STIS 2015

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Curso: STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Livro: STIS 2015
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Data: quarta, 12 mar 2025, 13:09

1. Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC 2015

Dados e registros das conferências e mesas do STIS 2015.

Para acessar cada uma, utilize o menu à sua direita.

Laboratório Semiotec - Texto Livre.org

2. Março: Tradução e Tradutor

cartaz STIS março 2015

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Vila Real e Patrícia Loreto

Conferência STIS MARÇO 2015

Dia 20 de março das 14 às 16:00, na Sala de Conferências do STIS

 

Discutindo a formação do tradutor e o perfil de competência tradutória no Brasil

Prof. Dr. José Luiz Vila Real Gonçalves (UFOP)

Resumo

Na área os Estudos da Tradução, já há quase duas décadas vem-se discutindo o conceito de Competência Tradutória, Competência em Tradução ou Competência do Tradutor (e.g. Schaffner; Adab, 2000; PACTE, 2003; Rothe-Neves, 2002; Pagano; Magalhães; Alves, 2005; Alves; Gonçalves, 2007) com a finalidade de se contribuir para os currículos e diretrizes dos cursos de tradução. Tendo em vista o atual estado da didática da tradução e o perfil dos cursos de formação de tradutores, podemos dizer que há alguns pontos de convergência – teóricos e didático-pedagógicos. No entanto, identificamos que em grande medida ainda há outros tantos fatores que são divergentes ou conflitantes, variando de acordo com as abordagens adotadas na definição dessa competência e na descrição de seu desenvolvimento. Tendo em vista o crescente interesse pela tradução – no ensino, na pesquisa e no campo profissional – com o aumento da produção acadêmico-científica, da oferta de cursos de graduação e pós-graduação em instituições públicas e privadas de ensino superior no Brasil e da crescente demanda por serviços especializados de tradução nas mais diversas áreas do mercado, é fundamental que se avaliem essas divergências teóricas e didático-pedagógicas na formação do tradutor a fim de se aprofundarem e se aperfeiçoarem seus preceitos e orientações curriculares. Assim, partindo da metodologia aplicada por Gonçalves e Machado (2006) e aprofundando alguns dos conceitos teóricos sobre a competência tradutória, discutirei os resultados de uma pesquisa realizada na UFOP sobre matrizes de cursos de tradução no Brasil, que coletou dados em dois momentos distintos (2009 e 2014) e, então, analisou a configuração dos currículos com base em conceitos e modelos teóricos relativos à composição da Competência Tradutória. Desse modo, busquei avaliar quais seriam os pontos de convergência e de divergência entre os preceitos teóricos e as orientações didático-pedagógicas no ensino de tradução, explícitas ou implícitas nas matrizes de instituições formadoras de tradutores. Os resultados apontam para uma mudança pouco significativa no perfil geral de formação do tradutor no Brasil nos últimos anos e, ainda, para a necessidade do aprofundamento do diálogo, cooperação e articulação entre os diversos agentes envolvidos com a tradução (tradutores, professores, pesquisadores, gestores), visando à consolidação de uma proposta que defina o conjunto mínimo de conhecimentos e competências para a formação desse profissional.

 

Tradução  Interpretação: o mercado

Tradutora e Interprete Patrícia Loreto

Resumo

Muitas vezes os alunos de universidades brasileiras concluem sua graduação na área de tradução sem a dimensão exata de como aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso ao mercado de trabalho. O objetivo desta breve palestra é trazer aos participantes aspectos práticos dos mercados de tradução e interpretação no Brasil. Apesar dos pessimistas, que insistem em prever o fim do ofício de traduzir devido à chegada de novas tecnologias na área, segundo um estudo feito pelo Common Sense Advisory (Kelly e DePaula, 2012), em 2012 a indústria da tradução movimentou aproximadamente 33.5 bilhões de dólares e parece não ser fortemente afetada por crises financeiras.  Apesar do crescimento sólido, é uma indústria fragmentada, o que trás grandes vantagens àqueles que pretendem nela ingressar, mas que, pelo mesmo motivo, pode ser bastante traiçoeira. Além disso, serão discutidas também as características da indústria de interpretação no Brasil e como se preparar para ingressar nesse mercado no qual os ganhos financeiros são altos, mas que é implacável com aqueles que não se preparam adequadamente antes de iniciar.

2.1. registro março

 Registro da Conferência em chat  escrito, de 20 de Março de 2015:

 

Discutindo a formação do tradutor e o perfil de competência tradutória no Brasil

conferencista: José Luiz Vila Real Gonçalves

Tradução  Interpretação: o mercado

conferencista: Tradutora e Interprete Patrícia Loreto

 

 

moderador: Equipe STIS

 

[14:00] <AnaMatte> ==================================================== iniciando!
[14:00] <AnaMatte> Prezados conferencistas convidados e participantes, boa tarde!
[14:01] <AnaMatte> Hoje temos a honra de iniciar os trabalhos do STIS do ano de 2015. Contamos com a presença de grandes pesquisadores e profissionais em nossa sala virtual, obrigada pela participação.
[14:01] <AnaMatte> Para iniciar nossos trabalhos é com prazer que anuncio os conferencistas convidados deste mês de março, o Prof. Dr José Luiz Vila Real e a profª tradutora e intérprete Patrícia Loreto.
[14:02] <AnaMatte> Antes de iniciar as conferências apresento a vocês os temas e os convidados deste ano no STIS.
[14:02] <AnaMatte> Em 17  DE ABRIL a profª Drª Ana Elisa Ribeiro fará sua conferência sobre o tema " As TICs na literatura".
[14:02] <AnaMatte> No dia 22 de maio contaremos com a honrosa  presença do prof  Leôncio Soares (FAE/UFMG) e o Prof Dr. Luciano Sérgio Ventin Bomfim (UFBA).
[14:02] <AnaMatte> No dia 21 de Junho teremos como nossos conferencistas a Profª Drª. Ana Cristina Fricke Matte (UFMG), coordenadora do Projeto Texto Livre e o   Profª  Dr Tel Amiel, professor do IEAL/UNICAMP
[14:02] <AnaMatte> (opa, sou eu rs)
[14:02] <AnaMatte> Em 21 de agosto  para trazer a discussão temas da área de Semiótica estarão presentes a nossa sala virtual de conferência o prof. Dr. Francisco Merçon (Semiótica) e o  Prof  Dr. Arnaldo Cortina (UNESP /Araraquara).
[14:03] <AnaMatte> com a participçaõ das Profª Drª Vanderlice Sol (IFMG) e da Profª Drª Hilda Helena (UFV) .
[14:03] <AnaMatte> No mês de setembro, dia 18,  a temática será o "O ensinos de inglês e as TICs"
[14:03] <AnaMatte> Internacionalizando nosso evento traremos dia 23 de outubro a Profª Drª Janelle Coleman (Lee University)  e a Profª Drª Célia Bianconi (Boston University) para nos relatar sua s experiências " Sobre a formação de professores de língua portuguesa como língua estrangeira nos Estados Unidos".
[14:03] <AnaMatte> Concluindo nosso ano de relevantes conferências contaremos com a conferência de encerramento do Prof Dr Jose Manuel Moran Costas.
[14:03] <AnaMatte> Estou contente! Teremos este ano uma agenda repleta de grande encontros com grandes mestres e todos são bem-vindos.
[14:04] <AnaMatte> Para dar início às atividades de hoje, vou apresentar brevemente nossos conferencistas, o Prof. Dr José Luiz Vila Real e a profª tradutora e intérprete Patrícia Loreto. Em seguida passo a palavra à moderadora Profª Drª Daniervelin Marques.
[14:04] <AnaMatte> prof José Luiz?
[14:04] <Zeluizvr> Ola
[14:04] <AnaMatte> oba! bem vindo!
[14:04] <Zeluizvr> Estou presente.
[14:04] <AnaMatte> O Prof. Dr José Luiz Vila Real Possui graduação em Letras - Bacharelado em Tradução pela Universidade Federal de Ouro Preto (1991), graduação em Letras - Licenciatura em Português/Inglês pela Universidade Federal de Ouro Preto (1992),
[14:04] <Zeluizvr> Obrigado
[14:05] <AnaMatte> mestrado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (1998) e doutorado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003). Concluiu seu estágio pós-doutoral pelo POSLIN-UFMG EM 2011 .
[14:05] <AnaMatte> Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Ouro Preto e foi coordenador do Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos da Linguagem de junho de 2013 até agosto de 2014.
[14:05] <AnaMatte> Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Ensino de Tradução, atuando principalmente nos seguintes temas: tradução, estudos da tradução, competência do tradutor, teoria da relevância e desempenho experto em tradução.
[14:05] <AnaMatte> Prof Patrícia?
[14:05] <patloreto> Presente
[14:05] <AnaMatte> patloreto: presente?
[14:05] <AnaMatte> sorriso
[14:05] <AnaMatte> bem vinda!
[14:06] <AnaMatte> A Tradutora e Interprete Patrícia Loreto possui o curso de Técnico em Informática pela  Escola Técnica federal de Ouro e Bacharelado em tradução
[14:06] <AnaMatte> pela Universidade Federal de Ouro Preto (2002). MBA em People managemnet pela fundação Dom Cabral ( 2005- 2006) e Curso de  Portuguese Simultaneous Interpretation pelo Monterey Institute of International Studies (2013 – 2013)
[14:06] <patloreto> Obrigada, Prof. Ana Cristina.
[14:06] <AnaMatte> Sua expeirência profiissional iniciou como Assistant Translator na  WordWise Inc. de August 2003 – March 2005 (1 year 8 months) e atualmente exerce sua função na Translator & Interpreter at Dialeto Traduções.
[14:06] <AnaMatte> Agora passo a palavra a nossa moderadora Profª Drª Danirervelien Marques que explicará o funcionamento deste evento online. Um ótimo evento
[14:07] <AnaMatte> ops, daniervelin sorriso
[14:07] <daniervelin> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
[14:07] <daniervelin> para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação das conferencistas (só por escrito, no chat)
[14:07] <daniervelin> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:07] <daniervelin> após as duas apresentações, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:07] <daniervelin> o código para os slides será indicado no início de cada apresentação
[14:07] <daniervelin> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[14:07] <daniervelin> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes
[14:08] <daniervelin> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:08] <daniervelin> José Luiz Vila Real Gonçalves, pode começar por favor. Obrigada por aceitar o convite do STIS!
[14:08] <Zeluizvr> Boa tarde a todos e todas. Gostaria em primeiro lugar de agradecer imensamente pelo convite para ministrar esta palestra virtual, especialmente à Adelma Araújo.
[14:08] <daniervelin> Código dos slides: real
[14:09] <Zeluizvr> Gostaria de saber se a apresentação está aparecendo para todos do lado direito?
[14:10] <daniervelin> está sim
[14:10] <Zeluizvr> Achei a proposta desse tipo de apresentação muito interessante e parabenizo aos que promovem esta iniciativa de divulgação do conhecimento científico na área da linguagem através da interação à distância, o que em muito facilita o contato entre pesquisadores hoje em dia. Faço votos de que vocês continuem tendo sucesso e contribuindo para a divulgação da ciência e para a formação de novos pesquisadores. Parabéns!
[14:10] <AnaMatte> precisa abrir: cada um escolhe o tipo de apresentação por slides e coloca o código real
[14:10] <AnaMatte> obrigada, Zeluizvr sorriso
[14:11] <Zeluizvr> A apresentação já está aparecendo para mim. Está ok para o público?
[14:11] <Zeluizvr> Agradeço também a oportunidade de poder apresentar a palestra nesta tarde junto com uma ex-aluna da UFOP, muito estimada e uma profissional da tradução e interpretação competentíssima e com uma experiência riquíssima a compartilhar conosco.  Tivemos o privilégio de tê-la apresentando para nós na UFOP no último dia 30 de setembro, na comemoração do Dia do Tradutor.
[14:12] <AnaMatte> está ok a apresentação
[14:12] <Zeluizvr> Gostaria de dizer que a minha apresentação será um tanto teórica, mas depois a Patrícia fará uma apresentação bem mais atraente e voltada para questões práticas.
[14:12] <Zeluizvr> Começando...
[14:12] <Zeluizvr> Este trabalho é o resultado do projeto de pesquisa intitulado “Cursos de tradução e competência tradutória”, que desenvolvi entre 2007 e 2009, na UFOP, juntamente com vários bolsistas de IC, a quem agradeço pelas importantes contribuições. No ano passado, repliquei a metodologia para obter e analisar dados referentes a 2014 e, assim, desenvolver uma comparação que pudesse indicar alguma tendência de mudança ou manuten
[14:13] <Zeluizvr> Para discutirmos sobre a natureza da tradução, é importante levantarmos as seguintes questões: •    Tradução como arte ou dom Em que medida a tradução é uma atividade que demanda a sensibilidade artística e alguns dons ou características inatas para a sua realização? Em que medida o tradutor já vem “preparado” para traduzir?
[14:14] <daniervelin> real
[14:14] <daniervelin> código dos slides: real
[14:14] <Zeluizvr> •    Tradução como oficio As habilidades do tradutor devem se desenvolver exclusivamente ou principalmente com o treinamento prático, através do exercício contínuo e do aprimoramento gradual através das avaliações e correções de um profissional mais experiente (um mestre do ofício)?
[14:15] <Zeluizvr> •    Tradução como ciência O tradutor profissional deve passar necessariamente por uma formação acadêmica, com foco nos aspectos teóricos?
[14:15] <Zeluizvr> Douglas Robinson (2003), pesquisador, tradutor e formador de tradutores defende, assim como nós, que esses três domínios – arte, ofício e ciência, que ele destaca respectivamente como processos abdutivos/intuitivos, indutivos e dedutivos – devem se articular para garantir o desenvolvimento da competência do tradutor (ou do tradutor experiente).
[14:16] <Zeluizvr> Partindo desse ponto de vista, entendemos que a competência do tradutor é bem mais complexa do que apenas o domínio das duas línguas com as quais trabalha. Portanto, seu desenvolvimento também deve envolver práticas e estratégias didático-pedagógicas complexas, que contemplem satisfatoriamente todos os conhecimentos, habilidades e competências envolvidas.
[14:17] <Zeluizvr> •    Desafios para a formação do tradutor: novas tecnologias, novas formas de interação, novas intuições O trabalho do tradutor atualmente, além de toda a complexidade habitual, envolvendo diversos conhecimentos e habilidades, exige ainda mais conhecimentos e habilidades na utilização de diversas ferramentas tecnológicas, sem as quais não é possível se inserir nesse mercado, cada dia mais especializado e competitivo. Entre
[14:18] <Zeluizvr> Entre elas, as ferramentas computacionais ou informáticas de auxílio à tradução humana, os chamados CAT Tools (computer-assisted translation tools), vêm se tornando uma exigência para aqueles que prestam serviços na área – os chamados programas de memória de tradução caracterizam-se como bancos de dados que vão sendo construídos pelo tradutor ao longo de suas tarefas e que agilizam progressivamente as tarefas subsequen
[14:18] <Zeluizvr> Além dos CAT Tools, é importantíssimo que o tradutor desenvolva habilidades interpessoais, a fim de poder interagir de forma bem-sucedida e produtiva com os clientes, revisores e demais agentes do mundo profissional da tradução.
[14:18] <Zeluizvr> A habilidade de encontrar informações novas para solucionar os problemas de tradução também é fundamental para o tradutor. Por isso, quanto mais facilidade e agilidade ele tiver para pesquisa (muitas vezes utilizando as ferramentas de busca informáticas), tanto maiores as chances de sucesso da tradução.
[14:19] <Zeluizvr> Vocês acham que o ritmo de apresentação do texto está ok, rápido ou devagar?
[14:20] <Zeluizvr> 3.    Justificativa Ainda existe pouco diálogo entre os estudos teóricos sobre competência tradutória e as aplicações à didática da tradução. E o que se observa, conforme observamos na citação de Gonçalves e Machado (2006), é de que há pouco consenso e convergência em relação às propostas de formação do tradutor. Portanto, esse trabalho de pesquisa buscou contemplar essa lacuna, discutindo os fundamentos teóricos de
[14:20] <Zeluizvr> para os seus componentes, e avaliando a sua distribuição nos currículos de tradução do Brasil.
[14:20] <Zeluizvr> Será que isso mudou ou as indefinições e imprecisões sobre a formação do tradutor ainda persistem?
[14:21] <Zeluizvr> Será que os currículos já têm parâmetros e diretrizes solidamente fundamentadas nos trabalhos científicos da área e, como em áreas como o ensino de línguas, já apresentam resultados consistentes na formação de tradutores?
[14:21] <Zeluizvr> A pesquisa em foco teve os objetivos que apresento no slide ao lado:
[14:23] <Zeluizvr> 5.    Passos metodológicos Esta pesquisa se desenvolveu em duas frentes principais:
[14:23] <Zeluizvr> (a)    Uma teórica, em que foram discutidos e aprofundados conceitos sobre competência e competência tradutória, a partir de leituras e discussões promovidas pelo Grupo de Estudos sobre Competência Tradutória, que atuou na UFOP entre 2004 e 2009, tendo permitido que chegássemos às formulações sobre os componentes dessa competência, como detalharei nos resultados;
[14:24] <Zeluizvr> (b)    Uma empírica, através do levantamento, catalogação e análise de matrizes curriculares de cursos de tradução no Brasil através de informações disponíveis na internet (dados coletados nos anos de 2009 e 2014). Cada disciplina encontrada nas matrizes foi associada a uma ou duas subcompetências. Em seguida, calculou-se o percentual de carga horária relativo a cada subcompetência e então procedeu-se às análises e discu
[14:24] <Zeluizvr> 6.    Questões sobre competência tradutória
[14:25] <Zeluizvr> No que concerne às nossas questões teóricas, é fundamental investigarmos o conceito de competência, no sentido geral, e da competência tradutória, mais especificamente, a fim de entendermos como ela se constitui e se desenvolve e, portanto, como o tradutor se torna um profissional experiente/competente.
[14:25] <Zeluizvr> Assim, dependendo da concepção, a competência pode ser entendida como uma habilidade (um saber fazer ou conhecimento procedimental), que tem características que a associam principalmente com uma prática, que se desenvolve fazendo; ou, então, pode ser tratada como um conjunto de conhecimentos explícitos (declarativos), que devem ser internalizados.
[14:25] <Zeluizvr> 7.    Repensando o conceito de competência
[14:26] <Zeluizvr> Para a concepção modularista, a mais ortodoxa e calcada principalmente em propostas como as de Fodor (1983) e Chomsky (1980), por exemplo, a noção de competência deriva de uma pré-configuração filogenética, tendo, pois, caráter inato e sendo requisito necessário para a manifestação do desempenho – a ativação de certos módulos cognitivos resultará numa determinada competência, que é entendida como uma faculdade da
[14:26] <Zeluizvr> A competência linguística, especialmente, é idealizada nessa perspectiva. Assim, a competência é vista como essencialmente cognitiva e inata.
[14:27] <Zeluizvr> Em outra abordagem, com foco nos estudos sobre competência em tradução, Rothe-Neves (2007) defende que competência é o resultado do desempenho, deslocando, assim, a definição para o campo do comportamento socialmente regulado, tendo em vista que a caracterização de um comportamento ou uma produção competente não se vincula a uma configuração cognitiva a priori, mas depende de sua definição e regulação no contexto soc
[14:27] <Zeluizvr> sofrendo ajustes e modificações ao longo do tempo.
[14:28] <Zeluizvr> Por fim, adoto, junto com Alves e Gonçalves (2007), uma concepção complexa para esse conceito, que leva em conta uma articulação sistêmica e indissociável entre os domínios cognitivo (especialmente de base conexionista) e sociocultural na constituição e desenvolvimento de uma competência.
[14:28] <Zeluizvr> 8.    Uma proposta de hierarquização para os constituintes das competências
[14:29] <Zeluizvr> Portanto, proponho que competência se constitui como um processo de articulação e busca de sinergia e congruência entre os domínios sociocultural e cognitivo.
[14:29] <Zeluizvr> No primeiro, manifestam-se as interações entre os indivíduos e também entre esses e o os vários elementos do meio. A partir desses insumos socioculturais, através dos sistemas sensório-motores, é que os sistemas cognitivos se organizarão de forma progressiva, adaptando-se, readaptando-se e respondendo a tais insumos.
[14:29] <Zeluizvr> No domínio cognitivo, propus que competências se articulam como sistemas complexos (Gonçalves, 2008), que denominei de capacidades:
[14:30] <Zeluizvr> As capacidades, portanto, são sistemas que envolvem diversos níveis de complexidade processual – dos níveis mais automáticos e inconscientes até os metaconscientes. Assim, uma capacidade se constitui de:
[14:30] <Zeluizvr> - Habilidades – são denominadas como “conhecimentos” procedimentais, isto é, caracterizam-se por saber realizar alguma tarefa; em geral envolve mais automatismos e menos decisões conscientes;
[14:30] <Zeluizvr> - Conhecimentos – geralmente denominados como conhecimentos declarativos na psicologia cognitiva e nos estudos do desenvolvimento, referem-se ao saber explícito, conceitual, consciente, e envolve todo o nosso conjunto de conhecimentos de mundo;
[14:30] <Zeluizvr> - Metaconhecimentos – incluem todo tipo de “saber explicativo”, metacognitivo, teórico e metateórico, que normalmente demandam um nível de consciência mais alto.
[14:30] <Zeluizvr> 9.    Definindo competência como sistema interativo complexo
[14:31] <Zeluizvr> Assim, apresentei a seguinte proposta para definir competência:
[14:31] <Zeluizvr> [no slide]
[14:32] <Zeluizvr> 10.    Alguns modelos relativos aos processos de tradução e à competência do tradutor
[14:32] <Zeluizvr> O modelo do Grupo PACTE (da Universidade Autônoma de Barcelona) tem sido bastante aplicado em diversos estudos sobre competência tradutória e também a algumas propostas de implementação didática na formação de tradutores.
[14:32] <Zeluizvr> A proposta integra domínios cognitivos complexos, denominados como sub-competências, tendo como elemento central e articulador a subcompetência estratégica, que tem a característica principal de atuar como um conhecimento operativo (procedimental), ou seja, predominantemente, uma habilidade. Portanto, para esse Grupo de pesquisa, a competência do tradutor caracteriza-se, principalmente, como um saber fazer, em que os níveis mai
[14:33] <Zeluizvr> de forma secundária.
[14:33] <Zeluizvr> 11.    A competência do tradutor
[14:33] <Zeluizvr> Alves e Gonçalves (2007) propuseram um modelo de competência baseado na articulação dos diferentes níveis de processamento cognitivo e da interface com o domínio sociocultural.
[14:34] <Zeluizvr> Nesse slide, é apresentado o tradutor “banda-restrita” ou ainda sem experiência.
[14:34] <Zeluizvr> Basicamente, o diagrama apresenta uma circunferência externa, representando o nível das interações socioculturais, em interface com a cognição, que começa com os níveis mais externos representando os sistemas sensório-motores, e, à medida que se aproximam do centro, os processos vão se tornando mais conscientes e complexos, até atingir a metacognição.
[14:34] <Zeluizvr> No caso do tradutor inexperiente, as subcompetências aparecem ainda pouco desenvolvidas e com pequena interseção entre si – o que indica que a competência não alcançou um nível de desenvolvimento e sinergia necessários para o exercício profissional.
[14:34] <Zeluizvr> É importante destacar, nesse modelo, a centralidade da chamada subcompetência pragmática e estratégica, que se refere ao retângulo central, responsável pelos processos inferenciais e pela solução de problemas. À medida que essa subcompetência esteja pouco desenvolvida, ainda restrita à uma região “inferencial” mais superficial, o nível e a qualidade das soluções para os problemas da tradução tenderão a alcançar
[14:35] <Zeluizvr> 12.    A competência do tradutor (o tradutor banda-larga)
[14:35] <Zeluizvr> Já nessa segunda representação, observa-se que os componentes da competência estão desenvolvidos e também devidamente articulados.
[14:35] <Zeluizvr> Nesse caso, a subcompetência pragmática e estratégica amplia-se por diversos níveis de processamento cognitivo (dos mais automáticos, ao receber os insumos linguísticos, aos mais complexos e metarreflexivos, na solução de problemas mais difíceis).
[14:36] <Zeluizvr> Aqui, podemos entender que as categorias de processamento cognitivo se distribuem ao longo de diversos níveis, mais ou menos conscientes. No caso da capacidade pragmática e estratégica, verifica-se que, para o sucesso e adequação da tradução, é necessário transitar entre esses níveis, dependendo do problema em questão.
[14:36] <Zeluizvr> 13.    Componentes da competência tradutória, levantados a partir das discussões teóricas do Grupo de Pesquisa em Competência Tradutória da UFOP
[14:36] <Zeluizvr> Após debater sobre o conceito de competência, partimos para a definição de categorias mais detalhadas sobre os constituintes da competência tradutória, ou seja, tudo aquilo que o profissional deve conhecer e dominar para que seja bem-sucedido na sua função.
[14:37] <Zeluizvr> Depois de diversas reformulações, chegamos às categorias listadas no slide ao lado.
[14:38] <Zeluizvr> Não teremos tempo de descrever cada uma delas, então passarei para os resultados das observações dos cursos.
[14:38] <Zeluizvr> Nesse slide, temos os resultados de 2009.
[14:39] <Zeluizvr> E no seguinte, de 2014.
[14:39] <Zeluizvr> Colocando-os juntos para visualizarmos melhor...
[14:39] <Zeluizvr> Algumas reflexões sobre os resultados:
[14:39] <Zeluizvr>     Os resultados, em vista do limitado universo de instituições e dispersão de algumas variáveis, não tem significância estatística, representando, muito mais, tendências gerais, para iniciarmos uma reflexão sobre o quadro.
[14:40] <Zeluizvr>     Observaram-se mudanças pequenas no perfil das matrizes entre 2009 e 2014, mas que apontam para um avanço nas propostas curriculares para a tradução.
[14:40] <Zeluizvr>     Ainda ocorre a supervalorização do ensino de línguas, uma vez que a capacidade linguística e metalinguística nas línguas de trabalho [componente número (2): apresentou 32% em 2009 e 27,2% em 2014].
[14:40] <Zeluizvr>     A redução indica mais espaço para outras subcompetências relevantes, mas ainda a ênfase para esse componente da formação é muito grande. Assim, por que dedicar um percentual tão grande para ensino de línguas e conhecimentos metalinguísticos na formação do tradutor?
[14:40] <Zeluizvr>     Avalio que há uma subvalorização da capacidade pragmática/estratégica, tendo em vista o seu papel central na articulação das outras subcompetências [componente (1): 15,2% e 14,8%].
[14:41] <Zeluizvr>     Não deveríamos aumentar a carga horária de atividades práticas e profissionalizantes?
[14:41] <Zeluizvr>     Ainda parece haver uma carga horária relativamente pequena dedicada às habilidades relacionadas ao uso de tecnologias aplicadas à tradução , mas com significativa ampliação em 2014 [componente (7): 1,45% x 3,3% ]
[14:41] <Zeluizvr>     Em que medida seria necessário ampliar a qualificação nessa área?
[14:41] <Zeluizvr>     Estaria havendo subvalorização dos conhecimentos teóricos [componente (6): 4,01% e 4,5%]?
[14:41] <Zeluizvr>     Mais espaço para outras subcompetências? Quanto? Como distribuir melhor?
[14:42] <Zeluizvr>     Como promover de forma mais efetiva a articulação (e sinergia) entre ensino teórico e prático?
[14:42] <Zeluizvr> 17.    Considerações e sugestões para a didática da tradução
[14:42] <Zeluizvr> Para finalizar, algumas considerações (provisórias) para que aprofundemos as questões sobre a competência do tradutor e a sua aplicação à didática da tradução.
[14:42] <Zeluizvr>     Necessidade de se buscar maior autonomia para os currículos de tradução em relação aos de licenciaturas de línguas;
[14:42] <Zeluizvr>     Redução da ênfase na formação inicial em línguas e literaturas em favor de uma formação avançada e, também, de maior investimento na utilização de ferramentas tecnológicas de auxílio ao tradutor;
[14:43] <Zeluizvr>     Mais ênfase em atividades de estágios supervisionados;
[14:43] <Zeluizvr>     Maior aprofundamento teórico;
[14:43] <Zeluizvr>     Necessidade de se ampliarem os fóruns de discussão sobre o tema;
[14:43] <Zeluizvr>     Etc...
[14:44] <Zeluizvr> Obrigado!
[14:44] <daniervelin> Obrigada prof. José Luiz Vila Real Gonçalves! Convidamos agora Patrícia Loreto para dar prosseguimento às apresentações de hoje
[14:44] <daniervelin> patloreto?
[14:45] <patloreto> oi, desculpa. Esqueci de rolar a barra.
[14:45] <patloreto> Boa tarde a todos. Primeiramente gostaria de agradecer pelo convite da Prof. Dra. Adelma Araújo para estar aqui hoje com vocês. Agradeço também a todas as pessoas que estiveram envolvidas na organização e realização deste evento virtual.
[14:46] <patloreto> Para mim é uma grande responsabilidade estar em um ambiente acadêmico depois de tanto tempo. A responsabilidade fica maior ainda quando compartilho esse espaço do o Prof. Dr. JL Vila Real. Como você percebem durante a apresentação feita pela Prof. Dra. AnaMatte, depois da graduação, acabei não tomando o caminho acadêmico.  Espero poder compartilhar um pouco dessa experiência de mercado que fui  adquirindo desde 2003.
[14:46] <patloreto> Prod @daniervelin, qual é o código para os slides?
[14:48] <daniervelin> Código: loreto
[14:48] <patloreto> ok, já tenho acesso aos slides. Posso continuar?
[14:49] <daniervelin> sim
[14:49] <patloreto> @daniervelin?
[14:49] <daniervelin> tudo ok, patloreto
[14:49] <daniervelin> pode continuar
[14:49] <patloreto> ok
[14:50] <patloreto> Pessoal, os slides estão numerados e vou referenciar esses números aqui no chat, tá.
[14:50] <patloreto> Slide 1: O Mercado global de tradução é bastante fragmentado e a inserção de novos profissionais pode ser dar de diversas maneiras. Por outro lado, o mercado de interpretação no Brasil tem especificidades que variam de cidade para cidade, isto é, o mercado de BH é diferente do de SP, que, por sua vez é diferente do mercado do Rio, e por aí vai. Nessa apresentação de hoje, vou tentar mostrar a vocês como funciona isso.
[14:51] <patloreto> Slide 2: Como podem ver, a formação de um tradutor/ intérprete é ampla. Atenção para a palavra “ampla”. Acredito que esses profissionais precisam conhecer profundamente as técnicas de tradução e interpretação. São elas que vão te ajudar a resolver situações complicadas em cabine, por exemplo. Entretanto, principalmente o tradutor em início de carreira, vai precisar ser um generalista e aceitar os trabalhos que apa
[14:51] <patloreto> (Cont. Slide 2) Slide 2: Como podem ver, a formação de um tradutor/ intérprete é ampla. Atenção para a palavra “ampla”. Acredito que esses profissionais precisam conhecer profundamente as técnicas de tradução e interpretação. São elas que vão te ajudar a resolver situações complicadas em cabine, por exemplo. Entretanto, principalmente o tradutor em início de carreira, vai precisar ser um generalista e aceitar os t
[14:53] <daniervelin> patloreto, cole trechos menores, por favor
[14:53] <patloreto> (cont. slide 2) Depois de algum tempo, naturalmente os assuntos vão se afunilando e você vai encontrando seu nicho. Por outro lado, intérpretes serão eternos generalistas. Normalmente diz-se que intérpretes conseguem conversar sobre tudo com especialistas de diversas áreas...... durante 10 minutos. O importante nesse slide é lembrar-se que toda formação é formação e, nessa área, tudo poderá ser usado no futuro
[14:53] <patloreto> ok
[14:53] <daniervelin> pois o chat corta os trechos longos
[14:53] <patloreto> Acumule informações, sem preconceitos. Principalmente na área de interpretação, você tem grandes chances de usar seu conhecimento de mundo quando menos esperar
[14:54] <patloreto> Por exemplo, estudei fotografia como hobby, mas hoje interpreto vários eventos de fotografia no Brasil todo.
[14:55] <patloreto> Slide 3: Um pouco da minha experiência profissional.  É bastante difusa, mas cada um desses cursos tem um motivo de ser, que remete à minha prática de mercado.
[14:55] <patloreto> Slide 4: Só para mantermos a distinção em mente: tudo que for oral é interpretação e o que for escrito é tradução.
[14:56] <patloreto> Slide 5: Perfil do Tradutor:  bom, se você está a procura de uma carreira estável, como salário depositado no quinto dia útil de cada vez, acho melhor pensar duas vezes antes de se tornar tradutor/intérprete.
[14:56] <patloreto> Slide 6: No Brasil, é comum tradutores também fazerem versões de seu idioma B, mas no restante do mundo isso não é muito comum, geralmente o tradutor só traduz para o seu idioma A (ou idiomas A).
[14:57] <patloreto> Localização é bastante usada na área de TI. Localização linguística ou cultural é muito usada em jogos de vídeo game, onde é feita a tradução da língua e das referências culturais mantendo a experiência de se jogar, mas tornando o jogo mais atrativo para o local alvo.
[14:58] <patloreto> slide 6 - cont.: TPIC: tradutor público e intérprete comercial (por concurso via Junta Comercial de cada estado. Os concurso ocorrem mais ou menos de 20 em 20 anos, ou mais)
[14:59] <patloreto> slide 6 - cont.: Post-editing e pre-editing: bastante usados para ajustes em “machine translation” (MT). Sim, machine translation já é uma realidade e post e pre-editing está aí pra não me deixar mentir (eu ainda me recuso...)
[14:59] <patloreto> Slide 7 – CAT Tools: não tem como estar no mercado profissional de tradução sem usar um CAT Tool hoje em dia (salvo o mercado literário). Se você optar trabalhar para agências, muitas vezes elas imporão qual que ferramenta querem você use.
[15:00] <patloreto> O SDL Trados é o mais solicitado por agências, e isso ocorre pelo simples fato do Trados trabalhar muito bem seu marketing. O Worldfast é uma CAT mais em conta, com desconto para latino americanos.
[15:00] <patloreto> slide 7 - cont.:  Sua versão trial tem todas as funções da versão paga, a única diferença é que o trial limita o tamanho da memória de tradução. O Omega T é um freeware e funciona tanto com PC quanto com MAC.
[15:01] <patloreto> Para iniciar, sugiro o Omega T. É bom e barato. Simples assim.
[15:01] <patloreto> slide 7 - cont.: Machine translation é diferente de CAT Tools AS CAT Tools criam uma memória baseada em tudo que você já traduziu
[15:02] <patloreto> Slide 8: vários contratantes. Se for trabalhar com agências fora do Brasil, sugiro que aprenda logo os melindres de transações financeiras internacionais. Depois que aprender isso, tudo fica mais tranquilo.
[15:02] <patloreto> slide 8 - cont.:  O PROZ tem um “blue board” [que é uma espécie de lista negra das agências enroladas e caloteiras. Vale a pena pagar a assinatura se você pretende trabalhar para agências. Particularmente não uso, porque trabalho com clientes diretos, mas quem trabalha com agência acha essencial.
[15:03] <patloreto> Slide 9: há várias outras instituições voltadas para prática tradutória e para pesquisa. Pesquisar no site da Abrates é uma boa opção.
[15:03] <patloreto> Slide 10: Perfil do intérprete: discreto, curioso, generalista.
[15:04] <patloreto> Slide 11: há uma confusão entre interpretação consecutiva e intermitente. Se o intérprete não está tomando notas, é intermitente. Na consecutiva, o palestrante fala entre 4 e 10 min, enquanto o intérprete toma notas e depois reproduz o discurso no idioma alvo.
[15:04] <patloreto> Slide 12: OPI (over the phone interpreting), muito usado nos EUA onde a legislação estabelece que falantes não nativos de inglês têm direito a um intérprete (pago pelo estado). O mesmo ocorre em tribunais e hospitais.
[15:04] <patloreto> Slide 13: foto ilustrativa, só para dar um ideia a vocês mesmo. Pode ser maior ou menor que essa.
[15:05] <patloreto> Slide 14: a cabine é pequena, raramente está bem localizada e é revestida de carpete para melhorar o isolamento acústico. Então, não há glamour nenhum, para frustação de muitos.
[15:05] <patloreto> Slide 15:  CI, ou central de intérpretes. É o equipamento necessário para a interpretação simultânea. Fica na cabine. Há outros modelos.
[15:06] <patloreto> Slide 16: O mercado de interpretação é relativamente pequeno, funciona quase 100% por indicação e não costuma dar segundas chances. Portanto, é importante estudar e PRATICAR muito antes de entrar. (e.g. eu me gravo todos os dias até hoje e vivo encontrando mil coisas a melhorar).
[15:06] <patloreto> Slide 17: essas são escolas/ cursos focados em prática de consecutiva e cabine. Há vários outros, mas listei os principais com cabine de português A.
[15:06] <patloreto> Slide 18: é importante se associar às associações de classe. Dão credibilidade e fortalecem a profissão. Muitas delas têm testes de credenciamento, que são uma espécie de selo de qualidade para o tradutor/intérprete credenciado.
[15:06] <patloreto> Slide 19: Depende de você. Conheço tradutores que trabalham por dois centavos e real por palavra, mas também conheço outros que cobrar 40 centavos de euro por palavra. Eu, particularmente, estou por volta dos 30 centavos de real. Como podem ver, a diferença é enorme e cabe a você resolver em que mercado quer estar.
[15:08] <patloreto> u, particularmente, resolvi me inserir no mercado de boas remunerações, mas, por isso, já deixei de aceitar um trabalho de 30 mil reais porque o valor correto dele, de acordo com os meus padrões, seria 45 mil reais. Doi "perder" 30 mil, mas é tudo uma questão de postura. O cliente não vai colocar preço no meu trabalho. Ah, não vai mesmo.
[15:09] <patloreto> Slide 20: Eu, particularmente, não levanto da cama para um trabalho mal pago.
[15:09] <patloreto> E, para concluir... (slide 20)
[15:10] <patloreto> slides 20 2 21
[15:10] <patloreto> É claro que no começo de carreira, há de se pegar o que aparece, mas estabeleça uma meta, por exemplo: “vou trabalhar um ano para essa agência, rechear meu currículo e depois não trabalho mais por pouco”.
[15:10] <patloreto> Bom, era isso, pessoal. Muito obrigada pela atenção.
[15:10] <daniervelin> Muito obrigada, Profa. Patrícia Loreto!
[15:11] <daniervelin> Informo que a sala está aberta para a discussão em torno das conferências
[15:11] <koll> Parabéns Patrícia
[15:11] <Adriana__> Excelente palestra Patrícia! Gostei da sua forma direta de se expressar!
[15:11] <jose__> Muito boa palestra
[15:12] <AdrianaK> Eu tenho uma pergunta para o prof. Real, pode ser?
[15:12] <Zeluizvr> Com prazer
[15:12] <patloreto> Obrigada, Adriana.
[15:12] <Debora_> Parabéns a ambos!
[15:12] <Zeluizvr> Só não vale pergunta difícil.
[15:12] <Zeluizvr> rsrsrsr
[15:12] <joseano> Tenho uma pergunta ?
[15:12] <Zeluizvr> Obrigado
[15:12] <AnaMatte> parabéns, Zeluizvr e patloreto adorei
[15:13] <Zeluizvr> Obrigado pela oportunidade.
[15:13] <Adriana__> Será que teremos acessos aos slides posteriormente?
[15:13] <AdrianaK> Bem, prof. Em relação ao ensino de línguas nas graduações de tradução em detrimento de estratégias mais pragmáticas, por exemplo, isso não poderia ocorrer concomitantemente, por exemplo, o ensino de inglês já vir com as questões pragmáticas da línguas, já que uma não exclui a outra?
[15:13] <patloreto> Obrigada AnaMatte, Adelma, @daniervelin e Cia.
[15:14] <JoseEdnilsonUFSC> Interessante ambas as palestras. Prof. José Luiz onde podemos encontrar tua pesquisa publicada?
[15:14] <Zeluizvr> Olá Adriana
[15:14] <Zeluizvr> Hoje defende-se muito que o ensino de língua para tradutores seja direcionado
[15:15] <Zeluizvr> E também que o graduando já venha com um nível intermediário
[15:15] <Zeluizvr> O que por muitos é considerado fator de exclusão.
[15:15] <Zeluizvr> É um longo debate
[15:16] <joseano> Professora vejo esse tipo de assunto muito escondido. As universidades dentro da sua grade curricular abrange o tema bem superficial. Dentro dos orgãos de direito humano ja tem representatividade na area de traduções e interpretes ?
[15:16] <Grahamhill> PODERIA PERGUNTAR ?
[15:16] <AdrianaK> sim, obrigada prof.
[15:17] <Maria_> Parabéns, esclarecedor a maneiro como abordou os temas.
[15:17] <patloreto> Joaseno, se entendi bem sua pergunta, você quer saber se há vagas de trabalho para tradutores e intérpretes nos organismos internacionais?
[15:18] <Grahamhill> GOSTARIA DE FAZER UMA PERGUNTA QUANDO ESTIVESSE LIVRE
[15:19] <joseano> Isso mesmo.
[15:19] <patloreto> bom, Joseano, se é essa a sua pergunta, o que posso te dizer é que sim. Entretanto, as vagas de trabalho disponíveis para Português A não são tantas assim.
[15:19] <Davi_Tils_UFJF> Professor José Luiz, a sua pesquisa está disponível, em meio eletrônico, em algum lugar?
[15:19] <Zeluizvr> Sim, Davi
[15:20] <Germana> onde?
[15:20] <Zeluizvr> Tenho uma publicação de 2008
[15:20] <Zeluizvr> que está nas referencias
[15:20] <Zeluizvr> e tenho uma no prelo com esses resultados
[15:20] <patloreto> Joseano, Português A (língua materna). Mas as vagas existem. Tenho um amigo que por anos trabalho u como tradutor para o FMI, por exemplo.
[15:20] <Zeluizvr> serão publicados na revista graphos da UFPB
[15:21] <Zeluizvr> Vou passar as referências
[15:21] <slvromeiro> José Luiz, das instituições que você pesquisou o curriculo, tinha alguma com formação em tradução de línguas de sinais?
[15:21] <Breno_Belem> Gostaria de levantar uma discussão entre as duas palestras (se for possível) que foram excelentes.  Sou professor de um curso de licenciatura em língua inglesa e há uma problemática existente em cursos de licenciatura que é acreditar que também somos tradutores e desvalorizam o trabalho achando que a tradução é um trabalho "de favor".  Há um preconceito por parte desses "clientes".
[15:21] <Davi_Tils_UFJF> Ok! Muito obrigado, professor
[15:21] <Breno_Belem> Outra coisa, quando estabeleço o preço do meu trabalho por traduzir algum tipo de texto, mesmo não sendo formado em tradução, cobro um preço elevado, pois sei o trabalho que dá para traduzir. Fiquei feliz em saber o valor que está sendo cobrado pelo trabalho de tradução e não tenho mais sido solicitado para traduzir trabalhos por conta do preço que cobro.
[15:21] <Breno_Belem> Além disso, o que percebo bastante é o uso demasiado do google tradutor como ferramenta de tradução para os textos escritos, quando necessitamos que os alunos desenvolvam a habilidade de produção escrita ao longo do curso e eles acabam forjando suas produções.  Gostaria de saber se vocês também enfrentam a mesma problemática, quando alguém pede pra traduzir ou revisar um texto já
[15:21] <Germana> tb gostaria de ter acesso a pesquisa, tem o endereço eletrônico?
[15:21] <Breno_Belem> "traduzido"?
[15:21] <Zeluizvr> Na UFSC sim, mas na verdade, não incluímos a Libras
[15:21] <AdrianaK> patloreto, os concursos de trad. kuramentado não estão mais frequentes hoje?
[15:22] <JoseEdnilsonUFSC> Gostaria de registrar que assim como eu, nesta sala hoje, há alguns intérpretes de língua brasileira de sinais.
[15:22] <Zeluizvr> Sim, vou passar para vocês.
[15:22] <Zeluizvr> Gonçalves, J. L.  Rediscutindo o conceito de competência de uma perspectiva Relevantista. In J. Campos; F. J. Rauen (Orgs.). Tópicos em Teoria da Relevância. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. p. 122-142.
[15:23] <Zeluizvr> Está disponivel online
[15:23] <joseano> Existe o direito constitucional em defesa da profissão ? Exemplo sindicado que defende a profissão ?
[15:23] <Zeluizvr> A Libras vem aumentando e a UFSC hoje é a principal referência.
[15:23] <Grahamhill> aqui tem alguem mediador ?
[15:23] <AdrianaK> juramentado*
[15:24] <patloreto> Adriana, TPIC é um cargo vitalício. Pode parecer mais frequente pq vários estados estão fazendo, mas já não faziam já anos. São bem espaçados mesmo.
[15:24] <Debora_> Prof José Luiz, acredito que as empresas Júnior da universidades poderiam ser de grande ajuda para viabilizar os estágios supervisionados; além de poderem funcionar como laboratório para o uso das CATs, já que o tempo para a apresentação de tais ferramentas na grade curricular é reduzido
[15:24] <Zeluizvr> Concordo totalmente, Débora
[15:24] <AdrianaK> ok, patloreto
[15:24] <slvromeiro> Pois é Zé Luiz, mas nos seminários de tradução, as pesquisas sobre trad e interp em línguas de sinais quase não aparecem
[15:25] <slvromeiro> triste
[15:25] <Zeluizvr> Na ufop essa iniciativa está começando a funcionar com muito exito
[15:25] <Zeluizvr> Slvromeiro, mas isso agora TEM QUE mudar, por força de lei.
[15:25] <slvromeiro> pois é...
[15:25] <Zeluizvr> Se não somos inclusivos por bem, vai a força
[15:25] <patloreto> Houve uma pergunta sobre o Google Translator. A verdade é que a tecnologia está ai, melhorando a cada dia, e ignorar isso é quase um suic[ídio profissional. O que eu digo é que dependendo do par de idiomas, o GT já é melhor que muito tradutor ruim por ai.
[15:26] <slvromeiro> Patrícia Loreto, com relação ao trabalho do intérprete, sabemos que assim como o de línguas orais, os de sinais também trabalham em dupla...
[15:26] <Guest65310> Prof. Dr. José Luiz. Falta uma formação acadêmica para o profissional tradutor/intérprete de Libras no Brasil?
[15:26] <Grahamhill> Os estudos a lingua de sinais sao muito pequenos, as pessoas usam sempre os mesmos assuntos, mudando apenas seus temas ou entao trazem assuntos dos estados unidos que nao estao de acordo com a realidade brasileira, ja que nao foram estudos e pesquisas feitas aqui
[15:26] <JoseEdnilsonUFSC> Prof. José Luis, se me permite uma pergunta: você identificou em algum currículo a presença de PCC (Prática como componente curricular) nas disciplinas dos cursos da amostra, além dos estágios?
[15:26] <AdrianaK> minha tese é sobre estratégias de leitura com o uso do Google e ele já é possível de gerar traduções passíveis de compreensão
[15:27] <slvromeiro> você conhece alguma legislação que ampare esta dinâmica?
[15:27] <Zeluizvr> Guest65... , eu diria que hoje o interprete de Libras tem mais formação acadêmica que as outras modalidades.
[15:27] <patloreto> Slvromeiro, em junho haverá o congresso da Abrates em SP. Haverá uma sala exclusiva para LIBRAS. Ano passado, foram duas palestras sobre LIBRAS e esse ano já terão uma sala dedicada à esse par.
[15:27] <slvromeiro> tanto na língua oral quanto na de sinais?
[15:27] <koll> infelizmente  a Língua de Sinais tem ficado "esuecida" sim há  vários tradutores Intérpretes  de LIBRAS ACOMPANHANDO
[15:27] <Breno_Belem> Obrigado pela resposta patloreto! sorriso
[15:28] <Zeluizvr> Não entendi o PCC
[15:28] <Zeluizvr> AH ok
[15:28] <Zeluizvr> Na verdade, não consideramos a distinção entre teoria e prática, pois foi um dado que não aparecia nas matrizes.
[15:29] <Zeluizvr> É um aspecto importante para aprofundar as análises
[15:29] <Zeluizvr> Desculpem o mal jeito com a interação
[15:29] <joseano> Professora tenho outra pergunta. Existe o direito constitucional em defesa da profissão ? Exemplo sindicado que defende a profissão ?
[15:29] <Zeluizvr> mas estou achando tudo muito rápido
[15:29] <slvromeiro> Patrícia, conseguiu acompanhar minha pergunta: sobre o trabalho em dupla de intérpretes e se há algum amaparo legal para essa forma de trabalho?
[15:31] <Debora_> Patrícia, quando se traduz para empresas elas necessitam de notas fiscais. Quando você começou a traduzir, você já optou pela formalização junto a órgãos responsáveis ou trabalhou como freelancer por muito tempo?
[15:31] <patloreto> Joseano, as profissões de tradutor e intérprete não são regulamentadas. Isto é, amanhã o Zé da esquina pode acordar e virar tradutor/intperprete. Mas há o SINTRA (Sindicato dos Tradutores) que defende bravamente a classes, apesar dos poucos recurso. Recentemente foi criado o CONATI (acho que é isso mesmo), que é um comitê que visa lutar pela melhoria nas práticas de mercado.
[15:34] <patloreto> slvromeiro. Sim, não se faz simultânea sozinho por mais de uma hora e consecutiva, se passar de 1h30min tb deve ser em dupla. A jornada (diária) de um par de intérpretes é de 6 horas, e depois disso são cobradas horas-extras. Dê uma olhada no site do SINTRA (preços praticados). Os valores de interpretação funcionam bem lá. (os de tradução são meio questionados).
[15:34] <joseano> Obr por esta respondida as minhas perguntas e agradece a organização do evento, principalmente os palestrantes que foram otimas.
[15:35] <patloreto> Abri minha empresa logo que comecei, pq nunca quis trabalhar para agências e lido bem com a burocracia.
[15:36] <patloreto> Mas, Debora, conheço tradutores super experientes que optaram não ter empresa. Mas pra trabalhar com cliente direto, tem que abrir.
[15:36] <slvromeiro> Ok Patrícia, mas existe um amparo legal para essa forma de trabalho? Pergunto isso, pq é mto comum, no caso dos intérpretes de sinais, ao explicarmos que as interpretações são feitas em duplas, normalmente o contrante ou a instituição para qual o intérprete trabalhará, pede alguma legislação para justificar isso...
[15:37] <joseano> Gostaria de ter estas apresentações para assim ser multiplicador em defesa da profissão. o que devo fazer ?
[15:38] <patloreto> Não sei como funciona para LIBRAS, mas acredito que seja o mesmo. como a profissão não é regulamentada, não há legislação sobre o assunto, mas dê uma olhada nos Códigos de Ética da APIC e AIIC. Para interpretação oral, o trabalho em dupla é uma prática mundial.
[15:39] <Zeluizvr> Para ser intérprete de Libras, é necessário fazer um curso que o mec oferece e passar por um exame
[15:39] <patloreto> Não costumo ter problemas. Geralmente esse tipo de questionamente vem de clientes que numca contrataram o serviço antes. Então, antes de orçar, vc tem que educar. Perguntar se já contratou o serviço, se sabe como funciona.
[15:40] <JoseEdnilsonUFSC> Isso mesmo Patrícia. Sou membro do CONATI e este comitê é um grupo formado por representantes de diferentes organizações de tradutores/interpretes que atua objetivamente intervindo politicamente nas relações de trabalho e mercado.
[15:40] <patloreto> E uma coisa: se vc aceitar fazer seis horas sem um parceiro uma vez, vai ter que fazer pra sempre ora esse cliente. Postura, o cara precisa mais de vc que vc dele. A ideia é essa.
[15:41] <marcelosouza> LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010 é a lei que Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.
[15:42] <Germana> Mas a realidade da interpretação da Libras é esta mesmo. Quando dizemos o valor do trabalho por ils, eles perguntam se é para os dois, se dizemos o valor do par de ils, reclamam e acham caro. Eles nao caracterizam o momento em que o ils nao esta em atividade (sinalizando) efetiva como momento de trabalho
[15:42] <Zeluizvr> Portanto, o interprete de libras já é regulamentado, enquanto tradutores e interpretes da modalidade falada não
[15:42] <patloreto> Marcelo, até onde eu seu os intérpretes de LIBRAS estão melhor em termo de legislação que a gente.
[15:42] <Adriana__> Isso mesmo professor
[15:42] <slvromeiro> Eu sei... sei bem como funciona. Obrigada pela palestra e pelo esclarecimento. Vou ler os códigos de ética que vc sugeriu. Infelizmente os intérpretes de sinais tem "sofrido" uma certa pressão, para o trabalho ser individual, e como não temos amparo legal, fica dificil argumentar. Agradeço mais uma vez. Abs,
[15:43] <patloreto> Acho muito difícil regulamentar a profissão um dia.
[15:43] <koll> mas a lei oficializa  a profissão,  não está  regulamentada
[15:43] <jose___> Nós interpretes de língua de sinais temos que lutar firmemente para efetivação do trabalho em dupla
[15:43] <Adriana__> Está regulamentado porém a nossa presidenta vetou que o tradutor intérprete de Libras tenha formação superior
[15:44] <patloreto> Slvromeiro, há uma impossibilidade física que deve ser considerada. Eu não consigo faze rmais de 1h30min sozinha.
[15:44] <Adriana__> Ou seja, regulamentou a partir da formação de ensino édio
[15:44] <JoseEdnilsonUFSC> Patrícia, parabéns pela palestra. Vc já teve problemas com editoras ou agencias no uso de memória de tradução deles ou tua? Quando a pagamento parcial, ou propriedade da memória?
[15:44] <Adriana__> médio
[15:44] <koll> e existem alguns equívocos,  como o veto do ensino superior e  o veto sobre órgão  de regulamentação
[15:44] <Zeluizvr> Toda profissão nova acaba se defrontando com esse tipo de problema. É preciso educar o público para entenderem a complexidade do trabalho.
[15:44] <Adriana__> Isso desvalorizou a nossa profissão
[15:45] <Germana> Ja cheguei a utilizar a NE de ergonomia para justificar a necessidade de se trabalhar em dupla
[15:45] <Germana> concordo koll
[15:46] <Germana> *NR
[15:46] <patloreto> JoseEdnilson, nunca tive, como eu disse, trabalho com clientes direto,. Mas sei de gente que tem tido esse problema sim.
[15:46] <Zeluizvr> Daniervelein, a Adelma pediu para avisar que não está conseguindo entrar no chat.
[15:48] <patloreto> Não posso dizer com certeza aqui, mas acho que a ISO2603 trata do número de intérpretes. vale a pena conferir.
[15:49] <Germana> obrigada + patloreto
[15:49] <patloreto> Segue o link para os padrões profissionais da AIIC (disponível em vários idiomas) http://belgium.aiic.net/ViewPage.cfm?article_id=122&plg=1&slg=1
[15:50] <daniervelin> ok, Zeluizvr
[15:50] <daniervelin> ela tinha me dito que estava com problemas
[15:50] <daniervelin> agradeço a vocês dois, Zeluizvr e patloreto pelas brilhantes conferências e a todos que participaram desse seminário de hoje!
[15:51] <Zeluizvr> Eu é que agradeço pela oportunidade.
[15:51] <koll> Muito bom Parabéns
[15:51] <Adriana__> Muito bom
[15:51] <patloreto> Obrigada! ZL, foi um prazer estar aqui contigo hoje.
[15:51] <jose___> Enriquecedor
[15:51] <Debora_> Obrigada José Luiz e Patrícia! Ótimas informações!
[15:51] <Zeluizvr> Acho que fiquei um pouco atrapalhado com a interação, mas achei muito interessante e enriquecedora a interação.
[15:51] <AdrianaK> parabéns pelo trabalho de vcs
[15:52] <daniervelin> em breve, vamos divulgar os registros das apresentações no site: http://stis.textolivre.org/site/
[15:52] <Adriana__> blz
[15:52] <Zeluizvr> Foi um prazer encontrar a Patrícia no chat
[15:52] <Zeluizvr> Um grande abraço a todos e todas.
[15:52] <JoseEdnilsonUFSC> Foi ótimo. Obrigado aos palestrantes e organizadores.
[15:52] <Germana> fiquei um pouco perdida também
[15:52] <Germana> mas gostei
[15:52] <patloreto> Grande abraço!
[15:53] <Adriana__> Abraço professor
[15:53] <Germana> Abraço
[15:54] <Zeluizvr> Até a próxima e se precisarem estou à disposição para trocar ideias.
[15:54] <Zeluizvr> zeluizvr@gmail.com
[15:54] <Breno_Belem> Obrigado a vocês dois Zeluizvr e patloreto pelas maravilhosas apresentações!
[15:55] <Zeluizvr> obrigado
[15:56] <Guest65310> Parabéns!! Palestra esclarecedora.
[15:56] <marcelosouza> Excelente discussão





 

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3. Abril: Produção Textual e Tecnologia

cartaz STIS abril 2015

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Jose Ribamar e Ana Elisa

Conferência STIS ABRIL 2015

Dia 17 de abril das 14 às 16:00, na Sala de Conferências do STIS

 

TECNOLOGIAS DIGITAIS NO AMBIENTE ESCOLAR EM PROJETOS DE PRODUÇÃO TEXTUAL

José Ribamar Lopes Batista Júnior (UFPI/CTF/LPT/CNPq)

Resumo

A aprendizagem da escrita passa por fases de amadurecimento e aperfeiçoamento, indo da codificação/decodificação da palavra escrita até delicados processos de construção argumentativa ou poética. Contudo, muitos fracassam ante o imperativo de se criar pontes entre conhecimentos oriundos de diferentes domínios. Nesse sentido, adotamos a visão da Teoria Social do Letramento (Barton, 1998) segundo a qual os usos cotidianos da leitura e da escrita correspondem ao conjunto de saberes de que lançamos mão ao excursionarmos em domínios desconhecidos, funcionando como filtros pelos quais compreendemos os demais textos.  Esse conjunto de usos é passível de ser expandido, se construirmos pontes entre os diferentes conhecimentos em atividades de domínios próximos aos que já conhecemos. Assim, a presente apresentação objetiva relatar as experiências desenvolvidas pelo Laboratório de Leitura e Produção Textual, do Colégio Técnico de Floriano/UFPI nos anos de 2011 a 2015, voltados para o Ensino Médio Profissionalizante. O resultado desses projetos foi o maior engajamento dos alunos nas aulas de língua materna e melhor desempenho na escrita formal por parte dos alunos, evidenciando a necessidade de projetos que agreguem os usos das novas tecnologias, tão comuns ao dia a dia de nossos alunos.

 

Tecnologia e poder semiótico: escrever, hoje

Profª Drª Ana Elisa Ribeiro (CEFET/MG)

Resumo

Em uma paisagem midiática em que é possível empregar muitos recursos tecnológicos e obter diversos efeitos na linguagem, é importante pensar a produção de textos em níveis de multimodalidade cada vez mais expressivos. A escola pode participar desse cenário, ao propor a reflexão e a prática sobre a escrita, contribuindo para a ampliação do "poder semiótico" das pessoas, a despeito da ênfase que vem sendo dada à "redação do ENEM", no ensino médio.

3.1. registro abril

 Registro da Conferência em chat  escrito, de 17 de Abril de 2015:

 

TECNOLOGIAS DIGITAIS NO AMBIENTE ESCOLAR EM PROJETOS DE PRODUÇÃO TEXTUAL

conferencista: José Ribamar Lopes Batista Júnior

Tecnologia e poder semiótico: escrever, hoje

conferencista: Profª Drª Ana Elisa Ribeiro

 

 

moderador: Equipe STIS

 

[13:58] <adelmaa> Hoje teremos a Profa Dra Rivânia Maria Trota Santana como apresentadora e a profa Dra Ana Cristina Fricke Matte como moderadora.
[13:58] <ELIA> Boa tades Professores sejam bem vindos e bom curso para todos!
[13:58] <krlitauesc_> rozi e elia
[13:58] <AnaMatte> boa tarde a todos!
[13:58] <adelmaa> Bom trabalho a todos!
[13:58] <AnaE> obrigada!
[13:58] <debora> obrigada!
[13:58] <brenobelem> O canal vai ficar com +m?
[13:58] <AnaMatte> vai, brenobelem
[13:59] <brenobelem> ok AnaMatte, :*
[13:59] <AnaMatte> depois abre para perguntas
[13:59] <krlitauesc_> bom curso a todos
[13:59] <brenobelem> AnaMatte: obrigado! sorriso
[13:59] <crisguiar> Boa tarde! bom serminário a todos!
[13:59] <AnaMatte> de nada. rivaniatrotta tá contigo piscando
[13:59] <kcastelano> Obrigad!
[13:59] <Markinho> vAMOS APROVEITAR O MÁXIMO
[14:00] <rivaniatrotta> Boa tarde, pessoal, sou Rivânia Maria Trotta Sant’Ana, membro da equipe dos Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS. Os Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS  são eventos online que procuram congregar estudiosos  e discutir temas dos mais
[14:00] <rivaniatrotta> variados campos de conhecimento que norteiam os trabalhos interdisciplinares desenvolvidos pelos participantes do grupo Texto Livre: Semiótica e Tecnologia, da UFMG.
[14:01] <rivaniatrotta> Hoje, abro o evento em nome  de Adelma Lúcia Oliveira Silva Araújo, coordenadora dos Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS .
[14:01] <rivaniatrotta>  Na conferência do STIS de hoje, dia 17 de abril 2015, dou as boas vindas a todos os participantes e aos conferencistas convidados. Passamos a apresentar  a todos os presentes os conferencistas de hoje.
[14:02] <rivaniatrotta> A profª  Drª Ana Elisa Ribeiro é doutora em Linguística Aplicada (Linguagem e Tecnologia) e mestre em Estudos Linguísticos (Cognição, linguagem e cultura) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também se bacharelou e licenciou em Letras/Português.
[14:02] <rivaniatrotta> É pós-doutora em Comunicação pela PUC-Minas (2009-2010), com pesquisa sobre layout e leitura, e pós-doutora pelo Instituto de Estudos de Linguagem da Unicamp, com pesquisa sobre leitura de infográficos e multimodalidade.
[14:02] <rivaniatrotta> Seus estudos e atividades se relacionam fortemente com sua atuação docente no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), onde leciona: Redação para o ensino técnico; disciplinas ligadas à produção editorial e à revisão de textos, na graduação em
[14:02] <rivaniatrotta> Letras (Tecnologias da Edição), bacharelado que ajudou a fundar; metodologia de pesquisa e disciplinas específicas em cursos de especialização; e, no Programa de Pós-Graduação em  Estudos de Linguagens, curso ligado à história do livro, das tecnologias de ler e escrever e à multimodalidade.
[14:03] <rivaniatrotta> Além de todo trabalho que ela consegue responder, e bem, pela sua execução, ela ainda é  cronista da revista eletrônica Digestivo Cultural (SP) desde 2003 e autora de livros e  publicações literárias coletivas no Brasil e em Portugal, com reconhecida atuação cultural regional e nacional, tendo sido indicada como semifinalista do Prêmio Portugal Telecom de 2014.
[14:03] <rivaniatrotta> Dentre  tantos trabalho que ela está envolvida quero citar  uma que encantou o stis e acredito encantará também a todos vocês. É uma trabalho feito em parceria com o  poeta Bruno Brum,
[14:04] <rivaniatrotta> na organização e na publicação da Coleção Leve um Livro, que distribui livros de poesia contemporânea em Belo Horizonte. Para maiores informações visite o site e depois divulgue este trabalho belíssimo: http://leveumlivro.com.br/.
[14:04] <AnaE> sorriso
[14:04] <rivaniatrotta> Nosso  segundo conferencista convidado que honrosamente recebemos em nosso evento STIS é o prof. Dr. José Ribamar Lopes Batista Júnior. Possui Graduação em
[14:04] <AnaE> :D
[14:04] <rivaniatrotta> Letras-Português (UFPI/2001), Especialização em Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa (UFPA/2007), mestrado e doutorado em Linguística pela Universidade de Brasília. É membro da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) e da Associação
[14:04] <rivaniatrotta> de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB). Atualmente, é professor do ensino básico, técnico e tecnológico da Universidade Federal do Piauí e coordenador do Laboratório de Leitura e Produção Textual (LPT). Dedica-se a estudos nas áreas dos Novos Estudos
[14:05] <rivaniatrotta> do Letramento e da Análise de Discurso Crítica, atuando principalmente nos seguintes temas: Tecnologias Digitais Aplicadas ao Ensino de Língua Portuguesa, Educação Inclusiva e Atendimento Educacional Especializado (AEE).
[14:05] <rivaniatrotta> Antes de passar a palavra à coordenadora e líder do Projeto Texto Livre do CNPq, Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte, que moderará nosso evento, gostaria de agradecer aos nossos conferencistas de hoje pelo espírito de colaboratividade e altruísmo mostrado desde o primeiro contato feito pela coordenadora Adelma com ambos para suas participações neste vento.
[14:06] <AnaE> ô, alegria nossa!
[14:06] <rivaniatrotta> Finalizando, com as palavras da Adelm,
[14:06] <Ribamar_> Bom demais da conta.
[14:06] <rivaniatrotta> São pessoas como vocês que nos fazem acreditar que nosso país pode sim mudar e para melhor. É preciso acreditar.
[14:06] <AnaE> :D
[14:06] <rivaniatrotta> Ana, a palavra é sua, para realizar a moderação.
[14:07] <AnaMatte> Ante de qualquer coisa, um pedido: AnaE e Ribamar_ : por favor, cuidem para não enviar trechos muito longos de uma vez, pois há um limite e o sistema corta o texto.
[14:07] <AnaE> ok
[14:07] <Ribamar_> Ok
[14:08] <AnaMatte> Agradeço a todos a presença! Vamos começar com a conferência Tecnologia e poder semiótico: escrever, hoje
[14:08] <AnaMatte> da professora Profª Drª Ana Elisa Ribeiro (CEFET/MG)
[14:08] <AnaMatte> AnaE: a sala está moderada
[14:08] <AnaMatte> isso significa que somente você e o moderador podem falar agora
[14:09] <AnaE> ok
[14:09] <AnaMatte> quando você terminar eu abro para perguntas
[14:09] <AnaE> certo
[14:09] <AnaE> posso abrir?
[14:09] <AnaMatte> AnaE: são 20 a 30 minutos! fique à vontade!
[14:10] <AnaE> obrigada!
[14:10] <AnaE> Boa tarde a todos quero começar agradecendo o convite. Fico muito honrada com a participação neste evento, em especial. E mais ainda ao lado do meu colega Ribamar, que traz a experiência de projetos muito interessantes.
[14:10] <AnaE> O texto que preparei para vocês foi escrito antes, mas me esforcei para que ele tivesse uma carinha de bate-papo
[14:10] <AnaMatte> sorriso obrigada
[14:10] <AnaE> Quero começar pela expressão que usei no título: poder semiótico. Já adianto que é um empréstimo.
[14:11] <AnaE> Ela não é minha, mas do professor Gunther Kress, muito conhecido no Brasil por seus livros sobre a gramática da linguagem visual e da multimodalidade.
[14:11] <AnaE> Em seu livro de 2003 (Literacy in new media age, que considero muito interessante), o professor Kress fala em distribuição do poder semiótico.
[14:12] <AnaE> Fala que “Tanto na escrita quanto na leitura o sentido é resultado do trabalho semiótico” (39)
[14:12] <AnaE> e trata a “criatividade” como algo ordinário, comum, do dia a dia das pessoas, especialmente na lida com a linguagem.
[14:12] <AnaE> Gosto muito dessa perspectiva dele.
[14:13] <AnaE> que termina por desmistificar bastante a criatividade e enxergá-la como nosso processo normal.
[14:13] <AnaE> Embora ele não defina assim, com todas as letras, parece que o “poder semiótico” é o poder que temos de lidar com signos
[14:13] <AnaE> produzir sentido, manejar linguagens. E as tecnologias digitais têm aumentado esse poder
[14:14] <AnaE> Será?
[14:14] <AnaE> Daí vem meu segundo ponto nesta conferência: o que é escrever, hoje?
[14:14] <AnaE> Penso nisso e já quero mencionar quantas linguagens podemos manejar para construir um texto, por exemplo. Um texto escrito, em especial.
[14:14] <AnaE> O importante aqui também é ter ciência de que a escrita é histórica e socialmente situada. Ou seja: não há UMA escrita.
[14:15] <AnaE> Ela é viva e depende de muitas condições, inclusive e principalmente as tecnológicas
[14:15] <AnaE> O “hoje” do meu título é expressão clara de que trato a escrita como um processo, algo que tem uma história que eu respeito muito, conheço e quero conhecer cada vez mais.
[14:15] <AnaE> As técnicas e tecnologias de que dispomos hoje são, para mim, mais uma fase dessa história, que não despreza nenhuma outra anterior.
[14:15] <AnaE> Além disso, sou dessas pessoas que consideram que há integração, que há incremento, e não competição.
[14:16] <AnaE> Temos, portanto, um cenário complexo em que convivem processos de variadas formas.
[14:16] <AnaE> Tenho me dedicado a isso em algumas pesquisas com estudantes de ensino médio, trabalhando numa disciplina ainda chamada de Redação.
[14:16] <AnaE> Não tenho nada exatamente contra o nome dela, embora saibamos que a perspectiva do processo e da “produção de textos” tenha se tornado hegemônica, ao menos desde o professor Geraldi e outros da Unicamp.
[14:17] <AnaE> Bom, mas ainda assim disciplinas chamadas Redação persistem, existem e podem ser confirmadas por um certame conhecido como ENEM.
[14:17] <AnaE> Embora o ENEM não goze exatamente de prestígio entre os jovens, ele exerce muito poder sobre eles.
[14:17] <AnaE> Vamos falar, então, de duas coisas muito diferentes:
[14:18] <AnaE> o que quer uma “redação do ENEM” e o que pedem outros textos com os quais a juventude lida, hoje em dia, em diversos dispositivos.
[14:18] <AnaE> O que quer a redação do ENEM?
[14:18] <AnaE> Se não me falha a memória, um texto curto, de aproximadamente 20 linhas, coeso e coerente, que empregue palavras em português padrão
[14:18] <AnaE> e que lance argumentos e uma solução para algum tema oferecido sem preparação prévia (exceto pela sorte).
[14:19] <AnaE> Tenho tratado disso com os estudantes como “temas quentes” e “temas frios”, mas levando sempre à reflexão sobre quanto um texto assim é básico e ordinário.
[14:19] <AnaE> Não pode ser difícil. Não pode ser impossível. Não pode ser extraordinário escrever assim.
[14:19] <AnaE> O professor Kress confia na criatividade de todos nós. sorriso
[14:19] <AnaE> No entanto, precisamos tratar de muitas outras coisas.
[14:19] <AnaE> Meus estudantes produzem boas fotos, editam vídeos e escrevem relatórios ilustrados.
[14:20] <AnaE> São poderosos, semioticamente falando. Não é mesmo?
[14:20] <AnaE> Trato, então, de torná-los cientes da edição dos textos. Penso que esse seja um exercício necessário, importante.
[14:20] <AnaE> Sinto que a escola faz seu papel e de forma diferenciada quando trabalha sobre o saber, a ciência, a distribuição do poder.
[14:20] <AnaE> Não quero ser professora de informática, por exemplo. Não me interesso por dar aulas de como mexer em programas ou como usar ferramentas.
[14:20] <AnaE> Estamos falando de pessoas de 16-17-18 anos
[14:20] <AnaE> Geralmente, eles se entediam também, ou porque já sabem ou porque vão aprender “fuçando”, mais rapidamente.
[14:21] <AnaE> O poder está em empregar a ferramenta mais adequada para cumprir a tarefa.
[14:21] <AnaE> E se a tarefa for um texto, eles precisam se interessar pela função dele, por seu modo de fazer, pelas linguagens que melhor exprimem o que se deseja dizer.
[14:21] <AnaE> Bem, há pouco tempo, trabalhamos regras de jogos.
[14:21] <AnaE> O ponto da matriz curricular era a descrição, mas a narrativa também estava presente ali.
[14:21] <AnaE> Para trabalhar uma descrição mais útil para eles, propus regras de jogos.
[14:22] <AnaE> Primeiro, entreguei um jogo de tabuleiro para que eles jogassem a partir da explicação lida. Era o Batalha Naval.
[14:22] <AnaE> Pasmem: a maioria dos meninos e meninas nunca havia jogado Batalha Naval.
[14:22] <AnaE> E discutiram noções de coordenadas cartesianas, bombardearam-se, foi ótimo. Mas jogar apenas lendo as instruções não foi muito fácil. Dúvidas ficaram e então passamos a discutir como é difícil escrever regras.
[14:22] <AnaE> O exercício seguinte era produzir regras.
[14:22] <AnaE> Os alunos poderiam escolher entre dois jogos simples e muito conhecidos: Jogo da Velha e Forca.
[14:23] <AnaE> Todos conheciam, todos sabiam como jogar. Mas nunca haviam produzido um texto com essas regras.
[14:23] <AnaE> Primeira dificuldade: como é duro colocar-se no lugar do outro!
[14:23] <AnaE> O outro que não conhece o jogo, que não sabe o passo a passo, que não compreende o que fazer.
[14:23] <AnaE> Segunda dificuldade: que linguagens exprimem melhor o que queremos dizer?
[14:23] <AnaE> Basta descrever com palavras? Onde fica o limite das palavras? O que elas não podem dizer?
[14:24] <AnaE> E quando é permitido orquestrar outras linguagens? Que habilidades preciso construir para tal?
[14:24] <AnaE> Bem, não dei muitas restrições a ninguém.
[14:24] <AnaE> À medida que foram sentindo necessidade, os estudantes escolheram uma forma de organizar as regras, um modo de distribuí-las na página, o que já não é banal.
[14:24] <AnaE> Todos preferiram escrever em tópicos. E não porque estivessem com preguiça.
[14:24] <AnaE> Mas porque sentisssem a necessidade de uma organização explícita no texto, neste gênero, em específico.
[14:25] <AnaE> Os redatores mais tímidos mantiveram a hegemonia das palavras, mas reconheceram limites em suas regras.
[14:25] <AnaE> Já os mais arrojados passaram às imagens, quando sentiram que precisavam “mostrar” também.
[14:25] <AnaE> O professor Kress aborda muito isso. O universo do mostrado (e do mostrável) é diferente do universo do narrável ou descritível em palavras.
[14:25] <AnaE> Às vezes, é necessário mostrar ou mostrar será mais eficaz. E por que não?
[14:25] <AnaE> Os estudantes que preferiram mostrar optaram por desenhar tabuleiros, desenhar X e O, mostrar, por meio de desenhos, quais são as jogadas permitidas, quais as vitoriosas.
[14:26] <AnaE> Friso que esses textos eram orquestrações entre palavra e imagem. Eles não se esqueceram das palavras.
[14:26] <AnaE> O passo a passo do Jogo da Velha, por exemplo, precisou do incremento das imagens, em vários casos.
[14:26] <AnaE> O que alguém que não soubesse jogar poderia preferir?
[14:26] <AnaE> Bem, mas esse é um exemplo de produção de textos que traz à tona as questões da orquestração de linguagens, da multimodalidade.
[14:26] <AnaE> (Embora minha compreensão do que seja multimodalidade vá muito além de uma mistura entre texto e imagem.)
[14:27] <AnaE> Os estudantes podem produzir textos que dependem do manejo de palavras, imagens (desenho, foto, etc., que são modalizações diferentes da “imagem”).
[14:27] <AnaE> Mas isso foi raro em suas vidas de frequentadores de escolas.
[14:27] <AnaE> O ENEM e sua “redação” me tiram o fôlego para fazer projetos assim.
[14:27] <AnaE> Aqueles três parágrafos tornam-se uma espécie de meta final de grande parte dos meninos.
[14:27] <AnaE> Mas queremos achar que isso é medíocre, com o perdão da palavra e sem querer ofender ninguém.
[14:28] <AnaE> Penso que as tecnologias digitais podem aumentar o poder semiótico de todos nós quando nos damos conta de que há ferramentas ali que estendem nosso manejo da linguagem.
[14:28] <AnaE> Não sei desenhar, mas consigo produzir gráficos lindos empregando apenas um dedo no mouse.
[14:28] <AnaE> Acho que é isso. Escrever hoje – respondendo à minha própria pergunta – é ter a chance de manejar mais ferramentas para ampliar minhas formas de expressão.
[14:28] <AnaE> Os estudantes com quem atuo sabem disso.
[14:28] <AnaMatte> AnaE: 10 min
[14:29] <AnaE> Quero ajudá-los a refletir sobre isso, sobre como isso tem a ver com poder, com linguagem e com expressão.
[14:29] <AnaE> É isso, AnaMatte
[14:29] <AnaE> É isso, pessoal
[14:29] <AnaMatte> excelente, muito obrigada!
[14:29] <AnaE> sei que falando assim fica tudo muito ligeiro, mas quero sugerir um texto que publiquei
[14:29] <AnaE> há mais detalhes do mesmo projeto lá, só que com outro gênero
[14:29] <AnaE> Ele está aqui: http://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/3714
[14:30] <AnaMatte> perfeito!
[14:30] <AnaMatte> Você quer abrir para perguntas já ou deixamos para o final?
[14:30] <AnaE> vocês é que sabem
[14:30] <AnaE> como for melhor
[14:30] <AnaMatte> Vamos abrir para algumas perguntas, as outras ficam para o final, ok?
[14:31] <AnaE> ok
[14:31] <Vania> Boa Tarde
[14:31] <AnaMatte> A sala está aberta, fiquem à vontade para enviar suas perguntas e comentários para a prof.a Ana Elisa
[14:31] <Vania> Desculpe-me pelo atraso
[14:31] <AnaE> boa tarde
[14:31] <ronny_> boa tarde
[14:31] <Markinho> boa tarde
[14:31] <thayane_> internet é tido como um novo genero?
[14:32] <Guest35055> Boa tarde!
[14:32] <AnaE> Thayane, não encaro a internet como novo gênero e nem como gênero
[14:32] <thayane_> obrigada
[14:32] <AnaE> a internet é um "espaço", ambiente, algo assim, e os gêneros circulam por lá
[14:32] <Vania> Gostaria de saber qual a proposta que ela tem para atividades de produção de texto, afim de que os alunos possam se interessar pela escrita.
[14:32] <wandufla_> Boa Tarde Professora Ana Elisa. Primeiramente gostaria de parabenizar pelo maravilhoso trabalho. Essa realidade graças a Deus ja está mudando pois verificamos que muitos cursos de licenciatura
[14:32] <AnaE> Vania, isso é tão difícil, não é?
[14:33] <Vania> sem dúvida
[14:33] <Ribamar_> Acredito, AnaE, que a sua angústia em relação ao Enem é a mesma da minha. Inclusive, começo o período letivo falando ao aluno que teremos aula de Língua Portuguesa.
[14:33] <wandufla_> ja preparam o aluno pras novas tecnologias e como utiliza las de forma a favorecer o desenvolvimento pleno do aluno.
[14:33] <Vania> esse tem sido meu desafio em sala de aula
[14:33] <wandufla_> Como voce analisa esse avanço nos ultimos anos?
[14:33] <AnaE> eu sempre penso as atividades de produção de textos com temas que possam interessar as turmas, mas dentro do que preciso ensinar também
[14:33] <Raissa_> Ana Elisa, você citou a questão do Enem ser um fim para os alunos. Além do Enem, quais outros fins você vê presente para os estudantes?
[14:33] <Guest35055> qual dificuldade vc percebe que os alunos encontram com relação à escrita em meio a era digital?
[14:33] <AnaE> outro dia, eles escreveram comentários sobre cyberbullying e ficaram bem envoldiso
[14:33] <AnaE> envolvidos
[14:34] <AnaE> depende muito a circunstância
[14:34] <Vania> nesses anos de trabalho criei algumas estratégias que têm dado resultado, mas ainda é lento
[14:34] <AnaE> ao contrário do que muitos dizem, numa certa mitologia da escrita, a escrita não é uma atividade solitária. Ela depende de muita interação com o mundo antes! E depois!
[14:34] <Vania> Elaborei um projeto sobre esse assunto e tenho me empenhado nele
[14:35] <Vania> Ana, meu projeto fala exatamente sobre isso
[14:35] <Markinho> Toda forma de comunicação pela net se torna mais interessante no momento em que as ferramentas fogem da normlidade
[14:35] <AnaE> wandufla, não sei quanto ao desenvolvimento pleno... mas uso tecnologias digitais só quando realmente faz sentido.
[14:35] <AnaE> quanto a tecnologia traz um aporte impossível sem ela
[14:35] <AnaMatte> AnaE: eu adorei o conceito de criatividade. Lembra de Baudelaire e o artista deixando a aura na sargeta! E também me lembra daqueles jovens escritores que se desesperam com aquela "frase linda, perfeita" que não cabe no contexto...
[14:35] <jennyhorta> Boa tarde, AnaE! O que você acha de trabalharmos este tipo de multimodalidade desde as séries iniciais? Tive a ousadia de montar um blog com crianças de 5 anos em diante...
[14:35] <debora> Ótimo!
[14:36] <debora> Adorei a pergunta
[14:36] <manuel_____> Ótima colocação, Jenny!
[14:36] <thayane_> adorei a pergunta!
[14:36] <AnaE> Raissa, como ministro Redação... só ouço falar em Enem! kkk
[14:36] <adriane> Jennyhorta: você notou que as crianças ampliaram o repertório com o seu projeto?
[14:37] <rivaniatrotta> Profa. Ana Elisa, a sua apresentação foi muito interessante, e o projeto com os adolescentes me pareceu muito instigante, tanto para o professor, que tem uma oportunidade incrível de observar como os alunos produzem conhecimento sobre a escrita, quanto para os próprios alunos, que experimentam, se apropriam de recursos e produzem autoria.
[14:37] <AnaE> o negócio é tentar que eles vejam que o ENEM é um texto específico... mas que é precário achar que disso depende escrever bem. Gosto de propor muitas outras coisas.
[14:37] <ronny_> ana, eu participo de um projeto de pesquisa que tem como assunto principal a cultura digital
[14:38] <jennyhorta> Sim! Aliás, algo me faz les, depois dos 11,1ção",da "reda2, perdem a motivação, justamente pelo aspecto formal alguma coisa faz com que ecrer que
[14:38] <AnaE> Jennyhorta, acho que é ótimo. Aliás, fiz uns testes com crianças e elas têm mais facilidade de lidar com várias linguagens do que os maiores. E não porque sejam gênias. Mas é que os maiores já foram podados.
[14:38] <jennyhorta> *crer
[14:38] <marcia> Como tornar  essas ferramentas mais atrativas nas aulas da educação básica?
[14:38] <Poliana> Ronny qual o seu projeto?
[14:38] <manuel_____> Este método do ENEM é amplamente reducionista quanto a produção do aluno. Ele só leva em conta aspectos estruturais, deixando de lado elementos de outras ordens sejam elas linguísticas ou semióticas.
[14:39] <AnaE> Obrigada, Rivania sorriso
[14:39] <AnaE> isso mesmo, Manuel
[14:39] <adriane> em relação a formação dos professores... considero que todos contribuem para a construção do repertório dos alunos, mas me parece que os que são formados na maioria das licenciaturas, especialmente os das naturais e exatas, estão tendo um acesso tão limitado à construção cultura digital, da produção textual com as tecnologias digitais...
[14:39] <ericayhwh> muito bom
[14:39] <AnaMatte> 1 min
[14:39] <debora> é verdade
[14:39] <Vania> Ainda sinto dificuldades com relação ao uso das novas tecnologias para o ensino de produção de texto, pois muitos alunos não sabem como usar essas tecnologias
[14:39] <AnaE> Marcia, essa é a questão para todos nós. Tornar atraente. Não há um manual. Acho fundamental que tenhamos um contato firme, sincero e aberto com os alunos.
[14:40] <AnaE> Vania, eu mesma não acho que precisemos fazer tudo no computador.
[14:40] <ronny_> Poliana,a Formação de professores e cultura digital
[14:40] <Vania> Márcia, também sinto a mesma necessidade. Tornar as aulas atraentes não é algo fácil
[14:40] <AnaE> No caso da orquestração de mais de uma linguagem, interessa primeiro que o aluno consiga projetar um texto, entende?
[14:40] <AnaMatte> Pessoal, vamos encerrar por enquanto para assistir à apresentação do prof. Ribamar. Muito obrigada, AnaE, pela excelente e estimulante conferência
[14:41] <AnaE> de nada! Obrigada a todos!
[14:41] <Gabu> Ana, qual a sua opinião sobre a linguagem cada vez mais informal dos jovens usada nas redes sociais, que, às vezes, eles trazem na escrita da sala de aula?
[14:41] <manuel_____> Foi maravilhoso!
[14:42] <AnaMatte> Bem, gostaria, então de passar a palavra ao professor José Ribamar Lopes Batista Júnior (UFPI/CTF/LPT/CNPq)
[14:42] <AnaMatte> que vai apresentar a conferência TECNOLOGIAS DIGITAIS NO AMBIENTE ESCOLAR EM PROJETOS DE PRODUÇÃO TEXTUAL
[14:42] <AnaMatte> Ribamar_: boa tarde!
[14:42] <Ribamar_> Boa tarde a todos.
[14:43] <AnaMatte> vamos repetir o esquema da AnaE
[14:43] <Ribamar_> ok
[14:43] <AnaMatte> 20 a 30 minutos e depois abrimos para perguntas, ok?
[14:43] <Ribamar_> certo
[14:43] <AnaMatte> fique à vontade e muito obrigada
[14:43] <Ribamar_> Primeiramente, quero agradecer ao Grupo Texto Livre, principal-mente, a Profa. Adelma Araújo pelo convite, bem como pela oportu-nidade de apresentar as atividades desenvolvidas no Laboratório de Leitura e Produção Textual (doravante LPT) do Colégio Técnico de Floriano da Universidade Federal do Piauí.
[14:44] <Ribamar_> Esclareço que vou fazer referências aos slides em determinados momentos.
[14:44] <Ribamar_> A aprendizagem da escrita passa por fases de amadurecimento e aperfeiçoamento, indo da codificação/decodificação da palavra escrita até delicados processos de construção argumentativa ou poética.
[14:44] <Ribamar_> Contudo, muitos fracassam ante o imperativo de se criar pontes entre conhecimentos oriundos de diferentes domínios.
[14:45] <Ribamar_> Nesse sentido, adotamos a visão da Teoria Social do Letramento (Barton, 1998) segundo a qual os usos cotidianos da leitura e da es-crita correspondem ao conjunto de saberes de que lançamos mão ao excursionarmos em domínios desconhecidos, funcionando como filtros pelos quais compreendemos os demais textos.
[14:45] <Ribamar_> Esse conjunto de usos é passível de ser expandido, se construirmos pontes entre os diferentes conhecimentos em atividades de domínios próximos aos que já conhecemos.
[14:46]  * AnaMatte código dos slides: ribamar (abrir na janela ao lado)
[14:46] <Ribamar_> Na capa dos slides, temos uma visão geral dos projetos que desenvolvemos no Laboratório.
[14:46] <Ribamar_> No slide 2 temos o objetivo principal do Laboratório
[14:47] <Ribamar_> Fomentar práticas sociais de leitura e escritas com vistas à emancipação e inclusão social
[14:47] <Ribamar_> Antes de apresentar as experiências desenvolvidas pelo LPT nos anos de 2011 a 2015, quero apresentar alguns dados para que vocês possam compreender a dimensão do que produzimos.
[14:48] <Ribamar_> No slide seguinte, temos a estrutura do nosso Laboratório (em construção).
[14:49] <Ribamar_> na foto 1, temos a Biblioteca Setorial com quase 1000 títulos; na foto 2, a Radiotec, a rádio escolar online; nas fotos 3 e 4, uma visão do Laboratório.
[14:50] <Ribamar_> Ano passado, tivemos a aprovação do projeto “Múltiplos Letramen-tos na Educação Profissional e Tecnológico” na chamada universal do CNPq. Com isso, estamos ampliando com a compra de diversos equipamentos: computadores, impressoras, dentre outros.
[14:50] <Ribamar_> Cito isso porque até 2014, todos os recursos financeiros, infelizmente, saiam do meu bolso pela falta de apoio da gestão.
[14:51] <Ribamar_> Pessoal, peço, por gentileza, que vocês procurem me acompanhar com os slides na tela ao lado
[14:51] <Ribamar_> o código é ribamar
[14:52] <Ribamar_> Em relação às pesquisas, atualmente, estamos desenvolvendo um projeto sobre rádio escolar, outro sobre a educação profissional (observando porque os alunos escolhem essa modalidade) e o último sobre educação inclusiva. Isso vocês podem visualizar no slide 4
[14:52] <Ribamar_> E no slide 5, temos os projetos já desenvolvidos.
[14:53] <Ribamar_> Uma ação importante no Laboratório é a pesquisa. Por conta dos projetos, temos a cada edital, o interesse de vários alunos. Logo, cresce o número de bolsistas, como vcs podem observar no slide 6.
[14:54] <Ribamar_> Para finalizar a contextualização, temos a quantidade de trabalhos publicados no Laboratório, no slide 7.
[14:54] <Ribamar_> Vamos, agora, apresentar os projetos desenvolvidos. Primeiro, precisamos compreender como foi pensado o ensino médio em relação ao ensino de Língua Portuguesa.
[14:55] <Ribamar_> No primeiro ano, o foco é na leitura, visto que chegam ao CTF com nível muito abaixo. Dificilmente, você encontra alunos com hábito de leitura. No segundo ano, a argumentação oral; No terceiro, aspectos de escrita (por conta do Enem) e cidadania. SLIDE 8
[14:55] <Ribamar_> O primeiro projeto que desenvolvo é o Pipoca Cultural
[14:55] <Ribamar_> O objetivo do projeto é trabalhar com produtos culturais (principal-mente livros e cds). É desenvolvido no primeiro semestre. A finali-dade é produzir um catálogo de produtos culturais no YouTube (onde vocês podem conferir alguns videos). Para isso, os alunos, em grupo, elaboram sinopse e trailers.
[14:56] <Ribamar_> Trabalhamos também o site de uma livraria (que contem dados técnico sobre os livros e filmes) e portal de filmes como o adorocinema.com
[14:56] <Ribamar_> *técnicos
[14:57] <Ribamar_> No slide 10 temos a metodologia empregada no projeto
[14:57] <Ribamar_> O pipoca cultural é desenvolvido nas turmas de primeiro ano do ensino médio.
[14:58] <Ribamar_> Até ano passado, outro projeto de leitura se chamava (Re)Descobrindo os Clássicos e, neste ano, resolvemos mudar o nome para Leitura em Cena. Mais na frente explico porque.
[14:58] <Ribamar_> Como no primeiro projeto inserimos o aluno na prática de leitura, agora, passamos a trabalhar adaptações de clássicos da literatura, em que são discutidos  também problemas da juventude: drogas, bully-ing, separação dos pais, dentre outros.
[14:59] <Ribamar_> No slide 13, há exemplos de livros que são trabalhados no projeto.
[14:59] <Ribamar_> Dona Casmurra e Seu Tigrão é uma releitura de Dom Casmurro.
[14:59] <AnaMatte> Ribamar_: 10 min
[14:59] <Ribamar_> Em seguida, temos a lista de todos os livros trabalhados.
[14:59] <Ribamar_> Ok, Ana Matte
[15:00] <Ribamar_> Em seguida, fotos das apresentações dos livros em forma de Sarau (SLIDE 15)
[15:00] <Ribamar_> O terceiro projeto é o Polêmicas em Debate
[15:00] <Ribamar_> É o meu xodó
[15:00] <Ribamar_> Desenvolvido com as turmas de segundo ano. Confesso que é um dos projetos que mais gosto, principalmente, porque é a oportunidade dos alunos trabalharem a oralidade, prática muito rara nas escolas públicas que ainda priorizam o texto escrito.
[15:01] <Ribamar_> A cada edição, vamos selecionando os tópicos por meio de enquetes nas redes sociais ou em sala de aula. Usamos também a revista Mundo Estranho que mensalmente faz uma enquete. A seguir, os temas trabalhados ano passado.
[15:01] <Ribamar_> no slide 18
[15:01] <Ribamar_> Nos slides de 19 a 21 temos os cartazes produzidos e os momentos dos debates.
[15:02] <Ribamar_> O debate é realizado presencialmente, mas as discussões continuam nas redes sociais. Eu, como professor e idealizador do projeto, pergunto aos alunos o que acharam do debate. Observem que temos 76 curtidas e 187 comentários. Resultado de um excelente debate.
[15:02] <Ribamar_> Observem no slide 22
[15:02] <Ribamar_> É interessante como os debates mexem com os alunos. Como eles continuam as discussões nas redes sociais, no ônibus, no restaurante universitário e comentam sobre tudo. Às vezes, até opinam porque não tiveram tempo ou espaço no momento do debate.
[15:02] <Ribamar_> Compreendemos que o aluno precisa ler e escrever, ser mais atuante, critico. Além disso, entendemos que ele deve pensar no outro, ou se-ja, ser cidadão. Por conta disso, surgiu o projeto Ação Legal.
[15:02] <Ribamar_> A ideia é pensar em um problema social e propor uma campanha de conscientização a partir de diversos gêneros dessa esfera e promover ações nas redes sociais e no pátio da escolar, durante o intervalo.
[15:03] <Ribamar_> Vários gêneros textuais são produzidos para a campanha: cartazes, banners, folders, spot, vídeos
[15:03] <Ribamar_> Eles criam página no facebook, criam eventos também no facebook.
[15:04] <Ribamar_> Vocês podem observar o que é feito no Ação Legal até o slide 36
[15:04] <Ribamar_> O outro projeto desenvolvido é a Radiotec, rádio escolar online, com dois programas: Estação Conhecimento e Pipoca Cultural
[15:05] <Ribamar_> Procuramos aproveitar na rádio tudo que é produzido pelos alunos em sala de aula nos projetos já citados.
[15:05] <Ribamar_> O resultado desses projetos foi o maior engajamento dos alunos nas aulas de língua materna e melhor desempenho na escrita formal por parte dos alunos, evidenciando a necessidade de projetos que agreguem os usos das novas tecnologias, tão comuns ao dia a dia de nossos alunos.
[15:05] <Ribamar_> Gostaria de finalizar apresentando outras atividades do Laboratório por compreendermos que a educação e a leitura não se encontra exclusivamente no espaço da sala de aula.
[15:06] <Ribamar_> O primeiro deles é o Sarau LPT, atividade que envolve música, teatro, poesia e dança. Com o Sarau, observamos que a escola tem muitos talentos e a partir disso, criamos outro projeto.
[15:06] <Ribamar_> O projeto Som do Intervalo que consiste na apresentação de músicas, poesias (de autoria dos alunos) dentre outros nos intervalos da ma-nhã e tarde. O dia escolhido foi a quarta-feira porque concentra a maior presença de alunos e, principalmente, de professores. SLIDE 41
[15:06] <Ribamar_> A partir de 2015, o Laboratório desenvolverá mais três projetos, sendo dois deles envolvendo leitura e tecnologias digitais também. Destaco o Quer que eu desenhe? É tentativa de transpor os conheci-mentos do curso técnico na elaboração de infográficos. É a primeira edição.
[15:07] <Ribamar_> Construímos uma parceria com o curso de Agropecuária para estudar sobre agrotóxicos, envolvendo Linguagem, Agrárias e Saúde.
[15:07] <Ribamar_> Para ampliar o repertório de leitura e escrita dos alunos, vamos ofer-tar inúmeras oficinas com convidados/as. Inclusive, estou tentando levar a Ana para Floriano/PI, mas ainda não encontramos uma data bacana. Logo logo vai dar certo.
[15:07] <Ribamar_> Finalizo que essas atividades desenvolvidas fora da sala de aula aju-dam muito no que proponho nas aulas de Língua Portuguesa. O aluno fica motivado. Dificilmente um aluno não tem interesse em participar de leitura e escrita.
[15:07] <Ribamar_> É isso. Muito obrigado pela oportunidade.
[15:07] <AnaMatte> Excelente trabalho, professor Ribamar_ , muito obrigada! vou abrir 10 min para perguntas para você e depois para você e a AnaE , ok?
[15:08] <Ribamar_> certo
[15:08] <Ribamar_> O site do Laboratório é www.labproducaotextual.com
[15:08] <AnaMatte> Está aberto a perguntas, fiquem à vontade
[15:08] <debora> Muito esclarecedor!
[15:08] <adriane> Ribamar, você teve algum retorno dos alunos sobre se a participação nestes projetos aumentou a apropriação dos conteúdos das disciplinas diversas com temas relacionados aos projetos? A autoria nas diversas mídias/linguagens favorece a apropriação de outros saberes?
[15:08] <rivaniatrotta> Professor Ribamar, que trabalho maravilhoso!
[15:09] <cidabrasileiro_> Boa tarde, professor. Sou coordenadora do PIBID de Letras:" as multiplas linguagens na sala de aula"
[15:09] <wandufla_> Parabéns professor, achei muito interessante como a linguagem apresenta seu papel social dentro desse maravilhoso trabalho.
[15:09] <Anna_> Ótimo trabalho! Parabéns pelos projetos
[15:09] <Vania> Você acha viável estes projetos nas escolas estaduais?
[15:09] <Ribamar_> Como convivo diariamente com os alunos, observo como os projetos favorecem o protagonismo juvenil, adriane
[15:09] <Ribamar_> eles se tornam mais críticos, mais atuantes, se comunicam e escrevem bem melhor
[15:09] <ronny_> Muito legal os seus projetos Ribamar.
[15:09] <cidabrasileiro_> A grande dificuldade é fazer com que os professores abram acesso as novas tecnologias
[15:10] <adriane> que bacana!
[15:10] <AnaE> O projeto é fantástico, Ribamar. Ainda acharemos jeito de eu ir visitar. :D
[15:10] <Markinho> mas alguns ainda não se apropriaram desses conhecimento
[15:10] <manuel_____>  Fantástica a iniciativa, Ribamar. Atividades íntegras com estas trazem mais sentido pro aluno.
[15:10] <Markinho> enquanto o aluno já
[15:10] <Ribamar_> O aluno já.
[15:10] <Markinho> mas é válida essa iniciativa e deve ser replicada
[15:10] <Roziane> Muito  bom os seus projetos professor...
[15:10] <Maikel_> quem dera se toda escola tivesse um laboratório desse ne :D
[15:10] <rivaniatrotta> Prof. os alunos participam inclusive da escolha de projetos a serem desenvolvidos?
[15:10] <Ribamar_> Inclusive, uso as atividades que o Redigir, coordenado pela Carla Coscarelli em sala de aula e nesses projetos.
[15:11] <Anna_> e  a prendizagem se dá de maneira significativa, o que acaba despertando a motivação dos alunos
[15:11] <Ribamar_> Nesse ponto, não, rivaniatrotta
[15:11] <Markinho> as fontes de conehcimento estão disponíveis né não?
[15:11] <krlitauesc_> Parabens pelos trabalhos
[15:11] <AnaMatte> Ribamar_: Esse trabalho é feito com alunos do ensino médio, certo? Como você pensa que poderia ser aproveitado no ensino superior?
[15:11] <Ribamar_> Eu faço a escolha dos projetos a partir da minha observação
[15:11] <frankiele> Muito interessante os temas abordados
[15:11] <Ribamar_> Do que acredito que falta para ele
[15:11] <Markinho> Conheço a professor Carla, é nota 1000
[15:11] <Ribamar_> Que não foi oportunizado no ensino fundamental
[15:12] <Vania> Foi minha pofessora
[15:12] <Ribamar_> Todos os projetos são realizados no ensino médio, AnaMatte
[15:12] <ronny_> as vezes o que falta e o professor que tem a vontade de fazer mudar o dia-a-dia dessas criancas
[15:12] <Vania> Por que não no ensino fundamental?
[15:12] <marcia> Professor a sua exposição motivou-me a desenvolver um projeto interdisciplinar na escola dos anos iniciais do ensino fundamental, utilizando as tecnologias. Todavia, as condições não sao favoráveis, pois o nosso laboratorio de informatica é um deposito de livros.
[15:12] <Ribamar_> Confesso que não sei como realizar isso no ensino superior
[15:12] <danschneider> desculpem (se tiver aparecido para vocês, rsrs..). Cliquei no lugar errado aqui. ¬¬
[15:13] <Ribamar_> Eu sempre trabalhei com projetos, desde a quinta série (sexto ano).
[15:13] <Andreaazevedo> Boa tarde a todos. Parabéns aos professores conferencistas. Prof.  Ribamar, em sua opinião, é viável desenvolver em turmas do EF 2 a mesma metodologia do projeto demonstrado com alunos do EM - pipoca cultural? pergunto-lhe porque tenho visto meus filhos de 12 anos envovlidos em atividades semanais similares. Obrigada e me desculpe, estou com problemas de equipamentos.
[15:13] <AnaE> Ribamar, os alunos participantes são voluntários ou são suas turmas de aulas?
[15:13] <Ribamar_> Atualmente, estou apenas no ensino médio e com muito orgulho.
[15:13] <elviraa> Como aluna de letras e futura professora só desejo que este projeto incrível se estenda e abranja mais e mais escolas.
[15:14] <thayane_> é verdade. otimo projeto.
[15:14] <Ribamar_> Eu envolvo todos os meus alunos do Ensino Médio, AnaE
[15:14] <Ribamar_> Porque aplico nas minhas aulas
[15:14] <AnaMatte> Ribamar_: o ensino superior tem algumas particularidades que devem ser respeitadas, mas acho que é imprescindível continuar pensando em formas de tornar o ensino mais estimulante, os alunos chegam muito novinhos aqui
[15:14] <Ribamar_> Acredito que o Pipoca Cultural pode ser desenvolvido em qualquer nível, inclusive no Ensino Superior
[15:15] <Ribamar_> Respeitando as particularidades de cada um, como bem frisou a profa. AnaMatte
[15:15] <adriane> os projetos contam com o apoio e participação dos outros professores da escola? formam-se redes?
[15:15] <AnaE> eu fico pensando é que, infelizmente, esse tipo de ação costuma ser um projeto de um professor... já pensou se fossem coletivos? Trabalhar juntos é tão difícil, não é?
[15:15] <Ribamar_> Infelizmente não, AnaE
[15:15] <Ribamar_> Faço tudo sozinho
[15:15] <ericayhwh_> projeto maravilhoso mesmo .
[15:15] <Ribamar_> Inclusive, quem fez toda a catalogação da biblioteca foi eu
[15:15] <JOSEFA> Parabéns, professor. O projeto é encantador e vejo que traz motivação para os alunos se tornarem pessoas críticas
[15:15] <manuel_____> O projeto é maravilhoso. Ele aborda o ensino de língua em uma perspectiva íntegra do uso da linguagem em suas diversas manifestações. Pararbéns!
[15:15] <Ribamar_> Obrigado a cada pelas manifestações.
[15:15] <AnaE> pois é... isso é uma pena. Difícil ter parceiros...
[15:16] <adriane> os outros professores não se envolvem por não considerar importante?
[15:16] <Ribamar_> Peço desculpas se já deixei de responder alguém
[15:16] <Roziane> Professor como trabalhar  com atividades desenvolvidas em um desses projetos  em escolas que o laboratório de informática não funciona, não tem internet e os professores não possuem  formação tecnológica??
[15:16] <Vania> Qual a viabilidade desses projetos em escolas públicas estaduais, uma vez que dependem de recursos?
[15:16] <IsaOliveira> Ribamar, há perspectiva desse laboratório ser estendido ao ensino ffundamental oara dirimir um pouco dos problemas que o aluno já chega no ensino médio?
[15:16] <Ribamar_> Eu tentei mostrar como é possível fazer na sala de aula, visto que alguém perguntou para a AnaE
[15:16] <ronny_> No IF que eu estudo existe os cursos superiores em um bloco e no outro o ensino medio integrado, os professores criaram projetos para ambos os alunos participarem de acordo com o agrado de cada um
[15:16] <ericayhwh_> professor de parabéns pq não deve ser fácil elaborar um projeto desse, e ainda mais difícil colocá- lo em pratica
[15:16] <Ribamar_> Lá não temos internet tb de qualidade
[15:16] <Gabi__> Sou bolsista do Pibid e estamos planejando um projeto interdisciplinar de inglês e espanhol. As expectativas são grandes
[15:17] <Ribamar_> Eu faço muita coisa em casa e os alunos também.
[15:17] <manuel_____> Bem colocado prof, AnaE.
[15:17] <Ribamar_> Nunca usei um Laboratório de Informática da escola
[15:17] <Ribamar_> Nunca está disponível
[15:17] <Poliana> Projeto MUITO banaca!
[15:17] <adriane> usa os celulares?
[15:17] <Ribamar_> Infelizmente não tenho como estender para o ensino fundamental
[15:17] <Ribamar_> porque no meu campus não tem o curso de letras
[15:18] <Ribamar_> E não tenho parceiros
[15:18] <Ribamar_> A parceria que existe é aqui na UFMG
[15:18] <Maikel_> em sala de aula dá pra fazer muita coisa bacana tb, aqui vc nos dá varias ideias
[15:18] <Ribamar_> Eu faço com que os alunos utilizem o celular também
[15:18] <Madu> Também fiquei curiosa se vc usa celular em algum projeto. Acaba usando, claro.
[15:18] <AnaMatte> tem wireless na escola?
[15:18] <adelmaa>   Não tinha, não é Ribamar?
[15:18] <adriane> a escola disponibiliza wifi para os alunos? há restrições de acesso?
[15:19] <Ribamar_> Usei o celular numa atividade do Redigir sobre selfie
[15:19] <Ribamar_> resultado foi espetacular
[15:19] <Andreaazevedo> Parabéns, Prof. Ribamar. Espero e desejo que a evolução do seu projeto seja a interdisciplinaridade, ou seja, a adesão de seus colegas independente de recursos. Sua experiência mostra que se fosse depender de recursos, os projetos não estariam acontecendo. Parabéns.
[15:19] <Markinho> Ferramenta nova.
[15:19] <Vania> Mesmo não tendo como estender para o ensino fundamental, acredito que alguns desses projetos podem ser desenvolvidos também com turmas de 9° ano, não é?
[15:19] <krlitauesc_> interessante.
[15:19] <Ribamar_> Obrigado, andreaazevedo
[15:19] <Markinho> use o watsap pra ver o resultado
[15:19] <Ribamar_> Usei, Markinho
[15:19] <Ribamar_> no trabalho do selfie
[15:19] <adriane> como foi esse trabalho com selfie?
[15:20] <Markinho> o interesse é outro
[15:20] <AnaE> acho que aí está parte da criatividade a que o Kress se refere... cada um pode projetar coisas e aplicar com seus alunos, seja em que nível for
[15:20] <Ribamar_> São muitas outras coisas que faço, mas que não deu para apresentar aqui.
[15:20] <Markinho> rs
[15:20] <krlitauesc_> tambem gostaria de detalhes
[15:20] <ronny_> Ribamar sou aluno de ciencia da computacao no IFB temos grupos de pesquisa a respeito do tema tratado e temos dificuldade pois existem alunos digitais e professores analogicos
[15:20] <krlitauesc_> sobre o selfie
[15:20] <debora> rs
[15:20] <Ribamar_> O do selfie foi a partir de uma atividade do Redigir
[15:20] <Ribamar_> Maikel, pode passar o site do redigir para o pessoal?
[15:20] <AnaMatte> Pessoal, vamos aproveitar os 10 minutos finais para conversar com os dois conferencistas, tudo bem?
[15:21] <Ribamar_> ok
[15:21] <cvcosc> O site do Redigir é https://sites.google.com/site/redigirufmg/
[15:21] <Maikel_> https://sites.google.com/site/redigirufmg/
[15:21] <Maikel_> :D
[15:21] <Ribamar_> Opa, a querida Carla está por aqui.
[15:21] <ericayhwh_> ok
[15:21] <Maikel_> hehe
[15:21] <Diego_> ok
[15:21] <Ribamar_> Ela é grande parceira do LPT
[15:21] <Ribamar_> Em atividades, vocês encontram a atividade sobre selfie
[15:21] <Diego_> muito bom
[15:21] <Ribamar_> É top
[15:22] <cvcosc> Claro! Não perderia essa conversa por nada!
[15:22] <AnaE> :D
[15:22] <adriane> vocês acham que os professores, para promover estes projetos, devem dominar as tecnologias? ou é mais importante conseguir provocar os alunos?
[15:22] <Ribamar_> A provocação é mais importante.
[15:22] <Ribamar_> Esqueci de comentar.
[15:22] <AnaE> Adriane, eu acho que provocar vem antes de qualquer coisa.
[15:22] <AnaE> As tecnologias vão depender muito do contexto.
[15:22] <Ribamar_> Tenho um amigo web design que faz os cartazes e logomarcas
[15:23] <ronny_> adriane , eu acho que os dois devem entender um pouco sobre a tecnologia
[15:23] <Ribamar_> Como vcs puderam perceber
[15:23] <AnaE> Bons redatores existem muito antes do computador. sorriso
[15:23] <Ribamar_> A imagem é tudo nos projetos
[15:23] <wandufla_> Aqui na UFLA criamos dois cursos de especialização voltados para formação de professores em tecnologia educacionais. Os professores aprendem varias ferramentes que podem ser utilizadas em sala de aula
[15:23] <Maikel_> verdade
[15:23] <Ribamar_> Que legal, wandufla!
[15:23] <wandufla_> aplicam e voltam para defender seus TCCs com o resultado obtido dessas experiencias em sala de aula
[15:23] <adriane> fiquei pensando no que alguém falou de professores analógicos e alunos digitais... me parece que mais importante do que dominar as tecnologias é entender a cultura digital. é um jeito de pensar
[15:23] <wandufla_> tem sido muito proveitoso
[15:24] <adriane> não me parece ser propriamente só a apropriação de ferramentas
[15:24] <AnaE> eu vejo que tem o contrário também: aluno analógico e professor digital
[15:24] <Ribamar_> O professor precisa, a meu ver, de orientação. De alguém pegar na mão dele e ensinar como fazer um projeto bacana.
[15:24] <adelmaa> Nós temso também na UFOP um curso de Especialização em Mídias Digitais.
[15:24] <AnaE> tem razão, Adriane
[15:24] <Ribamar_> Não é mesmo, Adriane.
[15:25] <IsaOliveira_> qual o dificultador ou impedimento do projeto para o ensino fundanental?
[15:25] <adriane> AnaE falou uma coisa legal: jovens aprendem "futucando". Me parece que falta os professores se disporem a futucar mais. sem medo de errar
[15:25] <Ribamar_> Tempo
[15:25] <Ribamar_> Porque eu teria que executar em outra instituição.
[15:25] <Ribamar_> Em parceria com professores.
[15:25] <ronny_> a Formação de professores e cultura digital tem como objetivo Avaliar o estado da arte da cultura digital dos docentes e discentes face aos conflitos de ensino-aprendizagem do século XXI; Investigar as experiências em desenvolvimento e consolidadas no campo da cultura digital em âmbito educacional; Avaliar a necessidade de transformação das práticas docentes e discentes frente à cultura digital; Desenvolver e propor alternativas
[15:25] <Ribamar_> Acredito que o PIBID pode fazer isso.
[15:25] <Gabi__> os professores mais velhos têm esse medo de sair mexendo..
[15:26] <cvcosc> Sabemos que a gramática ainda é foco de muitas aulas de português. Cocês acham que as NTICs podem mudar isso?
[15:26] <adelmaa> e falo por experiência quequando os professores tem contato com as tecnologias e sabem como usar
[15:26] <Vania> Mas nós, professores, podemos tentar implantar projetos parecidos no ensino fundamental. Não há nenhum problema, não é professor?
[15:26] <wandufla_> Um grande empecilho que muitos dos alunos dos cursos nos relatam é que nas escolas eles tem grande resistencia por parte dos outros professores em percerias ou ate mesmo das direções
[15:26] <cvcosc> *Vocês
[15:26] <adelmaa> produzem maravilhas.
[15:26] <AnaE> gente, cada um de nós tem condições de projetar para a escola onde atuamos, nossos alunos, etc. O Ribamar é "gente que faz". Não é da alçada dele pensar para outras escolas. Ele é professor como eu, como todos.
[15:26] <Ribamar_> Eu não tenho parceiro.
[15:27] <Ribamar_> Vou aplicando, executando porque acredito.
[15:27] <Vania> Temos total apoio na escola em que trabalho, por isso acho possível a aplicação.
[15:27] <Andreaazevedo> Indago aos professores se consideram a maturidade importante para aproveitamento real da evolução didática conforme apresentado no slide...
[15:27] <Ribamar_> Com os projetos, cvcosc, os alunos vão desmistificando essa questão de gramática
[15:27] <Ribamar_> porque eles entram no meu ritmo
[15:27] <AnaE> Vania, mesmo sem apoio... Vejam que Ribamar falou nas dificuldades com a gestão...
[15:27] <cvcosc> Que ótimo!
[15:27] <Ribamar_> Mas ainda perguntam pela famosa aula de gramática
[15:27] <Ribamar_> Isso acontece com os alunos novatos.
[15:28] <Ribamar_> No segundo ano, eles já sabem que não terão aulas puras de gramática
[15:28] <cvcosc> E você explica que a gramática está toda alí?
[15:28] <Ribamar_> Na elaboração dos textos.
[15:28] <wandufla_> É nesse ponto que trabalhamos com os alunos, se nao tem parceria, comece sozinho
[15:28] <Vania> sim, por isso com apoio acho que fica ainda mais fácil
[15:28] <wandufla_> quando os outros professores observarem o seu sucesso vao se seguir
[15:28] <Ribamar_> Ficaria tudo mais fácil com a parceria
[15:28] <Ribamar_> Mas ela não vem
[15:29] <marcelofaro> Boa tarde a todos
[15:29] <AnaMatte> 2 min
[15:29] <Vania> São ideias ótimas e pretendo aplicar, claro que com as adaptações necessárias
[15:29] <manuel_____> Em minha prática docente não aplico o uso da gramática em sala. Apenas abordo os aspectos mais relevantes que possam ser aplicados em sua vida social.
[15:29] <Ribamar_> Quando trabalho notícia, por exemplo, eles tem uma aula sobre verbos
[15:29] <adriane> os alunos tem facilidade em escrever colaborativamente na web?
[15:29] <Ribamar_> Para a construção do título e do corpo
[15:29] <ronny_> veja que nem todos os professores usam a tecnologia na sua formacao ,e os que tem nao usam sabiamente usam para passar slides.
[15:29] <marcelofaro> aqui na minha escola sou coordenador do pronatec e participo do curso
[15:29] <marcelofaro> pacto do ensino médio
[15:30] <marcelofaro> quem faz esse curso sabe falamos sobre isso novas maneiras de ensinar
[15:30] <Ribamar_> Ainda não consegui, por exemplo, utilizar a escrita colaborativa porque nem todos possuem computador ou um celular razoável, adriane
[15:30] <Madu> Uma injeção de ânimo em todos Ribamar. O importante é que vc mostra como é possível fazer acontecer, mesmo sozinho. Parabéns.
[15:30] <Ribamar_> Tentei uma vez no Polêmicas em Debate, mas não funcionou. Foi o caos.
[15:30] <marcelofaro> mas a maioria dos professores principalmente o mais antigos são aversos a inovações principalmente tecnologicas
[15:30] <Ribamar_> Obrigado, Madu.
[15:30] <DEBORACRUZ_> Vocês não enfrentam resistência dos pais ao fugirem do conteúdo engessado da GT?
[15:30] <cvcosc> Parabéns, Ribamar! Você é inspirador!
[15:30] <rivaniatrotta> Pessoal, já está na hora de finalizarmos, infelizmente, já que a conversa foi boa e produtiva. Agradeço aos conferencistas pelas conferências instigantes com que nos presentearam.
[15:31] <Ribamar_> Esclareço que sou dedicação exclusiva. Isso também ajuda.
[15:31] <marcelofaro> oi
[15:31] <cvcosc> Parabéns, Ana! É sempre bom ouvir / ler você!
[15:31] <thayane_> Obrigada, fui de fundamental contribuição!
[15:31] <crisguiar> Existe alguma dificuldade de fazer os alunos serem "autorais" empoderarem do discurso? acredito que o projjeto polemicas em debate faz com que eles se sinntam mais a vontade na participação.
[15:31] <Ribamar_> Quero agradecer muitíssimo pela oportunidade. Uma honra muito grande para mim. Ainda mais por estar ao lado de uma pessoa que admiro demais, a Ana Elisa Ribeiro.
[15:31] <AnaE> eu é que agradeço! Obrigada pelo convite
[15:31] <wandufla_> Parabéns a Organização e MUito Obrigado por essa enorme oportunidade de crescimento profissional!
[15:32] <Roziane> Muito Obrigada!!! ótima contribuição
[15:32] <Diego_> muito boa contribuição
[15:32] <Diego_> parabéns
[15:32] <Andreaazevedo> Obrigada, Ana Matte, Ana Elisa e Ribamar. Parabéns a todos.
[15:32] <ericayhwh_> muito bom
[15:32] <debora> Muito obrigada! Foi ótimo! Aguardo o próximo
[15:32] <Maikel_> pessoal o papo aqui é muito corrido ! colem la no face e twitter e sites do Ribamar e da Ana Elisa
[15:32] <Gabi__> Muito bom!! Parabéns sorriso
[15:32] <danschneider> Agradeço também. Parabéns!
[15:32] <rivaniatrotta> Parabéns aos conferencistas.
[15:32] <AnaE> Issaê, redes sociais
[15:32] <AnaMatte> Obrigada aos conferencistas e a todos pela presença!
[15:32] <Maikel_> :D
[15:32] <Ribamar_> Parabenizar a equipe do Texto Livre por tudo.
[15:32] <manuel_____> Momento de suma importância em nossa formação docente ou até mesmo nas práticas docentes
[15:32] <Ribamar_> Foi maravilhoso.
[15:32] <AnaMatte> clap clap clap clap clap clap clap
[15:32] <AnaE> Obrigada a todos. Valeu, Ribas! Alegria minha.
[15:32] <AnaMatte> clap clap clap clap clap clap clap
[15:32] <Dani_> Parabéns, Ana e Ribamar!
[15:32] <JOSEFA> Parabéns aos conferencistas.
[15:32] <Vania> Obrigada.
[15:32] <adriane> clap clap clap
[15:32] <rivaniatrotta> clap,clap,clap.
[15:32] <thiagobatistaamo> Foi muito bom, parabéns!
[15:32] <AnaMatte> clap clap clap clap clap clap clap
[15:33] <adelmaa> clap clap clap clap clap clap clap
[15:33] <cvcosc> Muito bom!
[15:33] <crisguiar> muito empolgante parabens!!
[15:33] <krlitauesc_> clap clap clap clap clap clap clap
[15:33] <adriane> quando vai ser o próximo?
[15:33] <AnaE> Ouié!
[15:33] <Ribamar_> Obrigado a todos de coração. clap clap clap clap clap
[15:33] <bia_> Parabéns! Excelente!
[15:33] <AnaMatte> clap clap clap clap clap clap clap
[15:33] <rivaniatrotta> Pessoal, quero fechar este evento de hoje com as palavras da nossa amiga Adelma, que esteve nos acompanhando, mas não pôde fazer a abertura nem o fechamento.
[15:33] <Anna_> muito bom. Parabéns aos conferencistas
[15:33] <rivaniatrotta> O STIS esta radiante com o evento que construímos juntos hoje e temos a certeza de que todos sairão muito mais instigados e estimulados a também ousarem nas suas aulas com projetos tão didaticamente explicados e fabulosamente executados.
[15:34] <rivaniatrotta> Quando colocamos o Sudeste (Ana ELisa) e o Nordeste (Ribamar) tudo junto e misturado só poderia ser este o resultado : excepcionalidade do ser professor e um saber/fazer docente admirável.
[15:34] <Vania> Muito bom, parabéns pelo trabalho.
[15:34] <rivaniatrotta> Estamos todos hoje energizados pelos projetos fantásticos desenvolvidos por você Ana e Ribamar. . Queremos agradecer a todos vocês pela presença e aos nossos conferencistas pelas aulas magnas que tivemos a oportunidade de assistir hoje.
[15:34] <rivaniatrotta> Obrigada a todos participantes pela interação e presença. O Projeto Texto Livre tem como meta maior a construção de conhecimento, a divulgação de nossas pesquisas, a integração com vocês e a propagação do uso da tecnologias livres.
[15:34] <AnaE> :D
[15:34] <AnaE> <3
[15:34] <Madu> Verdade Rivania. Um evento show. Parabéns a todos.
[15:34] <Ribamar_> :D
[15:34] <rivaniatrotta> No dia 22 de maio temos a honra de receber o Prof. Dr. Leôncio Soares (FAE/UFMG) e o Prof Dr. Luciano Sérgio Ventin Bomfim para discorrermos sobre o tema Educação de Jovens e adultos (EJA)
[15:35] <rivaniatrotta> Agradecemos a Carla Viana Coscarelli e o seu Grupo do Redigir FALE UFMG pelo apoio e incentivo constantes. Excelente final de semana a todos e bom feriado! Divulguem nosso trabalho
[15:35] <AnaE> Boa tarde a todos
[15:35] <Vania> Boa tarde!
[15:35] <rivaniatrotta> Para receber seu certificado basta nos escrever um email com seu nome completo e login para stis@textolivre.org. Espero vocês em maio! Grupo STIS! Fim da conversa no bate-papo
[15:35] <rivaniatrotta> Boa tarde a tdos.
[15:35] <bia_> Que maravilha! Tema muito bom!
[15:35] <AnaMatte> obrigada, rivaniatrotta
[15:35] <danschneider> Obrigado! Boa tarde!
[15:35] <krlitauesc_> oa tarde
[15:35] <Ribamar_> Boa Tarde. Abraço. Até logo.
[15:36] <Andreaazevedo> Tarde, sô. Inté mais vê.
[15:36] <Diego_> muito grato pela atenção!!!
[15:36] <cvcosc> Obrigada a vocês!
[15:37] <thayane> muito bom
[15:37] <Markinho> boa tardeeee
[15:37] <Markinho> Grande abraço a todos. tarde proveitosa por aqui
[15:38] <Josiel> muito legal e boa tarde
[15:39] <manuel_____> Até maio galera!
[15:41] <kcastelano> Obrigada!
[15:41] <ritassiru> Obrigado!
[15:41] <manuel_____> dia 22 de maio será em que horário?
[15:42] <cacris> obrigada... boa tarde...
[15:42] <rivaniatrotta> Às 14 h.
[15:43] <manuel_____> obrigado!
[15:43] <wandufla_> Boa Tarde a todos e ate maio!
[15:45] <milena_hygino> Obrigada! Excelentes projetos!
[16:12] <ronny_> Tenha todos um bom final de semana
[16:19] <Lourdinha> Obrigada a todos. Bom fim de semana.






 

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4. Maio: Educação, Práxis, Persuasão

cartaz STIS maio 2015

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Luciano Bonfim

Conferência STIS MAIO 2015

Dia 22 de maio das 14 às 16:00, na Sala de Conferências do STIS

 Resumo:

A DIMENSÃO AXIOLÓGICA DA PRÁXIS SOCIAL E EDUCACIONAL COMO DETERMINANTE NO PODER PERSUASIVO DO DISCURSO DOCENTE

Prof. Dr. Luciano Sérgio Ventin Bomfim
Professor Adjunto do Departamento de Educação do Campus I e do Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais do Campus III da UNEB

Educar é uma atividade de persuasão, de convencimento. Ninguém pretende educar sem querer convencer o outro a permitir ser educado por ele. Mas o que é determinante para que este convencimento ocorra? - A retórica? - A performance didático-pedagógica? - Certamente que uma boa retórica e um bom planejamento e desempenho didático pedagógico são imprescindíveis, mas são eles suficientes para a persuasão do educando? - Depende do que se pretende persuadir. Se a persuasão se limita ao aprendizado da matéria de ensino, a realização das tarefas escolares, certamente que sim, desde que a empatia medeie a relação professor-aluno. Mas se ela pretende convencer o educando da necessidade de sua emancipação humana, de que este se aproprie das matérias de ensino na perspectiva desta, assumindo o desafio de efetivar em sua práxis social a base axiológica da proposta educacional do educador, aí não. Como nos ensina Heydorn, o educar é um ato silencioso realizado por práxis (social e educacional) que se orienta para a realização dos atributos humanos. Complementando a tese heydorniana, Freire, em a Pedagogia do Oprimido nos ensina que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” O objetivo desta conferencia é refletir sobre os fundamentos da tese central desta proposta, buscando apresentar as referencias, fundamentos, pressupostos e implicações da sua assunção em nossa práxis social e profissional.


Palavras- chave: Educação. Práxis (Social e Educacional). Persuasão. Emancipação Humana.

4.1. registro maio

 Registro da Conferência em chat  escrito, de  22 de Maio de 2015:

 

A DIMENSÃO AXIOLÓGICA DA PRÁXIS SOCIAL E EDUCACIONAL COMO DETERMINANTE NO PODER PERSUASIVO DO DISCURSO DOCENTE

Prof. Dr. Luciano Sérgio Ventin Bomfim
Professor Adjunto do Departamento de Educação do Campus I e do Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais do Campus III da UNEB

 

moderador: Thalita Santos

  1. [13:39] <Lbomfim> Muito Obrigado
    [13:39] <Lbomfim> Estou ansioso pela experiencia
    [13:39] <adelmaa> Porf Luciano eu não recebi seu arquivo com slides. O senhor nos encaminhou algum?
    [13:39] <Lbomfim> Nao. Respondi ao seu torpedo informando que nao usaria slides
    [13:40] <adelmaa> Perfeito!.
    [13:41] <wandufla> Boa Tarde a todos!
    [13:41] <Lbomfim> Informo que como meu Note nao tem o teclado brasileiro, as palavras nao terao acentos. Pois isto demandaria mais tempo. O texto está Ok. mas o que digitarei on line sairá sem os circunflexos, til e grave
    [13:43] <adelmaa> Pode ficar a vontade professor. Nosso evento é caloroso e quem participa pela primeira vez fica tão humanamento contaminado que quer voltar outras vezes, graças a Deus.
    [13:44] <Lbomfim> Já estou sentindo um ambiente bem humano.
    [13:44] <adelmaa> É a sua primeira vez em um evento desta natureza? Totalmente online, síncrono e sem vídeo?
    [13:45] <Lbomfim> Somente digitado é sim
    [13:46] <Lbomfim> Coordenei uma vez uma mesa com um professor de Hannover e outro de Viena no Auditório do Departamento de Educacao da UNEB em Salvador. Mas foi pelo Skype
    [13:46] <adelmaa> Este nosso evento é realizado com o apoio de um grupo extraoddinários de seres humanso altruistas que confiam e dão muito de si por este trabalho voluntário.
    [13:46] <adelmaa> Tenho a honra de fazer parte e coordenar este grupo.
    [13:46] <Lbomfim> Já estou me  sentindo muito aa vontade.
    [13:47] <adelmaa> Maravilha! Esta é a ideia!
    [13:49] <adelmaa> Este projeto na verdade é apenas um dos tentáculos de do Projeto do CNPq Texto Livre , que costumo denomianr "projeto Polvo"
    [13:50] <adelmaa> cuja lider é a profa Dra Ana Cristina Ficke Matte da FALE/POSLIN/UFMG.
    [13:50] <Lbomfim> O nome é bem sugestino. Multifacetalidade, Sincronia, Dinamica e Leveza.
    [13:50] <adelmaa> Isso...
    [13:51] <adelmaa> Nossa, irei me apossar, em público, desta descrição fantástica de nosos projeto. Posso professor?
    [13:52] <adelmaa> ops nosso.
    [13:52] <Lbomfim> Claro. Eu li de suas palavras. Foi eu que me apropriei de voce
    [13:53] <brunoforgiarini> Boa tarde a todos!
    [13:53] <adelmaa> Preciso informar aos presntes que nosas comnferências ficam disponibilizadas na página em forma de log epódem ser acessadas
    [13:53] <adelmaa> e também referenciadas ,pois já colocamso a forma de ser citada me bibliografias de trabalhos.
    [13:54] <adelmaa> ops presentes...podem ...nossas
    [13:54] <adelmaa> a forma de serem citadas ...
    [13:55] <adelmaa> Começaremos nosso evento, ás 14:00 horas , no horário de Brasília!
    [13:56] <Woodsonfc> o LOG estará aqui http://stis.textolivre.org/site/administrator/index.php?option=com_content&task=article.edit&id=84 (tem o link na página do STIS)
    [13:56] <adelmaa> Boa tarde, brunoforgiarini!
    [13:57] <Madu> Boa tarde Adelma!
    [13:57] <adelmaa> Perfeito, @Woodsonfc!  Às 14:00 horas você conduzirá a apresntação, ok!
    [13:57] <Elizama> Oi pessoal, qual o código para abrir a apresentação?
    [13:57] <adelmaa> Boa tarde, Madu!
    [13:58] <Woodsonfc> Não haverá Slades nessa apresentaça
    [13:58] <thalita_> Elizama, a apresentação será feita aqui pelo chat. O professor não utilizará slides.
    [13:58] <adelmaa> Hoje não teremos slides Elizama. Seja bem-vinda!
    [13:58] <Adriane> Oi! encaminharam o cncite pela lista do texto livre
    [13:58] <Elizama> Ok, obrigada!
    [13:58] <jpmartins> Boa tarde colegas!
    [13:59] <Adriane> ops convite
    [13:59] <Adriane> Boa tarde!
    [13:59] <Keila_> Boa tarde!
    [14:00] <adelmaa> A parti das 14::00horas começaremos nossa conferência. Sejam todos bem-vindos!
    [14:01] <brenobelem> adelmaa: obrigado! sorriso
    [14:01] <adelmaa> Prezado amigo woodsonfc,é com você!
    [14:02] <Woodsonfc> Bom, vamos começar
    [14:03] <Woodsonfc> Bom tarde a todos!  É com imensa alegria que venho, em nome do Grupo STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC  dar  as boas -vindas a todos vocês que nos honram com sua presença: conferencista e participantes
    [14:03] <Woodsonfc> O Stis é um programa de conferência realizado na penúltima semana de casa mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema educação livre e democrática
    [14:03] <Woodsonfc> cada mês
    [14:04] <Woodsonfc> O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do projeto "polvo" do CNPq  denominado TEXTO LIVRE coordenado pela profª  Drª Ana Cristina Fricke Matte. O STIS está sob a coordenação geral da professora  Profª Drª Adelma Lucia de Oliveira Silva Araújo
    [14:05] <Woodsonfc> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu  33 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores nacionais e de além-mar tais como Carla Viana Coscarelli, Luiz Tatit, Maria Lucia Castanheira, dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres)  e o Julio Paz (Argentina)
    [14:05] <Woodsonfc> Também divulgamos o STIS  em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário   Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato
    [14:05] <Woodsonfc> Para que este trabalho se concretize eu conto com uma equipe fantástica de voluntários. Seres humanas altruístas que compartilham das mesmas concepções de que as mudanças  na nossa sociedade só virão através do acesso à educação para todos
    [14:06] <Woodsonfc> humanos
    [14:06] <Woodsonfc> Antes porém de apresentar nosso conferencista gostaria de aproveitar para agradecer ao Prof Dr. Luciano BoMfim pela extraordinária presteza em participar de nosso evento. Somos gratos e sentimo-nos honrados com sua presença.
    [14:06] <Woodsonfc> Farei agora uma breve apresentação do  nosso  conferencista convidado deste mês de maio. O nosso conferencista convidada do STIS Ano IV do mês de outubro de 2014 será  o Prof. Dr. Luciano Sérgio Ventin Bomfim (UFBA).
    [14:06] <Lbomfim> UNEB
    [14:06] <Woodsonfc> O professor Dr Luciano Bonfim possui graduação em Geografia pela Universidade Católica do Salvador (1982) e graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Bahia (1986).
    [14:07] <Woodsonfc> isso PERDÃO UNEB
    [14:07] <Woodsonfc> Mestrado em Ciências da Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996) e Doutorado em Filosofia - pela Universitaet Gesamthochschule Kassel (2000) e é Bacharel em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (2010).
    [14:07] <Woodsonfc> Atualmente é Prof. Adjunto do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia. É Editor-Geral da Revista do Nupe em seu Departamento e Membro do Comitê de Ética na Pesquisa em sua Universidade.
    [14:08] <Woodsonfc> vai me corrigindo, caso cometa mais algum erro, Professor
    [14:08] <Woodsonfc> Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, Política educacional e Didática, atuando principalmente no seguinte tema: contextualização do saber nas Pedagogias Freiriana e Histórico-críticas
    [14:08] <Woodsonfc> Seja bem vindo prof. Dr. Luciano Bonfim!
    [14:09] <Woodsonfc> Neste momento passarei,então, a palavra à moderadora deste evento, a profª Thalita Santos Felicio de Almeida, que explicará aos presentes o funcionamento de nosso evento. Boa conferência a todos!
    [14:09] <Lbomfim> Obrigado ao STIS, obrigado pelo convite e pela confianca. Estou ao inteiro dispor.
    [14:09] <thalita_>  Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
    [14:09] <thalita_> Para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação do conferencista (só por escrito, aqui no chat)
    [14:09] <thalita_> não temos vídeo nem áudio
    [14:10] <thalita_> durante esse tempo, a sala estará moderada
    [14:10] <Lbomfim> Na hora de comecar é só me avisar.
    [14:10] <thalita_> após a apresentação, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
    [14:10] <thalita_> o código para os slides será indicado no início de cada apresentação, se houver, pois não é obrigatório
    [14:10] <thalita_> no caso de hoje, o professor não utilizará slides
    [14:11] <thalita_> desejamos um ótimo seminário a todos!
    [14:11] <thalita_> Professor Luciano, pode começar quando quiser. Cole, por favor, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
    [14:11] <Lbomfim> Entao comecarei.
    [14:11] <Lbomfim> Educar é formar o ser humano. Ensinar é contribuir teórico-científicamente para esta formação. Para além dos conhecimentos científicos e das habilidades e atitudes necessárias à sua aquisição, o ser humano carece de outros conteúdos formativos  imprescindíveis à responsabilidade ontológica indeclinável de humanizar-se.
    [14:12] <Lbomfim> Em função do atributo humano da con-sciencia o ser humano fez-se um ser determinado ontologicamente a se apropriar teoricamente do mundo no qual a própria consciência se faz. Enfim, o ser humano é determinado a saber de si mesmo, a saber do mundo que o faz e que ele faz, transformando ao mundo e a si mesmo(Marx).
    [14:13] <Lbomfim> Nao-pensar o mundo, nao-pensar as próprias vivencias não está no campo das possibilidades humanas. O ser humano, longe do sonho pessoniano no replastamento da inconsciencia do ser-estar no mundo, mergulha, concretizando o pavor pessoniano, na consciência desta impossibilidade.
    [14:13] <Lbomfim> Assim está expresso o sonho pessoniano em alguns fragmentos no poema Horror de Conhecer:
    [14:13] <Lbomfim> IV Quanto mais fundamente penso, mais   Profundamente me descompreendo.   O saber é a inconsciência de ignorar...     V Só a inocência e a ignorância são          Felizes, mas não o sabem.  São-no ou não?  Que é ser sem no saber?  Ser, como a pedra,   Um lugar, nada mais.     XVII Quanto mais claro  Vejo em mim, mais escuro é o que vejo.  Quanto mais compreendo  Menos me sinto compreendido. Ó horror  paradoxa
    [14:14] <Lbomfim> Como vemos a apropriação do real pela razão, é apenas uma das formas de exercício da racionalidade humana. A musica, a arte, a literatura, a poesia são outras formas que o ser humano tem para enfrentar o desafio de se apropriar do real.
    [14:15] <Lbomfim>  A razão não é o único tipo de racionalidade humana. Ela é apenas a mais usual, aquela que convence apresentando os seus fundamentos, que ensina o ser humano a desenvolver as outras formas de racionalidade, a fim de que, um dia, ele possa utilizá-la como uma das formas de interpretá-lo.
    [14:15] <Lbomfim>  Pois, por mais que um indivíduo aprenda música, literatura, poesia ou artes plásticas, este ensino não terá o poder de gerar no educando o espírito literário, poético, musical ou artístico.
    [14:16] <Lbomfim> A vocação, o que se chama talento só pode emergir de uma identidade, ao mesmo tempo que esta identidade é a expressão da existência de uma vocação.
    [14:16] <Lbomfim> Enfim, podemos aprender artes plaśticas, literatura, poesia, música, mas para desenvolver uma vocação, um talento precisamos construir com estes saberes uma experiencia (no sentido benjaminiano do termo) significativa.
    [14:16] <Lbomfim> Além disto, não entendo que possamos falar de uma hierarquia entre as distintas formas de racionalidade, pois não conseguiríamos provar esta tese.
    [14:17] <Lbomfim> Pensemos no poder explicativo de uma poesia de Patativa do Assaré, ou na Literatura de um Ariano Suassuna, ou nas Obras de O Aleijadinho, ou de Rembrandt ou Picasso, ou na Nona Sinfonia de Betowen ou nas dilacerantes composições clássicas de Vila Lobos.
    [14:17] <Lbomfim> Quantos textos de argumentação, de puro raciocínio seriam necessários para expressar a riqueza dos conteúdos destas obras?! - E conseguiríamos tal proeza?!
    [14:18] <Lbomfim> A apropriação teórica do mundo necessária à formação, exercício e desenvolvimento da autonomia reflexiva do ser humano não é simples consequência de um processo natural pelo qual o ser con-sciente reproduz em pensamento o real, dando conta de sua gênese, estrutura e dinâmica.
    [14:18] <Lbomfim> Pois o ser humano precisa tanto da aprendizagem dos saberes historicamente produzidos necessários a esta apropriação, como aprender a pensar, já que ninguém nasce pensando.
    [14:18] <Lbomfim> A consciência assim como os demais atributos humanos são aprendidos em sociedade. Sem a vida social o ser humano não se humaniza, é apenas um animal.
    [14:19] <Lbomfim> Mas se por um lado aprender é uma demanda ontológica da espécie humana, nem sempre o indivíduo, por distintas razoes, se dispõe à construção desta experiencia. Ou seja, a vontade é determinante para a realização de uma experiencia de aprendizagem.
    [14:19] <Lbomfim> Mas não basta ter vontade de aprender, é preciso que as condições para a realização da aprendizagem minimamente existam. No entanto, ainda que as condições sejam adversas, o indivíduo pode, à custa de um ônus às vezes incomensurável, - sem qualquer inexorabilidade de uma suposta onipotência por ele ingenuamente pretendida -, realizá-la.
    [14:20] <Lbomfim> Quando o desafio da aprendizagem é proposto por uma instituição escolar e não decorre das vivencias do indivíduo em sua cotidianidade social, é necessário tanto que a escola, em especial o professor convença o indivíduo a tornar-se um aprendiz da proposição de ensino por ele formulada,
    [14:20] <Lbomfim>  como que sua proposta de ensino seja elaborada e continuamente reelaborada a partir de um mergulho na realidade do educando, a fim de que o docente consiga libertar-se dos pre-conceitos construídos sobre este, ao mesmo
    [14:21] <Lbomfim> tempo que o educador, em um contínuo diálogo sincero com o educando, não só permita a este expressar-se sem qualquer constrangimento, seja cultural, linguístico, político, econômico, mas que também assuma a liberdade como princípio didático-pedagógico.
    [14:22] <Lbomfim> Sem a liberdade do outro, a (suposta) liberdade de um indivíduo torna-se cativa da servidão daquele. Por isto que é impossível promover a própria liberdade sem a promoção da liberdade do outro (Dialética do Senhor e do Escravo de Hegel).
    [14:22] <Lbomfim> O professor autoritário, ao proibir o educando de se expressar livremente e ao constrange-lo no exercício de sua reflexão, torna-se cativo do constrangimento imposto, bem como refém das consequências deste constrangimento, pois o educando responderá às demandas de seu ensino nos limites impostos por sua não-liberdade.
    [14:22] <Lbomfim> Educar pressupõe acolhimento, e não há acolhimento sem um duplo reconhecimento do outro: Reconhecimento de sua humanidade e de sua individualidade,  reconhecendo nesta as múltiplas referencias identitárias que a constituem.
    [14:23] <Lbomfim> Por isto que o começo do reconhecimento do outro se dá quando este é reconhecido como humano, e enquanto tal, ou seja, a partir dos atributos de sua espécie, orienta a sua práxis social para a realização dos atributos humanos.
    [14:23] <Lbomfim> Sem este duplo reconhecimento do outro, a educação do ser humano pelo educador cumpre assim a “profecia” crítico-reprodutivista de ser mero Aparelho Ideológico de Estado (Althusser, Enguita, Ponce).
    [14:24] <Lbomfim> Mas quando o docente assume o poder decisório no espaço de autonomia que as determinações do Capital lhe permitem, - já que, como nos ensina Marx em A Ideologia Alemã,
    [14:24] <Lbomfim> “não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência” -, então ele se poe como sujeito de sua práxis social, podendo realizar ou não uma práxis social cujos conteúdos axiológicos efetivamente se contrapõem à lógica do Capital.
    [14:24] <Lbomfim> Como vimos, educar não é uma ação de um sobre o outro, mas sim um processo, uma experiência a ser realizada por distintos sujeitos. A educação escolar não só é um direito constitucional dos cidadãos,
    [14:25] <Lbomfim>  mas, no caso dos absoluta e relativamente incapazes, é também um dever para seus representantes, senão uma obrigação. O seu descumprimento pode implicar em sanções administrativas e penais para estes.
    [14:25] <Lbomfim> Para os discentes, ir para a escola é tanto um prazer propiciado pela socialização, como também uma obrigação. E enquanto tal ela representa uma vontade que não nasce no indivíduo, mas sim que foi a este imposto.
    [14:26] <Lbomfim> A ele é dito que ele tem que ir para a escola, mas para que? - Para ter uma profissão, para ganhar dinheiro, para ficar rico. Mas por que devemos aprender uma profissão na universidade?
    [14:26] <Lbomfim> - Por que devemos aprender para ganhar dinheiro? - E por que o indivíduo deve ganhar dinheiro para acumular riqueza? - O que isto tem a ver com sua ontologia? - Por mais que as respostas pareçam óbvias a estas perguntas, a sua fundamentação não o é, especialmente esta última. (Caso de Kant)
    [14:27] <Lbomfim> Por isto que entendemos que ensino e educação são atividades de persuasão, de convencimento. Ninguém pretende ensinar e educar sem querer convencer o outro a permitir ser ensinado e educado por ele.
    [14:27] <Lbomfim> Mas o que é determinante para que este convencimento ocorra? - - A retórica? - A performance didático-pedagógica? - Certamente que uma boa retórica e um bom planejamento e desempenho didático pedagógico são imprescindíveis, mas são eles suficientes para a persuasão do educando?
    [14:28] <Lbomfim> - Depende do que se pretende persuadir. Se a persuasão se limita ao aprendizado da matéria de ensino, à realização das tarefas escolares, certamente que sim, desde que a empatia medeie a relação professor-aluno.
    [14:28] <Lbomfim> Mas se ela pretende convencer o educando da necessidade de sua emancipação humana, de que este se aproprie das matérias de ensino na perspectiva desta, assumindo o desafio de efetivar em sua práxis social a base axiológica da proposta educacional do educador, aí não.
    [14:29] <Lbomfim> Tanto ensinar como educar na contemporaneidade estabelecem para o professor o desafio de se apropriar das linguagens socialmente válidas para os distintos grupos de educandos.
    [14:29] <Lbomfim> Conversar com pessoas adultas vai exigir a linguagem validada pela socialização determinante no processo formativo delas, a qual está fundada no logos direto, sem a mediação de recursos tecnológicos, marcada pela forte influencia das mídias televisiva, radiofônica e jornalística.
    [14:30] <Lbomfim> Já para conseguir dialogar com os jovens, adolescentes e crianças de hoje é necessário o domínio das Tecnologias da Comunicação e Informação, sem as quais o desinteresse, o enfado e a representação de obsolescência do que se oferece atuam contra a intenção formativa do educador.
    [14:30] <Lbomfim> O uso das TICs não é aconselhável simplesmente pelo aspecto formal de sua linguagem, mas por seus atributos.
    [14:31] <Lbomfim> As Tecnologias da Comunicação e da Informação tem virtudes e potencialidades que possibilitam a construção de intertextualidades múltiplas, propiciando enormemente a intensificação da dinâmica na mediação didático-pedagógica, ao mesmo tempo que, violando a noção cartesio-newtoniana de tempo-espaço
    [14:31] <Lbomfim>  é capaz de interconectar diferentes sujeitos em diferentes espaços, tempos e campos reflexivos, dando possibilidade aos seus usuários de reproduzir processos históricos, geográficos, políticos, biológicos, químicos, físicos, alguns destes impossíveis ao olhar macroscópico humano.
    [14:31] <Lbomfim> Não entendemos que o mundo tornou-se uma Aldeia Global, pois os processos excludentes propiciados pelo uso reificante das TICs são perversos e em grandes proporções.
    [14:32] <Lbomfim> Contudo, não podemos deixar de admitir que as TICs possibilitaram objetivamente a transformação do mundo em uma grande Aldeia Global, mas cuja apropriação pelo Capital implicou na intensificação dos processos de alienação,
    [14:32] <Lbomfim> quando o ser humano, treinado na cotidianidade social capitalista a tomar como sua uma natureza que lhe é estranha, assume os atributos do Capital, especialmente do Capital Financeiro, como princípios de vida.
    [14:33] <Lbomfim> Se por um lado, ensinar sob tal contexto tecnológico tornou-se muito mais dinâmico, menos oneroso fisicamente, com maiores possibilidades de enriquecimento da qualidade didático-pedagógica das aulas,
    [14:33] <Lbomfim> por outro, tornou-se muito mais desafiador para o professor que tem diante de si um aluno qualificado a checar as informações que lhe são transmitidas, bem como disputa a atenção com concorrentes imediatamente muito mais prazerosos que sua fala, tais como o tablet, o celular, o jogo, a música.
    [14:33] <Lbomfim> Convencer o aluno a aprender não pode dar-se pela exclusão na experiencia de aprendizagem dos recursos que o educando domina e que ao mesmo tempo mediatizam a linguagem que que ele preferencialmente utiliza.
    [14:33] <Lbomfim> Assumir este desafio é assumir o não domínio de um saber, de uma tecnologia, de uma linguagem que não conhece ou que não conhece como seu educando. Isto exige do professor colocar-se como aprendiz de seu aluno, reconhecendo e valorizando os saberes prévios que ele domina, vendo nele, em relação a  esses saberes, a mesma autoridade de ensino que encarna.
    [14:34] <Lbomfim> Se o ensino enquanto campo de transmissão de conhecimentos e de formação de habilidades e de atitudes de cognição exige a prática de valores correspondentes com a ontologia humana,
    [14:34] <Lbomfim> a educação do ser humano, a sua humanização pelo trabalho da escola, em especial do professor, exige do educador não só que ele seja um bom ensinante nos termos explicitados acima, mas também que ele oriente sua práxis social para a emancipação do ser humano.
    [14:35] <Lbomfim> Esse indivíduo, consciente de seus atributos de espécie constrói uma identidade com a mesma, orientando a sua atitude em sociedade, sua práxis social para a consecução de seus atributos humanos,
    [14:35] <Lbomfim>  estabelecendo suas demandas individuais sem antagonizar-se com as demandas de emancipação de sua espécie, não subordinando o bem comum ao seu bem individual, satisfazendo suas necessidades sem se opor às necessidades de sua espécie.
    [14:35] <Lbomfim>  Enfim, o educador educa quando ele convence seus educandos da verdade de seus princípios, da concepção de mundo e de ser humano que ele defende pelo projeto de vida, de felicidade que ele busca
    [14:36] <Lbomfim> realizar em sua vida, em sua cotidianidade social, sem ocultar suas vulnerabilidades, contradições e antinomias axiológicas, assumindo, ao invés de justificar ideologicamente as mesmas.
    [14:36] <Lbomfim> Como nos ensina Heydorn, o educar é um ato silencioso realizado por uma práxis (social e educacional) que se orienta para a realização dos atributos humanos.
    [14:36] <Lbomfim> O exemplo de uma práxis social que efetiva os princípios humanizadores que discursa em sala e em todo ambiente educacional, é a causa eficiente que, constituída de legitimidade moral poderá exercer alguma influencia educacional emancipatória sobre os educandos.
    [14:36] <Lbomfim> Para Heydorn não basta que a práxis profissional (pedagógica) seja eficaz, pois para educar é imprescindível que esta esteja alicerçada em uma práxis social explicitamente auto-humanizante. Neste sentido sentencia ele:
    [14:37] <Lbomfim> É uma inversão dos verdadeiros fatores educacionais, quando se pretende orientar o professor em sua tarefa de educar jovens para a independência e o juízo crítico sem demonstrar seu compromisso com a realidade. No entanto, quando um professor não sabe convencer os educandos de sua responsabilidade, ele torna uma educação do caráter impossível. Educação é em última instancia um ato totalmente silencioso, ela é a transmiss
    [14:37] <Lbomfim> Mas, peguntaria Marx a Heydorn: É a consciência que determina a vida ou a vida que determina a consciência? - E este responderia: A vida condiciona sim a consciência, mas cabe ao ser sócio-historicamente auto-constituinte exercer seu poder deliberativo nas condições dadas
    [14:37] <Lbomfim> , selecionando os valores que devem constituir sua base axiológica, e a partir desta, nas condições impostas pelo real, a partir dos saberes, habilidades e atitudes de cognição de que dispõe, valorar os princípios que referendam sua humanidade.
    [14:37] <Lbomfim> Se por um lado Marx enfatiza a enorme vulnerabilidade da singularidade ante/no real, por outro ele deixa muito claro que o sujeito da práxis social é sempre o próprio indivíduo, ainda que a realidade na qual a consciência se faz não é de imediato seu produto.
    [14:38] <Lbomfim>  Para os descrentes de plantão, para os marxistas-leninistas, isto que eu estou afirmando é uma heresia, pois em Marx não existe o indivíduo, ele não fez esta abordagem que só se encaixaria em uma interpretação liberal.
    [14:38] <Lbomfim> Se é bem verdade que Marx não contempla a superação do estranhamento sob a ótica do indivíduo, por outro lado não é verdade que este está morto em sua filosofia. Isto seria um problema sério para a realização da décima primeira tese sobre Feuerbach.
    [14:38] <Lbomfim> Como transformar o mundo sem a participação, adesão do indivíduo a um processo revolucionário? - Como este seria possível? - Através de um processo de geração espontânea? - Como deveríamos assim interpretar a seguinte passagem de Marx:
    [14:39] <Lbomfim> […] Mas a primeira condição exigida para a liberdade é o autoconhecimento, e o autoconhecimento é uma impossibilidade sem a autoconfissao (MARX, 1968f, p. 28)
    [14:39] <Lbomfim> Deixo para os e as colegas esta tarefa. Mas apenas para incitar a reflexão faco algumas perguntas: O que é auto-conhecimento para Marx? - E o que é auto-confissão? - Existe a possibilidade de uma auto-confissão coletiva? - Ele está se referindo a que? - Ao indivíduo ou à coletividade? - Resolvida estas questões podemos traduzir a assertiva.
    [14:39] <Lbomfim> Para aumentar o escândalo de minha fala herética, lembro de uma outra passagem de um texto bem conhecido, mas não muito bem digerido por parte de seus intérpretes, Os Manuscritos Economico-Filosóficos. Neste texto Marx utiliza uma categoria de análise que ele não aplica mais em suas análises posteriores. Trata-se da Superação Positiva da Propriedade Privada. Assim  se expressa Marx:
    [14:40] <Lbomfim> A superação positiva da propriedade privada como a apropriação da vida humana, é assim a superação positiva de todos os estranhamentos, ou seja, o retorno do ser humano da religião, da família, do Estado etc., em seu ser/estar humano, isto é social.
    [14:40] <Lbomfim> Se Marx fala de Superação Positiva da Propriedade Privada, então ele também trabalha analiticamente com a Superação Negativa da Propriedade Privada. Qual a diferença entre elas?
    [14:40] <Lbomfim> - Enquanto a segunda se refere ao fim da propriedade privada nas relações sociais de produção, a primeira se refere ao fim da propriedade privada como uma necessidade do indivíduo.
    [14:40] <Lbomfim> Marx está se referindo à necessidade da auto-educação para a superação plena da propriedade privada. A superação negativa não faz com que a propriedade privada desapareça enquanto uma necessidade de ter dos indivíduos. Esta superação cabe a cada um de nós.
    [14:41] <Lbomfim> Tal superação é um projeto de vidas por sucessivas gerações, pois enquanto a lógica do Capital for dominante na sociedade, estará o ser humano alienado para sua reprodução, a qual é realizada pela totalidade (a maioria) das práxis sociais, as quais o reproduzem.
    [14:41] <Lbomfim>  Se a alienação do ser humano faz-se por suas práxis sociais, logo a sua superação não é uma utopia irrealizável. Ademais como nos ensina Czeslaw Milosz em seu poema Deus no Mundo:
    [14:41] <Lbomfim> Quando eu morrer, verei o avesso do mundo. O outro lado, além do pássaro, da montanha, do poente. O significado verdadeiro, pronto para ser decodificado. O que nunca fez sentido, fará sentido, O que era incompreensível, será compreendido. - Mas, e se o mundo não tiver avesso? Se o sabiá na palmeira não for um signo, Mas apenas um sabiá na palmeira? Se a sequência de noites e dias não fizer sentido E nessa Terra não houver n
    [14:41] <Lbomfim> Assim busca o Educador que educa!      Quantos assumem o risco do ônus de assim pensar?
    [14:42] <Lbomfim>  OPS O POEMA SAIU INCOMPLETO
    [14:42] <Lbomfim> Quando eu morrer, verei o avesso do mundo. O outro lado, além do pássaro, da montanha, do poente. O significado verdadeiro, pronto para ser decodificado. O que nunca fez sentido, fará sentido, O que era incompreensível, será compreendido. - Mas, e se o mundo não tiver avesso? Se o sabiá na palmeira não for um signo, Mas apenas um sabiá na palmeira? Se a sequência de noites e dias não fizer sentido E nessa Terra não houver n
    [14:42] <Lbomfim> oPS DE NOVO!
    [14:42] <Lbomfim> Mesmo se assim for, restará uma palavra Despertada por lábios agonizantes, Mensageira incansável que corre e corta Campos interestelares, corta galáxias que giram, E clama, reclama, grita.
    [14:43] <Lbomfim> Obrigado pela atencao e desculpe a inexperiencia
    [14:43] <thalita_> Muito obrigada, professor Luciano
    [14:44] <adelmaa> clap clap clap clap clap clap ....
    [14:44] <thalita_> convidamos então os participantes para discutir o tema abordado pelo conferencista
    [14:44] <wandufla> Boa Tarde Professor Luciano, Inicialmente Parabéns! Achei maravilhosa a apresentação.
    [14:45] <Lbomfim> Fico feliz
    [14:45] <Lbomfim> Obrigado Adelma
    [14:46] <Lbomfim> Obrigado Thalita
    [14:46] <wandufla> Hoje em dia temos analisado de certa forma um retrocesso no processo educacional, pois observamos que o que exigem dos educadores são apenas numeros. Como voc~e analisaria essa situação, haja vista temos inúmeras possibilidades de melhorar ese proceso educacional?
    [14:46] <brunoforgiarini> \o?
    [14:47] <Woodsonfc> clap clap clap
    [14:47] <Lbomfim> Wandufla, a pressao sobre os docentes é enorme. A maioria cansada do chicoteamento das condicoes materiais de vida e de trabalho, especialmente das violencias simbólicas de que sao alvo, capitulam.
    [14:47] <adelmaa> Prezado Luciano, gostaria apenas de comentar que este professor que não estava se inteirando do uso das tecnolgoias tem mudando muito, especialmente movidos pelas perguntas aguçadas dos alunos.
    [14:47] <jpmartins> palestra muito boa, porque vem ao encontro da questão do protagonismo no discurso do professor, justamente em um momento que o professor é um mediador...afinal os alunos dependem desse discurso para que sua formação seja gerada?
    [14:47] <Lbomfim> Com certeza Martins
    [14:48] <Lbomfim>  Mas estou no Nordeste, no Semi Árido e a realidade por aqui ainda é muito dura.
    [14:48] <adelmaa> Trabalho NO CEAD/UFOP e cooordeno osprofessore  orientdnors de TCC e fico extasiada ao receber as ifnromaçoes od smeus professores que seu alunos (( professores de escolas publicas) estão deman
    [14:48] <Lbomfim> Especialmente na zona rural. Assim como no Vale do Jequitinhonha
    [14:48] <adelmaa> dando orientação para tornar suaprática masi dinâmica,mas viva.
    [14:48] <Lbomfim> O processo é contínuo e inexorável
    [14:48] <Lbomfim> concordo.
    [14:49] <adelmaa> Isso é consequência direta da mudança depapel do professor. das demanas da sald e auals com alunos da geração y.
    [14:49] <Lbomfim> Mas quando vejo meus colegas de universidade deixando de ministrar aula porque viajou paraum evento academico, podendo ministrar a aula a distancia, ou se recusarem a estreitar lacos com os alunos criando GTs no WhatsApp eu fico assustado
    [14:50] <Lbomfim> Concordo Adelma
    [14:52] <jpmartins> mas se o professor que também tem uma realidade dura, logisticamente e psicologicamente falando tem possibilidades de ser um exemplo persuasivo positivo para seus alunos, já que muitos alunos dependem do discurso para trazer-lhes infinitas perspectivas positivas de futuro?
    [14:52] <Lbomfim> A tese posta acima é por demais verdadeira. A mudanca da linguagem no ambiente infanto-juvenil e jovem tem exercido uma  pressao determinante sobre a formacao e atitude didatico-pedagógica do professor.
    [14:53] <wandufla> Concordo, Com vocês, enquanto o professor utilizar a penas o discurso do livro, lousa e prova ele nao vai conseguir fazer com que o aluno avance na barreirra do conhecimento.
    [14:53] <adelmaa> Este é um problema sério. Na verdade, temso que conscinetizar osprofessores para a construção do conhecimento de como usar as tics apenas como insturmentos e não um fim em si mesmo.
    [14:53] <Lbomfim> As condicoes adversas estabelecem limites scruéis aa formacao educacional-escolar dos alunos.
    [14:54] <Lbomfim> Quanto menos condicoes materiais de vida e de trabalho, quanto mais pressao para o aligeiramento da formacao, menos poder formativo terá o professor.
    [14:54] <Woodsonfc> Pois então, Prof. Luciano, há uma apropriação de discursos para intervir nas escolas com atividades aparentemente cada vez mais voltadas para a socialização, mas será que nossos alunos estão mesmo se apropriando do conhecimento e das formas de conhecer qdo se abandona o ensino dito conteudista / formal em prol dessas outras abordagens, muitas vezes colocadas em mãos de oficineiros , monitores etc.?!
    [14:54] <Lbomfim> Concordo plenamente com sua conclusao Adelma.
    [14:54] <adelmaa> Para uma geração,como a minha, que nunca dicsutiu TICS nadurante sua formação,começar a fazer uso destes recursos de forma sgnificativa é um constante  desafio.
    [14:54] <wandufla> O professor mesmo que ainda desprovido de determinados recursos com certeza nunca perderá a criatividade e a inventividade.
    [14:55] <Lbomfim> Apresentar as TICs como a solucao dos problemas dos professores é transformá-las em ideologia. Mais um modismo pedagógico.
    [14:55] <Lbomfim> Aí está a contraditoriedade do real Wandufla
    [14:56] <Lbomfim> Como nos ensina Marx "o concreto é concreto porque ele é a síntese de múltiplas determinacoes, logo unidade do diverso
    [14:56] <josiel> aqui no Pará tem uma lei onde os alunos são proibidos de utilizarem qualquer meio eletronico: como celular e outros MP3
    [14:56] <Lbomfim> É  outro equívoco. Isto só aguca a vontade.
    [14:57] <josiel> e constantemente somos obrigados a levar alunos à direção
    [14:57] <Lbomfim> O caminho é os professores se apropriarem das TICs
    [14:57] <adelmaa> Retrocesso!
    [14:57] <Madu> Na escola em que eu trabalho tem a tal lei que proibe o celular, em todas as salas.
    [14:57] <Woodsonfc> Fora das TICs não há solução?!!
    [14:57] <adelmaa> Por isso cito aqui o musachio para este aluno que está ai uma nova escola há de surgir.
    [14:58] <Lbomfim> Quando eu ministro aulas eu autorizo os alunos a gravarem, peco que consultem determinadas informacoes, que procurem uma poesia ou música para mim ou uma determinada obra.
    [14:58] <Woodsonfc> É lei municipal na PBH tb
    [14:58] <Lbomfim> Sei
    [14:58] <jpmartins> o que eu acho que falta planejamento por parte dos professor de dizer para os gestores que tem autonomia e planejar suas aulas utilizando as TICs...muitos diretores (fora da realidade) acham que quano aluno utiliza internet ele está brincando.
    [14:58] <Madu> Eu uso o celular como reurso pedagógico e os alunos amam. É uma troca constante. Eles me ensinam
    [14:58] <thalita_> se apropriarem não só da tecnologia mas de como "manuseá-la" para trabalhar as habilidades e competências que ele deseja
    [14:58] <Lbomfim> Calro Madu.
    [14:59] <Lbomfim> Ops claro
    [14:59] <adelmaa> Achoque a discussão  tem que se rpermmedada de questionamentos: 1 Quando elas se tornam relevantes na sala de uala? 2. Emquual contexto deve ser usado; 3. Qual o objetivo eu quero atingir/ 4, Como devo usar? e ssim por diante.
    [14:59] <Lbomfim> Quando um aluno comecar a manusear o celular ou tablet pde a ele uma ajuda com o recurso tecnológico que ele está usando
    [14:59] <thalita_> *que eles desejam
    [14:59] <Madu> Isso tem um preço. Ainda ontem recebi minha avaliação profissional e um dos itens diz que eu estou constantemente
    [14:59] <ericamg> Eu acho que alguns podem ter um pouco de reseio de entrar a tecnologia e eles não darem conta
    [14:59] <adelmaa> as ticas assim como outro recusos qualquer requer planejamento e não apenas entregar table, ipad, cacesso ao computadro de mesa etc.
    [14:59] <Lbomfim> Certamente Adelma
    [15:00] <Woodsonfc> Com alunos de ensino fundamental, o smartphone realmente não ajuda, mas não há tempo para ensinar o uso de outra forma!
    [15:00] <thayane> eu também moro aqui no Pará sei que é proibodo os alunos utilizarem o celular mas procuro trabalhar com eles os textos nos celulares
    [15:01] <Madu> transgredindo as normas da escola.
    [15:01] <Lbomfim> OS PROFESSORES DE FÍSIC, QUÍMICA E BIOLOGIA PODERIAM EXPLORAR O USO DESTES APARELHOS A FIM DE QUE OS ALUNOS POSSAM TER INFORMACOES PARA DECIDIREM COMO USAR E NAO SIMPLESMENTE SEGUIR O IMPULSO.
    [15:01] <adelmaa> Temso eu a profa Madu Ferreira, também do grupo STIS temso vários exemplos de como elas, as tics, foram isntrumentos de mudança de  nossa prática no trabalho deorientaão deprofessores de escolas publicas.
    [15:01] <Lbomfim> Desculpe a caixa alta nas letras
    [15:02] <thayane> não, essa lei foi pra evitar transtornos dentro da sala de aula entre professor e aluno mas acho que trabalhar isso de forma organizada pode gerar bons resultados
    [15:02] <Madu> Eu me aproximo muito mais do meu aluno com atividades que usam tecnologias.
    [15:02] <adelmaa> Porém, até seu uso nós tivemos que trabalhar as questões colocadas acima. Os propósitos que queríamos alcançar.
    [15:03] <Lbomfim> Concordo Thayane. O uso se tornou um problema porque agucou outros problemas já existentes e que nunca foram resolvidos.
    [15:03] <Woodsonfc> Acho que o uso das tecnologias depende de algum planejamento e controle que a cultura do uso do equipamento ainda não permite
    [15:03] <Madu> São muitos os desafios com a direção da escola, sempre, mas tentamos.
    [15:03] <adelmaa> Ás vezes, fico sempre com medo, e também atenta que osprofessores veem no uso de tics a ponte para a relação professor aluno...
    [15:04] <adelmaa> eu vejo que ela pode ser aponte onde nós docnetes podemos anda lado ao lado dos alunos.
    [15:04] <Woodsonfc> É preciso uma estratégia e metodologia para poder introduzi-la na aula sem que se gere ainda mais conflitos e sem que fique massante e previsível o seu uso!
    [15:05] <adelmaa> é uma forma de nos colocar lada a lado.  Este diferença é tênue!!!!
    [15:06] <Lbomfim> Se descobrirmos sobre quais problemas os uso dos eletronicos estao assentados, descobriremos como resolver o problema do uso dos eletronicos em sala de aula pelos educandos
    [15:06] <adelmaa> Prof Bonfim o que o senhor me diz deste pensamento do Benjamim Franklin: "Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu lembrarei. Cativa-me e eu aprenderei."
    [15:06] <Madu> É certo Woodsonfc, logo logo ficam repetitvas.
    [15:06] <Woodsonfc> Não vejo que os alunos dominem tanto as tics como se diz, eles não estariam apenas usando como a Majors desejam que façam e portanto estando se colonizando como aqueles que não têm acesso a tecnologia?!
    [15:07] <Lbomfim> Aí está a chave do problema. mas como o nosso colega já pontutou o professor nao é um Super Herói. E enquanto humano ele padece dos golpes que sofre.
    [15:08] <Lbomfim> O altruísmo tem um preco. Estamos dispostos a arcar com os diversos onus que ele gera em uma sociedade regida pela lógica do Capital?
    [15:08] <brunoforgiarini> Concordo com o Woodsonfc. Percebe-se que os alunos exploram várias redes e recursos online, mas isso não significa que dominem tudo. Muitas, inclusive sequer sabem usar um e-mail.
    [15:09] <Lbomfim> Gostei muito da provocacao do <Woodsonfc>
    [15:09] <Lbomfim> Devemos trazer ela para o debate. Aí deve existir um outro mito.
    [15:09] <Madu> Qual, a colonização?
    [15:09] <Woodsonfc> Eu vejo, por exemplo,  que o Teatro tem feito muito pelo ensino da leitura e entusiasma tanto ou mais que os Tics, a questão não é tanto do uso ou não das Tics mas da forma como se usa. O que vc acha, prof. Luciano?
    [15:10] <debora_> De fato!
    [15:10] <brunoforgiarini> Formatação de trabalhos escolares em editores de texto ou planilhas eletrônicas são bons exemplos disso que o Woodsonfc citou
    [15:10] <debora_> Muito bem observado.
    [15:10] <thalita_> eu também vejo um problema na forma como muitos alunos usam as tics. mesmo saber mandar e-mail ou saber utilizar a internet não quer dizer que façam um bom uso. nem todos são letrados digitalmente, apesar de saberem manusear a tecnologia
    [15:10] <debora_> isso pode ser um problema...
    [15:10] <Lbomfim> Concordo <Woodsonfc>
    [15:11] <adelmaa> Na minha opinião eles desenvolveram a habilidade do uso através da manipulação po rexperimentação, não para sua formação educativa, mas para sua diversão, o que, às vezes, leva o sujeito a descobertas extraordinárias também na campo educadional.
    [15:11] <Lbomfim> Thalita voce acabou de delimitar um tema de pesquisa
    [15:11] <debora_> sorriso
    [15:11] <Lbomfim> Investigar as contradicoes é o caminho para compreensao.
    [15:12] <thalita_> Lbomfim, a minha pesquisa envolve essa ideia
    [15:12] <Lbomfim> ah!
    [15:13] <thalita_> isso é algo que me intriga
    [15:13] <Lbomfim> Muito bom Thalita
    [15:13] <Lbomfim> Adorei seu projeto
    [15:14] <thalita_> obrigada, professor
    [15:15] <Woodsonfc> Prof. Lbomfim, desculpe  que vou insitir na pergunta que fiz lá atrás e que acho que passou batida:
    [15:15] <Woodsonfc> Pois então, Prof. Luciano, há uma apropriação de discursos para intervir nas escolas com atividades aparentemente cada vez mais voltadas para a socialização, mas será que nossos alunos estão mesmo se apropriando do conhecimento e das formas de conhecer qdo se abandona o ensino dito conteudista / formal em prol dessas outras abordagens, muitas vezes colocadas em mãos de oficineiros , monitores etc.?!
    [15:15] <brenobelem> sorriso
    [15:15] <Lbomfim> A partir dos que voces consideraram eu concluo que mais importante do que a apropriacao de uma linguagem é a lógica, o sentido de sua apropriacao.
    [15:15] <adelmaa> A verdade é que n´so como educadores devemos olhar este aprendi zado de duas formas: (i) não insntitucionalizado, portanto liver a bsuca e pulos depaginas e sites em site como so nossolausno fazem no seu dia d dia fora da escola;
    [15:17] <jpmartins> eu concordo com a profe Adelma, acho que precisa ser norteada a maneira de usar as tics na sala de aula, com planejamento...porque estou utilizando, qual objetivo, que aprendizado o aluno terá...softwares, sites, sobre os conteúdos...ambiente virtual para discutir os assuntos,,,vejo que anda muito solto esse planejamento...
    [15:17] <Lbomfim> Caro <Woodsonfc> acho que devemos dialogar um pouco com o Prof. Newton Duarte sobre as PEdagogias do Aprender a Aprender
    [15:17] <jpmartins> usar por usar, sem planejar abre brechas para críticas
    [15:17] <Lbomfim> pois secundarizar os conteúdos é fragilizar a formacao teórica e isto é uma grave erro.
    [15:19] <jpmartins> dou um exemplo de uma estratégia de leitura utilizando o Cloze do Software Hot Potatoes, primeiramente os alunos que faziam esse exercício no software se entusiamavam...se agitavam...então a supervisão pensou que estavam jogando no Lab de Informática
    [15:19] <adelmaa> ou (ii) aquel e inatitucionalizado nas agências de letramento , lugar esse pensado para a instucionalização do saber formal, ou seja, aprender as regras de como se escreve a escrita acadêmica.
    [15:19] <jpmartins> bastou levar o plano de aula com as discussões teóricas sobre estratégias de leitura que tudo se resolveu
    [15:19] <jpmartins> o professor que trabalha com as Tics deve sim planejar o tempo todo
    [15:19] <Lbomfim> Todo professor
    [15:20] <josiel> Acho que voltamos ao inicio das discurssão, ao famoso planejamento.
    [15:21] <josiel> acho que tudo passa por ele, sempre amigos.
    [15:21] <adelmaa> Maravilha!!!  Sim! E ter mais, ele elaborar plano dinámico para a sua aula.
    [15:21] <Lbomfim> Aí o debate se apimenta por que como vou exigir que um professor que tem 14 a 21 turmas e de 700 a mil alunos planeje?
    [15:22] <jpmartins> pois professor, porque o professor ainda fica nessta questão...de 60 a 80 horas...se não pode nem planejarw
    [15:22] <jpmartins> ?
    [15:22] <jpmartins> por quê?
    [15:22] <thayane> Mas eu acho que esse professor tem que ter responsabilidade sobre seu trabalho
    [15:23] <jpmartins> claro, é óbvio que um professor de 60 horas terá sim problemas para planejar
    [15:23] <Woodsonfc> Não é que o problema seja necessariamente de planejar, mas da falta absoluta de tempo para diversificar e desenvolver formas autônomas de aprendizado que demandem alguma construção de tarefas, tempos e espaços. O que  se vê é que essa possibilidade não é dada ao professor na escola básica!
    [15:23] <adelmaa> Acho que o advento das ticas e/ou seu aparecimento também nas sala de aulas fez a escola despertar para o aprofundamente da discussão da necessdiade da formação d eprofessores, uma formação masi reflexiva entre oque era a escola
    [15:23] <adelmaa> e o lugra que ela deverá ser ou deve ser.
    [15:24] <adelmaa> Quano aqui falo professores , quero também ibcluir todos os agentes da educação...
    [15:24] <adelmaa> gestores coordeadores, pedagogos..
    [15:24] <adelmaa> etc.
    [15:24] <Lbomfim> Concordo Wondsonfc
    [15:25] <adelmaa> Verdade, Woodsonfc!
    [15:25] <jpmartins> olha...o governo implantou, promoveu acesso para que as escolas ganhassem Tablets e tudo mais, porém, quando os alunos apareciam em casa sem caderno cheio e erravam no momento de alguma aula...vinha a culpa do professor que só brincou, não deu aula...
    [15:25] <jpmartins> acho que a escola não faz direito esse trabalho com os pais de explicar como são as aulas
    [15:25] <jpmartins> com uso das TICs
    [15:26] <adelmaa> Esse também é um problema sério, uma cultura disseminada: professor bom é apenas aquele conteudista.
    [15:27] <adelmaa> Na verdade , prezado jpmartins, nós estamso agora começando a discutir esta questão com o professor. Este diálogo tem que ser muito mais amplo envolvendo todos os atores do processo educacional. e não apenas os pais.
    [15:28] <Lbomfim> Sim Adelma, mas é preciso afirmar a centralidade do conhecimento científico na formacao do educando.  Pois a autonomia crítico-reflexiva que devemos objetivar desenvolver com ele só pode ser trabalhada a partir dos saberes.
    [15:28] <Woodsonfc> Acho que não é boa essa palavra CONTEUDISTA, há uma distorção nisso, acho que o conteúdo não é o problema, mas a falta de condição para mediar o conteúdo por outras expressões, formas de dialogar com esse conteúdo e com tempo e
    [15:29] <Lbomfim> Biiinnnnggggoooo!
    [15:29] <Woodsonfc> etapas adequadas
    [15:31] <Woodsonfc> Prof. Lbomfim, acho que podemos encerrar, não!?
    [15:32] <Lbomfim> Eu agradeco as aulas que os participantes deste grupo me deram. Aprendi bastante.
    [15:32] <Woodsonfc> Tem alguma consideração a fazer ? Alguém tem mais alguma questão?
    [15:32] <debora_> Obrigada!
    [15:33] <debora_> Aguardo o próximo! Parabéns!
    [15:34] <thalita_> Gostaríamos de agradecer o nosso conferencista convidado prof Dr. Luciano Sérgio Ventin Bomfim pela brilhante participação.
    [15:34] <thalita_> Agradecemos a todos os participantes pela honrosa presença.
    [15:34] <Lbomfim> Eu mais uma vez agradeco sinceramente pela acolhida.
    [15:34] <Woodsonfc> Agradeço imensamente Prof. Dr. Luciano Sérgio Ventin Bomfim e evidentemente que aprendemos muito com sua palestra e considerações!
    [15:35] <thalita_> Para ter acesso a todas as palestras do STIS basta clicar do lado direito da página do STIS em registro, em seguida clicar na palestra escolhida e quando esta janela se abrir clicar abaixo dos resumo em“registro aqui” (em azul) 
    [15:35] <jpmartins_> Parabéns pela palestra professor Luciano e todas as discussões aqui levantadas...vejo que são mkuitas sempre...trabalho com educação não existe tempo encerrado é sempre uma construção, adaptação, mediação contínuas...
    [15:35] <jpmartins_> abração até as próximas palestras.
    [15:35] <thalita_> Para receber o certificado do evento basta encaminhar uma mensagem para o STIS neste endereço:   stis@textolivre.org com os seguintes dados: nome completo e apelido usado durante o evento.
    [15:35] <Lbomfim> Abracos em todos e todas
    [15:36] <thayane> sucesso professor!
    [15:36] <Lbomfim> Idem Thayane
    [15:36] <thayane> obrigado
    [15:37] <Woodsonfc> Obrigado e lembrando que dia  24  DE JUNHO:   Tópico:  Conferencistas: Profª Drª. Ana Cristina Fricke Matte                             Profª  Dr Tel Amiel, professor do IEAL/UNICAMP
    [15:37] <josiel> até a próxima
    [15:37] <Woodsonfc> Lembrando que dia 24  DE JUNHO teremos outro encontro com o  Tópico:  Conferencistas: Profª Drª. Ana Cristina Fricke Matte                             Profª  Dr Tel Amiel, professor do IEAL/UNICAMP
    [15:37] <adelmaa> Agradecemos participação de todos. A conferência foi relevantéssima asim como a discussão que se seguiu.
    [15:38] <adelmaa> Peço a todos que  ajudem-nos  a divulgar nosso evento em suas redes.
    [15:38] <debora_> 24 ou 26?
    [15:38] <Woodsonfc> Obrigado pela presença de vocês e do professor, e quem quiser o certificado pode verificar como fazer na nossa página do STIS
    [15:39] <Woodsonfc> http://stis.textolivre.org/site/
    [15:40] <Woodsonfc> Quem desejar rever essa conferência basta acessar o endereço: http://stis.textolivre.org/site/administrator/index.php?option=com_content&task=article.edit&id=84
    [15:40] <Lbomfim> Até a próxima
    [15:40] <adelmaa> Nosso próximo encontro será dia 26 de junho!
    [15:40] <debora_> OK, no site está dia 19. Obrigada!
    [15:40] <brunoforgiarini> Clap, clap, clap!
    [15:40] <debora_> 26 às 14 horas!
    [15:41] <debora_> Obrigada.
    [15:41] <Woodsonfc> Na página do STIS tem como ver o log de outras palestras tb
    [15:41] <adelmaa> Não !!! Nossoproximo encontro serpá no dia 19 de junho.
    [15:41] <adelmaa> É  sempre na terceira sexta-feira do mês,ok!
    [15:41] <adelmaa> Será dia 19 de junho!
    [15:42] <adelmaa> Esta certo Débora!
    [15:42] <debora_> dia 19 às 14 horas então? O site está correto!
    [15:42] <Woodsonfc> Af, então é 19, perdão!
    [15:42] <debora_> OK sorriso
    [15:42] <adelmaa> Dia 19 de junho , às 14:00 horas, horário de Brasília.
    [15:43] <debora_> Certo, obrigada!
    [15:44] <adelmaa> Obrigada ao prof  Woodson Firorini pela apresentação e fechamento e a profa Thalita pela moderação e a todos vocês pela honrosa presneça.
    [15:49] <adelmaa> Abraços! Fiquem em  paz e sejam felizes!

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5. Junho: REA e Gamificação

cartaz STIS junho 2015

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Tel Amiel, Tiago Soares e Ana Cristina Fricke Matte

Conferência dupla STIS JUNHO 2015

Dia 26 de junho das 14 às 15:30, na Sala de Conferências do STIS

Recursos Educacionais Abertos: Identificando “tensões” e redimensionando expectativas (Prof. Dr . Tel Amiel (UNICAMP) e Prof. Tiago Soares (Doutorando USP))

Resumo: Em pouco mais de uma década "Recursos Educacionais Abertos” se tornou ao mesmo tempo promessa, problema e panacéia. Como inúmeras outras inovações incorporadas a educação, entrou para o perverso ciclo de expectativas exacerbadas associadas às "tecnologias educacionais". Foi o estopim para a proliferação de cursos abertos e de material livre, mas também criou novas formas de apropriação e centralização. Promoveu a multiplicação de autores e comunidades ao mesmo tempo que observamos o fortalecimento de conglomerados, países e línguas dominantes. Contribui para fomentar a crítica ao modelo de educação vigente, ignorando a semelhança de suas propostas às tentativas históricas de transformação escolar. Nesta apresentação, faço uma introdução ao conceito de Recursos Educacionais Abertos. No caminho aponto exemplo dos extremos e aponto como esse movimento tem contribuído para fazer uma produtiva ponte entre os anseios de uma educação contemporânea e noções históricas de abertura.

 

O jogador do participa.br: em que web navegamos? (Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte (POSLIN/UFMG))

Resumo: A fim de responder quem é o jogador esperado para o portal participa.br, em implementação pela Secretaria Geral da Presidência da República, com base em observações e discussões realizadas na experiência em ensino a distância e semi-presencial, bem como pela participação, organização e criação de comunidades online relacionadas à cultura e ao software livres, partimos da discussão da definição de web: qual a web que se vende? qual a web que se compra? Não se trata da rede física de computadores, mas da web como espaço de participação social e compartilhamento. Numa primeira visada, pode-se dizer que o conhecimento é compartilhado como um conjunto de objetos partilháveis e que a base da participação é a interação entre usuários humanos. O trabalho indica, por meio de uma análise tensiva, que a diferença entre conhecimento como objeto ou como processo está na base de uma diferenciação crucial entre a imagem-fim do sujeito genérico das redes sociais proprietária e a imagem-fim do sujeito especialista das instituições de ensino, religiosas, governamentais e outras instituições com poder de decisão sobre o estatuto do conhecimento na sociedade. A dinâmica encontrada nas comunidades de cultura livre e de software livre aponta como a relação mais próxima do ideal num mundo de sujeitos diversificados e saberes em processo de construção. São essas as considerações que conduzem a discussão do jogador de um participa.br gamificado.

5.1. registro junho

Registro da Conferência em chat escrito, de 26 de junho de 2015:

 

 Recursos Educacionais Abertos: Identificando “tensões” e redimensionando expectativas
conferencista: Prof. Dr . Tel Amiel (UNICAMP) e Prof. Tiago Soares (Doutorando USP)


 O jogador do participa.br: em que web navegamos?
conferencista: Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte (POSLIN/UFMG)

 

moderador: Equipe STIS

 

 

[14:01] <adelmaa> Prezados conferencistas convidados e participantes, boa tarde a todos! Hoje temos a honra de iniciar os trabalhos do STIS do mês de junho de 2015. Contamos com a presença de grandes pesquisadores e profissionais em nossa sala
[14:01] <AnaMatte> boa tarde!
[14:01] <adelmaa> virtual, obrigada pela participação. Para iniciar nossos trabalhos é com prazer que anuncio os conferencistas convidados deste mês de março, O prof. Dr. Tel Amiel da Universidade Estadula de Campinas (UNICAMP)  e a profa Dra Ana Crsitina Fricke Matte (UFMG) .
[14:01] <adelmaa> Inicialmente apresentarei o prof Tel Ameil. O prof Tel Amiel  graduou-se Comunicação (2000), concluiu a Especialização e defendeu seu  mestrado pela Universidade Estadual (2002) no Instituto Politécnico e
[14:02] <adelmaa> Universidade Estadual da Virgínia, Estados Unidos. Em 2006 concluiu o doutorado em Tecnologia Instrucional pela Universidade Tecnológica da Georgia, UGA, Estados Unidos.
[14:02] <adelmaa> No google acadêmico consta 40 artigos seus publicados e disponibilizados para leitura. O professor tem desde 2010,  295 citações de suas publicações. para leitura de suas publicações favor acessar:
[14:02] <adelmaa> https://scholar.google.com.br/citations?user=JIoLhlcAAAAJ
[14:02] <adelmaa> Para conhecer o professor Tel Amiel basta acessar o you tube e assistir o vídeo cujo título é:  O que é REA - Tel Amiel 


[14:02] <adelmaa> Também dou aqui as boas -vindas ao Tiago é doutorando em história na USP e pesquisador LABJOR e da cátedra UNESCO em Educação Aberta na UNICAMP
[14:02] <adelmaa> Prezado professor seja bem vindo a nossa sala de conferência.!
[14:03] <adelmaa> Nossa segunda conferencista é a profa Dra Ana Cristina Fricke Matte. Um das mais inovadoras pesquisadoras da atualidade. Sua vasta produção pode ser encontrada ao se googlar pelo seu nome.
[14:03] <adelmaa> Hoje, entretanto, não quero reverenciá-la apenas como conferencista, mas parabenizá-la em nome de todo grupo Texto Livre pelos projeto que ela brilhantemente
[14:03] <Tel> obrigado ;)
[14:03] <adelmaa> vem desenvolvendo junto a todos que acreditam em sua forma ética de fazer educação neste pais.
[14:03] <adelmaa> De seu cérebro nasceram ideias geniais de projeto que vem se solidificando tais como a Revista Texto Livre, a projeto Português L, Español Libre, o Gramática, online, o UEADSL, o EVIDOSOL/CILTEC, o nosso STIS, dentre outros.
[14:03] <adelmaa> O que é mais extraordinário na profa Ana Cristina e que todos os que  convivem com ela aprendem para sua vida acadêmica e pessoal é que ela sabe gerir e fazer com que
[14:03] <adelmaa> seus orientandos assumam responsabilidades e acreditem no que estão fazendo e se entreguem a cada projeto de corpo e alma e se motivem a continuar fazendo o melhor em prol da educação deste nosso país.
[14:03] <adelmaa> Perdão professor,mas esta é a primeira vez que a idealizadora deste projeto STIS tão grandioso  está nos visitando como conferencista convidada após eu assumir como
[14:04] <AnaMatte> obrigada sorriso
[14:04] <adelmaa> coordenadora este vento. Nãopdoeria deixar passar sem fazer uma homenagem de todos que compõem este grupo extraordinário o Grupo STIS.
[14:04] <AnaMatte> obrigada mesmo, Adelma, muita gentileza
[14:04] <adelmaa> Gostaria de agradecer a disponibilidade,a generosidade,  delicadeza e amabilidade do Prof Dr. tel Amiel em todas as ocasiões que nosso contato fez-se necessário e urgente. Tê-lo me nosso evento é uma honra.
[14:04] <adelmaa> Ao Tiagopor acreditar em nossa proposta e ser parte deste evento!
[14:05] <Tel> obrigado pelo convite - é sempre bom participar.
[14:05] <adelmaa> Agradeço também a profa Dra Ana Cristina nos dar a honra de sua presença. Passo agora a palavra à Prof Thalita Felício que moderará a sala.
[14:05] <thalita> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
[14:05] <Tiago_> Muito obrigado, agradeço sinceramente o convite
[14:05] <thalita> Para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação dos conferencistas (só por escrito, aqui no chat)
[14:05] <thalita> não temos vídeo nem áudio
[14:05] <thalita> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:06] <thalita> após as apresentações, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:06] <thalita> o código para os slides será indicado no início de cada apresentação
[14:06] <thalita> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[14:06] <thalita> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes
[14:07] <thalita> código para os slides da professora Ana Cristina: matte2015
[14:07] <thalita> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:07] <AnaMatte> Obrigada, thalita e adelmaa, é sempre um prazer participar do STIS e uma hora compartilhar a mesa com os colegas Tel e Tiago_
[14:07] <thalita> Professora Ana Cristina , pode começar quando quiser.
[14:07] <AnaMatte> ok
[14:07] <AnaMatte> [§ CÓDIGO DOS SLIDES: matte2015 (eu aviso quando for mudar de slide)]
[14:07] <AnaMatte> Boa tarde! Antes de mais nada, gostaria de explicar o contexto deste trabalho.
[14:08] <AnaMatte> Quando fui convidada a auxiliar o processo de gamificação do participabr, eu acabara de conhecer o portal e nem estava pensando em Gamificação. Eu só tinha a semiótica pra levar comigo? Não.
[14:08] <AnaMatte> Fui convidada porque:
[14:08] <AnaMatte> a) sou pesquisadora e professora no limiar da linguagem e da tecnologia desde 2006, presencial e a distância.
[14:08] <AnaMatte> b) sou membro de comunidades online de software livre desde 2005
[14:08] <AnaMatte> c) Fundei o o TL a partir dessa relação entre o ensino institucionalizado e a dinâmica das comunidades livres online
[14:09] <AnaMatte> O ponto central desta análise: quem é o sujeito que pretendo trazer, pela gamificação, para o participabr? rede de computadores? rede de usuários? de quem? Para quem?
[14:09] <AnaMatte> Quem é esse jogador?
[14:09] <AnaMatte> [§ SLIDE 2]
[14:09] <AnaMatte> A Web pode ser reduzida a dois conceitos essenciais: conhecimento e compartilhamento. Isso, em essência, existe desde os primórdios da Web, por isso eu particularmente desconfio da ideia de Web2.0
[14:09] <AnaMatte> Quando pensamos em conhecimento, na Web e fora dela, pensamos em repositórios.
[14:09] <AnaMatte> Assim, o conhecimento é um estado, não um processo, é um objeto estável.
[14:09] <AnaMatte> Já o compartilhamento, esse sim concebe-se como processo, não é objeto, é ação, narrativa.
[14:10] <AnaMatte> O compartilhamento fica, nessa concepção, na base das relações entre internautas. E é por isso que o Facebook conseguiu mudar o significado dessa palavra, mas essa é uma conversa pra outra hora.
[14:10] <AnaMatte> Compartilhar é a atividade interativa por excelência na Web e só é possível porque o conhecimento é um objeto compartilhável
[14:10] <AnaMatte> (embora muitas leis de restrição e de copyright estejam lutando freneticamente para impedir isso).
[14:10] <AnaMatte> É assim que entra em cena o Sujeito
[14:10] <AnaMatte> [§ SLIDE 3]
[14:10] <AnaMatte> Essa é a Web que se vende - o ator central é o indivíduo
[14:11] <AnaMatte> - o compartilhamento promove a divulgação do conhecimento pelo mesmo ator que colabora no sentido de aumentar os objetos – conhecimento no repositório online
[14:11] <AnaMatte> Mas, vamos refletir: não se pode dizer, no entanto, que esse indivíduo traveste uma identidade coletiva? A Web pode ser vista como um palco no qual a individualidade é simulada em prol de padrões aceitos, ou seja, de uma padronização.
[14:11] <AnaMatte> Além disso: eu não falei ainda há pouco de repositório de conhecimento? Objeto estático, fechado, partilhável?
[14:11] <AnaMatte> Sim,  mas não livre, porque subsume o conhecimento como conjunto de verdades absolutas.
[14:11] <AnaMatte> [§ SLIDE 4]
[14:11] <AnaMatte> Se pensarmos bem, o conhecimento, assim entendido, exclui o sujeito do processo. Como assim? Não sou eu quem posta material na Web? Como assim, sou excluída?
[14:12] <AnaMatte> O que se nota em geral é uma espécie de osmose, processo na qual o compartilhamento limita-se a corroborar a genialidade ou sabedoria de outrém
[14:12] <AnaMatte> Por exemplo, chega uma frase de efeito no seu facebook. Você compartilha.
[14:12] <AnaMatte>  Como são esses compartilhamentos que constituem sua identidade no Facebook, é natural que a frase de efeito passe a fazer parte da sua constituição, como se fosse sua!
[14:12] <AnaMatte> Tanto que, geralmente, vamos comentar ou “dar um like” para quem compartilhou, não para o autor.
[14:12] <AnaMatte> Conclusão: como o conhecimento não pode ser gerado por qualquer um, mesmo que o usemos para constituir nossa identidade, não somos autores, somos excluídos do processo.
[14:12] <AnaMatte> E essa é a Web que se compra, bem diferente daquela que se vende.
[14:12] <AnaMatte> Mas verdades absolutas? De onde vem isso?
[14:13] <AnaMatte> [§ SLIDE 5]
[14:13] <AnaMatte> De muitos lugares, por exemplo da academia.
[14:13] <AnaMatte> Um bom exemplo de instituição que aceita essa definição de conhecimento é a academia
[14:13] <AnaMatte> - vide ementas
[14:13] <AnaMatte> - vide programas de cursos
[14:13] <AnaMatte> - vide referencial teórico aceito
[14:13] <AnaMatte> (porque se suspeita tanto da Wikipedia, por exemplo???)
[14:13] <AnaMatte> O conhecimento é um estado da ciência. A mudança para outro estado só ocorre por acréscimo ou troca de informação, geralmente sem desdizer o que disse antes.
[14:13] <AnaMatte> Conhecimento como objeto está em todos os lugares, especialmente nas instituições (bibliotecas, hospitais, escolas, governos etc).
[14:14] <AnaMatte> [§ SLIDE 6]
[14:14] <AnaMatte> Agora vamos pensar semioticamente.
[14:14] <AnaMatte> Aprendizagem para a semiótica pode ser definida pela relação entre foco (atenção) e apreensão (escopo do objeto da atenção
[14:14] <AnaMatte> No sistema institucionalizado atualmente, a aprendizagem é um sistema no qual o foco aumenta à medida que a apreensão diminui.
[14:14] <AnaMatte> Dito de outra forma, a abrangência/amplitude/variedade aumenta somente se diminuir a atenção.
[14:14] <AnaMatte> [§ SLIDE 7]
[14:14] <AnaMatte> No mundo institucionalizado valoriza-se a especificidade.
[14:14] <AnaMatte> Quanto mais específico, mais valorizado; quanto mais específico, maior o foco e menor a apreensão.
[14:15] <AnaMatte> Assim, coloca-se o conhecimento num altar:
[14:15] <AnaMatte> - ele é objeto de adoração e aceitação pela maiori
[14:15] <AnaMatte> a
[14:15] <AnaMatte> - é apenas visível em partes, de vez em quando, para manter a credibilidade em sua existência, mas não é completamente acessível a todos (isso está subentendido nessa acepção de conhecimento)
[14:15] <AnaMatte> - somente aqueles dotados de muito conhecimento são autorizados a mexer nos objetos de conhecimento, alterando seu estado.
[14:15] <AnaMatte> - e é notável que a própria existência do conhecimento como totem mantém o poder desses sacerdotes, que passam a ser reverenciados pelos outros. Um círculo vicioso que sustenta, pelo menos até hoje, o status dos possuidores do saber.
[14:15] <AnaMatte> [§ SLIDE 8]
[14:15] <AnaMatte> É esse conhecimento que destrói a via dupla entre conhecimento e compartilhamento, excluindo o sujeito dos processos de enriquecimento dos repositórios de conhecimento.
[14:15] <AnaMatte> - O sujeito, o ator, nesse sistema, só é sujeito, só é ator para outros sujeitos e atores, sem que isso implique nele como criador ou recriador de verdades.
[14:16] <AnaMatte> [§ SLIDE 9]
[14:16] <AnaMatte> Na web que se vende, esse ator mantém-se simuladamente como indivíduo atuante. Nesse enfoque, é ele quem escolhe a verdade que quer partilhar.
[14:16] <AnaMatte> É o ator quem “descobre” a verdade na web. O autor da verdade é considerado um gênio ou um sábio geralmente apenas por conseguir dizer o que o ator já pensava, mas não tinha consciência
[14:16] <AnaMatte> Divulgar o gênio passa a ser uma forma de identificar-se com sua genialidade perante os outros.
[14:16] <AnaMatte> [§ SLIDE 10]
[14:16] <AnaMatte> E como se faz isso?
[14:16] <AnaMatte> Voltando à rede física: a internet hoje traz muitas alternativas de interação, bem como possui um repositório de conhecimento muito mais amplo do que qualquer indivíduo humano poderia conhecer.
[14:17] <AnaMatte> A profusão de materiais, de ideias, de formas de apresentá-las com imagens estáticas e dinâmicas, com sons, com elos para outros materiais, junto com a possibilidade de realização de muitas tarefas simultâneas, produz uma grandesensação de empoderamento do indivíduo.
[14:17] <AnaMatte> Além disso, a velocidade do acesso e da interação é muito próxima da interação face a face e, no que tange ao acesso ao conhecimento, muito maior do que aquela possível em outros repositórios, como livros ou arquivos de papéis.
[14:17] <AnaMatte> [§ SLIDE 11]
[14:17] <AnaMatte> Nesse lugar, constrói-se um sistema de relação entre foco e apreensão oposto àquele do conhecimento tal como o discutimos até agora.
[14:17] <AnaMatte> Na web, o sujeito é valorizado pela abrangência de seu conhecimento, quanto mais temas puder abarcar, melhor
[14:17] <AnaMatte> Na web também o sujeito é valorizado pela velocidade com que adquire esse conhecimento
[14:17] <AnaMatte> Tudo isso leva a um tipo de conhecimento que deixa de ser profundo e passa a superficial, é o mundo da abrangência, onde o poderoso é o generalista Se o primeiro era o mundo do artigo, este é o mundo da manchete.
[14:17] <AnaMatte> [§ SLIDE 12]
[14:18] <AnaMatte> Dois sistemas – leia-se acepções do conhecimento - tão opostos que são incompatíveis entre si.
[14:18] <AnaMatte> Não é possível coadunar ambos no ser e no parecer.
[14:18] <AnaMatte> Por isso a web que se vende, aquela que democratiza o altar do conhecimento, não é a web que se compra, aquela que mantém o altar acessível apenas para um pequeno grupo de sábios
[14:18] <AnaMatte> A única forma de coexistência desses dois sistemas antagônicos é colocar o sistema do generalista na dimensão do parecer e a do especialista na dimensão do ser. poder do generalista → mentira, só existe como estratégia de marketing.
[14:18] <AnaMatte> A tecnologia multi tarefa e multimodalidade cria essa impressão de muito e dá ao generalista a impressão de apoderamento da genialidade e sabedoria alheia.
[14:18] <AnaMatte> Tudo corrobora a manutenção do generalista como participante passivo do sistema no qual o especialista é o verdadeiro astro.
[14:18] <AnaMatte> [§ SLIDE 13]
[14:19] <AnaMatte> Como romper essa diferença?
[14:19] <AnaMatte> Aceitar que o conhecimento não é um conjunto de verdades?
[14:19] <AnaMatte> Aceitar que o usuário comum da web não pertence ao mundo elitista dos escolhidos e que a web não está sendo espaço para essa democratização
[14:19] <AnaMatte> ?
[14:19] <AnaMatte> m
[14:19] <AnaMatte> Nenhuma das alternativas é boa
[14:19] <AnaMatte> Os dois sistemas são incompatíveis, somente o rompimento com eles será capaz de mudar esse panorama.
[14:19] <AnaMatte> [§ SLIDE 14]
[14:19] <AnaMatte> É preciso, em primeiro lugar, atentar às instituições, aquelas que detém o poder sobre o conhecimento, as mesmas cantadas por Pink Floid mas não somente elas
[14:20] <AnaMatte> É necessário perceber as paredes que excluem a priori todo e qualquer sujeito que a própria instituição não tenha formado e decidido sobre sua capacidade
[14:20] <AnaMatte> É necessário perceber as paredes que mantém o conhecimento a salvo da incredulidade
[14:20] <AnaMatte> É necessário correr riscos!
[14:20] <AnaMatte> [§ SLIDE 15]
[14:20] <AnaMatte> E explodir esse sistema.
[14:20] <AnaMatte> É necessário abrir mão dos pressupostos aceitos, abrir mão de aceitar: é hora de questionar.
[14:20] <AnaMatte> O conhecimento nunca foi um objeto, um estado de coisas. Isso é uma construção cultural politicamente delimitada
[14:20] <AnaMatte> O conhecimento é dinâmico, é processual.
[14:21] <AnaMatte> Um bom matemático não precisa saber toda a matemática, precisa saber pensar como um matemático. Só assim será capaz de transcender o conhecimento recebido. Assim, um bom professor de matemática é o que ensina a pensar matematicamente
[14:21] <AnaMatte> [§ SLIDE 16]
[14:21] <AnaMatte> De olho no processo, de olho na transformação e menos no estado, é assim que a fragilidade do conhecimento aparece.
[14:21] <AnaMatte> E é nessa fragilidade que o o conhecimento coloca-se sempre em construção, sempre passível de críticas e de mudanças.
[14:21] <AnaMatte> Sem uma forte mudança de paradigma, até a própria universidade, num mundo em que a velocidade de produção de conhecimento cresce exponencialmente, acabará na obsolescência.
[14:21] <AnaMatte> É no imperfeito, no instável, no incerto que reside a verdade do conhecimento.
[14:21] <AnaMatte> Foi isso que encontrei em comunidades livres online.
[14:21] <AnaMatte> Nelas, a valorização do especialista não detém a valorização do generalista, pelo contrário, eles se completam, colaboram um com o outro.
[14:21] <AnaMatte> [§ SLIDE 17]
[14:22] <AnaMatte> É, comecei falando em comunidades livre, volto a elas agora. O que elas, de fato, concretamente, tem a ver com isso tudo?
[14:22] <AnaMatte> Não é difícil observar que, num apanhado geral, as comunidades livres são organizadas de forma até hierárquica, mas não valorativamente nem de forma a congelar seus membros em posições fixas.
[14:22] <AnaMatte> Todas as posições são importantes, a ponto de que um programador ultra-especializado pode, num dado momento, ser responsável por escrever o tutorial para o usuário leigo, sem que isso mude seu valor na comunidade.
[14:22] <AnaMatte> Então temos tanto generalistas quanto especialistas nesse sistema, incluindo-se aí as posições intermediárias (nada lineares), todas igualmente valorizadas.
[14:22] <AnaMatte> [§ SLIDE 18]
[14:22] <AnaMatte> Isso significa que as comunidades de software livre nos oferecem um modelo baseado num sistema que faz sucumbir os da Web que se vende e os da Web que se compra para dar lugar a um novo sistema.
[14:22] <AnaMatte> Observem o gráfico: continuamos com uma relação inversa entre foco e apreensão, como no conhecimento institucionalizado, mas aqui:
[14:23] <AnaMatte> a) existe limite no foco, como na apreensão
[14:23] <AnaMatte> (foco: especificidade extrema leva à irrealidade, à exclusão do sujeito)
[14:23] <AnaMatte> (apreensão: mesmo a mente generalista mais competente não é capaz de saber tudo com um mínimo de profundidade)
[14:23] <AnaMatte> b) Outra diferença é que ambas são valorizadas positivamente (o programador daquela linha do kernel do linux tanto quanto o entusiasta da free software foundation)
[14:23] <AnaMatte> [§ SLIDE 19]
[14:23] <AnaMatte> Esse é o jogador que deve ser visado:
[14:23] <AnaMatte> - não um, muitos
[14:23] <AnaMatte> - não o padrão, a diversidade
[14:24] <AnaMatte> - uma coletividade que admite a individualidade
[14:24] <AnaMatte> Como trazer isso de comunidades online livres, normalmente nascidas sem ordem alguma, para o mundo institucionalizado?
[14:24] <AnaMatte> Não tenho a resposta, mas algumas pistas.
[14:24] <AnaMatte> abertos de diferentes naturezas, desenvolvimento de software livre educacional e diferentes projetos de inclusão digital, principalmente de professores e alunos.
[14:24] <AnaMatte> ops
[14:24] <AnaMatte> apaga essa última
[14:24] <AnaMatte> Na minha prática, encontrei algumas alternativas, como eventos online abertos de diferentes naturezas,
[14:25] <AnaMatte> desenvolvimento de software livre educacional e diferentes projetos de inclusão digital, principalmente de professores e alunos.
[14:25] <AnaMatte> A inclusão só é possível porque o destinatário do sistema é amplo o suficiente para permitir a identificação de diferentes indivíduos.
[14:25] <AnaMatte> [§ SLIDE 20]
[14:25] <AnaMatte> Todos os projetos do Texto Livre cultuam essa filosofia e a aplicam.
[14:25] <AnaMatte> Respondemos a pergunta inicial: Quem é o jogador?
[14:25] <AnaMatte> não é o jogador, são os jogadores.
[14:25] <AnaMatte> E, finalmente, não basta chamar o jogador para o jogo, é preciso propor-lhe uma nova dinâmica de jogo.
[14:26] <AnaMatte> [§ SLIDE 21] Obrigada a todos, obrigada, Tel, obrigada à organização do STIS.
[14:26] <thalita> muito obrigada, professora Ana Cristina
[14:26] <AnaMatte> obrigada pela oportunidade, thalita sorriso
[14:27] <thalita> professor Tel e Tiago_, podem começar quando quiserem
[14:27] <Tel> jóia, obrigado ana!
[14:27] <thalita> código para os slides: tel
[14:27] <Tel> acho que vai dar um gancho legal com a nossa conversa.
[14:27] <AnaMatte> sorriso
[14:27] <Tel> Olá a todos! O que vamos apresentar aqui é produto de uma pesquisa realizada ao longo de 2014 em torno de Recursos Educacionais Abertos na América Latina (falaremos mais sobre ele em seguida). Essas ações se dão no âmbito da Cátedra UNESCO em Educação Aberta que foi inaugurada no final de 2014 na UNICAMP.
[14:27] <Tiago_> Certamente, Tel.
[14:28] <Tel> Na última década, o movimento para Recursos Educacionais Abertos (REA) tem angariado popularidade ao redor do mundo. A chamada para uma das conferências mais importantes da área, a Open Education, propunha, em 2012, que depois de uma década de trabalhos chegava a hora da “educação aberta ir além do conteúdo”.
[14:28] <Tel> Para os proponentes, a produção e disponibilidade de REA já estava em segundo plano, superada por questões como uso, colaboração, padrões, novas práticas pedagógicas e outras prioridades relevantes. Mas persistem assimetrias – as práticas em torno de REA precisam de contexto para que possam ser avaliadas. Apesar de crescentes escritos sobre o tema no Brasil, ainda é incipiente o trabalho acadêmico e o reconhecimento g
[14:28] <Tel> ou REA
[14:28] <Tel> Já temos, no entanto, ao menos uma boa coletânea de artigos escritos por autores brasileiros sobre o tema (livrorea.net.br) e uma produção acadêmica crescente (biblio REA).
[14:28] <Tel> (SLIDE 2, 3)
[14:29] <Tel> Cremos que ainda nos falta maiores escritos para posicionar REA em conjunto com outras manifestações que impactam o trabalho da educação formal. Contextualizamos o movimento REA no universo da cultura digital e da cibercultura, para depois analisar algumas de suas contradições e tensões, na medida em que o movimento ganha espaço na promoção de uma educação aberta.
[14:29] <Tel> Falando um pouco sobre REA, a cultura digital e a cibercultura
[14:29] <Tel> No contexto da cultura digital houve um crescimento da produção e circulação de bens não-rivais – recursos que podem ser utilizados por várias pessoas sem custo adicional – ou com custo de reprodução marginal.
[14:29] <Tel> O livro impresso pode ser lido somente por uma pessoa por vez. É um bem rival e de uso individual – se eu estou lendo, você não pode ler (a não ser que fiquemos ambos desconfortáveis).
[14:29] <Tel> Compartilhar desse recurso acarreta custos monetários, de locomoção e de tempo, além de possivelmente infringir os direitos de autor. Com um livro digital há uma redução substancial dos custos variáveis (como circulação, distribuição) descontando o custo dos dispositivos e sistemas que permitem a leitura.
[14:30] <Tel> Ademais, se o livro digital estiver licenciado de maneira aberta, e com um formato aberto, é possível reduzir ou eliminar problemas associados aos direitos e barreiras técnicas para a reprodução e reuso.
[14:30] <Tel> A facilidade de reprodução, manipulação e acesso a recursos tem proporcionado um crescimento potencial (não igualitário nem garantido) das nossas redes de aprendizado para além das instituições que conferem reconhecimento formal (como escolas e universidades).
[14:30] <Tel> Ao contrário das oportunidades formais, tidas como estruturadas e rígidas, estruturas emergentes tem entre suas características a auto-organização, a não existência de um objetivo final claro e comum para todos os aprendizes, e a primazia das atividades colaborativas.
[14:30] <Tel> Essas e outras características cada vez mais evidentes em atividades educacionais, como a horizontalidade e o alto grau de interatividade, são associadas à Internet como meio de comunicação e também às práticas que emergem na cibercultura.
[14:31] <Tel> A emergência desse commons (ou rossio) baseado na estrutura da Internet, combinada à crescente abundância de recursos abertos, propicia a criação de novos ecossistemas de aprendizado, o que Barron (2004) define como: “os contextos acessados, compostos de configurações de atividades, recursos materiais e relacionamentos, encontrados em co-locados ou espaços virtuais que proporcionam oportunidades de aprendizado”.
[14:31] <Tel> Uma exemplo simples dessa “rede” pode ser visto desse trabalho que foi realizado no Curso REA (curso.rea.ufg.br).
[14:31] <Tel> (slides estão um pouco fora de ordem, mas é o "mapa mental" que se vê mais pra frente)
[14:32] <Tel> O conceito de ecologia de aprendizagem incorpora todas as oportunidades de aprendizado de uma pessoa ou grupo de pessoas. Essas novas configurações de ambientes, práticas e recursos cada vez mais redundantes são caminhos para a abertura da educação.
[14:32] <Tel> Vamos discutir REA no contexto dessa confluência: as bases materiais e imateriais da rede, das práticas sugeridas em torno da ideia de cibercultura e do potencial que isso apresenta para uma visão contemporânea da educação aberta.
[14:32] <Tel> Iniciamos com um breve histórico em torno do desenvolvimento da Internet, da computação pessoal e da World Wide Web, apontando sua relação com a emergência da noção de cultura digital. Seguimos apontando as relações de base entre essas práticas e REA, finalizando com uma breve análise de algumas tensões emergentes.
[14:32] <Tiago_> Olá pessoal.
[14:33] <Tiago_> (Slide 4 - O Memex)
[14:33] <Tiago_> A ideia de uma cultura de compartilhamento e reelaboração de recursos em rede não é nova. Em 1945, o então diretor do Gabinete de Pesquisa e Desenvolvimento Científico do governo dos EUA, Vannevar Bush, propôs o Memex, um terminal pessoal que automatizaria o acesso a catálogos multimídia (como microfilme, rádio e tubo catódico), num novo meio de comunicação que ofereceria ao amplo público ferramentas de acesso e reelaboraÃ
[14:33] <Tiago_> (O artigo em que Bush propõe o Memex pode ser lido em http://www.theatlantic.com/magazine/archive/1945/07/as-we-may-think/303881/)
[14:34] <Tiago_> Em debate análogo, as proposições de Norbert Wiener, na década de 1950 (em obras como “Cibernética ou controle e comunicação no animal e na máquina”, de 1948, e “Cibernética e sociedade: o uso humano de seres humanos”, de 1950), e, posteriormente, de Marshall McLuhan, nos anos 1960 (em livros como “A Galáxia de Gutemberg”, 1962, e “Os meios de Comunicação como extensão do homem”, de 1964), apontaram à emerg
[14:35] <Tiago_> Nos EUA, essas proposições informaram o intercâmbio entre protagonistas do movimento contracultural e pesquisadores de novas tecnologias computacionais na Califórnia da virada da década de 1960 para 1970, servindo de catalisador a transformações profundas em influentes centros de desenvolvimento de tecnologias de processamento da informação.
[14:35] <Tiago_> (Slide 5)
[14:35] <Tiago_> De grande máquina processadora de dados hospedada em folclóricos andares inteiros, o computador passava a ser entendido como ferramenta individual, um dispositivo técnico e cultural a oferecer avançadas habilidades pessoais de acesso, produção e reformulação da informação. Junto às novas tecnologias de comunicação e à implementação de sistemas homem-máquina, a tecnologia dos computadores passava, também, a ser associad
[14:36] <Tiago_> À mesma época, experimentos narrativos radicais foram postos em prática com a proposição do hipertexto, por Ted Nelson, em seu Projeto Xanadu (http://xanadu.com/). Como aponta David Wiley o trabalho em torno do Xanadeu deu origem a muitos dos conceitos utilizados nos estudos sobre Objetos de Aprendizagem (OA). Por sua vez, é de críticas e aprendizados em torno de OA (como licenciamento e formatos abertos) que emerge grande parte
[14:36] <Tiago_> (Slide 6)
[14:36] <Tiago_> Em Xanadu já vemos uma crítica contundente a direitos autorais, por exemplo.
[14:37] <thalita> Tiago_, coloque frases menores. Algumas saíram cortadas
[14:38] <Tiago_> Oi Thalita, obrigado pelo aviso. Vou usar frases menores. Você gostaria que eu repetisse alguma frase em especial?
[14:38] <AnaMatte> a tecnologia dos computadores passava, também, a ser associad
[14:38] <AnaMatte> ...
[14:39] <thalita> isso
[14:39] <Tiago_> Ah, sim. Obrigado.
[14:39] <Tiago_> Junto às novas tecnologias de comunicação e à implementação de sistemas homem-máquina, a tecnologia dos computadores passava, também, a ser associada à ideia de um novo espaço público.
[14:39] <AnaMatte> outra: Por sua vez, é de críticas e aprendizados em torno de OA (como licenciamento e formatos abertos) que emerge grande parte
[14:39] <AnaMatte> ...
[14:40] <Tiago_> Ah, certo.
[14:40] <Tiago_> Por sua vez, é de críticas e aprendizados em torno de OA (como licenciamento e formatos abertos) que emerge grande parte da discussão em torno de REA.
[14:40] <AnaMatte> obrigada!
[14:40] <Tiago_> Eu que agradeço!
[14:40] <Tiago_> Devo continuar?
[14:40] <AnaMatte> sim, por favor
[14:41] <thalita> pode continuar, por favor
[14:41] <thalita> foram só aqueles
[14:41] <Tiago_> Obrigado.
[14:42] <Tiago_> Agora, gostaria de falar um pouco sobre a Web, passando rapidamente por sua história e sua percepção pública.
[14:42] <Tiago_> Numa explicação simplificada, poderíamos explicar a Web como uma das camadas de aplicações estruturadas sobre a Internet. Popularizada entre início e meados dos anos 90, ela é, hoje, a principal interface de acesso à rede global de computadores.
[14:43] <Tiago_> Baseada nos experimentos com sistemas de informação desenvolvidos pelo britânico Tim Berners-Lee entre as décadas de 1980 e 1990, a Web articulou, à infraestrutura já existente da Internet, uma dinâmica de uso da informação baseada em hiperlinks e na criação (e reapropriação) do conhecimento.
[14:44] <Tiago_> A Web propõe um conjunto de ferramentas relativamente simples e acessíveis, num aceno à plena liberdade discursiva sugerida na noção de hipertexto.
[14:44] <Tiago_> (Slide 7 - O navegador Mosaic)
[14:44] <Tiago_> É importante lembrar que a infraestrutura da Internet antecipa a Web. Em décadas anteriores à Web, serviços como a Usenet já se estruturavam sobre a rede de circulação de dados oferecida pela Internet.
[14:45] <Tiago_> A proposição do conceito de livre fluxo e reelaboração como estruturais à camada de circulação de dados oferecida pela Web foi, compreensivelmente, prontamente abraçada por pioneiros da tecnologia e grupos libertários.
[14:45] <Tiago_> Comunidades que, nela, viriam a identificar ecos da utopia esboçada por Wiener e McLuhan, uma dimensão encharcada de potencialidades sociais e políticas.
[14:46] <Tiago_> Mais que um meio de comunicação, a Web passou a ser moldada, a partir da atuação de coletivos e organizações da sociedade civil, num novo espaço público, o ciberespaço.
[14:47] <Tiago_> O ciberespaço proporia uma nova dimensão da vida a oferecer, a partir de novas tecnologias de aumento cognitivo (como plataformas de publicação e edição colaborativa em tempo real, processadores de texto, áudio e vídeo, e dispositivos multimídia de comunicação em rede), território livre para novas práticas e arranjos à margem das estruturas burocráticas tradicionais.
[14:48] <Tiago_> Embora traços geralmente associados à Web (como a deslocalização geográfica de arranjos comunitários, o trabalho colaborativo em rede e a liberdade de reelaboração discursiva) sejam, normalmente, associados à ideia de cultura digital (...)
[14:48] <Tiago_> ((...) esta não necessariamente se resume à sua extensão prática.
[14:48] <Tiago_> A cultura digital se assentaria sobre o delicado equilíbrio entre as plenas potencialidades (técnicas, sociais, discursivas) prometidas pelo ciberespaço e as mediações impostas pelos espaços de vivência tradicionais.
[14:49] <Tiago_> A relação entre a potencial liberdade oferecida pelos dispositivos técnicos do ciberespaço e a implementação de práticas, projetos e arranjos comunitários no marco da cultura digital não ocorre sem tensões quando de sua articulação ao espaço das práticas e instituições tradicionais.
[14:49] <Tiago_> Tentativas de imposição de cláusulas rígidas sobre o ciberespaço parecem evidenciar o descompasso entre a limitada mobilidade das burocracias tradicionais e a natureza ultramaleável do espaço público da Web. Iniciativas que buscam negociar essa diferença andam lado a lado com a conformação de uma cultura digital.
[14:50] <Tiago_> Nos anos 1980, o movimento Software Livre propôs a noção de copyleft e de licenças alternativas, numa tentativa de estabelecer marcos institucionais que garantam o acesso e os direitos de uso de recursos (no caso, o código de software) no espaço social de práticas da Internet.
[14:51] <Tiago_> Do projeto tecno-administrativo oferecido pelo open source aos arranjos de direito de uso e de autor oferecidos pelo Creative Commons, grupos distintos tem elaborado alternativas buscando um terreno comum entre as legislações impostas por governos e as liberdades entendidas como nativas a uma “cidadania do ciberespaço”.
[14:51] <Tiago_> O caso do maior projeto REA articulado na Web, a Wikipedia, é um bom exemplo:
[14:53] <Tiago_>  Embora inicialmente animada por comunidades do ciberespaço interessadas no potencial de plena liberdade oferecida pelo manuseio do hipertexto em softwares wiki, as complexidades impostas pelo processo de elaboração de uma enciclopédia levou ao desenvolvimento de uma complexa burocracia assentada sobre arranjos institucionais/jurídicos formais e uma estrita governança baseada em culturas de uso no ciberespaço.
[14:53] <Tiago_> É interessante que levemos em conta, porém, as circunstâncias presentes na emergência da Wikipedia.
[14:54] <Tiago_>  As primeiras comunidades a se articularem em torno da Wikipedia foram, em sua quase totalidade, grupos de usuários avançados da Web já organizados em espaços de vivência online.
[14:54] <Tiago_> Do mesmo modo, a equipe responsável pela coordenação inicial da Wikipedia já contava com mecanismos de gestão sofisticados, maturados no desenvolvimento de outro projeto de enciclopédia online, a Nupedia.
[14:55] <Tiago_>  As assimetrias presentes no acesso à Internet e às ferramentas digitais de produção cultural, bem como as ainda profundas diferenças globais em questões como o letramento digital, apontam a um universo de comunidades para os quais a implementação de iniciativas ciberculturais, e de REA em especial, trazem desafios não apenas à articulação entre a liberdade do ciberespaço e as burocracias e legislações do “mundo real”
[14:55] <Tiago_> As diferentes circunstâncias a moldar comunidades e projetos do ciberespaço podem apontar a dificuldades na apropriação e uso de ferramentas e recursos.
[14:55] <Tiago_> E, bem, gostaria agora de passar a palavra novamente ao tel, para a conclusão.
[14:56] <Tel> Nos círculos da cibercultura e da cultura digital, tendemos a assumir que a descentralização da produção e a consequente produção por pares é necessariamente melhor, ou funciona a esmo das instituições e burocracias existentes. Como apontam Kreiss et. al (2011):
[14:56] <Tel> "Muitos de nós que estudamos as novas mídias ainda seguimos demasiadamente a premissa que a produção por pares é radicalmente participativa, igualitária, eficiente e psicologicamente gratificante...
[14:56] <Tel> ...Como resultado, muito facilmente ecoamos a fala de que a produção por pares está revolucionando como produzimos e consumimos a informação, democratizando a cultura e fomentando um domínio público robusto.
[14:56] <Tel> ...E dessa maneira, nos reunimos a uma longa linha de engenheiros e marqueteiros de novas tecnologias. O computador, o início da Internet, e claro, o avião, a ferrovia e o telégrafo antes deles, todos foram saudados como tendo o mesmo potencial igualitário”
[14:57] <Tel> É notável que as empresas que dominam o mercado de MOOCs (cursos massivos, tão emblemáticos da “abertura”) dependem sensivelmente das instituições universitárias e seus docentes.
[14:57] <Tel> Tendemos a esquecer que a valorização da abertura é uma qualidade essencial no lento processo de transformação do campo da educação (incluindo o acesso a leitura, bem como os cursos por correspondência, o MEB no Brasil...)
[14:57] <Tel> O movimento REA foi o maior responsável (se não o mais exitoso) por um renovado interesse na abertura em educação. MOOCs são somente as mais recentes iniciativas a receber o selo de abertura, impulsionados principalmente por REA e pela melhoria do acesso à Internet.
[14:57] <Tel> E como entra REA nisso? Se somente certos recursos e/ou configurações estão disponíveis e são incompatíveis, por qualquer razão, com o contexto de aprendizagem (nível errado, limitada acessibilidade, entre outros) a configuração é de pouca valia.
[14:57] <Tel> A redundância de recursos e a possibilidade de moldá-los faz com que as possibilidades de configurações sejam multiplicadas.
[14:57] <Tel> Como no desenvolvimento tecnológico, as possibilidades abertas pela cultura digital são múltiplas e ambíguas.
[14:58] <Tel> Alternativas a “massividade”, ao uso de recursos fechados, e ao pagamento de taxas para participação ou certificação demonstram ramificações e possibilidades emergentes (SLIDE → DOCC versus MOOC). DOCCs por exemplo, são uma crítica feminista ao modelo “massivos” em  (1) grande escala e (2) baseada em recursos fechados.
[14:58] <Tel> Apesar do domínio que exercem na discussão em torno do futuro do ensino superior é necessário apontar que o modelo comercial de MOCCs não é a única aposta para a oferta de cursos online.
[14:58] <Tel> Algumas dessas configurações se baseiam em REA, e tem desdobramentos diferentes de outros que não o fazem. A multiplicação de configurações e o questionamento em torno das mesmas, apresenta ramificações e resistências que demonstram fissuras em um pseudo determinismo.
[14:58] <Tel> Na medida em que as possibilidades de aprendizado se multiplicam, cabe às instituições e atores (incluindo aqui os alunos) uma melhor compreensão de como construir e compreender sua ecologia de aprendizado.
[14:58] <Tel> Com a proliferação de configurações, caberá cada vez mais ao aprendiz (individual ou coletivo) entender suas implicações e participar ativamente da construção de seu ecossistema de aprendizado.
[14:58] <Tel> Em outras palavras, o potencial libertário da cibercultura não pode ser realizado sem aventar as condições concretas de realização da educação, incluindo suas instituições.
[14:59] <Tel> E por isso analizamos o "potencial" das licenças livres.
[14:59] <Tel> As potencialidades oferecidas pelas novas licenças associadas às práticas digitais se mostram assimetricamente efetivas – seja no espaço público digital, seja na articulação de projetos REA em espaços desenhados por burocracias tradicionais.
[14:59] <Tel> Em alguns casos, a limitada apropriação efetiva de tecnologias digitais faz com que projetos sejam informados e estruturados numa estreita relação com os espaços tradicionais de elaboração pedagógica.
[14:59] <Tel> As licenças livres (como Creative Commons) são estruturas essenciais para o movimento REA. No entanto a ênfase na adoção de licenças livres tende a simplificar os processos associados à transformação de práticas.
[14:59] <Tel> E isso é curioso: A facilidade na adoção das licenças através de um simples código ou gráfico cria, paradoxicalmente, uma hiper-simplificação da adesão ao universo do “aberto”.
[15:00] <Tel> Em recente trabalho, encontramos variados exemplos dessa tensão. Investigamos repositórios exemplares de abertura na América Latina – projeto MIRA (www.mira.org.br)).
[15:00] <Tel> Em sua grande maioria, tratam-se de repositórios mantidos pela esfera pública e suas instituições. Encontramos, por exemplo, sítios que utilizavam diferentes licenças e termos de uso em diferentes níveis de navegação, criando um conflito entre licenças para o usuário.
[15:00] <Tel> Uma das nossas conclusões: colocar a imagem ou texto de uma licença livre em um site é simples. Implementar uma política de informação bem estruturada é de outra ordem de complexidade.
[15:00] <Tel> Licenças livres contribuem para preencher esse vácuo porém não o fazem de maneira rápida e rasteira.
[15:00] <Tel> Para além dos termos de uso o que evidenciamos é a existência de duas esferas em tensão. Primeiro, o universo do que é “legal” que para a grande maioria dos cidadãos é obscuro e excessivamente restritivo. Segundo, o universo “social” que desconhece ou ignora as leis que regem direitos autorais, e que norteia o o usufruto de bens educacionais e culturais de grande parte da população.
[15:01] <Tel> E por isso é que concretizar um arcabouço técnico e legal com as práticas do cotidiano ainda se apresenta como um desafio.
[15:01] <Tel> E agora pra fechar ;)
[15:01] <Tiago_> Opa, valeu Tel.
[15:02] <Tiago_> Buscamos demonstrar, com base nas origens e caminhos dos movimentos articulados à noção de cibercultura e de educação aberta, como o potencial libertário sugerido pelos dispositivos sociotécnicos a moldar a noção de ciberespaço está em constante tensão com os limites de adoção e práticas que emergem de diferentes contextos.
[15:02] <Tiago_> O acesso às modernas ferramentas e territórios oferecido pela Web e pelas novas mídias digitais, embora tenham aberto importantes oportunidades de empoderamento, parecem insuficientes para garantir, por si sós, condições à plena implementação e integração de novos projetos, atores e comunidades às redes de REA.
[15:02] <Tiago_> A cultura de práticas viabilizada na arena do ciberespaço não consegue fugir totalmente às circunstâncias da vida de seus atores.
[15:02] <Tiago_> A depender das desigualdades em aspectos como letramento digital, domínio técnico e conceitual de softwares e licenças, infraestrutura de acesso, e imposições institucionais, as potencialidades de elaboração, implementação e apropriação de iniciativas REA propostas pela cultura digital serão efetivadas de forma mais ou menos assimétrica.
[15:03] <Tiago_> REA proporcionou a crescimento de inúmeras configurações e ramificações que, ao multiplicarem ofertas, multiplicou também a responsabilidade de cada qual para que direcione o desenvolvimento da educação aberta.
[15:03] <Tiago_> A prática da cibercultura é uma dinâmica a ecoar as questões de base presentes em seus territórios de implementação.
[15:03] <Tiago_> Clareza sobre essa dimensão, seus desafios e impactos é um importante passo para o debate e a viabilização de projetos REA que possam, de fato, contribuir para o protagonismo em  suas comunidades e redes.
[15:03] <Tiago_> E, bom, é isso. Muito obrigado sorriso
[15:03] <Tel> (ufa!)
[15:03] <AnaMatte> great!
[15:04] <thalita> muito obrigada, professor Tel e professor Tiago_
[15:04] <manuelalvaro> foi maravilhoso
[15:04] <thalita> convidamos então os participantes para discutir os temas abordados pelos conferencistas
[15:04] <AnaMatte> à vontade
[15:05] <josicani> Os leigos podem perguntar? kkkk
[15:05] <thalita> todos, josicani rsrsrs
[15:05] <AnaMatte> josicani: sorriso
[15:06] <BrunoForgiarini> Boa tarde!
[15:06] <AnaMatte> boa, BrunoForgiarini sorriso
[15:06] <josicani> Bom, sou professora e minha inserção nesse mundo tem sido recente.... talvez seja uma pergunta boba, mas estou fazendo umas pesquisas e gostaria da opinião de vocês.
[15:06] <josicani> Busco informações a respeito dos livros didáticos digitais.
[15:07] <BrunoForgiarini> Eu tenho uma dúvida, mas na verdade queria dicutir uma coisa que havia dialogado com o Paulo Slomp sobre REA e Software Livre
[15:07] <josicani> Hoje, o Guia de Livros Didáticos do goverbo federal tem abordado sobre objetos educaionais digitais
[15:07] <josicani> muitos livros adotados apresentam esses objetos, mas de acesso restrito a quem fez a adoção dos livros.
[15:08] <BrunoForgiarini> Qual é a principal característica de um REA?
[15:08] <josicani> Penso que, a partir das escolhas, as compras já foram efetivadas... não seria mais importante disponibilizar esses recursos a todas as escolas do país?
[15:08] <josicani> Esses materias não deveriam ser livres?
[15:08] <Tel> ola josicani
[15:09] <BrunoForgiarini> Qual é a principal característica de um REA, na sua opinião +Tiago?
[15:09] <Tel> o edital do PNLD tem inúmeros problemas.
[15:09] <AnaMatte> oi, josicani (pode responder, Tel )
[15:09] <Tel> eu fiz uma análise do de 2014, o primeiro a abordar isso aqui (http://educacaoaberta.org/pnld-2014-e-recursos-educacionais-digitais/)
[15:09] <Tel> o problema é que ele é coerente, no pior sentido
[15:10] <Tel> e segue o que é adotado para os livros didáticos
[15:10] <Tel> tudo fechado. compra-se somente o papel.
[15:10] <Tel> ou nesse caso, o "objeto"
[15:10] <Tel> ainda mais, restringe acesso e coloca um "prazo de validade" para os objetos, que nunca ficam na mão do governo, efetivamente.
[15:10] <josicani> Sua análise está publicada?
[15:10] <AnaMatte> péssimo
[15:11] <Tel> análise rápida, tá no link acima.
[15:11] <josicani> Entendi... o problema está no edital...
[15:11] <josicani> ok!
[15:11] <Tel> para além do edital, o próprio mercado não está pronto para responder a essa demanda... as editoras sub-contratam. e claro, respondem da maneira mais rápida e fácil possível ao edital.
[15:12] <AnaMatte> (editais que, por si só já não são abertos, já que usam uma linguagem inascessível para a maioria das pessoas)
[15:12] <Tel> era uma oportunidade (ainda pode ser no futuro) de "abrir" mas, por hora, não vemos isso no horizonte.
[15:12] <Tiago_> Olá Bruno. Numa explicação mais essencial, poderíamos apontar como aspectos centrais dos REA licenças de uso abertas e padrões técnicos de uso que permitam seu uso e reúso.
[15:12] <Tel> sem dúvida, ana.
[15:12] <josicani> E como não há uma análise mais profunda, o que se apresenta a cada ano são apenas manipulações de construções antigas.
[15:12] <Tel> no final, muita gente poderia produzir recursos, mas os mesmo "players" produzem.
[15:13] <Tel> uma definição de REA (http://educacaoaberta.org/wiki/index.php?title=O_que_%C3%A9_REA)
[15:13] <AnaMatte> pelo que sei, até existem iniciativas, governamentais algumas, para aprofundar a discussão, mas o sistema atrapalha, não chegam onde deveriam
[15:14] <AnaMatte> sem mudança de paradigmas, não há mudança efetiva
[15:14] <BrunoForgiarini> Obrigado, Tiago! Na verdae a minha dúvida é com relação a um projeto que faço parte (www.elo.pro.br). Nós o consideramos REA, mas não é um software livre (seguindo as 4 liberdades). Mas o recurso permite o professor criar e compartilhar suas atividades e estamos implementando as licenças da CC.
[15:16] <AnaMatte> não são todos os produtores de REA que estão preocupados com licenças
[15:16] <AnaMatte> não é um pensamento comum na área
[15:17] <Tiago_> Bruno, que bom que você levantou essa conversa.
[15:17] <Tel> concordo, e nesse sentido bem um pouco da nossa crítica. até que ponto estamos enfatizando o que é, em princípio prático, o mais "fácil"?
[15:17] <Tel> ao invés de ter a conversa difícil sobre as práticas de compartilhamento.
[15:18] <Tiago_> De fato, há uma multiplicidade de possíveis arranjos e estruturas em torno de projetos REA. Em uma pesquisa recente, investigamos o cenário dos projetos REA na América Latina, e encontramos diversos modelos de iniciativas.
[15:19] <AnaMatte> Tel: acho que é discussão que falta. acredito muito na boa vontade do professor brasileiro em geral. Quando tem oportunidade de refletir, mostram-se poderosos, proativos e entusiasmados
[15:20] <Tel> sim. e quando apresentamos creative commons, por exemplo, a adesão a ideia é grande. não vemos grandes barreiras para a adoção.
[15:20] <AnaMatte> e, claro, Tel , como você disse, escolher o que discutir é essencial. A dificuldade não deve ser a métrica da importância
[15:21] <Tiago_> A noção de REA é certamente remissiva a diversos aspectos das ideias propostas no software livre, mas ao mesmo tempo abre território para diversos arranjos.
[15:21] <Tel> mas ao mesmo tempo, quando analizamos respositórios na américa latina, a maioria dos respositórios "abertos" apresentava "todos os direitos reservados"... como fica em países onde não há um regime de excessão (permissões) para a educação?
[15:21] <Tel> a prática social não se preocupa com as licenças.
[15:22] <AnaMatte> até mesmo os software livre, largado à deriva nas escolas, muda de cara pro professor quando ele entende não só o software, mas sua filosofia. Já acompanhei várias experiências assim, sempre emocionantes
[15:22] <Tel> no entanto, é o que mais toma tempo de discussão no universo dos REA.
[15:22] <AnaMatte> verdade
[15:22] <AnaMatte> (os == o)
[15:22] <Tiago_> Há, claro, os aspectos centrais das licenças e padrões técnicos serem abertos, oferecerem possibilidades de amplo uso e reelaboração. O desafio que encontramos, e que buscamos trazer pro debate, é justamente esse.
[15:22] <BrunoForgiarini> Uma questão que tenho é que nem todas as licenças da Creative Commons caracterizarias Recursos educacionais como "Abertos".
[15:23] <BrunoForgiarini> *caracterizariam
[15:23] <thalita> eu só tive contato com o software livre e suas ideologias porque a Ana foi/é minha professora
[15:23] <Tel> sem dúvida bruno... não é todo mundo que concorda com CC.
[15:23] <AnaMatte> thalita: sorriso
[15:23] <Tel> as cláusulas ND/NC são muito debatidas.
[15:24] <adelmaa> Gostaria da atenção dos nossos conferencistas e dos nossos participantes  para a agenda de conferências STIS do segundo semestre de 2015.
[15:24] <Tiago_> Como incentivar e garantir a proposta de abertura oferecida pelos REA levando em consideração a enormidade de circunstâncias e arranjos desenhados por comunidades diversas?
[15:24] <adelmaa> No dia 21 DE AGOSTO discutiremos o tópico: SEMIÓTICA EM REVISTA com os Prof  Dr.  Francisco Merçon (Semiótica) e  Prof  Dr. Arnaldo Cortina (UNESP /Araraquara);
[15:24] <BrunoForgiarini> Mas já é um caminho parcial, pelo menos.
[15:24] <adelmaa> Em 18  DE SETEMBRO o evento STIS tem a honra de receber como conferencistas convidadas as profª Drª Vanderlice Sol (IFMG)  e a Profª Drª Hilda Helena (UFV) para discutir O ENSINOS DE INGLÊS E AS TICS.
[15:24] <adelmaa> Em outubro dia 23 para discorrer sobre a  FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA estarão em
[15:24] <AnaMatte> sim, entra-se em questões como: um professor de universidade p´ublica recebe seu salário para produzir o artigo, como pode usar uma licença que proíbe o uso comercial?
[15:25] <adelmaa> Para encerrar este ano excepcional do STIS no dia 20  DE NOVEMBRO nosso conferencista convidado será o Prof Dr Jose Manuel Moran Costas que nos
[15:25] <adelmaa> nossa sala de conferência virtual as Profª Drª Janelle Coleman (Lee University) e a  Profª Drª Célia Bianconi (Boston University). É nosso evento com alcance internacional.
[15:25] <adelmaa> presenteará suas excepcionais reflexões sobre o SABER E FORMAÇÃO DOCENTE.
[15:25] <adelmaa> Divulguem, compartilhem nossas chamadas dos eventos nas suas redes sociais!
[15:25] <adelmaa> A agenda STIS do segundo semestre está imperdível!
[15:25] <adelmaa> Thalita!
[15:25] <AnaMatte> acabou?
[15:26] <Tiago_> Sim, de fato. A implementação de Creative Commons é um bom exemplo. Dadas as várias possibilidades de abertura e fechamento oferecidas pela CC, sua implementação pode ser bem complexa.
[15:26] <thalita> podemos continuar
[15:26] <adelmaa> E proque parou aqui Ana e eu pensei que tivesse terminado a discussão..
[15:26] <adelmaa> Desculpe-me..
[15:26] <AnaMatte> pecisamos conhecer melhor as licenças
[15:26] <adelmaa> podem continuar...
[15:26] <adelmaa> será um prazer!!!!
[15:27] <AnaMatte> foi um intervalo pra divulgação, adelmaa  piscando
[15:27] <adelmaa> ;) Isso!!!!
[15:27] <AnaMatte> a creative commons tem uma forma de gerar a licença que aparentemente é transṕarente, mas não é
[15:28] <BrunoForgiarini> Oi, adelmaa. Queria te pedir uma gentileza sua. Tem como verificar uns pedidos de certificado para mim?
[15:28] <AnaMatte> questões inerente a cada passo não são esclarecidas
[15:29] <AnaMatte> essa parte do uso comercial: quem quer uma licença aberta, a primeira coisa que pensa é proibir, porque acha que uma empresa vai pegar o negócio e fechar
[15:29] <AnaMatte> mas é o contrário
[15:29] <AnaMatte> proibir o uso comercial, no limite, é proibir todos nós de usar
[15:29] <BrunoForgiarini> Eu encaminhei os pedidos por e-mails, mas não tive retorno. desde já agradeço
[15:29] <AnaMatte> não acham, Tel  e Tiago_ ?
[15:30] <Tel> o NC é extremamento ambiguo... não fica claro qual a definição de "comercial" (não diferencia, por exemplo, a PUCC da IBM)
[15:30] <AnaMatte> e nem a UFMG
[15:30] <Tel> sorriso
[15:30] <Tiago_> Eu acho essa questão das licenças bem complicada, e sinceramente percebo o CC como insuficiente.
[15:30] <AnaMatte> pode ser
[15:31] <thalita> insuficiente em que sentido?
[15:31] <Tel> mas é isso, discutir os pormenores da licença pode ser útil, mas no fina das contas, quem vc (ou o ator) vai processar quando alguém usar o seu conteúdo NC?
[15:31] <Tel> qual vai ser a consequência desse uso?
[15:31] <Tel> acho que essa é a primeira pergunta para quem se preocupa com isso.. .
[15:32] <Tiago_> Porque de fato exigir abertura fecha terrenos tradicionais de circulação da produção científica. Ao mesmo tempo, fechar pode trazer problemas a dinâmicas tradicionais da produção científica. É um dilema, parece.
[15:32] <AnaMatte> é mesmo, Tel
[15:33] <AnaMatte> acho que é paradoxal só se quisermos manter as mesmas bases da dinâmica da circulação do conhecimento, Tiago_
[15:33] <Tiago_> Uma ideia que tenho é que o Creative Commons parece muito elaborado em articulação com um espaço de produção cultural meio distinto do da produção científica. A ideia essencial do CC, me parece, é em interface com produção cultural e com a ideia de todo público como também autor.
[15:34] <AnaMatte> é por isso que acho importante conhecer os sujeitos da rede de compartilhamento (e não compartilhamento)
[15:34] <AnaMatte> acho que sim, Tiago_
[15:34] <AnaMatte> talvez precisássemos de uma licença científica e não tão criativa rsrsrs
[15:35] <Tiago_> Sim, Ana, concordo. Digo isso mais levando em consideração a aplicação de CC nos espaços e práticas atuais - acho meio inevitável que nisso surjam essas questões.
[15:35] <Tiago_> Eu prefiro uma licença mais criativa e mais científica hahah
[15:35] <AnaMatte> só que, sem uma discussão, a licença científica acabaria sendo copyright estrito senso....
[15:36] <AnaMatte> isso, me to!
[15:36] <Tiago_> Não que eu não goste do CC - acho um enorme passo para a abertura da produção e para colocar isso no centro do debate.
[15:36] <AnaMatte> também acho, e, na falta de melhor, o negócio ´e saber usar o melhor possível
[15:36] <AnaMatte> por exemplo
[15:37] <Tiago_> Sim, isso!
[15:37] <AnaMatte> a revista Texto Livre é CC by-sa-nc desde o inicio
[15:37] <AnaMatte> e continuou mesmo depois que eu ja sabia que seria melhor só by sa
[15:37] <AnaMatte> by = mantém a autoria
[15:37] <AnaMatte> sa = mantém a licença
[15:37] <AnaMatte> o resto é livre
[15:37] <AnaMatte> nc = não comercial
[15:38] <AnaMatte> e nd, que voc citou antes, é não derivadas
[15:38] <AnaMatte> mas porque continuou?
[15:38] <AnaMatte> porque nem a gente, que discute, pensa, reflete, levanta a bandeira das licenças livres
[15:39] <AnaMatte> nem nós damos tanta importancia pra esses detalhes
[15:39] <Tel> sim. mas veja que provavelmente, na prártica a ideia do "livre" permaneceu.
[15:39] <Tel> se fosse só SA, provavelmente nada teria mudado nessa tragetória ;)
[15:39] <AnaMatte> na prática com certeza
[15:39] <AnaMatte> explica?
[15:40] <Tel> é um argumento que ainda estamos construindo ;) mas fica a pergunta - você deveria ter perdido mais tempo em oficinas sobre creative commons para decidir sobre a sua licença no texto livre?
[15:40] <Tel> eu diria que não.
[15:40] <AnaMatte> não sei se ainda temos tempo, thalita, temos?
[15:40] <Tel> o espirito de abertura é o memso e as ações em torno do texto livre tmbm. NC ou não NC... nada mudaria.
[15:41] <thalita> uai, por mim sim.
[15:41] <AnaMatte> sei lá, Tel , eu diria que não teria esse tempo... mas ainda acho que a discussão vale a pena
[15:41] <Tel> claro que no universo das instituições e principalmente as que tem interesse/dependem de direitos autorais a coisa é diferente.
[15:42] <Tel> ah sim, vale a pena. mas a crítica é quanto a enfase que damos para isso.
[15:42] <AnaMatte> é, eu realmente não sei avaliar isso
[15:42] <Tel> a primeira coisa que olhamos num repositório ou recurso é -> tem CC? se não tem é fechado.
[15:42] <AnaMatte> eu já fraudei contrato com editora
[15:42] <AnaMatte> por me sentir lesada
[15:42] <BrunoForgiarini> bah, essa refelxão eu e o meu orientador tivemos por horas, pois quando se coloca que um recurso só pode ser copiado, mas não pode ser modificado não é livre!
[15:42] <Tel> mas é mesmo? quais são as práticas em torno desse repositório?  quem usa? o que importa mais, dar uma oficina de 4 horas sobre creative commons ou ensinar a pessoa a compartlihar?
[15:42] <AnaMatte> mudei os termos e não avisei, eles assinaram sem ler porque ninguem muda os termos
[15:43] <Tel> eheheh
[15:43] <Tel> remix ;)
[15:43] <AnaMatte> ah, ganhou, Tel , tem toda razão
[15:43] <AnaMatte> pois é... hoje é mais difícil, mandam em pdf
[15:43] <Tiago_> Uma questão interessante que encontramos ao avaliar repositórios REA foi essa relação entre as licenças de uso e as práticas propostas pela plataforma
[15:44] <Tiago_> às vezes, as licenças serviam pra cobrir aspectos institucionais, mas se mostravam em descompasso com a prática efetivamente proposta pela arquitetura do repositório
[15:44] <Tel> eu ainda não sei se o argumento é bom, mas acho qeu é uma boa pergunta pra se fazer pra quem lida com REA ou se preocupa com material aberto.
[15:45] <Tiago_> é mais ou menos essa a tensão - como conseguiríamos cobrir tanto os aspectos institucionais como os de prática? é algo ainda em movimento e em reelaboração mesmo.
[15:45] <AnaMatte> Tiago_: voce me fez lembrar das práticas de xerocar tudo...
[15:45] <Tel> pois é!
[15:45] <Tiago_> isso!
[15:45] <AnaMatte> eu não teria conseguido estudar sem elas
[15:45] <Tel> quando disseram que não podia xerocar o "livro todo" , o que aconteceu?
[15:46] <Tel> nego leu lá na lei de direitos autorais - "pode xerocar pequenos trechos"
[15:46] <Tel> e ai dividiu o livro em pastas individuais com capítulos.
[15:46] <AnaMatte> a gente foi no xerox e pediu 30% depois +40 depois mais 30...
[15:46] <thalita> criaram o setor clandestino no xerox
[15:46] <BrunoForgiarini> kkkk
[15:46] <AnaMatte> exatamente sorriso
[15:46] <Tel> vinha a "vigilância" mas nõa tinha livro, só pequenos trechos ;)
[15:46] <AnaMatte> isso rsrsrsrs
[15:47] <AnaMatte> e hoje a gente nem faz xerox, a gente escaneia
[15:47] <AnaMatte> e coloca na rede
[15:47] <AnaMatte> mas o que me apavora
[15:47] <AnaMatte> é que pirateamos nossos próprios textos para poder passar para os alunos
[15:47] <thalita> hoje já tem aplicativo que transforma imagem em texto, eu acho
[15:48] <lailton> Houve na verdade uma nova forma de xerocar os textos e livros.
[15:48] <AnaMatte> pra poder publicar, aceitamos a abrir mão dos direitos autorais. para usar, precisamos roubá-los de volta
[15:48] <Tel> né?
[15:48] <Tiago_> é uma bela definição
[15:49] <lailton> Mas uma questão intrigante é sabermos qual a função da produção intelectual?
[15:49] <AnaMatte> e qual é, lailton ?
[15:49] <Tel> eu voto no Lattes.
[15:49] <Tel> (que aliás, não é público ehehhe)
[15:49] <lailton> Divulgar a ciência.
[15:49] <AnaMatte> rsrsrsrsrsrs
[15:51] <AnaMatte> bem, acho que podemos encerrar, thalita
[15:51] <thalita> sim sim
[15:51] <AnaMatte> se começarmos mais uma discussão a gente não acaba mais
[15:51] <AnaMatte> porque é uma delícia :D
[15:51] <Tiago_> hahahah verdade
[15:51] <Tel> sorriso
[15:52] <thalita> Gostaríamos de agradecer nossos conferencistas convidados profª Ana Cristina, prof Tel e prof Tiago  pelas brilhantes participações
[15:52] <thalita> foi um aprendizado
[15:52] <thalita> precisamos oportunizar a todos conferẽncias dessa magnitude
[15:52] <Tel> brilhante não mas esforçado sim ;) obrigado pessoal.
[15:52] <Tiago_> Eu que agradeço o convite, foi muito bacana sorriso
[15:52] <AnaMatte> parabéns a todos! clap clap clap clap clap
[15:53] <thalita> clap clap clap
[15:53] <AnaMatte> clap clap clap clap clap clap clap clap
[15:53] <thalita> Para receber o certificado deste evento basta encaminhar uma mensagem para o STIS neste endereço:   stis@textolivre.org com os seguintes dados: nome completo e apelido usado durante o evento.
[15:53] <BrunoForgiarini> \0/ clap, clap, clap
[15:53] <Tel> legal thalita, obrigado! ana, sempre bom ;)
[15:53] <AnaMatte> Tel: até o fisl! precisamos tomar um café lá
[15:54] <Tel> vamos sim!
[15:54] <BrunoForgiarini> Aproveitando, @thalita, tens como conferir para mim uns pedidos anteriores de certificados?
[15:54] <thalita> os conferencistas receberam o certificado via e-mail
[15:54] <thalita> BrunoForgiarini, vamos verificar
[15:54] <Tiago_> Muito obrigado mesmo pessoal, foi um enorme aprendizado sorriso
[15:54] <lailton> Penso que quando escaneamos os textos e divulgamos na net e piratemos os nossos próprios texto estamos executando a ideia principal que subjaz o REA  que é que qualquer coisa que você publique pode ser utilizada e recombinada por outras pessoas, aumentando o conhecimento de todos.
[15:55] <BrunoForgiarini> Muito obrigado, é que nesta segunda-feira (29/06) vou participar de uma seleção e seria muito bem-vindos os certificados rsrsrsrs
[15:55] <AnaMatte> verdade, lailton
[15:55] <thalita> ah sim
[15:55] <AnaMatte> um ótimo fim de semana a todos! bjs
[15:56] <adelmaa> Bruno, como nosso trabalho é feito pro voluntários e professores queestão atarefadissimos com final deperido fica dificl exigir deles um tempo para colocar isso em dia,viu!,
[15:57] <BrunoForgiarini> Claro, sei como é, adelmaa! Desde já agradeço a atenção.
[15:57] <adelmaa> Mas compreendam que todos são voluntários. Então tem meses que dtudo sai certinho e tem outros que as obrigações de escolas e isntituições de ensino e trabalho extras nos forçam a atrasar, não que queiramos, mas são as circunstancias.
[15:57] <lailton> Parece estamos neste século vivendo em um paradigma intenso entre as marcasa de autoia.
[15:57] <Tel> sem duvida lailton
[15:58] <BrunoForgiarini> Eu nem posso falar muito porque estou em dívida com a +AnaMatte rsrsrsrs
[15:58] <lailton> o que de fato é meu e o que é do outro. qual o limite de cada um, já que podemos recombinar textos de outro e ampliarmos o conhecimento de outros colegas.
[15:58] <adelmaa> Agora nas férias, se Deus quiser, quando todos vocês estrão descansando a gente se reunirá para afzer toda a logistica do segundo semestre que você viu terá só conferências extraodinárias. também.
[16:00] <BrunoForgiarini> É verdade adelmaa. As conferências serão imperdíveis.
[16:00] <adelmaa> Obrigada pela presneça de todos e sejm educadores conscientes façam chegaa nosso evento a todo os que se interessam por fazer deste país uma pátria verdadeiramente educadora.
[16:01] <Tel> obrigado adelma ;) abraços!
[16:02] <adelmaa> Prezsdos Tel e Thiago vocês terão 60 dias para transformar esta conferência em artigo,ok!
[16:02] <adelmaa> Escreverei a vocês com todas as coordeandas de forma minuciosa.
[16:04] <adelmaa> Obrigada a todos soq ue fizerma deste stis um evento singular e relvante. Obrigadaprof Tel pela sua disponibilidade e, nos ajudar , ao Tiago pela sua particpação brilhante a profa Ana Matte. Aos nosos queridos cparticpantes obrigadíssima pela presneça. Bruno, farei o possivel para te encaminhar estes certificados,ok!
[16:04] <adelmaa> Boa tarde a todos. Que tenham uma final de semana de descanso!.
[16:07] <lailton> Obrigado Adelma por esta oportunidade.
[16:17] <Gilvan> Obrigado!

 

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6. Agosto: Ritmo, repetição e espaços tensivos

cartaz STIS agosto 2015

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Carolina Lindenberg Lemos e Paula Martins de Souza

Conferência dupla STIS AGOSTO 2015

Dia 28 de agosto das 14 às 15:30, na Sala de Conferências do STIS

Ritmo e Repetição em Textos Verbais (Drª. Carolina Lindenberg Lemos – British Council/GES-USP)

Resumo: A noção de que a repetição possa ter um efeito no ritmo dos textos é algo delicado para a abordagem semiótica. A disciplina que se desenvolveu a partir do trabalho seminal de A.J. Greimas buscou desde sempre regularidades e generalizações que pudessem criar um modelo descritivo dos textos. A perspectiva de abordar efeitos tende à contingência e à fluidez de cada realização e, portanto, a uma impossibilidade de generalização eficaz. Para contornar essa dificuldade e ainda tratar dessa relação que nos parece primordial, abordaremos a repetição como uma das estratégias possíveis para a manipulação do ritmo no texto. Iniciaremos nossa investigação pela especulação de casos extremos de repetição total e de sua ausência absoluta, ou seja, de não textos, a fim de mostrar pelas vias do andamento de que maneira esses dois conceitos – ritmo e repetição – estão intimamente relacionados. Em seguida, saímos do mundo dos extremos para tratar de casos possíveis. Por contraste à noção de isotopia, estudaremos de que forma a repetição age sobre o ritmo em textos reais. Isso nos levará a postular estilos tensivos distintos para a isotopia e a repetição, mostrando que, em grande medida, a repetição se constitui num regulador da espera no texto. Esse percurso revelará assim que a repetição é, na verdade, uma manifestação possível da estrutura tensiva subjacente.

 

Breve Reflexão acerca dos Espaços Tensivos (Paula Martins de Souza - Doutoranda USP/FAPESP/GES-USP)

Resumo: O espaço tensivo foi pensado por Claude Zilberberg como um meio de entrecruzar as duas dimensões a serem consideradas no exame da significação, a saber, os estados de alma e os estados de coisas. A dimensão da intensidade seria responsável pelos estados de alma, que afetam o sujeito, ao passo que a dimensão da extensidade se responsabilizaria pelos estados de coisas (ZILBERBERG, 2011, p. 253). Visto desse modo, o espaço tensivo tem o grande mérito de trazer à luz as ações das narrativas já motivadas do ponto de vista passional, além de poder lidar com os textos que não apresentam grandes transformações externas ao sujeito. Não obstante, concebido como uma unidade indissociável entre estados de alma e estados de coisas a análise feita por meio do espaço tensivo corre o risco de ficar “colada” ao foco – ou à apreensão –  do próprio sujeito narrativo, uma vez que todos os estados de coisas estariam pela subjetividade dele condicionados. Em outras palavras, o fechamento do espaço tensivo nessas duas dimensões pode promover uma análise insuficientemente objetiva dos dados do texto. Tudo se passa como se o analista “caísse na conversa” do sujeito da narrativa, enxergando os eventos por meio de seu ponto de vista. Se essa questão pode não se colocar com a mesma premência quando o que está em análise é a significação do narrador de um texto, ela se torna patente quando se trata da análise de um outro sujeito, uma vez que se a significação de seus estados de corpo e de alma são o resultado de um cruzamento entre seu ponto de vista (seu campo subjetivo) e o ponto de vista da “realidade” narrada (campo objetivo). Neste segundo caso, sustentamos que há um entrecruzamento entre espaços tensivos: a intensidade e a extensidade internas ao sujeito (seu campo subjetivo) seriam projetados como um todo enquanto a intensidade de um novo espaço tensivo cuja extensidade (seu campo objetivo) seria o “estado de coisas” dado pelo narrador.

6.1. registro agosto

Registro da Conferência em chat escrito, de 28 de agosto de 2015:

 

 Ritmo e Repetição em Textos Verbais
conferencista: Drª. Carolina Lindenberg Lemos – British Council/GES-USP


 Breve Reflexão acerca dos Espaços Tensivos
conferencista: Paula Martins de Souza - Doutoranda USP/FAPESP/GES-USP

 

moderador: Equipe STIS

 

 

[14:02] <daniervelin> Com imensa alegria, em nome da organização do STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC -, damos boas-vindas a todos vocês que nos honram com sua presença: conferencistas e participantes.
[14:02] <Renilze> Ótimo, Thalita e Daiervelin.
[14:02] <daniervelin> O Stis é um programa de conferência realizado na penúltima semana de casa mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno de temas interdisciplinares
[14:02] <daniervelin> Agradecemos o aceite das duas ilustres conferencistas de hoje
[14:03] <daniervelin> Carolina Lindenberg Lemos será a primeira a apresentar hoje. Em seguida, será dada voz a Paula Martins de Souza, e no final abriremos a sala para o debate.
[14:03] <daniervelin> Informaremos o código para os slides no início de cada apresentação.
[14:03] <daniervelin> Faremos agora uma breve apresentação de nossas conferencistas convidadas, que poderão acrescentar ou corrigir alguma informação em suas apresentações
[14:03] <daniervelin> Carolina Lindenberg Lemos é graduada em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Semiótica e Linguística pela USP e doutora em Linguística pela USP e em Langues et Lettres pela Universidade de Liège.
[14:03] <daniervelin> Realizou estágio de mobilidade internacional na Universidade de Paris VIII, sob supervisão do Prof. Dr. Denis Bertrand.
[14:03] <daniervelin> Atualmente é membro do Grupo de Estudos Semióticos da USP e examinadora do IELTS, junto ao British Council.
[14:04] <daniervelin> Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Semiótica, atuando principalmente nos seguintes temas: epistemologia da semiótica, historiografia linguística, estrutura linguística e enunciação.
[14:04] <daniervelin> Paula Martins de Souza é graduada em Letras, com habilitação em Linguística e em Língua Portuguesa pela USP e doutoranda pelo programa de Semiótica e Linguística Geral da USP, sob orientação do Prof. Dr. Waldir Beividas.
[14:04] <daniervelin> É membro do GES-USP (Grupo de estudos Semióticos da USP) e sua área de pesquisa incide sobre a relação entre a Semiótica Discursiva e a Psicanálise, por meio da Epistemologia delineada por Louis Trolle Hjelmslev.
[14:04] <daniervelin> Thalita, você quer acrescentar algo?
[14:05] <thalita> apenas mais algumas informações sobre a dinâmica do STIS
[14:05] <thalita> posso continuar?
[14:05] <CarolinaLL> sim
[14:05] <daniervelin> sim, por favor
[14:05] <thalita> ok
[14:05] <Renilze> Bem vindas Thalita, é um prazer está neste debate. Aguardo o código dos Slides.
[14:05] <thalita> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
[14:06] <thalita> Para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação das conferencistas (só por escrito, aqui no chat)
[14:06] <paulamartins> Obrigada!
[14:06] <thalita> não temos vídeo nem áudio
[14:06] <Renilze> OK!!!
[14:06] <thalita> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:06] <cidaviegas> obrigada!
[14:06] <thalita> após as duas apresentações, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:06] <thalita> o código para os slides será indicado no início de cada apresentação
[14:07] <thalita> Código da apresentação da Carolina: lemos
[14:07] <Renilze> Ok!!! Obrigada!!!
[14:07] <thalita> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[14:07] <thalita> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes
[14:07] <thalita> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:07] <daniervelin> Título da apresentação de Carolina Lindenberg Lemos: "Ritmo e Repetição em Textos Verbais"
[14:08] <thalita> CarolinaLL, pode começar quando quiser. Cole, por favor, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
[14:08] <CarolinaLL> Obrigada, Thalita. Obrigada, Dani
[14:08] <CarolinaLL> Então são trinta minutos
[14:08] <daniervelin> isso
[14:08] <CarolinaLL> achoque eu tinha entendido 40
[14:08] <CarolinaLL> mas tudo bem
[14:09] <daniervelin> CarolinaLL, pode ser
[14:09] <daniervelin> aqui temos flexibilidade quanto a isso
[14:09] <CarolinaLL> eu tinha pensado em escrever como num chat mesmo, mas se for preciso eu colo frases também
[14:09] <daniervelin> fique à vontade!
[14:09] <CarolinaLL> bom, eu vou apresentar para vocês o coração da minha tese
[14:09] <CarolinaLL> coração porque é de onde nasceu e para onde tudo converge
[14:10] <CarolinaLL> como eu dizia no resumo, para quem conseguiu ler
[14:10] <CarolinaLL> (aliás, se estiver muito lento, me avisem)
[14:10] <CarolinaLL> como eu dizia, efeitos são coisas complicadas de se discutir
[14:11] <CarolinaLL> porque podemos no limite dizer que cada um "sente" de forma diferente
[14:11] <CarolinaLL> então como posso falar de tensão nos textos?
[14:11] <CarolinaLL> A fim de escapar dessa arma- dilha, buscaremos, antes de mais nada, entender a repetição como uma das estratégias possíveis para chegar a um certo efeito.
[14:12] <CarolinaLL> que é esse efeito de tensão
[14:12] <CarolinaLL> vou dar um exemplo
[14:12] <CarolinaLL> quando vemos um poema como "The Hollow Men" de TS Eliot
[14:13] <CarolinaLL> ele termina assim:
[14:13] <CarolinaLL> This is the way the world ends
[14:13] <CarolinaLL> This is the way the world ends
[14:13] <CarolinaLL> This is the way the world ends
[14:13] <CarolinaLL> Not with a bang but a whimper
[14:13] <CarolinaLL> uma tradução rápida:
[14:13] <CarolinaLL> Como o mundo acaba
[14:13] <CarolinaLL> Como o mundo acaba
[14:13] <CarolinaLL> Como o mundo acaba
[14:13] <CarolinaLL> Não com um explosão mas com um gemido
[14:14] <CarolinaLL> Veja: por que ele repete?
[14:14] <CarolinaLL> a informação já está dada na primeira vez
[14:14] <CarolinaLL> mas ele usa a repetição para criar uma expectativa
[14:14] <CarolinaLL> é essa expectativa crescente que vou chamar de "efeito de tensão"
[14:15] <CarolinaLL> Meta-comentário: é estranho não poder dizer: ok?
[14:15] <CarolinaLL> bom...
[14:15] <CarolinaLL> Então, como dizia, como contornar o estudo tão vago dos efeitos
[14:16] <CarolinaLL> vamos procurar a estrutura subjacente a essa repetição: como é que ela revela uma organização textual mais profundo
[14:16] <CarolinaLL> profunda e que pode servir de base para manipulá-la
[14:16] <CarolinaLL> Nosso primeiro argumento é que a repetição tem a ver com um certo andamento do texto
[14:17] <CarolinaLL> andamento no sentido musical mesmo
[14:17] <CarolinaLL> algo como a sensação de aceleração e desaceleração
[14:17] <CarolinaLL> mas do conteúdo
[14:17] <CarolinaLL> se vocês adiantarem o slide
[14:17] <CarolinaLL> vão ver que vamos tratar de dois casos de extremos
[14:18] <CarolinaLL> chamo de extremo especulativo porque não formam textos de tão absurdo que são esses exemplos
[14:18] <daniervelin> código para os slides: lemos (basta selecionar ao lado a opção "apresentação de slides")
[14:18] <CarolinaLL> No primeiro caso, quero que vocês imaginem uma concatenação da maior variedade possível de imagens
[14:19] <CarolinaLL> (vejam o terceiro slide: as identidades são essenciais para a diferença)
[14:19] <CarolinaLL> Justamente: o meu exemplo quer mostrar isso: as identidades são essenciais para a diferença
[14:20] <CarolinaLL> então imagine esse monte de imagens variadas passando na tv: colorida, preto e branco, realista, animação
[14:20] <CarolinaLL> imagine que chegamos a um conjunto o mais variado possível
[14:20] <CarolinaLL> Teríamos assim fotos realistas e desenhos abstratos, close-ups e planos de conjunto, múlti- plos ângulos, imagens coloridas e em preto e branco e tudo o mais que se possa imaginar combinado de forma totalmente aleatória. Digamos então que tenhamos chegado a uma miríade de imagens tamanha que nenhum espectador pudesse encontrar aí alguma coerência
[14:21] <CarolinaLL> e que nossa sequência fosse longa o suficiente para que as fronteiras de início e de fim também se dissipassem e deixassem de operar como elementos reguladores
[14:21] <CarolinaLL> qual é o sentido desse texto?
[14:21] <CarolinaLL> a distância - de sentido - entre as imagens é tão distante que não conseguimos atribuir um sentido
[14:22] <CarolinaLL> a aceleração do sentido de uma imagem para a outra é tão grande que não é trajeto
[14:22] <CarolinaLL> vemos um salto
[14:22] <CarolinaLL> são por demais aceleradas
[14:22] <CarolinaLL> bom,
[14:22] <CarolinaLL> agora imagine o inverso
[14:23] <CarolinaLL> Menos intuitiva é talvez a impossibilidade de identidades sem dife- rença.
[14:23] <CarolinaLL> Parece relativamente claro que, diante de dois elementos, sabemos facilmente dizer: são iguais.
[14:23] <CarolinaLL> No entanto, para ao menos percebê-los como dois elementos, é preciso que sejam distintos, separados por um espaço em branco ou pelo silêncio
[14:23] <CarolinaLL> Assim, para que sejam iguais, devem antes ser distintos. Se não houver minimamente alguma alternância, borram-se os limites e novamente, como no caso do excesso de variação, nos deparamos com um bloco unitário, com a matéria sem forma.
[14:23] <CarolinaLL> (próximo slide)
[14:24] <CarolinaLL> nesse caso, temos uma desaceleração total
[14:24] <CarolinaLL> tão grande que não vemos distinção
[14:24] <CarolinaLL> (próximo slide)
[14:25] <CarolinaLL> esses dois exemplos nos dão duas condições mínimas de inteligibilidade de um texto
[14:25] <CarolinaLL> a coerência = alguma recorrência
[14:25] <CarolinaLL> a novidade = alguma mudança
[14:26] <CarolinaLL> (próximo slide)
[14:26] <CarolinaLL> Para além dessas características da interpretação, somos confrontados a questões de andamento e ritmo.
[14:26] <CarolinaLL> No primeiro caso, temos um andamento de tal forma frenético do conteúdo que se perde qualquer possibilidade de encontrar-lhe um ritmo. Para que haja ritmo, é preciso que se estabeleçam alternâncias regulares.
[14:26] <CarolinaLL> A mesma falta de ritmo se observa no segundo exemplo, mas por razões inversas. Ao diluirmos as fronteiras, tudo se passa como se estivéssemos o tempo inteiro frente ao mesmo objeto, como uma exposição longuíssima a um único elemento.
[14:26] <CarolinaLL> A estaticidade total também não apresenta alternâncias e, portanto, não cria ritmo.
[14:27] <CarolinaLL> A citação do Dicionário de música apresenta a definição de ritmo
[14:27] <CarolinaLL> veja que, para haver ritmo, é preciso haver seções perceptiveis
[14:27] <CarolinaLL> As “seções perceptíveis” são o que chamamos “alternâncias regulares” ausentes do primeiro cenário; a exigência de que essas alternâncias se desenrolem no tempo se opõe à estaticidade resultante do segundo cenário.
[14:28] <CarolinaLL> (próximo slide)
[14:28] <CarolinaLL> vimos então que uma estrutura: uma alternância ordenada é a primeira exigência para o ritmo
[14:28] <CarolinaLL> mas os nossos exemplos mostram ainda duas coisas
[14:29] <CarolinaLL> ritmo, por sua vez, está na dependência do andamento, uma vez que este age sobre a percepção daquele: os limites máximo e mínimo do andamento apagam qualquer possibilidade de apreensão de um ritmo.
[14:29] <CarolinaLL> ou seja: muito rápido, não há ritmo
[14:29] <CarolinaLL> muito lento também não
[14:30] <CarolinaLL> Por fim, o ritmo está na dependência também do aspecto. Não po- deria ser diferente, uma vez que o aspecto opera as demarcações e as segmentações do texto
[14:30] <CarolinaLL> A demarcação é a função aspectual que estabelece as extremidades e os limites do discurso e se manifesta em incoatividade e terminatividade: o começo e o fim
[14:30] <CarolinaLL> precisamos de um começo e de um fim
[14:30] <CarolinaLL> mas precisamos também de segmentações
[14:30] <CarolinaLL> A outra função aspectual em jogo, a segmen- tação, estabelece limiares e intervalos.
[14:31] <CarolinaLL> Especialmente evidente no segundoexemplo, a segmentação é essencial para que enxerguemos partes num todo, ou seja, para que nosso objeto não seja um contínuo indiferenciado.
[14:31] <CarolinaLL> bom, vimos assim algumas condições da relação da repetição e do ritmo
[14:31] <CarolinaLL> vamos passar para textos reais
[14:31] <CarolinaLL> e vamos ver como a repetição age sobre eles
[14:32] <CarolinaLL> para isso vamos comparar com a noção de isotopia
[14:32] <CarolinaLL> avancem no slide
[14:32] <CarolinaLL> e vejam a definição de Greimas e Courtés
[14:32] <CarolinaLL> há muito em comum entre a isotopia e a repetição
[14:33] <CarolinaLL> veja que G e C usam mesmo a palavra "iteratividade"
[14:33] <CarolinaLL> o conceito de isotopia põe em jogo a semelhança entre semas e figuras, mas ao mesmo tempo cria a necessidade de que se estabeleçam diferenças entre eles.
[14:33] <CarolinaLL> vejamos o exemplo do poema de Baudelaire
[14:33] <CarolinaLL> no próximo slide
[14:34] <CarolinaLL> Nas duas primeiras estrofes, marcamos algumas palavras e locuções que desencadeiam uma isotopia marítima — sobretudo de uma viagem marítima. Se “les hommes d’équipage” já sugere talvez essa leitura, a ocorrência de “l’albatros” e “des mers” a confirma
[14:34] <CarolinaLL> A ideia de que se trata de uma viagem se faz ver apenas quando acrescentamos os verbos “suivent” e “glissant”. Esses traços são importantes para contextualizar o jogo cruel dos marinheiros enfastiados que aparece na segunda e na terceira estrofe.
[14:34] <CarolinaLL> Esse breve exemplo nos mostra que as expressões têm algo em comum: elas oferecem uma reiteração de traços que vão reforçar uma ideia, como se remetessem todos ao mesmo lugar figurativo.
[14:35] <CarolinaLL> Nesse processo, alguns traços que estão em potência em cada palavra são também suprimidos. É o caso, por exemplo, de tantos semas ligados à fúria do mar, à ressaca, às tempestades. Todos esses traços que poderiam desencadear uma série de lugares comuns da literatura estão aí “desativados”, suspensos.
[14:35] <CarolinaLL> or outro lado, é importante na isotopia que cada elemento seja também diferente um do outro. A diferença entre as expressões marcadas em nosso exemplo faz com que o cenário adquira nuanças e as imagens se enriqueçam. O texto ganha uma direção.
[14:35] <CarolinaLL> Como na isotopia, a repetição nos apresenta um encadeamento sintag- mático e a posição do termo na cadeia é relevante. O primeiro termo é a apresentação do novo.
[14:36] <CarolinaLL> O segundo é já informação dada. O segundo elemento é também o que introduz uma relação particular entre os termos. Em outras palavras, ainda que diferentes em função da sua posição, eles devem ser lidos como o retorno do mesmo.
[14:36] <CarolinaLL> Assim, ele é também o anúncio de uma regra, de uma expectativa de repetição. Em termos semelhantes, na isotopia, o primeiro termo abre toda uma gama de possíveis caminhos. A entrada do segundo revela a relação e restringe as possibilidades
[14:36] <CarolinaLL> Assim, o mecanismo sintáxico da isotopia e o da repetição parecem correr em paralelo. Como vimos no poema de Baudelaire, a isotopia é responsável pela expansão de um sentido pelo texto e, dessa forma, dá-lhe coesão. A repetição também pode ter esse papel, uma vez que por meio da iteração, ela dissemina o sentido do elemento repetido pelo texto
[14:36] <CarolinaLL> Podemos dizer isso, por exemplo, do retorno ao refrão em uma canção. Ele parece muitas vezes “amarrar as pontas”, ou seja, atribuir coesão.
[14:37] <CarolinaLL> Vejamos agora um exemplo de repetição estrita
[14:37] <CarolinaLL> no próximo slide
[14:37] <CarolinaLL> vocês têm o poema "One Art" de E. Bishop
[14:38] <CarolinaLL> Ela repete várias vezes a frase : The art of losing isn’t hard to master;
[14:38] <CarolinaLL> a arte de perder não é difícil de dominar
[14:38] <CarolinaLL> (há melhores traduções...)
[14:38] <CarolinaLL> Aquilo que devemos entender por “perda” vai mudando e se complexificando a cada estrofe com as diferentes figuras do que é deixado para trás: chaves, lugares, nomes, casas, rios, reinos e “você”. Ainda assim, a frase repetida literalmente 4 nos transporta de volta para o início e reúne num mesmo conjunto todas as figuras disparatadas.
[14:39] <CarolinaLL> Uma das funções da repetição aqui é, portanto, dar coesão ao texto, organizando esse contexto como uma moldura que encerra o poema por todos os lados.
[14:39] <CarolinaLL> Uma outra forma de disseminar conteúdos num texto se dá por meio de explicações ou definições. Assim, se voltarmos ao texto de Baudelaire e recorrermos ao dicionário para consultar um vocábulo qualquer, teremos por exemplo
[14:39] <CarolinaLL> vejam o próximo slide
[14:39] <CarolinaLL> temos a definição de um termo do poema
[14:40] <CarolinaLL> (um que eu não conhecia...)
[14:40] <CarolinaLL> huée são os gritos dos caçadores para espantar os bichos
[14:40] <CarolinaLL> uma definição é uma forma de disseminação de conteúdo, como vocês vêm
[14:40] <CarolinaLL> o conteúdo que estava concentrado numa palavra
[14:40] <CarolinaLL> agora são duas frases
[14:41] <CarolinaLL> Ao tratar das definições de dicionário, Hjelmslev (2003 : 74) aponta que os termos definidos podem ser considera- dos reduções dos sintagmas que os definem e propõe a seguinte formulação: “por definição entendemos uma divisão seja do conteúdo de um signo, seja da expressão de um signo.”
[14:41] <CarolinaLL> A definição em termos de divisão indica uma espacialidade dispersa (Zilberberg, 2012 : 22), uma temporalidade alongada, na qual se deixam ver as etapas, e um andamento desacelerado.
[14:41] <CarolinaLL> Assim, isotopia, repetição, defini- ção apresentam, nesses termos, um estilo tensivo descendente
[14:42] <CarolinaLL> A força da surpresa, da introdução de um elemento novo no campo de presença vai diminuindo em virtude da reiteração, da repetição, da escansão desse mesmo elemento. O impacto da novidade vem a ser paulatinamente substituído pelo conforto do conhecido.
[14:42] <CarolinaLL> mas é aqui que a coisa fica interessante
[14:42] <CarolinaLL> pois a repetição não é bem como a definição ou a isotopia
[14:42] <CarolinaLL> Uma definição de dicionário que repetisse o termo a ser definido seria um dicionário ineficaz:
[14:42] <CarolinaLL> veja o próximo slide
[14:43] <CarolinaLL> se eu repito a palavra, não há esclarecimento
[14:43] <CarolinaLL> eu não posso repetir a palavra que eestou definindo no interior de uma definição
[14:43] <CarolinaLL> Nesse sentido, a repetição se distancia dos outros dois mecanismos em função do seu regime de progressão textual
[14:43] <CarolinaLL> Se a isotopia apresenta uma série de semelhanças que reúnem os termos numa linha interpretativa, ela também põe em jogo as diferenças necessárias para a criação de direção no texto.
[14:44] <CarolinaLL> Assim, o modo de progressão da isotopia é linear, ou seja, transitivo, aberto para o que vem em seguida.
[14:44] <CarolinaLL> Num movimento relativamente semelhante, a explicação é um desdobramento de traços de início condensados, mas ela é por isso mesmo uma forma de restrição do leque de interpretações e deslizamentos de sentido que estão em potência no termo isolado. A direcionalidade e a abertura estão também presentes nesse mecanismo.
[14:44] <CarolinaLL> A repetição, por sua vez, não produz essa direcionalidade progressiva. Para tanto, é preciso a intervenção de nuanças de diferença entre as ocorrências. A repetição é a permanência insistente num mesmo elemento; seu regime é a circularidade fechada e intransitiva que se encerra em si mesma, voltando sempre ao início. Se levada adiante, ela passará do conforto do conhecido à saturação.
[14:44] <CarolinaLL> Vou falar agora então do estilo tensivo da repetição e vou parar por aí por conta do adiantado da hora
[14:45] <CarolinaLL> depois conversamos sobre os outros pontos na discussão se for o caso
[14:45] <CarolinaLL> Assim Um novo estilo tensivo se anuncia na repetição: o estilo ascendente.
[14:45] <CarolinaLL> O estilo descendente discutido até aqui é o resultado da apreensão de uma regra. O novo nos é apresentado, mas logo nos damos conta de que ele se repete e que continuará a se repetir de forma regular.
[14:46] <CarolinaLL> Cada ocorrênciaé a confirmação do esperado. Não há surpresa. As retomadas são cada vez mais átonas, justamente por não trazerem nada de novo ao espírito.
[14:46] <CarolinaLL> Acontece que a permanência nesse estado é impraticável. A ausência total de mudança leva a uma estagnação: o texto volta sempre ao seu início e não há evolução. Há portanto uma retenção da progressão temporal, associada ao fechamento e à concentração.
[14:46] <CarolinaLL> Em função da natureza complexa e opositiva da linguagem, a perma- nência excessiva num dos polos de uma oposição gera uma expectativa de mudança (Tatit, 2007: 31–32).
[14:47] <CarolinaLL> vejam o slide com a citação do saussure
[14:47] <CarolinaLL> Ainda que o trecho aborde um aspecto específico da língua — a fonologia —, a relação diz respeito à concepção de estrutura em geral
[14:47] <CarolinaLL> Dessa forma, cada elemento da língua não encontrará seu sentido ou sua função em fatores externos, mas se construirá por oposição a um outro elemento interno que lhe é comparável
[14:48] <CarolinaLL> Assim, se a oposição está na fundação do sistema e apenas podemos compreender um elemento por sua relação de dependência com outro, a afirmação deum convoca também a presença do outro.
[14:48] <CarolinaLL> Saussure propõe que um esforço continuado numa certa direção atingirá um limite
[14:49] <CarolinaLL> Se voltarmos à repetição, vemos que, ao atingir um limite mínimo de tensão, a repetição sugere o seu oposto, ou seja, uma quebra do esquema repetitivo.
[14:49] <CarolinaLL> ou seja: de tanto repetir e ir a lugar nenhum, esperamos que algo finalmente aconteça
[14:49] <CarolinaLL> A repetição cria um efeito de parada na progressão textual. A perma- nência nesse estado seria a continuação da parada
[14:49] <CarolinaLL> veja o slide com o quadrado
[14:50] <CarolinaLL> Do ponto de vista do desenvolvimento de um texto, a demora excessiva em qualquer uma dessas fases é inviável.
[14:50] <CarolinaLL> justa- mente pelo caráter opositivo da linguagem, o alongamento em qualquer dessas fases acaba por gerar uma tensão.
[14:50] <CarolinaLL> Um texto que se mantém sempre numa mesma fase produz um estranhamento, um mal-estar. Assim, a repetição será administrada de forma a preparar a mudança e criará uma tensão expectante de mudança
[14:51] <CarolinaLL> Enfim, aquilo que era o mais esperado e sem surpresa: a repetição que sabíamos que continuaria indefinidamente
[14:51] <CarolinaLL> é ela que, por sua própria insistência, criará as condições textuais para a sua mudança
[14:51] <CarolinaLL> ou seja: a repetição a longo prazo é insustentável
[14:52] <CarolinaLL> Podemos nos perguntar ainda sobre o que determina o limite da repetição tolerável.
[14:52] <CarolinaLL> mas aí entraríamos no próximo ponto do que constitui a espera
[14:53] <CarolinaLL> e deixaremos isso para uma outra ocasião.
[14:53] <CarolinaLL> termino então resumindo
[14:53] <CarolinaLL> abordamos a delicada noção de que a repetição possa ter um efeito no arranjo tensivo do texto. Dizemos que é delicada porque a própria ideia de estudar efeitos é fluida e frequentemente contingente ao ato de leitura.
[14:53] <CarolinaLL> Assim, preferimos falar da repetição como uma manifestação possível da trama tensiva do texto.
[14:54] <CarolinaLL> Abordamos então a repetição em estilos tensivos descendente e ascendente, na progressão textual e da construção da espera e do papel fundamental do aspecto para a gerência da repetição
[14:54] <CarolinaLL> bom, é isso
[14:54] <daniervelin> muito obrigada, CarolinaLL!
[14:54] <CarolinaLL> obrigada
[14:54] <CarolinaLL> referências no fim do slide
[14:55] <daniervelin> peço que todos guardem as questões para fazer à CarolinaLL depois da apresentação de paulamartins
[14:55] <thalita> obrigada, CarolinaLL!
[14:55] <paulamartins> clap, clap, clap, clap!!!
[14:55] <CarolinaLL> eu é que agradeço
[14:55] <CarolinaLL> heheeh
[14:55] <daniervelin> sorriso
[14:55] <daniervelin> bom, então convidamos paulamartins para iniciar sua apresentação sorriso
[14:55] <thalita> código para os slides: martins (basta selecionar ao lado a opção "apresentação de slides")
[14:56] <daniervelin> título: "Breve Reflexão acerca dos Espaços Tensivos"
[14:56] <daniervelin> código: martins
[14:56] <paulamartins> Dani, seria o caso de sinalizar aquela página em que você colocou os slides?
[14:56] <daniervelin> sim
[14:56] <daniervelin> como os gráficos ficaram um pouco ilegíveis, sugerimos que os acessem pelo link
[14:56] <daniervelin> http://stis.textolivre.org/salaConferencias/apresentacoes/martins/martins.pdf
[14:57] <paulamartins> Legal, Dani! Obrigada!
[14:57] <daniervelin> mas também é possível pelo código, aqui do lado
[14:57] <paulamartins> Posso começar, então?
[14:57] <daniervelin> à vontade!
[14:57] <paulamartins> Boa tarde a todos!
[14:57] <paulamartins> Gostaria de começar agradecendo a oportunidade de participar dos Seminários Teóricos Interdisciplinares do SemioTec.
[14:57] <paulamartins> É uma honra para mim poder compartilhar a pesquisa que venho desenvolvendo no doutorado!
[14:58] <paulamartins> Agradeço especialmente a Daniervelin Pereira e aos idealizadores dos STIS, a quem parabenizo por essa brilhante solução de aproximar os pesquisadores de nossa área!
[14:58] <paulamartins> Como foi sugerido por Daniervelin, no momento do convite para esta conferência,
[14:58] <paulamartins> vou tratar aqui de uma questão que considero como um dos pontos nevrálgicos da pesquisa que venho desenvolvendo.
[14:58] <paulamartins> Trata-se de um estudo sobre o funcionamento metodológico do “espaço tensivo”, proposto originalmente por Jacques Fontanille e Claude Zilberberg,
[14:58] <paulamartins> e desenvolvido por Zilberberg mais tarde.
[14:59] <paulamartins> Para chegar a essa questão, proponho: (i) introduzir o assunto principal da tese que venho desenvolvendo;
[14:59] <paulamartins> (ii) depois, gostaria de apresentar algumas noções do funcionamento do espaço tensivo, conforme proposto por Zilberberg;
[14:59] <paulamartins> (iii) com isso, acredito que será possível explicar as dificuldades metodológicas que o espaço tensivo pode trazer para algumas questões de análise;
[14:59] <paulamartins> (iv) finalmente, gostaria de propor uma solução possível para essas dificuldades.
[14:59] <paulamartins> Acho importante ressaltar que se trata apenas de uma revisão do uso das ferramentas metodológicas em vista da adequação ao objeto de análise.
[15:00] <paulamartins> Com isso, quero dizer que a proposta vai completamente na esteira da semiótica tensiva, à qual se filia imediatamente.
[15:00] <paulamartins> Comecemos, então, pelo assunto principal da tese.
[15:00] <paulamartins> (i) Introdução ao assunto principal da tese
[15:00] <paulamartins> Desde 2011, venho desenvolvendo uma tese a respeito do sujeito semiótico. A ideia é a de aprofundar a análise do sujeito com inspiração no pensamento psicanalítico.
[15:01] <paulamartins> Ocorre que, ao fazer análises de diversos textos, é comum verificar que há, por assim dizer, duas dimensões diferentes, por meio das quais se pode observar o sujeito.
[15:01] <paulamartins> Essa diferença entre “dimensões” fica nítida, por exemplo, nas análises que Greimas faz em Da Imperfeição (2002). Nessa obra, Greimas está tratando do momento epifânico; da apreensão artística.
[15:01] <paulamartins> Ele procede a uma gramaticalização do que constituiria esse momento específico que aparece em algumas narrativas.
[15:01] <paulamartins> Um dos elementos que participam dessa estrutura básica da epifania é a ampliação do tempo e do espaço, conferindo a esse evento uma sensação de eternidade.
[15:02] <paulamartins> Essa sensação se dá com o sujeito que vivencia o momento epifânico.
[15:02] <paulamartins> Ao mesmo tempo, sob um outro ponto de vista ou, talvez, em uma outra dimensão do mesmo acontecimento, o tempo e o espaço desse evento são ínfimos.
[15:02] <paulamartins> Tão logo se dá a sensação, ela já termina, enquanto que o espaço a que ela se dirige é sempre restrito.
[15:02] <paulamartins> Caso não consideremos que se trata de dois pontos de vista, de duas dimensões do mesmo evento, fica difícil explicar como a eternidade pode caber dentro dos limites de uma curta temporalidade.
[15:03] <paulamartins> Em uma tentativa de dissociar o ponto de vista da vivência do sujeito da ocorrência de sua vivência em um dado estado de coisas estabelecido pelo texto,
[15:03] <paulamartins> busquei separar essas duas dimensões do mesmo evento em:
[15:03] <paulamartins> (a) campo subjetivo, que responderia pelos estados de alma do sujeito; e
[15:03] <paulamartins> (b) campo objetivo, que responderia pelo modo como esse estado de alma se articula com um determinado estado de coisas textualmente dado.
[15:04] <paulamartins> Interessa ressaltar que não se trata apenas de uma divisão entre estados de alma por um lado e estado de coisas por outro, como se fossem dissociados.
[15:04] <paulamartins> Inclusive, esse é o ponto principal aqui, conforme pretendo explicar logo mais.
[15:04] <paulamartins> Mas antes, passemos para o segundo tópico desta conferência, pois interessa ter o funcionamento do espaço tensivo em mente para avançar na discussão a respeito dos campos subjetivo e objetivo.
[15:04] <paulamartins> (ii) Funcionamento do espaço tensivo, conforme proposto por Zilberberg
[15:05] <paulamartins> De acordo com o que foi mencionado no resumo desta conferência, o espaço tensivo foi pensado por Zilberberg como um meio de entrecruzar as duas dimensões...
[15:05] <paulamartins> a serem consideradas no exame da significação, a saber, os estados de alma e os estados de coisas.
[15:05] <paulamartins> A dimensão da intensidade seria responsável pelos estados de alma, que afetam o sujeito,
[15:05] <paulamartins> ao passo que a dimensão da extensidade se responsabilizaria pelos estados de coisas (ZILBERBERG, 2011, p. 253).
[15:05] <paulamartins> Na semiótica tensiva, a intensidade rege a extensidade, o que significa que os estados de coisas são condicionados pelos estados de alma.
[15:06] <paulamartins> Para dar um exemplo do interesse em entrecruzar essas duas dimensões da significação, podemos pensar em um sujeito “x” que é dentista e, como todos os dias,
[15:06] <paulamartins> se dirige a seu consultório com a devida antecedência. Seu ponto de partida dista cinco quilômetros do consultório.
[15:06] <paulamartins> Comparemos esse sujeito com o sujeito “y”, que se dirige ao aeroporto com pouco tempo para o fechamento do portão de embarque,
[15:06] <paulamartins> e que depende dessa viagem para assistir ao casamento de um filho. Ele está a cinco quilômetros do aeroporto.
[15:06] <paulamartins> Parece unânime o fato de que o sujeito “y” terá a impressão de que o caminho para o aeroporto é muito mais longo do que o caminho do sujeito “x” para o consultório,
[15:07] <paulamartins> ... ainda que ambos tenham a mesma extensão física.
[15:07] <paulamartins> Ocorre que os estados de alma modificam a impressão de cada sujeito a respeito dos estados de coisas, que, nesse caso, seria o mesmo estado do ponto de vista cosmológico.
[15:07] <paulamartins> Para o sujeito “y”, que anseia desesperadamente chegar ao aeroporto, o espaço parece não avançar.
[15:07] <paulamartins> Parece, ao sujeito “y”, que ele não sai do lugar. Seu espaço fica estreito e ele não é capaz de focalizar a totalidade do trajeto. Apenas apreende os elementos à medida que chegam.
[15:08] <paulamartins> Enquanto o sujeito “x”, uma vez posto a caminho, terá a impressão de que já chegou. Isso, porque ele não está em atraso;
[15:08] <paulamartins> o percurso não é uma questão para ele, que o traça cotidianamente, e conhece cada detalhe. Ele programou todo o percurso, que transcorrerá sem acidentes.
[15:08] <paulamartins> O sujeito “y”, então, diferentemente do sujeito “x”, atravessa seu percurso com a espacialidade alargada. Ele é capaz de focalizar todo seu transcurso e antever sua chegada programada.
[15:08] <paulamartins> Sendo assim, o sujeito “y” possui uma alta dose de intensidade (a dimensão dos estados de alma) e uma baixa dose de extensidade (a dimensão dos estados de coisas).
[15:09] <paulamartins> O sujeito “x”, ao contrário, possui uma baixa dose de intensidade, pois não está alarmado com a perda de um importante compromisso.
[15:09] <paulamartins> Também possui uma alta dose de extensidade porque é capaz de focalizar todo o transcurso.
[15:09] <paulamartins> Na figura 1, dos slides, temos os dois percursos, do sujeito “x” e do sujeito “y”, projetados em espaços tensivos.
[15:10] <paulamartins> Se ficar difícil de visuailizar, por favor, vejam as figuras em outra aba...
[15:10] <paulamartins> O gráfico à esquerda, que representa a impressão que o sujeito “x” tem do percurso de cinco quilômetros, marca o alto grau de intensidade, na vertical,
[15:10] <paulamartins> e o baixo grau de extensidade, na horizontal.
[15:10] <paulamartins> é a coluna tarjada em cinza
[15:10] <paulamartins> À direita, temos a representação da impressão do sujeito “y” sobre seu percurso de cinco quilômetros.
[15:11] <paulamartins> Visualizamos ali, ao contrário, um baixo grau de intensidade e um alto grau de extensidade.
[15:11] <paulamartins> Mas, notem que eu, enquanto narradora das duas situações, do sujeito “x' e do sujeito “y”, fiz referência a uma outra espacialidade, que não foi contemplada por nenhum desses dois gráficos.
[15:11] <paulamartins> Eu mencionei que ambos teriam de atravessar a MESMA distância de cinco quilômetros. Isso nos leva ao terceiro tópico que assinalei anteriormente:
[15:11] <paulamartins> (iii) dificuldades metodológicas que o espaço tensivo pode trazer para algumas questões de análise
[15:12] <paulamartins> A dificuldade reside na representação de dois pontos de vista no espaço tensivo: o meu, enquanto narradora, e o do sujeito que vivencia a experiência.
[15:12] <paulamartins> Os gráficos que foram apresentados cotejando os dois sujeitos excluem a minha perspectiva, que considera que ambos os sujeitos tenham de atravessar a mesma medida espacial.
[15:12] <paulamartins> Como a espacialidade faz parte dos estados de coisas, e não de alma, ele é representado pela linha horizontal do gráfico.
[15:12] <paulamartins> Caso houvesse o meu ponto de vista representado – isto é, um ponto de vista que se embasa em medidas físicas e que portanto se quer cosmológico –,
[15:13] <paulamartins> então a medida da linha horizontal teria de ser a mesma nos dois gráficos.
[15:13] <paulamartins> Note-se inclusive que esse não é um caso textual excepcional. Trata-se de uma recorrência a divergência entre o ponto de vista da narração e do sujeito que vivencia a coisa narrada.
[15:13] <paulamartins> Ocorre que, ao representar o entrecruzamento entre o estado de alma de um sujeito e o estado de coisas que ele vivencia, é claro que a representação não vai levar em consideração a comparação...
[15:13] <paulamartins> entre essa vivência e um estado de coisas que é notado por outrem.
[15:13] <paulamartins> Não obstante, muitos textos constroem a significação de um ator justamente pelo seu modo de vivenciar as coisas, isto é, seu modo particular de lidar com a “realidade” que o entorna.
[15:14] <paulamartins> Claro que não se trata de considerar uma realidade em si mesma. Trata-se de considerar a “realidade” construída por cada texto.
[15:14] <paulamartins> Por exemplo, em Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll, a “realidade” do mundo em que a protagonista vai parar não pretende reproduzir uma semiótica do mundo natural de modo algum.
[15:14] <paulamartins> Não obstante, é o contraste entre aquele estado de coisas e os estados de alma de Alice que causam a maior impressão da narrativa,
[15:14] <paulamartins> bem como o cotejo entre os estados de alma dela e os estados de alma dos habitante do lugar, para quem nada de extraordinário está se passando.
[15:15] <paulamartins> Com isso, chegamos ao próximo e último tópico desta conferência:
[15:15] <paulamartins> (iv) Proposta de uma solução possível para essas dificuldades
[15:15] <paulamartins> A proposta tem por objetivo, então, representar a significação do ponto de vista que um sujeito tem de uma dada vivência,
[15:15] <paulamartins> mas DENTRO do estado de coisas gerais que se configura no texto como um todo.
[15:15] <paulamartins> Isto é, dentro da “realidade” construída pelo texto em que essa vivência se insere.
[15:15] <paulamartins> Para isso, proponho o entrecruzamento de dois espaços tensivos.
[15:16] <paulamartins> (iv.a) O primeiro espaço tensivo é o do sujeito da vivência, como foi o caso dos dois gráficos que já vimos, representando os sujeitos “x” e “y”. Trata-se de seus campos subjetivos.
[15:16] <paulamartins> Isso, porque se trata de estabelecer, no espaço tensivo, a representação da “realidade” conforme se dá internamente ao sujeito da vivência.
[15:16] <paulamartins> Mesmo a dimensão do estado de coisas, nesse gráfico, já está condicionada pelo ponto de vista subjetivo do sujeito.
[15:16] <paulamartins> (iv.b) O segundo espaço tensivo projeta o primeiro, como um todo, no eixo da intensidade, ao passo que a “realidade” do texto – seu estado de coisas – se desenvolve no eixo da extensidade.
[15:16] <paulamartins> O resultado desse segundo espaço tensivo é, então, o entrecruzamento do ponto de vista do sujeito sobre a “realidade” e a “realidade” do texto em si mesma.
[15:17] <paulamartins> Esse resultado gera o campo subjetivo do narrador.
[15:17] <paulamartins> Ou seja, a percepção do narrador sobre os estados de alma e os estados de coisas
[15:17] <paulamartins> Tomemos por exemplo um excerto de Dom Casmurro. No romance, Bentinho começa a desconfiar que teria sido traído por Capitu e seu amigo Escobar.
[15:17] <paulamartins> Ele oscila entre a crença e descrença na traição até que se dá a morte de Escobar. Durante o velório, um gesto de Capitu fortalece em seu espírito a suspeita da traição.
[15:18] <paulamartins> Segue o excerto do capítulo CXXIII, em que se dá essa passagem da narrativa:
[15:18] <paulamartins> “A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem aos olhos algumas lágrimas poucas e caladas...
[15:18] <paulamartins> As minha cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala.”
[15:18] <paulamartins> Imaginemos agora – pedindo desculpas antecipadas a Machado de Assis – que o romance tivesse sido escrito em terceira pessoa, por um narrador onisciente.
[15:18] <paulamartins> Vamos supor que esse narrador soubesse que não teria havido traição alguma. A partir desse novo ponto de vista, improvisemos uma reconstrução do excerto citado:
[15:19] <paulamartins> “Bentinho, que duvidara da fidelidade de seu amigo, vendo-o agora morto, foi tomado de confusos sentimentos. O velório lhe parecia uma confusão geral.
[15:19] <paulamartins> No meio da confusão, viu Capitu voltar o olhar ao morto por alguns instantes.
[15:19] <paulamartins> Ela, emocionada com a perda prematura do amigo, e comovida com a situação da recém viúva, não pôde conter algumas lágrimas,
[15:19] <paulamartins> que logo disfarçou para não desesperar ainda mais a viúva que consolava.
[15:19] <paulamartins> O que Bentinho viu, interrompeu abruptamente seu pranto de amigo arrependido.
[15:19] <paulamartins> No gesto de Capitu, não pode enxergar outra coisa senão a dissimulação da dor da perda irremediável de seu amante.”
[15:20] <paulamartins> No caso do texto original de Machado de Assis, apresenta-se ao enunciatário um efeito de sentido de uma descoberta angustiante.
[15:20] <paulamartins> A cena descrita por Bentinho funciona como uma “prova” da traição efetuada, fazendo com que seu estado de alma chega ao grau máximo de intensidade.
[15:20] <paulamartins> Quanto aos estados de coisas, eles se mantêm no grau menos elevado, posto a certeza inferida por Bentinho não advir de evidências dadas pelos fatos:
[15:20] <paulamartins> o choro pela morte de um amigo próximo não pareceria descabido a outros expectadores.
[15:21] <paulamartins> Poderíamos ainda entrar em detalhes da dimensão da extensidade para fortalecer sua análise em graus menos elevados nesse excerto do texto.
[15:21] <paulamartins> Com efeito, a dimensão da extensidade é formada pelas duas subdimensões da temporalidade e da espacialidade.
[15:21] <paulamartins> Quanto à espacialidade, ela está fechada na cena descrita por Bentinho. Se ele pudesse ter um olhar mais aberto à espacialidade, ele veria com mais distinção o que se passa à volta de Capitu.
[15:21] <paulamartins> Mas, em seu relato, em torno de Capitu, ele enxerga apenas uma “confusão geral”. Quanto à temporalidade, ela também se mostra restrita:
[15:21] <paulamartins> nos capítulos anteriores, Bentinhos vinha oscilando entre a crença ou descrença na fidelidade de amigo.
[15:21] <paulamartins> No momento do velório, ele chega com a ideia assente de que o amigo lhe seria fiel e que sua desconfiança seria despropositada.
[15:22] <paulamartins> Não obstante, todas as suas conjecturas elaboradas em um tempo passado, que deveriam implicar em determinados valores epistêmicos a serem utilizados no futuro,
[15:22] <paulamartins> perdem-se em um presente restrito.
[15:22] <paulamartins> Preso ao presente, o sujeito simplesmente não considera suas próprias convicções passadas e, então, projetadas para o futuro.
[15:22] <paulamartins> Então, o excerto dado do romance de Machado de Assis poderia ser representado pelo gráfico tensivo da figura 2,
[15:23] <paulamartins> Velam onde se localiza Bentinho, na"crença da traição"
[15:24] <paulamartins> Na figura, há uma espacialidade e uma temporalidade restritas na extensidade, ao passo que há um alto grau passional na dimensão da intensidade.
[15:24] <paulamartins> Como dizíamos, podemos representar essa narrativa em um espaço tensivo simples porque aquele que sofre os estados de alma e aquele que descreve os estados de coisas são coincidentes.
[15:24] <paulamartins> Em uma palavra, o narrador é o sujeito da ação.
[15:24] <paulamartins> O segundo texto, em que simulamos a narrativa de Machado enunciada em terceira pessoa, o espaço tensivo se complexifica.
[15:24] <paulamartins> Além do entrecruzamento entre os estados e de alma e os estados de coisas feito pelo sujeito, há que se considerar esse cruzamento em relação aos estados de coisas dado pelo narrador.
[15:24] <paulamartins> Esse novo entrecruzamento trará à luz a significação final dada ao enunciatário.
[15:25] <paulamartins> Antes de mostrar a proposta que faço da complexificação do espaço tensivo, é interessante lembrar de mais um detalhe a respeito do funcionamento do espaço tensivo.
[15:25] <paulamartins> Nos gráficos tensivos que vimos até o presente momento, as correlações estabelecidas entre as dimensões da intensidade e da extensidade são sempre inversas.
[15:25] <paulamartins> São inversas porque quanto mais houver de uma dimensão, menos haverá da outra.
[15:26] <paulamartins> Observem na mesma figura 2 que a “crença na traição” é composta de alta intensidade e baixa extensidade, ao passo que a “sapiência do ocorrido” é composta de baixa intensidade e alta extensidade.
[15:26] <paulamartins> Mas há também as correlações conversas entre as duas dimensões. Nelas, quanto mais há de uma dimensão, mais há também da outra.
[15:26] <paulamartins> A lógica inversa aparece com muito maior recorrência nas análises. Parece mesmo muito mais intuitivo considerar paixão e razão como inversas.
[15:26] <paulamartins> Inclusive, isso é usado como argumento em favor do réu em casos de crimes passionais: é social e juridicamente esperado que um sujeito tomado de um alto grau passional haja com menos razão.
[15:26] <paulamartins> Pensando na baixa incidência de gráficos de correlações conversas nas análises que efetua,
[15:27] <paulamartins> Zilberberg (2012, p. 44) considera que as correlações inversas poriam em jogo uma lógica mais humana...
[15:27] <paulamartins> ao passo que as correlações conversas seriam mais da ordem do utópico, do mítico, do inesperado.
[15:27] <paulamartins> Assim, seria considerado mais esperado, do ponto de vista da lógica humana, que Bentinho, tomado pelo medo da traição,
[15:27] <paulamartins> não pudesse mesmo raciocinar a contento a respeito das coisas do mundo que apreende.
[15:27] <paulamartins> Tendo visto a diferença entre as correlações inversas e conversas, retomemos o segundo texto, em que simulamos uma narrativa da “descoberta” de Bentinho,
[15:28] <paulamartins> em terceira pessoa e por um narrador onisciente.
[15:28] <paulamartins> Para dar conta da análise desse segundo texto no espaço tensivo, proponho, como disse anteriormente, entrecruzar o ponto de vista de Bentinho com o ponto de vista do narrador.
[15:28] <paulamartins> Na figura 3, podemos visualizar o espaço de Bentinho que foi apresentado anteriormente sendo projetado, como um todo,
[15:28] <paulamartins> apenas na dimensão da intensidade do segundo espaço tensivo, do narrador.
[15:29] <paulamartins> As setas sinalizam como o espaço tensivo de Bentinho inside sobre a intensidade do espaço tensivo do narrador.
[15:29] <paulamartins> A essa dimensão da intensidade, que é o campo subjetivo de Bentinho, acrescento, pois, os estados de coisas dado pelo narrador.
[15:29] <paulamartins> Para este, a dimensão da extensidade figura de modo contrário ao de Bentinho. Isso, porque, sendo onisciente, o narrador obtém os graus máximos de temporalidade e de espacialidade.
[15:30] <paulamartins> Ele consegue observar a cena do velório em sua totalidade, e não apenas no espaço fechado de Bentinho.
[15:30] <paulamartins> Ele também tem a espacialidade plena, pois domina o passado, o presente e o futura dessa cena.
[15:30] <paulamartins> *futuro
[15:30] <paulamartins> O resultado do espaço tensivo do narrador é, então, uma correlação conversa entre as dimensões. Ele une a alta intensidade passional de Betinho ao alto conhecimento dos estados de coisas.
[15:30] <paulamartins> A impressão geral promovida por esse narrador é, pois, de algo inesperado: embora apresente os fatos e evidências de que não houve traição,
[15:31] <paulamartins> e de que Capitu age apenas de acordo com o esperado em uma situação de perda, ainda assim Bentinho é tomado pela certeza do adultério.
[15:31] <paulamartins> Essa indignação, esse espécie de surpresa do narrador, fica manifestada pela correlação conversa que, como mencionei anteriormente,
[15:31] <paulamartins> Zilberberg diz que serviria à manifestação de algo que vai contra a expectativa, contra a lógica humana.
[15:31] <paulamartins> Assim, nessa microanálise, considero que o entrecruzamento dos espaços tensivos do sujeito da vivência e do narrador funcionou  a contento.
[15:31] <paulamartins> Caso tivéssemos isolado o ponto de vista do narrador apenas, teríamos como resultado de análise a figura 4, que, como vocês podem ver,
[15:32] <paulamartins> resulta em uma correlação inversa, assim como a de Bentinho, mas inversa a ela como um todo.
[15:32] <paulamartins> Isso, porque, apesar de a extensidade do narrador ser grande, a intensidade é baixa: conhecendo os fatos e as implicações decorrentes deles,
[15:32] <paulamartins> ele não se surpreende em nada ao ver o modo de proceder de Capitu.
[15:32] <paulamartins> É apenas o entrecruzamento entre o espanto de Bentinho diante da cena do velório e o conhecimento dos fatos...
[15:32] <paulamartins> que pode causar esse efeito de sentido de surpresa em relação ao modo ciumento de Bentinho de proceder.
[15:33] <paulamartins> É, portanto, essa significação adicional – do ponto de vista do narrador sobre o ponto de vista do sujeito da ação – que,
[15:33] <paulamartins> salvo engano de minha parte, não podia ser contemplada pelo espaço tensivo simples.
[15:33] <paulamartins> Enfim, espero que tenha conseguido ser clara na exposição da proposta como um todo.
[15:33] <paulamartins> De um modo ou de outro, agradeço muito a participação de todos e me ponho à disposição para as questões e sugestões possíveis.
[15:33] <paulamartins> Também gostaria de deixar registrado meu e-mail, paulamartins@usp.br, e de agradecer mais uma vez a todos os organizadores do STIS.
[15:33] <daniervelin> obrigada, paulamartins !
[15:34] <paulamartins> Seguem as referências utilizadas (também registradas no último slide):
[15:34] <daniervelin> excelentes conferências!
[15:34] <paulamartins> Assis, Machado de [1899] Dom Casmurro. São Paulo: L&PM Editores, 1997.
[15:34] <thalita> clap clap clap!
[15:34] <paulamartins> Greimas, Algirdas Julien [1987] Da Imperfeição. Trad. Ana Claudia de Oliveira. São Paulo: Hacker Editores, 2002.
[15:34] <paulamartins> Zilberberg, Claude [2006] Elementos de semiótica tensiva. Trad. Ivã Lopes, Luiz Tatit e Waldir Beividas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011.
[15:34] <LILIANE> Gostei muito da apresentação!
[15:34] <paulamartins> Zilberberg, Claude [2012] La structure tensive. Liège: Presses Universitaires de Liège.
[15:34] <paulamartins> OBRIGADA!!!
[15:34] <Renilze> Obrigad Paula Martins!!!
[15:34] <thalita> convidamos então os participantes para discutir os temas abordados pelas conferencistas
[15:34] <cidaviegas> ótima apresentação.
[15:34] <paulamartins> Sou eu quem agradece!!!
[15:35] <paulamartins> sorriso
[15:35] <manuelalvaross> Uma questão de estudo de muita confiabilidade.
[15:35] <CarolinaLL> *palmas*
[15:35] <paulamartins> rsrsrs...
[15:35] <Renilze>  ******************** **************************
[15:35] <daniervelin> CarolinaLL: vc terminou mesmo no ponto que me gerou dúvida! rs Seria possível pensar no gráfico da tensiva para representar um ritmo "ideal"?
[15:36] <paulamartins> Não sei se consegui captar bem a pergunta, Carol...
[15:36] <Renilze> Gostaria de participar do debate. Mas, preciso ir trabalhar.... Sucesso ....
[15:36] <paulamartins> Em que vc pensa ao dizer "ideal"?
[15:36] <paulamartins> Obrigada, Renilze!!!
[15:36] <CarolinaLL> não é minha pergunta
[15:36] <CarolinaLL> e pergunta para mim, acho
[15:36] <jpmartins> Oi Paula, quero te parabenizar pela pesquisa, que durante muitos anos lendo e relendo Dom Casmurro e tratamdo-se de uma narrativa longa (romance) e não a breve (conto) as questões da Crítica Literária (elementos interno (narrador/tempo/espaço/tensão) foi tão bem explanada.
[15:36] <jamersonjardel_> Obrigado.
[15:36] <paulamartins> Ah... rs... desculpe...
[15:37] <CarolinaLL> não faz mal, paula
[15:37] <CarolinaLL> bom, dani
[15:37] <Esivaldo> Muito obrigado pela maravilhosa  palestra
[15:37] <CarolinaLL> o que você quer dizer com "ritmo ideal"
[15:37] <CarolinaLL> ?
[15:37] <daniervelin> paulamartins: muito interessante o problema que você coloca: os pontos de vista da percepção! Mas como lidar metodologicamente com a diversidade de pontos de vista de diferentes narradores sobre uma mesma cena?
[15:38] <CarolinaLL> desculpa, estou um pouco perdida
[15:38] <CarolinaLL> Dani: eu respondo?
[15:38] <jamersonjardel_> parabens pela exposição
[15:38] <paulamartins> Obrigada, "jpmartins"!
[15:38] <renataxavier> parabens e obrigado
[15:38] <jpmartins> Queria colocar que teu trabalho também liga-se à Linguística Cognitiva...as metáforas conceituais...e você conseguiu abrir um exemplo de pesquisa...que perpassa a semiótica, também. A plurissignificação...nossa!!! Excelente!
[15:38] <daniervelin> CarolinaLL, nao sei se seria ideia, seria entre a aceleração e a desaceleração
[15:38] <daniervelin> ideal*
[15:38] <daniervelin> entre a novidade e a repetição
[15:38] <paulamartins> TAmbém estou... espero a resposta de Carol e depois respondo sua pergunta, ok, Dani?
[15:39] <Belcoimbra> Muito bom pessoal!
[15:39] <CarolinaLL> OK
[15:39] <CarolinaLL> Dani, o gráfico tensivo não representa um ritmo. Ele representa um andamento
[15:39] <Emanuel> Parabéns tanto a Carolina quanto a Paula pelos trabalhos!
[15:39] <daniervelin> CarolinaLL, é mais uma dúvida mesmo... não sei se vc chegou a pensar em uma representação
[15:39] <Esivaldo> Que Texto maravilhoso, Parabéns Professora Pela Belíssima Pesquisa
[15:40] <jpmartins> Minha pergunta é o que você acha mais "tensional"...os quatro amigos, a amizade de longos anos...dos laços afetivos que os emolduraram acabar, ou uma desconfiança da esposa (Capitú) trair o esposo (Bentinho)?
[15:40] <daniervelin> CarolinaLL, então não seria possível usar o gráfico de forma alguma numa análise sobre o ritmo?
[15:40] <CarolinaLL> Não pensei numa representação. Aliás, é muito difícil inserir o ritmo nas representações gráficas do Zlbbg, mesmo se o ritmo perpassa todo o trabalho dele, não?
[15:40] <Belcoimbra> Amei as duas palestras gostaria muito de ficar mais, mas tb tenho aula agora

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7. Setembro: Ensino e formação de professor em língua estrangeira

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Vanderlice dos Santos e Hilda Simone

Conferência dupla STIS SETEMBRO 2015

Dia 19 de setembro das 14 às 16 horas, na Sala de Conferências do STIS

Contextualizando a educação continuada de professores de línguas estrangeiras no Brasil (Vanderlice dos Santos Andrade Sól – IFMG – Campus Ouro Preto)

Resumo: O termo “educação continuada” (EC) ou “formação continuada” aparece nos documentos oficiais brasileiros de maneira ampla e genérica, compreendendo “qualquer tipo de atividade que venha a contribuir para o desempenho profissional” (GATTI, 2008, p. 56). Muitos documentos intitulam de programas de EC os que formam professores das redes municipais e estaduais (aqueles professores chamados de professores leigos), tanto em nível médio quanto superior. Os documentos oficiais consideram, também, a modalidade de formação a distância (graduação), a especialização lato sensu, e cursos de capacitação e treinamento como EC. Em se tratando de uma trajetória histórica, pode-se dizer que o caminhar da EC é bastante recente no Brasil. É válido problematizar, nos dizeres dos documentos, os não ditos: professores que se formam sem a devida qualificação e, como consequência de formação precária, enfrentam crises profissional e identitária. Diversos documentos internacionais também enfatizam a necessidade de se investir na EC: três documentos do Banco Mundial (1995, 1999, 2002); Promoção das Reformas Educativas na América Latina (PREAL, 2004); UNESCO (1998); a Declaração de princípios da Cúpula das Américas (2001); e os documentos do Fórum Mundial de Educação (Dacar, 2000). Mediante o panorama ora apresentado, pode-se dizer que diversos órgãos do poder público brasileiro chancelam a EC em âmbito geral, mas os incentivos parecem não alcançar todas as áreas do conhecimento. Nessa perspectiva, vale indagar como se vêm realizando propostas de EC em LE no Brasil e quais incentivos existem de fato. Vale lembrar que as legislações se constituem a partir de processos históricos e são fruto de negociações sociais, políticas e ideológicas que, ao mesmo tempo em que abrem espaço para as iniciativas de EC, também as circunscrevem a partir de discursos do que se considera ensinar e aprender um LE no contexto brasileiro. A partir dessa contextualização da EC, é importante trazer tais discussões para o campo da Linguística Aplicada ao ensino de LE, para produzir reflexões para este campo. É nessa direção que as reflexões dessa conferência serão guiadas.

 

Experiências para apropriar-se da tecnologia para o ensino de língua estrangeira (Hilda Simone H. Coelho – Universidade Federal de Viçosa)

Resumo: Desde 2011, quando iniciei minhas atividades como professora efetiva no curso de Letras , da Universidade Federal de Viçosa, a disciplina de Prática de Ensino, dentro do contexto da formação inicial de professores de línguas estrangeiras, tem sido uma oportunidade para a revisão das competências esperadas de um professor (ALMEIDA FILHO, 2002; LEFFA, 2012; PAIVA, 2013). Dentro dessa perspectiva, a disciplina tem possibilitado a reflexão de diversos temas como: o ensino de inglês para crianças, o ensino de tópicos gramaticais e de fonemas particularmente difíceis para aprendizes brasileiros, o uso da voz como instrumento de trabalho do professor, as crenças em relação ao ensino na rede pública e na rede privada e a apropriação da tecnologia para o ensino de língua estrangeira. Primeiramente, nesta conferência, viso compartilhar as experiências relativas ao último tema, apresentando, a proposta de formação para a inserção dos estudantes em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA): (i) foram feitas leituras de textos teóricos para a formação e discussão sobre a normatização do uso do computador e demais tecnologias para a aprendizagem de línguas (HARRINGTON & LEVY, 2000; BAX, 2002; CHEN, 2002, dentre outros); (ii) em seguida, os estudantes fizeram cursos para conhecer o AVA, denominado PVANet, disponível para professores e estudantes dessa universidade; (iii) a última etapa de formação visou a criação de um curso de inglês para os estudantes iniciantes do curso de Letras. Em segundo lugar, buscarei, também, compartilhar as dificuldades enfrentadas pelos estudantes da disciplina enquanto tutores e professores do curso ministrado no PVANet, bem como as dificuldades da professora formadora. Como reflexão final, apresento o resultado da pesquisa realizada pelos estudantes acerca do uso de tecnologias nas escolas da cidade. A partir dessa experiência de ensino para a apropriação da tecnologia para o ensino de inglês, espero colaborar com a reflexão sobre as competências esperadas de um professores para o século XXI (PAIVA, 2013) e para a normatização do uso do computador para a aprendizagem de línguas estrangeiras (CHAMBERS & BAX, 2006).

7.1. registro setembro

Registro da Conferência em chat escrito, de 19 de setembro de 2015:

 

 Contextualizando a educação continuada de professores de línguas estrangeiras no Brasil
conferencista: Vanderlice dos Santos Andrade Sól

 

 Experiências para apropriar-se da tecnologia para o ensino de língua estrangeira
conferencista: Hilda Simone H. Coelho

 

moderador: Equipe STIS

 

 

[14:14] <thalita> Bom tarde a todos! É com imensa alegria que venho, em nome do Grupo STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC dar as boas-vindas a todos vocês que nos honram com sua presença: conferencistas e participantes!
[14:14] <Silvio_> Boa tarde!
[14:14] <thalita> O STIS é um programa de conferência realizado na penúltima semana de cada mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema educação livre e democrática.
[14:15] <thalita> Para que este trabalho se concretize contamos com uma equipe fantástica de voluntários. Seres humanas altruístas que compartilham das mesmas concepções de que as mudanças em nossa sociedade só virão através do acesso à educação para todos.
[14:15] <thalita> Antes de apresentar nossas conferencistas gostaria de aproveitar para agradecer às professoras doutoras Vanderlice dos Santos Andrade Sól e Hilda Simone H. Coelho pela extraordinária presteza em participar de nosso evento. Somos gratos e sentimo-nos honrados com a presença de cada uma.
[14:16] <thalita> A professora Vanderlice dos Santos Andrade será a primeira a apresentar hoje. Em seguida, será dada voz a Hilda Simone H. Coelho, e no final abriremos a sala para o debate.
[14:16] <thalita> professoras, pode ser essa a ordem?
[14:16] <Hilda> sim, Thalita
[14:16] <Hilda> por mim, pode ser
[14:16] <thalita> ok
[14:16] <thalita> Faremos agora uma breve apresentação de nossas conferencistas convidadas, que poderão acrescentar ou corrigir alguma informação em suas apresentações.
[14:17] <vanderlice> Tô num mac book e não achei a barra. Posso ficar c meu nome Guest:
[14:17] <thalita> Vanderlice dos Santos Andrade Sól  possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (2001), mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004) e é doutora em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais.
[14:17] <vanderlice> Posso começar, sim
[14:17] <thalita> Atualmente é professora do ensino básico técnico e tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Minas Gerais - Campus Ouro Preto
[14:17] <thalita> Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Estrangeira - Inglês, atuando principalmente nos seguintes eixos temáticos: formação de professores, educação continuada, avaliação e análise de discurso.
[14:18] <thalita> Hilda Simone H. Coelho possui graduação em Letras Português Inglês pela Universidade Federal de Viçosa (1989), mestrado e doutorado em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
[14:18] <thalita> Atualmente é professora do curso de Letras da Universidade Federal de Viçosa.
[14:18] <thalita> Tem como áreas de interesse e pesquisa: crenças sobre aprendizagem de línguas, emoções e experiências de estudantes e professores, formação inicial e continuada de professores e ensino de língua inglesa para escolas públicas.
[14:19] <thalita> sejam bem-vindas, professoras!
[14:19] <Hilda> Obrigada! Boa tarde, pessoal!
[14:19] <thalita> agora darei algumas informações sobre a dinâmica do STIS
[14:19] <vanderlice> Obrigada! Boa tarde!
[14:20] <thalita> Para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação dos conferencistas (só por escrito, aqui no chat)
[14:20] <thalita> não temos vídeo nem áudio
[14:21] <thalita> durante esse tempo, a sala estará moderada. apenas as conferencistas terão voz.
[14:21] <thalita> após as duas apresentações, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:21] <Silvio_> ok
[14:21] <thalita> o código para os slides será indicado no início de cada apresentação
[14:22] <thalita> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[14:22] <thalita> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes
[14:23] <thalita> código para os slides da professora Vanderlice: sol
[14:23] <thalita> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:24] <vanderlice> já inseri. Os slides aparecem p vcs
[14:24] <Hilda> ok
[14:24] <thalita> Professora Vanderlice, pode começar quando quiser. Cole, por favor, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
[14:24] <Hilda> que beleza!
[14:24] <Silvio_> Sim, está aparecendo
[14:24] <vanderlice> Thalita, há um problema c meu teclado de mac aqui no chat. A pontuação enlouqueceu
[14:25] <vanderlice> acho q vou trocar de computador
[14:25] <daniervelin> vanderlice, se quiser, pode começar e tentar
[14:25] <vanderlice> Obrigada à Prof. Adelma pelo convite! É uma honra estar aqui!
[14:25] <vanderlice> Obrigada à todos os presentes! Vamos começar então.
[14:26] <vanderlice> Vamos contextualizar e problematizar um pouco a Educação Continuada (EC) brasileira
[14:27] <vanderlice> No slide 2 Utilizo essa imagem e citação para lembrar que nenhum discurso é neutro e em se tratando dos documentos oficiais, PCNs,
[14:27] <vanderlice> Orientações Curriculares e etc, é preciso analisar com cuidado os não – ditos que subjazem à esses discursos.
[14:30] <vanderlice>  Complementando o Slide 4 - Tais projetos são oferecidos na modalidade a distância, a partir da parceria entre a Rede Nacional de Formação Continuada (SEB/MEC) com universidades.
[14:31] <vanderlice> Gente se estiver corrido, é só falar
[14:32] <vanderlice> Slide 5 - A LDBEN impulsionou a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), e esse amparo financeiro alavancou a criação de muitos programas de EC.
[14:32] <vanderlice> Nessa direção, vale ressaltar que a lei que instituiu o FUNDEF deu, pela primeira vez na história educacional do país, “respaldo legal para o financiamento sistemático de cursos de formação de professores em serviço
[14:33] <vanderlice> prevendo recursos financeiros para a habilitação de professores não titulados que exerçam funções nas redes públicas” (GATTI, 2008, p. 64)
[14:33] <vanderlice> Outro desdobramento da LDBEN foi a criação da portaria ministerial n. 1.403, que instituiu o Sistema Nacional de Certificação e Formação Continuada de Professores da Educação Básica
[14:34] <vanderlice> No Artigo 1º está previsto, em seu Inciso II, “programas de incentivo e apoio à formação continuada de professores, implementados em regime de colaboração com os entes federados”
[14:35] <vanderlice> Slide 7 - Nessa perspectiva, percebe-se que vários investimentos são feitos no sentido de contribuir com o desenvolvimento profissional do professor e a melhoria na qualidade do ensino
[14:36] <vanderlice> O Catálogo 2006 da Rede Nacional de Formação de Professores de Educação Básica, por exemplo, afirma que “é preciso pensar a formação docente (inicial e continuada) como momentos de um processo contínuo
[14:39] <vanderlice> Slide 8 - Mediante o panorama ora apresentado, pode-se dizer que diversos órgãos do poder público brasileiro chancelam a EC em âmbito geral, mas os incentivos parecem não alcançar todas as áreas do conhecimento
[14:40] <vanderlice> A área de LE, por exemplo, não está sendo muito contemplada, apesar das lesgislações
[14:40] <vanderlice> Slide 9 - Nessa perspectiva, vale indagar como se vêm realizando propostas de EC em LE no Brasil e quais incentivos existem de fato.
[14:42] <vanderlice> Slide 10 - O título correto é “A EC NOS DOCUMENTOS NACIONAIS” e não “internacionais”
[14:42] <vanderlice> Voltamos para o contexto nacional
[14:43] <vanderlice> Então, as legislações foram feitas a partir das representações ou crenças sobre o que seria ensinar e aprender uma LE.
[14:44] <vanderlice> Slide 10 - Gentili (1999) afirma que o neoliberalismo, constituído como uma estratégia de poder, é formado por discursos carregados por estratégias políticas, econômicas e jurídicas que norteiam a sociedade e definem as políticas educacionais
[14:44] <vanderlice> Tais políticas se baseiam no discurso da eficiência e eficácia, do mérito e esforço individual, por parte dos envolvidos na atividade educacional, visando sempre à lógica do mercado.
[14:45] <vanderlice> Segundo os PCNEM, cabe ao professor administrar a própria formação contínua, buscando as instituições públicas ou privadas.
[14:45] <vanderlice> No caso do prof de inglês, caso não seja fluente na língua, deverá arcar com a própria formação
[14:46] <vanderlice> Segundo Gatti (2008), prevalece o discurso cognitivista, onde estão presentes os ingredientes rotulados, empacotadas e colocadas em uma prateleira para pronto uso, como uma equação “competência XY induzida = sucesso profissional”.
[14:47] <vanderlice> Slide 11- PDPI é Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos
[14:48] <vanderlice> Slide 11 - Na discussão poderemos detalhar os projetos mencionados
[14:49] <vanderlice> Ainda no Slide 11 - No entanto, ao priorizar a lógica neoliberal da eficiência e eficácia dos professores na seleção, comprovando a proficiência na LI, acaba por excluí-los.
[14:49] <vanderlice> O PDPI seleciona a partir da competência avançada na língua, o que exclui muitos professores que precisam aprimorar
[14:50] <vanderlice> Slide 13 - Conforme enfatizam Barcelos e Coelho (2006, 2010), os cursos de EC são palcos nos quais residem circunstâncias de conflitos, sob o enfoque de emoções e reações de naturezas diversas por parte dos envolvidos
[14:50] <vanderlice> Tais aspectos podem estar relacionados ao desejo de completude (dos professores e formadores) e a “percepção, ainda que não totalmente consciente, da falta; daí a angústia, a busca incansável de soluções, momentaneamente apaziguadora, para os problemas do dia-a-dia” (CORACINI, 2003e, p. 207)
[14:51] <vanderlice> Conforme Charlot, 2007, o problema da educação não é a globalização em, mas sim o neoliberalismo, pois esse tende a ver a educação como mercadoria, sujeita à lei da oferta, de demanda e da concorrência.
[14:51] <vanderlice> a demanda ideológica que há no processo de EC, no qual, muitas vezes, são atendidas as demandas de “receitas prontas”, nas quais se privilegiam as habilidades técnicas.
[14:52] <vanderlice> Finalizando, é preciso (des)construir as representações que se tem de EC para pensar sob vários pontos de vista, incluindo a sala de aula e o professor.
[14:52] <vanderlice> Para que este tenha voz e vez nas políticas de EC.
[14:54] <vanderlice>  Vou parando por aqui... Deixando algumas chegadas e partidas para discussões posteriores.Obrigada pela atenção!
[14:54] <thalita> muito obrigada, professora Vanderlice
[14:54] <vanderlice> De nada!
[14:54] <thalita> convidamos agora a professora Hilda para apresentar.
[14:55] <thalita> o código para a apresentação de slides é: coelho
[14:55] <thalita> professora Hilda, pode começar quando quiser.
[14:55] <Hilda> Boa tarde novamente
[14:56] <Hilda> obrigada a prof Adelma e aMadu por essa oportunidade de estar com vocês
[14:56] <Hilda> obrigada Vanderlice por sua apresentaço...com certeza vai ajudar a aminha
[14:56] <Hilda> Vocês irão me acompanhar bem pelos slides
[14:57] <Hilda> escolhi fazer esta apresentaçaõ a partir das reflexões de textos sobre a formaçao de professores
[14:57] <Hilda> formaçao inicial e continuada
[14:57] <Hilda> e por causa de minha inserção nas escolas públicas
[14:57] <Hilda> acredito que para adquirimos competecnias é preciso experiencias novas
[14:58] <Hilda> as várias leituras sobre o uso de tecnologias não trazem a competencia de adquiri-las e utiliza-las para o ensino
[14:59] <Hilda> por isso o título deste trabalho que compartilho com vcs
[14:59] <Hilda> vamos ao slide 2
[14:59] <Hilda> breve roteiro para nos prepararmos para a conversa
[14:59] <Hilda> slide 3
[15:00] <Hilda> movida pelos cursos online, pela crescente demanda de inserir as novas tecnologia em sala de aula, eu comecei um projeto, vinculado a  coordenadoria de ensino a distância CEAD, com estudantes da prática de ensino
[15:00] <Hilda> iniciamos na turma de prática com a discussão de textos sobre o uso do computador para ensino de LE
[15:01] <Hilda> os alunos faziam resenha e discussões sobre os textos lidos
[15:01] <Hilda> slide 4
[15:02] <Hilda> tbm, a titulo de utilizar as tecnologias disponíveis, fiz uso dos slides maravihosos disponiveis em varios sites
[15:02] <Hilda> como o slideshare por exemplo
[15:02] <Hilda> ia tentando costurar o conetúdo teórico com a praica emostrando aso estudantes o valor desses recursos em nossas aulas
[15:02] <Hilda> slide 5
[15:03] <Hilda> temos na UFV uma plataforma que se chama PVANet
[15:03] <Hilda> vejam aí como surgiu
[15:04] <Hilda> a minha intenção era utilizar o PVANet com os estudantes da Pratica como tutores
[15:04] <Hilda> slide 6
[15:05] <Hilda> eu queria criar uma disciplina de apoio para estudantes calouros da Letras para a disicplina Let 113
[15:05] <Hilda> facil acesso
[15:05] <Hilda> facil coordenação de trabalhos
[15:05] <Hilda> e para os alunos da pratica uma boa experiência no uso de recursos tecnologicos
[15:06] <Hilda> slide 7
[15:06] <Hilda> vejam o acesso
[15:06] <Hilda> mais tarde é interessante que visistem a página
[15:06] <Hilda> não fiz um print aqui para a presentaçaõ, mas podem ir lá e verificar
[15:07] <Hilda> slide 8
[15:07] <Hilda> primeiro passo foi colcoar todos os estudantes aptos a lidar com o PVANet
[15:07] <Hilda> uns acharam dificil e cansativo, para minha surpresa
[15:08] <Hilda> outros ficaram satisfeito e somente então puderam compreender a plataforma criada para todas as disciplinas da ufv
[15:08] <Hilda> tão subutilizada
[15:09] <Hilda> o curso é de 10 horas semanais
[15:09] <Hilda> slide 9
[15:09] <Hilda> depois de trabalharmos aprendendo sobre os recursos do PVANET, começamos a montar nossa proposta
[15:10] <Hilda> este era meu objetivo para com os estudantes da prática
[15:10] <Hilda> slide 10
[15:10] <Hilda> continuaçao dos objetivos
[15:11] <Hilda> durante esse preocesso, buscamos conhecer algumas iniciativas privadas de professores que realizavam cursos a distancia
[15:11] <Hilda> e disponibilizavam na rede
[15:11] <Hilda> mostrando que os estudantes poderiam tbm fazer isso depois de formados
[15:12] <Hilda> bom trabalho a ser desenvolvido por eles futuramente utilizando plataforma moodle ou outros meios
[15:12] <Hilda> slide 11
[15:13] <Hilda> conehcendo os estudantes da disciplina let 113, atraves da ementa e programa analitico
[15:13] <Hilda> traçamos alguns objetivos
[15:13] <Hilda> vale dizer que eu era a professora da LET 113 - fundamentos em língua inglesa
[15:13] <Hilda> slide 12
[15:14] <Hilda> seguindo a orientaçao da CEAD escrevemos o projeto do curso
[15:14] <Hilda> dividimos em 3 módulos
[15:15] <Hilda> vou compartilhar um pouco do projeto:
[15:15] <Hilda> A carga horária prevista de trabalho para o aluno da LET 113 é de duas horas semanais. Os alunos serão agrupados em seis turmas.
[15:15] <Hilda> Os tutores (estudantes da Prática) estarão disponíveis por duas horas semanais para atendimentos online via chat, estabelecendo horários previamente agendados com os alunos
[15:16] <Hilda> e quatro horas semanais para acompanhamento de todas as atividades dos alunos pelas postagens e acessos, identificando possíveis dificuldades, problemas, falta de estímulo,
[15:16] <Hilda> dificuldades de comunicação entre os colegas, entre outros, providenciando suas devidas correções.
[15:16] <Hilda> Haverá quatro encontros presenciais. O primeiro para apresentação do curso e dos tutores, com duração de 1 hora.
[15:17] <Hilda> O segundo e o terceiro para apresentação de trabalhos orais e avaliação parcial do curso.
[15:17] <Hilda> O quarto encontro será para apresentação de trabalhos orais e avaliação final do curso.
[15:17] <Hilda> na realidade, adianto que as cosas não aconteceram como esperávamos
[15:18] <Hilda> principalmente em relação a avaliação e encontros presenciais
[15:18] <Hilda> que foram reduzidos a dois apenas
[15:18] <Hilda> slide 13
[15:19] <Hilda> tbm nos surepreendeu a falta de acesso a Intenet por parte dos alunos da LET 113
[15:19] <Hilda> faltavam computadores
[15:19] <Hilda> e conexão
[15:20] <Hilda> isso não havia seido previsto
[15:20] <Hilda> slide 14
[15:20] <Hilda> conseguimos realizaçõa das tarefas de grande maioria
[15:20] <Hilda> eu divulgava a cada 15 dias o quadro de tarefas enviadas
[15:21] <Hilda> assim, os estudantes se empenhavam um pouco mais
[15:21] <Hilda> conseguimos apenas a apresentaçao de um portfolio como tarefa final
[15:21] <Hilda> e naõ ao final de cada módulo
[15:21] <Hilda> mas a apresentaçao final foi ótima
[15:22] <Hilda> slide 15
[15:22] <Hilda> dificuldades
[15:22] <Hilda> preciso dizer que todo esse trabalho foi realizado em dois semestres
[15:22] <Hilda> o primeiro para organizaçõ
[15:22] <Hilda> e o segundo para aplicaçaõ
[15:23] <Hilda> decidir o conetudo e elaborar as as tarefas nos tomou 60 horas de curso e mais um bom bocado
[15:23] <Hilda> extra calsse
[15:23] <Hilda> meus estudantes da pratica quase me mataram por aqui...rs
[15:24] <Hilda> tanto trabalho
[15:24] <Hilda> e muitas dificuldades apra afinar com os estudantes da LET 113
[15:24] <Hilda> calouros!
[15:24] <Hilda> slide 16
[15:25] <Hilda> algumas semanas de trabalho pra convencer meus alunos da pratica
[15:25] <Hilda> era uma proposta muito grande
[15:26] <Hilda> e eles eram formando...super atarefados
[15:26] <Hilda> slide 17
[15:26] <Hilda> vamos finalizar
[15:27] <Hilda> slide 18
[15:27] <Hilda> vou ficar devendo as referencias
[15:27] <Hilda> avisei a Madu que encaminho junto com o artigo para vocês assim que possivel
[15:28] <Hilda> salvando a minha face...desculpem pelos erros nos slides...tudo muito corrido apra dar conta de estar com vcs hoje
[15:28] <Hilda> muito obrigada pela atenção
[15:28] <thalita> muito obrigada, professora Hilda
[15:29] <thalita> convidamos então os participantes para discutir os temas abordados pelas conferencistas
[15:30] <thaysilva> que legal os dois temas! Obrigada coferencistas
[15:30] <GonzaloAbio> Muito obrigado professoras pelas apresentações. Gostaria de fazer um pequeno comentário para cada uma. O primeiro para a a professora Vanderlice. Entre os diversos exemplos de EC acredito que possa ser mencionado também o Mestrado Profissional em Ensino de Línguas que acontece na UNIPAMPA acho que desde 2014. Vejam: <http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/profelinguas>;. Pode ser de interesse conhecer essa experiência.
[15:31] <GonzaloAbio> Professora Hilda. Muito interessante seu relato de experiência. Sei por experiência que devido à importância de revisar os conteúdos e o processo em geral em um curso preparado por alunos é enorme o desgaste do professor formador que se preocupa para não aparecer (demasiados) erros nos materiais dos alunos-professores e tentar que tenham a melhor qualidade possível sem tirar a liberdade criativa dos autores.
[15:31] <Hilda> que legal Thays
[15:31] <GonzaloAbio> Gostaria de perguntar se com base nos resultados, darão continuidade a esse tipo de trabalho dos alunos na plataforma preparando e conduzindo um curso?  "o fato de que ser jovem e usuário assiduo das TDIC não significa que fará essa trnasposição do usso pessoal para o pedagógico"
[15:31] <rogeriaufmg> Boa tarde a todos. Gostaria de comentar uma fala da professora Vanderlice.
[15:32] <rogeriaufmg> Professora a senhora demonstrou um dado que me deixou espantada e foi de encontro a uma pesquisa que elaboro.
[15:32] <rogeriaufmg> Trata-se da questão da formação continuada
[15:33] <GonzaloAbio> por favor, ignorem o trecho da Vanial Leal que está depois da pergunta.
[15:33] <vanderlice> De encontro, Rogeria
[15:34] <vanderlice> Qual dado exatamente?
[15:34] <rogeriaufmg> A senhora mencionou que tal formação fica a cargo do professor de língua estrangeira, por exemplo.
[15:34] <vanderlice> Ah, tá
[15:34] <rogeriaufmg> Elaboro uma pesquisa sobre História da Educação
[15:35] <Silvio__> Ótimas conferências! Parabéns, Professoras!
[15:35] <vanderlice> Ainda são incipientes as iniciativas em EC, se considerarmos o tamanho do nosso país
[15:35] <vanderlice> Obrigada, Sílvio!
[15:36] <rogeriaufmg> Sim, mas o que mais me espanta a demora para resolução de algumas questões educacionais
[15:36] <vanderlice> Que interessante e necessário o seu tema, Rogeria!
[15:36] <Hilda> obrigada Silvio
[15:36] <rogeriaufmg> Obrigada professora. Analisei alguns relatórios de inspeção escolar do século XIX
[15:36] <vanderlice> Muita coisa fica só no âmbito da legislação
[15:37] <vanderlice> Gostaria de ler seu trabalho. Já está disponível?
[15:37] <rogeriaufmg> Infelizmente, sim. Uma lei de 1827 já previa que a formação do professor ficava a cargo dele mesmo.
[15:38] <Hilda> nossa!
[15:38] <Hilda> 1827!
[15:38] <rogeriaufmg> O artigo produzido ainda não foi publicado, professora. mas lhe enviar.
[15:38] <vanderlice> Então as leis posteriores só modificaram o texto!!! Que horror!
[15:39] <vanderlice> No caso de LE, é mais grave ainda!
[15:39] <rogeriaufmg> Sim, daí o meu espanto.
[15:40] <vanderlice> Se o professor não teve acesso à uma boa formação na graduação, nem em termos de metodologia e nem de aquisição da própria LE , como poderá ser contemplado em EC?
[15:40] <Hilda> a questão, professora Vanderlice e Rogeria, é fazermos essa conversa na formaçaõ inicial
[15:40] <Hilda> verdae
[15:40] <Hilda> na FC tudo é mais complexo
[15:40] <rogeriaufmg> Concordo, nossa formação inicial carece de revisões
[15:40] <vanderlice> Sim
[15:41] <vanderlice> Fiquei pensando durante a conferência, como eu teria me beneficiado de um projeto como o da Prof Hilda
[15:41] <rogeriaufmg> Certamente!
[15:41] <vanderlice> Não tenho esse letramento tecnológico
[15:42] <Hilda> é dificil termos esta oportunidade na formaçaõ inicial
[15:43] <vanderlice> E o pior é que os programas que existem excluem os professores pouco proficientes na língua
[15:43] <Hilda> os programas de FC?
[15:43] <Hilda> sim, tem que fazer uma prova para entrar ne?
[15:43] <vanderlice> Até o momento só conheço 2 programas voltados para o prof de inglês
[15:44] <Hilda> em nosso programa não precisa...rs... PECPLI-UFV
[15:45] <Dini> Professora, quais seriam os dois programas voltados para o prof. de inglês?
[15:45] <vanderlice> Desculpe, estou falando de capacitação chancelada como política pública nacional
[15:45] <Dini> ok
[15:46] <vanderlice> o PDPI, que mencionei na apresentação
[15:46] <vanderlice> e a Capacitação dos Institutos Federais (o Edital nacional sai este ano). São capacitações internacionais com bolsa da Capes
[15:46] <Dini> Sim, obrigada.
[15:47] <GonzaloAbio> Talvez o Parfor para professores de inglês também poderia ser considerado como FC?
[15:47] <vanderlice> As demais são super válidas, mas ainda são iniciativas das universidades e mais uma vez, dos próprios professores, "que devem se responsabilizar pela formação contínua"
[15:48] <GonzaloAbio> pela UAB.
[15:48] <Hilda> ah...achei que você estivesse falando de FC. Mas bom vc trazer essa informação, Vanderlice
[15:49] <MARCOS_> na UEMG isso acontece. os professores é lançam projetos de extensão, cursinho de férias.. etc
[15:50] <vanderlice> é considerada FC, mas como política pública c fomento
[15:50] <GonzaloAbio> obrigado
[15:51] <vanderlice> Gonzalo, creio que o Parfor possa ser considerado, sim. Mas na prática, o que os professores de inglês relatam é que as escolas não disponibilizam todos os professores
[15:51] <vanderlice> para essa formação. Ou muitas vezes, envia um representante
[15:53] <vanderlice> Outra questão séria, é a seguinte: será que basta enviar professores de inglês ao EUA que eles se tornaram bons professores?
[15:54] <vanderlice> Pergunta retórica, gente
[15:55] <vanderlice> Sou colaboradora em um projeto de EC na UFMG, o EDUCONLE.
[15:55] <vanderlice> A maior dificuldade dos professores é conseguir liberação em uma sexta feira à tarde para participar do Projeto.
[15:55] <Hilda> verdade, Vanda
[15:56] <Hilda> e a gente faz os encontros do PECPLI aos sabados por causa disso
[15:56] <vanderlice> Melhor mesmo!
[15:57] <Chris____> A liberação sempre é difícil
[15:57] <vanderlice> De todo modo, após todos esses anos na EC, vejo que não basta legislar, tem que criar mecanismos de fomento e
[15:57] <Hilda> mas é dificil do mesmo jeito
[15:57] <thalita> uma pergunta, professora Hilda:  o curso dado utilizando a plataforma acontecerá novamente?
[15:57] <Hilda> precisamos aprimorar o curso
[15:58] <Hilda> a turma atual est[a desenvolvendo um outro trabalho
[15:58] <Hilda> mas é propsota da CEAD de continuarmos com outros tutores
[15:59] <vanderlice> Achei sensacional esse projeto/disciplina (achei a barra)! Rs
[15:59] <vanderlice> Deveria compor o quadro de disciplinas da formação dos professores
[15:59] <Hilda> rs...achou a barra! que bom....rs...o projeto foi bacana mesmo
[15:59] <thalita> também achei
[15:59] <Hilda> pois é...um trabalhão!
[15:59] <Hilda> quase morri! rs...
[16:00] <thalita> o que mais me intriga é ver estudantes que usam as tecnologias sendo resistentes a elas em sala de aula
[16:00] <vanderlice> Tecnologias a gente mais lê sobre e houve falar nos congressos o quanto é importante, mas na prática da sala de aula a gente sabe/faz pouco
[16:00] <Hilda> verdade
[16:00] <Hilda> tem que experiemntar para apropriar!
[16:01] <Hilda> pequenos projetos pra começar, é meu conselho
[16:01] <Hilda> rs
[16:01] <Hilda> talvez trazendo para os alunos o conhecimento do moodle
[16:01] <vanderlice> Acho que nós professores precisamos dessa apropriação
[16:01] <Hilda> com certeza!
[16:01] <vanderlice> Ótimo conselho, Simone!
[16:02] <thalita> sim
[16:02] <vanderlice> E os alunos ficam mais próximos da gente e mais interessados na aula. Falo da minha realidade com adolescentes.
[16:02] <thalita> dá pra fazer muita coisa bacana
[16:02] <thalita> como o STIS rsrs
[16:02] <Hilda> adorei conhecer o STIS
[16:02] <Hilda> vou ficar freguesa
[16:02] <vanderlice> Aprendi muito hoje!
[16:03] <thalita> nós também! Todo STIS é um aprendizado.
[16:03] <Hilda> aprendi e comecei a apropriar da ferramenta...que legal!
[16:03] <vanderlice> Também gostei muito. Primeira vez, mas adorei!
[16:03] <Hilda> obrigada Thalita
[16:04] <thalita> voltem sempre!
[16:04] <vanderlice> Deixo aqui um agradecimento especial à Prof. Madu, que gentil e pacientemente me orientou e incentivou para essa conversa aqui hoje!
[16:05] <Hilda> isso mesmo
[16:05] <Hilda> também agradeço a Madu e Adelma
[16:05] <vanderlice> Muito obrigada Thalita pela paciência comigo!
[16:05] <thalita> Elas com certeza lerão o registro da conferência de hoje
[16:05] <thalita> por nada. Contem comigo.
[16:06] <vanderlice> E um super obrigada à Adelma, que desde sempre incentivou as iniciativas de formação de professores!
[16:07] <vanderlice> E agradeço à colega e amiga Hilda Simone pelo aprendizado e interlocução de hoje!
[16:07] <daniervelin> obrigada, Vanderlice e Hilda!
[16:07] <Tati> Olá
[16:07] <vanderlice> E obrigada à todos os participantes pelo interesse e participação valiosos para esse acontecimento! Parabéns à todos!
[16:08] <Hilda> Obrigada, Vanderlice! Sempre bom estar em conversas com você!
[16:08] <Chris____> Obrigada por compartilhar tanto conhecimento e pela experiência
[16:08] <Hilda> obrigada, participantes
[16:08] <thalita> Gostaríamos de agradecer as nossas conferencistas convidadas profª Drª Vanderlice Sól  e a Profª Drª Hilda Coelho pelas brilhantes participações.
[16:09] <Chris____> Desculpa, poderia repetir o código dos slides, por favor
[16:09] <thalita> Professoras, os certificados de conferencistas serão encaminhados via e-mail.
[16:09] <Dini> Eu sou grata não somente pelas apresentações de hoje, mas por todo o conhecimento compartilhado ao longo do ano na STIS
[16:10] <thalita> Agradecemos a todos os participantes pela honrosa presença!
[16:10] <Hilda> OK, Thalita
[16:10] <thalita> Para receber o certificado deste evento basta encaminhar uma mensagem para o STIS neste endereço:   stis@textolivre.org com os seguintes dados: nome completo e apelido usado durante o evento.
[16:10] <thalita> os códigos dos slides utilizados hoje são: sol e coelho
[16:11] <thalita> o conteúdo da conferência de hoje será disponibilizado no site do STIS.
[16:11] <BrunoForgiarini_> Obrigado Thalita! Manda um abraço p Acris
[16:11] <thalita> eu que agradeço, Bruno! Mando sim!
[16:11] <BrunoForgiarini_> Valeupiscando
[16:11] <vanderlice> Thalita, por favor, uma última coisa
[16:11] <vanderlice> me ajude a mudar meu nick
[16:12] <Tati> Que pena que não pude assistir. Se possível, gostaria dos slides.
[16:12] <vanderlice> Guest tá estranho. Rs
[16:12] <daniervelin> vanderlice, vc não consegue mudar para sol, porque deve ter já alguem em outro canal da rede com esse mesmo nome
[16:12] <Tati> Daniervely, haverá outras palestras hj?
[16:12] <daniervelin> daí o sistema não aceita e troca por um código
[16:12] <Hilda> um abraço a todos
[16:12] <daniervelin> acho q teria que ser vanderlice, q é mais incomum rs
[16:13] <vanderlice> blz
[16:13] <Hilda> podemos ir, Thalita?
[16:13] <daniervelin> poderia trocar pelo comando /nick vanderlice
[16:13] <vanderlice> Valeu, Dani!!!!
[16:14] <daniervelin> sorriso
[16:14] <vanderlice> Ficou melhor assim!  Abraços!
[16:14] <rogeriaufmg> obrigada, pessoal. Sempre aprendo muito por aqui.
[16:14] <daniervelin> mas nao se preocupe que no registro a ser publicado no site nós modificaremos seu nome
[16:15] <vanderlice> Pode deixar meu nome
[16:15] <Hilda> e podiam fazer as correções nos slides...rs... abraços a todos
[16:15] <Hilda> parabéns pelo trabalho!
[16:16] <daniervelin> vamos trocar Guest por Vanderlice
[16:17] <vanderlice> A minha correção é só a do slide 10. Tira "internacionais" e colocar "nacionais".
[16:20] <Hilda> pessoal! Bom final de tarde a todos!
[16:20] <Hilda> um prazer estar com vcs
[16:21] <vanderlice> Obrigada, Simone! Pra vc também!
[16:21] <vanderlice> Ótimo fds, pessoal e ótimas discussões futuras!

 

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8. Outubro: Professores não nativos e português como LE

cartaz STIS outubro 2015

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Janelle Chevon Coleman e Celia R P Bianconi

Conferência dupla STIS OUTUBRO 2015

Dia 23 de outubro das 15 às 17 horas, na Sala de Conferências do STIS

Os Desafios da instrução de línguas pelos professores não nativos – um relato pessoal (Janelle Chevon Coleman – Lee University-TN/Brescia University-KY)

Resumo: Falar do estudo de línguas é impossível sem alguma discussão de cultura.  Não é surpreendente, então, que para os aprendizes de línguas estrangeiras a qualificação mais importante de um professor de línguas é ser falante nativo. Não obstante, a pesquisa de alguns investigadores mostra que o fato de não ser falante nativo não sempre limita a eficácia de ensino de línguas (Brown 2007, Phillipson 1992, Medyges 1992, 2006). Além disso, há muitas vantagens de ser professor não nativo e de ter a mesma língua nativa dos alunos. Por exemplo, pode-se antecipar os desafíos dos alunos que querem aprender um segundo idioma. Também, estos professores são capazes de introduzir a cultura nova comparando os elementos com a cultura nativa dos aprendizes. Apesar de todas estas vantagens, existem desafios para os professores não nativos que podem dificultar o ensino (e.g., a falta de confianza tanto por parte como por parte do professor, a preocupação com o sotaque, e a incapacidade de fazer a mudança psicosocial entre a cultura nativa a cultura nova). Este artigo vai explorar estos desafios através da minha experiencia como professora americana ensinando português numa universidade nos Estados Unidos.  Também, a presente discussão vai abarcar varias técnicas que eu usava para poder superar e transformar estas dificuldades em oportunidades de aprendizagem tanto para mim como os meus alunos.

 

Ensino do Português como Língua Estrangeira nos Estados Unidos e o Treinamento de Professores (Celia R P Bianconi – Professora e Coordenadora do Programa de Português como língua estrangeira na Universidade de Boston)

Resumo: O ensino do Português como língua estrangeira (PLE) está passando por um momento de ascensão e atualmente a língua portuguesa é reconhecida como importante no âmbito econômico global. Nos Estados Unidos universidades estão abrindo e/ou ampliando cursos de Português. O número de alunos de português no ensino superior norteamericano cresceu 10,1 por cento entre 2009 e 2014, sendo a terceira língua com maior crescimento num período em que diminuiu o número de alunos que estudam línguas estrangeiras (MLA 2015). Este interesse crescente esta relacionado com uma ascensão econômica paralela do Brasil, culminando com a copa do mundo de futebol promovida pela FIFA em 2014 e os jogos olímpicos de verão a seguir em 2016 no Rio de Janeiro. O estudo de PLE e os estudos de literatura e cultura brasileira na Universidade de Boston, onde eu ensino e coordeno o programa de PLE, foi reiniciado em 2010 com apenas 17 alunos matriculados no único curso intensivo de Português com aulas de 100 minutos quatro vezes por semana. Atualmente, oferecemos quatro semestres que proporcionam base para falar, ler, escrever, compreensão oral e introdução à cultura luso-brasileira, nos níveis iniciantes ao intermediário avançado. Ainda oferecemos cursos avançados de cultura, cinema e literatura além de um curso em Português para economia e negócios. Este trabalho é resultado da pesquisa feita durante minha tese de doutorado, Bianconi (2012), de minha experiência como professora e coordenadora de programa de português em instituições de ensino superior nos Estados Unidos, assim também como coordenadora de treinamento de professores. Além do relato histórico o objetivo é de ampliar o conhecimento sobre o ensino e aprendizado do Português como língua estrangeira nos Estados Unidos.

8.1. registro outubro

Registro da Conferência em chat escrito, de 23 de outubro de 2015:

 

 Os Desafios da instrução de línguas pelos professores não nativos – um relato pessoal
conferencista: Janelle Chevon Coleman – Lee University-TN/Brescia University-KY


 Ensino do Português como Língua Estrangeira nos Estados Unidos e o Treinamento de Professores
conferencista: Celia R P Bianconi – Professora e Coordenadora do Programa de Português como língua estrangeira na Universidade de Boston

 

moderador: Equipe STIS

 

 

[15:24] <adelmaa> Bom tarde a todo(a)s!
[15:24] <adelmaa> É com imensa alegria que venho, em nome do Grupo STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC dar boas-vindas a todos vocês que nos honram com suas presenças: conferencistas e participantes
[15:24] <celia> espere! onde vejo o power point  em entro no link
[15:24] <daniervelin> vou explicar daqui a pouco, celia
[15:25] <adelmaa> O Stis é um programa de conferência realizado sempre na penúltima semana de cada mês, de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema educação livre e democrática
[15:25] <adelmaa> O STIS, coordenado pela pela Profª Adelma Lucia de Oliveira Silva Araújo, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do programa polvo denominado TEXTO LIVRE do CNPq,
[15:25] <adelmaa> Cuja coordenadora Geral e titular é a profª Drª Ana Cristina Ficke Matte
[15:26] <adelmaa> O STIS está entrando no seu quinto ano de existência. Ao longo desta caminhado temos nos firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior
[15:26] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu  51 conferências, com a presença de ilustres pesquisadores
[15:26] <adelmaa> tais como Carla Viana Coscarelli (UFMG), Luiz Tatit  (UNICAMP), Maria Lucia Castanheira (FAE), dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres)  e o Julio Paz (Argentina)
[15:26] <celia> parabéns
[15:26] <adelmaa> dentre outros
[15:26] <adelmaa> Também divulgamos o STIS  em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário   Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato
[15:27] <adelmaa> Para que este trabalho se concretize eu conto com uma equipe fantástica de voluntários. Seres humanas altruístas que compartilham da mesma concepção de que as mudanças  na nossa sociedade só virão através do acesso a educação para todos
[15:27] <adelmaa> Farei agora uma breve apresentação das  nossas conferencistas convidadas deste mês de outubro de 2015.
[15:28] <adelmaa> Agradecemos de antemão as duas professoras convidadas pela disponibilidade, carinho e atenção ao nosso convite em todas as nossas reuniões e contatos via skype, e-mail e facebook.
[15:28] <adelmaa> A nossa primeira conferencista convidada do STIS Ano V será
[15:28] <adelmaa> a profª Drª Célia R. P Biaconi. Tem graduação em Publicidade,  Propaganda e Comunicação na FIAM em 1984, mestrado em Literatura  Brasileira e Portuguesa realizado na Universidade de
[15:28] <adelmaa> Illinois e Doutorado em Educação na Lesley  University. Hoje, a profª  Drª. Célia Bianconi é professroa senior e chefe do departamento do Programa de Língua
[15:29] <adelmaa> Portuguesa da Universidade de Boston. É também diretora do Rio de Janeiro curso intensivo de português no verão no exterior, no qual leciona cursos de língua
[15:29] <adelmaa> portuguesa e cultura brasileira. Seus campos de pesquisas e publicações se concentram na área de ensino e aprendizagem de português como língua estrangeira (PLE)
[15:30] <debora> desculpa, mas tem código da palestra para abrir o power point
[15:31] <adelmaa> Agradeço a profª Drª Celia por nos dar a honra de sua presença.
[15:31] <celia> Agradeço ado convide é um prazer e uma honra.
[15:32] <adelmaa> Após a conferência da profa CDra Célia eu farei apresentação da profa dra Janelle.
[15:32] <adelmaa> Passo agora a palavra à Profª Drª Daniervelin Marques que moderará a sala a partir de agora.
[15:33] <adelmaa> Bom evento a todos!
[15:36] <adelmaa> Prezada Dani! Cadê você?
[15:38] <celia> este  é ocodigo?
[15:38] <adelmaa> Mues amigos...aguardem só um minutinho a profa Dani deve ter tido problemas com a conexão...
[15:38] <debora> OK
[15:38] <celia> ok
[15:39] <daniervelin> voltei
[15:39] <daniervelin> posso explicar a moderação?
[15:39] <adelmaa> Sim, minha filha! Bom evento a todo(a)s!
[15:39] <daniervelin> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
[15:39] <daniervelin> para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação de cada conferencista
[15:39] <daniervelin> as apresentações acontecem apenas por escrito, no chat, ou seja, não há vídeo nem áudio
[15:39] <daniervelin> durante esse tempo, a sala estará moderada
[15:40] <daniervelin> após as duas conferências, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[15:40] <daniervelin> os códigos para os slides serão indicados no início de cada apresentação
[15:40] <daniervelin> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[15:40] <daniervelin> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes (ao meio desta página de internet)
[15:40] <daniervelin> desejamos um ótimo seminário a todos!
[15:41] <daniervelin> O código dos slides da primeira conferência, da profa. Célia é: celia
[15:41] <celia> obrigada!
[15:41] <daniervelin> coloquei esse código na parte superior da direita desta página
[15:41] <daniervelin> coloquem*
[15:41] <daniervelin> Profa. Celia R P Bianconi, pode começar, por favor. Obrigada por aceitar o convite do STIS
[15:41] <celia> ótimo já posso ver,  obrigada
[15:43] <jcolema1> Oi a todos. Disculpe que confundi a hora.
[15:43] <daniervelin> professora Janelle, obrigada por estar aqui! Daremos primeiramente voz à professora Célia
[15:44] <daniervelin> que apresentará agora
[15:44] <daniervelin> em seguida, será sua vez de apresentar, ok?
[15:44] <jcolema1> Está bem.
[15:45] <celia> A formação de professores  é  muito importante  principalmente com o crescimento do  interesse   no aprendizado de Portuguese
[15:47] <celia> como podemos  observar o crescimento do ensino do Português nos Estado Unidos cresceu  consideravelmente
[15:49] <celia> Apenas para   explicar o que falarei a seguir.
[15:49] <celia> Este trabalho investiga o perfil do PFL corpo docente no sistema de ensino superior nos EUA ( Bianconi , 2012).
[15:50] <celia> A seguir  vamos observar o crescimento do programa em que  coordeno
[15:51] <celia> atualmente   na Universidade de Boston  temos  100 alunos por ano  aprendendo Português
[15:52] <celia> Já temos aulas avançadas -  de cultura e literatura
[15:52] <celia> Na Universidade de Boston os alunos  fazem  4 semestres  de língua estrangeira
[15:53] <celia> estes semestres são mandatório
[15:55] <celia> Agora vamos  ver porque o treinamento de professores se tornou importante não somente para PLE mas para o ensino de línguas em geral.
[15:56] <celia> O que notamos em 1997 para o ensino de línguas, podemos  ver  que o mesmo acontece com o ensino do PLE
[15:56] <celia> atualmente.
[15:57] <celia> Minha pesquisa além de  examinar  a história do ensino do PLE nos Estados Unidos,  os alunos,  o material usado  e  os professores que ensinam
[15:58] <celia> também  apresentou problemas  políticos  com relação ao ensino de línguas.
[15:59] <celia> Nesta apresentação apenas falarei ( escreverei) sobre o treinamento de professores
[16:00] <celia> Minha pesquisa investigou 24 professores nos Estados ( desculpe o errinho)
[16:00] <celia>  mencionados no slide
[16:01] <celia> O resultado obtido  foi muito interessante, não surpreendente,
[16:02] <celia> A maioria dos  entrevistados já tinham em algum momento participado de algum tipo de treinamento
[16:03] <celia> No entanto a  percepção individual dos professores  foi que  eles valorizam
[16:03] <celia> mais a experiência do professor do que  as oficinas de  treinamento
[16:04] <celia> Como podem notar minha  conclusão  está no fato de que  a formação de professores de PLE  ainda é muito recente  comparando com as  línguas consideradas mais tradicionais
[16:05] <celia> no ensino de língua estrangeira
[16:06] <celia> Uma outra informação  importante e interessante   foi de como os professores valorizam  mais ao conhecimento  metodológico   do que o conhecimento  e uso da tecnologia
[16:07] <celia> desta forma os professores  pesquisados veem a tecnologia como uma feramente
[16:07] <celia> ferramenta.
[16:07] <celia> Eu também!
[16:08] <celia> A tabela  que vocês estão vendo,  mostra  as características  dos professores  pesquisados
[16:09] <celia> como podemos  notar no slide 13
[16:10] <celia> o slide 13 é o da tabela.
[16:11] <celia> Os resultados  mostram que o  nível de instrução  está negativo  ao ensino de outras línguas
[16:13] <celia> Significando que  a probabilidade  de que o professor ensina  outra língua e não somente o PLE, ou seja   ele pode  falar português   mas não ter sido  treinado
[16:14] <celia> como professor,  e que  pode até ser professor  de espanhol, ou  italiano etc
[16:14] <celia> também
[16:15] <celia> Também podemos notar  no slide # 15 que
[16:15] <celia> quanto maior o nível de educação  e especialização maior a probabilidade
[16:16] <celia> do  instrutor, professor,  ter uma posição permanente  na universidade.
[16:17] <celia> Isso para nós aqui nos Estados Unidos é muito importante
[16:18] <celia> porque  uma grande maioria dos professores são contratados como
[16:18] <celia> o que  chamamos de part timer - (  professor meio período)
[16:19] <celia> fazem um trabalho  intenso,  e não são  exatamente  considerados  como  professores
[16:20] <celia> Desta forma como podemos ver  no slide #16
[16:20] <celia> A experiência e a formação acadêmica   mais o treinamento são fatores importantes
[16:21] <celia> para se  ter um trabalho permanente  e poder até  crescer profissionalmente
[16:23] <celia> Como podemos notar -  é mais comum  que um professor  participe de uma oficina de treinamento   principalmente se este não  tem experiência  e quer  melhorar seu empenho como professor
[16:25] <celia> Para resumir,   quando a pesquisa foi feita, este era o  quadro de professores atuando  no ensino de PLE nos Estados Unidos, uma pequena amostra mas bastante significativa
[16:25] <celia>  e que eu acredito que já tenha   tido uma  pequena mudança no perfil dos professores de PLE  nos Estados Unidos
[16:26] <celia> O que  me leva a concluir que  a experiência e o treinamento  se complementam  um ao outro
[16:27] <celia> No próximos slides vou  mostrar um pouco da minha experiência   no treinamento de professores de PLE  nos EUA
[16:28] <celia> os slides  que  estão sendo mostrados  no momento apenas  fortalecem o que já falei anteriormente.
[16:29] <celia> Minha decisão  em participar no STARTALK -  um programa do governo americano
[16:29] <celia> conforme mostra  o slide #21
[16:30] <celia> foi o de não somente  aprender e fazer parte  de um grupo  de  profissionais  altamente qualificados   e especializados no ensino de  LE
[16:31] <celia> mas como  poder  oferecer  a mesma oportunidade para os professores de PLE
[16:32] <celia>  o pr´proposito é de  aumentar o £ de falantes  e de  treinar profissionais que possam fortalecer o ensino de PLE
[16:33] <celia>  a língua  portuguesa é  considerada uma língua critica   e por isso consegui o apoio do Governo americano  para criar PTT
[16:33] <celia>  Para  treinar professores de Portugues
[16:34] <celia> O program é bastate intenso  como vocês podem ver
[16:35] <celia> a  participação é  intensa e  o mais importante é a criação deste um   rede  de profissionais  que tem o mesmo interesse e a troca de informação e conhecimento
[16:35] <celia> entre os professores.
[16:36] <celia> os  participantes interagiram  através de um blog  durante seis semanas antes de
[16:36] <celia> terem o treinamento  presencial  por uma semana.
[16:37] <celia> onde  além das palestras e apresentações de  profissional especializado  tiveram que
[16:38] <celia> dar uma aula pratica, com  criação de material  e avalização
[16:38] <daniervelin> profa. celia, peço por favor que finalize sua apresentação, pois precisamos dar voz à professora Janelle
[16:38] <celia> Concluindo,
[16:39] <celia>  Essa experiência foi  muito gratificante e  contribui parai fortalecimento do ensino do Português  nos EUA.
[16:39] <celia> Obrigada
[16:39] <daniervelin> Obrigada, profa. Celia Bianconi!
[16:39] <daniervelin> Peço que a profa. Adelma apresente a professora Janelle Chevon Coleman para darmos prosseguimento às apresentações de hoje
[16:40] <adelmaa> Nossa segunda conferencista convidada do STIS Ano V é a profª Drª Janelle Chevon Coleman é professora do espanhol na Universidade de Brescia, uma universidade católica do estado de Kentucky, e na West High School, onde tambén serve
[16:40] <adelmaa> como treinadora de instrução. É membro da SREB (Southern Regional Education Board), uma organização educacional cujo objetivo é preparar estudantes de cor (não branco) da região
[16:40] <adelmaa> sudeste para trabalhar academia como professores na pós graduação. Como especialista pesquisou a literatura latinoamericana moderna do século XX e a literatura hispana dos
[16:40] <adelmaa> Estados Unidos dos séculos XX e XXI. Suas pesquisas se concentraram nas culturas afrocaribenhas e, mais recentemente, na questão da raça na diáspora latinoamericana.
[16:40] <adelmaa> Em 2014, defendeu na  Universidade de Tennessee, Knoxville seu doutorado em espanhol com uma segunda concentração em português brasileiro. Sua tese  –
[16:40] <adelmaa> Compositions in Black and Brown: Manifestations of Afro-Latinity in US Black Latino Literary Discourse (Composições em Negro e Marrom: Manifestações da Afro-Latinidade
[16:40] <adelmaa> no discurso literário dos afro-latinos nos Estados Unidos) enfoca a formação da identidade afro-latina frente às conceitos da raças conflitantes da América Latina e dos
[16:41] <adelmaa> Estados Unidos através da uma análise de obras produzidas por quarto autores afro-latinos – Junot Díaz, Piri Thomas, Evelio Grillo e Loída Maritza Pérez.
[16:41] <adelmaa> Boa conferência, professora Janelle. Seja bem-vinda!
[16:41] <jcolema1> Obrigada.
[16:41] <daniervelin> Profa. Janelle Chevon Coleman, pode começar, por favor. Obrigada por aceitar o convite do STIS
[16:41] <daniervelin> Código dos slides: coleman
[16:42] <debora> código do slide por favor
[16:42] <jcolema1> Muita obrigada!
[16:42] <jcolema1> O código é coleman
[16:42] <debora> OK grata
[16:42] <debora> jcolema1
[16:43] <jcolema1> Boa tarde. Primeiro, quero agradecer o convite. Eu sinto muito honrada com a oportunidade de falar e colaborar com vocês. Espero aprender muito de nossa conversação e é o meu desejo que vocês encontrem algo de valor em o que vou apresentar hoje.
[16:43] <jcolema1> A minha apresentação fala sobre a minha experiência como professora de línguas em geral.
[16:44] <jcolema1> Pode dizer, então, que é um pouco mais informal.
[16:45] <jcolema1> Falado isso, vamos começar com uma cita de um dos meus educadores favoritos - Paulo Freire.
[16:46] <jcolema1> A diversidade e a variedade de níveis dos meus alunos, além da natureza dinâmica das políticas no sistema de educação pública aqui sempre me colocam na posição de aprendiz. Então, através dos anos, aprendi a ver-me mais como uma professora-estudante. Por isso, inclui esta cita do Paulo Freire, cuja perspectiva da educação abarca bem a minha realidade como professora em dois sistemas diferentes.
[16:47] <jcolema1> Ele escreve, “A educação deve começar pela superação da contradição educador-educando. Deve fundar-se na conciliação de seus polos
[16:47] <jcolema1> de tal maneira que ambos se façam, simultaneamente, educadores e educando.”
[16:47] <jcolema1> Como mencionou Dra. Araujo, eu tenho ensinado alunos de vários níveis. Agora, ensino uma aula de espanhol para os alunos universitários online além de três aulas de espanhol numa escola de ensino médio aqui no Knoxville, Tennessee.
[16:50] <jcolema1> Além disso, ensinava português para Lee University.
[16:50] <jcolema1> Esta aula era de nível básico.
[16:51] <jcolema1> Então a importância de esta cita
[16:52] <jcolema1> se vê na idéia de educar, aprendendo ao mesmo tempo. Para nós que ensinam línguas que nâo crescimos falando, cada dia na sala de aula é uma oportunidade de aprender mais sobre a língua que ensinamos (especialmente se temos alunos que são falantes nativos na língua-alvo), a instrução em geral, e os nossos mesmos.
[16:52] <jcolema1> E agora, quais são desafios dos professores como eu que não são nativos? Quando pensei neste pergunta – depois do que Dra. Araujo me convidou a fazer esta palestra – eu lembrei de meu primeiro ano como professora de espanhol na escola média.
[16:53] <jcolema1> Tinha alunos que eram falantes nativos. Lembrei a ansiedade que me senti quando fiz erros durante as aulas. Lembrei também quando a chefe da faculdade de línguas de Lee University me convidou a ensinar uma aula de português, a primeira que ofereceram na instituição, e o sentimento de medo que tinha ao pensar que não tinha experiência ensinando esta língua.
[16:54] <jcolema1> Então, a minha apresentação – espero- vai responder a pergunta vendo primeiro os desafios que experimentei na minha experiência como profissional nova, como eu superei (o melhor falado, estou superando) esses desafios, e, ao final, os benefícios de não ser professora nativa.
[16:55] <jcolema1> O próximo slide bem mostra a minha realidade os últimos dez anos. Cada ano de ensino sempre tenho que sair de minha zona de conforto (o que representam os outros peixinhos) – encontrando outros modos de pensar em e educar os meus alunos.
[16:56] <jcolema1> Muita gente acreditam que os acontecimentos das nossas  vidas não acidentes. Eu tenho que concordar com isso. Comecei a estudar o espanhol com dez anos da idade porque era aluna duma escola privada e católica.
[16:57] <jcolema1> Era a bibliotecária que nós ensinava porque achava que ao saber falar espanhol nos abriria mundos e oportunidades que normalmente um grupo de jovens afroamericanos no norte de Nashville (era uma área pobre da cidade) não teriam. Esta aula abriu a minha mente porque era minha primeira experiência com uma cultura diferente da minha.
[16:58] <jcolema1> Segui os meus estudos das línguas na universidade e, com a ajuda dos meus professores, fui a estudar na Espanha por um semestre (minha primeira vez fora do meu país e vendo a praia) e no Brasil por uma verão. Foi durante meu tempo na Espanha que eu decidi entrar na  educação.
[16:59] <jcolema1> como carreira
[16:59] <jcolema1> Nos primeiros anos, ensinei alunos na escola média nas áreas de espanhol e inglês. Depois de três anos vendo os problemas no sistema de educação, decidi voltar para a universidade para o doutorado. Me formei com o meu doutorado o ano passado. Durante esta época, ensinei alunos de primeiro , segundo e terceiro ano em espanhol. Depois de me formar, fui a ensinar português no Lee University e o espanhol em Maryville College.
[17:01] <jcolema1> Durante meu tempo nestas universidades, tinha que encarar o sentimento duma falta de credibilidade.  Não sendo falante nativa de português, por exemplo, eu questionei a minha habilidade de comunicar aspectos da cultura brasileira
[17:03] <jcolema1> As vezes não podia responder as perguntas dos alunos porque não sabia dizer uma palavra ou não podia explicar um aspecto da gramática.
[17:04] <jcolema1> Além disso, tinha que encarar as atitudes dos colegas, que me senti que me questionaram a minha eficácia.
[17:05] <jcolema1> De acordo com o estudo de McNeill dos   (2007), a perspectiva de muitos chefes e administrativos das escolas e, as vezes, as universidades, é que uma professora nativa é mais eficaz do que uma professora não nativa por causa de sua proficiência da língua. Esse mito – a eficácia superior percebida da
[17:06] <jcolema1> professora nativa – se discute na investigação de Meadows e Muramatsu. Eles fizeram entrevistas com alunos que estavam tomando aulas de japonês, espanhol, italiano e chinês para ver a atitude dos alunos até os seus professores que eram uma mistura de falantes
[17:06] <jcolema1> nativos e não nativos.
[17:07] <jcolema1> Os investigadores descobriram que, a percepção estudantil da eficácia dos professores não nativos dependiam da língua. Por exemplo, os alunos se sentiam mais confiança nos professores de línguas românticas do que nos professores de   línguas asiáticas.
[17:08] <jcolema1> Jacinta Thomas explorou os sentimentos dos professores não nativos que ensinam inglês. No seu estudo, ela fala sobre a sua experiência ensinado Ingles Como Língua Estrangeira nos Estados Unidos como professora de Cingapura.
[17:09] <jcolema1> De acordo com sua   experiência, determinou que os aspectos culturais duma professora pode influenciar a eficácia percebida dos professores que não são falantes nativos. O que me surpreendi quando estava fazendo a minha investigação para a palestra foi a falta de investigação sobre os professores de línguas não nativos que não ensinam aulas de inglês.
[17:10] <jcolema1> Além da falta de credibilidade, eu também encarei a ansiedade de fazer erros. Devido a que tinha falantes nativos como alunos nas minhas aulas de espanhol, sempre me sentia vergonha quando falava algo errado.
[17:17] <jcolema1> Isto foi muito mais problemático com as avaliações dos alunos ao final do curso.
[17:17] <jcolema1> A variedade das habilidades dos alunos também presenta uma fonte de ansiedade para os professores. Por exemplo, tenho aulas agora de 30-35 alunos.
[17:17] <jcolema1> De este grupo de jovens, tenho 3-5 em cada aula que têm necessidades especiais. Isto significa que tenho que fornecer adaptações para eles durante a instrução.
[17:17] <jcolema1> As mesmas aulas, tenho 2 alunos que são falantes nativos. Então, fornecendo as necessidades desses alunos e tentando de cuidar dos outros é um desafio forte.
[17:17] <jcolema1> Manter a atenção de todos também presente um obstáculo.
[17:17] <jcolema1> Como professoras de línguas no contexto de escola média, temos que adaptar constantemente os métodos de ensinar para ajudar os nossos alunos que são de várias culturas e níveis.
[17:17] <jcolema1> Além disso, temos que encarar as expectativas das faculdades e os sistemas de educação, que muitas vezes não vêem a realidade nas salas de aula.
[17:19] <jcolema1> Então, para mim, era super importante combater as expectativas falsas e deixar para atrás a minhas expectativas não razoaveís.
[17:20] <jcolema1> Tinha que dar-me conta do que fazer erros como professora é parte necessária do processo de aprendizagem
[17:21] <jcolema1> Além disso, foi importante, fazer amizades com outros professores nativos e não nativos para poder falar sobre os problemas
[17:22] <jcolema1> E também falar de maneiras de solucionar e superar esses desafios.
[17:23] <jcolema1> Ao crear esses espaços de apoio, tinha que tomar a posição de que eu sou tanto estudante como professora.
[17:24] <jcolema1> Então, participo en conferências por que me permite aprender dos meus colegas e vocês da minha experiências.
[17:25] <jcolema1> Ao final, eu tinha que mencionar aos meus alunos os primeiros dias da aula que é normal fazer erros
[17:26] <jcolema1> , que isso é parte do processo e, por isso, temos que criar um espaço seguro para aprender.
[17:27] <jcolema1> Agora, vou falar sobre as atitudes negativas sobre a aprendizagem dos línguas em geral.
[17:28] <daniervelin> profa. jcolema1, temos mais 10 minutos para sua exposição
[17:29] <jcolema1> Obrigada.
[17:29] <debora>   Parabéns!
[17:29] <debora> Foi um ótimo relato!
[17:29] <debora> Obrigadasorriso
[17:30] <jcolema1> A falta, as vezes de apoio para as faculdades de línguas, refleta uma atitude negativa entre os alunos e os professoras de outras faculdades.
[17:31] <jcolema1> Essa atitude se vê nas citações dos alunos e os pais deles no próximo slide.
[17:32] <jcolema1> Estas citações são de alguns alunos meus. A citação da mãe foi duma reunião que eu tinha com ela sobre o seu filho.
[17:33] <jcolema1> Então, como se pode solucionar esse problema?
[17:33] <jcolema1> Primeiro, eu aprendi a importância de ensinar a língua com um contexto real.
[17:34] <jcolema1> Por exemplo, o outro dia, tinha que ensinar os números no espanhol.
[17:35] <jcolema1> Fiz uma atividade em que os alunos tinham que dizer a custa de algo em moedas diferentes.
[17:36] <jcolema1> também, se tem que explicar o valor de aprender outra língua.
[17:37] <jcolema1> Isso é quando o apoio dos professores nativos é muito importante. Quando ensinava no lee University, convidei a uma colega brasileira a minha aula para falar da influência dos Estados Unidos na cultura brasileira.
[17:38] <jcolema1> Sempre faço conexões entre o L1 e L2; isso é um dos benefícios de ser professora não nativa.
[17:39] <jcolema1> Agora que só tenho pouco tempo, vou falar agora dos benefícios de não ser nativa.
[17:40] <jcolema1> Além do outro que acabo de mencionar, eu vejo que posso identificar bem as areas mais difíceis de aprendizagem dos alunos.
[17:41] <jcolema1> Por exemplo, eu sei que o subjuntivo era difícil para mim; então, posso colocar-me nos sapatos dos meus alunos.
[17:41] <jcolema1> Também os meus alunos me vêem como exemplo.
[17:42] <jcolema1> Não digo isso como orgulho, mais para dizer que eu não falante perfeita e ainda posso comunicar.
[17:43] <jcolema1> Se os meus alunos vêem a proficiência como possibilidade, estou, na minha mente, fazendo bom trabalho.
[17:44] <jcolema1> Obrigada para o seu tempo e a sua atenção.
[17:44] <danilorcesar> Obrigada profa. Janelle Chevon Coleman!
[17:44] <danilorcesar>  Informo que a sala está aberta para a discussão em torno das conferências
[17:44] <jcolema1> Sinto muito os erros. sorriso
[17:45] <Woodsonfc> Parabéns, colegas de profissão! Fiquei muito sensibilizado com o relato de vocês duas, enquanto professoras, Celia e Janelle, e impressionado com a sinceridade com que esmiuçaram seus problemas em sala de aula, bem como, com os  problemas que vocês enfrentam que é muito semelhante aos que enfrentamos nas nossas escolas!
[17:45] <Woodsonfc> No ensino de LE e até da lingua materna
[17:46] <Woodsonfc> Também sou professor de línguas e esse ano fui obrigado a dar aulas de inglês para alunos do ensino fundamental, 5 ano e sofri na pele as dificuldades que vocês enfrentam como professores não nativos! E nem formado sou em Língua Inglesa, fiz apenas alguns cursinhos!
[17:46] <Monica_> Os problemas de ensino de línguas estrangeiras no Brasil não são diferentes. Durante sua apresentação percebi que os problemas de ensino de línguas estrangeiras são os mesmos. Somente mudam os países
[17:47] <Woodsonfc> Professora Janelle  O que é code-switching?
[17:47] <Woodsonfc> mostrando a língua
[17:47] <jcolema1> Desculpe, que não podia explicar por causa do tempo.
[17:48] <jcolema1> O code-switching é mudança duma língua a outra numa oração o um texto.
[17:48] <Elainne> Gostaria de agradecer as professoras por compartilhar conosco suas experiências em contextos distintos no âmbito educacional nos Estados unidos. A minha pergunta vai para a professora Celia.  Bom, no contexto de ensino da professora Janelle, segundo mencionou em sua apresentação, se não me engano, há alunos de culturas diversas, contexto esse que lhe apresenta desafios também diversos. Gostaria de saber da professora Celia se na
[17:49] <celia> muito comum  nos alunos que dominam uma  língua e estão aprendendo  outra
[17:50] <celia>  por exemplo  os alunos falantes de espanhol que aprendem português tem uma tendência em  misturar as línguas
[17:50] <celia> principalmente por serem  tão semelhantes
[17:50] <Woodsonfc> Entendi, como quando eles iniciam uma frase em inglês e completam as lacunas em português ou usam traduções literais de sua língua materna
[17:51] <Woodsonfc> ??:-O
[17:51] <jcolema1> Sim. Faço isso muito com o espanhol e o português.
[17:52] <Woodsonfc> Ah! Falsos cognatos ou heterosemanticos
[17:52] <Woodsonfc> Falsos amigos
[17:52] <Monica_> Obrigada Professoras . Professora Célia  minhas perguntas
[17:52] <celia> eles contribuem bastante  -
[17:52] <Elainne> cont. . Gostaria de saber da professora Celia se na universidade onde leciona PLE, com se compõe o quadro de alunos e se lhe é apresentado desafios semelhantes. Ou é mais tranquilo.
[17:53] <celia> O ensino do Português é sempre um desafio muito grande,  pois  somos sempre muito pequenos em relação  as outras  linguas
[17:53] <Monica_> Professora Célia, você disse que Professores valorizam mais a experiência do professor do que as oficinas de treinamento. Qual experiência? A prática do professor na área?
[17:53] <celia>  e precisamos do apoio da administração e  temos sempre que nos fazer visíveis
[17:54] <celia> Os professores entrevistados  valorizam  mais  a experiência do professor,  do que o treinamento
[17:55] <celia> sim porque  os que tem experiência não acham que precisam de  treinamento
[17:55] <Monica_> Professora Célia, você disse que Os professores valorizam mais ao conhecimento metodológico   do que o conhecimento e uso da tecnologia.  Eles não usam as TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) como ferramenta nas aulas?
[17:56] <celia> na verdade o uso da tecnologia é mais recente e  os professores estão  se aprimorando e professores com mais experiência não são muito adeptos  da tecnologia
[17:56] <adelmaa> Profas Celia e Janelle, parabéns pelas brilhantes conferências. Vocês trouxeram a dicussão aspectos bem particualres m,mas também bem comuns a todos nós
[17:57] <adelmaa> professores de línguas não nativos. Célio , brasileira, professora de protuguês como segunda língua e Janelle, americana, professora de português  e espanhol como
[17:57] <adelmaa> segundo a língua.  Duas perspectivas fantáticas e complementares da formação do professor de línguas não nativas. Ótimos relatos!
[17:57] <celia> eu acho que  os dois são importantes,  por que deve -se saber  usar a tecnologia   conhecendo a metodologia
[17:57] <Monica_> Concordo plenamente
[17:57] <jcolema1> Obrigada, Adelma, de novo pelo convite.
[17:58] <jcolema1> E obrigada pelo seu relato, Célia.
[17:58] <celia> muito obrigada pelo convite
[17:58] <Monica_> Professoras Celia e coleman
[17:58] <Woodsonfc> Aproveitando a questão das TICs, não acha que o pouco uso delas têm a ver com a dificuldade de instrumentalizá-la de forma instantânea / improvisada como acontece com o quadro negro ou a aula expositiva?
[17:58] <Monica_> Seria muito interessante maior troca de experiências entre professores brasileiros e americanos e respectivos alunos, por exemplo. Trabalho com formação de professores inglês/português. Tentei encontrar grupos para interação online, mas não consegui interessados. Temos tecnologias que podem auxiliar em trocas muito interessantes para discutir sobre diversos aspectos relacionados a aprendizagem de línguas. Uso de redes sociais,
[17:58] <danilorcesar> recomendo para quemainda não assistiu: este vídeo


[17:58] <celia> obrigaa  janelle
[17:59] <danilorcesar> Metodologia ou Tecnologia?
[17:59] <Monica_> se conhecem alguma instituição que desenvolvem parcerias assim.
[17:59] <adelmaa> Pergunta a ambas:  Como é a concorrência neste mercado de trabalho de PLE para o sujeito  nativo e 1 . para o não nativo? 2. Como estas vagas são anunciadas? 3. Estas vagas são apenas professores que moram nos Estados Unidos? 4. Qual é a formação mínima requerida nas instituições superiores?
[18:00] <celia> os interessados podem se inscrever   para o trabalho e necessário  pelo mesmo o mestrado
[18:01] <celia> de preferência  no ensino de línguas.
[18:01] <Monica_> Pergunta ambas:Atualmente existe algum programa que prepare professores de PLE com apoio do governo americano para professores no Brasil?
[18:02] <jcolema1> Acho a resposta desta pergunta (de Adelma) depende dos metas do programa.
[18:02] <celia> Infelizmente não
[18:02] <Monica_> Vi esta semana além de universidades  Escolas de ensino fundamental e médio buscam professores de português
[18:02] <celia> para professores de PLE
[18:03] <jcolema1> Em geral, se precisar de 18 horas de créditos de pós-graduação para ensinar línguas.
[18:03] <celia>  para ser TF? ou para  ser  contratado?
[18:04] <Woodsonfc> TF?
[18:04] <jcolema1> Como pessoa que sempre está procurando oportunidades, não vejo muita discriminação em relação de não ser nativa.
[18:05] <Woodsonfc> mostrando a língua
[18:05] <celia> quando você se refere a nativa,  querem dizer nativa da língua que ensinam ou  americanos nativos?
[18:05] <jcolema1> especialmente o campo de espanhol, onde é mais comum encontrar americanos que falam esta língua.
[18:05] <adelmaa> Não digo discriminação Janelle, mas penso nas barreiras legais de acesso a vaga.
[18:05] <jcolema1> nativa da língua que ensina
[18:06] <adelmaa> Americano(a)s nativo(a)s...
[18:06] <celia> okay,
[18:07] <celia> concordo com jocelma,  o importante é  ter um domínio da língua estrangeira  que se ensina
[18:07] <Monica_> Para ambas: Seria muito interessante maior troca de experiências entre professores brasileiros e americanos e respectivos alunos, por exemplo. Trabalho com formação de professores inglês/português. Tentei encontrar grupos para interação online, mas não consegui interessados. Temos tecnologias que podem auxiliar em trocas muito interessantes para discutir sobre diversos aspectos relacionados a aprendizagem de línguas. Uso de re
[18:07] <jcolema1> Não vejo muitas barreiras.
[18:08] <Monica_> Gostaria de se conhecem alguma instituição que desenvolvem parcerias assim.
[18:08] <Monica_> Tandem learning
[18:09] <jcolema1> Mónica, gosta da sua pergunta. Talvez posso conectá-lhe com o diretor do programa de português lá na Universidade de Tennessee.
[18:09] <Woodsonfc> Monica_, seria ideal, podemos formar um grupo com as professoras ou participar de um que já exista!
[18:09] <jcolema1> gost*
[18:09] <adelmaa> Podemos pensar na formação de um grupo.
[18:09] <jcolema1> gosto*
[18:10] <Monica_> Acho otimo
[18:10] <Monica_> Vamos formar um grupo
[18:10] <celia>  também podemos conversar  sobre essa possibilidade.
[18:10] <celia> com meus alunos
[18:10] <jcolema1> A faculdade lá é muito pequeno, mais acho que havia interesse
[18:10] <Monica_> meus alunos iriam adorar
[18:10] <jcolema1> haria
[18:10] <celia> otimo vamos trocar emails.  cbianc@bu.edu
[18:11] <jcolema1> janelle.coleman@knoxschools.org
[18:11] <Monica_> brummonica@gmail.com
[18:11] <Monica_> Woodson qual seu email?
[18:11] <Woodsonfc> woodsonfiorini@gmail.com
[18:12] <jcolema1> Em relação das vagas, o acesso aqui é bom.
[18:12] <adelmaa> adelmaa@yahoo.com.br
[18:14] <adelmaa> O woodsonfc pode formar um grupo no face e nos convidar e lá a gente começa a esqueletar esta ideia de forma colaborativa. Que tal?
[18:14] <jcolema1> Também muitas universidades colocam especificamente que querem que solicitem pessoas pouca representados no campo universitário.
[18:14] <jcolema1> poucas representadas*
[18:14] <Monica_> Quero muito participar professora Adelmaa
[18:15] <Monica_> tenho buscado parcerias, mas nunca consigo d
[18:15] <Woodsonfc> pode-se fazer algo através do STIS no Facebook ou encontrar um fórum. Há aplicativos de celular que têm esse objetivo tb de colocar em contato pessoas de diferentes línguas voltadas para o aprendizado
[18:15] <adelmaa> Prof Dr Woodson, você poderia formar este grupo?
[18:15] <celia> também gostaria de participar
[18:15] <Elainne> Sou formada em Portugues do Brasil como segunda Lingua pela universidade de Brasilia, ja trabalheino Mexico, em Timor-Leste e aqui no Brasil, e tenho graduacao tambem em letras Espanhol tambem pela UnB... gostaria muito de participar do grupo
[18:15] <jcolema1> eu também
[18:15] <Monica_> Estou disponível para ajudar também
[18:15] <Woodsonfc> "esqueletar", belo neologismo adelmaa
[18:16] <adelmaa> Maravilha!!!!
[18:16] <Monica_> Otimo Elainne
[18:16] <Elainne> MEU EMAIL é elainneunb@yahoo.com.br
[18:16] <Woodsonfc> boca aberta
[18:16] <jcolema1> Podemos colocar idéias para atividades também?
[18:16] <Monica_> otimo
[18:16] <adelmaa> Maravilha!!! Empolgante!!!!!
[18:16] <Monica_> Trabalho com novas tecnologias no ensino de línguas
[18:17] <Monica_> formação de professores português e inglês
[18:17] <celia>  tem um  um grupo no face que se chama ensinar português
[18:17] <adelmaa> Poderáimso também nos adicionar no face e no skype. O meu nome skype é Adelma Araujo cidade Cachoeira do Campo
[18:18] <helenaschmid> Há um grupo de discussão e trocas de ideias muito interessante no face book: https://www.facebook.com/groups/ensinarple/
[18:18] <jcolema1> O meu nome Skype é janelle.coleman7
[18:18] <adelmaa> Podemos propor a este grupo que nossa ideia seja emcampada por eles também.
[18:18] <Woodsonfc> Acho que os demais já se foram
[18:18] <adelmaa> Acho também esta ideia interessante.
[18:19] <Monica_> Estou aqui
[18:20] <adelmaa> Meus queridos, gostaria de informar a todos que no proximo dia
[18:20] <celia> estou aqui.
[18:21] <adelmaa> 20 de novembro das 14:00 às 16:00 horas receberemos o
[18:21] <Woodsonfc> Meu nome Skype é woodson , mas tem tanto woodson por lá que será difícil me achar, melhor eu encontrar vocês
[18:21] <adelmaa> Prof. Dr. Jose Manuel Moran Costas
[18:21] <adelmaa> para encerrar nossas atividades do STIS do ano calendário de 2015.
[18:21] <celia> gostaria mais uma vez  agradecer  a todos e Adelma  pela atenção  e dedicação
[18:22] <celia> foi um prazer  e espero que possamos trocar ideias.
[18:22] <daniervelin> obrigada, celia e jcolema1
[18:22] <daniervelin> foi um prazer recebê-las no Stis
[18:22] <adelmaa> Ser´auma conferência fenomenal assim como é o nosso convidado.
[18:22] <Monica_> Muito obrigada a organizadores do evento, professoras Celia e Janelle
[18:23] <Elainne> obrigada a todos.
[18:23] <Monica_> Foi um oportunidade única de aprender com vocês.
[18:23] <celia> Janelle  vamos conversar  uma hora dessas. obrigada pela sua apresentaçnao
[18:23] <helenaschmid> foi muito bom conhecer as experiências das professoras palestrantes e dos colegas. Parabéns pela iniciativa deste evento!
[18:23] <adelmaa> A  todoo,conferencistas e particpante eu agradeço de coração em nome desta equipe extraordinária do Grupo Texto Livre.
[18:23] <jcolema1> Obrigada a vcs. A nossa conversação foi ótima e gostaria de conversar mais.
[18:23] <Monica_> Aguardo contato do grupo que será criado para as trocas de experiências
[18:24] <adelmaa> Profs Daniervelin, Danilo, Woodson, Hugleo, Madu, Thalita obrigada por mais esta organização de stis.
[18:24] <helenaschmid> meu email: helenaschmid85@gmail.com skype: helenaschmid85
[18:25] <jcolema1> Aguardo os contatos e falaremos muito pronto!
[18:25] <adelmaa> As conferencistas receberão seus certificados via e-mail, já os participantes precisam nos escrever solictando e dando nome compleot e login usado nesta conferência.

Todos os trabalhos aqui publicados estão licenciados segundo a Creative Commons

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Based on a work at Texto Livre.

9. Novembro: A rede valorizando o professor

cartaz STIS novembro 2015

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Elodia Honse Lebourg

Conferência STIS NOVEMBRO 2015

Dia 20 de NOVEMBRO das 14 às 16 horas, na Sala de Conferências do STIS

O copo meio cheio: a rede como um campo de possibilidades de valorização de professores (Elodia Honse Lebourg – UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto)

Resumo: A experiência que resultou nesta conferência deriva da criação da iniciativa Professores transformadores, uma rede de troca de conteúdo, diálogo e formação entre professores, pedagogos, gestores, estudantes de licenciatura e interessados por uma Educação mais reflexiva e engajada. Criada em 2015, a rede visa aproximar professores que são autores de ações inovadoras e transformadoras, chamando a atenção para a importância de suas práticas na formação de estudantes como cidadãos autônomos, críticos e criativos. Com estratégias de reforço ao protagonismo e à valorização docente, a rede se propõe a contribuir para ressignificar a prática profissional dos envolvidos ao refletir sobre possibilidades de superação das adversidades e dos dilemas da atual Educação brasileira.

9.1. registro novembro

Registro da Conferência em chat escrito, de 20 de novembro de 2015:

 

 O copo meio cheio: a rede como um campo de possibilidades de valorização de professores
conferencista: Elodia Honse Lebourg

 

moderador: Equipe STIS

 

 

[13:59] <adelmaa> Boa tarde, participantes e conferencista, sou a profa  Adelma Lúcia de Oliveira Silva Araújo, coordenadora dos Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS .
[13:59] <alessandrakabke> ah vou ver
[13:59] <adelmaa> Os Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS  é um evento que procura congregar estudiosos  e discutir tema dos m
[13:59] <adelmaa> variados campos de conhecimento que norteiam os trabalhos interdisciplinares desenvolvidos pelos participantes do grupo Texto Livre: Semiótica e Tecnologia, da UFMG.
[14:00] <adelmaa> O Stis é um programa de conferência realizado na penúltima semana de casa mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema educação livre e democrática.
[14:00] <adelmaa> O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do programa polvo denominado TEXTO LIVRE do CNPq.
[14:00] <acris> boa tarde sorriso
[14:00] <adelmaa> O STIS está entrando no seu quinto ano de existência. Ao longo desta caminhado temos nos firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior dentro e fora da universidade.
[14:00] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu  22 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores
[14:01] <adelmaa> tais como Carla Viana Coscarelli, Luiz Tatit, Maria Lucia Castanheira, dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres)  e o Julio Paz (Argentina)
[14:01] <adelmaa> Também divulgamos o STIS  em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário   Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato.
[14:01] <adelmaa> Para que este trabalho se concretize eu conto com uma equipe fantástica de voluntários. Seres humanas altruístas que compartilham da mesma concepção de que as mudanças  na nossa sociedade só virão através do acesso à educação para todos
[14:02] <Nanda> Boa tarde!
[14:02] <adelmaa> Todos estes projetos foram idelaizado e são parte do Projeto Texto Livre cuja coordenação geral é da profa Dra Ana Cristina Fricke Matte.
[14:02] <Ju> Parabéns pela iniciativa!
[14:02] <valdete> Boa tarde a todos e todas! É uma alegria fazer parte do Professores Transformadores!
[14:02] <alessandrakabke> boa tarde
[14:03] <Nanda> Bom poder participar de mais um evento como esse. Ano passado participei de vários. Parabenizo a todos pelo STIS!
[14:03] <adelmaa> Seja bem-vinda, acris!
[14:03] <adelmaa> Na conferência do STIS de hoje dia 20 de novembro, a última deste ano calendário de 2015, recheado de conferências extraordinárias dou as boas vindas a todos os participantes e a nossa conferencista convidada  Profa  Elodia Honse Lebourg.
[14:03] <acris> é um prazer, adelmaa
[14:03] <adelmaa> Neste momento passo a palavra a rpfa Dra Daniervelin Marques que explicará como
[14:03] <adelmaa> nosso evento de desenvolve.
[14:04] <elodialebourg> Obrigada, Adelma! Uma honra e uma alegria estar aqui, hoje, com vocês.
[14:04] <luciana_> Boa tarde.
[14:04] <alessandrakabke> boa tarde Elodia
[14:04] <adelmaa> Ba atdre profa Daniervelin, seja bem-vinda! Passa agora à sua moderação. Que tenham todos uma excelente construção de conhecimentos.
[14:04] <valdete> Ótimo trabalho para vcs do STIS e para a Elô Lebourg!
[14:04] <daniervelin> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
[14:05] <daniervelin> para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação
[14:05] <daniervelin> a apresentação acontece apenas por escrito, no chat, ou seja, não há vídeo nem áudio
[14:05] <daniervelin> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:05] <daniervelin> após a conferência, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:05] <daniervelin> o código para os slides será indicado no início da apresentação
[14:05] <daniervelin> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[14:05] <daniervelin> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes (ao meio desta página de internet)
[14:05] <daniervelin> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:06] <daniervelin> Profa. Elodia Honse Lebourg, pode começar, por favor. Obrigada por aceitar o convite do STIS
[14:06] <elodialebourg> Boa tarde a todas e todos!
[14:06] <daniervelin> Código para visualizar os slides: elodia
[14:06] <elodialebourg> Fico muito feliz pelo convite e pela oportunidade de apresentar nossa rede a vocês!
[14:07] <elodialebourg> Vou inserir o texto e peço que acompanhem os slides que fiz especialmente para esta apresentação!
[14:07] <elodialebourg> #Slide 1
[14:07] <alessandrakabke> ok
[14:07] <elodialebourg> Título da apresentação:
[14:07] <elodialebourg> O COPO MEIO CHEIO: A REDE COMO UM CAMPO DE POSSIBILIDADES DE VALORIZAÇÃO DE PROFESSORES
[14:08] <elodialebourg> #Slide 2
[14:08] <elodialebourg> Vamos relatar nossa experiência para vocês.
[14:08] <adelmaa> Por gentileza, Elô, desculpe-me pela falha. Posso pedir um minutinho de sua apresentação para dar conhecimento aos nossos participantes de quem é você?
[14:08] <elodialebourg> À vontade.
[14:09] <adelmaa> Meus queridos amigos, desculpem-me pela falha!
[14:09] <adelmaa> Nossa conferencista convidada faz parte de uma rede de professores que tem como objetivo dar visibilidada as atitudes positiva doque está sendo feito em educação. Seu curriculo fala por si só:
[14:10] <adelmaa> Elodia Honse Lebourg é professora, idealizadora e coordenadora da rede “Professores transformadores”. É historiadora e mestra em Educação pela Universidade Federal de Ouro Preto, com o estudo “Delicadas travessias: um estudo de caso sobre jovens em transição para
[14:10] <adelmaa> o Ensino Médio no interior do Brasil”. Graduada em História na mesma universidade, possui pós-graduação em História Moderna e em História do Brasil na Universidade Federal
[14:10] <adelmaa> Fluminense. Coordenou o Projeto de Educação Patrimonial “Lavras Novas: nosso patrimônio” (Ouro Preto-MG) e atuou como professora de História (rede municipal e
[14:10] <adelmaa> particular de ensino), como historiadora e assessora técnica do Núcleo de História Oral Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale (Ouro Preto-MG) e como historiadora do
[14:10] <adelmaa> Projeto Memória Petrobras (Museu da Pessoa, Rio de Janeiro-RJ). Tem experiência na área de História com ênfase em educação patrimonial, história oral, pesquisas e projetos. Em
[14:10] <adelmaa> Projeto Memória Petrobras (Museu da Pessoa, Rio de Janeiro-RJ). Tem experiência na área de História com ênfase em educação patrimonial, história oral, pesquisas e projetos. Em
[14:11] <adelmaa> Ok! Agora sim vocês conhecem nossa Elô Lebourg!
[14:11] <adelmaa> Obrigada professora!
[14:11] <elodialebourg> Oba! rs
[14:11] <elodialebourg> Posso retornar?
[14:12] <adelmaa> Sim, por gentileza! Obrigada pela comprensão!
[14:13] <elodialebourg> #Slide 3
[14:13] <elodialebourg> A base da nossa proposta: da queixa à transformação
[14:13] <elodialebourg> #Slide 4 - Introdução
[14:13] <elodialebourg> A experiência que resultou nesta conferência online deriva da criação da iniciativa Professores transformadores, uma rede de troca de conteúdo, diálogo e formação entre professores, pedagogos, gestores, estudantes de licenciatura e interessados por uma Educação mais reflexiva e engajada.
[14:14] <elodialebourg> Criada em 2015, a rede visa aproximar professores que são autores de ações inovadoras e transformadoras, chamando a atenção para a importância de suas práticas na formação de estudantes como cidadãos autônomos, críticos e criativos.
[14:14] <elodialebourg> Com estratégias de reforço ao protagonismo e à valorização docente, a rede se propõe a contribuir para ressignificar a prática profissional dos envolvidos ao refletir sobre possibilidades de superação das adversidades e dos dilemas da atual Educação brasileira.
[14:14] <elodialebourg> #Slide 5
[14:14] <elodialebourg> Na contemporaneidade, viver em sociedade significa se habituar e se afetar por transformações sociais constantes, pela fluidez das relações e por uma aparente falta de sentido de determinados fazeres e verdades até então pouco questionados.
[14:15] <elodialebourg> Tais mudanças refletem-se, por vezes, nos processos de socialização e na forma como os indivíduos veem e agem no mundo.
[14:15] <elodialebourg> A Educação, enquanto uma área privilegiada do saber, necessita acompanhar a reestruturação destas novas realidades.
[14:15] <elodialebourg> Para isso, torna-se fundamental rever o papel das escolas, seu sentido enquanto espaços de socialização por excelência, para, a partir disso, refletir sobre o lugar ocupado pelas crianças e pelos jovens na sociedade (COUTRIM; CUNHA, 2011).
[14:15] <elodialebourg> #Slide 6
[14:15] <elodialebourg> A aparente falta de sentido entre o conhecimento escolar e a vida dos alunos tem acarretado, na atualidade, ainda mais dificuldades para o “fazer educativo” por parte dos professores.
[14:16] <elodialebourg> Refletir sobre a função social da instituição escolar é fundamental para os professores, uma vez que precisam se adaptar às recentes estruturas, a partir da adoção de novas posturas e práticas metodológicas.
[14:16] <elodialebourg> Apesar disso, para uma parcela significativa dos professores, a sala de aula ainda se configura como um espaço no qual apenas relações lineares são construídas entre eles e os alunos (DAYRELL, 1996).
[14:16] <elodialebourg> Muitos ainda não levam em conta a dimensão de diversidade que atravessa estas relações e não dão conta da complexidade envolta no ato de educar nos dias de hoje.
[14:16] <elodialebourg> #Slide 7
[14:16] <elodialebourg> A proposta do Professores transformadores, então, é criar uma rede de troca de conteúdo e diálogo entre professores, demais profissionais da área da Educação e estudantes de licenciatura, que se encontram em busca de uma atitude reflexiva e da criação constante de saberes e estratégias de intervenção relacionadas aos valores educacionais (PAULA, 2014).
[14:17] <elodialebourg> Entre suas principais propostas de valor estão:
[14:17] <elodialebourg> a) a criação de uma rede integradora de professores, estudantes e demais profissionais da área da Educação;
[14:17] <elodialebourg> b) o desenvolvimento de estratégias de capacitação contínua dos envolvidos;
[14:17] <elodialebourg> c) a facilitação do estabelecimento de parcerias entre os participantes para a criação de projetos educativos em espaços formais e não-formais.
[14:17] <elodialebourg> #Slide 8
[14:18] <elodialebourg> Metodologias e principais ações tanto de alcance nacional como local
[14:18] <elodialebourg> #Slide 9
[14:18] <elodialebourg> A iniciativa Professores transformadores está hospedada, virtualmente, em um site e também na rede social Facebook, por sua posição privilegiada enquanto lócus de virtualização das relações cotidianas (SOUZA; LEÃO; PINTO, 2013).
[14:18] <elodialebourg> No site, é possível visualizar os textos produzidos especificamente pelos participantes da rede e a descrição das ações já realizadas em nível local.
[14:19] <elodialebourg> No Facebook, a rede pode ser acessada em dois formatos: uma página e um grupo de discussão.
[14:19] <elodialebourg> A página privilegia a publicação de material relacionado à atuação criativa e inovadora de professores e escolas, além de divulgar conteúdo formativo e informativo (por meio de links com artigos, entrevistas, divulgação de eventos e etc.).
[14:19] <elodialebourg> Há, ainda, a publicação de material autoral, produzido por colunistas que escrevem, semanalmente, textos relacionados à proposta de atuação da rede.
[14:20] <elodialebourg> (Valdete, aqui presente, é uma de nossas colunistas. Ela publica nas noites de sexta. Logo mais confiram seu texto! É sobre sua participação em nossa rede!)
[14:20] <elodialebourg> O grupo, por sua vez, privilegia a publicação de conteúdos que resultem em troca de ideias, visando ao estabelecimento de parcerias e à proposição de ações educativas.
[14:20] <elodialebourg> #Slide 10
[14:20] <elodialebourg> Link da página
[14:20] <elodialebourg> Link do site
[14:20] <elodialebourg> #Slide 11
[14:21] <elodialebourg> Estatísticas da internet em cinco meses de rede
[14:21] <elodialebourg> Mais de 2300 curtidas na página
[14:21] <elodialebourg> Mais de 200000 visualizações na página
[14:21] <elodialebourg> Mais de 650 componentes no grupo de discussão
[14:21] <elodialebourg> #Slide 12
[14:22] <elodialebourg> Além da rede online, uma parcela dos participantes tem se organizado localmente para iniciar ações presenciais em algumas cidades, como Ouro Preto e Mariana, onde parcela significativa dos parceiros originais da proposta reside.
[14:22] <elodialebourg> #Slide 13
[14:22] <elodialebourg> Em 2015, o filme “Território do brincar” foi exibido em Ouro Preto (no Setor Educativo do Museu da Inconfidência) e em Mariana (no Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto).
[14:22] <elodialebourg> As duas exibições foram seguidas de rodas de conversa nas quais a importância do ato de brincar para as crianças foi discutida.
[14:22] <elodialebourg> # Slide 14
[14:22] <elodialebourg> Em parceria com a Rede Minha Ouro Preto e a Verbalize Jr., a rede também participou de uma mobilização nacional pedindo mais velocidade de internet nas escolas.
[14:23] <elodialebourg> A ação foi realizada na Escola Municipal Izaura Mendes, em Ouro Preto, e resultou na gravação de dois vídeos com a equipe escolar.
[14:23] <elodialebourg> O link para acessar o vídeo está disponível no slide.
[14:23] <elodialebourg> #Slide 15 (parte 1)
[14:23] <elodialebourg> Além disso, os Professores transformadores estão participando de uma competição, o Ajudanca, na qual os vencedores receberão uma capacitação com a equipe do FazINOVA.
[14:24] <elodialebourg> Em Minas Gerais, a rede está em 1º lugar desde sua inscrição.
[14:24] <elodialebourg> # Slide 15 (parte 2)
[14:24] <elodialebourg> Para legitimar a iniciativa junto ao campo acadêmico, o Professores transformadores será apresentado no X Simpoed – Simpósio de Formação e Profissão Docente: Alteridade, formação e condição docente, em Ouro Preto.
[14:24] <elodialebourg> # Slide 16
[14:24] <elodialebourg> Em 2016, alguns eventos já estão confirmados, como a realização de duas mostras de filmes, uma no Cine Vila Rica e outro no Setor Educativo do Museu da Inconfidência, ambas em Ouro Preto.
[14:24] <elodialebourg> Além disso, convidamos professores para participarem de rodas de conversa mensais sobre educação transformadora, organizaremos um grupo de estudo e um colóquio sobre o tema.
[14:25] <elodialebourg> Uma ação especial também já está sendo produzida para atender aos professores de Bento Rodrigues e de Paracatu de Baixo, atingidos pelo rompimento das barragens de rejeitos em Mariana (a depender da aceitação dos envolvidos).
[14:25] <elodialebourg> Por fim, os textos escritos pelos colunistas serão publicados e espera-se consolidar ainda mais a rede virtualmente.
[14:25] <elodialebourg> # Slide 17
[14:25] <elodialebourg> Considerações finais
[14:25] <elodialebourg> (Opa! Errei! rs)
[14:26] <elodialebourg> Resultados preliminares
[14:26] <elodialebourg> A rede Professores transformadores foi criada recentemente, em junho de 2015, por professores de Ouro Preto e Mariana-MG.
[14:26] <elodialebourg> Quantitativamente, a página administrada pelo grupo tem mais de 2.300 curtidas e já foi visualizada mais de 200.000 vezes em pouco mais de três meses de existência.
[14:26] <elodialebourg> O grupo de discussão é composto, até o momento, por cerca de 650 professores de todo o país.
[14:26] <elodialebourg> Qualitativamente, só é possível discutir os resultados em termos preliminares, mas destaca-se a consolidação da rede de professores nas cidades mineiras onde se originou a iniciativa.
[14:26] <elodialebourg> Além disso, professores de outras cidades brasileiras têm participado ativamente, com a publicação de textos produzidos especificamente para a rede.
[14:27] <elodialebourg> Além deles, professores de todo o país estão contribuindo com relatos de experiência e com a publicação de materiais relacionados ao foco da rede.
[14:27] <elodialebourg> # Slide 17 (agora sim!)
[14:27] <elodialebourg> Considerações finais
[14:27] <elodialebourg> Considerando que, na contemporaneidade, a Educação precisa ser repensada a partir de conhecimentos significativos, que possibilitem um diálogo com a realidade por meio de posturas pedagógicas engajadas e reflexivas, o professor assume um papel fundamental em todo esse processo.
[14:27] <elodialebourg> Apesar disso, esses profissionais ainda precisam lidar com uma realidade que desvaloriza seu fazer educativo, gera angústia e adoecimento:
[14:28] <elodialebourg> baixos salários, elevada carga horária, violência, mal estar, entre outros.
[14:28] <elodialebourg> A necessidade de rever a educação escolar é clara, mas complexa.
[14:28] <elodialebourg> Reformular leis, repensar culturas e olhares e alterar estruturas só acontecerá, eficazmente, a longo prazo.
[14:28] <elodialebourg> Mas o professor existe HOJE nas escolas e necessita de um sentido para sua atuação profissional.
[14:28] <elodialebourg> Muitos, por razões variadas, não conseguem.
[14:29] <elodialebourg> Mas outros persistem, “burlam” as regras do sistema e criam estratégias de resistência.
[14:29] <elodialebourg> A criação da rede Professores transformadores vem contribuir com o dia a dia desses professores, permitindo que criem um espaço de acolhimento, interação e identificação.
[14:29] <elodialebourg> # Slide 19
[14:29] <elodialebourg> Principais referências usadas na construção deste relato
[14:29] <elodialebourg> COUTRIM, Rosa Maria da Exaltação; CUNHA, Maria Amália de Almeida. Escolha ou destino? A influência intergeracional na vida de jovens egressos do Ensino Médio. Revista Contemporânea de Educação, n. 12, p. 173-194, ago./dez. 2011.
[14:29] <elodialebourg> DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sociocultural. In: _______. Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996, p. 136-161.
[14:29] <elodialebourg> SOUZA, Cirlene; LEÃO, Geraldo; PINTO, Manuel. A tessitura do processo de midiatização: a interação entre juventude, mídia e escola. In: PINTO-COELHO, Z; FIDALGO, J (eds.). Comunicação e cultura: II Jornada de Doutorandos em Ciências da Comunicação e Estudos Culturais. Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho, 2013, p. 221-237.
[14:30] <elodialebourg> PAULA, Simone Grace de. Professor reflexivo (verbete). In: SOUZA, João Valdir Alves de; GUERRA, Rosangela (orgs.). Dicionário crítico da Educação. Belo Horizonte: Dimensão, 2014.
[14:30] <elodialebourg> #Slide 20
[14:30] <elodialebourg> Obrigada! Vamos conversar?
[14:30] <alessandrakabke> eu achei muito legal a apresentação
[14:31] <elodialebourg> Que bom, Alessandra!
[14:31] <valdete> Parabéns, Elô!
[14:31] <alessandrakabke> e acho que poderíamos ter um grupo de discussão
[14:31] <elodialebourg> Obrigada, Valdete!
[14:31] <Debora> Parabéns! Muito legal seu trabalho!
[14:31] <Nanda> Há muitas propostas transformadoras no campo das tecnologias da informação? Poderia relatar uma.
[14:31] <alessandrakabke> na EAD pq não?
[14:32] <alessandrakabke> eu me considero uma professora transformadora!
[14:32] <elodialebourg> Oba! Que legal, Alessandra!
[14:32] <alessandrakabke> aqui no sul, as nossas escolas estaduais são precárias e faço tudo o que posso....
[14:32] <valdete> Elô, queria que vc falasse pra gente quais tem sido as suas maiores alegrias e dificuldades na criação de rede Professores transformadores.
[14:33] <alessandrakabke> como minha área é a informática, eu nesse momento estou trabalhando com o que eles mais pedem
[14:33] <elodialebourg> Alessandra, lidar com essa precarização é sempre muito complicado. Tentamos "burlar" determinados obstáculos, mas nem sempre é possível...
[14:33] <alessandrakabke> é verdade....
[14:33] <alessandrakabke> mas tento
[14:33] <elodialebourg> Tenho, então, três respostas: para Nanda, Alessandra e Val, certo?
[14:33] <valdete> ok.
[14:34] <alessandrakabke> ok
[14:34] <elodialebourg> Nanda, virtualmente atendemos professores de todo o Brasil e de várias realidades.
[14:34] <adelmaa> Parabéns Elô, pela belíssima e transformadora ideia.
[14:34] <luciana_> Um trabalho realmente inspirador. Parabéns.
[14:34] <elodialebourg> Procuramos, especialmente no grupo de discussão, trabalhar a questão das tecnologias da informação, mas esta ainda é uma opção pouco procurada por muitos dos que nos acessam - ainda que nos acessem no Face!
[14:35] <alessandrakabke> ah sim..
[14:35] <Nanda> Interessante!
[14:35] <alessandrakabke> acredito que as tecnologias ainda estão na idéia de "mudança de paradigmas"
[14:36] <elodialebourg> Alessandra, há em nossa rede, muitos colegas professores que trabalham com EAD. Eu sou professora tutora da UFOP. Quem sabe podemos conversar um pouco mais também depois do chat e você me conta melhor da sua proposta? (Olha a Elô já procurando parceiros, gente!)
[14:36] <luciane> Parabéns Elo, muito bom gosto de inovações
[14:36] <elodialebourg> Nanda e Alessandra: é preciso mudar paradigmas sim...
[14:36] <manuelalvaross> Estou pesquisando sobre as implicações da tecnologia dentro da linguagem e estou tendo enorme dificuldade em encontrar referencias
[14:37] <alessandrakabke> sim podemos...
[14:37] <luciana_> e ainda há muito receio de se adotar tecnologias...é uma cultura que começa a se delinear.
[14:37] <elodialebourg> Em minha região, as escolas ainda têm resistência com aulas que envolvem uso de tecnologias e mídias...
[14:37] <alessandrakabke> mas as 3:30 eu tenho aula...
[14:37] <wandufla> PArabéns pelo trabalho, acho muito interessante essa temática, mas em se tratando de escola publica, temos encontrado muitas barreiras. Como vocês tem feito pra enfrentar principalmente em escolas com poucos recursos?
[14:37] <Nanda> Penso que é um campo interessante a explorar... Trabalho no laboratório de informática de uma escola municipal aqui em Juiz de Fora-MG e enfrento todo tipo de resistência!!!
[14:37] <alessandrakabke> elodia me passa seu e-mail
[14:37] <elodialebourg> ehlebourg@yahoo.com.br
[14:38] <elodialebourg> No Face: Elô Lebourg
[14:38] <alessandrakabke> ok
[14:38] <alessandrakabke> vou te procurar..
[14:38] <wendel> Muito legal Elô... Estou desenvolvendo uma dissertação com o tema AS IMPLICAÇÕES DA TECNOLOGIA NO TRABALHO DOCENTE. Você pode me indicar referências?
[14:38] <elodialebourg> Então, Nanda e Wandufla, nosso principal ponto é trabalhar a valorização do professor frente a tantos problemas.
[14:39] <alessandrakabke> acho que esse ponto é importantíssimo...mas acredito que a Direção da escola deve iniciar com essa valorização
[14:39] <elodialebourg> Não seguimos fórmulas específicas, mas acreditamos que um professor empoderado fortalece sua atuação mesmo em escolas nas quais ele tem poucos recursos e enfrenta a resistência da equipe escolar.
[14:39] <elodialebourg> Posso sim, Wendel. Você pode me contatar à parte para eu te mandar?
[14:40] <elodialebourg> Todos devem trabalhar pela valorização do professor, especialmente ele mesmo, ou seja cada um de nós.
[14:40] <alessandrakabke> converso com muitas amigas que dizem algumas Diretoras são meio "complicadas"
[14:40] <Nanda> Também acho, Elodia
[14:40] <wendel> Ok! brigadim
[14:40] <elodialebourg> Algumas são mesmo, Alessandra!
[14:40] <elodialebourg> Dinadim, Wendel! rs
[14:41] <alessandrakabke> concordo com você Elodia
[14:41] <rivaniatrotta> Elô, parabéns pela iniciativa de criação do grupo Professores Transformadores!
[14:41] <elodialebourg> Obrigada, Rivânia!
[14:41] <Nanda> Na minha escola só escuto que querem bloquear o facebook... Não é por aí
[14:41] <luciana_> Wendel, minha tese foi sobre a formação do professor para o uso da tecnologia. Talvez vc encontre algo útil no trabalho, posso te encaminhar.
[14:41] <alessandrakabke> ah concorso
[14:41] <elodialebourg> Não mesmo, Nanda... Temos publicado iniciativas muito bacanas sobre o uso do Facebook na educação.
[14:42] <alessandrakabke> concordo, podemos trabalhar muito com o face
[14:42] <elodialebourg> Inclusive posso mandar um ebook sobre isso pra quem quiser! É só me pedir depois!
[14:42] <alessandrakabke> eu uso junto com a professora de português
[14:42] <elodialebourg> Mas, aqui, pessoal, a minha proposta não é tanto o uso da tecnologia em sala de aula.
[14:42] <Ju> Elô, gostaria de saber a motivação inicial.  Aquela anedótica, sabe? Mas, essencialmente COMO surgiu o projeto?
[14:42] <elodialebourg> O Professores transformadores não existe com essa finalidade.
[14:42] <alessandrakabke> sim, eu sei
[14:42] <adelmaa> Pessoal, trabalho no curso de Especialização Mídias na Educação da UFOP e o e tenho visto é o medo das tecnologias como instrumento utilizado nas práticas pedagógicas,mas quando esta resistência é quebrada tenho exemplo de inúmeros trabalhos de ponta defendidos por professores de escolas públicas.
[14:42] <alessandrakabke> a nosa valorização
[14:42] <Romeluz> Não consigo visualizar.
[14:43] <alessandrakabke> opa nossa
[14:43] <Nanda> Pois é, mas isso sempre parte da gestão. E ficamos resistentes, mas penso que se não tiver um projeto consistente para utilizá-lo não teremos êxito.
[14:43] <Alida> Cheguei agora! Tenho investigado jovens professores em início de carreira e a relação com as redes sociais têm aparecido nos relatos de experiências destes docentes de modos variados. Há alguma pesquisa neste sentido, para além do uso pedagógico em sala de aula, mas focando no uso pessoal que os sujeitos docentes fazem das Redes? Obrigada!
[14:43] <elodialebourg> A nossa ideia é justamente falar sobre o professor.
[14:43] <alessandrakabke> eu me sinto gratificada ao chegar no final do ano e os alunos passarem de ano e me agradecerem
[14:43] <alessandrakabke> o que aprenderam
[14:44] <elodialebourg> Alida, tem sim! Posso te passar à parte?
[14:44] <elodialebourg> Respondendo à Ju:
[14:44] <alessandrakabke> recentemente tive a visita de uma aluna que me agradeceu pois fez um concurso público e caiu a matéria de informática, o que ela tinha estudado comigo
[14:44] <Alida> Pode sim! alidamail@gmail.com
[14:44] <elodialebourg> A motivação para iniciar a rede Professores transformadores veio da minha própria atuação docente.
[14:44] <Romeluz> por favor, onde consigo o código para abrir os slides?
[14:44] <elodialebourg> Eu, enquanto professora, me sentia só nas escolas nas quais trabalhei.
[14:44] <elodialebourg> Código: elodia
[14:45] <elodialebourg> Os meus colegas professores não eram meus "pares".
[14:45] <Nanda> E conseguiu adeptos dentro da escola ou só fora dela?
[14:45] <alessandrakabke> ah ainda existe isso a rivalidade...aqui existe
[14:45] <Alida> Elodia, sua entrada na rede se deu inicialmente para contato com os pares (outros profs), com os alunos, como foi?
[14:45] <elodialebourg> Eu percebi, então, que se, mesmo fora da escola, eu estivesse em contato com outros professores admiráveis, eu me sentiria mais forte...
[14:45] <elodialebourg> Procurei uma rede então...
[14:45] <elodialebourg> Não encontrei...
[14:45] <elodialebourg> Daí fui e criei uma!
[14:45] <Alida> Que interessante!
[14:46] <Romeluz> obrigada
[14:46] <Debora> Muito bom!
[14:46] <elodialebourg> Alguns professores das escolas nas quais trabalhei estão por perto.
[14:46] <elodialebourg> A maioria não.
[14:46] <Debora> Ótima iniciativa, estou adorando!
[14:46] <elodialebourg> A pergunta da Valdete agora, pode ser?
[14:46] <valdete> ôba!
[14:46] <elodialebourg> (Se eu perder alguma, por favor, me avisem...)
[14:46] <Alida> Ok!
[14:47] <elodialebourg> Fazer a rede funcionar dá um trabalho enorme... Foi preciso estudar, ouvir, desistir de alguns caminhos, ir por outros...
[14:47] <elodialebourg> E, claro, criar coragem para concretizá-la de fato.
[14:47] <elodialebourg> Nestes cinco meses, tenho trabalhado muitas horas diárias no Professores transformadores.
[14:47] <elodialebourg> Porque temos página, grupo, site e ações locais.
[14:48] <elodialebourg> A alegria é ver toda essa engrenagem funcionando...
[14:48] <elodialebourg> Professores de todo o país chegando e contando suas histórias pra gente...
[14:48] <elodialebourg> Os colunistas, como a Valdete, escrevendo pra rede...
[14:48] <Nanda> Muito legal!
[14:48] <elodialebourg> As ações locais lotadas de professores...
[14:49] <alessandrakabke> acho muito boa essa troca
[14:49] <elodialebourg> As dificuldades são subjetivas... O medo e a insegurança de não dar conta, de não ter todas as respostas... essas coisas bem "gente"!
[14:49] <elodialebourg> Ah, algumas pessoas causam probleminhas também... É preciso saber contorná-los!
[14:49] <alessandrakabke> sim, eu respeito e sigo em frente..
[14:50] <elodialebourg> E vejam, por isso, lá em cima, eu comentei que a gente não se atém somente às tecnologias...
[14:50] <alessandrakabke> se eu tiver certeza do que estou fazendo, não dou bola e faço
[14:50] <valdete> É um trabalho lindo, Elô!
[14:50] <elodialebourg> Nosso foco é outro!
[14:50] <adelmaa> Você conta com quantos colaboradores normalmente, Elô?
[14:50] <elodialebourg> Alessandra, às vezes eu "dou bola", daí eu vou pra Val, choro e melhoro! kkkkkk
[14:50] <valdete> Elô, obrigada pela resposta.
[14:50] <alessandrakabke> ha,ha,ha
[14:50] <elodialebourg> Adelma, temos, no momento, sete colunistas (nossa meta é 10).
[14:50] <alessandrakabke> eu choro em casa as vezes......
[14:51] <valdete> Estou sempre à disposição! rs,rs.
[14:51] <elodialebourg> Além dos colunistas, eu lanço chamadas específicas para cada ação.
[14:51] <elodialebourg> Por exemplo: na ação com as professoras do Bento e de Paracatu, nosso grupo tem 10 componentes.
[14:51] <adelmaa> Mas quem alimenta a rede de divulgação? Todas?
[14:51] <elodialebourg> Por enquanto, eu.
[14:51] <alessandrakabke> poderíamos criar um projeto de "Relato de experiências"
[14:52] <alessandrakabke> e trocarmos nossas idéias em determinados assuntos
[14:52] <alessandrakabke> acho que as idéias boas, renovam....
[14:52] <elodialebourg> Adelma, no grupo, todo mundo posta livremente (dentro do tema, claro). Dali eu obtenho material para a página.
[14:52] <Ju> Obrigada pela resposta, Elô! Além de inspiradora, acredito que sua sensação de "estar sozinha" não é única. Como funciona o grupo de discussões?
[14:52] <elodialebourg> O site contém os textos dos colunistas e os relatos de nossas ações.
[14:52] <adelmaa> Alessandra ,você acredita que no stis no mês passado a gente discutiu o ensino de português  como segunda língua e lá vimso esta necessidade também de divulgar as boas ações.
[14:52] <elodialebourg> Ju, o grupo de discussões é esse que contém 650 professores.
[14:53] <elodialebourg> Logicamente não são todos os frequentes, mas temos uma boa porcentagem bem presente.
[14:53] <alessandrakabke> ah, poderíamos ter uma Rede...
[14:53] <alessandrakabke> e guardarmos esse material,
[14:53] <elodialebourg> Ali, geralmente, os participantes postam conteúdos e, por adesão livre, o diálogo acontece.
[14:53] <alessandrakabke> eu gosto muito de ter uma referência, sabe....
[14:54] <elodialebourg> Boas ações de professores merecem ser divulgadas. Parte da imagem que o senso comum tem de nós é muito duvidosa.
[14:54] <elodialebourg> É preciso desconstruir essa imagem.
[14:55] <elodialebourg> E divulgar boas iniciativas (ainda que não sejam inovadoras) é fundamental para isso.
[14:55] <elodialebourg> Valdete, quer aproveitar e comentar um pouco sobre seu olhar enquanto colunista e parceira?
[14:56] <valdete> Penso que, muitas vezes, a mídia contribui para essa imagem depreciativa do trabalho docente. As boas práticas são pouco noticiadas. É nesse momento que o Professores transformadores atua.
[14:56] <elodialebourg> Creio que ele pode complementar o meu.
[14:56] <Nanda> Precisamos de espaço para divulgar nossas ações. Ainda não temos o hábito de compartilhar boas experiências.
[14:56] <elodialebourg> Oh!
[14:56] <wandufla> Nós enquanto professores temos que fazer com nossos alunos as mudanças que achamos necessárias. independente do que os diretores ou suprevisores achem.
[14:56] <elodialebourg> Concordo muito com você, wandufla.
[14:56] <wandufla> Novas experiencias só servem pra enriquecer a vida tanto estudantil e muitas vezes pessoal daquele aluno que muitas vezes ja pensa ate mesmo em desistir dos estudos
[14:56] <elodialebourg> É preciso resistir.
[14:57] <elodialebourg> Como eu disse nas considerações finais da minha apresentação:
[14:57] <Ju> Rola "muro das lamentações?" Muitas visões pedagógicas em conflito?
[14:57] <elodialebourg> "A necessidade de rever a educação escolar é clara, mas complexa. Reformular leis, repensar culturas e olhares e alterar estruturas só acontecerá, eficazmente, a longo prazo. Mas o professor existe hoje nas escolas e necessita de um sentido para sua atuação profissional. "
[14:57] <rivaniatrotta> Elô, a partir dessa sua experiência, você pode delinear o que de fato empodera os professores?
[14:57] <valdete> Sim, Elô! Considero extremamente importante a possibilidade de formação continuada que o Projeto oferece. Aprendemos uns com os outros e nossas experiências contribuem com a prática dos colegas.
[14:57] <adelmaa> A mídia é movida por pequenos grupos ligados em grande parte a rede de ensino privada. A quem interessa divulgar boas ações que aocntecem nas escolas públicas?
[14:58] <elodialebourg> Ju, não rola não... Lembra lá do slide 3? Já saímos da queixa e fomos pra fase da transformação!
[14:58] <elodialebourg> Agora, é claro que, se precisar, a gente dá um colo... Mas acho que só aconteceu uma ou duas vezes até hoje...
[14:58] <manuelalvaross> O mais dificil e acredito eu um pouco desmotivante; é o descomprometimento dos gestores com uma educação de qualidade
[14:58] <adelmaa> Nós que temos que nos unir como fizeram os estudante da escolas estaduais de São Paulo e mostrar nosso poder mobilizador e de mudança.
[14:59] <elodialebourg> Rivânia, são muitos os fatores, pelo que tenho percebido, que empoderam os professores. Um deles é sentir-se admirado.
[14:59] <elodialebourg> O acolhimento no grupo, a possibilidade de existir um local, ainda que virtual, que o aplauda, é algo importante para os professores que estão com a gente, em rede.
[14:59] <valdete> A Rivânia citou uma questão importante: o empoderamento docente. Há alguns dias, escrevi um texto sobre os conceitos de vitimização, culpabilização e empoderamento. Se tiverem interesse, confiram lá na página da rede.
[15:00] <elodialebourg> Mas, de forma geral, observo que muitos já chegam empoderados, eles já são transformadores.
[15:00] <adelmaa> Talvez não seja <manuelalvaross> o descomprometimento, mas a não formação dos gestores para a função que exercem. Temos muito que mudar ainda. Este é um gargalo da educaçõa que ainda não conseguimos ultrapassar.
[15:01] <elodialebourg> Manuel, assim como você, essa questão política me angustia, mas essa ideia de que o professor é professor hoje me move e me faz acreditar na importância da rede para contribuir em repensar um sentido para a prática docente.
[15:01] <rivaniatrotta> Precisamos sentir que nossa atuação faz sentido, não é?
[15:01] <Nanda> Tentamos fazer isso no curso de gestão da educação pública profissional, em que atuo como tutora
[15:02] <Alida> Pela discussão que está sendo realizada e pensando na rede, para mim, uma das formas mais interessantes hoje de empoderamento está na construção do professor como sujeito coletivo.
[15:02] <elodialebourg> Vou tentar inserir o link do texto citado pela Valdete aqui:
[15:02] <elodialebourg> http://professorestransformadores.strikingly.com/blog/culpabilizacao-vitimizacao-ou-empoderamento-docente-53d3b546-169f-47ff-bfbd-bb3670c8ce5c
[15:02] <valdete> Penso que há uma relação entre empoderamento e identidade. O professor que percebe a importância do trabalho que exerce e o poder de transformação do mesmo, tende a ser mais comprometido e adotar uma postura mais positiva.
[15:02] <elodialebourg> (Mas leiam depois! Fiquem todos aqui! rs)
[15:03] <valdete> Por favor, podem opinar e criticar! rs, rs.
[15:03] <Alida> A construção de espaços e tempos coletivos, presenciais ou virtuais, pra mim, é um caminho muito promissor. A transformação efetiva não vai ser individual, mas coletiva. Acho que os meninos de SP estão dando uma aula pra nós mesmo!
[15:04] <elodialebourg> Concordo com a Rivânia! Esse sentido é fundamental para a vida do professor até enquanto indivíduo. Imagina que "massacrante" a rotina de um professor de Educação Básica que não acredita no que faz, que desistiu?
[15:04] <elodialebourg> O Professores transformadores, Alida, já formalizou seu apoio ao movimento protagonizado pelos estudantes de SP!
[15:05] <rivaniatrotta> Alida, concordo com você, a força vem do coletivo das conexões que estabelecemos. E o movimento dos Professores Transformadores reforça isso.
[15:05] <Alida> Sim! E acho que esta formalização se dá porque o "Profs. Transformadores" também se coloca neste lugar de protagonista!
[15:06] <adelmaa> Eu acredito que ao empoderar o aluno, dar ao aluno protagonismo nas açoes em sala de aula, o processo de empoderamento se instala e torna-se mais evidente a boa colheita de bons frutos.
[15:06] <elodialebourg> É impressionante, pessoal, a adesão de professores e estudantes de licenciaturas à rede. É preciso diminuir essa sensação de solidão tão comum aos professores.
[15:06] <wendel> Verdade Elô...
[15:06] <Guest46603> Verdade
[15:06] <Alida> Perfeito, Elô!
[15:07] <elodialebourg> Isso aí, Adelma, e somente um professor empoderado dá conta de empoderar uma turma inteira de alunos (ou parte delas).
[15:07] <elodialebourg> Posso contar rapidamente um relato?
[15:07] <rivaniatrotta> Sim.
[15:07] <adelmaa> O STIS tenta dar vez e voz a todo esses atores e também convidar todos a ter acesso a todos as pesquisas que acontecem nas universidades do Brasil e ao redor do mundo.
[15:08] <elodialebourg> Eu moro em Ouro Preto e estamos aqui, pertinho de Mariana.
[15:08] <elodialebourg> Todos estamos vivendo e vendo os dramas provocados por essa catástrofe.
[15:08] <Debora> sim
[15:08] <elodialebourg> Tivemos, então, vontade de ajudar de alguma forma.
[15:08] <elodialebourg> Pensamos primeiro nas crianças, mas depois "caiu a ficha": nosso foco são os professores.
[15:09] <elodialebourg> (Vejam, até a gente, numa rede de professores, fez essa confusão...)
[15:09] <elodialebourg> Estamos, então, reunindo textos para embasar as rodas de conversas que pretendemos fazer, se as professoras do Bento e de Paracatu, concordarem.
[15:09] <Guest46603> Realmente
[15:10] <elodialebourg> Com isso, outro ponto que percebemos: nossa dificuldade em localizar artigos que falem do professor em situação de catástrofe.
[15:10] <rivaniatrotta> Elô, acho que é automático, numa tragédia, tendemos a nos preocupar com as crianças, em primeiro lugar.
[15:10] <elodialebourg> Não tem! Ou tem poucos...
[15:10] <elodialebourg> Sim, Rivânia, mas sabe que a gente só reparou quando percebemos que tinha um monte de gente indo brincar com as crianças?
[15:10] <Ju> Professores Anônimos , invisíveis,,,
[15:10] <Romeluz> muito boa as reflexões, meus alunos de Letras IFG( Goiânia) agradecem a oportunidade de refletir sobre a profissão que decidiram seguir.
[15:11] <elodialebourg> Enfim, para os nossos estudos, estamos usando textos que falam de catástrofes em comunidades, com famílias, crianças... Mas não tem nada sobre o professor...
[15:11] <elodialebourg> E por que estou contando isso?
[15:11] <Romeluz> gostariamos de manter contato com  esta rede
[15:11] <elodialebourg> Porque isso me faz perceber a importância de nos consolidarmos enquanto rede(s).
[15:12] <manuelalvaross> justamente!
[15:12] <adelmaa>  Elô, procure no site da ONU e das organizações não governamentais.
[15:12] <elodialebourg> Que ótimo, Romeluz - você é bem vindo! Fique perto sim!
[15:12] <Romeluz> obrigada
[15:12] <rivaniatrotta> É verdade, Elô. Os professores precisam do acolhimento dessa rede.
[15:13] <elodialebourg> Desde a segunda-feira estas professoras já estão trabalhando! Elas estão, agora, na escola, com as crianças.
[15:13] <elodialebourg> E, até agora, ninguém problematizou sobre o cuidado que elas precisam (não só enquanto professoras, certamente).
[15:13] <Guest46603> Que notícia tão boa!
[15:13] <Alida> Ótimo! Com uma rede em ação, seria possível mobilizar professores de outras partes do Brasil como, por exemplo, de escolas atingidas por barragens ou localizadas em ocupações, para rodas de diálogos, presenciais ou virtuais.... (só pensando alto)
[15:14] <elodialebourg> Então, nos Professores transformadores, a gente acaba tendo múltiplos recortes e áreas de atuação. Porque a gente vai acatando as demandas que vão surgindo localmente ou virtualmente...
[15:14] <elodialebourg> Obrigada por pensar alto, Alida! <3
[15:15] <Alida> Eu trabalho com licenciatura em Educação do campo e é possível tentar estas articulações, sabe? Se vai dar certo, não sabemos, mas dá pra tentar!
[15:15] <wsalesmkt> Oi
[15:15] <Alida> Onde trabalho também tem licenciatura indígena...
[15:15] <wsalesmkt> Não estou conseguindo ver nada só a conversa.. srsr
[15:15] <wsalesmkt> É isso mesmo. rs
[15:15] <elodialebourg> Já existe uma rede, no meu entorno, bem consolidada. Nos últimos cinco meses, eu conheci, ainda que virtualmente, centenas de pessoas e conto com muitas delas como referência! Esse é um grande potencial da rede e muitos participantes já entendem isso!
[15:16] <elodialebourg> Justamente, Alida... Mesmo que não dê "certo", até lá você já terá se articulado com novas pessoas, aprendido, ensinado e - gosto de brincar com isso: - se divertido!
[15:17] <elodialebourg> wsalesmkt, o código para os slides é elodia
[15:17] <adelmaa> Sem dúvida nenhuma! Aliais eu acho que o poder dets rede está em (I) todos perceberem que tem algo seu, de particular nesta ideia; (ii) na identidade do grupo e (ii) presença pares para discutr suas dores ,seus acalentos, e suas satisfações. No se sentir acolhido.
[15:17] <elodialebourg> Bingo, Adelma!
[15:18] <Alida> sorriso
[15:18] <elodialebourg> Isso é muito importante em toda ideia de rede: pensar o coletivo, mas manter a identidade pessoal valorizada!
[15:18] <wsalesmkt> Blz... acessado!
[15:18] <rivaniatrotta> Elô e Valdete, parabéns por esse trabalho tão significativo! Obrigada por essa discussão. Infelizmente, precisarei sair. Abraços.
[15:18]  * Romeluz slaps Romeluz around a bit with a large fishbot
[15:19] <Romeluz> desculpa, só testando
[15:19] <wsalesmkt> Elodia, tem áudio?
[15:19] <Romeluz>  sorriso
[15:19] <alessandrakabke> elodia
[15:19] <elodialebourg> Rivânia, obrigada por sua participação! Bom demais ter você por perto!
[15:19] <alessandrakabke> parabens
[15:19] <elodialebourg> wsalesmkt Não tem áudio, são só slides.
[15:19] <elodialebourg> Obrigada, Alessandra! Procura a gente no Face!
[15:20] <elodialebourg> E vocês, pessoal?
[15:20] <wsalesmkt> Ok, então!
[15:20] <elodialebourg> Dentro da nossa proposta, podem contribuir com alguma dica ou ideia?
[15:20] <Romeluz> ok, obrigada pela oportunidade, manteremos contato pelo facebook, uma boa tarde a todos.
[15:21] <valdete> Desculpem. Parece que enviem um código estranho sem querer.
[15:21] <valdete> Enviei
[15:21] <elodialebourg> Boa tarde, obrigada por sua participação Romeluz.
[15:21] <elodialebourg> Ué, Val, não vi...
[15:21] <Nanda> Obrigada por divulgar seu trabalho. Vou procurar o site. Parabéns pelo excelente trabalho!
[15:21] <adelmaa> Essa é a paixão que movimenta nosso grupo no Grupo Texto Livre! Que nos une enquanto professores, cidadãos, pais e também eternos aprendizes que somos. Nos unimso na dor, na revolta de ver noss aeducação sendo relegada a planos últimos, mas também vibram com as conquistas dos seus companheiros, dos alunso, na expressão de empatia da comunidade pelo seu docente trabalho realizado. Não tem preço!
[15:22] <valdete> Ainda bem! Mas, aparece para mim aqui. Melhor assim!
[15:22] <Guest46603> Esse aspecto de valorização do professor é algo que realmente tem que ser pensado
[15:22] <elodialebourg> Isso, Adelma! O "copo meio cheio"!
[15:22] <cidaviegas> Parabéns pelo trabalho!
[15:22] <elodialebourg> Obrigada, Cida!
[15:23] <valdete> Linda apresentação, Elô!
[15:23] <daniervelin> obrigada, professora elodialebourg !
[15:23] <elodialebourg> Obrigada, Val!
[15:23] <elodialebourg> Nosso site:
[15:23] <elodialebourg> professorestransformadores.strikingly.com
[15:23] <daniervelin> agradecemos a participação de todos!
[15:23] <valdete> Prezados, venham para o Professores transformadores! Serão muito bem-vindos!
[15:23] <Guest46603> Com certeza
[15:23] <elodialebourg> Espero que tenham gostado de conhecer nossa rede. Uma forma leve e bonita da gente se sentir professor...
[15:24] <daniervelin> o Stis retorna em março, não é isso, adelmaa ?
[15:24] <Guest46603> isso é muito bom
[15:24] <elodialebourg> Isso mesmo: é só chegar, pra gente ir transformando junto...
[15:24] <elodialebourg> Se precisarem falar + comigo, estou no Face: Elô Lebourg.
[15:24] <Guest46603> já vou te localizar no face agora
[15:25] <adelmaa> Professores trabsformadores divulguem nosso STIS - canal gratuito de letramento digital também.
[15:25] <luciana_> Obrigada por compartilhar um trabalho tão bonito, Elô.
[15:25] <elodialebourg> Sim, contem com a gente!
[15:25] <elodialebourg> Aliás, todos vocês: fizeram um trabalho relacionado à Educação que ficou bacana? Mandem pra gente divulgar!
[15:25] <Alida> Uma ideia: fazer uma "chamada" especial de final de ano para que os profs compartilhem o que viveram de mais significativo/prazeroso neste ano?
[15:25] <elodialebourg> Vocês podem escrever também, como colunistas ou autores livres!
[15:26] <elodialebourg> Que legal, Alida!
[15:26] <adelmaa> Infelizmente nosso evento só acontece uma vez por mês, mas todos vocês podem acessar nossas conferências na nossa página em registros.  Gostaríamos de agradecer a nossa conferencista convidada profª Elódia Lebourg  pela brilhante participação.
[15:26] <adelmaa> A conferencista está  convidada a submeter um texto sobre os temas apresentados na revista Texto Livre
[15:26] <adelmaa> Esse foi o último STIS de 2015, um ano em que todos os meses tivemos conferências com professores e pesquisadores renomados de diversas partes do nosso país.
[15:27] <adelmaa> Para ter acesso a todas as palestras do STIS basta clicar do lado direito da página em registro, em seguida clicar na palestra escolhida  e quando esta janela se abrir clicar abaixo dos resumo em onde esta escrito registro aqui (em azul
[15:27] <elodialebourg> Alida, anotei sua ideia aqui!
[15:27] <adelmaa> Para receber o certificado deste evento basta encaminhar uma mensagem para o STIS neste endereço:   stis@textolivre.org com os seguintes dados: nome completo e apelido usado durante o evento.
[15:27] <alessandrakabke> eu gostei muito...
[15:27] <alessandrakabke> nos encontramos nos próximos
[15:27] <alessandrakabke> abraços e mais uma vez parabéns!!!
[15:27] <Guest46603> Meu apelido aqui no chat ficou estranho
[15:28] <elodialebourg> Alessandra, procura a gente no Face, pra seguirmos juntas!
[15:28] <alessandrakabke> ok
[15:28] <alessandrakabke> irei sim
[15:28] <adelmaa> O STIS é um ebvento que acontece nos meses de março a junho e de agosto a novembro sempre na última sexta-feira do mês.
[15:28] <alessandrakabke> abraços e tenho aula agora
[15:28] <elodialebourg> Obrigada, Adelma, pelo convite! Adorei participar e, claro, conhecer você!
[15:28] <Alida> Não conhecia estas conferências e gostei demais! Vou voltar! Parabéns! Seguimos transformando!
[15:28] <elodialebourg> Boa aula, Alessandra!
[15:28] <alessandrakabke> abraços
[15:28] <alessandrakabke> a todos
[15:28] <adelmaa> Todos as noss ocmferência se encontram na noss paginap ara leitura e citação em trabalhos acadêmciso.
[15:28] <valdete> Obrigada pela oportunidade. Boa tarde a todos vcs. Abraço.
[15:29] <elodialebourg> Que lindo trabalho, Adelma!
[15:29] <elodialebourg> Obrigada, Valdete, pela presença! Logo mais passo na página pra reler seu texto!
[15:29] <adelmaa> O STIS é um evento que acontece nos meses de março a junho e de agosto a novembro sempre na última sexta-feira do mês.
[15:30] <valdete> Sim, Elô.
[15:30] <valdete> Muito bom saber, Adelma. Obrigada.
[15:31] <daniervelin> por favor, para pedir certificados, escrevam com cópia para: daniervelin@gmail.com
[15:31] <daniervelin> para que possa providenciar os certificados de forma mais rápida
[15:31] <adelmaa> Nãopoderi deixar de agradecer a todos do grupoTexto Livre - STIs que fazem comque este vento aocnteça de forma primorosa: Profa Ana Cristina Frcoke, Matte, Profa Danierveli, profa Rivânia Trotta, profa Madu Ferreira, Profa Thalita Felicio, Hugleo, Prof Woodosn Forin.
[15:31] <Guest46603> escrever com cópia?
[15:32] <adelmaa> Vocês fazem um bem danado ao mundo!
[15:32] <elodialebourg> Parabéns a todos os envolvidos! A proposta de vocês é muito importante!
[15:32] <adelmaa> O STIS deseja a todos vocês uma Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações.
[15:32] <elodialebourg> Fiquei muito feliz de estar aqui hoje, fazendo parte dessa iniciativa admirável!
[15:33] <elodialebourg> Ah, sim: que 2016 seja um ano delicioso para todos! Obrigada!
[15:33] <Guest46603> elô qual é o site?
[15:34] <elodialebourg> Peraí.
[15:34] <elodialebourg> professorestransformadores.strikingly.com
[15:34] <elodialebourg> Temos página no Face também!
[15:35] <adelmaa> Obrigada pela presença sempre adorável e rica de todos os participantes.
[15:35] <Nanda> Parabéns aos organizadores do STIS. que estejamos juntos em 2016 para outros excelentes eventos como os desse ano!
[15:36] <elodialebourg> Foi um momento de aprendizado para mim! Obrigada!
[15:36] <adelmaa> Dani, valeu, meu anjo terreno, po r etse ano de atividades juntas! Você é D+!
[15:36] <Guest46603> Infelizmente não conhecia esses eventos mensais
[15:37] <adelmaa> Fazer o STIS, ao lado de feras, é um aprendizado constante!
[15:37] <Nanda> Parabéns a todos os participantes e organizadores do "Professores Transformadores".
[15:37] <elodialebourg> Obrigada, Nanda! Vem conhecer a gente no Face!
[15:37] <Nanda> Acho que ganharão novos seguidores após esse evento de hoje!
[15:38] <elodialebourg> Oba!
[15:38] <Nanda> Com certeza!
[15:38] <adelmaa> Agora é só começar a preparar  o ano calendário de 2016 do seu, do nosso STIS.
[15:39] <adelmaa> Ficamos feliz de saber que o STIS está ajudando a multiplicar os seguidores do professores transformadores.
[15:39] <adelmaa> A idei aera esta mesmo: dar visibilidade às ações educativas relevantes.
[15:40] <elodialebourg> Adelma, você é uma professora transformadora!
[15:40] <adelmaa> Deste modo conseguimos alcançar um dos nossos objetivos, Nanda!.
[15:41] <adelmaa> Nós somos, ElÔ. E o melhor de tudo é que não estamos sozinhas.
[15:41] <elodialebourg> Isso é muito importante!
[15:41] <elodialebourg> Contem comigo, contem com a nossa rede!
[15:44] <Debora> Que ótimo! Vou contarsorriso
[15:44] <Debora> Obrigada a todos!
[15:44] <Debora> Aguardo os próximos eventos, em 2016!
[15:45] <Guest46603> ultima sexta-feira de março, não é?
[15:45] <Debora> Até mais!
[15:45] <Debora> Vocês já têm o cronograma?
[15:45] <adelmaa> Temos que visibilizar as boas ações. Muitas vezes me vejo como aranha solitária, mas depois me descubro como uma formiga hiperativa em um grupo forte. Dai vejo que para a gente empurrar a roda, fazê-la girar  temos que ter comportamento de formiga ora de aranha solitária.
[15:46] <Debora> Poderiam divulgá-lo?
[15:46] <elodialebourg> Vou saindo agora, mas sigo à disposição de todos! Obrigada ao STIS pela acolhida! Obrigada, Adelma, por me ajudar a perder o medo do chat, por sua suavidade e confiança!
[15:46] <elodialebourg> Ótima analogia, Adelma!
[15:46] <adelmaa> O prazer é todo nosso, minha filha. A casa é de todos!
[15:47] <elodialebourg> Tão fofa!
[15:47] <elodialebourg> (A primeira conferencista do STIS a chamar a Adelma de tão-fofa! rs)
[15:48] <adelmaa> Elô , a profa Ana Cristina me pediu para te parabenizar pela belíssima conferência e coloca à sua dispoisção nossos canais no Texto Livre.
[15:49] <adelmaa> Ameiiiiiiiiiii o tão fofa! rsrsrsr
[15:49] <elodialebourg> Obrigada, Ana Cristina! Vamos seguir em rede, trocando, acrescentando, transformando!
[15:49] <adelmaa>  <Debora> ainda não ..
[15:50] <adelmaa> agora estamso começando a encviar os convites aos conferencistas convidados.
[15:50] <adelmaa> mas no mês de fevreiro já estraá tudo completinho ,viu!Darei ciência a todos através das redes sociias,ok!
[15:51] <Debora> OK. Vamos aguardar! Obrigadasorriso
[15:51] <adelmaa> Divulgue nosos vento.
[15:51] <Debora> sim, por favor, envie para os nossos e-mails também
[15:52] <adelmaa> Este final de ano faremos uma reformulação de nossa página no facebook para ser outro espaço de troca de informações entre nós, ok!
[15:52] <elodialebourg> Sempre que quiserem, mandem os banners que a gente divulga!
[15:52] <adelmaa> Com certeza faremos isso!
[15:53] <adelmaa> Obrigada, Elô e Waldete, pelo prazer em nos ajudar.
[15:54] <adelmaa> Só para deixá-los com um gostinho de STIS na boca... entre nossos convidados já está acertada a presença do Moran.
[15:55] <elodialebourg> Muito bom!!!
[15:55] <adelmaa> E virão masi 3-4 professores de universidade estrangeiras, pois nosso stis é internacional.
[15:55] <elodialebourg> Agora vou querer participar de todos!
[15:55] <adelmaa> Maravilha!
[15:55] <cidaviegas> muito bom!
[15:55] <elodialebourg> Parabéns!!
[15:57] <adelmaa> É estou saltitante com esta presneça. pois sou fã nª 1 do Moran!
[15:58] <elodialebourg> Feliz por isso!
[15:58] <adelmaa> Meu sonho era trazer o Chomsky, o Labov, o MOrgan Freeman para tratar de educação inclusiva de negros nos Estados Unidos.
[15:59] <elodialebourg> Então sonhe que atrai!
[15:59] <doriscarneiro> Hum quen pena cheguei no final
[16:00] <adelmaa> Para nos ajudar a colocar em discussão, a oferecer o púlpitopara as maiorias que são tratadas como minorias pelo poder público e pela sociedade.
[16:02] <elodialebourg> Adelma, que lindos os seus ideais! Que bom que, agora, estamos perto!
[16:02] <elodialebourg> Enfim, me despeço de novo (agora é de verdade) e desejo que, em breve, possamos nos reencontrar!
[16:02] <adelmaa> Querida Dóris, chegou nada... leia depois esta conferência em nosso log, em resgistros de nossa página do stis... vale muit a pena! Tenho certeza que você, como escritora e professora excepcional que és amarás esta conferência.
[16:02] <doriscarneiro> adelma saudades
[16:03] <adelmaa> Bom te ver por aqui!
[16:04] <doriscarneiro> com cereteza farei a leitura e voltarei para o diálogo sobre as práticas inovadoras na educação
[16:04] <adelmaa> Obrigada pela presença ElÕ Lebourg.vou domir muito mais rica em conhecimentos hoje.
[16:05] <adelmaa>  <doriscarneiro>não suma não,viu! Eu também estava com saudades. Minhas crias amigas não podem me deixar assim e só aparecer no final do stis não.
[16:06] <doriscarneiro> no trabalho sempre
[16:06] <doriscarneiro> rsrs
[16:07] <wendel> Parabéns a todos pela organização e pelas belas contribuições...
[16:09] <cidaviegas> Parabéns a todos!
[16:11] <adelmaa> A sala de conferências é aberta a todos. Voltem sempre!

 

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