras) às ocasiões
[21:25] <Shirley> entendo.
[21:25] <JoaoJose> em que a regra 4 é executada depois da regra 7.
[21:25] <woodsonfc> JoaoJose, então é o computador que irá perceber essa mudança? Ou sempre temos que reprogramar?
[21:25] <JoaoJose> (fantasiei, mas é mais ou menos assim que a gente cria sistemas adaptativos intuitivamente
[21:26] <Shirley> o fato é que o modelo deve antecipar os possíveis eventos.
[21:26] <JoaoJose> woodsonfc: o computador é que tem de perceber tudo, depois que o software adaptativo fica pronto
[21:27] <JoaoJose> antes disso, a gente tem naturalmente que programá-lo adequadamente
[21:27] <JoaoJose> a ideia é programá-lo e "cair fora" deixando que ele aprenda com o tempo, e até que evolua.
[21:28] <AnaMatte> JoaoJose: seria como se o sistema estivesse se auto monitorando o tempo todo, para aprender e gerar novas regras se necessário, já que as regras iniciais indicam o seu objetivo?
[21:28] <JoaoJose> Shirley: sim, devemos como em toda programação de computador, ensiná-lo a fazer o que queremos,
[21:28] <woodsonfc> Aquelas opções de tradução do tradutor do google é um exemplo? prof. JoaoJose
[21:29] <JoaoJose> e se não soubermos exatamente, devemos ensiná-lo a aprender como fazer
[21:29] <JoaoJose> a inteligência é sempre nossa em última instância, e não pode ser diferente
[21:30] <AnaMatte> perfeito
[21:30] <Shirley> ok. muito obrigada.
[21:30] <JoaoJose> woodsonfc: o google até onde tenho informação tem um gigantesco banco de coisas prontas para acelerar o processo
[21:30] <patriciadefatima> Se a lingua portuguesa sofresse mais alguma mudança, deveroa ser reprogramado?
[21:31] <AnaMatte> pessoal, mais alguma pergunta?
[21:31] <JoaoJose> não acredito que ele faça tudo de novo a cada pesquisa.(mas é meu chute)
[21:31] <Shirley> deve ser interessante o uso do modelo associado com experimentos em psicologia cognitiva, por exemplo.
[21:31] <JoaoJose> Shirley: sem dúvida, um ótimo tema de pesquisa
[21:31] <woodsonfc> Se eu faço uma escolha parece que muda como o programa irá traduzir
[21:32] <Shirley> é que estou estudando resolução de problema numa perspectiva de compreensão de texto.
[21:32] <JoaoJose> patriciadefatima: com sistemas tradicionais sim, com adaptativos, se for bem projetado, não obrigatoriamente
[21:32] <Shirley> estava imaginado a simulação das minhas hipoteses.
[21:32] <JoaoJose> woodsonfc: não entendi
[21:34] <woodsonfc> O programa dá opções para a tradução de uma palavra ou termo e podemos corrigi-lo e ele parece aprender ou tentar aprender com essas correções que fazemos
[21:34] <Douglas> Joao Jose o sistema poderá então se programar por base em dados on line por exemplo para atualizar suas informações sobre lingua portuguesa
[21:34] <JoaoJose> sim, ´´e isso que acontece mesmo, mas há várias maneiras de fazer isso no software
[21:35] <JoaoJose> a adapatividade é uma delas, mas existem muitas outras
[21:36] <JoaoJose> Douglas: se houver informação suficiente para isso, é perfeitamente viável em teoria.
[21:36] <JoaoJose> na prática depende dos dados disponíveis, histórico, aprendizado etc
[21:36] <JoaoJose> mas a raiz de tudo está na programação inicial do sistema adaptativo
[21:37] <Douglas> quando se diz aprendizado podemos entender o aprendizado que o superlogo é capaz de assimilar e utilizar isso em softwares mais complexos?
[21:37] <JoaoJose> woodsonfc: consegui responder?
[21:37] <AnaMatte> JoaoJose: por esse motivo trabalhar com módulos adaptativos menores integrados é uma opção bem interessante, não?
[21:38] <JoaoJose> AnaMatte: sim, pois podem ser especializados cada qual para ser muito bom no seu assunto
[21:38] <woodsonfc> Sim, mas minha burrice lógica ainda não entendeu como ele consegue perceber que algo está estranho e como ele (o programa) sabe como irá se adaptar a isso
[21:38] <JoaoJose> e a cooperação entre eles poderia até ser supervisionada por um outro elemento de coordenação em nível superior
[21:39] <belcoimbra> nossa, a aplicabilidade da adaptatividade é barbara e a minha cabe;a esta a mil...rsrs pois é , e fico pensando como teoricamente trabalhariamos temas relacionados á arte... em especifico á liguagem da dança
[21:39] <adelmaa> Porf. boa noite! Trabalho com aquisição da linguagem escrita de uma empregada doméstica que escreve sua autobiografia manuscrita e de forma digital.Minhapergunta é a seguinte:
[21:39] <JoaoJose> woodsonfc: não é burrice nenhuma, e ele nunca vai saber se não for programado para isso ou para aprender isso
[21:40] <JoaoJose> só nós por enquanto temos condição de suprir essa necessidade dele
[21:40] <adelmaa> como fazer uso da adpatatividade para analisar os "varios " erros granaticais que este meu sujeito produz?
[21:41] <JoaoJose> belcoimbra: certíssima. totalmente possível, embora eu não tenha a menor ideia de como fazer, neste momento
[21:41] <woodsonfc> entendo, o programa pode automatizar e sempre irá nos dar um feedback das alterações ocorridas
[21:41] <woodsonfc> a partir dos dados que entram
[21:41] <belcoimbra> sorriso ja estpou pensando aqui com meus botóes prof Joao...
[21:42] <JoaoJose> adelmaa: se você tem apenas o manuscrito, é preciso um passo intermediário de
[21:42] <JoaoJose> processamento de imagem, para descobrir o que está codificado nos garranchos
[21:42] <JoaoJose> depois é necessário um processamento de texto para converter os caracteres supostos
[21:42] <Douglas> se ensinarmos o computador pode prever situações problemas e aprender a dar soluções à eles. Soluções que demorariamos a dar ou nem saberiamos como dar essa é a ideia
[21:43] <AnaMatte> não queria interromper... mas... prof JoaoJose, infelizmente precisamos encerrar, já passamos do tempo regulamentar. Mais uma vez, muito obrigada pela excelente conferência e por sua eterna simpatia! Publicaremos a palestra na página do stis.lintec.org muito em breve. Aproveitem e visitem a revista texto livre (www.textolivre.net) que lançou mais um número hoje. Dia 9 de março voltamos com uma conferência do prof. Brian Street, amanhã
[21:43] <AnaMatte> mesmo já teremos maiores informações na página do stis. Obrigada a todos pela presença.
[21:43] <JoaoJose> nos caracteres de fato, e para isso há muitos softwares que pretendem fazer isso
[21:44] <JoaoJose> Douglas: correto, e é uma das metas da adapatividade
[21:44] <adelmaa> Obrigada!
[21:44] <JoaoJose> infelizmente ainda precisamos desenvolver uma tecnologia para ajudar-nos a bolar soluções adaptativas
[21:44] <belcoimbra> Parabens a comissao organizadora do STIS 2012!!! Parabens ao prof Joao!
[21:45] <Douglas> obrigado joao jose pelas informações
[21:45] <JoaoJose> da mesma forma que existem softwares para ajudar-nos a programar convencionalmente
[21:45] <adelmaa> Parabéns professor pela sua brilhante palestra.
[21:45] <Douglas> parabens pelo trabalho
[21:45] <belcoimbra> Começamos com chave de ouro!!!
[21:45] <adelmaa> Sem dúvida!
[21:45] <belcoimbra> Abração a todos!!! té!!!!
[21:46] <JoaoJose> a todos: obrigado por tantas manifestações. esqueci de responder para alguém?
[21:46] <ElizabethGuzzo> Excelente!!!
[21:46] <AnaMatte> JoaoJose: acho que respondeu a todos. o tempo é curto quando a gente se entusiasma sorriso
[21:47] <patriciadefatima> Obrigada, espero poder participar de mais outra palestra sobre o tema para aprofundarmos mais.
[21:47] <woodsonfc> Próxima conferência é dia 9 de março com o prof. Brian Street  "Literacy and Multimodality" http://stis.textolivre.org/site/index.php/agenda/icalrepeat.detail/2012/03/09/466/-/prof-brian-street-unb-qliteracy-and-multimodalityq
[21:47] <JoaoJose> não  havendo mais nada, só resta agradecer a profa Ana, e colocar-me à disposição para contatos:
[21:47] <JoaoJose> jjneto@gmail.com
[21:47] <JoaoJose> muito obrigado a todos.
[21:47] <woodsonfc> JoaoJose obrigado
[21:47] <Talles_> Parabéns pela conferência, espero a próxima oportunidade para aprender um pouco mais, abraço a todos
[21:48] <AnaMatte> foi um prazer, JoaoJose, muito obrigada! um grande abraço e até breve
[21:48] <woodsonfc> e parabéns, se tiver alguma dúvida, certamente que escreverei!
[21:48] <woodsonfc> E terei muitas!
[21:48] <JoaoJose> ana, tchau e boa noite. até a próxima.
[21:48] <adelmaa> Nós da comissão STIS 2012 esperamos encontrar todo(a)s vocês no próximo evento. A todos vocês nosso muito obrigada!
[21:48] <Shirley> obrigada pela oportunidade!
[21:48] <belcoimbra> OK!!!
[21:49] <JoaoJose> woodsonfc: não dúvidas, e sim soluções... sorriso)
[21:49] <AnaMatte> :D
[21:49] <woodsonfc> Claro tb JoaoJose
[21:49] <woodsonfc> :-o
[21:49] <AnaMatte> JoaoJose: a comissão do stis é composta pela adelmaa, pelo woodsonfc e pela ElizabethGuzzo
[21:50] <AnaMatte> agradeço a eles pelo esforço em tornar esse evento possível
[21:50] <JoaoJose> prazer em "conhecê-los" virtualmente
[21:50] <ElizabethGuzzo> o prazer é nosso
[21:50] <adelmaa> a honra é nossa!!
[21:50] <BrunoForgiarini> grande abraço a todos
[21:51] <woodsonfc> quiçá presencialmente um dia nos conheceremos
[21:51] <JoaoJose> se Deus quiser
[21:51] <woodsonfc> abraço BrunoForgiarini
[21:51] <BrunoForgiarini> Gostaria de saber como obtenho um atestado de participação
[21:51] <JoaoJose> abraço, Bruno!
[21:52] <AnaMatte> também agradeço ao apoio inestimável do hugleo, com o chatslide
[21:52] <BrunoForgiarini> abraço prof Jose!
[21:52] <hugleo> sorriso
[21:52] <JoaoJose> câmbio final e desligo.

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Based on a work at Texto Livre.

3. Março: Literacy and multimodality

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Março de 2012:  Literacy and multimodality

conferencista: Brian Street/King's College

moderador: Vera Menezes/UFMG

dia 09/03 às 14h

Para assistir, entre na Sala de Conferências com um nickname de sua escolha (sugerimos NomeSobrenome, sem espaços, acentos ou cedilha). A senha não é necessária. Assim que entrar, clique na aba #evidosol-1 para assistir à conferência.

Abstract

I will provide an account of the epistemological framings of both multimodality and the New Literacy Studies, and outline the histories of each theoretical framework thus enabling each to be situated within their respective intellectual traditions. I firstly describe the tradition of the New Literacy Studies, and its connection with ethnography and then consider how literacy practices can be understood as being situated within wider domains of practice and links made with multi modality. I address the different epistemological framings of New Literacy Studies and the multimodal tradition; one rooted in an ethnographic perspective and the other more focused on systemic function linguistics, to ask what the New Literacy Studies can do to inform research premised on a multimodal perspective. By drawing on specific instances of practice and describing a number of research projects that brought an ethnographic understanding of events and practices to not only literacy events and practices, but also multimodal events and practices (Lancaster 2003; Street 2008) a wider application of the theoretical tradition of the New Literacy Studies can be achieved. Multimodality and New Literacy Studies, brought together, fills out a larger more nuanced picture of social positionings and communication by building an equal recognition of practices, texts, contexts, space, and time. Recent studies that straddle both traditions (E.g. Leung and Sgtreet, 2011) are presented along side some  considerations for future research.

PDF of the original text: arquivos.stis.textolivre.org/site/STIS-LectureLitandMMMarch2012.pdf

3.1. registro março

Registro da conferência de 9 Março de 2012:  Literacy and multimodality

conferencista: Brian Street/King's College

moderador: Vera Menezes/UFMG

 

[14:02] <VeraMenezes> Welcome Dr. Street and the audience. I will introduce our speaker in Portuguese and I hope he doesn' mind.
[14:02] <VeraMenezes> Professor Emérito da Linguagem na Educação do King's College, Universidade de  Londres e Professor Visitante da Graduate School of Education, University of Pennsylvania, sendo também membro integrante do Centro de Linguagem, Discurso e Comunicação.
[14:02] <VeraMenezes> Nos últimos 25 anos tem desenvolvido pesquisas de campo da antorpologia e tem dado consultoria na área de educação em vários países como Nepal, África do Sul, Índia, EUA,
[14:02] <VeraMenezes> É conferencista internacionalmente reconhecido e um dos autores mais citados na área de práticas de letramento. Em 2006 foi Presidente da Comissão de Educação da RAI desde 2006Em 2008 recebeu um um prêmio de distinção e reconhecimento pelos trabalhos desenvolvidos em sua vida acadêmica pela National Reading Conference, nos Estados Unidos da América.
[14:03] <VeraMenezes> Em 2009, foi eleito Vice-Presidente do Instituto de Antropologia.. Sua produção acadêmica é brilhante com 18 livros já escritos e mais de120 artigos publicados em periódicos mundialmente reconhecidos.
[14:03] <VeraMenezes> Enjoy his presentation.
[14:03] <lidianepereira> qual o código para assistir a palestra
[14:03] <Brianstreet> I will provide an account of the epistemological framings of both multimodality and the New Literacy Studies, and outline the histories of each theoretical framework thus enabling each to be situated within their respective intellectual traditions
[14:03] <acris> today there is no code (não tem código hoje)
[14:04] <Brianstreet> I firstly describe the tradition of the New Literacy Studies, and its connection with ethnography and then consider how literacy practices can be understood as being situated within wider domains of practice
[14:06] <Brianstreet> By equally locating multimodality as being about a focus on the material qualities of texts, I argue below that multimodality offers a way of showing how locating standpoints materialize in texts (Kress, 2003).
[14:06] <Brianstreet> Multimodality and New Literacy Studies, brought together, fills out a larger more nuanced picture of social positionings and communication by building an equal recognition of practices, texts, contexts, space, and time.
[14:06] <Brianstreet> Multimodality
[14:07] <Brianstreet> Halliday’s work enabled a layering and deepening understanding of text, form and function within a social context. Gunther Kress, firstly based in Australia and then moving to London in the 1990’s began to use these ideas in relation to social semiotics.
[14:08] <Brianstreet> In his early work he focused on an understanding of signs in society drawing on Halliday and started to map out the idea of the motivated sign (Hodge and Kress 1988). Social Semiotics drew heavily on Halliday and applied an understanding of signs to understand the way context shapes the making and receiving of a text
[14:08] <Brianstreet> a ‘mode’ is defined as  ‘a regularised organised set of resources for meaning-making’, which might include  image, gaze, gesture, movement, music, speech, writing etc.
[14:09] <Brianstreet> Multimodality, then, is an approach to communication wherein textual modes work in concert with each other without a necessary privileging of one over another. Multimodality is guided by the interests of a sign-maker at given moment in time, place, and with particular ways of making the sign
[14:10] <Brianstreet> Closely informed studies of children’s meaning making could then draw on a theoretical perspective that allowed them to examine anew how children come to what they see afresh, and to recognize how they often draw on a number of different modes to create these new signs.
[14:10] <Brianstreet> The concept of Multimodality enabled a language of description to be applied to children’s text making in a way that was generative, fresh and exciting for contemporary researchers. Multimodality has now developed into a field that is ‘thick’ with descriptive studies
[14:10] <Brianstreet> New Literacy Studies
[14:12] <Brianstreet> In 1983 Shirley Bryce Heath published her seminal Ways with Words that outlined the literacy practices of three communities in the rural Carolinas: Trackton, Roadville and Maintown. Heath recorded how each of these different communities lived, spoke and wrote in different ways
[14:13] <Brianstreet> published at about the same time as another key study by Brian Street of literacy practices in Iran, in which Street identified different literacy practices associated with different domains of practice. An understanding of the ideologically situated nature of literacy was borne from Street’s ethnographic work in Iran (Street 1984; 1993).
[14:14] <Brianstreet> The framework for understanding literacy in such a context  involved the concept of ‘literacy practices’ (Street, 1985). This more social perspective on the uses and meanings of literacy
[14:14] <Brianstreet> This approach by an English ethnographer also linked with work in the US tradition of the ethnography of communication which similarly identified ways in which everyday practice and ways of speaking and writing could be understood and interpreted, using ethnographic methodologies (cf  Hymes 1996; Hornberger, 1987, 2002).
[14:15] <Brianstreet> Hymes like Halliday had made a move away from an autonomous model of language, in the way that Chomsky had somehow separated analysis of language structures from their social uses. The ‘ethnography of communication’ brought together a  more sophisticated view of how language actually worked with an ethnographic perspective on how people actually used it in their everyday communicative practices
[14:15] <Brianstreet> the need to situate everyday language within wider contexts of social practice, as described in Social Literacies (1996). Gee used the term ‘The New Literacy Studies’ to describe the ‘social turn’ that had taken place in the 1980’s and 1990’s as researchers had documented literacy practices in community context, often using ethnography to aid an understanding of these practices.
[14:16] <Brianstreet> The role of ethnography
[14:16] <Brianstreet> What united many of the researchers into literacy practices in everyday life was a focus on ethnography as a methodology. Street himself took from the British school of ethnography the interpretative methods that allowed him to observe and record literacy practices in Iran.
[14:16] <Brianstreet> Likewise Heath drew on the ethnography of communication, as developed by Hymes and others in the US, in order to locate and trace literacy and language practices in three communities in the rural Carolinas (Heath 1983),
[14:17] <Brianstreet> Researchers from the New Literacy Studies have drawn on the ethnographic fieldwork experiences of American anthropologists
[14:17] <Brianstreet> David Bloome and Judith Greene (1996) addressed the dilemma that this essentially anthropological approach raised for many working in the field of language, education and communication, that whilst adopting ethnographic approaches they did not necessarily want to become anthropologists themselves.
[14:18] <Brianstreet> Green and Bloome drew a distinction among three approaches to ethnography that enabled many to overcome this problem, referring to the notion of: doing ethnography, adopting an ethnographic perspective and using ethnographic tools.
[14:18] <Brianstreet> Following these leads, a wealth of research and publications have drawn upon ethnographic perspectives to describe literacy practices across different cultural contexts (Aikman, 1999; Doronilla, 1996; Heath, 1983; Hornberger, 1997, 2002; Kalman, 1999; King, 1994; Robinson-Pant, 1997; Wagner, 1993), contributing to both academic research  and theory and to policy and practice.
[14:19] <Brianstreet> Bringing the two traditions together
[14:20] <Brianstreet> We can now begin to identify overlaps and ways in which both traditions – New Literacy Studies drawing upon ethnographic perspectives and Multimodality
[14:20] <Brianstreet> argument was that what is needed to understand contemporary texts, that often include both images and words in their presentation, is a combination of methods of analysis, an ‘inter-disciplinary array of methods’
[14:21] <Brianstreet> These might include a focus on literacy events and practices of the kind he had advocated in a 1988 paper on ‘Literacy Practices and Literacy Myths’.
[14:21] <Brianstreet> that we now find the terms being used in the field of multimodality: as Pahl has suggested: ‘I extend the concept of literacy events and practices to the idea of multimodal events and practices as described by Lancaster to account for the way texts are multimodal’ (Pahl, 2007, p. 81).
[14:22] <Brianstreet> alongside literacy events and practices a wider range of semiotic systems are needed to make sense of everyday life.
[14:23] <Brianstreet> Applying  this to education, he argues that that not to take account of multimodality would be problematic for schools as it would de-privilege children who are already drawing on a number of semiotic modes to make meaning and who are likely to be applying for jobs where the employer is quite aware of the importance of multiple modes in meaning making and communication.
[14:24] <Brianstreet> Another aspect that could be brought to bear on the intersection of multimodality and the New Literacy Studies, which is the concept of Discourses, from Gee (Gee 1996; 1999).
[14:24] <Brianstreet> Gee identified that there were two types of discourses -  ‘language in use’ which he saw as being ‘little d’ discourses and’ big D’ Discourses
[14:25] <Brianstreet> forms of life which integrate words, acts, values, beliefs, attitudes and social identities as well as gestures, glances, body positions and clothes. (Gee 1996:127)
[14:25] <Brianstreet> S, bringing together NLW and MM, using ethnographic perspectvies and including the concepts of Discourse, Studies that merged the insights of Kress, Street and Gee began to be published in the early twenty first century.
[14:26] <Brianstreet> NLS
[14:26] <Brianstreet> For example Street’s (2005)  edited volume Literacies across Educational Contexts includes a number of chapters on semiotic practices in and out of school,
[14:27] <Brianstreet> an understanding of the multimodal text as betraying traces of the practices that went into its making made an understanding of multimodal texts as linked to social practice more visible
[14:28] <Brianstreet> Another example is Rowsell’s work described how D/discourses materialize in modalities in texts and reveal traces of ideas, values, and concepts that inform how we take up the text (Rowsell, 1999).
[14:29] <Brianstreet> She shows how Textbooks, as I shall illustrate below with data from recent classroom studies in the UK,  are a good test case for locating the micro, meso, and macro, when analyzing how more local Discourses and turns of phrase materialize in texts to having textbook layouts simulate computer interface and global shifts to communication
[14:30] <Brianstreet> Another key concept is the field is that of artifacts: Discourses, transform them, and materialize them in an artifact, another key term in the new conceptual array (cf Pahl and Rowsell, 2010).
[14:30] <Brianstreet> With a focus on how D/discourses could be instantiated within multimodal texts (Rowsell), and a focus on the literacy events and practices when children are interacting with multimodal texts (Moss) the two fields were coming together and were being actively used by researchers across the globe.
[14:31] <Brianstreet> New Literacy Studies and Multimodality- research studies
[14:32] <Brianstreet> The bringing together of the two fields was firstly achieved through a number of edited collections where researchers explored the intersection in their work. The first, Multimodal Literacy (Jewitt and Kress 2003) placed literacy within the wider field of multimodality,
[14:32] <herculestoledo> Por favor, informem-me o codigo da palestra
[14:32] <Brianstreet> , ‘a multimodal approach to learning starts from a theoretical position that treats all modes as equally significant for meaning and communication..’
[14:33] <Brianstreet> Pahl and Rowsell argued that seeing texts  as traces of social practice and ethnography is essential to understanding the repeated practices that sediment into text making (Rowsell and Pahl 2007).
[14:33] <Brianstreet> In their introduction to Travel Notes, they argue that,       We need the multimodal in the New Literacy Studies in order to understand texts as material objects. Multimodality gives an analytic tool to understand artifacts such as children’s drawings, and to recognize how literacy sits within a much wider communicational landscape (Pahl and Rowsell 2006).
[14:34] <Brianstreet> Kress and Street, in a Foreword to this volume, recognize the relative contributions of the two fields:  The editors of this volume bring together work from two fields of study, both relatively recent arrivals: Multimodality and New Literacy Studies
[14:34] <Brianstreet> Multimodality and New Literacy Studies. In the former there has been an attempt to redress the emphasis on writing and speech as the central, salient modes of representation, in favour of a recognition of how other modes – visual, gestural, kinaesthetic, three-dimensional – play their role in key communicative practices.
[14:35] <Brianstreet> So one major emphasis in work on multimodality is to develop a “language of description” for these modes, that enables us to see their characteristic forms, their affordances and the distinctive ways in which they  interact with each other.
[14:35] <Brianstreet> . Likewise, those in the field of New Literacy Studies (NLS) have attempted to provide a language of description for viewing literacy as a social practice in its social environments.
[14:36] <Brianstreet> What New Literacy Studies has added to traditional approaches has been the recognition that reading and writing vary across cultural time and space – the meanings associated with them vary for participants and are rooted in social relationships, including crucially relationships of power.
[14:37] <Brianstreet> Kress and Street conclude by asking what the different fields can contribute:  But again the question arises of what are the limits and boundaries here and what does NLS not address that, for instance, a social semiotic theory of multimodality can better handle? Whose tools are better suited to different aspects of the broader task? The question of ‘complementarity’ addresses itself to that – not a matter of mere eclect
[14:38] <Brianstreet> The links of NLS and MM This is timely and necessary precisely because burning issues in representation and communication have proliferated along with the profound changes in the social, cultural, economic and technological world
[14:38] <Brianstreet> In that context the need is to open up questions; and bringing the compatible and complementary approaches of NLS and Multimodality to bear, offers one means of getting further.
[14:39] <Brianstreet> So, key concepts in the field that enable us to draw upon both NLS and MM to address contemporary communicative practyices include: – practices, events, participants on the one hand, semiosis, modes and  affordances, genres, signmakers and signs on the other. From each of these further questions follow, uncertainties open up. What is a mode, how do modes interact, how can we best describe the relationship between events and
[14:41] <Brianstreet> I will conclude this theoretical section by signaling recent work that has attempted to bring together New Literacy Studies and the theory and methods of the French sociologist and philosopher Pierre Bourdieu (Grenfell et. al., 2012).
[14:42] <Brianstreet> In an introduction to a volume significantly entitled Language and Classroom Ethnography: Bridging New Literacy Studies and Bourdieu, (Grenfell et. al., 2011) Mike Grenfell, who brought the contributors together,  states that the aim of the volume is to ‘consider Bourdieu’s main theoretical positions, his key concepts and how these arose from and have implications for the study of language and education’
[14:43] <Brianstreet> the authors, attempt to link key concepts in Bourdieu’s work with their own research on literacy as social practice
[14:44] <Brianstreet> The concept of ‘practices’, as in Bourdieu’s ‘the ‘logic of practice’,  is a way of enacting this array of concepts, linking specific data on, in this case, educational events and activities in general and reading and writing in particular, to the broader field and cultural  capital which give them meaning.
[14:44] <Brianstreet> The notion of ‘literacy practices’, then,  can be refined in this Bourdieusean sense to enable researchers and practitioners to see the ‘hidden’ features (cf Street, 2009) of  academic literacy events and to locate them in their larger social and ideological context.
[14:45] <Brianstreet> Othjer concepts from Bourdkieu that are being applied in the field of litercay include The concepts of cultural reproduction, cultural capital, along with the specific analytic tools of field and habitus
[14:45] <Brianstreet> Hw thes emight apply to Multimodaithy os still a fairly open field that there is scope for much novel research
[14:46] <Brianstreet> Ways of bringing the intersection into play: A Classroom Vignette
[14:46] <Brianstreet> An example of how this approach can help us ‘see’ aspects of classroom practice and the literacy involved, that might otherwise remain ‘hidden’, can be illustrated in the following account of a London classroom recently studied by  Leung and Street (forthcoming).
[14:47] <Brianstreet> In many of the classes Leung and Street observed in an ethnolinguistically diverse London school, there was a complex mix of modes of information - written, spoken, visual - configured in different locations – on the walls, in notebooks, on black/white boards involving different technologies and formats – computer and internet sources displayed on a screen, text books, students’ note books, posters, folders, cards for w
[14:47] <Brianstreet> The data is taken from observations of an Advanced Subsidiary level History class (17-year-olds, pre-university)  in which students from a number of different language backgrounds were engaged with work on the topic of ‘The origins of the equal rights movement for women’.
[14:48] <Brianstreet> The segment of the lesson reported here begins after the class had settled down and the teacher announced the start of her teaching by drawing attention to the powerpoint slide on the whiteboard
[14:48] <Brianstreet> At the start of the lesson the teacher, Donna, draws the students’ attention to the information on a slide displayed on the whiteboard.  The topic of the lesson is: The origins of the equal rights movement for women.
[14:49] <Brianstreet> After introducing the topic, the teacher asks the students to copy the information on the slide into their notebooks and to look up the meanings of the words ‘infiltrate’ and ‘desertion’ in the dictionary, which has been placed on the table in front of the students.  The students proceed with the copying task quietly; the teacher sits with the students and occasionally reminds them to use the dictionary.
[14:50] <Brianstreet> Even though qwe are trying ehre to adress different modes, the tehcnollogy it seems does not allow us to see visual images so I can only repot on the classroom inetrcations, not show the images that the studnets saw on the whiteboard
[14:50] <Brianstreet> After five minutes the teacher stands up and introduces a set of key words on a new slide (Slide 2).
[14:52] <Brianstreet> So, we can be Multimodal, only look at written work and take into account how it links with other modes; The teacher tells the class that the main concept for the lesson is ‘how life changed for women’, and that the ‘basic key words’ for this topic are on the left hand side of the whiteboard.  The students are asked to find a matching definition for each of the key words from the right hand side of the whiteboard.  Th
[14:57] <Brianstreet> GThe point of this example is that it is like many classes these days - there is a complex mixture of modes and the writing aspect is one amongst many
[14:57] <Brianstreet> In total this segment is approximately 9-10 minutes (of a 60 minute lesson).  There is constant interweaving between different ‘modes’ of language (talk, writing, reading, listening) and literacy activities, involving a variety of multimodal material use
[14:58] <Brianstreet> The lesson moved at a very fast pace – the teacher moved from one slide to the next slide, asked questions, then instigated a discussion around key terms. There were rapid transitions between teacher-led discussion and short question and answer sessions; at the same time there was considerable student/student talk.
[14:59] <Brianstreet> From the perspective of New Literacy Studies, we might say that we can observe all of the events described here, but recognise that this is not enough, we also need to ask how did the students and their teacher – and the researchers – make sense of them. In order to understand ‘what’s going on’ here, as the ethnographic perspective asks, we needed, as we noted above, to make the shift from events to practices, to be
[14:59] <Brianstreet> to make the shift from events to practices, to begin to identify the meanings and concepts underlying the events, the relation of different modes and their location in social and institutional contexts.
[15:00] <Brianstreet> Similar use of the MM and NLS perspective might be applied p other classroom events and practices, with different languages and registers in different subject areas. The bringing together of MM and NLS would seem to be a productive move which I would see as significant not only in terms of educational contexts of the kind described here but more broadly in terms of everyday communicative practices, for which the approach is o
[15:03] <Brianstreet> So, this presentation has set out some of the key features of NLS and MM, described some recent work drawing upon them and then offered a classroom vignette in which we can use these ideas to explore what teachers and students are doing
[15:03] <Brianstreet> I look forward to time for discussion and perhaps comparisons of how colelagues' own work might relate to these approaches, Obrigado, Brian
[15:03] <VeraMenezes> Thanks, Dr Street for such an enlightening presentation. Let’s now open the channel to questions from the audience.
[15:04] <acris> Brianstreet: the code of your images is stismarch2012
[15:04] <acris> the channel is ready to receive the questions
[15:05] <acris> thank you, Brianstreet
[15:05] <adelmaa> Dear Professor Brian The STIS is honored to have you as our speaker today. Your talk was attended by a number of
[15:05] <acris> thank you, VeraMenezes
[15:05] <adelmaa> researchers from different parte from Brazil. I'm sure we all became a little more thoughtful researcher  after you lecture today. Thank you very much. .
[15:05] <adelmaa> I would love two post here two questions to you:
[15:05] <adelmaa> First: I your opinion what are the advantages this kind of study regarding applied linguistics? / Em sua opinião, quais são as vantagens advindas de estudos desta natureza para as pesquisa em linguistica aplicada?
[15:05] <adelmaa> v
[15:06] <adelmaa> Second: How these studies could impact the public policies for education? / Como estudos desta natureza poderiam influenciar  mudanças nas políticas públicas em educação?
[15:06] <Brianstreet> and I look forward to questions and how all of this relates to your own work, Brian
[15:06] <VeraMenezes> Do you read Portuguese Brian?
[15:06] <VeraMenezes> Sorry. I see the translation.
[15:07] <Brianstreet> I can quiuckly translate some of this. The question was about how such work may have influenced public policy. In the UK and the US the answer is disappointing in that national policies remain focussed moe narrowly on 'lietrcay', phonics etc. But teachjrs are moving ahead of policy makers ...
[15:09] <acris> teachers has this revolucionary feeling in any country, i think
[15:09] <Brianstreet> remain focussed more narrowly on  'literacy' and phonics etc  Burt teachers are moving ahead
[15:09] <Brianstreet> Yes, researchers are tracking what is actually happening in classrooms - the issue is how we can take this into policy circiles
[15:10] <Brianstreet> Sim, os pesquisadores estão monitorando o que está acontecendo nas salas de aula - a questão é como podemos levar isso em circiles política
[15:10] <acris> sorriso
[15:11] <Clecio> I was very happy with the talk. IN my doctorate, I have analyzed literacy events involving the use of textbooks, exercise books and dictionaries, in addition to oral discussions of the students on the rolls of drawings and notes on the blackboard. How do you see possibilities of Brazilian research on literacy also contribute to studies of the NLS and MM?
[15:11] <VeraMenezes> Any other questions?
[15:11] <VeraMenezes> I mean question
[15:12] <BrunoForgiarini> Prof. Brian, gostaria de saber a sua visão sobre os novos letramentos e multimodalidade no esnino de linguas. Uma realizade proxima ou distante?
[15:12] <Brianstreet> Yes, there is a book just coming out edited by Judy Kalman and I on New Litercay DStudiers work in Latin America - a next volume could build on work like yours to look specifially at educational contexts and classrooms
[15:13] <Clecio> Thank you.
[15:13] <acris> BrianStreet, when you said that "So one major emphasis in work on multimodality is to develop a “language of description” for these modes" I remebered french semiotics and their powerfull metalanguage to studying meaning. There is a reference where we could compare both approaches? I would love to annalyze the conections in order to try a way of interacting with your proposal.
[15:13] <Brianstreet> esnino de linguas.? Can you translate? I think you are addressing a complex issue here
[15:15] <Brianstreet> Yes, French approaches I know have been influential in Brazil - an inetresting move would be to link these with Ethnography of Com,munication, NLS, MM ...
[15:15] <elianepasquotte> Hi, Professor Street. I would like to propose you a question. Certainly, in relation to the practices of academic literacies, the use of power point for classes and defenses of dissertations and theses represent a complex study that extends the full understanding of the concept of text, literacy events and practices. There are already studies on academic literacies studies terorias weaving together of ethnography, the NL
[15:15] <JSS_> Brian, how do you see the teacher's role in these studies. I meand, we see clearly that a great amount of researches are developed by outsiders from classrooms. Hpw can teachers themselves do researches on their classroom and not just receive what one has produced?
[15:16] <Brianstreet> The point in siuch an approac would be to recognise the 'hidden' features of academic literacy practices - especially those that involve faculty and examiner judgements
[15:17] <VeraMenezes>  I would like to go back to your last example during the presentation. What do those data tell language teachers?
[15:17] <acris> Brianstreet: yes, I think so. thank you
[15:17] <Brianstreet> I am in toucbh with colelagues at the University of {Pennsylvania, BGraduate |Scnhool of Educatkion, who are especially experienced in what they term 'practitioner enquiry' ie tecahers themselvves do such rersearch, not justy 'outsiders'
[15:18] <BrunoForgiarini> Sorry. I asked  your opinion about the new literacies and multimodality  language teaching? It's near or distant to research
[15:18] <Brianstreet> And yes often the teacehrs can identify the 'hidden' features more readily than the outside examining Boards
[15:20] <AnaMatte> Brianstreet: you can use the images now, with the code stismarch2012
[15:21] <Brianstreet> The language field has been well described recently by my colelague Constant Leung ('an article on 'Conviviial Commiunication', in which he criticises second language teaching as ofgten claiming to draw upon Hymes 'communicative competence' but actually reduces it to regulated and testable skills rather than complex communicative practcies
[15:21] <AnaMatte> the code goes into this text bbox in the right part of the window
[15:22] <VeraMenezes> I agree with the criticism
[15:22] <Clecio> n the example shown, the teacher was using a blackboard or a digital board?
[15:23] <Brianstreet> The images that are coming up are, I would say, 'case study' exmaples of how teachers use whiteboards, electronic media etc in classrooms and then talk to studnets about and with them at the same time as  helping them to write about it - MM in practice
[15:24] <JSS_> So do I agree, however the negative scenery was always there, and the teacher education programas seem to be aware of it, by discussing texts and theories, but actually we do not see a project or a syllabus that in fact approach the diversity of the classroom.
[15:24] <VeraMenezes> Ana, how can we open the images?
[15:25] <JSS_> in Brazil
[15:25] <ElizabethGuzzo> <AnaMatte> Brianstreet: you can use the images now, with the code stismarch2012
[15:25] <VeraMenezes> so that the audience can see them?
[15:25] <AnaMatte> just puth the code into the box
[15:25] <Brianstreet> But some Teacher Training is beginning to take acocunt of such diversity ...
[15:25] <AnaMatte> everyone must do that
[15:25] <Brianstreet> yes
[15:25] <VeraMenezes> I see an additional problem, I would like you to comment
[15:26] <VeraMenezes> In addtion to the multimodal material brought by the teacher
[15:26] <VeraMenezes> students are at the same time texting
[15:26] <VeraMenezes> taking/sending photos etc
[15:27] <VeraMenezes> I think this should also be taken into consideration instead of
[15:27] <Brianstreet> I have just read a brilliant article by Jan Blommaert (I can send you the ref) which shows how  students' use of such texting can be related to the academic litercaies of schooling ...
[15:28] <AnaMatte> you can see the images direct here: http://www.textolivre.pro.br/chatslide/apresentacoes/stismarch2012/stismarch2012.html
[15:28] <VeraMenezes> instead of trying to prevent them toi use their cells
[15:28] <VeraMenezes> from using their cells
[15:29] <Brianstreet> Yes, teachers aware of MM and NLS can build on what the studnets are doing rather than trying to rpevet it or putting it down
[15:29] <Brianstreet> rather than trying to prevent it
[15:29] <AnaMatte> perfect
[15:31] <VeraMenezes> questions!
[15:31] <elianepasquotte> Professor Street. I would like to propose you a question.
[15:31] <VeraMenezes> Abriram o arquivo? Conseguiram ver as imagens?
[15:31] <JSS_> Brian, how can these such important studies reach teachers there in the school, I mean, that ones who do not have contact with academic production? Wouldn't these studies be localized in the realm of colleges?
[15:32] <monicar> ok
[15:32] <BrunoForgiarini> Sim, profesora Vera.
[15:32] <elianepasquotte> Certainly, for practices of academic literacies, the use of power point for classes and defenses of dissertations and theses represent a complex study that extends the understanding of the concept of text, literacy events and practices. There are already studies on academic literacies relating the three fields of study: ethnography, the NLS and multimodality?
[15:32] <BrunoForgiarini> *professora
[15:33] <Brianstreet> There are various routes for accessing such academic research - journals for teachers can carry reports; teachers doing courses; teachers themselves, as someone said earlier, doing such research
[15:34] <AnaMatte> Brianstreet: do you have a website with this references?
[15:34] <Brianstreet> and we are discussing in FAE a project for bringing academic litercaies work from Brazil, UK, US, France together in relation to the current expansion of universities  in Brazil ...
[15:34] <BrunoForgiarini> Good questions @AnaMatte, and an e-mail?
[15:36] <Brianstreet> I can provide a list of some of the work in the academic literacies field - which s moving fast just now
[15:38] <Brianstreet> One of my colleagues in the UK, Anna Robinson-Pant, is doing research on how the administrative requirements of universities are demanding more writing, filling in forms e in ways that may undermine the creative aspect of tutor/ studnet relations ...tc
[15:39] <VeraMenezes> What is the point? I did not understand?
[15:39] <VeraMenezes> how can forms interfere?
[15:40] <Brianstreet> a recent book edited by Castello and Donahue, called University Writing, does have a number of examples of the kinds of things you are raising regarding  writing practices in university
[15:40] <AnaMatte> Brianstreet: it is fine for you to continue? the time is over, but we are in love with your speach, if you can continue...
[15:41] <Brianstreet> The point is that the administrative requirements may require particualr forms of writing, particualr genres, whilst the tutor and the discipline they are in may have previsouly favoured other forms of writing - that may have been more creative and more intellectually rigorous
[15:42] <VeraMenezes> I see
[15:42] <Brianstreet> I was trying to lonk this with the point earlier about the use of power point for classes and defenses of dissertations
[15:43] <Brianstreet> ok, I can stay for a little while longer
[15:43] <AnaMatte> thank you, thank you :D
[15:45] <adelmaa> It is very kind of you to give us the pleasure to have you alittle more. Thank you!!!
[15:45] <Brianstreet> more questions?
[15:46] <Brianstreet> studies on academic literacies relating the three fields of study: ethnography, the NLS and multimodality? KI can provide some references
[15:46] <VeraMenezes> I would like to know if there are other theories to study images because
[15:46] <AnaMatte> Brianstreet: i think it is a to way route, between teachers and elevens, because elevens already do MM in practice
[15:47] <VeraMenezes> Kress and his partner's studies focus on a kind of syntax
[15:47] <VeraMenezes> Halliday's syntax
[15:47] <adelmaa> According your observations how do you judge the influenece of your reaasearch in Brazilian reseacrhes?
[15:48] <Brianstreet> Art and Design Studies have traditionally provided very sophisticated views of how to read images - Kress does draw upon these in extending the social semiotics aspect of such work
[15:49] <elianepasquotte> and it change the concept of textt and literaci.
[15:49] <AnaMatte> there are softwares (i don't remember now the name) that can be usefull in order to study readyng on computer, could be used to study reading images too
[15:50] <Brianstreet> I don't think I can answer the question about influence in Brazil - but what I see going on suggests there are many complementary  areas of work and the colleagues both build on MM/ NLS and have their own contributions I liaise with at UFMG/ FAE
[15:51] <Brianstreet> the colleagues I liaise with at UFMG/ FAE both build on MM/ NLS and have their own contributions
[15:51] <AnaMatte> Brianstreet: is Castanheira, isn't?
[15:51] <Brianstreet> Amongst others
[15:52] <Brianstreet> Yes, work on computer uses does also invovle looking at visual images - and questioning what counts as 'reading' or 'litercay'
[15:53] <Brianstreet> Theo van Leeuwen has done a lot of work in this area and also Carey Jewitt
[15:53] <AnaMatte> Brianstreet:  we are going to publish your conference in the site of stis (http://stis.textolivre.org), ok?
[15:53] <VeraMenezes> I think it is time of final greetings.
[15:53] <Brianstreet> Yes, that's fine, thank you for this interesting conversation. Brian
[15:54] <AnaMatte> Thank you, Brianstreet
[15:54] <AnaMatte> yes, VeraMenezes
[15:54] <VeraMenezes> I would like to thank Dr Brian and the ones who attended such a wonderful session.
[15:55] <Brianstreet> Boa noite
[15:55] <AnaMatte> Thank you all! clap clap clap clap
[15:56] <BrunoForgiarini> Thanks! Excellent presentation! clap clap clap ;)
[15:56] <AnaMatte> Boa noite, Brianstreet
[15:56] <ElizabethGuzzo> Thanks, prof. Brianstreet!
[15:56] <AnaMatte> Pessoal, quem quiser certificado de participação envie um e-mail para stis@textolivre.org
[15:56] <monicar> Thank you, Prof Brain
[15:57] <rivaniatrotta> Thanks Brianstreet, VeraMenezes e @AnaMatte
[15:57] <AnaMatte> Brianstreet and VeraMenezes: we will send you certificate by email
[15:57] <AnaMatte> your*
[15:57] <adelmaa> clap clap clap clap ... It was amazing...  Your talk has being so motivating that I would love to keep discussing..
[15:58] <adelmaa> Thank you ...
[15:58] <monicar> Thank you, Prof Vera Menezes and Prof Anacris clap clap clap
[15:58] <BrunoForgiarini> Obrigado professoras  Ana Matte e  Vera Menezes pela moderação da conferência. Tema muito interessante! Abraço a todos
[15:58] <Brianstreet> and I look forward to meeting up with some of you when I am in Brazil later this year,  Brian
[15:59] <monicar> Looking foward to meeting you in Brazil.
[16:00] <AnaMatte> VeraMenezes: muito obrigada!
[16:00] <VeraMenezes> Foi um prazer. Tenho que ir agora. Até mais.
[16:00] <AnaMatte> até
[16:00] <ElizabethGuzzo> Obrigada, Vera!
[16:02] <AnaMatte> Pessoal: mês que vem a conferência é com o Kleber Aparecido da Silva da Unb.
[16:02] <AnaMatte> prof
[16:02] <AnaMatte> acompanhem pela página do evento

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4. Abril: Formação Cidadã e Ensino de Línguas para Crianças

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Abril de 2012: Língua estrangeira para crianças e (trans) formação cidadã: Novos Olhares

conferencista: Kleber Aparecido da Silva/UNB e ALAB

quando? dia 13/04 às 14h

moderador: Reinildes Dias/UFMG

Para assistir, entre na Sala de Conferências com um nickname de sua escolha (sugerimos NomeSobrenome, sem espaços, acentos ou cedilha). A senha não é necessária. Assim que entrar, clique na aba #evidosol-1 para assistir à conferência.

RESUMO: Nesta conferência apresentará e discutirá trabalhos voltados ao ensino-aprendizagem de língua estrangeira (LE) nos anos iniciais da escolarização (Ensino Fundamental I), com vistas à reflexão sobre as diversas materialidades do processo nesse contexto e com foco na (trans) formação cidadã (MOITA LOPES & ROJO, 2004). Ao ser (re) conhecida como um dos importantes letramentos para o engajamento social e discursivo do cidadão no mundo atual, densamente multisemiotizado e marcado pela pluralidade cultural e  identitária (MOITA LOPES, 2005, 2008; ROCHA, 2010), a língua estrangeira revela-se, ao lado de muitos outros, um elemento central na formação para a cidadania crítica, também no que diz respeito ao Ensino Fundamental I (ROCHA 2010; ROCHA, TONELLI & SILVA, 2010). Nessa perspectiva, são muitos e variados os fatores que merecem atenção, visando a um ensino de língua estrangeira efetivo, crítico e compatível com as características da sociedade contemporânea, no que diz respeito ao modo como hoje ocorrem as relações humanas por meio da linguagem, em suas múltiplas formas ou semioses (HIGGINS, 2009). Nesse contexto, orientando-se principalmente por uma visão enunciativa de linguagem (BAKHTIN, 2004 [1929]; 2003 [1953]) e sociointeracional de aprendizagem (VYGOTSKY, 1978), o principal objetivo desta conferência é discutir estudos voltados a mapeamentos da área, parametrizações, material didático, interação em sala de aula e avaliação, no que diz respeito à língua estrangeira nos anos iniciais do EF, na medida que, entre tantos outros, esses temas revelam-se centrais para ações positivas rumo a um processo educativo mais informado,  significativo e emancipatório (FREIRE, 2004; SILVA, ROCHA & TONELLI, 2010).

4.1. registro abril

Registro da conferência de 13 de abril de 2012:  Língua estrangeira para crianças e (trans) formação cidadã: Novos Olhares

conferencista: Kleber Aparecido da Silva/UNB e ALAB

moderador: Reinildes Dias/UFMG


[14:20] <rei-dias> Acho que o Dr Kleber Silva dispensa apresentações. Mas, gostaria de colocar, em primeiro lugar, que ele é um dos organizadores da coletânea Língua Estrangeira para crianças da Pontes Editora.
[14:20] <rei-dias> É uma excelente coletânea e todos devem adquiri-la.
[14:22] <rei-dias> Possui inúmeras publicações nesta área, incluindo uma n a coletânea Ensina e aprender língua estrangeira nas diferentes idades da Editora ClaraLuz.
[14:22] <rei-dias> Me enviem mensagens se quiserem mais informações sobre as duas coletâneas. São excelentes! meu email: reinildes@gmail.com
[14:23] <rei-dias> Em Temos acadêmicos agora
[14:24] <rei-dias> É Doutor em Estudos linguísticos (LA - LE) pea Universidade Estadual Paulista - São Jose do Rio Preto
[14:24] <rei-dias> Atua como docente no curso de "Português do Brasil como segunda língua"na Universidade Federal de Brasília
[14:25] <rei-dias> Foi secretário da ALAB no biienio 2010-2011.
[14:27] <rei-dias> É coordenador geral das séries Novas Perspectivas em LA e Linguística e Sociedade na Pontes Editora.
[14:27] <rei-dias> Aí está uma brevíssima apresentação do nosso conferencista. Seja muito bem vindo!
[14:27] <KleberSilva> Obrigado pelas palavras, Professora Renildes...
[14:28] <rei-dias> Obrigada por compartilhar conosco suas ideias.
[14:28] <KleberSilva> Agradeço a comissão organizadora do evento pelo ilustre convite, em especial a minha Adelma, querida, a quem tenho uma grande admiração e carinho...
[14:28] <rei-dias> Vamos começar?
[14:28] <KleberSilva> Eu é que lhes agradeço...
[14:28] <KleberSilva> Vamos lá...
[14:28] <KleberSilva> O título desta conferência é: Lingua Estrangeira para Crianças e (trans) formação cidadã: Novos Olhares...
[14:29] <KleberSilva> E me coloco à disposição de todos/todas aqui na UnB, nos progrmas de pós-graduação Stricto Sensu (Mestrado) em Linguística e em Linguística Aplicada...
[14:29] <KleberSilva> OK?
[14:30] <KleberSilva> Bem, esta minha fala é um recorte do meu livro que organizei com as minhas colegas, Cláudia Hilsdorf Rocha, da UNICAMP e Juliana Tonelli, da UEL,
[14:30] <KleberSilva> além de reflexões presentes em livros/artigos publicados no ano passado e neste ano...
[14:30] <rei-dias> Ana,não consegui acessar os slides. O que faço?
[14:30] <KleberSilva> Depois que todos/todas tiverem acesso aos slides irei pontuar de onde eu falo nesta conferência, OK...
[14:30] <pipoka> basta inserir o código no campo ao lado e enviar. o código é Kleber
[14:31] <rei-dias> OK!
[14:31] <rei-dias> Funcionou, Kleber.
[14:31] <KleberSilva> Não...
[14:32] <acris> a primeira letra é maiuscula
[14:32] <KleberSilva> OK...
[14:32] <KleberSilva> Deu certo...
[14:33] <KleberSilva> Slide 2: É uma representação da UnB...
[14:33] <KleberSilva> lócus em que eu atuo como professor e pesquisador na área da lingua(gem)...
[14:33] <KleberSilva> slid
[14:33] <KleberSilva> Slide 3: Já fiz os agradecimentos a todos/todas...
[14:33] <KleberSilva> Quando falmos em crianças...
[14:34] <KleberSilva> me recordo uma canção de Withney Houston...
[14:34] <KleberSilva> Veja os slides 3 e 4...
[14:34] <KleberSilva> sim...
[14:34] <KleberSilva> sim..
[14:34] <rei-dias> Muito bom!
[14:35] <KleberSilva> A meu ver, a educação linguística para crianças... é de suma importância para o (re) construir de uma socieddade mais justa, emancipatória, crítica e reflexiva...
[14:35] <rei-dias> Concordo plenamente. É um trabalho para a sua inclusão social que só a escola pública pode fazer.
[14:35] <KleberSilva> Veja, por favor, o próximo slides, que contém uma epígrafe de Cook (2003), intitulado "Applied Linguistcs", publicado pela Oxforf University Press...
[14:36] <KleberSilva> A Linguística Aplicada deveria se preocupar com vários assuntos, dentre eles, a educação linguística para crianças...
[14:36] <KleberSilva> Veja então a epígrafe de Boaventura...
[14:36] <rei-dias> Sim, principalmente com elas.
[14:36] <KleberSilva> Relacione esta epígrafe com o tema da conferência...
[14:37] <KleberSilva> Tudo relacionado, não é mesmo...
[14:37] <KleberSilva> Bem, vamos para o próximo slide...
[14:37] <KleberSilva> Veja o roteiro desta conferência...
[14:37] <KleberSilva> Todos leram?
[14:37] <KleberSilva> Ok?
[14:37] <KleberSilva> Veja de que lugar eu falo...
[14:38] <KleberSilva> Elenco abaixo alguns textos que foram fundantes para a (re) construção desta conferência
[14:38] <KleberSilva> OK?
[14:38] <KleberSilva> Adentrarei agora a 1 primeira parte...
[14:38] <rei-dias> Uma excelente referência como disse antes.
[14:38] <KleberSilva> O ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras no Brasil: as suas faces e intercaes
[14:39] <KleberSilva> Leia, por gentileza, as epígrafes extraidas de um livro que organizei juntamente com os meus colegas, Paula Szundy, Júlio César de Araújo e Christine Nicolaides, em 2011...
[14:40] <KleberSilva> O livro intitula-se "Linguística Aplicada e Sociedade: O ensino de línguas no contexto brasileiro", pela Pontes Editores...
[14:40] <KleberSilva> todos leram...
[14:40] <KleberSilva> Vamos lá então...
[14:40] <KleberSilva> sim...
[14:41] <rei-dias> Espere mais ump pouquinho
[14:41] <KleberSilva> ok...
[14:41] <KleberSilva> Tudo bem, agora...
[14:41] <rei-dias> OK
[14:42] <KleberSilva> Perfeito... A escola brasileira é contraditória...
[14:42] <KleberSilva> Em que perspectiva? Pensa em políticas de ensino-aprendizagem de línguas sem levar em contato o contexto e os atores/atrizes que poderiam ser protagonistas, mas que infelizmente são coadjuvantes...
[14:42] <KleberSilva> Ou seja, exige-se que a escola ensine algo para os alunos, mas não se pensa numa política propositiva para este ensino...
[14:43] <KleberSilva> O que a mediadora acha sobre este posicionamento?
[14:44] <rei-dias> Concordo plenamente e acho que as políticas públicas, na maioria das vezes, não levam em consideração os vários contextos de nossas escolas e se esquecem do protagonismo do aluno.
[14:44] <rei-dias> e das realidades que enfrentam.
[14:44] <rei-dias> que enfrenta (sorry!)
[14:44] <KleberSilva> Não estou dizendo que não há política de ensino no Brasil... Há... Para exemplificar, temos os PCNs de Língua Estrangeiras, a OCEM, o Plano Nacional do Livro Didático de Língua Portuguesa e agora o Guia do Livro Didático de Língua Estrangeira, até a professora Reinildes esteve envolvida na elaboração e (re) construção deste último documento... O que deveras é muito elogiável... termos alguém com a formação
[14:45] <KleberSilva> Bem, para isto, acredito que as políticas não deveria ser de cima para baixo, mas de baixo para cima...
[14:45] <rei-dias> Sim, concordo com vc. Não de cima para baixo, mas discutidas e contando com a reflexão dos professores e dos alunos.
[14:45] <KleberSilva> Proponho ações políticas de consultas aos cidadãos desta república para realmente motivar as pessoas a aprendizagem de línguas...
[14:46] <KleberSilva> É isto que eu penso... E, isto tenho publicado em vários livros desde 2007...
[14:46] <rei-dias> Só uma explicação: participei do PNLD só como autora. Não fiz parte da organização do documento
[14:46] <KleberSilva> OK...
[14:46] <KleberSilva> Certo...
[14:47] <KleberSilva> Veja algumas figuras de professor e de alunos de línguas para mim...
[14:47] <KleberSilva> Parto da contemporaneidade para a construção destas gravuras...
[14:47] <KleberSilva> Veja os presentes a gravura abaixo do subtema "Professor e aluno de línguas'...
[14:47] <KleberSilva> A próxima figura...
[14:47] <KleberSilva> Aprendizes como constelações...
[14:48] <KleberSilva> Aprendizes como constelações.. Veja a epígrafe de Larsen Freeman (1998)....
[14:48] <KleberSilva> Leiam, por gentileza, a epígrafe no próximo slide...
[14:48] <KleberSilva> Eu concebo as crianças aprendizes desta forma...
[14:48] <KleberSilva> como sendo constelações complexas de comportamentos, pensamentos, sentimentos... rsrs
[14:48] <KleberSilva> etc... etc... etc...
[14:49] <rei-dias> Tudo visto sob o prisma da complexidade.
[14:49] <KleberSilva> Veja a concepção de aprendiz proposta por Breen...
[14:50] <KleberSilva> Todos leram?
[14:51] <KleberSilva> Reflitamos juntos agora então...
[14:51] <KleberSilva> Quando ensinamos língua estrangeira, ou quando aprendemos uma língua estrangeira...
[14:51] <KleberSilva> quantos de noós não fizemos os diálogos entre Johns e Maries...
[14:51] <rei-dias> Sim, fizemos e quantos!
[14:51] <KleberSilva> Ou praticamos jogos, brincadeiras, canções e histórias com a finalidade de ensinar habilidades linguisticas...
[14:51] <KleberSilva> Aquele ensino completamente descontextualizado...
[14:52] <rei-dias> Sim!!!!!
[14:52] <KleberSilva> Esta abordagem faceia e interfaceia muitas das nossas escolas..
[14:52] <rei-dias> Ainda!
[14:52] <KleberSilva> Tendo esta questão como pano de fundo... Elencarei agora algumas premissas que justificam, a meu ver, a importância de lingua estrangeira para crianças no Ensino Fundamental I (Público)...
[14:53] <KleberSilva> Veja o próximo slide...]
[14:53] <KleberSilva> Olha que interessante, embora vivamos numa sociedade em que seja valoriza as línguas estrangeiras, infelizmente os profissionais de línguas estrangeira ainda não concebido como profissionais, mas sim como ocupadores...
[14:54] <KleberSilva> Para uma resignificação desta representação social, é necessário um (re) pensar política, cidadão e protagonista...
[14:54] <rei-dias> Sim, seu elenco de atividades de ensino está ainda muito atual, o que é lastimeavel.
[14:54] <KleberSilva> Depois explicitarei mais este trinômio proposto...
[14:54] <KleberSilva> Apresentemos então agora as privações que sofremos quais educadores de línguas estrangeiras para crianças e os seus impactos na nossa sociedade...
[14:54] <KleberSilva> O próximo slide, por gentileza...
[14:55] <KleberSilva> recomendo que assistam após esta conferência...
[14:55] <KleberSilva> o vídeo: Goofy: Teachers are people...
[14:55] <KleberSilva> como se nõs não fossemos people, fossemos animal, ou coisa do tipo... rsrs
[14:55] <KleberSilva> risos...
[14:55] <KleberSilva> Em que o Pateta dá aula de línguas estrangeiras para crianças...
[14:56] <KleberSilva> Assistam depois...
[14:56] <rei-dias> Sim, claro!
[14:56] <KleberSilva> Perfeito...
[14:56] <KleberSilva> Vamos então para o próximo slide...
[14:57] <KleberSilva> Quando falamos em ensino de língua estrangeira, qual a frase que vem a sua mente?
[14:57] <KleberSilva> rsrs
[14:57] <KleberSilva> The book is on the table...
[14:57] <KleberSilva> Vejam os dois próximos slides...
[14:57] <KleberSilva> The book is [still] on the table...
[14:57] <KleberSilva> The e-book is on the tablet...
[14:57] <rei-dias> Esta é um dos enunciados que mais uso com os professores em formação. Unfortunately, still on the table.
[14:57] <KleberSilva> O que mudou?
[14:57] <KleberSilva> Nada...
[14:57] <KleberSilva> Nada...Somente o aspecto físico...
[14:58] <KleberSilva> Era o livro, material... agora é o computador... algo virtual...
[14:58] <rei-dias> Nadíssima! Ótimo, Kleber!
[14:58] <KleberSilva> Uso de uma ferramenta tecnológica...
[14:58] <KleberSilva> Bem, permita-me uma reflexão...
[14:58] <KleberSilva> 80¢ dos brasileiros não sabem ler e nem escrever,
[14:58] <KleberSilva> segundo dados do Instituto Paulo Montenegro...
[14:59] <KleberSilva> Então, pergunto: quantos tem letramento digital?
[14:59] <KleberSilva> Que mecanismos utilizar para desmantelar aquilo que denomino processo de Tiriquização linguística...
[14:59] <KleberSilva> Problema dele?
[14:59] <KleberSilva> Não...
[14:59] <KleberSilva> Ou seja, Tiririca não sabe ou não sabia ler e escrever...
[15:00] <KleberSilva> Problema do estado que não deu condições para este cidadão ter acesso aos conhecimentos escolares..
[15:00] <KleberSilva> Compreenderam o que eu estou questionando?
[15:00] <KleberSilva> Publiquei recentemente um artigo no Jornal Correio Braziliense...
[15:00] <KleberSilva> sobre esta questão, se desejarem, posso lhes enviar...
[15:00] <KleberSilva> O palhaço está no picadeiro...
[15:00] <KleberSilva> Bem...
[15:01] <rei-dias> Sim, falta de polísticas públicas para inclusão dos brasileiros para os (multi) letramentos.
[15:01] <KleberSilva> para descobrir caminhso é necessários sairmos dos trilhos...
[15:01] <KleberSilva> para descobrir caminhso é necessários sairmos dos trilhos...
[15:01] <KleberSilva> para descobrir caminhso é necessários sairmos dos trilhos.
[15:01] <KleberSilva> concordo plenamente contigo, Reinildes...
[15:01] <rei-dias> Certíssimo, Kleber! sair dos trilhos ...
[15:01] <KleberSilva> Vamos sair então juntos...
[15:02] <KleberSilva> As privações já apresentei...
[15:02] <KleberSilva> E, já discutimos...
[15:02] <rei-dias> Sim, e podemos sair!
[15:02] <KleberSilva> Vamos lá para o próximo slide...
[15:02] <KleberSilva> Para mim, o ensino de línguas no Brasil está aboborizado...
[15:02] <KleberSilva> O que é aboborização linguística?
[15:03] <KleberSilva> Além de termos áboboras saltitantes... deveríamos ter áboboras pensantes...
[15:03] <KleberSilva> Pensar criticamente, reflexivamente e emancipatoriamente...
[15:03] <KleberSilva> o ensino de línguas no Brasil infelizmente está Avalizado...
[15:03] <rei-dias> Sem sentido, sem vontade para correr riscos, falta de acreditar no aluno.
[15:03] <KleberSilva> Avacalizado linguisticamente...
[15:03] <KleberSilva> não em uma perspectiva indiana...
[15:04] <KleberSilva> visto que, para os indianos, a vaca é algo sagrado...
[15:04] <KleberSilva> está avalizado no sentido do português...
[15:04] <KleberSilva> Para alguns brasileiros, poderem assistido o filme Slumdog Millionaire... ou assitido a novela caminhos da India...
[15:04] <KleberSilva> acreditam que sabem o que o falar indiano ou a cultura indiana...
[15:04] <KleberSilva> rsrs
[15:05] <KleberSilva> Bem, sugiro que dialoguem com o Kanavillil RAJAGOPALAN, da UNICAMP, sobre esta questão...
[15:05] <rei-dias> sim! nossas novelas!!!!
[15:05] <KleberSilva> O ensino de línguas está carnavalizado...
[15:05] <KleberSilva> não em uma perspectiva Bakhtiana...
[15:05] <KleberSilva> mas numa perspectiva carnavalesca...
[15:06] <KleberSilva> há outros tipos de carnavais... sem ser Rio de Janeiro e/ou Salvador...
[15:06] <KleberSilva> Temos o Carnaval de Olinda, Ouro Preto... outros tipos de carnavais...
[15:06] <rei-dias> Vc está certíssimo!
[15:07] <KleberSilva> E, alistei outra possíveis representações que podemos atribuir ao ensiino de línguas...
[15:07] <KleberSilva> no Brasil...
[15:07] <KleberSilva> Permita-me mais uma reflexão...
[15:07] <rei-dias> Ótimo este das abóboras.
[15:07] <KleberSilva> O Brasíl é um país mutilingue, mas que as políticas de ensino nem são monolingues...
[15:08] <KleberSilva> Nós invisibilizamos as línguas indigenas, os surdos (Libras), etc....
[15:08] <KleberSilva> Por esta razão, nos meus estudos de pós-doutoramento, enho investigado isto, mecanismo linguísticos, culturais, políticas, sociais e ideológicos, para fazermos do ensino de português uma língua franca, internacional...
[15:09] <KleberSilva> para tal intento, proponho que a educação linguística seja feito desde a tenra idade...
[15:09] <KleberSilva> Falamos de políticas de inclusão...
[15:09] <KleberSilva> no papel, no rádio...
[15:09] <KleberSilva> Mas, o que eu proponho é uma política de igualdade...
[15:09] <rei-dias> no meio digital
[15:09] <KleberSilva> e, de darmos condições para que todos sejam iguais...
[15:09] <KleberSilva> É assim que eu penso...
[15:10] <rei-dias> Sim, condições de todos serem iguais. Certíssimo!
[15:10] <KleberSilva> Vejamos a citação de Rajagopanl (2005)...
[15:10] <KleberSilva> Vejam por gentileza...
[15:10] <KleberSilva> Viram? Ok?
[15:11] <KleberSilva> Vamos adentrar então a terceira parte desta conferência...
[15:11] <KleberSilva> irei esboçar algumas (trans) formações...
[15:11] <KleberSilva> Postulo objetivos formativos e instrumentais alicerçados em qual paradigma...
[15:11] <KleberSilva> Vejam, por gentileza, o próximo slide...
[15:12] <KleberSilva> Desenvolvimento integral da criança...
[15:12] <rei-dias> Excelente a sua posição em resignificação!
[15:12] <KleberSilva> Precisamos de pensar na criança de uma forma integral... holística...
[15:12] <KleberSilva> Para isto...
[15:12] <KleberSilva> gostaria de agora na quarta parte desta conferência de trazer algumas ideias de pesquisas nesta área...
[15:13] <KleberSilva> Bem, na UnB, no PPGLA, eu tenho orientado 5 dissertações de mestrado sobre o ensino de línguas estrangeiras para crianças...
[15:13] <KleberSilva> Crianças estrangeiras...
[15:13] <KleberSilva> Aquisição de língua(gem) por estas crianças...
[15:13] <KleberSilva> material didático para crianças...
[15:14] <KleberSilva> A formação de professores de línguas para este contexto específico...
[15:14] <KleberSilva> Visto que o ensino de línguas estrangeiras para crianças... é responsabilidade de nós, profissionais das Letras...
[15:14] <rei-dias> ainda está em estágio embrionário ..
[15:15] <rei-dias> Sim, responsabilidade da escola e não dos cursinhos particulares de línguas.
[15:15] <KleberSilva> Veja a apresentação do meu livro redigida por Telma Gimenez, da UEL, em que traz a baila documentos publicados recentemnete sobre este assunto...
[15:15] <KleberSilva> Realço que na UnB, ofertamos pela pela primeira uma disciplina da pós-graduação Stricto Sensu (Mestrado) em Linguística sobre esta temática...
[15:16] <KleberSilva> E teremos no próximo semestre um curso de pós-graduação lato sensu nesta perspectiva...
[15:16] <KleberSilva> além de inúmeras iniciativas de extensão..
[15:16] <rei-dias> E isso é muito necessário.
[15:16] <KleberSilva> Além disso, para efeito de informação, estou iniciando o meu processo de ´pós-doutoramento na UNICAMP nesta perspectiva...
[15:17] <KleberSilva> Acredito que os que estão presentes devem estar percebendo de que aqui, na UnB, estamos nos esforçando em fazer da educação linguística para crianças, uma bandeira... e uma práxis educacional...
[15:17] <rei-dias> Como é bom termos pesquisadores como vc, Kleber. Vc faz e ainda vai fazer muito para LA em LE.
[15:18] <KleberSilva> Em breve teremos uma página eletrônica com todas as iniciativas em desenolvimento e a ser desenvolvido...
[15:18] <KleberSilva> Obrigado pelas palavras de incentivo, Reinildes...
[15:18] <KleberSilva> Bem,
[15:18] <KleberSilva> Elenquei nos próximos slides algumas propostas de pesquisas...
[15:18] <KleberSilva> Aqueles que desejarem, poderão depois entrar em contato via e-mail para iniciarmos uma interlocução acadêmica. Será um prazer...
[15:19] <KleberSilva> Os meus e-mails são: kleberaparecidodasilva@gmail.com e/ou kleberunicamp@yahoo.com.br
[15:19] <KleberSilva> Os que desejarem escrever, podem fazê-lo que responderei com todo o prazer...
[15:19] <rei-dias> Kleber, vc pode falar de uma maneira mais detalhada sobre o ultimo slide?
[15:20] <KleberSilva> Além disso, naquele referencial teórico no início apresentei alguns artigos e livros que serão  lançados em breve...
[15:20] <rei-dias> As ideias, os conceitos estão ótimos e acho que vc poderia enfatizar alguns deles.
[15:20] <KleberSilva> Bem, vamos agora o slide em que tem um olho girando...
[15:21] <KleberSilva> Ou seja, o ensino de línguas estrangeiras para mim deveria ser um olhar global e não glocal...
[15:21] <KleberSilva> Ou seja, olhar para si, para o outro, para o mundo...
[15:21] <KleberSilva> agir e reagir na sociedade globalizada em que estamos inseridos e/ou imbricados...
[15:22] <KleberSilva> Finalizo esta conferência com algumas epígrafes que sintetiza a minha abordagem, a minha filosofia de ensino-aprendizagem e (trans) formação de professores de língaus na contemporaneidade...
[15:22] <KleberSilva> Vejam aí, por favor...
[15:22] <KleberSilva> citação de Boaventura de Souza Santos...
[15:22] <KleberSilva> E, depois da minha colega (aliás, "aplicada" amiga), Cláudia Hilsdorf Rocha, da UNICAMP...
[15:22] <rei-dias> De qual ano?
[15:23] <KleberSilva> Rocha (2006)
[15:23] <KleberSilva> Antes de finalizar, gostaria de trazer alguns questionamentos para que possamos tê-lo como base para reflexões e/ou discussões:
[15:23] <rei-dias> É neste que penso que vc pode dar mais tempo para ler e refletir. Mais um pouquinho de tempo.
[15:24] <rei-dias> Vc tem ainda 7 minutos para colocar um pouco mais sobre o assunto.
[15:25] <rei-dias> Mas, podemos passar para as discussões, se preferir.
[15:25] <KleberSilva> Quais são as caracterísitcas de um individuo criança? Como (trans) formar crianças para a contemporaneidade? Que abordagens são mais profícuas para o ensino de línguas estrangeiras para crianças nas nossas escolas da rede? Se pudéssemos redigir um documento, ou Parâmetro Curricular para os primeiros ciclos, em que paradigma teóricos nos respaldaríamos? Por que? Como formar professores para o ensino de línguas estra
[15:25] <KleberSilva> A meu ver, temos inúmeras questões para discutir e para refletir...
[15:25] <KleberSilva> E, a meu ver, um pensar acerca das nossas próprias crenças, e da nossa ação profissional como educadores de línguas poderá nos auxilar neste sentido...
[15:26] <rei-dias> Concordo plenamente.
[15:26] <KleberSilva> É isto então... Aguardo comentários/sugestões e críticas... E, me coloco à disposição de todos/todas na UnB...
[15:26] <KleberSilva> Mais uma vez, reitero a minha alegria e a minha satisfação pelo ilustre convite...
[15:26] <KleberSilva> Muito obrigado...
[15:27] <KleberSilva> Thanks a bunch...
[15:27] <rei-dias> Vamos abrir para as discussões, perguntas e comentários? Compartilhem as suas ideias com o Prof. Kleber. É uma oportunidade!
[15:27] <KleberSilva> Sim....
[15:27] <KleberSilva> Comentários, perguntas e críticas... podem ficar a vontade...
[15:27] <rei-dias> Sintam-se a vontade para os questionamentos, sugestões, parabenizações (porque foi excelente), complementações etc.
[15:28] <KleberSilva> Obrigado Reinildes...
[15:28] <acris> [15:27] <Arabela> Você mencionou que o ensino de línguas estrangeiras deveria ser um olhar global e não glocal..., não seria o contrário?
[15:28] <rei-dias> Kleber, como sempre, suas ideias iluminam o nosso caminhar.
[15:28] <acris> KleberSilva: parabéns, belíssima conferência! clap clap clap clap
[15:28] <Katrine_> Foi muito enriquecedora a sua apresentacao! muito obrigada!
[15:28] <Junia> Adorei sua perspectiva Kleber, suas reflexões serviram-me como um alerta para minha prática
[15:29] <acris> clap clap clap clap clap
[15:29] <KleberSilva> Obrigado pelos comentários colegas...
[15:29] <adelmaa> Kleber, nós, que fazemos o STIS um espaço democrático, aberto, plural e de interlocução, agradecemos pelas suas reflexões
[15:29] <KleberSilva> Temos um questionamento e vou tentar responder...
[15:29] <KleberSilva> Concordo contigo...
[15:29] <KleberSilva> O ensino de línguas poderia partir do glocal, mas não deixar de lado o global...
[15:29] <rei-dias> Suas reflexões são e serão sempre enriquecedoras em meu trabalho de formação.
[15:30] <AlineResende> Kleber, apesar de ter chegado atrasada, PARABÉNS pelas brilhantes palavras!
[15:30] <rivaniatrota_> clap,clap,clap
[15:30] <KleberSilva> O que eu percebo, pelo menos na prática como pesquisador em escolas públicas do DF, por meio do PIBID, no qual sou coordenador na UnB, é que se prioriza o glocal e esquece o global...
[15:30] <KleberSilva> O que eu sugiro é que seja feito os dois processos concomitantes...
[15:30] <KleberSilva> Deu para entender...
[15:30] <adelmaa> mas para aproveitar este espaço como as outras pessoas farão gostaria de te perguntar como você vê a formção docente dos alunos do curso de Letras , especificamente, nos dias de hoje?
[15:30] <AlineResende> gostaria que você me desse uma opinião sobre uma decisão tomada em minha carreira acadêmica:
[15:31] <AlineResende> complementando o que a adelma disse...
[15:31] <adelmaa> ops discente...
[15:31] <Arabela> Mas entendo que o glocal busca exatamente essa junção do global e local, ou não?
[15:31] <KleberSilva> Eu vejo a formação docentes na maioria dos cursos de Letras, quando há, com uma perspectiva líquida ou quase gasosa...
[15:31] <AlineResende> desisti da minha habilitação em Lingua inglesa por meu tempo ter reduzido para aprofundamento da lingua
[15:31] <AlineResende> pois a meu ver
[15:32] <KleberSilva> Na experiência já construida como avaliador do MEC, já vi cursos de 3 anos, noturno... com aulas de três horas diárias..
[15:32] <AlineResende> não queria ser mais "uma professora de inglês para ensinar o verbo to be na escola"
[15:32] <KleberSilva> E, nas sexta-feiras, aulas optativas... e bibliotecas que circulam várias universidades (ou seja, são alugadas), sem mestres ou doutores...
[15:32] <acris> nossa...
[15:32] <KleberSilva> Esta é uma realidade no contexto brasileiro...
[15:33] <Katrine_> ja ouvi falar neste tipo de curso de Letras no DF
[15:33] <rei-dias> Infelizmente, é mesmo. Não passa do verbo TO BE.
[15:33] <AlineResende> por que será que a formação de professores de línguas nas universidades ainda continuam dando margem para essa reflexão?
[15:33] <KleberSilva> O que eu proponho é um novo articular político nos cursos de formação, visto que é nossa responsabilidade, pelo menos no papel formar professores de língua estangeira para crianças...
[15:34] <AlineResende> era o que eu queria...
[15:34] <KleberSilva> Por que não há uma política séria, propositiva no MEC e não há fiscalização neste sentido....
[15:34] <adelmaa> e muitas vezes bem perto de todos nós..
[15:34] <KleberSilva> Escrevi um livro em 2010, que trata desta perspectiva...
[15:34] <KleberSilva> Ensinar e aprender línguas na contemporaneidade: Linhas e entrelinhas...
[15:34] <KleberSilva> pela Pontes Editores, 2010...
[15:35] <KleberSilva> Precisamos de formar professores críticos e reflexivos...]
[15:35] <rei-dias> Deve partit das universidades e dos proffessores universitários o desejo e a luta por um inglês de qualidade na escola. E acho que isso vai aos pontos se concretizando. Vejam o trabalho do Kleber e de outros mais.
[15:35] <KleberSilva> Para tal intento, postulo uma prática crítico reflexiva, que se respalde no ensino reflexivo e na aprendizagem reflexiva...
[15:36] <KleberSilva> Se não continuaremos a perpetuar a crenças e/ou representação de que eu finjo que eu ensino e você fingue que aprende...
[15:36] <adelmaa> Precisamos ser criticos e reflexivos no nosso dia a dia .. esta é uma cultura queperpassa a sal de aula..
[15:36] <KleberSilva> Por ter estudado em escola publica... e
[15:36] <rei-dias> Sem reflexão, não hea transformação. Concordo com vc. Kleber. Temos de partir para uma educação emancipatória.
[15:36] <acris> sem dúvidas
[15:36] <KleberSilva> e por ter feito minha graduação em uma universidade pública de qualidade (UFOP)...
[15:36] <AlineResende> e fingindo que aprende... é necessário fazer um curso extra para a prender a falar outras línguas
[15:36] <AlineResende> isso é triste
[15:37] <Katrine_> COncordo, Reinildes : "educação emancipatória"
[15:37] <KleberSilva> Mestrado e Doutorado em Universidade Pública (UNICAMP e UNESP)...
[15:37] <KleberSilva> e, agora o pós-doc em universidade pública (UNICAMP)...
[15:37] <KleberSilva> e por estar dentro da escola pública do DF...
[15:37] <KleberSilva> por meio do PIBID - CAPES...
[15:38] <KleberSilva> Sou crente... crente... crente... de que é possível ensinar uma língua estrangeira na escola pública...
[15:38] <rei-dias> Falar uma L2, o inglês, principalmente, é uma questão de inclusão social, é uma questão de uma educação libertadora.
[15:38] <Katrine_> Muito inspiradora a sua caminhada academica, Kleber
[15:38] <KleberSilva> Se não se aprende língua estrangeira na escola pública, a pergunta que eu faço: onde se aprende então:
[15:38] <KleberSilva> ?
[15:38] <adelmaa> e esta fazendo desta escola referência no Brasil e no mundo..
[15:38] <KleberSilva> sim...
[15:38] <KleberSilva> faço das palavras da Adelma as minhas...
[15:38] <KleberSilva> Para transformarmos a sociedade, primeiramente temos que nos transformarmos...
[15:38] <rei-dias> Acredito que os alunos possam aprender inglês na escola. Podemos, juntos, fazer isso acontecer.
[15:39] <Katrine_> Kleber, eu entrei na UFMG e toda a base que tive de Ingles, fui de uma escola publica municipal do norte de MInas Gerais!
[15:39] <Katrine_> eu tbm acredito!
[15:39] <KleberSilva> e acreditarmos nos nossos p´
[15:39] <KleberSilva> Maravilha, Katrine...
[15:39] <KleberSilva> Pertencemos então a minha igreja acadêmica...
[15:39] <KleberSilva> que postula a crença na escola pública...
[15:39] <rei-dias> É muito bom ouvir o seu depoimento, Katrine.
[15:39] <Katrine_> estou muito feliz, pois nao estou sozinha na multidao!
[15:39] <KleberSilva> de que é possível aprender e ensinarmos língua estrangeira na escola pública...
[15:39] <acris> tenho a mesma trajetória, Kleber, e tb acredito
[15:40] <Katrine_> muito obrigada, Reinildes!
[15:40] <acris> acredito e aposto tudo nisso
[15:40] <KleberSilva> Sabe Katrine, coaduno contigo e com os pressupostos da teoria da complexidade... quando uma borboleta bate as asas no Oriente temos um furacão no Ociente...
[15:40] <rei-dias> Vc estuda na Letras, Katrine?
[15:40] <KleberSilva> Assim que vivo e faço no meio dia-a-dia...
[15:41] <adelmaa> Voc^enão está sozinha e somos muitos que acreditamos neste trabalho...
[15:41] <sorayamontalvao> Kleber, vc conseguiu apender inglês em escola pública cursando o ensino fundamental ou médio?
[15:41] <Katrine_> Sim, Reinildes. Fui sua aluna ha uns 3 semestres. Estou me formando este semestre.
[15:41] <rivaniatrota_> Muito inspirador o seu trabalho, kleber, o seu entusiasmo é contagiante. Parabéns!
[15:41] <adelmaa> Infelizmente existem muitas vozes na multidão que fazem mais barulho que que as pessoas comprometidas...
[15:41] <rei-dias> Gostaria de te encontrar e conversar com vc. Me envie um email (reinildes@gmail.com) para marcarmos um encontro. Certo?
[15:42] <adelmaa> fazem da educação bandeira política...
[15:42] <KleberSilva> Obrigado pelo carinho, Rivania...
[15:42] <KleberSilva> Que saudades...
[15:42] <rei-dias> Mas, as pessoas comprometidas não vão se calar, Adelma.
[15:42] <KleberSilva> Sim, Adelma...
[15:43] <rei-dias> Vamos continuar para transformar!!!!
[15:43] <adelmaa> lógico que não .. e este nosso espaço aqui é para isso Reinildes para que todos tenham voz e vez...
[15:43] <Katrine_> Reinildes, vou te mandar um email sim, voce deve se lembrar de mim, tinha o cabelo verde.
[15:43] <KleberSilva> O meu lema é "yes, we also can". Por ser chamado de Obama de Brasília, me esforço em fazer deste slogan de Obama a minha práxis educacional...
[15:43] <acris> KleberSilva: seria interessante divulgar teu evento, não?
[15:43] <KleberSilva> Sim...
[15:43] <KleberSilva> No mês de novembro...
[15:43] <KleberSilva> o nosso GT de pesquisa...
[15:43] <KleberSilva> Estará organizando o IV Congresso Latino Americano de Professores de Línguas,
[15:44] <adelmaa> e que venhma outros Kleber , Brian, Joãos etc para nos acalentar com entusisamo e comrpomentimento com a nossa educação publica e de qualidade de todos e para todos...
[15:44] <KleberSilva> do dia 05 a 07 de novembro...
[15:44] <rei-dias> E eu digo sempre: saber inglês: uma questão de direito do aluno brasileiro da escola pública!
[15:44] <KleberSilva> E, muito me honrará a presença de todos/todas vocês...
[15:44] <acris> qual o link KleberSilva?
[15:45] <KleberSilva> Bem, a nossa página estará no ar a partir de segunda-feira...
[15:45] <KleberSilva> Sugiro que os interessados acessem a página da ALAB:
[15:45] <rei-dias> Mas, a circular final está na página da ALAB, não?
[15:46] <KleberSilva> http://www.alab.org.br/pt/noticias/evento/112-iv-congresso-latino-americano-de-formacao-de-professores-de-linguas
[15:46] <cintiab> http://www.alab.org.br/images/stories/alab/IVCLAFPL/1a%20circularclafpl2012janversaofinal1.pdf
[15:46] <cintiab> seria esse?
[15:46] <KleberSilva> O Link enviei acima...
[15:46] <KleberSilva> Perfeito...
[15:46] <rivaniatrota_> Viu Kléber, como vc contagiou todos? Muito legal.
[15:46] <KleberSilva> Espero vocês aqui em Brasília...
[15:46] <acris> KleberSilva e rei-dias: gostaria de agradecer em nome da comissão organizadora sua colaboração para o sucesso desse nosso evento. O STIS é exatamente para isso: um espaço de reflexão interdisciplinar. Muito ganhamos com sua presença, obrigada!
[15:46] <KleberSilva> Será um momento singular, para discutirmos a formção de professores na contemporaneidade... e para nos conhecermos pessoalemnte...
[15:47] <adelmaa> Sugiro a todos que leiam o texto que o Kleber escreveu para o Correiro http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=80065
[15:47] <rei-dias> Todos nós estamos agradecidos a vc, Kleber. Todos nós saimos enriquecidos desta sala.
[15:47] <adelmaa> Sigam este link.. leitura que vale a pena..
[15:47] <KleberSilva> Além de que, estarei lançando alguns livros, dentre eles um intitulado "Coversas com formadores de professores de línguas: Avanços e Desafios...
[15:47] <KleberSilva> Vou enviar para você agora alguns links de jornais que eu escrevo...
[15:47] <KleberSilva> Correio Braziliense...
[15:47] <adelmaa> perfetio...
[15:48] <rei-dias> Perfeito, Kleber!
[15:48] <rei-dias> Vc tem a sua página ou um bog na web? Pode nos passar o link?
[15:48] <KleberSilva> é só entrar no site da UnB, e digitar o meu nome que terão acesso aos artigos publicados neste jornal de ampla circulação...
[15:48] <acris> aproveito também para lembrar que os interessados em receber certificados devem seguir as instruções no site do stis (http://stis.textolivre.org). A próxima conferência será no dia 25 de maio, neste mesmo horário: WOODSON FIORINI DE CARVALHO (UFMG) AS REDES VIRTUAIS E OS MOVIMENTOS SOCIAIS. Muito obrigada a todos pela presença de hoje!
[15:48] <rei-dias> Ótimo, Kleber. Obrigada pela informação.
[15:48] <KleberSilva> Além disso, tenho publicado na Folha de São Paulo...
[15:49] <KleberSilva> E, no O Diário de Barretos...
[15:49] <acris> ah, sim, o registro dessa conferência será publicado até amanhã no site. quem perdeu alguma parte pode ler depois e pode acompanhar os slides por aqui com o mesmo código
[15:49] <Beth> Obrigada, prof. Kleber!!!
[15:49] <KleberSilva> Segue abaixo o link: http://www.odiarioonline.com.br/editorial/opiniao-aberta
[15:49] <rei-dias> Obrigada, Kleber, obrigada pela sua mente brilhante e por compartilhar o seu saber conosco. Obrigada.
[15:50] <KleberSilva> publico artigos todos os domingos e/ou terças, OK...
[15:50] <KleberSilva> Me escreveram, será um prazer continuarmos esta interlocução...
[15:50] <KleberSilva> Mais uma vez, agradeço pelo convite, e estejam certos de que a presença e participação de todos me contagiara também em muito...
[15:50] <adelmaa> Nosso muitíssimo obrogada a todos e especialemnte ao nosso querido palestrante.
[15:50] <adelmaa> clap clap clap clap clap clap
[15:50] <KleberSilva> Abraços "aplicados" e com carinho a todos/todas...
[15:50] <acris> cla pclap clap clap clap
[15:50] <KleberSilva> Um Cheiro para todos/todas... rsrsrs
[15:50] <acris> cla pclap clap clap clap
[15:51] <adelmaa> clap clap clap clap clap clap
[15:51] <acris> grande abraço, KleberSilva
[15:51] <KleberSilva> Obrigado..
[15:51] <silvinha_maj> CLAP CLAP CLAP CLAP
[15:51] <acris> cla clap clap clap clap
[15:51] <adelmaa> Obrigada Acris por fazer tudo isso possível
[15:51] <rivaniatrota_> Obrigada Kleber, abraços saudosos.
[15:51] <adelmaa> clap clap clap clap clap clap  para você também..
[15:51] <KleberSilva> Yes, we also can... este é o nosso lema... Não esqueça... YOU CAN...
[15:51] <AlineResende> Obrigada, Kleber!
[15:51] <Junia> clap, clap, clap
[15:51] <acris> obrigada, a voce, adelmaa, sem voce nao teria sido possível essa conferencia
[15:51] <rei-dias> Obrigada, Kleber, obrigada pela sua mente brilhante e por compartilhar o seu saber conosco. Obrigada. [15:50] <KleberSilva> publico artigos todos os domingos e/ou terças, OK...
[15:52] <ElenizeSantos> clap clap clap
[15:52] <Katrine_> muito obrigada!!
[15:52] <JaskolcaAzevedo> clap clap clap clap clap
[15:52] <adelmaa> para a corrdenação no nome de Elizabtej Guzzo, Woodson, Hugo Leonado e Reinildes hoje como nossa moderadora..
[15:52] <RaquelBrandao> clap clap clap clap
[15:52] <Katrine_> clap clap clap (de pe)
[15:52] <KleberSilva> clap, clap... clap... para a Reinildes, comissão organizadora... e a todos vocês é claro...
[15:52] <sorayamontalvao> obrigada
[15:53] <adelmaa> Esperamso contar com a presença de todos no nosso procimo encontro.
[15:53] <adelmaa> proximo encontro..
[15:53] <Beth> clap, clap, clap
[15:53] <acris> KleberSilva e rei-dias: o certificado de voces segue por e-mail, ok? muito grata! beijos!
[15:54] <Katrine_> estarei no proximo, com certeza
[15:54] <rei-dias> Obrigada, Ana, pela oportunidade e pelo convite. Obrigada, Kleber. Obrigada, equipe Evidol.
[15:55] <RaquelBrandao> acris, não é necessário enviar o script para o seu e-mail para obter o certificado??
[15:55] <KleberSilva> Foi um prazer, meus novos amigos...
[15:55] <KleberSilva> e, foi um prazer rever virtualmente velhos amigos... amigos do peito...
[15:55] <KleberSilva> Adelma, Rivânia, Reinildes... rsrs
[15:56] <KleberSilva> Abraços com carinho a todos/todas...
[15:56] <acris> não, RaquelBrandao, precisa enviar o nick que usou, nome completo e a data da palestra para stis@textolivre.org
[15:56] <adelmaa> Kleber .. o prazer sempre será nosso..
[15:56] <RaquelBrandao> ok, obrigada.
[15:56] <acris> RaquelBrandao: de nada sorriso
[15:56] <rivaniatrota_> O prazer e o orgulho de ver sua trajetória.
[15:59] <jorgeoliveira> por favor, como faço para receber o certificado?
[16:01] <acris> jorgeoliveira: , precisa enviar o nick que usou, nome completo e a data da palestra para stis@textolivre.org
[16:01] <acris> maiores detalhes na pagina inicial do stis
[16:02] <jorgeoliveira> obrigado
[16:02] <acris> jorgeoliveira: de nada

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5. Junho: Redes Sociais e Movimentos Sociais

Maio de 2012: As redes virtuais e os movimentos sociais

 

conferencista: Woodson Fiorini de Carvalho/UFMG

 

quando? dia 01/06 às 14h

 

moderador: prof.a Delaine Cafieiro/FALE/UFMG

 

Para assistir, entre na Sala de Conferências com um nickname de sua escolha (sugerimos NomeSobrenome, sem espaços, acentos ou cedilha). A senha não é necessária. Assim que entrar, clique na aba #evidosol-1 para assistir à conferência.

RESUMO:

Nos últimos anos, a imprensa tem relacionado as Redes Sociais digitais a movimentos sociais e políticos de grande e pequena envergadura que estão ocorrendo em diversos lugares do planeta e no ambiente digital (Internet). Essa relação ficou mais evidente a partir dos movimentos que conduziram à recente insurgência popular de alguns países do Oriente Médio e África contra as tiranias ali estabelecidas por muitos anos, fenômeno que ficou conhecido como a “a primavera árabe”. Temos visto, no meio digital, várias iniciativas de movimentos como, por exemplo, os do site Wikileaks (pela liberdade de informação), de sites como Petição Pública Brasil www.peticaopublica.com.br/ ou Manifesto Livre www.manifestolivre.com.br/ que permitem criar, armazenar e difundir Abaixo-assinados e de comunidades de hackers que intervêm e atacam sites de instituições governamentais e particulares consideradas opressivas a fim de não só as denunciar mas de pressioná-las e combatê-las procurando forçá-las a mudar sua postura e atitude.

Para além da comprovação da veracidade desse argumento que vincula a escalabilidade desse fenômeno histórico e político ao apogeu das redes sociais digitais ou ao acesso e à popularidade da Internet como um território, considerado “livre”, supomos que esta vinculação só é possível graças a uma frequente matériaprima que funda a intencionalidade de ambos, como um dos componentes simbólicos que impulsionam essa relação solidaria que acontece em rede antes mesmo que a Internet pudesse existir: a amizade.

Parece haver, portanto, entre os movimentos sociais e as redes digitais, elementos sintáticos e semânticos comuns que as conectam e permitem potencializarem-se uma a outra.

O que pretendemos propor é pensar as configurações passionais dessa “amizade” que está por trás dos discursos que promovem esse comportamento epidêmico que se dissemina na forma de uma rede de conexões solidárias tanto nos movimentos sociais quanto nas redes sociais. Propomos começar essa investigação pela análise dos discursos dos movimentos sociais a partir da ótica da teoria semiótica das paixões que pretende identificar nos textos as “paixões de papel” que esses discursos suscitam, enquanto “qualificações modais que modificam o sujeito do estado”: o fazer persuasivo do destinador e interpretativo do destinatário da mensagem.

Analisaremos, portanto, uma notícia do site do Greenpeace “Floresta de carvão e violência”, uma peça de caráter publicitário que promove um ativismo ambiental. Pensamos que esses discursos pretendem vincular esses indivíduos a esse ativismo pela evocação ou invocação da paixão complexa fiduciária que conhecemos como amizade.

Acreditamos que essa amizade de tipo solidário parece ser a “paixão” que consubstancia movimentos e redes sociais, pois fomentam o discurso do primeiro e dão substância e existência ao segundo.

Entretanto, os discursos desses movimentos preveem no seu programa narrativo um anti-sujeito e ou anti-objeto que permitem convergir desejos e objetivos que agregam um determinado grupo que, em princípio, se posiciona de forma antagônica a outro(s) grupo(s), fenômeno que o discurso que funda e estrutura as redes sociais, que têm caráter mais neutro e genérico, não parece ocorrer.

5.1. registro junho

 Registro da Conferência em chat escrito, de 1 de Junho de 2012:

 

As redes virtuais e os movimentos sociais

 conferencista: Woodson Fiorini de Carvalho/UFMG

 

moderador: Profª Delaine Cafieiro - FALE/UFMG

 

[14:05] {acris} Pessoal, vou moderar a sala por 60 minutos, para a conferência. Moderar o canal significa que somente o palestrante Woodsonfc e a moderadora Delaine serão lidos por todos.
[14:05] {acris} Os organizadores podem ler o que todos escreverem e guardarão eventuais perguntas feitas durante a conferencia.
[14:06] {acris} No final, abrimos para perguntas. Delaine e Woodsonfc prontos?
[14:06] {Delaine} Ok
[14:06] *** acris ajusta modo +m
[14:06] *** acris ajusta modo +z
[14:06] {Woodsonfc} positivo e operante
[14:06] {acris} podem começar
[14:07] {Delaine} Então, eu começo agradecendo o convite para estar aqui.
[14:07] {Delaine} Agradeço a professora Ana e todo o gruo do STIS
[14:07] {acris} nós é que agradecemos, Delaine
[14:07] {Delaine} Muito obrigada pela confiança e pelo prazer de aprender com vocês neste espaço
[14:08] {Delaine} Começo apresentando do Woodson Fiorin de Carvalho, que conheço apenas virtualmente.
[14:09] {Woodsonfc} Eu que agradeço sua presença Delaine
[14:09] {Delaine} Gostaria de poder em breve conhecê-lo presencialmente.
[14:09] {Delaine} Woodson é aluno da UFMG há bastante tempo. Fez graduação em Português e suas Literaturas, graduação em Italiano e suas Literaturas; em Português e suas Literaturas; em Espanhol e suas literaturas. Seu mestrado foi em Estudos Linguísticos também na UFMG. Atualmente é professor da Prefeitura de Belo Horizonte e está cursando o doutorado em Estudos Linguísticos: Análise do Texto e do Discurso: Semiótica, como orienta
[14:09] {Woodsonfc} idem Delaine
[14:10] {Delaine} Neste evento Woodson vai apresentar um trabalho inédito: “As redes sociais e os movimentos Sociais’ que visa refletir sobre configurações passionais  das “amizades” em redes virtuais.
[14:10] {Delaine} Obrigada por sua participação Woodson, queremos aprender muito com você.
[14:10] {Delaine} Eu lhe passo a palavra e você terá 60 minutos para expor
[14:10] {Delaine} Depois disso abrimos para o debate. Agora é com você
[14:11] {Woodsonfc} Creio que quem irá aprender serei eu
[14:12] {Woodsonfc} Espero poder corresponder a espectativa criada
[14:12] {Delaine} A palavra é sua agora.
[14:13] {Woodsonfc} Na verdade o tema dessa conferência é uma chute inicial do que pretendo desenvolver como continuidade
[14:13] {Woodsonfc} do que desenvolvi na Pesquisa de doutorado
[14:13] {Woodsonfc} Defenderei, aliás, no próximo dia 13 de junho
[14:14] {Woodsonfc} Se tiverem tempo podem ir a sala 2001 às 14h tb na Fale ufmg
[14:15] {Woodsonfc} Vamos ao que interessa!
[14:15] {Woodsonfc} As redes virtuais e os movimentos sociais talvez não seja o título mais adequado
[14:17] {Woodsonfc} para essa conferência, pois o que irá nortear esses dois temas será a "amizade"
[14:17] {Woodsonfc} Nos últimos anos, a imprensa tem relacionado as Redes Sociais digitais a movimentos sociais e políticos de grande e pequena envergadura que estão ocorrendo em diversos lugares do planeta e no ambiente digital (Internet).
[14:17] {Woodsonfc} Essa relação ficou mais evidente a partir dos movimentos que conduziram à recente insurgência popular de alguns países do Oriente Médio e África contra as tiranias ali estabelecidas por muitos anos, fenômeno que ficou conhecido como a “primavera árabe”.
[14:18] {Woodsonfc} Temos visto, no meio digital, várias iniciativas de movimentos como, por exemplo, os do site Wikileaks (pela liberdade de informação), de sites como Petição Pública Brasil www.peticaopublica.com.br/ ou Manifesto Livre www.manifestolivre.com.br/ que permitem criar,
[14:18] {Woodsonfc} armazenar e difundir Abaixo-assinados e de comunidades de hackers que intervêm e atacam sites de instituições governamentais e particulares consideradas opressivas a fim de não só as denunciar mas de pressioná-las e combatê-las procurando forçá-las a mudar sua postura e atitude.
[14:19] {Woodsonfc} Para além da comprovação da veracidade desse argumento que vincula a escalabilidade do fenômeno histórico e político dos movimentos sociais ao apogeu das redes sociais digitais ou ao incremento do acesso a Internet, sua popularidade, considerada como um território “livre”, supomos
[14:19] {Woodsonfc} que esta vinculação só é possível de ser pensada graças a uma frequente matéria prima que funda a intencionalidade de ambos, como um dos componentes simbólicos que impulsionam essa relação solidaria que acontece em rede antes mesmo que a Internet existisse: a amizade.
[14:20] {Woodsonfc} Então, é a amizade que será o componente como podem ver a ser discutido aqui
[14:20] {Woodsonfc} Parece haver, portanto, entre os movimentos sociais e as redes digitais, elementos sintáticos e semânticos comuns que as conectam e permitem potencializarem-se uma a outra.
[14:21] {Woodsonfc} O que pretendemos propor é pensar as configurações passionais dessa “amizade” que estão por trás dos discursos que promovem esse comportamento epidêmico que se dissemina na forma de uma rede de conexões solidárias tanto nos movimentos sociais quanto nas redes sociais
[14:22] {Woodsonfc} Esqueci de falar o código da palestra woodson-stis
[14:23] {Woodsonfc} woodson-stis coloquem aí à sua direita
[14:23] {Woodsonfc} Podem colocar no slade 2
[14:23] {Delaine} Ok.
[14:24] {Woodsonfc} Já tem gente caindo no sistema
[14:24] {Woodsonfc} Propomos começar essa investigação pela análise dos discursos dos movimentos sociais a partir da ótica da teoria semiótica das paixões que pretende identificar nos textos as “paixões de papel” que esses discursos suscitam, enquanto “qualificações modais que modificam o sujeito do estado”: o fazer persuasivo do destinador e interpretativo do destinatário da mensagem.
[14:25] {Woodsonfc} Redes de Relacionamento ou Redes Sociais são, atualmente, sites que permitem uma conexão síncrona e/ou assíncrona entre seus usuários por meio de uma interface gráfica, multimodal, com a finalidade principal de fazer e manter relacionamentos
[14:26] {Woodsonfc} O termo Rede Social é mais amplo do que a acepção aqui utilizada, que se restringe aos sites do ambiente digital: networking social.
[14:26] {Woodsonfc} Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas (ou organizações, territórios, etc.) - designadas como nós – que estão conectadas por um ou vários tipos de relações (de amizade, familiares, comerciais, sexuais, etc.), ou que partilham crenças, conhecimento ou prestígio. (Wikipedia Rede Social, 2010)
[14:27] {Woodsonfc} Contudo, essas redes sociais digitais estão inseridas num universo mais amplo de investigação que constituem as relações sociais que funcionam como uma rede.
[14:27] {Woodsonfc} A Análise de Redes Sociais analisa as relações sociais com base na Teoria de Redes (network theory). Os nós (nodes), actores individuais que formam a rede, e os laços (ties), as relações que unem os atores, são as duas noções fundamentais da Teoria de Redes.(Wikipedia Rede Social, 2010)
[14:27] {Woodsonfc} A investigação sobre Redes de Relacionamento ou Redes Sociais1, por sua complexidade, remete a vários temas, campos do conhecimento e diferentes possibilidades de abordagem.
[14:28] {Woodsonfc} Elas são um fenômeno recente que incorpora e mescla características e tecnologias de diversas ferramentas interativas1 já existentes na Internet.
[14:28] {Woodsonfc} O advento dessas Redes promove a criação de novas ferramentas e novos formatos que vão sendo desenvolvidos para incrementar as possibilidades de interação no ambiente digital
[14:28] {Woodsonfc} É frequente a mudança de formato desses sites e seus aplicativos sempre sofrem alterações para adequar-se às necessidades de seus usuários, às pressões econômicas do mercado e às constantes inovações e aperfeiçoamentos que os meios informáticos vêm apresentando. Uma infinidade de programas e novas linguagens de programação, que são difundidos pela Internet, são incorporados a essas redes .
[14:29] {Woodsonfc} A própria Internet foi concebida, originalmente, como uma rede de relacionamento.
[14:29] {Woodsonfc} A Internet já é, de certa forma, uma grande Rede de Relacionamento e tudo que está nela visa estabelecer relações entre os usuários, estabelecendo interconexões entre suas ideias, atitudes e práticas.
[14:30] {Woodsonfc} Ela tornou-se um meio de comunicação bastante intrincado, dada a quantidade e variedade de atividades que, atualmente, podemos realizar por meio da Internet.
[14:30] {Woodsonfc} As mudanças que vem sendo operadas na forma de as pessoas e instituições estabelecerem suas relações por intermédio dela, alterando vertiginosamente o cotidiano em que vivemos, integrando-nos a todo o mundo e, ao mesmo tempo, acelerando e automatizando processos, tem, aparentemente, mudado a forma de nos relacionarmos.
[14:30] {Woodsonfc} É preciso distinguir as Redes Sociais quanto a sua finalidade
[14:31] {Woodsonfc} Diferentemente do Second Life1, que pertence a uma nova geração de ambientes digitais em 3D, a Rede Social de que falamos não pretende criar uma segunda vida, em que os participantes simulam alguns aspectos da vida real e social em um ambiente digital tridimensional.
[14:31] {Woodsonfc} http://pt.wikipedia.org/wiki/Second_life
[14:32] {Woodsonfc} O Second Life é também usado como uma rede social, mas não é para esse objetivo que foi feito, ou seja, o de aproximar pessoas da vida real, mas para  manter os participantes desse mundo digital distantes de sua “entediante” vida e envolvidos em um jogo que propõe uma vida paralela.
[14:32] {Woodsonfc} As redes sociais procuram, em parte, reproduzir, no ambiente digital, as interações sociais existentes, organizando e refletindo as formas de relacionamento social da vida real.
[14:32] {Woodsonfc} Ele é, portanto, o lugar ideal para se pesquisar, no ambiente digital, essa produção linguageira que busca estabelecer e manter relações de intimidade com o outro.
[14:33] {Woodsonfc} O que pretendemos é como observou Greimas(1976, p. 39), ao discorrer sobre a disciplina “Comunicação Social” e sobre a “Dimensão Semiótica da Sociedade”, o objetivo é:
[14:33] {Woodsonfc} "(…) encontrar uma abordagem que permita compreender e descrever de que maneira o indivíduo, nesse novo contexto , consegue transcender a si mesmo e juntar-se ao outro, de que maneira ele se integra e vive sua integração nos grupos sociais, emfim,quais são as “representações coletivas” novas, ao mesmo tempo coercitivas e assumidas, que fazem dele um ser social."
[14:34] {Woodsonfc} slade 2
[14:34] {Woodsonfc} Analisaremos, portanto, uma notícia do site do Greenpeace “Floresta de carvão e violência”, uma peça de caráter publicitário que promove um ativismo ambiental. Pensamos que esses discursos pretendem vincular esses indivíduos a esse ativismo pela evocação ou invocação da paixão complexa fiduciária que conhecemos como amizade.
[14:35] {Woodsonfc} Falamos sobre as Redes e vamos voltar nelas. Essa peça que introduz aqui o tema dos Movimentos Sociais
[14:36] {Woodsonfc} Acreditamos que essa amizade de tipo solidário parece ser a “paixão” que consubstancia movimentos e redes sociais, pois fomentam o discurso do primeiro e dão substância e existência ao segundo.
[14:36] {Woodsonfc} Entretanto, os discursos desses movimentos preveem no seu programa narrativo um anti-sujeito e ou anti-objeto que permitem convergir desejos e objetivos que agregam um determinado grupo que, em princípio, se posiciona de forma antagônica a outro(s) grupo(s), fenômeno que o discurso que funda e estrutura as redes sociais, que têm caráter mais neutro e genérico, não parece ocorrer.
[14:37] {Woodsonfc} Veremos, então, de forma um tanto condensada a descrição sintática que se faz da relação dos sujeitos ditos amistosos com o mundo partindo da descrição narrativa dessas relações.
[14:38] {Woodsonfc} Segundo Barros (2001, p.63) para explicar as paixões é preciso recorrer às relações actanciais, aos programas e percursos narrativos para determinar o sujeito que quer ser, o objeto de seu desejo, o sujeito em que outro sujeito crê, o destinador a quem o sujeito passional quer fazer bem.
[14:39] {Woodsonfc} Temos abrir um parênese aqui para dizer que estamos tomando as redes sociais e tudo que será analisado aqui como TEXTO
[14:40] {Woodsonfc} Para a Semiótica Francesa (ou Greimasiana), a noção de texto implica a junção de dois planos: um plano de conteúdo (o do discurso) e um plano de expressão (verbal ou não verbal: visual, sonoro, gestual etc). Trata-se, pois, de um conceito bastante amplo que não se limita ao texto verbal. (…)
[14:40] {Woodsonfc} O prefixo sin- (de sincrético) traz o sentido de unidade e integração. Logo, as diferentes linguagens mobilizadas na construção de uma “rede social” ou um manifesto do “greenpeace”, ao mesmo tempo em que são potencializadas, perdem suas particularidades para permitir a emergência de um “todo” verbovisual, em elementos que se articulam tanto por jogos sonoros (ritmo, rima, entonação) quanto por dimensões plásticas (topológicas, eidéticas e fotocromáticas). (LARA, 2010
[14:41] {Woodsonfc} Os exemplos dados por La
[14:41] {Woodsonfc} LARA
[14:41] {Woodsonfc} não são esses, eu que os coloquei aí no lugar dos que ela deu
[14:42] {Woodsonfc} Segundo Barros (2001) “a teoria semiótica caracteriza-se por construir métodos e técnicas adequadas de análise interna, procurando chegar ao sujeito por meio do texto”. O texto é, para a semiótica, meramente a manifestação expressa de um conteúdo imanente, “uma máscara sob o qual é preciso procurar as leis que regem o discurso”.
[14:42] {Woodsonfc} A construção do sentido do texto, o discurso, decorre de um percurso gerativo do conteúdo “que vai do mais simples e abstrato ao mais complexo e concreto” que é anterior e independente da manifestação, o texto linguístico, pictórico, gestual, icônico, etc.
[14:43] {Woodsonfc} A existência do sujeito no texto, para a semiótica, a princípio, resultou da ação, por uma transformação dele com o objeto, e “chegou à manipulação, relação intersubjetiva de comunicação entre destinador e destinatário”.
[14:43] {Woodsonfc} Caiu mais um
[14:43] {Woodsonfc} Entretanto, essa comunicação não se reduz ao conhecido modelo jacobsoniano, mas ao fazer interpretativo e persuasivo dos actantes, que, “enveredou a semiótica pelo caminho da modalização” que, em um primeiro momento, foi aplicada ao fazer dos sujeitos actantes e que, consequentemente, evoluiu para a modalização do ser que resultou na semiótica das paixões. As paixões devem ser entendidas como “efeitos de sentido de qualificações modais que modificam o sujeito do estado”.
[14:45] {Woodsonfc} passem os slades até PLANOS E NÍVEIS DO DISCURSO
[14:46] {Woodsonfc} Então texto é a junção do Plano da Expressão a um Plano do Conteúdo
[14:46] {Woodsonfc} Vejam exemplos que coloquei nos dois slades seguintes
[14:46] {Woodsonfc} Esqueci de numerá-los
[14:46] {Woodsonfc} perdão
[14:47] {Woodsonfc} Aí vemos duas figuras como analogias dos planos
[14:48] {Woodsonfc} Podem seguir para os NIVEIS img 6
[14:48] {Woodsonfc} No texto “Floresta de carvão e violência” 1 do site do Greenpeace, há uma imediata apresentação dos anti-objetos que compõem o “cenário” a que os ativistas do movimento irão se opor e promover o seu protesto: “Desmatamento, invasão de terras indígenas e trabalho escravo”.
[14:49] {Woodsonfc} Disponível   em: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Floresta-de-carvao-e-violencia/ acessado em: 30 de Maio de 2012
[14:49] {Woodsonfc} O “protesto” é uma forma considerada “pacífica” de enfrentar os anti-sujeitos responsáveis pelos anti-objetos destacados. Elencar os anti-objetos como alvo da sanção pragmática dos ativistas decorre de um programa narrativo que não pretende simplesmente sancionar de forma pragmática os sujeitos negativamente, como faria um grupo militar ou paramilitar distinguindo os sujeitos como amigos vs inimigos.
[14:49] {Woodsonfc} O alvo preferencial desses grupos, produz um discurso que costuma justificar uma sanção pragmática pelas “vias de fato”, ou seja, pelo uso de força que pretende dissuadir e eliminar o anti-sujeito. Entretanto, o Greenpeace tem por princípio e valor a inviolabilidade da vida que é precondição indispensável dessa sanção1.
[14:50] {Woodsonfc} A amizade nesse caso, ainda que coloque em confronto sujeitos em polos ideológicos frontalmente opostos sob o qual são construídos e interpretados discursos como os dos guerreiros que produzem grande apelo passional e emocional, não se anula o princípio subjacente a outra paixão o “amor universal” como ocorre nos discursos de ódio produzidos entre facções rivais como houve entre os nazistas em relação aos judeus ou entre os sionistas e os nazistas.
[14:50] {Woodsonfc} Com base em proposta de Zilberberg e Fontanille (2001, p. 27), feita para mostrar como os valores tomam forma e circulam no discurso, Fiorin (2009, p. 4) afirma que há culturas que se veem como unidade, regidas pelo princípio de exclusão e outras como mistura, regidas pelo princípio da participação.
[14:51] {Woodsonfc} Para Fontanille e Zilberberg, (2001, p. 20-30) a cultura da triagem (do interdito) possui um aspecto descontínuo e inclina-se a cercear a circulação cultural, desacelerada pela presença do exclusivo e do excluído. A cultura da mistura, por seu lado, apresenta um aspecto contínuo que tende ao andamento rápido e a favorecer o “comércio” cultural. É, por sua vez, a cultura do permitido.
[14:51] {Woodsonfc} Entretanto, a cultura “do permitido” não é garantia da existência de uma sociedade mais justa e  democrática e a cultura do interdito não provem necessariamente em uma sociedade injusta e opressora. As sociedades para se organizarem têm que fazer triagens e misturas. Uma cultura  permissiva costuma sê-lo escondendo suas triagens.
[14:51] {Woodsonfc} Na cultura da moda, por exemplo, por mais que  modernamente venha-se buscando dar acesso amplo e politicamente correto ao sistema da moda buscando uma mistura cada vez maior de tendências, culturas, grupos e classes sociais de diferentes níveis econômicos, ela o faz ditando padrões que “naturalmente” segmentam o acesso a essa mistura, liberando o acesso por triagens que diferenciam níveis socioeconômicos, padrões de beleza, acesso a materiais etc.
[14:52] {Woodsonfc} Eles o fazem ao obliterar o conhecimento por trás da lógica subjacente ao sistema. A cultura por trás das regras do trânsito, embora resulte da explicitação de diferentes triagens, garante a circulação do trânsito ao, por exemplo, interditar uma via impedindo que dois veículos circulem pela mesma mão da via em direções opostas.
[14:52] {Woodsonfc} Supomos o seguinte quadro que delineia o horizonte da intencionalidade amistosa e os valores desejados:
[14:52] {Woodsonfc} Próximo Slade
[14:53] {Woodsonfc} PAIXÃO DE OBJETO E OU INTERSUBJETIVA
[14:53] {Woodsonfc} Atores Amigos  S1 →  (Ov) ← S2 (amado)    Tipo 1 : Rival  (exclusivo)  S1 ∩ S2 (amigos) → ∩ Ov (Descritivo Modal)   Tipo 2 : Rival – (inclusivo) Inimigo comum  S1 ∩ S2 (Aliados)  → ∩ Ov(+)  ← ∪ S3 (antisujeito / inimigo)
[14:53] {Woodsonfc} Vejam o slade seguinte
[14:54] {Woodsonfc} também
[14:54] {Woodsonfc} A amizade sempre é, então, intersubjetiva e é resultante da busca de um objeto valor – descritivo modal – que comungue o percurso desses sujeitos.
[14:54] {Woodsonfc} Dentro desse esquema narrativo, propõe-se dois programas narrativos: o primeiro que se constituí tal e qual colocado acima, que caracteriza uma “amizade exclusivista”, o que remete a lógica da triagem/filtragem, e o segundo tipo, em que se acrescenta um anti-sujeito nessa equação, contra o qual os amigos se unem. No segundo tipo, o sujeito amigo corresponde a um aliado, tipologia que nos remete à lógica da mistura.
[14:55] {Woodsonfc} Bem vinda Ana hehehe
[14:55] {acris} sorry
[14:55] {Woodsonfc} que isso
[14:55] {acris} caiu o 3g e a net ao mesmo tempo
[14:56] {Woodsonfc} "desgraça pouca é bobagem" hehehe
[14:56] {Woodsonfc} A lógica dos movimentos sociais resulta desse segundo tipo de amizade. Então, por que esse tipo de amizade que busca uma mistura e explicita suas triagens teria se potencializado através das redes sociais que possui um sistema de aplicativos que, ao que parece, esconde suas triagens e explicita suas misturas?
[14:57] {Woodsonfc} Puderam ver na imagem 9?
[14:58] {Woodsonfc} Próximo slade JUNÇÃO E PERFORMANCE
[14:58] {Woodsonfc} O microssistema social e cultural das redes sociais, como o Orkut e o Facebook observado por nós, é ambíguo nesse aspecto e oscila entre adotar soluções que permitam interditar e permitir a manifestação textual1 através de ferramentas que ora privilegiam a mistura, ora a triagem. Essas ferramentas pautam-se na regulação das relações escópicas - “ver” e “ser visto” - cotejado entre o sistema e o usuário a fim de dimensionar o espaço do que pode ser tornado público e privado.
[14:59] {Woodsonfc} Coitada da sigarofalo não fica
[15:00] {Woodsonfc} Podem ver os 3 slades seguintes
[15:00] {Woodsonfc} Redes de relacionamento mais famosas
[15:00] {Woodsonfc} Temos, então, dois sistemas: o dos movimentos sociais que explicita sua triagem em busca da homogeneidade da mistura de seus membros por ser essencialmente público e mostrar apenas essa face do movimento e o das redes sociais que é ambíguo por seu caráter ambivalente com respeito ao gerenciamento do público e do privado.
[15:01] {Woodsonfc} O Greenpeace busca a adesão do sujeito ativista à sua causa que se antagoniza a outras práticas por ele repudiadas, ele busca um sujeito escópico, que não quer não ser visto: o ativista.
[15:01] {Woodsonfc} “Foi contra esse cenário que o Greenpeace protestou hoje: a 20 quilômetros da costa de São Luís (MA), ativistas escalaram e bloquearam a âncora de um navio que estava prestes a receber toneladas de ferro gusa que seriam levadas aos Estados Unidos, com um banner escrito “Dilma,desliga a motosserra”.”
[15:01] {Woodsonfc} Para seduzir o destinatário e conquistar adesões, o sujeito “ativista do Greenpeace” deve realizar atividades de gerem grande impacto que rompam com o território do contrato que pressupõe uma aceitação passiva dos sujeitos e adentre o terreno perigoso da polêmica pelo confronto pragmático de objetivos. Porém, essa ação não deve resultar em agressividade, mas deve levar ao oponente a explicitar publicamente sua posição diante da persistência do ativista ou terá de desistir de seu propósito de dar-se por vencido
[15:02] {Woodsonfc} “O protesto no mar em frente à capital maranhense levanta questões embaraçosas sobre o comprometimento da presidente Dilma Rousseff e seu governo quanto à proteção ambiental às vésperas da Rio+20, a cúpula da ONU sobre clima, biodiversidade e desenvolvimento sustentável que começa oficialmente no dia 20 de junho, no Rio de Janeiro.”
[15:02] {Woodsonfc} Nas redes sociais, observamos que há por trás dos sujeitos ideais uma paixão escópica implícita que resulta do comportamento escópico que é modalizado por /querer-ver/ e /querer-ser-visto/. A amizade numa rede social, enquanto uma paixão intersubjetiva idealizada, é uma paixão que decorre de um /querer-ser/ (desejável) ou, mais intensamente de um /não-querer-não-ser/ (imperativa) e não de um /querer-não-ser/ (facultativa1) ou /não-querer-ser/ (indesejável).
[15:02] {Woodsonfc} O critério da quantidade de amigos é um valor euforizado, quanto mais amigos, maior é o “valor” do sujeito. Esse critério é público nas redes, ou seja, a quantidade de amigos e quem são esses
[15:02] {Woodsonfc} amigos aparecem no perfil de cada um e todos os usuários da rede podem vê-lo. O sujeito ao sincretizar-se com uma rede social, assume, então o atributo da fama valorizado pelo sistema e por esse atributo torna-se um objeto desejável.
[15:03] {Woodsonfc} A paixão amizade publicizada no aplicativo, então, é reduzida a uma mera paixão simples e intensa, assumida pelo usuário como um valor euforizado, um sujeito que, como o seu destinador, a rede social escolhida, não quer não ser visto, pois se tornou um objeto exponencialmente desejável.
[15:03] {Woodsonfc} Ter amigos em uma rede social é, então, poder ter mais amigos a partir de seus amigos. Essa é uma característica comum à maioria, senão a todas as redes sociais porque se constitui um dos motores que alavancam o seu sucesso.
[15:03] {Woodsonfc} O ativismo dos movimentos sociais pretende, evidentemente, obter a adesão de mais e mais amigos à sua causa, mas essa adesão se vê restringida pelo componente “causa”, ideológico, explicitado no programa narrativo dos movimentos sociais que, por outro lado, encontra-se apagado ou difuso no dispositivo das redes sociais.
[15:03] {Woodsonfc} O /querer-não-ser/ (facultativo) ou /não-querer-ser/ (indesejável) polêmicos também estão previstos no programa do ativismo. A amizade no ativismo vem de uma triagem da mistura por um critério bem claro.
[15:03] {Woodsonfc} Sabemos que os estados de alma estão implicados nos percursos da atividade humana, como motivadores ou como motivados por eles. Assim, podemos reconhecer alguns percursos narrativos e de estados passionais a partir da expressão de paixões ditas complexas, mesmo não tendo acesso às narrativas que as desencadearam.
[15:04] {Woodsonfc} A Semiótica, ao reconhecer que há um componente patêmico a perpassar todas as relações e atividades humanas, que ele é o que move a ação humana e que a enunciação discursiviza a subjetividade, mostra que as paixões estão sempre presentes nos textos. (FIORIN, 2007, p. 10)
[15:04] {Woodsonfc} A abordagem das paixões utilizada por Greimas & Fontanille (apud MATTE & LARA, 2007, p.51) faz emergir a dimensão passional a partir dos modelos da semiótica da ação, integrando o percurso do “fazer” ao percurso do “ser”. MATTE & LARA propõem que, o esquema passional canônico (1) pode, portanto, ser articulado ao esquema narrativo canônico (2), comportando, a exemplo deste, quatro sequências:
[15:04] {Woodsonfc} Vão até a img 20
[15:05] {Woodsonfc} Podem pular uns 4 slades
[15:05] {Woodsonfc} A AMIZADE (ESQUEMA PASSIONAL CANÔNICO)
[15:05] {Woodsonfc} Nas redes sociais, a espera, estado inicial das paixões complexas, resolve-se pelo simples reconhecer proporcionado pelo mero encontro, momento inicial do percurso passional canônico da amizade:
[15:06] {Woodsonfc} Amizade  (1’) ReconhecimentoEmpatiaConfiança/ envolvimento
[15:06] {Woodsonfc} Já nos movimentos sociais, a amizade se estabelece seguindo o percurso canônico e não podem prescindir da “empatia” e “confiança”. O problema a ser superado é como encontrar um número de adesões suficiente que dê sustentabilidade à “causa”!
[15:06] {Woodsonfc} Afinal, como revela o dito “A União Faz a Força”. Embora as redes sociais apresentem esse percurso superficial, sua neutralidade e difusão que promovem encontros fortuitos em grande escala que permitiu resolver essa falta trocando-a por um devir que faz o sujeito usuário de uma rede social um esperançoso, a espera de um amigo que lhe dê uma “causa”.
[15:07] {Woodsonfc} São essas faltas em ambos os percursos que complementam o percurso passional canônico dos sujeitos que consubstanciam os movimentos e as redes sociais.
[15:08] {Woodsonfc} Quero dizer que as Redes Sociais terminam onde os Movimentos Sociais começam
[15:09] {Woodsonfc} E a grande questão é que a Empatia e Confiança exigidos pelos Movimentos Sociais precisam do Reconhecimento proporcionado pelo "Encontro"
[15:10] {Woodsonfc} que é garantido e potencializado pelas Redes Sociais
[15:10] {Woodsonfc} Acelerei aqui e até sobrou um tempinho
[15:11] {Woodsonfc} Vou deixar para explicar o que não falei nos Slades para as perguntas
[15:11] {pipoka} otimo! Delaine?
[15:11] {Woodsonfc} Podem ver as Referências Bibliograficas
[15:12] {Woodsonfc} no último Slade
[15:12] {Delaine} Muito obrigada Woodsonf.
[15:12] {Woodsonfc} Alguém vivo aí?
[15:12] *** pipoka ajusta modo -m
[15:12] *** pipoka ajusta modo -z
[15:12] {Woodsonfc} Sobreviveram? hehehe
[15:12] {pipoka} clap clap clap clap
[15:12] {Delaine} Como eu havia dito no início, eu tinha certeza de que ia aprender muito. Sobrevivi
[15:13] {Delaine} Muita informação.
[15:13] {Delaine} Mas eu queria partilhar com você
[15:13] {Woodsonfc} Pois é
[15:13] {adelmaa} Vivíssima... clap clap clap clap para você!
[15:13] {Delaine} algo que me aconteceu hoje na assembleia dos professores.
[15:13] {Delaine} Acho que se encaixa nessa discussão
[15:14] {Woodsonfc} Diga
[15:14] {Woodsonfc} Delaine
[15:14] {Sandro_} :D
[15:14] {adelmaa} Compartilhe!!!!
[15:14] {Delaine} a apubh estava praticamente sendo acusada de só ter divulgado a eleição do sindicato pela internet
[15:14] {pipoka} afe
[15:15] {Delaine} E aí isso que você disse de onde termina as redes sociais
[15:15] {Delaine} e do começo dos movimentos sociais me pareceu muito claro na assembleia.
[15:16] {BrunoForgiarini_} Parabéns Woodson! Achei tua apresentação muito significativa. Acho que as tuas análises mostram perfeitamente a tua competência e dedicação para com o teu estudo
[15:16] {Delaine} Eu vou abrir para perguntas, acho que é isso que eu tenho de fazer agora, não é?
[15:16] {Woodsonfc} Pois é, o sistema das Redes não pode garantir Empatia e Confiança
[15:16] {Woodsonfc} Eles acontecem a revelia das Redes
[15:17] {Delaine} Isso. ficou claro para mim.
[15:17] {Woodsonfc} obrigado BrunoForgiarini_
[15:18] {Delaine} Alguma pergunta?
[15:18] {Woodsonfc} É a duras penas que a gente se aperfeiçoa
[15:18] {pipoka} tenho uma pergunta
[15:18] {Delaine} Faça
[15:18] {Sandro_} Tb tenho
[15:18] {Woodsonfc} Manda pipoka
[15:18] {pipoka} Woodson, essa frase que vocês disse "então porque esse tipo de amizade que busca uma mistura e explicita suas triagens teria se potencializado através de redes sociais que possuem um sistema de aplicativos que, ao que parece, esconde suas triagens e explicita suas misturas?" tem implicações muito interessantes, você poderia explicá-la para nós em termos não técnicos, sem o jargão?
[15:18] {BrunoForgiarini_} Eu tenho estudado sobre as Comunidades de Prática com um olhar para as redes sociais e achei muito interessante as colocações sobre isso que acabaste de te posicionas: as redes sociasi nao garantem Empatia e Cinfiança
[15:18] {pipoka} esqueci que sou pipoka
[15:19] {Sandro_} Boa, Bruno! ia justamente tocar nas comunidades de prática
[15:19] {Woodsonfc} Ok aguardem
[15:19] {Woodsonfc} Vou começar com a pipoka e logo vou para o BrunoForgiarini_
[15:20] {BrunoForgiarini_} E uma pessoa que também estudas estas questões nas redes sociais é a Professora Raquel Recuero http://pontomidia.com.br/raquel/
[15:20] {BrunoForgiarini_} ok
[15:20] {Sandro_} :D
[15:20] {Woodsonfc} Ana pipoka
[15:21] {Woodsonfc} Ora o sistema das Redes Sociais Digitais têm aplicativos
[15:21] {Woodsonfc} que permitem ver e esconder coisas
[15:21] {AnaMatte} ok
[15:22] {AnaMatte} do perfil, por exemplo, né?
[15:22] {Woodsonfc} Em uma comunidade o dono pode colocar e retirar pessoas e textos sem que ninguém saiba disso é uma triagem que se esconde
[15:22] {AnaMatte} certo
[15:22] {Woodsonfc} comunidade virtual
[15:23] {Woodsonfc} E qdo entramos no Facebook
[15:23] {Woodsonfc} vemos os amigos de nossos amigos e coisas que eles estão fazendo
[15:24] {Woodsonfc} Ou seja, estamos nos misturando às triagens que fizemos anteriormente
[15:24] {Woodsonfc} nos Movimentos Sociais
[15:24] {Woodsonfc} Fica claro as triagens feitas
[15:25] {Woodsonfc} Quem é quem a favor de quem e contra quem
[15:25] {Woodsonfc} Ou pelo menos deveria ser!
[15:25] {AnaMatte} ok
[15:26] {Woodsonfc} Quem adere a um movimentos social pertence a uma classe ou tem suas ideias estabelecidas
[15:26] {Woodsonfc} e vai se misturar a outros com ideiais semelhantes
[15:26] {Woodsonfc} Então temos dois movimentos ocorrendo
[15:27] {Woodsonfc} Nos Movimentos Sociais temos as triagens que se misturam
[15:27] {Woodsonfc} e nas Redes Sociais temos as misturas que esconde suas triagens
[15:27] {AnaMatte} então, podemos dizer que o tipo de relação esperado num movimento social tem muito mais de explicitação do específico, enquanto nas redes sociais o tipo de relação privilegiado busca apagar essas diferenças? criar identidade pelo igual?
[15:27] {Woodsonfc} Nos Movimentos Sociais as triagens estao claras
[15:28] {Woodsonfc} Sim As Redes procuram apagar as triagens que ocorrem na sociedade a fim de incrementar a adesão
[15:29] {Woodsonfc} sigarofalo para de cair! hehehe
[15:29] {AnaMatte} rs
[15:29] {AnaMatte} obrigada, Woodsonfc
[15:29] {Woodsonfc} Os Movimentos Sociais deixa suas triagens explícitas ou pelo menos diz deixar!
[15:30] {AnaMatte} é, tem isso sim sorriso
[15:30] {Woodsonfc} Deixa ver a pergunta do BrunoForgiarini_
[15:31] {AnaMatte} ok, obrigada
[15:32] {Woodsonfc} <BrunoForgiarini_} Eu tenho estudado sobre as Comunidades de Prática com um olhar para as redes sociais e achei muito interessante as colocações sobre isso que acabaste de te posicionas: as redes sociasi nao garantem Empatia e Cinfiança <Sandro_} Boa, Bruno! ia justamente tocar nas comunidades de prática <BrunoForgiarini_} E uma pessoa que também estudas estas questões nas redes sociais é a Professora Raquel Recuero http://pontomidia.com.br/raquel/
[15:32] {Woodsonfc} Pois é
[15:33] {Woodsonfc} Não conheço o trablho da Raquel, mas vou aproveitar e ver isso
[15:33] {Woodsonfc} O que podem nos adiantar sobre a proposta da Raquel?!
[15:33] {Woodsonfc} BrunoForgiarini_ e Sandro_
[15:34] {Woodsonfc} Se o BrunoForgiarini_ não puder falar abro pra novas perguntas!
[15:35] {BrunoForgiarini_} Ela fala sobre as redes sociais e o modo como essas relações são influenciadas
[15:35] {BrunoForgiarini_} ela tem dois livros
[15:35] {Woodsonfc} É estava dando uma olhada no blog dela aqui
[15:35] {BrunoForgiarini_} um gratuito para downloadhttp://www.superdownloads.com.br/download/84/redes-sociais-na-internet-raquel-recuero/
[15:35] {BrunoForgiarini_} e o outro elalançou recentemente
[15:36] {Sandro_} eu só pensei mesmo nas comunidades de prática...não conheço o trabalho da Raquel porque meu foco não é em redes sociais
[15:36] {BrunoForgiarini_} Conversação em rede, da editora Sulina
[15:36] {Delaine} Nosso tempo está esgotando, não é, AnaMatte? Alguma pergunta mais?
[15:36] {AnaMatte} sim
[15:37] {AnaMatte} Woodsonfc: acho melhor encerrar, ok?
[15:37] {Delaine} Então podemos encerrar?
[15:37] {Sandro_} parabéns pela exposição, Woodsonfc! Aprendi muito!
[15:37] {BrunoForgiarini_} Eu acho que as redes sociais estão num plano base que sustentam as Comunidades de Prática conforme argumental Lave e Wenger (1991) e Wenger (200*; 2012)
[15:37] {Beth_} Parabéns, Woodrson!!!
[15:37] {BrunoForgiarini_} ok
[15:37] {Woodsonfc} Ok vamos trocando figurinhas BrunoForgiarini_ e Sandro_
[15:37] {Delaine} Agradecemos, mais uma vez ao Woodson
[15:38] {vitorferreira} muito bom! parabéns
[15:38] {Woodsonfc} Talvez isso tenha a ver com o que propus
[15:38] {BrunoForgiarini_} Parabéns Woodson, seu trabalho nos conduz a muitas reflexões
[15:38] {Woodsonfc} na tese
[15:38] {JaskolcaAzevedo} Acho que nunca mais vou compartilhar uma coisa no Facebook sem pensar nisso...rsrsrs
[15:38] {Delaine} foi muito bom aprender com você. Confesso que tenho de estudar mais esta matéria. Mais foi muito bom. Parabéns.
[15:38] {nataliasperandio} Parabens pelo trabalho
[15:38] {Woodsonfc} PN de base vs PN de uso
[15:38] {Woodsonfc} BrunoForgiarini_
[15:38] {Woodsonfc} obrigado NathaliaWesterma
[15:38] {Delaine} Parabéns. Vou me organizar para ver sua defesa.
[15:38] {Woodsonfc} nataliasperandio
[15:38] {Woodsonfc} quero dizer
[15:39] {AnaMatte} muito obrigada, Delaine, muito obrigada, Wodson!
[15:39] {AnaMatte} clap clap clap clap clap
[15:39] {Delaine} obrigada a todos do grupo
[15:39] {katrine_} clap clap clap clap
[15:39] {Beth_} clap clap!!!!
[15:39] {AnaMatte} clap clap clap clap clap
[15:39] {adelmaa} Prezado Woodson, excelente apresentação, clara, direta e eficiente.
[15:39] {JaskolcaAzevedo} Seu trabalho é muito interessante e estimulador de reflexões! Parabéns!!!
[15:39] {JaskolcaAzevedo} clap clap clap clap clap
[15:40] {RaquelBrandao} clap clap clap clap clap
[15:40] {Sandro_} clap clap clap clap clap
[15:40] {Woodsonfc} JaskolcaAzevedo o que?
[15:40] {MariliaRamalho} Parabéns, Woodson; aprendi muito também.
[15:40] {sorayamontalvao} Parabéns, muito instigante seu tabalho.
[15:40] {adelmaa} O STIS agarde a Profa Delaine para preciosa moderação e ao Woodson pela sua conferência.
[15:40] {Woodsonfc} JaskolcaAzevedo obrigado
[15:40] {AnaMatte} A todos os presentes: obrigada pela participação! o prósximo stis é em agosto, divulgaremos em momento apropriado!
[15:40] {Delaine} obrigada e até breve.
[15:41] {Woodsonfc} Meu e-mail está a disposição woodsonfiorini@gmail.com
[15:41] {Woodsonfc} obrigado MariliaRamalho
[15:41] {Woodsonfc} e sorayamontalvao
[15:42] {nataliasperandio} tchau a todos
[15:42] {adelmaa} Agradecemos a todos so presentes e esperamos contar com sua participção no nosso próximo evento em agosto.

Como citar este texto:

CARVALHO, Woodson Fiorini. As redes virtuais e os movimentos sociais. In: STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec. Ano II, 2012. Disponível em: <http://stis.textolivre.org/site/index.php/artigos/12-stis/registros-das-palestras-logs/35-log-as-redes-virtuais-e-os-movimentos-sociais>;. Acesso em: 27 fev. 2014.

 

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Based on a work at Texto Livre.

6. Setembro: Tecnologias livre na Graduação em Letras

cartaz STIS setembro 2012

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Cinara Alves, Karlla Leal e Ana Queiroz: Tecnologias livres na graduação em Letras

Setembro de 2012: Tecnologias livres na graduação em letras

conferencistas: Cinara Kelly Alves/UFMG, Karlla Andréa Leal/UFMG e Ana Paula Queiroz

quando? dia 28/09 às 14h

moderador: prof.a Adelma Araújo/POSLIN/FALE/UFMG

Para assistir, entre na Sala de Conferências com um nickname de sua escolha (sugerimos NomeSobrenome, sem espaços, acentos ou cedilha). A senha não é necessária.

 

RESUMO 1: ANÁLISE DO TRATAMENTO DA REVISÃO GRAMATICAL PELO EDITOR DE TEXTO DO LIBREOFFICE (Alves)

Este trabalho tem como objetivo estudar o aperfeiçoamento  das regras de regência verbal (e nominal) das quais o Cogroo  se utiliza para apontar erros e sugerir correções. Também visa identificar e testar as regras em textos reais não corrigidos e analisar  os motivos de ocorrência destes erros e das ambiguidades que ocorrem em número considerável neste corretor, além de ampliar o número de regras de regência verbal.
É intenção deste projeto também iniciar os estudos em Processamento de Linguagem Natural, para que seja possível entender melhor  as limitações do sistema  e o seu potencial, pois quanto mais aperfeiçoado for o corretor gramatical mais eficientes serão as sugestões de correção. As atividades realizadas foram dirigidas de modo que fossem compreendidas as fases que perpassam a criação das regras gramaticais, assim como as implicações que as mesmas terão no desempenho do programa.

RESUMO 2: MATERIAL ONLINE DE GRAMÁTICA EM CREATIVE COMMONS E SOFTWARE LIVRE PARA ENSINO DE CRASES (Leal e Queiroz)

A produção de material de apoio à disciplina online de Leitura e Produção de Textos UNI003, que atende a estudantes de todas as unidades da UFMG, visa possibilitar o livre acesso a este conhecimento gramatical da língua que, embora não faça parte das atividades da disciplina, é fundamental para um bom desempenho dos alunos. Por isso um curso completo de gramática para estudo de forma individual e autônoma foi criado em Creative Commons e disponibilizado no blog Português Livre.
Além disso, será discutido e apresentado o software livre Crases, concebido por Ana Matte, dedicado a um problema gramatical específico e baseado na metodologia Texto Livre. O software busca ensinar as regras subjacentes ao uso de crases sem dar respostas prontas para o usuário.

6.1. registro setembro

 Registro da Conferência em chat escrito, de 28 de Setembro de 2012:

 

Tecnologias livres na graduação em letras

conferencistas: Cinara Kelly Alves/UFMG, Karlla Andréa Leal/UFMG e Ana Paula Queiroz

 

moderador: Equipe STIS

 

[14:14] <acris> cinarak: como a Karlla mandou a apresentaçõa para mim ler, vou começar e depois voce apresenta, porque daí as perguntas ficam mais por tua conta e teu tempo mais flexível, ok?
[14:15] <cinarak> Ok acris
[14:15] <acris> Beth_: voce modera?
[14:15] <acris> oi, BrunoForgiarini
[14:15] <Beth_> sim
[14:15] <BrunoForgiarini> Boa tarde a todos!
[14:15] <Beth_> Boa tarde
[14:15] <acris> obrigada, podemos começar
[14:15] <Beth_> Boa tarde a todos!
[14:16] <Woodsonfc> sim estou AnaMatte
[14:16] <cinarak> Boa tarde!
[14:16] <Beth_> É sempre uma honra tê-los conosco. Nosso desejo é o de ampliar a discussão sobre tema relevantes para a formação de cada um de nós. Vamos, então dar início a mais uma
[14:16] <Woodsonfc> acris
[14:16] <acris> boa tarde!
[14:16] <Beth_> dição do STIS, mês de setembro de /2012
[14:16] <Beth_> Os Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS  é um evento que procura congregar estudiosos  e discutir tema dos mais  variado campos de conhecimento que
[14:16] <Beth_> norteiam os trabalhos interdisciplinares desenvolvidos pelos participantes do grupo Texto Livre: Semiótica e Tecnologia, da UFMG.
[14:17] <Beth_> Hoje temos a honra de receber  as alunas de Letras da UFMG Ana Cristina Fricke Matte, Cinara Alves,  e Ana Queiroz para proferir a conferência do mês de setembro do corrente ano
[14:17] <Beth_> Sejam bem vindas!
[14:17] <cinarak> Obrigada beth!
[14:17] <AnaMatte> a Karlla Leal também está no programa, Beth_
[14:18] <AnaMatte> obrigada
[14:18] <Beth_> Gostaria de convidar as palestrantes Ana Cristina Fricke Matte,  Karlla Leal e Ana Queiroz.  Vocês estão presentes?
[14:18] <Beth_> sim
[14:18] <Beth_> O título da conferência que será proferida hoje é  “Tecnologias livres na graduação de Letras”.
[14:18] <Beth_> Vocês terão 60 minutos para sua apresentação. Finalizada suas apresentações teremos durante 30 uma discussão a participação do publico presente.
[14:18] <AnaMatte> Eu peço licença para um comunicado
[14:19] <Beth_> sim
[14:19] <AnaMatte> a Professora Visitante ANNELIESE MARIA B. GAMA DE CARVALHO, faleceu 27/9/2012, e o corpo está sendo velado no Parque da Colina e o sepultamento será às 17:00 h. no mesmo cemitério.
[14:20] <AnaMatte> Ela era professora visitante na faculdade de letras da UFMG desde o final do ano passado
[14:20] <cinarak> Sim, ela foi minha prof.
[14:20] <cinarak> Puxa! Que triste!!
[14:20] <Beth_> Muito triste
[14:20] <AnaMatte> muito triste mesmo
[14:21] <AnaMatte> Bom, precisamos continuar, mas gostaria de deixar registradas nossas condolências
[14:22] <AnaMatte> Beth_: Devido a um imprevisto, a Karlla não poderá apresentar e me mandou o texto e os slides para que eu possa passar para vocês. Posso começar com a apresentação dela?
[14:22] <Beth_> Sim
[14:22] <Beth_> O título da conferência que será proferida hoje é  “Tecnologias livres na graduação de Letras”.
[14:23] <AnaMatte> O trabalho da Karlla chama-se "Quando a graduação em letras toca os avanços da tecnologia livre: Recursos Online para suporte gramatical a atividades de produção de texto em português" e está sendo realizado desde 2010, com duas bolsistas sob minha orientação.
[14:23] <AnaMatte> A Karlla mantém-se na equipe desde o início. Vou passar o texto dela agora.
[14:23] <AnaMatte> o código dos slides é karlla2012
[14:23] <Beth_> qual o código?
[14:23] <Beth_> ok
[14:24] <AnaMatte> karlla2012
[14:24] <AnaMatte> começando....
[14:24] <AnaMatte> A disciplina online de Leitura e Produção de Textos UNI003 atende a estudantes de todas as unidades da UFMG.
[14:24] <AnaMatte> Por isso, seu compromisso com a capacitação de alunos no que tange à leitura e à escrita de textos acadêmicos em diferentes gêneros textuais é muito relevante.
[14:24] <AnaMatte> No entanto, observaram-se muitos problemas ortográficos e gramaticais nas produções textuais dos alunos, prejudicando a execução das atividades propostas no decorrer do curso.
[14:24] <anaqueiroz> boa tarde
[14:25] <AnaMatte> Logo, em consonância com a responsabilidade da equipe UNI003 em promover a qualidade da escrita dos alunos, foi necessária a criação de um projeto que sanasse essas dificuldades linguísticas, sem prejudicar o foco principal da disciplina, que não é gramática.
[14:25] <AnaMatte> boa tarde, anaqueiroz
[14:25] <AnaMatte> estou passando o texto da karlla
[14:25] <cinarak> Boa tarde anaqueiroz
[14:26] <AnaMatte> Contando com uma metodologia inovadora na qual se vincula o método Texto Livre, voltado para o compartilhamento do conhecimento, as bolsistas se engajaram na criação e adaptação de um material que oferece suporte
[14:26] <anaqueiroz> boa tarde
[14:26] <AnaMatte> ao estudo da norma gramatical da língua portuguesa de forma individual e autônoma, de forma que os alunos seriam encaminhados ao material relativo ao problema específico, podendo estudar sem o acompanhamento da equipe, de forma pró-ativa.
[14:26] <AnaMatte> Inicialmente, o projeto dividiu-se em dois grandes grupos os quais, por mais que tivessem uma área de atuação de diferentes responsabilidades, desenvolveram atividades inter-relacionadas e dependentes entre si, priorizando uma metodologia didática de ensino.
[14:26] <AnaMatte> Material de Apoio:  O material de apoio aborda a norma gramatical e as regras do Novo Acordo Ortográfico.
[14:26] <AnaMatte> Pretendeu-se criar um compêndio de normas da língua portuguesa, para isso, adaptou-se o material cedido pela professora de gramática da FALE/UFMG, Maria Auxiliadora Leal.
[14:27] <AnaMatte> Tal material consiste em slides salvos em HTML com links para uma navegação didaticamente planejada.
[14:27] <AnaMatte> Também foram selecionados materiais sobre o Novo Acordo Ortográfico e a partir desses criou-se o material online dirigido à disciplina, com cuidados especiais em relação à usabilidade.
[14:27] <AnaMatte> Exercícios: Com base na produção da disciplina em 2010, buscou-se desenvolver um levantamento dos problemas mais recorrentes.
[14:27] <AnaMatte> a anaqueiroz poderá falar mais a respeito depois
[14:28] <AnaMatte> A partir desse levantamento, definiram-se instrumentos para controle da evolução da produção escrita dos alunos em 3 diferentes estágios da disciplina (inicial, meio e final).
[14:28] <AnaMatte> Esses instrumentos serão utilizados para avaliar a utilização do material de apoio produzido.
[14:28] <AnaMatte> Também foram criados exercícios para prática de diferentes tópicos de gramática e ortografia, efetuando uma avaliação da utilização dos mesmos antes do término do projeto.
[14:28] <AnaMatte> Por conseguinte, produziram-se materiais em creative commons que abarcassem a extensa área sintática prescritiva através de apresentações em show que foram compartilhadas na Intranet (<http://www.letras.ufmg.br/arquivos/gramaticaonline/>;), visando um livre acesso
[14:29] <AnaMatte> Esta ideia rompeu as fronteiras da disciplina UNI003, já que o seu uso não foi restrita aos alunos que cursassem a matéria, mas a todos aqueles que se interessassem em um ensino simples e dinâmico de gramática.
[14:29] <AnaMatte> O projeto obteve este resultado com sucesso, tendo como usuários professores e alunos de outras áreas.
[14:29] <AnaMatte> Dentre nossa produção está:
[14:29] <AnaMatte> Roteiro de Redação  Termos Essenciais da Oração (Sujeito e Predicado) Termos Integrantes da Oração Termos Acessórios da Oração
[14:29] <AnaMatte> Novo Acordo Ortográfico Regência Crase Pronomes (Este, Esse, Aquele)
[14:30] <AnaMatte> Concordância Período Composto por Coordenação Orações Subordinas Substantivas Orações Subordinadas Adverbiais
[14:30] <AnaMatte> Orações Subordinadas Adjetivas  Colocação Pronominal
[14:30] <AnaMatte> Além do endereço fornecido, contamos com outro grande parceiro para a divulgação de nosso trabalho : o blog Português livre (<http://portugueslivre.org/blog/ >).
[14:30] <AnaMatte> No site, postamos semanalmente sobre o projeto e o material teórico fornecido, buscando descrever de que maneira o projeto estava contribuindo para uma melhora significativa das produções escritas dos alunos.
[14:30] <AnaMatte> Ao longo dos dois anos de projeto novas perspectivas sobre a aprendizagem da gramática surgiram e a com ela, a adaptação de nossos objetivos inciais, sempre priorizando o aluno e a maneira mais eficaz para sua assimilação no que diz respeito aos conteúdos linguísticos ministrados.
[14:30] <AnaMatte> E é neste campo inovador do ensino gramatical que relatamos sobre o Programa Crases e o Programa Vírgulas, um produto de um esforço conjunto das bolsistas e orientadora com o grupo Texto Livre.
[14:31] <AnaMatte> Iremos nos deter ao Programa de Crases devido a uma experiência de uso maior.
[14:31] <AnaMatte> Para abrir os slides, escolham a opção ao lado "Apresentação de slides" e usem o código karlla2012
[14:31] <AnaMatte> O software de ensino de Crases (<http://www.textolivre.pro.br/teste/crase/crase.php>;) foi destinado como um mecanismo de consulta para auxiliar o ensino gramatical de língua portuguesa.
[14:31] <AnaMatte> Para a consulta, o aluno incluiria no campo “busca” uma frase, inserindo a crase no local o qual julgaria estar correto.
[14:31] <AnaMatte>  [vejam o SLIDE 2]
[14:31] <AnaMatte> Como exemplo, tomamos a frase “Eu fui à escola”
[14:31] <AnaMatte> [SLIDE 3]
[14:32] <AnaMatte> O programa irá então oferecer uma série de substituições para a sentença, de forma que, se alguma sentença for coerente e produtiva, o uso da crase no local indicado pelo aluno estará correta
[14:32] <AnaMatte> No caso proposto, há várias possibilidades coerentes, como: “Eu fui para a escola.” e “Eu fui a uma escola”.
[14:32] <AnaMatte> Logo, a frase exigirá a contração do artigo com a preposição.
[14:32] <AnaMatte> Entretanto, em casos como: “Eu andei a cavalo”, surgirá as seguintes sugestões: [SLIDE 4]
[14:32] <AnaMatte> Todas as alternativas são agramaticais, corroborando o equívoco do aluno ao inserir crase diante de palavras masculinas.
[14:33] <AnaMatte>  [SLIDE 5]
[14:33] <AnaMatte> O programa oferece uma maneira prática e dinâmica de ensino, pois ao mesmo tempo que o estudante está exercitando o uso da crase, poderá contar com o material teórico em swf e pdf sobre o assunto, através de um link no canto superior do softtware
[14:33] <AnaMatte> Além disso, se ainda houver alguma dúvida quanto ao uso, utilizamos estratégia da palavra masculina. [SLIDE 6]
[14:33] <AnaMatte> Exemplificando, em uma frase como “Eu me referi à cena”, uma alternativa para verificarmos a sua presença seria substituir a palavra feminina por uma masculina: “Eu me referia ao almoço.”.
[14:33] <AnaMatte> Como o artigo foi combinado com a crase (“ao”), percebemos que, de fato, a crase deverá permanecer.
[14:33] <AnaMatte> Atualmente, o programa vem passando por vários aperfeiçoamentos.
[14:34] <AnaMatte> Entre eles, uma lista de exceções , a qual é trabalhada com a apresentação das regras gramaticais referentes à crase, com a inclusão de exemplos funcionais e listas dos casos e expressões adverbias/conjuntivas/prepositivas mais usuais,
[14:34] <AnaMatte> como, por exemplo, quando há crase na indicação de horas (“Eu sai às dez horas”).
[14:34] <AnaMatte> O projeto, portanto, busca sanar as dificuldades linguísticas, introduzindo uma maneira dinâmica e inovadora no ensino da gramática normativa da língua portuguesa.
[14:34] <AnaMatte> Contando com uma divisão mais organizada do material produzido (<http://www.textolivre.org/aplicacoes/gramatica_online>;), a pesquisa se tornou ainda mais proveitos, sendo um contribuinte para os problemas relacionados ao domínio da norma gramatical.
[14:34] <AnaMatte> Portanto, ao compartilhamos o conhecimento, ultrapassando as fronteiras da UNI003, estaremos incentivando a iniciativa dos estudantes no que tange à qualidade de suas produções, através de mecanismos on-line para estudo independente.
[14:34] <AnaMatte> As referências encontram-se no [SLIDE 7] e os Créditos com os nomes dos participantes no [SLIDE 8]. Muito obrigada.
[14:34] <AnaMatte> anaqueiroz: você gostaria de continuar?
[14:35] <AnaMatte> já que vocês trabalharam juntas
[14:35] <AnaMatte> depois entra a cinarak , pode ser?
[14:35] <anaqueiroz> Ana, posso ajudar em relação à catalogação e elaboração de exercícios
[14:35] <cinarak> pode ser.
[14:35] <anaqueiroz> sim
[14:35] <Beth_> sim
[14:35] <AnaMatte> ok, à vontade sorriso
[14:36] <anaqueiroz> quanto aos exercícios, foi pensado que seria de grande auxílio
[14:37] <anaqueiroz> se elaborássemos exercícios de fixação em relação aos slides da Karlla
[14:38] <anaqueiroz> os mesmo têm gabarito para que o aluno confira e analise suas respostas
[14:38] <anaqueiroz> a catalogação dos trabalhos é também de grande ajuda
[14:38] <anaqueiroz> pois os alunos conseguem encontrar facilmente o material de busca
[14:39] <AnaMatte> é no gramatica online, certo? o link para o gramatica online está no slide 8 do karlla2012
[14:39] <anaqueiroz> uma vez que o material de apoio não é voltado para um público só
[14:40] <anaqueiroz> falaremos sobre o que será feito no vírgulas para que te quero?
[14:40] <AnaMatte> ok
[14:41] <anaqueiroz> pois bem
[14:41] <anaqueiroz> o projeto vírgulas para que te quero busca mostrar
[14:42] <anaqueiroz> a correta colocação do elemento - vírgula - na frase
[14:42] <anaqueiroz> consta de um espaço em que o aluno colocará sua frase pronta, com a vírgula na posição escolhida
[14:43] <anaqueiroz> e o site fragmentará a frase em um quadro
[14:43] <anaqueiroz> no qual haverá a fragmentação da frase do modo colocado pelo estudante
[14:44] <anaqueiroz> a visualização do quadro permitirá que a pessoa perceba se sua frase está corretamente pontuada ou não
[14:44] <anaqueiroz> nao se trata de corrigir o que foi feito pelo aluno, mas sim de levá-lo, pela observação, a perceber seu aceerto ou erro
[14:45] <anaqueiroz> acredito que será um projeto muito útil, assim como todos os outros
[14:45] <anaqueiroz> @cinarak?
[14:46] <Beth_> Muito obrigada Ana e Ana queiroz
[14:46] <cinarak> oi anaqueiroz!
[14:46] <Beth_> Agora continuará a Cinak?
[14:46] <cinarak> Vamos lá então...sorriso
[14:47] <Beth_> sim
[14:47] <cinarak> Bem, boa tarde a todos!
[14:47] <Beth_> Boa tarde Cinara
[14:47] <AnaMatte> boa tarde!
[14:48] <cinarak> Então, vou falar um pouco sobre como tudo começou...
[14:49] <cinarak> Gostaria de compartilhar a experiência acadêmica que resultou no trabalho de pesquisa de IC com a Profª Ana Matte.
[14:49] <cinarak> ao me inscrever na disciplina de Leitura e Produção de texto no segundo semestre de 2011.1 não imaginava que daí resultaria na definição de uma área de interesse profissional. Nesta disciplina fomos “apresentados ao Mundo Software Livre”, sobre o qual a maioria de nós, os alunos   não sabia absolutamente nada!
[14:50] <cinarak> E mais do que conhecer, fomos chamados a refletir sobre essa questão, pois o trabalho final da disciplina seria que nós, os alunos, deveríamos  produzir um artigo acadêmico sobre Universidade EAD e Software livre.
[14:50] <cinarak> Decidimos pesquisar sobre o processador de textos OpenOffice, livre, cuja versão brasileira tem o nome de BrOffice.org.
[14:51] <cinarak> Um dos recursos que o processador de texto  oferece é a adequação ortográfica e gramatical do texto escrito às normas-padrão da língua em que se redige
[14:51] <cinarak> através de um corretor, que, teoricamente, identifica e marca (sublinha) desvios na linguagem.
[14:53] <cinarak> No BrOffice.org, a revisão gramatical é realizada por um aplicativo acoplável, o Cogroo, disponível gratuitamente em sítios da internet, que deve ser baixado e instalado pelo usuário
[14:53] <cinarak> Queríamos saber como se “comportava” o corretor gramatical Cogroo no que se refere à regência verbal.
[14:54] <cinarak> A escolha se deu por ser este  um tema  que apresenta muitos problemas em revisões, mesmo quando elas são feitas por profissionais especializados.
[14:55] <cinarak> O proposito era analisar as regras de regência verbal que o Cogroo é capaz de reconhecer e aplicar, e de que forma ele o faz, para que, a partir disso, se possa também pensar em como aprimorar o recurso
[14:55] <cinarak> A análise foi realizada a partir do sítio Cogroo Comunidade
[14:55] <cinarak> onde é possível ter acesso às regras gramaticais de que o aplicativo dispõe, no total de 123 à época da pesquisa.
[14:56] <cinarak> Filtrados os resultados, foram encontradas 18 noções de regência verbal.
[14:56] <cinarak> Os testes foram realizados usando exemplos corretos segundo a norma e outros propositalmente errados
[14:57] <cinarak> para verificarmos quando, e se, o corretor apontava desvios no uso da língua.]
[14:58] <cinarak> acessamos, um a um, os dados de regência verbal inseridos no aplicativo
[14:58] <cinarak> as regras podem ser vistas aqui: http://ccsl.ime.usp.br/cogroo/comunidade/rules
[14:59] <AnaMatte> cinarak: voce pode dizer quem fez esse trabalho contigo, por favor?
[14:59] <cinarak> a fim de averiguarmos se as regras haviam sido lançadas completas, corretas, e se estaria nisso a base dos erros de detecção do Cogroo.
[14:59] <cinarak> Sim, o trabalho foi realizado em parceria com a Luana Drumond.
[15:00] <AnaMatte> obrigada sorriso
[15:00] <cinarak> aluna da mesma disciplina
[15:02] <cinarak> Observamos vários problemas, do tipo a regra estava incompleta ou tratava apenas de parte
[15:02] <cinarak> da resolução do problema ou que não havia regra para cada caso...
[15:04] <cinarak> Como exemplo tomamos o caso da frase:Pretendo aderir o Partido dos Trabalhadores
[15:05] <cinarak> O cogroo à epoca dos testes não apontava erros para esta frase.
[15:07] <cinarak> Ao analisar a regra vimos que não estava preparadas para atuar apenas quando o objeto indireto é feminino e para, nesse caso, acusar a falta de crase; se colocado um objeto indireto masculino,
[15:08] <cinarak> desculpa estava preparada apenas para atuar quando
[15:08] <AnaMatte> ok
[15:08] <cinarak> não é capaz de reconhecer a falta da preposição a
[15:10] <cinarak> Outro exemplo é o verbo assistir, que tem 3 acepçoes difentes e consta apenas uma nas regras do cogroo
[15:11] <cinarak> Na continuidade do trabalho de Iniciação Científica outras regras do Cogroo foram testadas utilizando como referência os problemas reportados pelos usuários no site Cogroo Comunidade
[15:12] <cinarak> Sorry, o que falamos acima se referia ao trabalho realizado para a disciplina de
[15:12] <cinarak> produção de texto - UNI001
[15:13] <cinarak> A partir de agora falaremos do trabalho na Iniciação cientifica
[15:13] <Beth_> só para controle do tempo: Cinara,  faltam 10 minutos.
[15:13] <AnaMatte> ok
[15:14] <cinarak> Então, Na continuidade do trabalho de Iniciação Científica outras regras do Cogroo foram testadas utilizando como referência os problemas reportados pelos usuários no site Cogroo Comunidade
[15:14] <cinarak> Vixe! Já falei isso... desculpe!
[15:14] <AnaMatte> sorriso
[15:14] <Beth_> tranquila
[15:15] <cinarak> e das questões trazidas pelos desenvolvedores do prgrama
[15:15] <cinarak> e também atraves da lista de discussão do grupo.
[15:17] <cinarak> A partir daqui as questões envolvem questões sobre gramatica em geral e não apenas de regencia verbal
[15:18] <cinarak> Por exemplo a regra  que trata do sujeito composto formado por pessoas gramaticais diferentes
[15:19] <cinarak> havia problemas com a regra e tentamos entender e encontrar uma solução para o caso...
[15:19] <cinarak> Para que vcs possam visualizar uma análise:
[15:20] <cinarak> https://docs.google.com/document/d/1olWJP579MwYk8IdkA7LAOw2IJkDRtzRjyBI1j66GWf0/edit
[15:21] <Beth_> Faltam 3 minutos
[15:22] <cinarak> Tá, vou agilizar...
[15:22] <cinarak> Mas estamos terminando...
[15:23] <cinarak> Temos alguns casos já melhorados na última versão do cogroo, mas não todos.
[15:24] <cinarak> Se alguém tiver interesse em conhecer um pouco mais e colaborar basta acessar o cogroo
[15:24] <cinarak> comunidade , mesmo para reportar erros e tal.
[15:24] <cinarak> Pois é dali que selecionamos os pontos mais problemáticos para trabalhar...
[15:24] <AnaMatte> é esse site? http://ccsl.ime.usp.br/cogroo/comunidade/
[15:25] <cinarak> Obrigada acris, sim é este o site.
[15:25] <cinarak> Há tbem mais resultados dos teste aqui:https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0ApkqjXe6g_5hdC1tSFBuOFBrcW8xa0pEVDZMbU8yM0E#gid=0
[15:26] <cinarak> Bom, acabou o tempo @beth?
[15:26] <Beth_> Sim,
[15:27] <Beth_> você gostaria de colocar algo
[15:27] <Beth_> mais?
[15:27] <Beth_> Ou podemos abrir para as perguntas?
[15:27] <Beth_> Agradecemos a profa.  Ana Matte,  Ana Queiroz e Cinara pela conferência.  Agora, depois desta excelente exposição, abrimos a discussão:
[15:28] <cinarak> Acho que eh isso aí...
[15:28] <Beth_> então abrimos a discussão:
[15:29] <AnaMatte> cinarak e anaqueiroz: gostaria que voces comentassem um pouco como é ser orientada num trabalho de gramática por uma professora que trabalha com linguagem e tecnologia mas não sabe nada de gramática sorriso
[15:30] <AnaMatte> afinal, é uma forma bem diferente de fazer uma iniciação cientfica
[15:30] <cinarak> Hahahahahahahaha... acris, não eh verdade que a prof. não sabe nada de gramica!!
[15:30] <cinarak> Bem, mas pra mi eh assim...
[15:30] <AnaMatte> ach, eu acho que ela nao sabe rs
[15:30] <anaqueiroz> também discordo
[15:30] <anaqueiroz> rsrs
[15:30] <anaqueiroz> Ana é uma super orientadora, oras
[15:30] <AnaMatte> sorriso
[15:30] <belcoimbra> Parabens! meninas. Peguei o boi andando, mas deu pra ver o qaunto o trabalho de vs é significativo! E com certeza é um trabalho que só vai crescer rsrsrs
[15:31] <AnaMatte> mas vejam, normalmente o orientador foca o trabalho na parte teórica, nós nunca fizemos isso
[15:31] <anaqueiroz> está sempre presente para o que precisamos e sempre esteve pronta para responder a meus questionamentos em relação ao programa ou ao nosso projeto
[15:31] <cinarak> Pra mim a IC eh está sendo muiiito mais do que teoria...
[15:32] <BrunoForgiarini> Sou suspeito em falar pois sou incentivador dessas iniciativas. Então só posso dizer que estão de parabéns pela relevância do trabalho
[15:32] <AnaMatte> voces estao entrando numa área interdisciplinar e orientação interdisciplinar é uma novidade, por isso minha pergunta
[15:32] <cinarak> Acho que a minha orientadora me deu mais do que oportunidades (que foram muitas...)
[15:32] <anaqueiroz> a questão é que orientar nosso trabalho não deve ser algo apenas gramatical, uma vez que, por ser uma programação online, gera sempre muito mais discussão e questionamentos
[15:33] <anaqueiroz> o que Ana faz com louvor em relação a mim e aos outros, com certeza
[15:33] <cinarak> Perspectivas novas, ampliou o meu olhar e o meu desejo por desafios...
[15:33] <cinarak> Pq eh uma
[15:34] <cinarak> nova forma de entender o mundo...
[15:34] <cinarak> A questão da cultura livre, que foi um ganho pra todos nós....
[15:35] <AnaMatte> vejam, nao levantei a peteca para ficarem falando de mim: vocês fizeram ot rabalho porque, do modo como ele foi conduzido, vocẽs mesmas foram suas orientadoras,  trabalharam colaborativamente e foram proativas o suficiente para não deixar que a falta de orientação específica em gramática fosse um entrave
[15:35] <cinarak> é mais do que orientar em uma discioplina ou assunto...
[15:35] <cinarak> ajudou a gente a crescer, a ser mais critico...
[15:35] <Beth_> eu concordo tb
[15:35] <Beth_> pq a Ana é minha orientadora
[15:36] <AnaMatte> aliás, eu vivo consultando vocês sobre questões de gramática para a disciplina online :D
[15:36] <cinarak> E isso é legal...
[15:36] <belcoimbra> tipico da Ana rsrs
[15:36] <cinarak> Pq a gente sente que tem algo a oferecer... não fica mão única!
[15:36] <Beth_> rss
[15:37] <AnaMatte> voces acham que, se fosse um trabalho só de gramática, sem essa ponte com a tecnologia, especialmente sem a ponte com a comunidade livre, seria diferente?
[15:37] <belcoimbra> boa..
[15:37] <cinarak> Acho que não me sentiria motivada a fazer
[15:38] <AnaMatte> e voce, anaqueiroz ?
[15:38] <anaqueiroz> tb não
[15:38] <anaqueiroz> não me sentirira motivada
[15:39] <cinarak> Pq tem o desafio de fazer algo novo e tem a crença na cultura livre...
[15:39] <AnaMatte> entao, o que eu aprendi com vocÊs foi que trabalhar interdisciplinarmente é muito mais produtivo quando todos tem seu espaço de mérito, numa forma colaborativa de produzir conhecimento
[15:40] <AnaMatte> e isso é a base da cultura livre
[15:40] <belcoimbra> um trabalho como esse numa perspectiva "livre" tem muito mais chance de crescer porcausa da abertura para "pitacos" de outras pessaos que podem contribuir ...
[15:40] <cinarak> Isso acris...
[15:41] <AnaMatte> exato, belcoimbra , é isso mesmo: o william, do cogroo, por exemplo, muitas vezes foi seu orientador, nao foi, cinarak ?
[15:41] <cinarak> Pra mim mudou o modo como encaro a vida, em tudo, não só na escola...
[15:41] <Beth_> sao as comunidades de prática
[15:42] <cinarak> Muitas! Eles todos foram super generosos...
[15:42] <AnaMatte> pois é, Beth_ , e isso eu aprendi contigo piscando
[15:42] <Beth_> e eu com vc
[15:42] <AnaMatte> então: não é que deixem de existir papéis, mas a hierarquia muda, não é mais aquela coisa autoritária e rígida
[15:43] <AnaMatte> é dinâmica
[15:43] <cinarak> E e bom que mude...
[15:43] <belcoimbra> na dança eu chamo de "livre combinado" hehehe
[15:43] <AnaMatte> e isso torna todos muito mais responsáveis pelo que fazem
[15:43] <AnaMatte> boa, belcoimbra  sorriso
[15:43] <Beth_> e engajados
[15:43] <AnaMatte> isso, Beth_
[15:44] <Beth_> Alguma pergunta mais?
[15:45] <Beth_> Então, agradecemos a profa.  Ana Matte,  Ana Queiroz e Cinara pela conferência.
[15:45] <Beth_> e encerramos o Stis, hoje
[15:45] <belcoimbra> clap clap clap clap!
[15:45] <Beth_> mas
[15:45] <AnaMatte> e agradeço  à Karlla Leal, pelo material que enviou e apresentei
[15:46] <Beth_> Gostaríamos ainda de fazer um anúncio e um convite: Anúncio:
[15:46] <AnaMatte> parabéns, meninas. clap clap clap clap
[15:46] <anaqueiroz> parabéns a todos
[15:46] <Beth_> parabéns!!!
[15:46] <cinarak> Parabens  a todos e obrigada pela oportunidade
[15:47] <Beth_> Anúncio: para receber o certificado de participação é só escrever para o nosso e-mail que se encontra na  nossa página na net.2
[15:47] <Woodsonfc> Parabéns
[15:47] <Beth_> Convite: Convidamos todos vocês para assistir uma palestra imperdível da  profa Dra Maria Lucia Castanheira da FAE/UFMG dia  05 Outubro 2012, das 14:00 - 15:30
[15:47] <BrunoForgiarini> Parabéns pelo trabalho. Acho que precisamos espalhar essas ideias, difundir cada vez mais. a Cultura Livre, a aprendizagem livre.
[15:48] <BrunoForgiarini> Esses recursos precisam de mais colaboradores
[15:48] <belcoimbra> sorriso
[15:48] <AnaMatte> é verdade, BrunoForgiarini
[15:48] <Woodsonfc> Eu me disponho a ajudar
[15:48] <Beth_> que legal!
[15:48] <AnaMatte> sorriso
[15:49] <AnaMatte> bom, gente, nos vemos semana que vem
[15:50] <Beth_> Sim, até sexta no próximo STIS
[15:50] <Beth_> Boa tarde
[15:51] <BrunoForgiarini> \o/
[15:51] <AnaMatte> sorriso
[15:51] <cinarak> Valeu pessoal!!
[15:51] <belcoimbra> bj pra vs gente querida, que saudade... ah.. aqui em Paris é boa noite!
[15:52] <AnaMatte> boa noite então, belcoimbra
[15:52] <AnaMatte> obrigada a todos pela presença
[15:52] <AnaMatte> tiau
[15:53] <belcoimbra> au revoir!! sorriso
[15:53] <Woodsonfc> tiau
[15:54] <BrunoForgiarini> @acris para quem solicitamos o certificado de participação, pois conta como hora atividade para mim.
[15:54] <acris_away> BrunoForgiarini: manda um email para stis@textolivre.org
[15:55] <Woodsonfc> stis@textolivre.org
[15:55] <Beth_> para receber o certificado de participação é só escrever para o nosso e-mail que se encontra na  nossa página na net
[15:55] <BrunoForgiarini> Muito obrigado
[15:56] <BrunoForgiarini> Grande abraço para vocês - Boa Tarde!

 Como citar este texto:

ALVES, Cinara; LEAL, Karlla; QUEIROZ, Ana. Tecnologias livres na graduação em Letras. In: STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec. Ano II, 2012. Disponível em: <http://stis.textolivre.org/site/index.php/artigos/12-stis/registros-das-palestras-logs/40-log-cinara-alves-karlla-leal-e-ana-queiroz-tecnologias-livres-na-graduacao-em-letras>;. Acesso em: 26 fev. 2014.

 

Todos os trabalhos aqui publicados estão licenciados segundo a Creative Commons

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Based on a work at Texto Livre.

7. Outubro: Interação e Diversidade na Sala de Aula

cartaz STIS outubro 2012

Interação e diversidade em sala de aula: implicações para a formação de professores

Outubro de 2012: Interação e diversidade em sala de aula: implicações para a formação de professores

conferencista: Maria Lúcia Castanheira/FAE/UFMG

quando? dia 05/10 às 14h

moderador: Equipe STIS

Para assistir, entre na Sala de Conferências com um nickname de sua escolha (sugerimos NomeSobrenome, sem espaços, acentos ou cedilha). A senha não é necessária.

RESUMO: Nessa discussão refletiremos sobre aspectos a serem considerados em processos de formação de professores, particularmente, aqueles referentes à abordagem da diversidade. Nos últimos anos, a relevância dessa temática tornou-se cada vez mais evidente, levando a sua inclusão nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), que apresentam a diversidade como tema transversal a ser trabalhado pelas escolas, e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, aprovadas pelo MEC em 2006, Resolução nº 01/CNE/CP/2006. Apresentaremos telling cases (Mitchell, 1984), identificados em pesquisas de abordagem etnográfica e a partir da análise desses casos refletiremos sobre desafios a serem enfrentados na formação de professores no sentido de torná-los capazes de responder de maneira adequada às várias maneiras em que diferenças podem se manifestar em sala de aula.

7.1. registro outubro

 Registro da Conferência em chat escrito, de 5 de Outubro de 2012:

 

Interação e diversidade em sala de aula: implicações para a formação de professores

conferencista: Maria Lúcia Castanheira - FAE/UFMG

 

moderador: Equipe STIS

 

[14:05] <AnaMatte> Pessoal, por favor atenção, vou explicar como funciona:
[14:06] <AnaMatte> antes de iniciar as atividades
[14:06] <ClaudiaJardim> ok
[14:06] <AnaMatte> vou moderar a sala
[14:06] <AnaMatte> isso significa que somente a organização e a palestrante serão lidos
[14:07] <AnaMatte> a lalu_, nossa querida Maria Lúcia Castanheira, terá uma hora para apresentar e então abrimos as perguntas
[14:07] <AnaMatte> nesse momento todos voltarão a ser lidos, ok?
[14:07] <ClaudiaJardim> ok
[14:07] <Beth_> podemos começar, Ana?
[14:07] <AnaMatte> lalu_: podemos começar? Beth_ você modera?
[14:07] <Beth_> sim
[14:07] <AnaMatte> ok, 1 min
[14:07] <adrianakamura> olá gente
[14:07] <ClaudiaJardim> leremos a palestra nesse lado esquerdo mesmo, ou devemos digitar algum código no lado direito?
[14:08] <Beth_> olá
[14:08] <AnaMatte> pronto
[14:08] <Beth_> Boa tarde a todos!  É sempre uma honra tê-los conosco. Nosso desejo é o de ampliar a discussão sobre tema relevantes para a formação de cada um de nós. Vamos, então dar início a mais uma   edição do STIS, mês de outubro de 2012
[14:08] <lalu_> Posso iniciar o texto?
[14:08] <Beth_> Os Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS  é um evento que procura congregar estudiosos  e discutir tema dos mais  variado campos de conhecimento que  norteiam os trabalhos interdisciplinares desenvolvidos pelos participantes do grupo Texto Livre: Semiótica e Tecnologia, da UFMG.
[14:08] <Beth_> Hoje temos a honra de receber  a professora Maria Lúcia Castanheira da Faculdade de Educação da UFMG
[14:09] <Beth_> Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade federal de Minas Gerais.  Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1991),  doutorado pela University Of California, Santa Barbara (2000) e pós-doutorado em Lingüística Aplicada pela PUC/SP (2004-2005) e pelo King's College London (2009-2010)
[14:09] <Beth_> É professora nos cursos de Graduação e Pós-Graduação da FaE/UFMG. Seus projetos de pesquisa e ação educacional integram as atividades do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale/FaE/UFMG).   Com formação nas áreas de educação, cultura e linguagem, desenvolve pesquisas de natureza etnográfica sobre práticas de letramento escolares e não escolares.  Seu interesse em pesquisa está sustentado em reflexões teóric
[14:09] <Beth_> práticas de leitura e escrita em meios populares, letramento e alfabetização, interação em sala de aula, inclusão e identidades.  Gostaríamos de agradecer a sua presença que tanto nos honra.
[14:10] <lalu_> Ana e demais participantes,
[14:10] <lalu_> sou eu que agradeço o convite e a oportunidade de conversar com vocês.
[14:10] <lalu_> gostaria de sinalizar que esse trabalho está em fase inicial de elaboração,
[14:11] <lalu_> e nele apresento alguns apontamentos que espero sirvam para provocar nossa discussão.
[14:11] <lalu_> Conto com a colaboração de vocês no sentido de auxiliar no amadurecimento das questões que irei apresentar.
[14:12] <lalu_> Imagino que irei gastar por volta de 30 minutos de "exposição" e que poderemos, então,
[14:12] <lalu_> conversar com calma.
[14:12] <lalu_> Inicio, então, com o texto:
[14:13] <lalu_> Interação e diversidade em sala de aula: implicações para a formação de professores
[14:13] <lalu_> Nessa discussão refletiremos sobre aspectos a serem considerados em processos de formação de professores, particularmente, aqueles referentes à abordagem da diversidade.
[14:13] <lalu_> Nos últimos anos, a relevância dessa temática tornou-se cada vez mais evidente, levando a sua inclusão nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), que apresentam a diversidade como tema transversal a ser trabalhado pelas escolas,
[14:13] <lalu_> e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, aprovadas pelo MEC em 2006, Resolução nº 01/CNE/CP/2006.
[14:14] <lalu_> Apresentarei um telling case (Mitchell, 1984) (doravante adotaremos a tradução, conforme proposto por Castanheira (2004))
[14:14] <lalu_> e a partir da análise desse caso refletiremos sobre desafios a serem enfrentados na formação de professores no sentido de prepará-los para responder às várias maneiras em que diferenças podem se manifestar em sala de aula.
[14:15] <lalu_> A discussão da temática proposta será organizada em torno dos seguintes pontos:
[14:15] <lalu_> i) apontamentos sobre a noção de diversidade
[14:15] <lalu_> ii) caso expressivo da manifestação da diversidade em sala de aula
[14:15] <lalu_> iii) considerações finais: implicações para a formação de professores.
[14:16] <lalu_> ((o ritmo está bom? é assim mesmo?)
[14:16] <Beth_> sim
[14:16] <Beth_> está ótimo
[14:16] <lalu_> ok
[14:16] <lalu_> i)    Apontamentos sobre a diversidade no campo educacional
[14:16] <lalu_> A discussão sobre a diversidade no campo educacional deve ser examinada como vinculada à crescente organização e demanda de vários setores da sociedade civil pelo direito à diferença (relacionado ao direito à igualdade).
[14:17] <lalu_> Conforme propõe Kauchakje (2000), o direito à diferença no campo das ideias progressistas, traz o sentido de respeito às singularidades e necessidades específicas e do reconhecimento da diversidade humana, como contraponto da intolerância e para além do exercício da tolerância (p. 7).
[14:17] <lalu_> Além disso, essa discussão está situa em um contexto histórico em que a chamada educação escolar fundamental é entendida como direito do cidadão e dever do Estado.
[14:17] <lalu_> É, pois na dinâmica de forças – mobilização civil, educação como direito do cidadão e dever do estado
[14:17] <lalu_> - que o estabelecimento da diversidade como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, aprovadas pelo MEC em 2006, Resolução nº 01/CNE/CP/2006 deve ser compreendida.
[14:18] <lalu_> A noção de diversidade aplica-se a um rol variado de diferenças identificadas entre indivíduos e ou grupos de indivíduos, tais como: capacidades intelectuais, interesses, motivações, étnicas, culturais, de gênero ou linguística.  Como apontam Canen e Xavier (2011),
[14:18] <lalu_> as questões que envolvem a diversidade cultural brasileira têm sido alvo de inúmeros estudos na última década no cenário educacional.
[14:18] <lalu_> Cada vez mais conceitos como diversidade, diferença, igualdade e justiça social têm se configurado como uma preocupação por parte daqueles que lutam por uma educação verdadeiramente cidadã. (...)
[14:18] <lalu_> Nesse sentido, trabalhos nessa pers¬pectiva têm apontado a relevância da educação para o desafio a preconceitos raciais, de gênero, de orientação sexual, de religião e outros,
[14:19] <lalu_> rumo a uma visão democrática e plural que permita o diálogo entre culturas e avance no desempenho positivo de alunos de universos culturais plurais. (p. 642)
[14:19] <lalu_> Consonante com o reconhecimento da contribuição da educação na construção de uma perspectiva plural de acolhimento da diversidade, a Proposta de Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia de 1999 amplia as disciplinas e atividades curriculares para esse Curso
[14:20] <lalu_> rol de ênfases na formação dos graduandos em Pedagogia e passa a contemplar, entre outros temas, a educação dos povos indígenas e a inclusão dos portadores de necessidades especiais (KADLUBITSKI e JUNQUEIRA, 2009).
[14:20] <lalu_> Se, por um lado, é inegável a legitimidade e a necessidade da abordagem e respeito à diversidade no interior das escolas públicas brasileiras,
[14:21] <lalu_> por outro lado, a articulação de tais conceitos à formação inicial e continuada de professores,
[14:21] <lalu_> , envolvendo a construção de alternativas educacionais propositivas,
[14:21] <lalu_> continua sendo um desafio para as instâncias envolvidas nesses processos de formação.
[14:21] <lalu_> Diversas pesquisas continuam a indicar que a os processos de inclusão nas escolas representa um contínuo desafio para professores e especialistas educacionais.
[14:22] <lalu_> Uma das questões a serem consideradas no tratamento desse tema parece ser a de como colocar em prática nas salas de aula as orientações apresentadas no Documento Base do Ministério da Educação e Cultura (Brasil, 2008),
[14:22] <lalu_> no qual se afirma o seguinte:
[14:22] <lalu_> a inclusão da diversidade, mais do que a incorporação total ou parcial dos chamados “diferentes” aos espaços e tempos escolares a eles negados historicamente, implica em posicionamento político, reorganização do trabalho na escola, do tempo escolar e da formação de professores, novas alternativas para a condição docente e uma postura democrática diante do diverso. (BRASIL, 2008, p. 26).
[14:22] <lalu_> Conforme se pode ver nesse trecho, as orientações apresentadas nesse documento, embora apontem para aspectos importantes (por exemplo, natureza política da educação, necessidade de organização dos espações e tempos escolares) são de natureza geral e não contemplam como tais aspectos podem se configurar no dia a dia da sala de aula.
[14:23] <lalu_> Um levantamento inicial da produção acadêmica sobre a temática da diversidade no campo educacional permitiu identificar trabalhos que abordam o tema por meio de discussões conceituais,
[14:23] <lalu_> com base em análise documental, com destaque às questões dos conteúdos curriculares (por exemplo, Gomes, 2003; Neto, 2009; Cury, 1996, Cunha 1996),
[14:23] <lalu_> das relações entre universalismo e particularismo (Candau, 2000; Ortiz, 2007),
[14:23] <lalu_> e dos significados e representação da diversidade em documentos oficiais e livros didáticos (Kadlubitski e Junqueira, 2009; Vianna e Ramirez, 2008; Silva, 2005; Vianna e Diniz, 2008; Maranhão, 1999; Fonseca e Fonseca, 1998).
[14:24] <lalu_> Gostaria de destacar a contribuição de estudos de natureza qualitativa e etnográfica no campo dos estudos das relações entre linguagem, educação e letramento para a compreensão dos fatores constitutivos da vida cotidiana em salas de aula e
[14:24] <lalu_> nesse contexto, de análise de movimentos de inclusão ou exclusão de minorias linguísticas, culturais e sociais no interior das escolas públicas.
[14:24] <lalu_> Parece-me relevante resgatar que estudos e discussões desenvolvidos desde os anos setenta do século passado sobre o fracasso escolar de falantes de variedade não padrão de determinada língua (por exemplo, inglês ou português)
[14:25] <lalu_> ou proveniente de grupos minoritários (indígenas ou camadas populares) podem ser vistos como pioneiros no tratamento da diversidade no interior das escolas
[14:25] <lalu_> e no reconhecimento de mecanismos que contribuem para a reprodução de injustiças e diferenças sociais no interior das escolas (por exemplo, Cazden; Gumperz, Cook-Gumperz, Labov, Gilmore & Glatthorn (1978); Soares, 1984; Kleiman (1995); Maris-Bortoni, ).
[14:25] <lalu_> A exploração e o desenvolvimento dessas e outras abordagens da linguagem-em-uso em pesquisas da educação e na educação vieram a ocorrer a partir de contribuições de pesquisadores que se dedicaram a compreender as relações entre linguagem, sociedade e escola,
[14:25] <lalu_> examinando as causas do fracasso escolar de grupos minoritários ou o papel da escola na reprodução das desigualdades sociais.
[14:26] <lalu_> Dentre as ideias que caracterizam o movimento da virada linguística tomadas como fundantes de diversas abordagens do discurso (explorem ou não a etnografia como base para o desenvolvimento de suas análises) está o reconhecimento da natureza social e contextualizada da linguagem (falada ou escrita)
[14:26] <lalu_> e de como inter-ações linguísticas são constitutivas e expressam relações de poder, ideologias, identidades, entre outros aspectos do mundo social.
[14:26] <lalu_> A discussão que se propõe realizar sobre a temática da diversidade e a formação de professores vincula-se a esse conjunto de trabalhos à medida que focaliza a linguagem em uso como elemento constitutivo dos processos de ensino e aprendizagem.
[14:27] <lalu_> Entende-se que é por meio da dinâmica discursiva estabelecida por participantes de uma determinada turma (alunos e professores) que oportunidades de aprendizagem (Tuyay, Jennings, Dixon, 1993) são construídas ao longo do ano letivo.
[14:27] <lalu_> Nos últimos anos, tenho explorado a perspectiva da etnografia interacional (CASTANHEIRA, CRAWFORD, DIXON e GREEN, 2001; CASTANHEIRA, YEAGER e GREEN, 2007; DIXON e GREEN, 2005), que envolve a compreensão da sala de aula como cultura em processo de construção,
[14:27] <lalu_> ou seja, como uma cultura localmente construída por meio da interação estabelecida entre os participantes (COLLINS e GREEN, 1992; CASTANHEIRA, 2004; BAKER e GREEN, 2007).
[14:27] <lalu_> Nessa perspectiva, cultura se refere ao conhecimento utilizado pelas pessoas para interpretar experiências de vida e para orientar a participação como membros de grupos sociais (SPRADLEY, 1980; HEALTH, 1982).
[14:28] <lalu_> Compartilho com os autores mencionados acima a compreensão de que os participantes de uma turma constroem formas padronizadas de se envolverem nas suas interações uns com os outros e com objetos de conhecimento à medida que interagem ao longo do tempo.
[14:28] <lalu_> Essas formas padronizadas de interação e comunicação entre as pessoas levam, por sua vez, a formas peculiares de fazer e conhecer, à construção de conhecimento comum (EDWARDS e MERCER, 1987) e à elaboração de quadros de referência que orientam a interpretação e participação no grupo (SANTA BARBARA CLASSROOM DISCOURSE GROUP, 1995; CASTANHEIRA, 2004).
[14:28] <lalu_> Ao adotar tal perspectiva teórica, entendemos que o estudo dos significados da diversidade na escola e da construção de processos efetivos de aceitação e inclusão do “diferente” nesse espaço institucional, particularmente, na sala de aula requer que se examinem questões da seguinte natureza:
[14:29] <lalu_> o que os membros de uma turma escolar fazem; com quem e para quem; sob que circunstâncias; quando e onde; em relação a que objetos; com que propósitos e com que resultados para a própria pessoa e para o grupo.
[14:29] <lalu_> O exame dessas questões possibilita a identificação e a compreensão dos padrões e práticas interacionais usados para construir, interpretar e gerar ações que definem o que se considera, por exemplo, como comportamento ou valores apropriados para o grupo ou instituição no qual o(s) sujeito(s) se insere(m), oportunidades de aprendizagem ou formas de questionamento de posições intolerantes frente a alunos que representam grupos
[14:29] <lalu_> Para dar continuidade à discussão sobre a questão da diversidade e a formação de professores, apresentarei a seguir de um caso expressivo para que a partir dele possamos refletir sobre a natureza dos desafios que ainda precisamos enfrentar no sentido de construir novas alternativas para a condição docente e uma postura democrática diante do diverso,
[14:30] <lalu_> uma educação inclusiva que contribua para a construção de uma sociedade efetivamente mais democrática nas qual o diferente tenha seu lugar e direitos respeitados.
[14:30] <lalu_> ii) Caso expressivo da manifestação da diversidade em aulas de português
[14:30] <lalu_> Dadas às características e limitações do presente trabalho, apresentaremos dois casos expressivos em forma de vinheta, ou seja, descrições breves de situações ocorridas em sala de aula.
[14:31] <lalu_> Dessa maneira, a transcrição ou representação do discurso de professores e alunos, ou formas de representação da dinâmica interacional estabelecida entre participantes não serão representadas da maneira como foram utilizadas nos trabalhos originais.
[14:31] <lalu_> Esse caso expressivo integra a pesquisa de doutorado de Elaina de Oliveira, orientada por mim e Nilma Lino Gomes. O objetivo geral dessa pesquisa foi o de analisar se e como questões étnico-raciais eram abordadas em aulas de português em uma turma de 4ª série do ensino fundamental de uma escola pública de Belo Horizonte.
[14:31] <lalu_> A turma era constituída por alunos de origem socioeconômica e culturalmente diversificada, incluído alunos autodenominados brancos, pardos e negros.
[14:31] <lalu_> A professora desse grupo era graduada Letras e participava ativamente de movimentos sociais voltados para a discussão e promoção de ações afirmativas em diversas instâncias sociais.
[14:32] <lalu_> No ano em que o estudo foi desenvolvido, a adoção de um livro de português orientado por uma abordagem discursiva e social da linguagem, conforme análise da obra pela pesquisadora e por indicação feita pela avaliação dentro Programa Nacional de Avaliação e Distribuição de Livros Didáticos (PNLD).
[14:32] <lalu_> No processo de seleção da turma para estudo esses aspectos foram levados em conta, pois se esperava que pudesse favorecer a identificação e estudo de alternativas de pedagógicas inclusivas e questionadoras de preconceitos em relação ao negro. Oliveira realizou observação participante junto ao grupo durante o período de um ano e envolveu a filmagem das aulas.
[14:32] <lalu_> A análise dos vídeos das interações estabelecidas entre os participantes do grupo possibilitou ver que diversas discussões ou disputas entre alunos que envolviam expressões racistas, que poderiam ser denominadas de bullying, ocorriam em espaços e momentos dos quais a professora não participava. Dessa forma, a professora sequer podia perceber que tais ocorrências existiam, posto que essas manifestações ocorressem veladamente.
[14:32] <lalu_> A análise dos materiais didáticos utilizados pela professora ao longo do ano e dos vídeos revelou que a professora optou por deixar de lado o livro adotado pelo conselho de classe da escola, ou seja, o livro do PNLD, cuja abordagem discursiva e social da linguagem poderia favorecer uma leitura crítica de textos e aspectos sociais do uso da linguagem.
[14:33] <lalu_> Em lugar desse livro, a professora propôs atividades aos alunos, distribuídas por meio de cópia de xerográfica, que privilegiavam o estudo gramatical.
[14:33] <lalu_> Diversas atividades foram realizadas para o estudo, por exemplo, de adjetivos. Os alunos demonstraram competência na produção de frases gramaticalmente corretas, ou seja, em que os adjetivos eram utilizados no feminino ou masculino, no plural ou singular conforme necessário.
[14:33] <lalu_> Entretanto, a análise do conjunto do material produzido pelos alunos demonstrou que os adjetivos que denotavam negatividade, de maneira geral, foram utilizados na descrição de fotografias de pessoas negras (por exemplo, “A mulher é horrorosa”; “O cabelo é duro.”).
[14:34] <lalu_> Outros exemplos poderiam ser dados sobre como esse conteúdo foi abordado em sala de aula.
[14:35] <lalu_> Entretanto, vou me limitar a fazer referência a esse caso, pois ele caracteriza as demais atividades realizadas.
[14:35] <lalu_> É interessante notar que a professora não abordou ou discutiu com os alunos como o significado ou implicações dessa produção, perdendo a oportunidade de “contestar o que de acordo com Geertz (1998) é caracterizado como o aspecto conservador do senso comum, que esse manifesta na aceitação de certos processos sociais como se apresentam, como se parecem. Dessa forma, ficam restritas as possibilidades de contestar os estereótipo
[14:35] <lalu_> (Oliveira, 2008, p. 119).
[14:35] <lalu_> iii)    Implicações para a formação de professores
[14:36] <lalu_> Nesse momento, inicio a apresentação de comentários ou reflexões sobre o que foi brevemente descrito acima.
[14:36] <lalu_> Em primeiro lugar observamos como a questão da diversidade, no exemplo acima, da diversidade étnico-racial se manifestou de várias maneiras durante as aulas de português da turma observada:
[14:37] <lalu_> nas brincadeiras e disputas entre os alunos e durantes as atividades e exercícios realizados para o estudo gramatical.
[14:37] <lalu_> Nessas duas instâncias a questão não foi objeto de discussão ou análise por parte da professora, ora por que ela não pode ver o que os alunos diziam uns para os outros, ora por ela não perceber como a abordagem de ensino que havia adotada por impedir a promoção de um espaço de discussão e crítica de estereótipos sociais.
[14:37] <lalu_> É interessante considerar que o engajamento da professora em movimentos de ação afirmativa ou a formação recebida em seu curso de graduação não foram suficientes para prepará-la a abordar de maneira alternativa e crítica uma temática que para ela era de grande importância: as relações étnico-raciais na sociedade brasileira.
[14:38] <lalu_> Fica evidente a necessidade de se desenvolver uma discussão mais cuidadosa sobre a centralidade da linguagem e da não neutralidade dos estudos da linguagem nos processos de ensino e interação em sala de aula em processos de formação de professores.
[14:38] <lalu_> O professor precisa desenvolver um distanciamento ou um olhar critico que lhe permita examinar as consequências do que se diz ou se deixa de analisar em sala de aula com os alunos.
[14:38] <lalu_> Uma postura analítica e critica por parte do professor pode contribuir para que ele crie oportunidades em sala de aula para que seus alunos também possam analisar criticamente a maneira como se relacionam com pessoas de determinados grupos sociais e como em suas ações reproduzem modelos sociais que devem ser questionados.
[14:38] <lalu_> Como havia sinalizado antes,
[14:39] <lalu_> utilizaria apontamentos iniciais sobre a questão da diversidade
[14:39] <lalu_> e sua presença na sala de aula para que, em seguida, iniciássemos a discussão sobre o tema.
[14:40] <lalu_> Sendo assim. gostaria de ouvir/ler os comentários de vocês sobre o que acabaram de ler.
[14:41] <lalu_> Na sequência outros casos expressivos poderão ser relatados e comentados.
[14:41] <AnaMatte> obrigada, lalu_  sorriso
[14:41] <Beth_> Gostaríamos de agradecer a excelente conferência da profa. Maria Lúcia Castanheira.
[14:41] <Beth_> E, a partir de agora, abriremos a discussão.
[14:41] <AnaMatte> o canal já está aberto a todos
[14:43] <adelmaa> Lalu, boa tarde! Você fez ponderações importantíssimas e que requerem uma dicsusão mais aprofundada envolvendo a diversidade dos aluns e a formação que recebemso na escola enão apenas na universidade.
[14:43] <JaskolcaAzevedo> Eu gostei muito to tema que a Profa. Maria Lúcia está trabalhando, e reflito neste momento sobre a dificuldade de desenvolver o que ela chamou de "olhar distanciado" para interferir nestes incidentes.
[14:43] <AnaMatte> lalu_, sua apresentação me fez lembrar de um preconceito muito comum entre pesquisadores e que, porque tais pesquisadores são os professores dos futuros professores, passa para estes: achar que conhecimento científico está livre de efeitos sociais, políticos e culturais. A própria sociedade compra essa imagem. Como reverter isso? Como fazer notar que o professor de matéria alguma está ensinando um conhecimento absoluto e li
[14:44] <AnaMatte> porque tal conhecimento não existe...
[14:44] <adelmaa> Gostaria de saber se você já realizaou uma pesquisa desta natureza em sala de aulas de EJA? E quais foram os elementos diferentes que te chamaram mais atenção??
[14:44] <JaskolcaAzevedo> Digamos de passagem, não são poucos.
[14:44] <lalu_> Ok,
[14:44] <lalu_> sobre o comentário da Ana:
[14:45] <lalu_> penso que cabe a nós discutir com os nossos alunos, em qualquer disciplina ou área de conhecimento
[14:45] <lalu_> sobre a natureza social da ciência ou da produção do conhecimento
[14:46] <lalu_> sabemos que não conhecimento independente das condições sociais em que é produzido.
[14:46] <lalu_> O trabalho de pesquisadoras feministas no campo da biologia podem ser um bom exemplo de como
[14:47] <lalu_> a nomeação de órgãos
[14:47] <lalu_> reflete uma visão particular da realidade.
[14:47] <lalu_> Essa discussão não é tarefa fácil, pois requer desafiar as crenças e valores que fazem parte de nossa visão d emundo
[14:47] <AnaMatte> exato, lalu_,  mas parece que é sempre mais fácil para o professor de séries iniciais ter esse cuidado, justamente por conta dessa ideia maluca do sonhado conhecimento absoluto e livre de conotações sociais... o professor de biologia vcai achar "perda de tempo" falar nisso
[14:48] <lalu_> e se tornam invisíveis
[14:48] <lalu_> naturalizadas
[14:48] <AnaMatte> certamente
[14:48] <lalu_> sim,
[14:48] <AnaMatte> estou pensando na pressão que vestibulares e enems provocam no sentido contrário
[14:48] <lalu_> pode ser que em alguns campos em que a visão da ciencia como atividade objetiva e neutra é mais forte
[14:49] <lalu_> e predominante essa tarefa seja ainda mais difícil.
[14:49] <AlessandraSartor> Excelente palestra, não só para LP. Minha área é ILE e na faculdade um LD trazia a imagem de uma mulher negra com a palavra maid. Perguntaram o que era maid. Uma colega negra disse "certeza que é empregada doméstica". A questão não foi discutida.
[14:49] <lalu_> vi discussões em uma perspectiva crítica serem desenvolvidas
[14:50] <lalu_>  com crianças de 11 anos.
[14:50] <LucianaMiranda> Ah sim, com certeza
[14:50] <lalu_> há alguns procedimentos que podemos explorar nesse sentido,
[14:50] <lalu_> com adultos e crianças.
[14:50] <Madu> completando o que disse Ana Matte,  também a pressão das grades curriculares, das aulas de 50 minutos, de uma organização da escola que não facilita a discussão destes pontos.
[14:50] <lalu_> promover a análise de nosso proórpio modo de falar
[14:50] <lalu_> descrever as coias
[14:50] <lalu_> coisas
[14:50] <lalu_> e o mundo a nossa volta
[14:51] <JaskolcaAzevedo> Professora Maria Lúcia, o que você vem defender então é uma intervenção mais incisiva do professor buscando discutir em sala de aula certas praticas discriminadoras?
[14:51] <lalu_> a análise do discurso é fundamental a meu ver
[14:51] <AnaMatte> certamente
[14:51] <lalu_> penso que precisamos nos preparar para essa tarefa de maneira mais cuidadosa
[14:51] <lalu_> veja bem que
[14:52] <ClaudiaJardim> Professora, boa tarde! Gostaria de comentar que a sua apresentação dialoga com o que um tema discutido entre nós, alunos da prática de Estágio II com a professora Elizabeth Guzzo sobre o uso do livro didático.
[14:52] <lalu_> não por falta de "boa intenção"
[14:52] <lalu_> que as pessoas não conseguem discutir o assunto com os seus alunos.
[14:52] <lalu_> a problemática é ainda invisível para muitas pessoas.
[14:52] <ClaudiaJardim> Alguns professores não tem adotado o livro didático, apesar de os mesmos apresentarem propostas interessantes no sentido de uma abordagem crítica. Penso que, talvez, os professores não estejam preparados para o que uma discussão desse porte venha provocar, visto percebermos professores e alunos com relacionamentos “abalados”, muitas vezes os professores ficam intimidados e/ou desanimados com o comportamento dos alunos.
[14:53] <lalu_> gente;
[14:53] <lalu_> acho que estou lenta!
[14:53] <lalu_> deixa ler alguns comentários que passaram
[14:53] <AnaMatte> podemos organizar melhor, lalu_ , copiando as questões acima que nao foram respondidas, quer?
[14:53] <lalu_> muitas vezes, nós mesmos não sabemos o que fazer diante uma situação limite
[14:54] <JaskolcaAzevedo> rsrsrs...
[14:54] <lalu_> sim, por favor
[14:54] <dvmti> acho melhor mesmo
[14:54] <ThiagoRodrigues> Penso que se deve preparar os professores para discutir mais abertamente sobre essas questões. São ponderações que requerem uma preparação e um cuidado muito maior.
[14:54] <lalu_> Concordo plenamente com o Tiago.
[14:54] <AnaMatte> teve esse comentário: [14:49] <AlessandraSartor> Excelente palestra, não só para LP. Minha área é ILE e na faculdade um LD trazia a imagem de uma mulher negra com a palavra maid. Perguntaram o que era maid. Uma colega negra disse "certeza que é empregada doméstica". A questão não foi discutida.
[14:55] <lalu_> A falta de discussão de episódios como o da ilustração maid
[14:55] <lalu_> comentada por Alessandro
[14:55] <lalu_> está presente cotidianamente nas escolas.
[14:56] <lalu_> esse é o ponto da invisibilidade.
[14:56] <AnaMatte> 4:51] <JaskolcaAzevedo> Professora Maria Lúcia, o que você vem defender então é uma intervenção mais incisiva do professor buscando discutir em sala de aula certas praticas discriminadoras?
[14:56] <lalu_> achamos natural e passamos para frente - novas gerações -
[14:56] <lalu_> valores e preconceitos sem perceber
[14:56] <lalu_> eu teria cuidado com a expressão "incisiva"
[14:57] <lalu_> não sei o que ela significa ou como pode se traduzir na prática
[14:57] <lalu_> vamos tentar fazer uma descrição
[14:57] <lalu_> seria adequado pensarmos
[14:57] <lalu_> que o professor levantasse questões
[14:57] <lalu_> ou levasse os alunos a refletirem:
[14:57] <lalu_> por que vc escolheu esse adjetivo?
[14:58] <lalu_> seria isso suficiente?
[14:58] <lalu_> talvez, fosse apropriado, por exemplo,
[14:58] <lalu_> na descrição  e frase sobre o cabelo de Bob Marley
[14:58] <lalu_> dar informações sobre esse cantor, compositor
[14:59] <lalu_> penso que devemos refletir sobre o como ser incisivo a partir de experiências concretas
[14:59] <lalu_> sem novas normatizações
[14:59] <AnaMatte> voce diz mudar o foco para mostrar o quanto o adjetivo é depreciativo sem falar diretamente nele?
[15:00] <lalu_> acho que conforme a situação deve se falar diretamente
[15:00] <lalu_> mas
[15:00] <lalu_> em sala de aula
[15:00] <lalu_> sabemos que os alunos podem demonstrar
[15:01] <lalu_> concordância e continuar sem alterar seus comportamentos ou visão de mundo
[15:01] <lalu_> o professor precisa lanças mão de um metadiscurso
[15:01] <ThiagoRodrigues> Professora Lalu, não seria melhor tratar do caso, como no exemplo do Alessandro, de forma natural e numa perspectiva mais tranquila? Digo, não de maneira incisiva, mas com delicadeza suficiente para tratar a questão da igualdade não como um paradigma, mas como algo cotidiano?
[15:01] <lalu_> por meio do qual explicita
[15:01] <lalu_> o que e o para que das questões que propõe discutir com seus alunos
[15:02] <lalu_> esse aspecto pode fazer parte de uma abordagem mais incisiva como falou o
[15:02] <lalu_> Thiago
[15:02] <AnaMatte> a JaskolcaAzevedo
[15:03] <lalu_> alguém havia feito uma questão sobre
[15:03] <lalu_> educação de adultos
[15:03] <lalu_> não foi isso?
[15:03] <adelmaa> Fui eu Lalu!!!
[15:03] <lalu_> ah
[15:03] <lalu_> Adelma!
[15:03] <AnaMatte> repete, please, adelmaa
[15:03] <lalu_> tudo bem?
[15:03] <adelmaa> Sim...
[15:03] <JaskolcaAzevedo> Ok Professora, obrigada! Eu apoio a idéia de investir mais nesse tema para formação de professores.
[15:03] <ThiagoRodrigues> [14:44] <adelmaa> Gostaria de saber se você já realizaou uma pesquisa desta natureza em sala de aulas de EJA? E quais foram os elementos diferentes que te chamaram mais atenção??
[15:04] <adelmaa> tudo jóia! Estoou me deliciando com suas ponderações
[15:04] <AnaMatte> obrigada, ThiagoRodrigues
[15:04] <lalu_> acompanhei um estudo desenvolvido por
[15:04] <lalu_> Gláucia Jorge em uma turma de adultos
[15:04] <lalu_> e o tomo como referência aqui.
[15:04] <ThiagoRodrigues> (não há de quê, a intenção foi facilitar)
[15:04] <lalu_> em turmas de adultos
[15:04] <Beth_> sorriso
[15:05] <lalu_> chama a atenção o estado de silenciamento dos alunos
[15:05] <adelmaa> Ótimo!!!
[15:05] <lalu_> por acreditarem que não sabem falar
[15:05] <lalu_> falam errado
[15:05] <lalu_> ao longo do ano
[15:05] <lalu_> o desenvolvimento de um trabalho que permitiu j
[15:06] <lalu_> o engajamento progressivo dos adultos em atividades de discussão
[15:06] <lalu_> de escuta da variedade linguística falada por eles em outros meios de comunicação
[15:07] <lalu_> e de reflxão sobre a prórpia questão da variação linguísitca
[15:07] <lalu_> contribuiu
[15:07] <lalu_> para que esses alunos conquistassem o direito à palavra
[15:07] <lalu_> Gláucia recolheu depoimentos ricos sobre
[15:07] <ClaudiaMacieira> Parabéns Maria Lucia pelo trabalho e a comissão organizadora pelo convite. Desculpe-me sair antes do termino.
[15:07] <lalu_> experiencias de pessoas, como, por ex
[15:07] <lalu_> um porteiro
[15:08] <lalu_> que tinha vergonha de falar com os moradores do prédio
[15:08] <lalu_> onde trabalhava
[15:08] <lalu_> como ele
[15:09] <lalu_> outras pessoas reconheceram a importãncia
[15:09] <lalu_> de refletirem criticamente sobre o preconceito linguístico
[15:09] <adelmaa> Lalu.. Na verdade, vejo que a escola continua ainda reproduzindo em seus discursos algumas desigualdades que foram reproduzidas tempos atrás, talvez em menor escala.
[15:09] <lalu_> só mais um detalhe sobre esse estudo
[15:09] <AnaMatte> que incrível
[15:09] <adelmaa> Em outras palavras vejo que o discurso do "colonizador" ficou impregnado na mente do adulto. Menos hoje em dia vejo que também acontece este silenciamento com crianças que são questionadoras.
[15:09] <lalu_> sim. me parece que temos muitos desafios pela frente.
[15:09] <lalu_> nesse estudo, por exemplo,
[15:10] <lalu_> o professor em formação
[15:10] <lalu_> promovia várias atividades interessantes
[15:10] <lalu_> e tinha boa relação com turma, como o exemplo acima nos faz acreditar
[15:10] <lalu_> entretanto
[15:10] <dvmti> Professora Maria Lúcia, uma questão,
[15:10] <lalu_> sim
[15:11] <dvmti> Eu faço parte do Grupo de Estudos em Educação de Surdos (GEES) da Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e, consequente às propostas inclusivas do MEC, tem-se visto nos dias atuais a emergência de turmas mistas de alunos ouvintes e alunos surdos.
[15:11] <lalu_> sim
[15:11] <dvmti> Qual o seu posicionamento em relação à formação do professor para lidar com essa diversidade em sala de aula, ao se tratar, também, de deficiências, como a surdez, por exemplo, a qual, inclusive, tem sido orientada, atualmente, não mais sob uma ótica clinica e terapêutica,
[15:11] <dvmti> , na qual se aborda a surdez apenas como deficiência, mas, sim, sob uma perspectiva sócio-antropológica, valorizando a surdez como diferença, como um fenômeno cultural que exige um reconhecimento político implicando políticas educacionais e linguísticas que de fato considerem a língua de sinais e o lugar do visual na recepção de informações por parte dos surdos?
[15:11] <lalu_> Nesse campo,
[15:12] <lalu_> penso que uma análise pormenorizada, cuidadosa da interação em sala de aula
[15:12] <lalu_> oferece elementos riquíssimos para entendermos o tamanho do desafio que temos pela frente
[15:13] <lalu_> Os trabalhos de Carlos Henrique Rodrigues - daqui a pouco dou a referencia completa
[15:13] <lalu_> e da Giselli Silva, hoje professora na Fale/Letras
[15:13] <lalu_> são muito interessantes
[15:13] <lalu_> vc conhece?
[15:13] <CamilaFerreira> Excelentes profissionais
[15:13] <lalu_> tb acho
[15:13] <lalu_> sorriso
[15:13] <CamilaFerreira> realmente vale a pena passar as referências
[15:14] <Rampinelli> O Carlos é orientador do grupo GEES o qual pertenço aqui em Juiz de Fora
[15:14] <dvmti> Sim, inclusive o professor Carlos Rodrigues é o coordenador do Grupo em questão (o GEES)
[15:14] <ThiagoRodrigues> Temos nessa texto-conferência vários integrantes do grupo de pesquisa dele, professora Maria Lúcia!
[15:14] <lalu_> eles esão disponíveis nos site do programa de pós da FAE/UFMG
[15:14] <lalu_> aah!
[15:14] <LucianaMiranda> Oi Lalu, conhecemos o Carlos H. Rodrigues sim, fazemos parte do grupo de pesquisa dela aqui na UFJF no qual ele coordena
[15:14] <lalu_> manda um abraço para ele, então rsrsr
[15:15] <dvmti> e também, já tivemos oportunidade de estar om a professora Giselli Silva
[15:15] <adelmaa> E este ulitmo artigo, Lalu, que eu e a Beth tivemos o prazer de "digerir" ler também é um referência importante a ser citada.
[15:15] <lalu_> O Carlos apresenta uma análise de situações de incompreensão entre surdos e professora
[15:15] <Beth_> com certeza
[15:16] <lalu_> que nos dá pista sobre aspectos da comunicação que se tornam problemáticos quando temos
[15:16] <lalu_> falantes de duas línguas em ujma mesma sala de aula
[15:16] <Rampinelli> essa analise se encontra na dissertação do Carlos, é bem interessante mesmo professora
[15:16] <lalu_> Adelma
[15:16] <dvmti> e ainda tem a implicação de serem duas línguas com modalidades diferentes, uma oral-auditiva e outra espaço-visual.
[15:17] <lalu_> de qual artigo vc fala?
[15:17] <adelmaa> Diga Lalu...
[15:17] <adelmaa> do que você nos mandou para ler..
[15:17] <dvmti> duas línguas de modalidades diferentes (corrigindo)
[15:17] <adelmaa> excelente relatando observações em slaa de aula de uma escola de Bh..
[15:17] <adelmaa> maravilhoso.
[15:17] <adelmaa> espere que eu te dou o titulo todo...
[15:18] <Beth_> o título é Textos em contexto: análise exploratória dos usos e funções de textos escritos em uma turma de 1º ciclo do Ensino Fundamental
[15:19] <AnaMatte> sobre a questão do surdo, tenho uma aluna estudando o problema do ponto de vista da relação humano-computador, a Letícia Capelão, e ela aponta para o problema de que espera-se que a língua portuguesa escrita seja compreendida sem ressalvas, como se a diferença não fosse entre línguas mas entre diferentes formas de registro da mesma língua
[15:19] <lalu_> ah
[15:19] <adelmaa> vc faz observações de minucias na sala de ual..
[15:19] <lalu_> ok
[15:19] <lalu_> se achar que vale a pena outros lerem, Adelma, passa adiante :0
[15:20] <lalu_> Ana
[15:20] <lalu_> acho que o trabalho da Giselli
[15:20] <lalu_> pode interessar
[15:20] <adelmaa> e nesta perspectiva já começar a trabalhar os temas da diversidade também..
[15:20] <lalu_> ela observou a leitura em sala de aula de surdos e analisou como as diferenças entre as sintaxes das duas línguas
[15:21] <lalu_> e a falta de abordagem dessas diferenças complica a vida dos falantes da Libras.
[15:21] <adelmaa> Com todo prazer!!!!
[15:21] <AnaMatte> também acho, lalu_ . comentei porque um dos preconceitos que aparecem nessa perspectiva é de que o surdo é intelectualmente limitado, pois não entende a língua escrita como esperado
[15:22] <lalu_> sim
[15:23] <AnaMatte> e isso me lembrou a questão que voc falou, do caso do bob Marley
[15:23] <lalu_> temos uma visão bastante "etnocêntrica" em relação a eles
[15:23] <lalu_> sim/
[15:23] <AnaMatte> porque o desconhecimento sobre algo é o maior provocador de preconceitos
[15:23] <dvmti> AnaMatte, a grande questão-problema, é o foco no ensino de língua portuguesa, para os surdos, em uma perspectiva dessa língua como primeira língua (L1) e não como segunda língua (L2)
[15:23] <lalu_> como assim
[15:23] <AnaMatte> exato, dvmti
[15:23] <lalu_> compreendo o que disse
[15:24] <lalu_> o "como assim" foi atrasado...
[15:24] <Beth_> Gostaríamos de agradecer novamente à  Lalu
[15:24] <AnaMatte> sorriso
[15:24] <Beth_> pela conferência
[15:24] <adelmaa> É, na verdade, um discurso minimalista para disfarçar ou ausentar nossa repsonsabildiade de oferecer condições dignas de ensino-aprenidzagem aos surdos.
[15:24] <lalu_> eu agradeço a vocês pela oportunidade e comentários
[15:24] <Beth_> que proporcionou em diálogo tão rico
[15:25] <lalu_> espero ter a oportunidade de continuar essa discussão em outros momentos.
[15:25] <lalu_> muito obrigada
[15:25] <AnaMatte> lalu_: voce parece que nasceu para dar conferencias online, foi perfeita! e adorei sua apresentação! uitíssimo obrigada!
[15:25] <Beth_> obrigada, Lalu!
[15:25] <lalu_> rsrssrr
[15:25] <lalu_> tchau gente
[15:25] <Beth_> clap! clap clap!!!!!!!!
[15:25] <lalu_> abraços
[15:25] <Madu> Professora Maria Lúcia, nem imagina co o essa conferência foi importante pra mim na sala de aula.Obrigada.
[15:25] <Beth_> abraços
[15:25] <adelmaa> A todos os presentes e a Lalu , em especial, pela presneça sempre tão cheia de sabedoria e iluminada.
[15:25] <dvmti> Agradeço esta oportunidade de reflexão-discussão, e espero que mais oportunidades, como esta, venham. sorriso
[15:25] <AnaMatte> clap clap! clap clap!!!!
[15:25] <adelmaa> um salva d epalamas para a lalu.
[15:25] <AnaMatte> clap clap! clap clap!!!!
[15:25] <lalu_> valeu!
[15:25] <AlessandraSartor> clap clap clap
[15:25] <rivaniatrotta> clap! clap! clap!
[15:25] <Madu> Adelma, mande o artigo citado pra mim, por favor.
[15:26] <adelmaa> Clap clap clap clap...
[15:26] <adelmaa> Com certeza..
[15:26] <JaskolcaAzevedo> clap clap clap clap ...
[15:26] <ClaudiaJardim> Clap Clap clap Clap
[15:26] <ThiagoRodrigues> Muito obrigado professora, foi de grande proveito a palestra!
[15:26] <lalu_> desculpa mas tenho que correr
[15:26] <lalu_> tchau
[15:26] <CamilaFerreira> Foi ótimo!!!
[15:26] <ThiagoRodrigues> *palmas*
[15:26] <AnaMatte> obrigada, pessoal, em novembro tem mais, acompanhem pela página stis.textolivre.org
[15:26] <Beth_> Gostaríamos ainda de fazer um anúncio e um convite: Anúncio: para receber o certificado de participação é só escrever para o nosso e-mail que se encontra no nosso site. Convidá-los para assistir dia 02 de novembro de 14:00 às 15:30 a palestra proferida pela profa Dra Olga Valesca (Cefet) Corpo E Tecnologia: Linguagem Verbal E Não Verbal.  Agradecemos a presença de todos. Que tenha um excelente fim de semana.
[15:26] <adelmaa> A todos que nos pretigiaram nos do STIS agrdecemso imesnamente a presença.
[15:26] <ClaudiaJardim> Obrigada!
[15:26] <Beth_> Obrigada!!!
[15:27] <Rampinelli> Foi de grande contribuição assistir essa conferencia! Os temas discutidos aqui foi de grande proveito! Obrigada professora pela oportunidade!
[15:27] <ClaudiaJardim> Obrigada Beth!
[15:27] <adelmaa> Esperamso contar com aparticpação de todos no nossopróximo evento.
[15:27] <adelmaa> Estão todos convidados.
[15:27] <ThiagoRodrigues> Obrigado!
[15:27] <Beth_> Obrigada Cláudia e Jaskolca
[15:28] <JaskolcaAzevedo> Obrigada e até a próxima!
[15:28] <adelmaa> Obrigada Ana Matte, Beth Guzzo, Hugleo!!!
[15:28] <dvmti> Obrigado, até a próxima.
[15:29] <pipoka> obrigada, adelmaa sorriso
[15:29] <adelmaa> Tenham todos um excelente final de semana!
[15:29] <rivaniatrotta> Pra vcs também, Adelma.
[15:29] <adelmaa> Nos vemos em novembro, se Deus quiser!
[15:30] <adelmaa> Bom te ver aqui, Rivânia, Madu!!!

 Como citar este texto:

CASTANHEIRA, Maria Lúcia. Interação e diversidade em sala de aula: implicações para a formação de professores. In: STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec. Ano II, 2012. Disponível em: <http://stis.textolivre.org/site/index.php/artigos/12-stis/registros-das-palestras-logs/39-log-interacao-e-diversidade-em-sala-de-aula-implicacoes-para-a-formacao-de-professores>;. Acesso em: 27 fev. 2014.

 

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Based on a work at Texto Livre.

8. Novembro: Corpo e Linguagem não-verbal

cartaz STIS novembro 2012

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Novembro de 2012: O corpo tecnológico e a linguagem não verbal

conferencista: Olga Valeska Soares Coelho/CEFET-MG

dia 02/11  às 14h

acesso gratuito: http://stis.textolivre.org/salaConferencias

RESUMO: O corpo humano sempre sofreu interferência do conhecimento técnico disponível em cada época. A cosmetologia e a indústria da moda constituem uma tecnologia bastante antiga, que ditou padrões de beleza e de comportamento ao longo da história da humanidade. Porém, com a fotografia e o cinema, a imagem do corpo não se condiciona a sua materialidade, mas a projeções artificiais independentes destes. A imagem do corpo, na atualidade, se desenha e se multiplica a partir de artefatos tecnológicos e mídias eletrônicas. Vemos, assim, um corpo potencialmente desdobrado e modelado para além de sua materialidade orgânica com um dinamismo de proporções inéditas na história da humanidade. O trabalho tem como objetivo pensar sobre a relação arte/corpo/tecnologia nesse contexto.

8.1. registro novembro

Registro da Conferência de 02.o de Novembro de 2012: O corpo tecnológico e a linguagem não verbal

 

conferencista: Olga Valeska Soares Coelho/CEFET-MG

 

moderador: Equipe STIS

 

[14:19] <acris> Woodsonfc: olga___! vamos começar??
[14:19] <olga___> sim...
[14:19] <Woodsonfc> ok
[14:19] <Woodsonfc> Vou apresentar a olga___
[14:20] <acris> bom, a partir de agora, sala moderada, somente Woodsonfc e olga___ falam
[14:20] <acris> deposi abrimos para perguntas
[14:20] <Woodsonfc> Agradeço a presença de todos ainda mais que aqui é dia de finados
[14:21] <Woodsonfc> Olga Valeska Soares Coelho
[14:21] <Woodsonfc> irá apresentará agora a palestra
[14:22] <Woodsonfc> intitulada "O corpo tecnológico e a linguagem não verbal"
[14:22] <Woodsonfc> Ela possui Possui Graduação em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (1994), Mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (1998), Estágio de Doutorado em Estudos Literários-Doutorado Sanduíche -UFMG/COLMEX - Colegio de México-COLMEX (2002) e Doutorado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003).
[14:23] <Woodsonfc> Atualmente é professora credenciada no Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, na qualidade de Membro Fundador e exerceu a função de coordenadora do Curso de Mestrado em Estudos de Linguagens ao longo dos três anos de sua implementação.
[14:23] <Woodsonfc> Atua como pesquisadora, sendo membro dos seguintes grupos de pesquisa certificados institucionalmente: Concepções Contemporâneas em Dança-CCODA, na Universidade Federal de Minas Gerais; "Discurso, Cultura e Poesia" e "Infortec", no CEFET-MG. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Processos Discursivos e Tecnologia, interessando-se principalmente por pesquisas envolvendo Semiótica, Literatura e Artes Cênicas e Poéti
[14:24] <Woodsonfc> Pode começar olga___
[14:24] <olga___> Obrigada pela presença de todos, finados não é um dia muito propício para falar sobre corpo tecnológico....
[14:25] <olga___> Agradeço ao grupo Texto Livre de Semiótica e Tecnologia, principalmente ao professor e pesquisador woodson, pelo convite e pelo trabalho que teve para conseguir um dia possível, entre tantos outros impossíveis, para o nosso encontro. Agradeço ao woodson também para o apoio técnico....e pela paciência.
[14:25] <olga___> Como já foi anunciado, a conferência tem como título
[14:25] <olga___> Corpo tecnológico e a linguagem verbal e não-verbal
[14:26] <olga___> O tema proposto para esse encontro envolve conceitos muito complexos e que apresentam várias possibilidades de definição: primeiramente temos os conceitos correlatos de “técnica” e “tecnologia”.
[14:26] <olga___> Ora, tomando o Dicionário de Filosofia de Abbaghano  encontramos uma definição bastante abrangente para técnica: “procedimento qualquer regido por normas e provido de certa eficácia”.
[14:27] <olga___> Essa definição abarca procedimentos bastante diversificados, podendo ser divididos em dois grandes grupos:
[14:28] <olga___> O primeiro agruparia procedimentos racionais que seriam dinâmicos e independentes de sistemas de crenças e o segundo,  mais estável, estaria vinculado a crenças e religiões.
[14:28] <olga___> Este último pode ser associado a uma ação sistematizada de natureza mística como métodos de ascese espiritual e ritos de uma maneira geral.
[14:28] <olga___> Já o segundo grupo, as técnicas chamadas racionais, podem ser divididas em três subgrupos:
[14:29] <olga___> a) técnicas cognitivas e artísticas, envolvendo o uso de signos e linguagens variadas;
[14:30] <olga___> ; b) técnicas de comportamento social e político, como as técnicas jurídicas, eróticas, educacionais, e organizacional
[14:30] <olga___> c) técnicas de comportamento do homem diante da natureza, como as que visam a produção de bens e a transformação do espaço habitado.
[14:31] <olga___> Neste último encontram-se as técnicas utilitárias mais antigas, como o domínio do fogo e da água, a agricultura, a pecuária e as chamadas técnicas do mundo moderno, envolvendo a indústria e a máquina.
[14:32] <olga___> Essas definições deixam claro que o uso da técnica pode ser pensado como uma característica que define a condição do homem no mundo e associa-se a toda atividade humana sistematizada e guiada por qualquer tipo de método ou reflexão sobre este.
[14:33] <olga___> Chegamos, assim, ao segundo termo, tecnologia, que pode ser definido como o estudo ou reflexão sobre a técnica.
[14:34] <olga___> O conceito de tecnologia que, em muitos aspectos, acaba identificando-se com o conceito de técnica, traria à cena das relações humanas a possibilidade de o conhecimento sistematizado ao longo da história humana tornar-se um legado cultural, social e político.
[14:34] <olga___> . É o seu aspecto metodológico e sistêmico que faz da tecnologia talvez a instituição mais antiga e abrangente da humanidade, envolvendo todas as disciplinas humanas, como as corporais, artísticas, sociais, política, econômicas.
[14:35] <olga___> Nesse aspecto, paradoxalmente, a tecnologia abrange também outras instituições tão antigas quanto ela própria, como a linguagem e a religião.
[14:36] <olga___> Assim, falar de tecnologia e linguagem é tratar da própria condição humana diante das relações sociais e do mundo.
[14:37] <olga___> A linguagem, incluída na primeira categoria da técnica, a racional ou racionalizante, está no eixo dos processos cognitivos e do trabalho com signos verbais e não verbais.
[14:38] <olga___> Mas em outro aspecto,  é através da linguagem que o homem se apropria de seus afetos e dá sentido ao espaço que ele habita, gerando o seu próprio mundo, seu cosmos.
[14:39] <olga___> Em outras palavras, é através da linguagem que o homem torna o seu espaço habitável, compreensível, instrumentalizável e passível de ser transformado pela técnica.
[14:40] <olga___> Nesse aspecto, a linguagem não apenas se refere à condição humana, mas faz parte dela: é através da linguagem que o homem constrói imagens de mundo, de si mesmo e do outro. E é também a linguagem que limita tal conhecimento.
[14:40] <olga___> De qualquer forma, qualquer reflexão sobre o mundo e a condição do homem no mundo enfrenta questões como o limite do conhecimento humano frente à realidade objetiva; a relação entre discurso, entendimento e experiência sensível; etc.
[14:41] <olga___> Todos os campos do conhecimento estão profundamente comprometidos com a problemática da linguagem, porque nenhum deles pode negar a dependência entre o conhecimento possível para o homem e a linguagem que se utiliza para expressar ou construir tal conhecimento.
[14:42] <olga___> Assim, não é por acaso que a filosofia contemporânea tenha pensado tanto a linguagem e que cientistas de diversas áreas tenham discutido o problema da linguagem como limite e recurso em seus próprios campos do saber.
[14:42] <olga___> E, também, não é um mero acaso que tantos artistas e poetas tenham se ocupado da configuração (metalinguística) de propostas poéticas e de uma crítica que se aproximam sensivelmente das atuais reflexões filosóficas sobre a linguagem.
[14:43] <olga___> Os discursos, sejam eles científicos, filosóficos ou poéticos, configuram, assim, imagens cuja matéria comum, paradoxalmente, é a linguagem, pensada aqui como cruzamento de heterogeneidades .
[14:44] <olga___> “Pesar linguagem” é, assim, o limite e o meio para a compreensão humana do mundo, que pode ser pensada como uma tradução, em que vão estar em jogo mecanismos extremamente complexos como a relação palavra/coisa;
[14:44] <olga___> sujeito/objeto; e as relações interculturais sempre presentes no confronto entre os discursos.
[14:45] <Woodsonfc> Perdão Olga mas esqueci de dizer no início da conferência sobre um problema técnico: é que ela tem duração de uma  hora e tem previsão de terminar as 15h30 horário local de verão (GMT-2) GMT-3+1h de horário de verão. São 14h45 agora!
[14:45] <olga___> De qualquer maneira, falar do universo humano é, na atualidade, cada vez mais falar da questão de tecnologia e linguagem, campos que definem e constituem elementos visíveis e invisíveis no campo da cultura.
[14:46] <olga___> vou tentar resumir,  um pouco, essa questão
[14:47] <olga___> Nesse aspecto a linguagem abarca o âmbito institucional da técnica da mesma maneira que é abarcada por ela. Além disso, o homem transforma o mundo através da linguagem e é transformado continuamente por ela, configurando um sistema interativo e móvel.
[14:47] <olga___> E o corpo inclui-se nessa mesma dinâmica, não podendo ser pensado apenas em sua dimensão fisiológica e bruta.
[14:48] <olga___> O corpo faz parte do jogo enunciativo e tecnológico tabulado pelo homem desde sua origem. Nesse aspecto, não existe um sentido para o corpo, além da linguagem que o define, porque não existe, no mundo configurado pela linguagem, a inocência para além do conhecimento, para além de sua dimensão cultural, estética, econômica, política, etc.
[14:49] <olga___> Ora, o conceito de corpo também constitui uma categoria filosofia bastante complexa que também exige um cuidado conceitual em nosso trabalho
[14:49] <olga___> Essa definição, bastante extensa, inclui não somente o corpo humano, mas também qualquer objeto presente na natureza, ou  “mundo das coisas”.
[14:50] <olga___> Não cabe aqui uma discussão muito detalhada sobre as questões envolvendo esse conceito.
[14:51] <olga___> Basta frisar que pode assumir um sentido mais materialista: homem possui e utiliza um corpo e atua no mundo entre outros corpos (humanos ou não).
[14:52] <olga___> Outra importante concepção de corpo, na atualidade é a vinculada a uma percepção idealista de mundo. Nessa vertente filosófica, o corpo identifica-se com os processos de representação, percepção ou ideias.
[14:52] <olga___> Essa concepção de corpo privilegia o imaginário e a subjetividade da corporeidade do mundo dos objetos e do corpo humano.
[14:54] <olga___> .  Outra possibilidade de se pensar o corpo, além de sua própria materialidade, é aquela que vincula a realidade à experiência sensível do sujeito no mundo. Como afirma Merleau-Ponty, “Quer se trate do Corpo de outrem, quer se trate do meu, não tenho outro modo de conhecer o Corpo humano senão vivendo-o, isto é, assumindo por minha conta o drama que me atravessa e confundindo-me com ele”. (L’être et le néant, 1945, p39
[14:54] <olga___> Pensando no corpo, na atualidade, que se desenha a partir de artefatos tecnológicos e se multiplica a partir de mídias eletrônicas, vemos o corpo potencialmente desdobrado e modelado para além de sua materialidade orgânica.
[14:55] <olga___> Ora, corpo sempre sofreu interferência do conhecimento técnico disponível em cada época. A cosmetologia e a indústria da moda constituem uma tecnologia bastante antiga, que ditou padrões de beleza e de comportamento ao longo da história da humanidade.
[14:55] <olga___> Porém, com a fotografia e o cinema a imagem do corpo não se condiciona a sua materialidade, mas a projeções artificiais independentes destes. Como já acontecia com a pintura e o desenho, o corpo projeta suas formas para além dos limites físicos, porém com um dinamismo potencializado pelas possibilidades da reprodutividade técnica.
[14:56] <olga___> Atualmente ocorre um incomparável fenômeno de acesso à tecnologia digital, o que potencializa ainda mais tal reprodutividade, com milhares celulares e câmeras filmando e fotografando desde cenas mais cotidianas, como também produzindo imagens de dimensão artística e estética.
[14:57] <olga___> Isso associado aos meios de divulgação em rede, o que multiplica o potencial de reprodução das imagens captadas. Dentro desse contexto, ocorre também uma mudança importante: com o domínio de programas de edição de imagem a reprodutividade das imagens do corpo vai além da captura da forma, mas permite a sua transformação e divulgação em escala antes impensável.
[14:58] <olga___> Esse fenômeno interfere na criação, em todos os campos da produção artística e mais específamentente, nas chamadas poéticas do corpo. Analisaremos, a seguir, alguns vídeos que exemplificam a interação arte e tecnologia em sua relação com as representações do corpo.
[14:59] <olga___> Corpo, dança e a tecnologia
[14:59] <olga___> No mundo contemporâneo, a dança é desenvolvida de maneiras e estilos variados, apresentando textos, métodos próprios, trabalhos/estudos diferenciados e influenciados tanto por inúmeras ações socioculturais como também por diversos braços da escola de arte moderna e pós-moderna.
[15:00] <olga___> Neste contexto, por mais complexas que sejam as definições e conceituações de dança, a idéia básica é que a dança é composta por movimentos e gestos corporais humanos. Mas isto não basta para identificar a dança. A humanidade vem se expressando e se comunicando gestualmente sem necessariamente estar dançando. Fica a questão: como diferenciar a dança dos demais comportamentos motores humanos?
[15:01] <olga___> Como arte, o movimento em dança não existe para cumprir outro fim que não seja o de ser a matéria prima que permite formular impressões, de representar experiências, de projetar valores, sentidos e significados; de revelar culturas, sentimentos, sensações e pensamentos trazendo à luz a materialidade da dança. Quem dança transforma seu próprio corpo, se molda, se re-modela, se reconfigura e quando a dança se manifesta no co
[15:01] <olga___> Segundo a linguista Lúcia Santaella (2001), a dança se constitui como linguagem a partir do momento em que representa a junção das matrizes da própria linguagem e pensamento, tais como a sonora, a visual e a verbal. Para a autora, a dança e sua sucessão de movimentos expressa uma narrativa que integra duas ou mais submatrizes ou as próprias matrizes no instante do pronunciamento do seu discurso, ou seja, na dança.
[15:01] <olga___> Assim, a dança só pode ser tratada tendo em vista uma pluralidade de linguagens radicalmete heterogêneas, pois é uma produção artítica que, no final das contas, é sempre o resultado da conspiração entre vários textos, linguagens e  signos. É uma forma de arte, em si mesma, heterogênea e coletiva, além  de ser a tradução de algo sempre anterior a ela mesma: a encarnação dialógica de um encontro com a diversidade.
[15:02] <Woodsonfc> olga___  vc tem cerca de 30 minutos restantes
[15:03] <olga___> Paço assim à análise dos videos que servirão como base desse estudo
[15:03] <olga___> Peço aos presentes que vejam os dois vídeos que estão anexados
[15:05] <olga___> A seguir será indicado um vídeo em queNo vídeo 1 aparece uma perfómance de Nijinsky em 1912
[15:05] <olga___> O outro vídeo é a interpretação de  Rudolph Nureyev, da mesma coregorafia
[15:05] <olga___> Escolhi como objeto de minha análise, duas versões do ballet “L'Après-midi d'un Faune”, coreografado por Vaslav Nijinsky a partir da “sinfonia poética” de Claude Debussy, "Prelude à l'après-midi d'un faune". Essa peça estreou em Paris em 29 de maio de 1912, com Nijinsky dançando o papel do Fauno.
[15:06] <olga___> Tanto acoreografia quanto a sinfonia foram inspirados no poema de Stephane Malarmé, de mesmo título. Pode-se dizer, assim, que essa coreografia traduz para a linguagem da dança, o poema de Mallarmé, dialogando também com a tradução semiótica de Debussy do mesmo poema. Como recorte específico de análise, selecionei o trecho do filme, “Nijinski: uma história real”, baseado no diário publicado pela esposa desse bailarino e
[15:06] <Woodsonfc> Os videos podem ser vistos tb nos links

e
[15:07] <Woodsonfc> Selecionem ao lado "OLGA - video1 e 2"
[15:07] <olga___> A tradução do poema é a seguinte:
[15:08] <olga___> A TARDE DE UM FAUNO
[15:08] <olga___> Essas ninfas eu as quero perpetuar.
[15:08] <olga___> É tão claro,
[15:08] <olga___> Seu copo leve que volteia no ar
[15:09] <olga___> Entorpecido em sono denso.
[15:09] <olga___>                                             Eu amo um sonho?
[15:09] <olga___> Minha dúvida, fardo da noite antiga, tem seu arremate
[15:10] <olga___> Em múltiplos ramos sutis, que, delongando o próprio
[15:10] <olga___> Bosque mesmo, prova, ai de mim! que sozinho eu me ofereço
[15:10] <olga___> Para o triunfo da falta ideal de rosas
[15:10] <olga___> Reflitamos...
[15:10] <olga___> ou reflete as mulheres que tu glosas
[15:13] <olga___> Ora, sabemos que a  dança é um espetáculo que, como o teatro e a perfórmance,  acontece no palco, diante do olhar do espectador. Diferente disso, quando analisada em um filme, a dança traz a marca de duas temporalidades: o presente da produção e o presente da exibição.
[15:13] <olga___> Ora, sabemos que a  dança é um espetáculo que, como o teatro e a perfórmance,  acontece no palco, diante do olhar do espectador. Diferente disso, quando analisada em um filme, a dança traz a marca de duas temporalidades: o presente da produção e o presente da exibição.
[15:13] <olga___> Após receber um tratamento audivisual, a dança, dessa forma, deve ser pensada como um outro gênero textual: a dança filmada, gênero que envolve, por definição, um processo tradutório entre os códigos linguísticos da dança e a linguagem fílmica.
[15:13] <olga___> Ora, se o filme que tomei como base para o meu trabalho já é a tradução semiótica de um texto escrito, ou seja, uma tradução de um diário atribuido a Nijinski, o trecho exibido no segundo vídeo pode ser pensado também como uma tradução da coreografia original produzida pelo próprio Nijinski.
[15:14] <olga___> Observa-se assim, um labirinto complexo de traduções sucessivas, parciais ou não, que impossibilitariam uma análise detalhada dentro do formato de um único ensaio. De qualquer forma, todo processo de semiose pode ser pensado como um processo infinito: sempre haverá uma dimensão que escapa à possibilidade de análise, sempre haverá uma possibilidade aberta de se ler um processo semiótico. Como afirma PLAZA (1987) :
[15:14] <olga___> O signo não é uma entidade monolítica, mas um complexo de realões triádicas, relaçoes estas que, tendo um poder de autogeraçõea, caracterizam o processo sígncom como continuidade e devir. A definição de signo peirciana é , nessa medida, um meio lógico de explicaçõea do processo de semiose (ação do sígno) como tranformação de signos em signos. A semiose é uma relação de momentos num processo sequencial-sucessivo i
[15:15] <olga___> Como já foi dito, a dança só pode ser tratada tendo em vista uma pluralidade de linguagens radicalmete heterogêneas, pois é uma produção artítica que, no final das contas, é sempre o resultado da conspiração entre vários textos, linguagens e  signos. É uma forma de arte, em si mesma, heterogênea e coletiva, além de ser a tradução de algo sempre anterior a ela mesma: a encarnação dialógica de um encontro com a divers
[15:16] <olga___> Consciente desses limites, tento a seguir, analisar as imagens presentes no trecho do filme, buscando observar as interfaces possíveis entre a dança e o poema de Mallarmé. Com essa escolha, considero o trecho como um o registro de um objeto artístico com um sentido passível de ser analisado como um todo.
[15:16] <olga___> Um dado importante a ser ressaltado é que as imagens que analiso não focalizam o palco da maneira como o espectador o veria. A câmara acompanha os movimentos dos bailarinos e os focaliza em ângulos privilegiados, fechando as imagens no rosto dos protagonistas e evidenciando a expressividade destes.
[15:17] <olga___> Nesse caso, a dimensão sensível dos traços dos rostos dos bailarinos, a maquiagem e o figurino são bastante valorizadas, intensificando o efeito desses elementos signicos no espectador do filme.
[15:17] <olga___> Nessa perspectiva é importante ter em mente que a versão fílmica de “L’aprés-midi de un faune” recebeu um enquadramento audivisual.
[15:19] <olga___> Derivadas disso, várias consequencias podem ser apontadas: a primeira seria a perda dos efeitos da profundidade espacial do palco;  a segunda seria a perda do impacto visual da presença física dos bailarinos; e a última seria a fixação ou o enrigecimento da temporalidade fluida do chamado “espetáculo em tempo real”.
[15:19] <olga___> A coreografia de Nijinski conta a história do encontro entre um fauno e uma ninfa: o fauno se encanta com a ninfa, mas ela se aterroriza e foge deixando um véu nas mãos do fauno. Sozinho, o fauno dança com o véu, em uma sequência gestual intensamente erótica. Um dado bastante singular é que, o fauno não parece tocar a ninfa de maneira amorosa, mas se relaciona com bastante intensidade com o véu. A ninfa acaba esquecida no jog
[15:20] <olga___> Importa ressaltar que a coreografia é marcada por uma linguagem gestual carregada de erotismo e sua visão pode surtir um efeito sinestésico capaz de levar o espectador a uma empatia com o desejo que teria supostamente desencadeado os movimentos do fauno. Esse tipo de efeito é bastante explorado nas linguagens visuais que afetam os outros sentidos humanos, principalmente o tato.
[15:20] <olga___> E essa cadeia sinestésica é acentuado pela música que se desdobra lentamente gerando uma impressão de suspenção temporal. O “agora”, nesse caso, ganha densidade reforçando a dimensão sensível do espectador.
[15:21] <olga___> Ora,  o “Prelúdio a l'après-midi d'un faune", composto por Debussy em 1894, causou estranhamento no publico de sua época exatamente pelo que se qualificou como “ausência de melodia”. Esse compositor, na verdade, gerou apenas a sugestão de um tema melódico, sem desenvolvê-lo.
[15:21] <olga___> O efeito disso foi uma sonoride estranhamente estática, capaz de contaminar o espaço cênico, relentizando a sensação temporal e obrigando os gestos a se alongarem.
[15:21] <olga___> A narrativa do ballet é curta e, como o Prelúdio de Debussy, também não se desenvolve. As imagens se repetem e o desenho coreográfico se mantém em suspenso. Essa suspensão temporal tem ressonância com o desfecho do texto: como já foi dito a história trata de um encontro amoroso que não se completa: a ninfa foge do fauno deixando apenas um véu em suas mãos.
[15:22] <olga___> Ora, como toda música, o “Prelúdio” de Debussy gera aquilo que se pode chamar de “espacialidade sonora” que se comporta como um muro devidindo qualitativamente o espaço em dois: um campo onde é possível ouví-la e um outro, onde a música se torna inaudível.
[15:22] <olga___> No trecho que analiso, a dimensão sonora do filme reproduz a realidade de um teatro lotado, na estréia do ballet. Nesse contexto, a homogeneidade do espaço sonoro criado pela música é quebrada pela intervenção ruidosa da audiência.
[15:23] <olga___> Lembramos, aqui, que a interpretação original foi recebida com escândalo pela platéia daquela época. Essa divisão espacial, no filme, evidencia um forte contraste entre a intensidade da entrega afetiva do bailarino a seu papel de fauno e o repúdio, também intenso, da platéia
[15:23] <olga___> Além disso, nessa cena, o espectador do filme observa o espectador da dança com um distanciamento temporal e cultural  que gera uma cumplicidade com o ponto de vista do bailarino, ao mesmo tempo em que também é impactado pela afetividade delirante do fauno enquanto personagem mítica.
[15:24] <olga___> Em síntese, pode-se dizer que a espacialidade sonora do filme delimita fronteiras que separam, qualitativamente, três intensidades: o desejo erótico do fauno; a entrega do personagem (Nijinski) a seu papel; a ira encenada pelos atores que interpretam a plateia original.
[15:24] <olga___> . Por outro lado, os espectadores do filme também estariam expostos ao conjunto de linguagens próprias ao universo da dança e à intensidade da atuação do bailarino, Nureiev, que interpreta o papel de Nijinski.
[15:24] <olga___> As imagens que analiso diferem, assim, de uma exibição ao vivo que pudesse acontecer na atualidade. A atuação de Nureiev está fatalmente contaminadas pela narrativa fílmica que se centra na configuração da personagem excêntrica de Nijinsk, em contraste com o controle dos afetos exercido pela moral da época.
[15:25] <olga___> Essa mesma coreografia, se exibida em um palco contemporâneo, talvez recebesse a atenção do público por sua própria construção cênica. O público estaria exposto diretamente à interpretação do bailarino, sem a interferência de um suposto olhar do início do seculo XX.
[15:25] <olga___> Nesse caso, o desejo amoroso do fauno, com todas as suas marcas sígnicas dos códigos da linguagem da dança, ocupariam o centro da cena, juntamente com todas as linguagens que compõem o gênero analisado (música, cenário, figurino, etc).
[15:26] <olga___> Outra diferença significativa seria o impacto concreto da presença física do corpo dos bailarinos em cena e a temporalidade da execução da coreografia, que se desenvolveria no “agora” do espetáculo, trazendo a emoção proporcionada pelo risco do erro e a possibilidade do improviso.
[15:26] <olga___> Ressalte-se que a coreografia também provocou um choque no nível estético, pois sua linguagem difere dos padrões artísticos da época. O público atual aceitaria com naturalidade o padrão estético da coreografia de Nijinski e a moral, na atualidade, não é tão rígida.
[15:27] <olga___> Como já foi dito, a coreografia de Nijinki foi inspirada no poema de Mallarmé de mesmo nome, e faz uma leitura, ou uma tradução semiótica desse texto. No poema, nota-se uma nítida separação temática entre a primeira e a segunda estrofe. A primeira apontando para o desenho do corpo da ninfa, acentuando, nele, a suavidade e a leveza:
[15:27] <olga___> como podemos ler no texto original:
[15:27] <olga___> Ces nymphes, jê lês veux perpètuer
[15:27] <olga___> Si clair,
[15:28] <olga___> Leur incarnat léger, qu’il voltige dans l’air
[15:28] <olga___> Assoupi de semmeils touffus.
[15:28] <olga___> Aimai-je un rêve?
[15:28] <olga___>  Na segunda estrofe, surge o questionamento sobre a possibilidade de um encontro concreto com o “outro”, sem a mediação do plano reflexivo, imaginário:
[15:29] <olga___> Mon doute, amas de nuit ancienne, s’schève
[15:29] <olga___> En maint rameau subtil, qui demeuré les vrais
[15:29] <olga___> Bois même, proube, hélas! Que bien seul je m’offrais
[15:29] <olga___> Pour triomphe la faute idéale de roses.
[15:29] <Woodsonfc> Olga vc tem 5 minutos
[15:29] <olga___> Réfléchissons...
[15:30] <olga___> ou si les femmes dont tu gloses
[15:30] <olga___> Acentuando elementos visuais presentes no poema, a coreografia de Nijinski traz à cena o véu, que reproduz, no nível icônico, a dimensão etérica e insubstancial do corpo da ninfa, configurado na primeira estrofe do poema. Porém, na dança, o véu acaba assumindo um duplo sentido: ele aponta para a qualidade do corpo da ninfa e para o espaço imaginário do fauno. O véu é o corpo e o sonho a um só tempo.
[15:30] <olga___> Esse tipo de tradução icônica aproxima dois objetos, corpo e véu sinalizando a solidão inerente às relações amorosas. E o corpo da ninfa assume, definitivamente, sua forma insubstancial, revelando sua natureza inatingível.  Pode-se dizer, assim, que o véu é o elemento sígnico predominante na coreografia de Nijinski e sinteza as imagens configuradas no poema. Ele cria uma “qualidade” que contamina toda a atmosfera da cen
[15:31] <olga___> Nota-se que os bailarinos, na coreografia de Nijinski, se mantêm de perfil e executam movimentos estilizados. Nenhum dos bailarinos encara a platéia de frente, mesmo quando se deslocam no palco em direções distintas. A linguagem gestual da coreografia remete, assim, ao desenho geometrizado presente nos antigos vasos gregos. Porém, mesmo se a platéia não pode encarar o rosto dos bailarinos, a linguagem gestual supre o papel expre
[15:32] <olga___> Leur incarnat léger, qu’il voltige dans l’air assoupi de semmeils touffus.Aimai-je un rêve?
[15:32] <olga___> No poema, o corpo da ninfa é apresentado como uma imagem imersa em sono, ou como uma imagem de sonho, gerada na mente do sujeito poético. Observe-se, assim, uma duplicação do mundo onírico: o corpo da ninfa parece dormir e, ao mesmo tempo, integra  o sonho do sujeito que o contempla dançando.Essa dupla negação do real reforça a idéia do paradoxo entre distância e proximidade, experiência e imaginação.
[15:32] <olga___> De um lado, vemos a figura mítica do fauno assinalando um espaço de estranhamento radical. Como o deus Pã, ele remete à totalidade espantosa da natureza bruta que parece impor sua presença, obrigando o leitor a encarar seus próprios instintos desconhecidos e  habitar um espaço além das configurações cotidianas. Diante do Fauno, o humano se vê desprotegido de suas máscaras culturais e é obrigado a olhar de frente seus próp
[15:32] <olga___> De outro lado, vemos a ninfa, com seus véus ligeiros e rodopios que negam e afirmam sua própria materialidade. Ela também ocupa um espaço não-humano. Ela também é natureza nas margens da compreensão humana do “si-mesmo” e do mundo. A dança é assim um encontro de distâncias. O fauno parece desejar a ninfa como somente é possível desejar aquilo que não se conhece nem se compreende. Ocorre, assim, uma dupla negação: du
[15:33] <olga___> se encontram sem se tocar de fato.
[15:33] <olga___> Como já foi analisado, o véu parece funcionar como índice do corpo da ninfa, além de evocar sua qualidade, a leveza.
[15:34] <olga___> Esse véu funciona, assim, como elemento tradutório, na dança, dessa qualidade diáfana, também presente no poema de Mallarmé. O poema e a dança podem, dessa forma,  ser pensados como representações irônicas da distância entre dois seres humanos concretos.
[15:34] <olga___> “Eu amo um sonho?” pergunta o poema de Mallarmé. E essa pergunta não pode ser respondida sob pena de provocar, inadvertidamente, o despertar. E o que resta além do sonho? além das sombras e dos reflexos  que projetamos.
[15:34] <olga___> O amor se constitui, assim, como um gesto sempre solitário e intransitivo. Cada um ama a criatura que ele próprio perpetuou. Em outras palavras, o dom que eu recebo não é aquele que é ofertado. A entrega é sempre solitária.
[15:34] <olga___> Em síntese música sem progressão melódica, a presença inquietante do fauno e a imagem diáfana da ninfa, juntamente que a recusa do olhar,  compõem um conjunto que aprofunda, no espectador, a experiência do abandono e da solidão.
[15:35] <olga___> O sujeto amoroso nunca poderá alcançar a verdade do ser amado: o “outro” será sempre um “si-mesmo”. E poema de Mallarmé tem seu desfecho na forma de uma interrogação apenas esboçada
[15:35] <olga___> Réfléchissons...ou si les femmes dont tu gloses
[15:35] <olga___> O poema e a coreografia, nesse aspecto, convergem propondo também o problema que qualquer representação/relação nos impõe: como lidar com as fronteiras entre o imaginário e a experiência concreta dos sentidos? Na coreografia de Nijinski, o fauno se entrega intensamente a um jogo amoroso com o véu.
[15:36] <olga___> E esse gesto também pode ser pensado como uma tradução, para a linguagem da dança,  da entrega absoluta do poeta às palavras e ao jogo de sentidos que a cena poética gera.
[15:36] <olga___> O gesto de refletir (pensar) confunde-se sempre com o gesto de gerar reflexos (representar). A representação surge, assim, também como um véu, com todas as conseqüências paradoxais de sua presença/ausência: encobre e revela a estranheza radical do “outro”; permite e impede as relações de sentido.
[15:36] <olga___> obrigada, W
[15:36] <Woodsonfc> Olga, favor concluir para que possamos passar para o debate, ok!?
[15:37] <olga___> obrigada pela atenção e pela paciência de todos....
[15:37] <Woodsonfc> Ah ja concluiu
[15:37] <Woodsonfc> hehehe
[15:37] <acris> palmas! clap clap clap clap clap
[15:37] <olga___> passou muito?....
[15:37] <adelmaa> clap clap clap clap clap
[15:37] <acris> belo trabalho, olga___
[15:37] <Woodsonfc> nada, foi justo hehehe
[15:38] <AnaMatte> clap clap clap clap clap
[15:38] <olga___> obrigada e desculpe a demora, foi a primeira vez que participo desse tipo de apresentação e acho que escurreguei um pouco. Bjs, olga
[15:38] <carolkonzen> Parabéns, OLga! Adorei o trabalho!!
[15:38] <acris> está aberto para perguntas, temos quanto tempo?
[15:38] <Woodsonfc> Parabéns e eu quem agradeço a sua paciência e dedicação em estar aqui em pleno feriado
[15:39] <Woodsonfc> senti-me honrado e estasiado pois gosto demais de Debussy
[15:39] <olga___> Obrigada carolzinha e Woodson, eu que sempre agradeço a oportunidade......
[15:39] <adelmaa> Olga, parabéns pelo seu trabalho tão elaborado e pela análise tão profunda...
[15:40] <Woodsonfc> Olga, vamos às perguntas
[15:40] <olga___> sim.
[15:40] <Guest31899> qual o código para ver os slides da apresentação?
[15:40] <Woodsonfc> Não tem código, basta selecionar
[15:40] <adelmaa> Amei os caminhos que você nos fez percorrer, a ajuda para perceber nuaces das apresntações e
[15:40] <Woodsonfc> Guest31899`
[15:41] <Woodsonfc> Não tem código, basta selecionar
[15:41] <olga___> eu não fiz slide, desculpe
[15:41] <adelmaa> este olhar concomitante daas leituras paraleasque te embasaram.
[15:41] <Woodsonfc> nem precisou de slade que só os vídeos já dão o que pensar
[15:41] <AnaMatte> olga___: na sua definição de tecnologia, ela está muito intimamente ligada não só à cultura, mas à própria consciência do corpo, ou consciência do corpo próprio. Voce diria que a linguagem e a tecnologia definem ou intermediam nosso olhar sobre o mundo ontológico, concreto?
[15:42] <Guest31899> que pena.
[15:42] <Guest31899> a apresentação estava belissima.
[15:42] <adelmaa> se você entrame nos dois links que eo Woodson disponibilixou vocês pederão fazer uma leitura após esta parestação com a ajuda da ana´lise da Olga associadoao às apresentações em vídeo.
[15:42] <acris> Guest31899: os videos estao no menu ao lado
[15:42] <Guest31899> gostaria que a Olga falasse mais um pouco sobre o funcionamento do véu como elemento tradutório da leveza na dança.
[15:44] <Woodsonfc> Guest31899 vc pode ver os vídeos ao lado ou nos links e
[15:45] <Woodsonfc> Já tem duas perguntas Olga
[15:45] <olga___> respondendo a adelma: Na verdade, acredito que haja uma interação.a tecnologia abarca o campo da linguagem e a linguagem abarca o campo da tecnologia. O corpo sofre transformação em seu aspecto epstemológico e ontolo´gico na medide que sofre o interferência da linguagem, porque sua imagem sofre também mutaç~joes  de sentido.
[15:46] <olga___> Acredito na interação entre linguagens: o corpo no mundo e do mundo....
[15:47] <AnaMatte> olga___: então você acredita que não seja uma via de mão única, confere?
[15:48] <olga___> E a tecnologia é atravessada pela linguagem que constitui esse mundo. Só pode haver mundo humano se há possibilidade de se pensar esse mundo, isso já é tranformação (ou mutação)
[15:48] <olga___> sim, seria de mão dupla...
[15:48] <AnaMatte> amei, obrigada sorriso
[15:49] <olga___> Sobre o véu, eu tentei observar o sentido de leveza presente no poema
[15:50] <olga___> Seu copo leve que volteia no ar/Entorpecido em sono denso/ Eu amo um sonho?
[15:51] <olga___> e trabalhei a imagem do enamoramento como interferência do imaginário.
[15:52] <olga___> O fauno não interage, no final, com a ninfa, mas prefere o veu....não é isso que fazemos? nos enamoramos por imagens
[15:53] <olga___> idealizadas que unem e separam o nosso olhar e o nosso corpo?
[15:57] <Guest31899> o elemento etéreo, como o imaginário, como a ninfa são intangiveis, impossíveis para o fauno, o que vc acha Olga?
[15:57] <olga___> isso mesmo...o intangível!
[15:57] <Woodsonfc> Olga, o que vc diria das dimensões no vídeo e da linguagem desses textos enquanto marcadas pela bidimensionalidade (vasos egípicios) e da recepção ao vivo no teatro que possue uma certa visão tridimesional, rica em profundidade. Há possibilidade de leituras diferentes marcadas por esse par dicotômico?
[15:57] <olga___> Com certeza
[15:57] <olga___> Podemos ainda acrescentar a bidimensionalidade do vídeo...
[15:57] <olga___> que, de alguma maneira, achata a imagem
[15:57] <acris> mhm
[15:57] <olga___> o filme é um elemento importante de transposição não apenas daquilo que aconteceu, mas tb do olhar que registrou a obra
[15:57] <Woodsonfc> Essas dimensões não estariam tb consideradas no drama e conteúdo do poema ?
[15:57] <olga___> Sim.
[15:58] <olga___> Os vasos gregos passam a compor um imaginário que seria estranho ao contexto grego: é uma leitura, tradução de uma linguagem
[15:59] <olga___> o filme também se apropria da linguagem (verbal) do poema, da linguagem cênica da dança, e um outro registro....
[16:00] <olga___> É importante também lembrar as diferenças da experiência dos 5 sentidos
[16:02] <olga___> no teatro ao vivo, sentimos cheiro, e ouvimos a interferência de ruídos não filtrados, como a respiração dos bailarinos e o barulho das sapatilhas: isso muda muito a experiência...cheiro, som, ruidos: experiência do corpo compartilhando a cena com os bailarinonos e com os outros espectadores...
[16:05] <acris> acho que acabaram as perguntas, podemos encerrar?
[16:06] <Woodsonfc> Bom, acho que podemos encerrar por aqui e quem tiver outras perguntas podem enviar depois para a professora Olga. Se puder deixar um contato com esse fim!
[16:06] <Woodsonfc> Nós que fazemos o STIS gostaríamos de agradecer à professora Olga Waleska pela  brilhante conferência.
[16:06] <AnaMatte> parabéns, Olga, muito obrigada!
[16:06] <olga___> meu e-mail é ovaleska@yahoo.com.br
[16:07] <olga___> deixo tb um poema que fiz "sobre os véus das ninfas"
[16:07] <olga___> Passo por sua noite
[16:07] <adelmaa> Nossa foi uma palestra extraordinária
[16:07] <carolkonzen> muito grata, Olga! =)
[16:08] <olga___> Passo por sua noite como sombra/que nem se esconde/nem se dá a ver
[16:08] <adelmaa> Palmas para OLhga. clap clpa clpa clap !!!!
[16:08] <Oliria> Parabéns!
[16:09] <olga___> seu olho negro- ébril busca roubar a luz de um desejo sem nome ou data
[16:09] <olga___> transbordo-lhe esse amor que é meu...de tão meu que não lhe dou:
[16:09] <Woodsonfc> Além disso tb é poeta, reproduzo para que fique bem registrado:
[16:10] <olga___> nem minha serenidade crestada ao sol de cada grito,nem meu frio verniz de donzelaenganam o seu faro -fauno de l’après-minuit.
[16:10] <olga___> adorável noite/dobrada ao meio./sem lua/sem sonho ou sombras
[16:10] <olga___> obrigada Woodson....um grande beijo e um abraço para todos....
[16:10] <adelmaa> Lembramos a todos vocês que no dia 30 de novembro teremos neste evento o prof. Dr Luzi Tatit em sua conferência sobre "DOSAGENS E AJUSTES TENSIVOS NA TEORIA SEMIÓTICA". Todos esao convidados.
[16:11] <Woodsonfc> Para  registro: Passo por sua noite como sombra/que nem se esconde/nem se dá a ver/seu olho negro- ébril busca roubar a luz de um desejo sem nome ou data transbordo-lhe esse amor que é meu...de tão meu que não lhe dou:  nem minha serenidade crestada ao sol de cada grito,nem meu frio verniz de donzelaenganam o seu faro -fauno de l’après-minuit.
[16:11] <adelmaa> Desculpem-me:  Luiz Tatit/USP.
[16:12] <carolkonzen> Beijos, pessoal!
[16:12] <Woodsonfc> ops: repetindo: Passo por sua noite como sombra/que nem se esconde/nem se dá a ver/seu olho negro- ébril busca roubar a luz de um desejo sem nome ou data transbordo-lhe esse amor que é meu...de tão meu que não lhe dou:  nem minha serenidade crestada ao sol de cada grito,nem meu frio verniz de donzelaenganam o seu faro -fauno de l’après-minuit.adorável noite/dobrada ao meio./sem lua/sem sonho ou sombras
[16:14] <olga___> Minha irmão recitou o meu poema...vja o link: 
[16:15] <Woodsonfc> Obrigada Olga! Espero que tenha gostado dessa semiose e participe e divulgue ela conosco nas próximas!
[16:17] <adelmaa> Obrigada Olga por ter aceitado nosso convite e pela brilhante apresentação.
[16:17] <olga___> Com certeza...vou estar presente no próximo seminário..
[16:18] <olga___> Foi uma hora receber o convite, só não sei se consegui (no dia de finados) prender a atenção...
[16:19] <adelmaa> Sua palestra ficará disponibilizada em nosso site para leituras e reler posteriores de sua conferência.
[16:21] <Woodsonfc> olga___ a atenção que deu já é mais que suficiente, quem não conseguiu acessar sua palestra hoje poderá fazê-lo depois no site http://stis.textolivre.org/site/
[16:22] <Woodsonfc> E hoje foi mais que um dia de finados, diria de refinados
[16:22] <adelmaa> Obrigada ao STIS por integrar tantas vertentes teóricas diferentes e nos fazer olhar o mundo de forma tão significativa e plural.
[16:24] <acris> legal, gente! we did it again! congratulations
[16:25] <adelmaa> Um obrigada especial à coordenação do STIS que faz este evento acontecer. Parabéns Ana Crsitina Fricke Matte e Woodson!
[16:27] <acris> não se exclua, adelmaa

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9. Dezembro: Semiótica Tensiva

cartaz STIS dezembro 2012

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

DOSAGENS E AJUSTES TENSIVOS NA TEORIA SEMIÓTICA

 

conferencista: Luiz Tatit/FFLCH/USP

 

quando? dia 07/12 às 14h

 

moderador: 

 

Para assistir, entre na Sala de Conferências com um nickname de sua escolha (sugerimos NomeSobrenome, sem espaços, acentos ou cedilha). A senha não é necessária. ATENÇÃO: ESTA PALESTRA SERÁ TRANSMITIDA, NA PRÓPRIA SALA DE CONFERÊNCIAS, PELA IPTV USP. Escolha a opção apropriada para poder assistir. A interação será no chat, normalmente.

RESUMO: O modelo narrativo que embasou a semiótica de Greimas durante as décadas de 1970 e 1980 tinha como expectativa geral o acordo e o encontro dos actantes ao longo de um percurso que era constantemente obstruído por forças antagonistas promotoras de desavenças e separações. Hoje, sabemos que há graus de união e de rompimento que podem ser dosados e calculados por parâmetros tensivos (intensidade e extensidade), cujos aumentos ou diminuições explicam melhor a natureza afetiva das interações humanas. Portanto, para que tenhamos maior precisão descritiva, há que se introduzir no modelo semiótico um sistema de quantificação subjetiva.

9.1. registro dezembro

Registro de conferência em chat escrito e vídeo, de 07 de dezembro de 2012.

 

DOSAGENS E AJUSTES TENSIVOS NA TEORIA SEMIÓTICA

conferencista: Luiz Tatit - USP

 

Esta conferência foi transmitida pela IPTV USP, com imagem incorporada ao Chatslide. A interação com o público aconteceu no chat desse software e está registrada logo abaixo. Para maiores detalhes, clique aqui. Para acessar o vídeo do prof. Luiz Tatit, clique aqui.

  

[14:01] <@Elizabeth> Boa tarde a todos! Os Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS  é um evento que procura congregar estudiosos  e discutir tema dos mais  variado campos de conhecimento que norteiam os trabalhos interdisciplinares desenvolvidos pelos participantes do grupo Texto Livre: Semiótica e Tecnologia, da UFMG.

 

[14:01] <@Elizabeth> Pediria atenção de todos para explicar como funciona nosso evento:  vou moderar a sala a partir de agora isto significa que neste momento somente o palestrante poderá falar e posteriormente abriremos para as perguntas aos que quiserem e serão feitas pelo chat escrito e ele responderá com voz
 
[14:01] <@Elizabeth> Hoje temos a honra de receber em nosso evento o professor Dr. Luiz Tatit que  é professor Titular do Departamento de Lingüística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
 
[14:01] <@Elizabeth> Possui graduação em Lingüística pela F.F.L.C.H.-U.S.P. (1978) e em Música pela Escola de Comunicações e Artes-U.S.P. (1979).  É autor dos livros A Canção: Eficácia e Encanto (Ed. Atual, 1986), Semiótica da canção: melodia e letra (Ed. Escuta, 1994), O Cancionista: Composição de Canções no Brasil (Edusp, 1996), Musicando a Semiótica: Ensaios (Ed. AnnaBlume, 1997),
 
[14:01] <@Elizabeth>  Análise Semiótica Através das Letras (Ateliê Editorial, 2001), O Século da Canção (Ateliê Editorial, 2004), Todos Entoam: Ensaios, Conversas e Canções (Publifolha, 2007), Elos de Melodia e Letra (Ateliê, 2008), este em colaboração com Ivã Carlos Lopes, e Semiótica à Luz de Guimarães Rosa (Ateliê, 2010).
 
[14:02] <@Elizabeth> Tatit é também compositor e, em sua atividade com o grupo RUMO, gravou 6 CDs (relançados em 2004). Em sua carreira-solo, lançou, pelo selo Dabliú, os álbuns Felicidade (1998), O Meio (2000), Ouvidos Uni-vos (2005), Rodopio CD e DVD (2007) e
 
[14:02] <@Elizabeth>  Sem Destino (2010). Tem interesse nas áreas de Lingüística, Semiótica e Análise da Canção Brasileira.

 

[14:02] <@Elizabeth> A conferência de hoje se intitula “Dosagens e ajustes tensivos na teoria semiótica” e terá a duração de 60 minutos e após abriremos 30 minutos para perguntas.
 
[14:02] <@Elizabeth> Boa tarde, prof. Luiz Tatit

 

 

[14:48] ==acris changed the topic of #stis to: STIS novembro2012: Luiz Tatit/USP dia 30/11 às 14h || resumo: http://stis.textolivre.org
 
[Após a conferência, Luiz Tatit respondeu às perguntas abaixo, realizadas em tempo real no chat]
 

 

[14:57] <AnaMatte> clap clap clap clap
 
[14:57] <@Elizabeth> Muito Obrigada, prof. Luiz Tatit pela excelente conferência!

 

[14:57] <AnaMatte> clap clap clap clap
 
[14:57] <@Elizabeth> Abriremos às perguntas no chat e o professor responderá no vídeo.

 

[14:57] <adelmaa_> clap clap clap clapclap clap clap clapclap clap clap clapclap clap clap clap!!!!

 

[14:57] <AnaMatte> Tatit, fiquei encantada com sua exposição, pelo modo como articulou todos os níveis.

 

[14:57] <ConradoMendes> Olá, Prof. Tatit. Tudo bem? Embora você não tenha falando em concessão diretamente, gostaria de lhe fazer uma pergunta sobre terminologia em semiótica. Em Des formes de vie aux valeurs (Zilberberg, 2011) chama a relação entre concessão e implicação de sintaxe juntiva. No artigo Louvando o acontecimento (Rev. Galáxia, 2007), por sua vez, ele fala de modo de junção: modo implicativo e modo concessivo, o qual, juntamente
 
[14:58] <ConradoMendes> existência e eficiência, constitui a estrutura do acontecimento. Na sua opinião, que termo é mais adequado para designar a relação entre a concessão e a implicação: modo de junção ou sintaxe juntiva?

 

[15:05] <AnaMatte> tatit, voce acha que é possível relacionar o quadrado semiótico, se pensado como processo de negação e implicação, com a tensividade no esquema tensivo (tb pensado como processo) ou haveria uma intenção de substituição de uma coisa pela outra?
 
[15:06] <ConradoMendes> mto obrigado

 

 

 

[15:08] <AnaMatte> excelente, tb penso assim. acho que o quadrado ajuda a chegar, dependendo de como usado, a uma boa compreensão dos valores tensivos
[15:09] <AnaMatte> bem como você explicou, obrigada sorriso

 

[15:09] <AnaMatte> perfeito sorriso
 

 

[15:10] <@woodsonfc_> Por que  as narrativas de alguns gêneros são tão caricaturais e parecem simplificar o que nos parece tão complexo? A Opera como vc deu exemplo. Isso tem a ver com  a dimensão  temporal de exposição do receptor da obra? Exemplo: a transposição de um livro para um filme!
 
[15:10] <AnaMatte> Tatit, adorei a apresentação

 

[15:11] <AnaMatte> woodson
[15:13] <AnaMatte> certamente sua apresentação nos deixará muitas reflexões

 

[15:13] <AnaMatte> estamos trabalhando agora embusca de padrões de análises
[15:13] <AnaMatte> e esse caminho que você propõe é muito produtivo
 
[15:13] <ConradoMendes> Mais uma questo, se houver tempo: na sua opiniao, ha espaco para o estudo da narrativa desatrelado aos demais niveis hoje em dia?
 
[15:17] <AnaMatte> com certeza

 

[15:17] <ConradoMendes> ok, obrigado
 
[15:18] <AnaMatte> principalmente porque a narrativa busca ser lógica e pouco discursividzada
 
[15:18] <AnaMatte> Obrigadíssima, Suzana! voce foi excelente mesmo!
[15:18] <AnaMatte> sorriso

 

[15:19] <AnaMatte> muito obrigada
[15:19] <ConradoMendes> palmas

 

[15:19] <adelmaa_> Obrigada, Suzana Morais. Parab´ne spofesso Tati. Suaparticpação foi excelente e nos sentimos honrados com sua presença.

 

[15:19] <@Elizabeth> clap clap
[15:19] <AnaMatte> clap clap clap clap
[15:19] <AnaMatte> clap clap clap clap

 

[15:19] <@woodsonfc_> Obrigado ! Clap Clap Clap

 

[15:19] <AnaMatte> clap clap clap clap
[15:19] <adelmaa_> clap clap clap clap

 

[15:19] <brunalionel> clap clap clap
[15:19] <AnaMatte> Bem aproveito para divulgar
[15:19] <AnaMatte> os anais do stis que saíram hoje cedo

 

[15:20] <@woodsonfc_> Fechou
 
[15:20] <@Elizabeth> Agradecemos muito a apresentação do prof. Tatit!  E encerramos de uma maneira muito especial hoje o STIS 2012! Obrigado a tod@s pela participação!

 

[15:20] <@woodsonfc_> Deixou de transmitir

 

[15:20] <ConradoMendes> legal. parabens pela iniciativa, Ana.

 

 

[15:21] <ConradoMendes> com essa tecnologia, vc pde trazer gete do mundo todo para dar palestra ;)

 

[15:21] <AnaMatte> obrigada a todos pela presença
[15:21] <AnaMatte> com certeza, ConradoMendes

 

[15:21] <@woodsonfc_> Parabéns! Temos que aperfeiçoar a captação da imagem

 

[15:21] <AnaMatte> depois de editarmos o material, vamos dispónibilizar a conferencia para voce na pagina

 

[15:21] <ConradoMendes> boa tarde a todos e ate mais!

 

[15:22] <AnaMatte> e quem perdeu alguma parte poderá assistir por completo
[15:22] <adelmaa_> É, foi mesmo maravilhoso!
[15:22] <AnaMatte> parabéns à equipe do STIS

 

[15:23] <adelmaa_> Obrigada a todos que fazem o STIS aonctecer a equipe, aos nossos palestrantes e aos nossos participantes.

 

[15:23] <@woodsonfc_> Parabéns a vc AnaMatte
[15:23] <adelmaa_> Voltaremos em fevereio com a agenda 2013 muito especial. Felizes festas a todos vocês!

 

[15:24] <AnaMatte> feliz 2013 a todos! LuizTatit: um grande abraço!
 
Como citar este texto:

TATIT, Luiz. Dosagens e ajustes tensivos na teoria semiótica. In: STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec. Ano II, 2012. Disponível em: <http://stis.textolivre.org/site/index.php/artigos/12-stis/registros-das-palestras-logs/42-log-tatit-2012>;. Acesso em: 27 fev. 2014.

 

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