STIS 2016
Site: | Grupo Texto Livre |
Curso: | STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC |
Livro: | STIS 2016 |
Impresso por: | Usuário visitante |
Data: | quarta, 12 mar 2025, 12:28 |
Índice
- 1. Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC 2016
- 2. Março: Tecnologias Abertas no Ensino de Línguas
- 3. Abril: Educação e Histórias significativas
- 4. Maio: Português para Estrageiros e Estratégias linguísticas
- 5. Agosto: Mobile Learning e Tradição Oral
- 6. Setembro: ESL e PLE
- 7. Outubro: LIBRAS
- 8. Novembro: Mídias e Leitura
- 9. Dezembro: Reformas educacionais
1. Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC 2016
Dados e registros das conferências e mesas do STIS 2016.
Para acessar cada uma, utilize o menu à sua direita.
2. Março: Tecnologias Abertas no Ensino de Línguas
STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Jorgelina Tallei e Carlos Castro
Conferência dupla STIS MARÇO 2016
Dia 18 de março das 15 às 17 horas, na Sala de Conferências do STIS
O uso de de tecnologias digitais abertas no ensino de línguas: relatos de experiências na UNILA e na UFMG
(Profª Ms. Jorgelina Ivana Tallei - UNILA) e (Prof. Dr. Carlos Henrique Silva de Castro - UFVJM)
Resumo: O presente artigo intenciona representar a soma de relatos de experiências de dois professores no ensino superior no que se refere ao uso de ferramentas digitais e políticas no ensino de língua. Na primeira seção do trabalho, apresentamos as considerações sobre a importância do uso de tais ferramentas no contexto de ensino, pesquisa e extensão, tendo em vista o conceito cultura bem como a importância do estudos de práticas em ambientes digitais para a aprendizagem e para diversos letramentos do mundo contemporâneo. A segunda seção é dedicada a apresentação das experiências da primeira professora, docente da Universidade Federal da Integração Latino-Americano (UNILA). A terceira seção, por sua vez, traz a apresentação das experiências do segundo professor no âmbito do seu trabalho na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (FALE/UFMG). Ao final, os docentes-pesquisadores tecem suas conclusões sobre o diálogo experimento, bem como relatam as aprendizagens que levam para suas respectivas instituições.
2.1. registro março
LOG: Jorgelina Tallei e Carlos Castro
Registro da Conferência em chat escrito, de 19 de março de 2016:
O uso de de tecnologias digitais abertas no ensino de línguas: relatos de experiências na UNILA e na UFMG
conferencistas: Jorgelina Ivana Tallei e Carlos Henrique Silva de Castro
moderador: Equipe STIS
[13:57] <adelmaa> É com imensa alegria que venho, em nome do Grupo STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC e da profª Drª Ana Cristina
[13:58] <adelmaa> Fricke Matte, dar boas -vindas a todos vocês que nos honram com sua presença: conferencistas e participantes
[13:58] <adelmaa> O Stis é um programa de conferência realizado na penúltima semana de cada mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do
[13:58] <adelmaa> tema educação livre e democrática. O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do
[13:58] <adelmaa> programa polvo denominado TEXTO LIVRE do CNPq, coordenado pela Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte
[13:58] <adelmaa> Ao longo desta caminhada o STIS tem se firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior
[13:58] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 24 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores
[13:58] <adelmaa> tais como: Carla Viana Coscarelli, Luiz Tatit, Maria Lucia Castanheira, Alemida Filho, dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres) e o Julio Paz (Argentina).
[13:59] <adelmaa> Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário
[13:59] <adelmaa> Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidados do Prof. Marcelo Buzzato.
[13:59] <adelmaa> Para que este trabalho se concretize a cada mês contamos com a colaboração voluntária de uma equipe fantástica de seres humanas altruístas
[13:59] <adelmaa> que compartilham da mesma concepção de que as mudanças na nossa sociedade só acontecerão através do acesso a educação para todos.
[13:59] <adelmaa> Assim, mais um ano de trabalho, de conferências extraordinárias, de encontros de saberes e rica de experiência se inicia hoje no STIS. Com ele, novas ideias, novos projetos, novos expectativas, anseios e vontade de compartilhar o fazer
[13:59] <adelmaa> educação de forma democrática, ou seja, com acesso gratuito a todos os interessados. Este ano o GRUPO STIS tem desejos que almejamos concretizar: ampliar ainda mais nossas parceiras com instituições
[13:59] <adelmaa> educacionais e não educacionais que queiram, como a gente, dar acesso ao conhecimento a quem desejar recebê-lo.
[14:00] <adelmaa> Para que o STIS apresente a vocês as melhores conferências e os melhores conferencistas (claro!), contamos com uma equipe formada por 12 membros voluntários, que trabalham
[14:00] <adelmaa> incansavelmente com amor, consciência e dedicação a uma só causa: fazer a diferença no mundo por meio da educação
[14:00] <adelmaa> Quero agradecer publicamente à Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte, idealizadora de todo Projeto Texto Livre, do qual o projeto STIS é uma de suas crias. Agradeço pela confiança em
[14:00] <adelmaa> mim depositada para coordenar este valioso projeto e ao meus/minhas membros da equipe STIS, nominalmente: Profª Drª Daniervelin Renata Marques Pereira (UFTM),Profª
[14:00] <adelmaa> Drª Elizabeth Guzzo de Almeida (UFMG/FAE), Prof Dr Carlos Henrique Silva de Castro (UFVJM), Profª Aline Resende Pereira Marinho , Profª Fernanda Silva (UFMG), Profª Maria do Carmo Ferreira dos Santos (UFOP), Profª Thalita Santos Felício de Almeida (UFMG),
[14:00] <adelmaa> Profª Drª Margareth de Souza Freitas Thomopoulos (UFTPR), profª mS. Marina Pontes , Profª Drª Rivânia Maria Trotta Sant'Ana (UFOP), Prof Dr Danilo Rodrigues César (UFTM),Prof. Hugo Leonardo Canalli e Prof Dr Woodson Fiorini de Carvalho.
[14:00] <adelmaa> Farei agora uma breve apresentação de nossos conferencistas convidados. Nossos dois conferencistas convidados são:
[14:00] <adelmaa> a profª Jorgelina Ivana Tallei, que possui Licenciatura em Letras pela Universidad Nacional de Rosario (2003), Mestrado em Letras - Língua Espanhola e
[14:01] <adelmaa> Literatura Espanhola e Hispano-Americana pela Universidade de São Paulo (2010) e Mestrado Profissionalizante na Área de Novas Tecnologias, pelo Instituto Universitario de Posgrado (Espanha). Doutoranda na área de Educação, no Doutorado
[14:01] <adelmaa> Latinoamericano no Programa de Pós-Graduação de Educação (FAE) da Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG). Atualmente é Professora Assistente I de Língua
[14:01] <adelmaa> Espanhola como língua adicional na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
[14:01] <adelmaa> E coordena o Núcleo de Tecnologia a Distância da UNILA. Foi Professora na Universidade Tiradentes, em Sergipe, participando da área de educação a distância, e Professora da Faculdade Pio X, também em Sergipe
[14:01] <adelmaa> Foi professora doensino médio no Centro Federal de Minas Gerais (CEFET MG). Participa como pesquisadora do Centro del Espanhol como Língua Estrangeira da Universidade de
[14:02] <adelmaa> Rosario, na Argentina, do Grupo Recursos didáticos para as aulas de ELE, da USP, e do Grupo de Pesquisa GEMALE: Elaboração e Análises de Material para ELE, da UFS.
[14:02] <adelmaa> Elabora material didático de espanhol como segunda língua destinado a estudantes brasileiros.
[14:02] <adelmaa> Nosso segundo conferencista convidado é o prof Dr. Carlos Henrique Silva Castro. Doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011-2015), é mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local pelo Centro
[14:02] <adelmaa> Universitário UNA de Belo Horizonte (2009-2010). É bacharel e licenciado em Letras/Português pela Universidade Federal de Minas Gerais (2000-2005). É Especialista em
[14:02] <adelmaa> Projetos Editoriais Impressos e Multimídia pelo Centro Universitário UNA de Belo Horizonte (2007-2008)
[14:02] <adelmaa> e em Design Instrucional para EaD Virtual pela Universidade Federal de Itajubá (2008-2009). É professor adjunto do curso de Licenciatura da Educação do Campo, habilitação Linguagens e Códigos, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Interessa-se
[14:02] <adelmaa> pela formação de comunidades virtuais de aprendizagem, pelo uso das novas Tecnologias de Informação e Comunicação na educação e pelo ensino de Português.
[14:03] <adelmaa> É uma honra recebê-los profª Jorgelina Tallei e prof. Carlos Henrique, como conferencistas convidados, em nossa sala virtual. Sejam vem-vindos!
[14:03] <adelmaa> A todos os participantes do Brasil e do exterior, gostaria de agradecer em nome de toda a equipe pela suas honrosas presenças. É um prazer tê-los conosco
[14:03] <CarlosHCastro> Muitíssimo obrigado pela oportunidade, adelmaa
[14:03] <adelmaa> nesta tarde de sexta-feira. Obrigada por nos ajudar a fazer do STIS uma ação concreta de democratização da educação de todos e para todos.
[14:03] <adelmaa> Passarei a palavra neste momento a moderadora deste evento, a profª Daniervelin, que explicará em detalhes o funcionamento de nossa conferência virtual. Obrigada, sejam bem vindos e um ótimo evento a todos!
[14:03] <marcosuemg_> OBRIGADO
[14:03] <daniervelin> Boa tarde a todos!
[14:03] <daniervelin> para quem participa pela primeira vez, explicamos que teremos 30 minutos de apresentação para cada conferencista
[14:03] <CarlosHCastro> É um prazer trazer um pouco do nosso trabalho pro STIS
[14:03] <daniervelin> a apresentação acontece apenas por escrito, no chat, ou seja, não há vídeo nem áudio
[14:03] <debora> boa tarde
[14:04] <daniervelin> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:04] <daniervelin> após as duas conferências, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas nas duas conferências
[14:04] <daniervelin> os conferencistas de hoje não utilizarão slides. Então, por favor, desconsiderem o campo ao lado para inserir código, pois ele não será necessário
[14:04] <daniervelin> vocês podem regular o tamanho do chat ajustando a coluna vertical entre as partes (ao meio desta página de internet)
[14:04] <daniervelin> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:04] <daniervelin> Profa. Jorgelina Tallei, pode começar, por favor. Obrigada por aceitar o convite do STIS
[14:04] <CarlosHCastro> Obrigado, daniervelin
[14:04] <Jorgelina> Boa tarde! Em primeiro lugar agradecer o convite e um prazer estar com vocês! Peço licencia para escrever em espanhol.
[14:05] <Jorgelina> Não fiz slides, mas penso que está claro para poder ir acompanhando. Queria também comentar que o primeiro projeto não trabalha de forma totalmente com recursos educativos abertos, mas estamos na fase de planificação para que todos os recursos educativos nas aulas sejam abertos.
[14:05] <Jorgelina> Vamos lá!
[14:05] <Jorgelina> Este trabajo explica algunos de los proyectos en el área de Lenguas en la UNILA. En especial el trabajo realizado en las clases de español y las clases invertidas.
[14:05] <Jorgelina> Para contextualizar: la UNILA (Universidad Federal de Integración Latinoamericana) tiene el llamado Ciclo Común de Estudios que es cursado por todos los alumnos de la Universidad en tres semestres.
[14:05] <Jorgelina> En esos tres semestres los alumnos cursan: Lenguas Español o Portugués, Fundamentos de América Latina y Filosofía.
[14:06] <Jorgelina> La UNILA es una universidad bilingüe, cuya vocación es la integración latinoamericana, el bilingüismo y la interculturalidad.
[14:06] <Jorgelina> Y cuenta com alumnos de muchas nacionalidades: colombianos, ecuatorianos, brasileros, paraguayos, argentinos, haitianos, cubanos, entre ellos.
[14:06] <Jorgelina> Está localizada estratégicamente en la Triple Frontera, en la ciudad de Foz de Iguazú, Paraná. Para quien quiera conocer más: https://www.unila.edu.br/
[14:07] <Jorgelina> Comenzaré a relatar mi experiencia con TIC y español.
[14:07] <Jorgelina> Para trabajar el concepto que refiere a las tecnologías de la información y la comunicación me gustaría iniciar definiendo los conceptos con los cuales he trabajado durante todo el semestre con los estudiantes de español. El primero de ellos se refiere al concepto de “clases invertidas”.
[14:07] <Jorgelina> El concepto “clases invertidas” toma prestado el término del inglés flipped classroom que significa invertir la lógica de la organización en una clase.
[14:07] <Jorgelina> El mismo surge en algunas escuelas de enseñanza secundaria de la provincia de Colorado en los Estados Unidos (EEUU) y parte de una idea de los profesores Jonathan Bergman y Aaron Samns, comienza porque sus alumnos tenían que ausentarse regularmente de las clases
[14:08] <Jorgelina> ya que muchos de ellos eran atletas.
[14:08] <Jorgelina> De esta forma, los profesores pensaron que una buena forma de resolver ese problema era grabar videos con explicaciones cortas y que luego los estudiantes lo pudieran ver en cualquier momento y el momento en que estuvieran presente en la clase lo dedicarían apenas a debatir
[14:08] <Jorgelina> y discutir las ideas a partir de esos videos.
[14:08] <Jorgelina> A medida que iban grabando las clases se dieron cuenta que los videos ayudaban a los estudiantes en el proceso de aprendizaje, así decidieron ponerlo en práctica con todo el grupo y fueron perfeccionando la técnica.
[14:09] <Jorgelina> Fue así como descubrieron un software para grabar presentaciones de power point, y grabaron más videos llevando esa metodología para todos los congresos que participaban, posibilitando de esa manera que otros profesores también la pongan en práctica.
[14:09] <Jorgelina> En relación a la metodología, las clases invertidas trabajan desde su base teórica con el concepto de las inteligencias múltiples y el pensamiento crítico. Las clases invertidas también propician pensar en una metodología mixta, o mejor dicho, la llamada “enseñanza híbrida”, que resulta de la
[14:09] <Jorgelina> combinación de dos modalidades de enseñanza, en este caso la presencial y a distancia o con diferentes usos de diversos medios digitales. Otra de sus características fundamentales es trabajar con el concepto de autonomía, que lo trabajé desde el concepto de Paulo Freire.
[14:10] <Jorgelina> Para realizar el trabajo, en un primer momento tuve en cuenta un análisis de las necesidades de los alumnos. El análisis de necesidades siempre estaba relacionado a la metodología y a los objetivos que luego serían desarrollados en la clase.
[14:10] <Jorgelina> Este análisis tuvo en cuenta el contexto de enseñanza y los objetivos que se pretendían alcanzar. Fue realizado mediante un cuestionario aplicado el primer día de clases. En el mismo se les preguntaba sobre sus intereses en el aprendizaje de la lengua y que metas querían lograr, así como, cuáles serían las herramientas que según ellos les permitiría alcanzar las metas.
[14:11] <Jorgelina> El resultado del cuestionario apuntó que el 80% de los estudiantes prefería trabajar con videos en las clases, ya que los ayudaba en el aprendizaje de la otra lengua por contener imágenes, fuentes de información y ser de corta duración.
[14:11] <Jorgelina> A partir de ese análisis decidí entonces trabajar con la pedagogía basada en proyectos, ya que a partir de varias reuniones y trabajos en grupos se tomó la decisión con el conjunto de profesores de lenguas de la UNILA de seguir esa metodología por considerarla la más adecuada dada el perfil de los estudiantes y el contexto de estudio.
[14:12] <Jorgelina> La pedagogía por proyectos trabaja a partir de temas y apuesta a un aprendizaje significativo y al trabajo colaborativo realizado en grupos. Esta metodología está ligada a la llamada Escuela Nueva, corriente de la Pedagogía.
[14:12] <Jorgelina> Propone como una de sus principales características el trabajo integrado e interdisciplinar. En el proyecto busqué trabajar con las áreas en las cuales impartía las clases, estas son: Historia y Antropología, trabajando además con los contenidos de Fundamentos de América Latina que los estudiantes aprenden em el primer semestre.
[14:12] <Jorgelina> El objetivo final es que los estudiantes trabajando en cooperación puedan crear un proyecto que apunte a temas relacionados a sus estudios. En esta metodología, los estudiantes trabajan con pequeñas tareas durante todas las clases que tienen como fin prepararlo para la realización de la investigación final.
[14:13] <Jorgelina> La autora Gloria Rincón (2003) determina algunos pasos que sigue esta metodología y que fueron seguidos en este proyecto. Según esta autora:
[14:13] <Jorgelina> Hoy, son múltiples las acepciones y usos de este término. Josette Jolibert (1994) lo define así: “es una de las estrategias para la formación de personas que apunta a la eficiencia y eficacia de los aprendizajes y a la vivencia de valores democráticos, a través de un trabajo cooperativo, de co-elaboración del plan, de co-realización, de co-teorización que debe involucrar a todos los actores: maestros-alumnos”. (2003:2
[14:13] <Jorgelina> Los pasos para realizar trabajos adoptando esta metodología son: La planificación colectiva: qué vamos aprender, cuál es el tema propuesta, con quién voy a realizar el trabajo y cómo lo voy a conseguir, cómo será evaluado el trabajo final.
[14:14] <Jorgelina> El desarrollo del proyecto: todas las tareas que se llevarán a cabo para la tarea final propuesta. Estas tareas deben tener un objetivo y guiar a los estudiantes para la ejecución del trabajo final. Es importante en esta etapa, que el profesor guie a los estudiantes en las fuentes de informaciones, le indique sitios donde buscar la información.
[14:14] <Jorgelina> La evaluación final: en la evaluación final se deben tener en cuenta todos los pasos elaborados para llegar al trabajo final.
[14:14] <Jorgelina> En este proyecto, para determinar los temas que se trabajarían en la clase se distribuyó un cuestionario al inicio del semestre y se tuvieron en cuenta los contenidos que se trabajarían en Fundamentos de América Latina, materia que dialoga en todo momento con lenguas adicionales en el ciclo común
[14:14] <Jorgelina> Los temas para los proyectos que se realizarían se dividieron de la siguiente manera:
[14:15] <Jorgelina> Diversidad, contato y fronteras lingüísticos culturales. Movilidad moderna y contemporánea Retratos culturales de América Latina Medioambiente, biodiversidad y desarrollo sostenible
[14:15] <Jorgelina> Todos los temas deberían ser trabajados en las clases y a partir de allí, los estudiantes debían escoger un tema para desarrollar un proyecto final y el profesor grabaría los videos con contenidos de la clase. Así, se tuvieron en cuenta los conceptos antes citados.
[14:15] <Jorgelina> Yo hacía la grabación de un video por clases explicando los contenidos que se trabajarían em la siguiente clase y los alumnos iban a la clase a debatir y discutir lo que ya habían visto e investigado a partir del video.
[14:16] <Jorgelina> Desde esta perspectiva pude ver que: El estudiante perfila su diseño curricular según el interés y la necesidad que le origina su entorno y su experiencia.
[14:16] <Jorgelina> El estudiante aprende haciendo. El estudiante se plantea objetivos mínimos a cumplir. El estudiante es el protagonista de todo el proceso de aprendizaje, el profesor apenas actúa como un guía, como veremos al exponer el uso de los videos en la clase.
[14:16] <Jorgelina> Es importante considerar también que hay diferentes fases en la pedagogía por proyectos que los alumnos deben seguir para llegar con éxito a cumplir su objetivo final. La primera de ellas refiere al trabajo en equipo: durante un tiempo estipulado por el profesor, en este caso el tiempo fue de 2 meses, los estudiantes deben recopilar información sobre el tema escogido por el grupo.
[14:16] <Jorgelina> La segunda parte es la de planificación, es en esta fase donde cada uno de los participantes define que tarea específica va a realizar. Y la fase de realización del proyecto, es la parte de la investigación y la puesta en práctica del proyecto. También es aquí donde los estudiantes revisan entre todos el proyecto, se consultan y corrigen entre ellos y finalmente con el profesor.
[14:17] <Jorgelina> Y por último la fase de evaluar y valorar, es la presentación del proyecto final ante el grupo, debate y comentarios entre todos. Al finalizar el proyecto los estudiantes evaluaron el proceso en el siguiente cuestionario: https://unila.typeform.com/to/tXxJc8
[14:17] <Jorgelina> De acuerdo a los resultados los estudiantes se sintieron más identificados con los videos por considerarlos más próximos a la cultura digital y su día a día. También pude observar que al principio de las actividades, los estudiantes prestaban más atención a los videos, dando menos
[14:17] <Jorgelina> atención hacia el final del proyecto. Entre los comentarios apuntados por los estudiantes podemos ver que uno de los problemas enfrentados refería a la elaboración de los videos; dado que los mismos eran simples y por ese motivo se tornaron monótonos al final del proyecto.
[14:18] <Jorgelina> Más del 60¨% del grupo afirmó haber visto todos los videos. Eso se vio reflejado en las clases, puesto que quien no veía los videos no participaba de manera efectiva en las clases. Todo el grupo concordó que los videos ayudaron para comprender mejor los contenidos de la clase, así como el 90% buscó material complementario a partir de los videos para luego debatir en las clases.
[14:18] <Jorgelina> Un 45% afirmó que aprende tanto en casa como en la Universidad, y un 9% afirmó que el aprendizaje de la lengua no resulta apenas de asistir las clases en la Universidad.
[14:18] <Jorgelina> Los videos además ayudaron a organizar mejor el estudio y que el trabajo con un manual y con videos sería lo ideal.
[14:18] <Jorgelina> Para acompañar todo este proceso y para reflexionar sobre las funciones y contenidos establecidos en el programa de estudios, fueron utilizados video clases, grabados cada semana. Así, los estudiantes de español trabajaron de la siguiente manera:
[14:18] <Jorgelina> Los lunes se grababan los videos con los contenidos que se trabajarían en las clases del día martes y del día jueves, exponiendo ejemplos y usando diferentes recursos. Los estudiantes a su vez veían los videos y realizaban preguntas y debates en el grupo de Facebook.
[14:19] <Jorgelina> El grupo pertenece al curso de Antropología, de la UNILA y se encuentra disponible en el siguiente enlace: https://www.facebook.com/groups/1406608309603550/?fref=ts.
[14:19] <Jorgelina> Todos los videos están disponibles aquí: https://www.youtube.com/user/Jorgelinat1
[14:19] <Jorgelina> Algunos de los trabajos finales presentados por los alumnos fueron los siguientes: Blog: http://integrandolaslenguas.blogspot.com.br/
[14:19] <Jorgelina> En el siguiente trabajo los estudiantes trabajaron presentando la diversidad de lenguas y culturas presente en la ciudad de Foz de Iguazú. La propuesta era por un lado acercar a los estudiantes a la realidad de su contexto de estudio y trabajar con el tema sobre fronteras y lenguas.
[14:20] <Jorgelina> Página Rede Social: https://www.facebook.com/pages/UNILA-biling%C3%BCe-cuenta-la-historia-de-Foz-de-Iguaz%C3%BA/682616085082077?ref_type=bookmark
[14:20] <Jorgelina> Este grupo escogió presentar la historia de Foz de Iguazú elaborando una página en la red social Facebook. Para ello tuvieron en cuenta aspectos trabajados en la clase sobre la estructura principal de las páginas en redes sociales. Y los temas de contenidos trabajados son sobre intercambio. La página es bilingüe, español y portugués.
[14:20] <Jorgelina> Video:
[14:21] <Jorgelina> Los videos que yo realizaba fueron grabados con la cámara del celular o de la Tablet de manera casera, no fueron editados. Es importante para dar continuidad al proyecto que la grabación de videos requiera edición y guion de todos los que serán grabados durante el semestre.
[14:22] <Jorgelina> El contexto actual de enseñanza y aprendizaje de lenguas se “re significa” todos los días y es en este contexto el papel del profesor también debe re significarse. Y es en este lugar donde las tecnologías desempeñan un rol importante en la conformación de nuevos espacios y nuevos medios de colaboración e integración.
[14:22] <Jorgelina> El proceso educativo tiene en cuenta las nuevas formas de aprender e interactuar de la sociedad informacional que afecta tanto a los profesores, a través del dominio de la didáctica específica de su formación y desarrollo profesional
[14:23] <Jorgelina> como a los aprendices que se ven en la obligación de desarrollar nuevas habilidades nuevas habilidades, a partir de las cuales, puedan codificar y decodificar mensajes, formar un pensamiento crítico y potenciar su desarrollo personal y cultural, pudiendo de este convertirse en usuarios preparados para el uso de las nuevas tecnológicas que demanda la
[14:23] <Jorgelina> sociedad.
[14:23] <Jorgelina> Así, no podemos dejar de mencionar la importancia del compromiso institucional con relación a la formación del profesorado y a la gestión y organización de recursos y herramientas necesarias para que se cumplan tales retos educativos en respuesta a los desafíos actuales de las escuelas.
[14:24] <Jorgelina> Sabemos desde hace tiempo ya que las TIC no salvarán a la educación mucho menos a la enseñanza de idiomas. Ahora bien, no podemos negar que muchas herramientas tecnológicas nos permiten la creación de nuevos espacios de aprendizaje y la inclusión de nuevas propuestas en las clases.
[14:25] <Jorgelina> Las clases invertidas han posibilitado que se trabaje en la clase utilizando diferentes herramientas atendiendo a las necesidades de los estudiantes. De igual manera, se ha trabajado con diferentes estilos de aprendizaje tratando de observar todos los estudiantes, ya que siempre son grupos heterogéneos.
[14:25] <Jorgelina> Creeamos además un material disponible en licencia abierta que está disponible en este enlace y es tán todas las actividades que trabajamos en este proyecto: https://sites.google.com/site/unilacrea/manual-espanol-intercultural-2015
[14:26] <Jorgelina> El manual cuenta con la colaboración de muchos profesores que utilizan las actividades, es de licencia abierta. Además pueden encontrar videos, enlaces y la explicación detallada del proyecto.
[14:27] <Jorgelina> Otro de los proyectos desarrollados en la UNILA y que será lanzado en el segundo semestre es un curso en español y portugués en el formato MOOCs, abierto para todos los que tengan interés en aprender español y portugués
[14:28] <Jorgelina> Así como también un test online de nivel en formato electrónico para estudiantes en movilidad académica.
[14:29] <Jorgelina> Muchas gracias! Peço desculpas em um momento que fui mais rápido mas não queria atrapalhar o tempo
[14:29] <daniervelin> Gracias, Profa. Jorgelina Tallei!
[14:29] <daniervelin> Passamos a voz ao professor Carlos Henrique Castro! Obrigada por aceitar o convite do STIS!
[14:29] <CarlosHCastro> Olá a todos!
[14:30] <CarlosHCastro> É um prazer estar aqui hoje, sobretudo porque compartilho esse espaço com a professora Jorgelina Tallei, profissional que engradece a universidade brasileira com sua larga experiência linguística e cultural.
[14:30] <CarlosHCastro> Agradeço aos organizadores do STIS pelo espaço de debate, tão necessário para essa troca de experiências que resulta, invariavelmente, em crescimento para todos nós.
[14:30] <CarlosHCastro> Como a gente curtir o STIS, não deixem de ir até a página deles no Facebook e dar um joinha: https://www.facebook.com/stis.lingtec/?fref=ts&ref=br_tf&__mref=message_bubble.
[14:31] <CarlosHCastro> ops... com a gente curtE o STIS...
[14:31] <CarlosHCastro> A apresentação de hoje consiste, então, em compartilhar com vocês os relatos de Jorgelina e meu sobre nossas experiências com software livre na universidade. O título da conferência é O uso de de tecnologias digitais abertas no ensino de línguas: relatos de experiências na UNILA e na UFMG .
[14:33] <CarlosHCastro> A Jorgelina trouxe a experiência dela na UNILA e eu vou falar um pouco da minha experiência na UFMG, instituição que fiz pesquisa de doutorado..
[14:33] <CarlosHCastro> Minha pesquisa teve o grupo Texto Livre como corpus e a interação do grupo como objeto de estudo.
[14:34] <CarlosHCastro> Meu foco aqui vão além das questões teóricas que envolveram a pesquisa (etnografia e complexidade) e concentram-se na cultura livre como o principal motivador para a existência do Texto Livre
[14:34] <CarlosHCastro> Texto Livre a partir de agora será só TL, ok?
[14:36] <CarlosHCastro> Quando falo de cultura livre, trata-se de um movimento no qual seus sujeitos assim o chamam por trabalharem no desenvolvimento e promoção de Software Livre (SL)
[14:36] <CarlosHCastro> O movimento é, antes de tudo, de uma preocupação política.
[14:36] <CarlosHCastro> De acordo com os seus fundadores e entusiastas da cultura livre, o viés político e social pode ser notado na medida em que o SL garante liberdades que resultam em aprendizagem e melhoria coletiva.
[14:37] <CarlosHCastro> O movimento surgiu em 1985 e é amparado por uma comunidade internacional de programadores e usuários dedicados à causa
[14:37] <CarlosHCastro> mais infos em http://www.fsf.org/about/
[14:37] <CarlosHCastro> Os princípios da cultura livre resumem-se em compartilhamento, colaboratividade e meritocracia
[14:38] <CarlosHCastro> Os princípios da cultura livre, em conjunto com a importância da cultura livre no projeto educacional, são apresentados, por dois membros do TL da seguinte forma:
[14:38] <CarlosHCastro> [c]om partilhamento de conhecimento: na educação e na cultura livre, compartilhar conhecimento é imprescindível. Trata-se não só da disponibilização do conhecimento pelo professor numa via de mão única, mas da possibilidade de troca entre professor e aluno e entre aluno e outros alunos. Isso só é possível se as ferramentas e técnicas escolhidas permitirem ao aluno uma participação ativa e consciente de seu papel[;]
[14:38] <CarlosHCastro> [c]olaboratividade: também de suma importância, o estímulo à colaboratividade é uma forma de fortalecer o princípio de compartilhamento de conhecimento e acelera a transmissão do conhecimento. Cabe notar que o conhecimento, justamente em virtude dos avanços tecnológicos da nossa época, desenvolve-se numa velocidade sempre crescente.
[14:39] <CarlosHCastro> Se, por um lado, isso significa que a quantidade de informação disponível aumenta exponencialmente, por outro lado, significa que o conhecimento confiável não é mais uma palavra final sobre um assunto, é uma resposta dinâmica, contextualizada e passível de superação.
[14:39] <CarlosHCastro> O trabalho em equipe é uma forma plausível para enfrentar esse problema e a colaboratividade é a única forma de trabalho em equipe que permite a todos os membros do grupo um crescimento individual[;]
[14:40] <CarlosHCastro> [m]eritocracia: Um sistema meritocrático é aquele no qual as pessoas são valorizadas por suas ações, por aquilo que constroem e ajudam a construir. O mérito de uma ação depende do ato em si, de seus resultados e da contextualização adequada.
[14:40] <CarlosHCastro> Esses conceitos são de Matte e Castro, 2012
[14:40] <CarlosHCastro> A cultura livre, então, aparece como motivadora das experiências a serem apresentadas a seguir e pano de fundo para um trabalho educacional, de cunho social, não só pelo fato de ser um projeto educacional, mas, adicionalmente, por levar em consideração uma cultura de compartilhamento, colaboração e reconhecimento.
[14:41] <CarlosHCastro> Uma vez contextualizada a apresentação, passo para o relato de algumas experiências do Texto Livre
[14:41] <CarlosHCastro> Em relatos que compõem o corpus de pesquisa do citado trabalho sobre o TL, é possível identificar que o grupo originou-se da busca em se estabelecer um diálogo entre a academia e a cultura livre por parte de uma pesquisadora da FALE que direcionou, desde sua criação, todas as suas atividades para a promoção do uso de tecnologias livres no ensino.
[14:42] <CarlosHCastro> O TL possui vários projetos, sustentados por uma rede de voluntariado, dedicados desde a manutenção de cursos de graduação e pós-graduação, desenvolvimento de materiais didáticos e documentação sobre software livre, promoção de congressos e seminários on-line, manutenção de um periódico, entre outros.
[14:43] <CarlosHCastro> Dentre essas diversas atividades, relato aqui a experiência com três projetos específicos, a saber: (1) a disciplina “Oficina de leitura e produção de textos” (LPT);
[14:43] <CarlosHCastro> (2) o congresso on-line internacional EVIDOSOL (Encontro Virtual de Documentação em Software Livre)/CILTEC (Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia Livre); e (3) a revista científica “Texto Livre: Linguagem e Tecnologia”.
[14:44] <CarlosHCastro> Daqui a pouco falarei especificamente de cada uma dessas trÊs experiências que, enfatizando, não são todos os projetos do TL.
[14:44] <CarlosHCastro> A interação on-line é a majoritária em todos os projetos do grupo, possibilitando-lhe importantes contatos e alcance internacional com participações oriundas das Américas e Europa, além de instituições nacionais de outros estados como a UFMS e UFBA.
[14:44] <CarlosHCastro> No entanto, alguns eventos – como o Dia da Cultura Livre, contam com interação presencial. No site do TL, encontramos informações de que os eventos do grupo atingiram dezenas de milhares de pessoas, ao longo de 7 (sete) anos (até 2013), e que o grupo ainda possui grande quantidade de SL produzidos.
[14:45] <CarlosHCastro> Sobre a produção de SL, parte importante dos projetos do TL, destacamos a produção de alguns como o CoTrato, direcionado ao trabalho com traduções; PapersWP para gerenciamento de eventos on-line; os aplicativos Crases, Vírgulas e Linha do Texto que são parte do projeto Português Livre; ChatSlide que serve como apoio para as apresentações on-line, dentre outros.
[14:46] <CarlosHCastro> Essa produção atende ou à necessidade das práticas do grupo ou à demandas externas, como a necessidade de professores ligados de alguma forma ao grupo.
[14:46] <CarlosHCastro> Sobre as ferramentas que mediam toda a cadeia interativa, são de origem diversa, de acordo com o projeto específico e suas necessidades
[14:47] <CarlosHCastro> Vou falar dessas ferramentas de acordo com cada um dos 3 projetos que pretendo usar de eXemplo do trabalho do TL.
[14:47] <CarlosHCastro> O primeiro projeto é a disciplina Leitura e Produção de textos (só LPT a partir de agora)
[14:47] <CarlosHCastro> A disciplina, de acordo com os registros que aqui faço uso – de 2011 a 2013 - oferece, para toda a universidade, semestralmente, 500 (quinhentas) vagas divididas em duas turmas on-line voltadas para alunos de ensino na modalidade presencial da universidade.
[14:48] <CarlosHCastro> O trabalho desse curso era realizado pela coordenação, por cinco tutores mestrandos ou doutorandos e por oito monitores estudantes de graduação. Há, ainda, outros papéis importantes nessa cadeia de práticas que suportam o curso em questão, como suporte técnico e voluntariado.
[14:48] <CarlosHCastro> Em 2016, essa mesma disciplina que hoje está com outro professor ofertou 650 vagas.
[14:49] <CarlosHCastro> A cultura livre aparece na disciplina como tema dos debates e das produções dos textos, bem como nas ferramentas utilizadas nas práticas que envolvem o cotidiano do curso.
[14:49] <CarlosHCastro> Os alunos sempre iniciam os debates discutindo que é cultura livre, seus benefícios para a cidadania, os SL mais comuns em suas áreas, dentre outros.
[14:50] <CarlosHCastro> Ao final da disciplina, como atividade obrigatória, os alunos devem apresentar um artigo científico produzido em co-autoria em um congresso nacional on-line que debates os temas universidade, educação a distância e SL, bem como outros temas transversais com a legislação internacional e brasileira sobre liberdade na internet.
[14:50] <CarlosHCastro> Esse evento da disciplina pode ser conferido no link http://ueadsl.textolivre.pro.br/
[14:51] <CarlosHCastro> No caso da cadeia interativa da LPT, a interação é mediada, sobretudo, por e-mails e pelo ambiente virtual de aprendizagem Moodle, que também é um SL. Os e-mails são destinados à comunicação entre a equipe e o Moodle, à comunicação entre os alunos e a equipe.
[14:51] <CarlosHCastro> No que se refere aos e-mails, há três listas específicas. A primeira é de monitores e coordenação, e a segunda é de tutores e coordenação. Os dois grupos se comunicam por meio de uma terceira lista de e-mails, visando promover a discussão de tópicos de interesse comum de todos os sujeitos envolvidos na oferta da LPT.
[14:52] <CarlosHCastro> Além das listas de e-mails, nos casos de necessidade de uma comunicação que vá além dos textos escritos, o grupo se reúne de outras formas. Por exemplo: se um dos colaboradores necessita de auxílio com um software que pode ser dado a partir da tela do computador, ele e o colaborador que o auxiliar podem se encontrar em uma videoconferência.
[14:53] <CarlosHCastro> ara tanto, usam um aplicativo livre denominado Big Blue Button1 direcionado, como descrito no site desse aplicativo, à comunicação com suporte de voz, gráficos e/ou vídeos
[14:53] <CarlosHCastro> Esse aplicativo está disponível em http://bigbluebutton.org/
[14:53] <CarlosHCastro> Os alunos, por sua vez, são sempre encorajados a usarem SL a partir do embasamento político da importância da cultura livre que é tema de discussão durante o semestre.
[14:54] <CarlosHCastro> Os textos finais produzidos e disponibilizados no congresso online já chegaram a ter cerca de 18 mil acessos em um único dia, de acordo com registros do próprio grupo.
[14:55] <CarlosHCastro> Os outros dois projetos citados – Congresso Internacional EVIDOSOL/CILTEC e Revista Texto Livre – não contam com orçamento direcionado à contratação de colaboradores. O fomento recebido obedece às regras das agências e, normalmente, é aplicado exclusivamente em outro tipo de necessidade, como suprimento de materiais diversos.
[14:55] <CarlosHCastro> Para que todos os projetos ocorram, então, conta-se com serviço voluntário de pesquisadores, professores, estudantes, profissionais de tecnologia de informação, entre outros.
[14:56] <CarlosHCastro> Agora passo para a experiência do EVIDOSOL, um o evento científico que pode ser acessado pelo link http://evidosol.textolivre.org/site/.
[14:56] <CarlosHCastro> O Evidosol foi iniciado no ano de 2007 com o objetivo inicial de discutir o diálogo possível entre academia e cultura livre. Tal relação inicial parte da importância da documentação em SL, no que se refere ao código1 até a produção de documentos para divulgação e usabilidade desse tipo de suporte lógico.
[14:56] <CarlosHCastro> A partir desse objetivo inicial, o que se constata é a emergência do evento científico ligado, ainda, à necessidade da academia de proporcionar experiências funcionais e reais de produção de escrita e leitura.
[14:57] <CarlosHCastro> No evento inaugural foi promovido o debate sobre os temas linguagem e tecnologia e, com o tempo, o debate foi subdividido em diversas outras trilhas que sempre priorizaram a relação academia e SL.
[14:57] <CarlosHCastro> De acordo com registros textuais do site do evento e e-mails trocados pelo grupo, o objetivo evoluiu para atender aos objetivos de uma área do conhecimento acadêmico, quais sejam, linguagem e tecnologia, e o público-alvo formado por alunos, professores, pesquisadores, comunidades de software livre e outros interessados no eixo temático do evento.
[14:57] <CarlosHCastro> As ferramentas de interação, e o espaço interativo do evento, são totalmente digitais. Trata-se de evento desse gênero pioneiro no país que, no início, apresentava palestras sincrônicas via IRC1. No início, o evento era semestral e, a partir de 2011, tornou-se anual além de acrescentar os debates assíncronos por meio de fóruns.
[14:58] <CarlosHCastro> utra grande mudança foi a transformação do evento, antes nacional, em internacional no ano de 2009. É aí que o EVIDOSOL para agregar o CILTEC-on-line.
[14:58] <CarlosHCastro> O surgimento do evento internacional se deu pelo fato de a rede se expandir de forma tal que aparece uma demanda internacional.
[14:58] <CarlosHCastro> Já as mudanças promovidas no ano de 2011 referem-se à consolidação do evento como encontro científico de pesquisadores com a saída dos alunos de graduação que passam, naquele ano, a apresentarem seus artigos produzidos na LPT no congresso nacional recém surgido e já citado, denominado UEADSL.
[14:59] <CarlosHCastro> Em 2016 o EVIDOSOL está em sua décima terceira edição e o CILTEC on-line está na décima.
[14:59] <CarlosHCastro> As trilhas dos trabalhos a serem apresentados e debatidos a partir de 01/06/16 são: Hipertexto, Blogs e Wikis, Educação e Tecnologias, Mídia-educação, Cultura Livre, Divulgação de Software Livre, Documentação em Software Livre, Linguagem e Tecnologia, Produção Textual no Computador, Comunidades Virtuais, Jornalismo na Internet e Inclusão digital.
[14:59] <CarlosHCastro> As modalidades de apresentação são chats e fóruns sendo que todo o gerenciamento do evento é feito com SL. Algumas das necessidades do evento motivaram a criação de SLs próprios como os já citados PapersWP e ChatSlide.
[15:00] <CarlosHCastro> Passo á parte final que refere-se à revista Texto Livre que pode ser acessada pelo site http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/textolivre/index
[15:00] <CarlosHCastro> Vou descrever um pouco da história do periódico aqui, de sua trajetória e do trabalho que está sendo realizado.
[15:00] <CarlosHCastro> A Revista Texto Livre emergiu a partir da necessidade de se publicarem os textos apresentados no EVIDOSOL, quando do seu surgimento.
[15:00] <CarlosHCastro> Tendo em vista que os debates on-line promovidos pelo evento nem sempre apresentavam a profundidade necessária a uma revista acadêmica, como exigem os órgãos de indexação de periódicos, os textos do evento passaram a ser publicados em anais, depois de serem devidamente avaliados por um grupo de pareceristas.
[15:01] <CarlosHCastro> Dessa forma, a revista, como veículo de circulação e promoção dos textos apresentados no evento, perdeu o sentido. Emerge, assim, a Revista Texto Livre acadêmica e indexada1 em diferentes áreas do conhecimento, parte de suas características atuais.
[15:01] <CarlosHCastro> Atualmente, a revista possui várias indexações, incluindo algumas internacionais. Na CAPES, a revista é indexada Qualis B2 na área de Linguística.
[15:01] <CarlosHCastro> Essa revista é publicada semestralmente em formato on-line. O espaço de interação entre o leitor, os autores e a equipe editorial acontece, de duas formas bem distintas.
[15:01] <CarlosHCastro> A primeira delas refere-se à interação entre leitor e autor, no âmbito dos limites do texto escrito e publicado na revista. A segunda forma de interação é a que acontece entre os membros encarregados das práticas que levam ao produto final.
[15:02] <CarlosHCastro> Toda essa interação é mediada pelo software do sistema de edição do periódico, via e-mails, com acesso a partir do website. Esse website funciona, também, como depósito dos arquivos digitais da revista.
[15:02] <CarlosHCastro> Os temas aceitos pela revista para avaliação - linguagem, tecnologia e cultura livre – são divididos em cinco gêneros textuais, que podem ser submetidos à avaliação para publicação no periódico em oito trilhas diferentes.
[15:02] <CarlosHCastro> Observa-se que o espaço para o diálogo com a cultura livre é privilegiado no gênero definido como “artigos descritivos sobre software livre” e na trilha “Licenças Livres”, além de poder ser contextualizado em todos(as) os(as) outros(as) gêneros e trilhas.
[15:03] <CarlosHCastro> A liberdade de acesso a e reprodução de conteúdos é garantida por meio de uma licença Creative Commons – acesso livre e gratuito, sem autorização para venda ou remixagem.
[15:03] <CarlosHCastro> Tais condições contribuem para o entendimento de todo o processo colaborativo da revista, que publica textos em licenças livres, com temas que envolvem tecnologias livres e cultura livre, para acesso livre ao conhecimento em constante construção.
[15:03] <CarlosHCastro> Ações específicas de incentivo à cultura livre também são encontradas nas condições de submissão ao periódico, detalhadas nas políticas editoriais.
[15:03] <CarlosHCastro> O incentivo ao uso de software livre e o acesso à cultura livre ficam claros, sobretudo, em trecho das referidas políticas que cita o padrão aberto de aplicativos de escritório como uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
[15:03] <CarlosHCastro> o uso de uma suíte de aplicativos livres para a submissão de trabalhos à revista, que gere documentos no formato livre .ODT,1 é obrigatório.
[15:03] <CarlosHCastro> Há, inclusive, a sugestão do software Libre Office e a enumeração de benefícios de se obter um SL, como a gratuidade, que inclui suporte técnico, o estar de acordo com as normas brasileiras para documentos editáveis, a maior acessibilidade e economia que resultam na contribuição para o combate à pirataria.
[15:04] <CarlosHCastro> Assim, podemos concluir que o discurso presente nessas páginas corrobora a motivação do TL, o diálogo entre a academia e a cultura livre.
[15:04] <CarlosHCastro> O alcance desse diálogo que a revista propõe pode ser parcialmente entendido a partir da análise de dados estatísticos disponíveis na página denominada “Estatísticas”.
[15:05] <CarlosHCastro> Conforme os dados de 2013, houve 172 (cento e setenta e dois) novos cadastros de usuários – cadastros necessários para autores e colaboradores – e 160 (cento e sessenta) novos cadastros como leitores.
[15:05] <CarlosHCastro> Já em 2014, com a publicação de apenas um número, mas com o segundo número do ano em vias de ser publicado, há 103 (cento e três) novos cadastros de usuários e 91 (noventa e um) novos cadastros de leitores.
[15:06] <CarlosHCastro> Considero esse números bastante interessantes.
[15:07] <CarlosHCastro> Busquei mostrar aqui um pouco desse trabalho de ensino, pesquisa e extensão na FALE/UFMG que envolve diretamente o diálogo entre academia e cultura livre.
[15:07] <CarlosHCastro> #0 minutos é um bom tempo, mas já estou passando um pouco.
[15:08] <daniervelin> Obrigada, prof. CarlosHCastro!
[15:08] <daniervelin> Informamos que a sala está aberta para a discussão em torno das duas belas conferências proferidas
[15:08] <CarlosHCastro> Apresentei brevemente esses três projetos que envolvem ensino, pesquisa e extensão, mas há outros no Texto Livre.
[15:08] <debora> Parabéns aos palestrantes!
[15:08] <CarlosHCastro> De nadaDe nada, daniervelin
[15:08] <debora> Que trabalho bacana!
[15:08] <CarlosHCastro> Eu que agradeço o espaço.
[15:09] <Jorgelina> De nada, Dani! Foi muito bom conhecer a pesquisa do Carlos, que é um excelente pesquisador!
[15:09] <Jorgelina> e foi ótimo compartilhar com vocês e todos os "leitores"!
[15:09] <CarlosHCastro> Fica o convite a todos: conheçam os projetos do TL e participem dos diálogos, voluntariem-se, pois a colaboração e o compartilhamento são questões caras à nossa sociedade com resultados positivos para todos.
[15:10] <Jorgelina> Eu não apresentei no inicio, embora tenha falado rápido, mas o contexto da UNILA é privilegiado, pois os alunos tem 6 horas de línguas por semana
[15:10] <CarlosHCastro> Eu também me encantei com a autonomia possível no projeto da escola invertida que a Jorgelina nos trouxe.
[15:10] <CarlosHCastro> Depois vou assistir os vídeos no Youtube, Jorgelina
[15:11] <adelmaa> Como falei na abertura de nossos trabalhos hoje, o STIS é uma das crias do Projeto Texto Livre.
[15:11] <Jorgelina> é isso não é comum nas universidades. Também é importante falar que as aulas invertidas não "traen" conceitos novos
[15:11] <RenanCardozo_> O trabalho da Jorgelina eu já conhecia e como sempre fico encantado; a sala de aula invertida é uma ótima proposta. Queria deixar registado o quanto eu fico motivado e empolgado em seguir minhas pesquisas. Parabéns aos palestrantes!! Quaria saber da Jorgelina onde posso encontrar mais materiais referentes a sala de aula invertida, você poderia me passar algo??
[15:11] <adelmaa> Parabéns a ambos os conferencistas. Brilhantes exposições!
[15:11] <lourdinha> Só consegui abrir a página agora. Fiquei sem internet
[15:11] <CarlosHCastro> Todos os semestres até a formatura, Jorgelina ?
[15:11] <Jorgelina> Obrigada, Carlos
[15:12] <Jorgelina> Olá, Renato!!!
[15:12] <manuelalvaross> Jorgelina, sua apresentação foi fantástica, me identifiquei mt, pois trabalho com texto multimodal
[15:12] <Jorgelina> Carlos, tem 3 semestre com 6 horas por semana de línguas
[15:12] <Jorgelina> além de Fundamentos da America Latina e Filosofia
[15:12] <Jorgelina> Obrigada, Manuela!
[15:12] <marcosuemg_> Bom!! fiquei encantado também com esse conceito de inversão de aulas
[15:12] <Jorgelina> Renato, estou copiando aqui a bibliografia!
[15:13] <CarlosHCastro> Obrigado, adelmaa
[15:13] <marcosuemg_> disponibilize pra gente ai
[15:13] <manuelalvaross> o texto multimodal contempla as diversas estruturas cognitivas, viabilizando, assim, o processo de aprendizagens múltiplas.
[15:13] <adelmaa> Peço a ambos que deixem seus contatos, e-mails, possibilitando assim aos interessados uma troca efetiva de informações. Obrigada!
[15:13] <Jorgelina> O primeiro que vou colocar
[15:13] <RenanCardozo_> Adelma, você poderia me explicar como receberei o atestado, daqui a pouco tenho que trabalhar e, infelizmente, terei que sair
[15:13] <Jorgelina> e uma critica do Pacheco, muito boa
[15:14] <Jorgelina> porque a gente ve a aula invertida como se foram novos conceitos e não são, na verdade é um novo olhar
[15:14] <Jorgelina> http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/205/sala-de-aula-invertidapor-que-nao-reagem-os-pedagogos-brasileiros-311344-1.asp
[15:14] <marcosuemg_> maredumig@gmail.com
[15:14] <Jorgelina> http://porvir.org/sala-de-aula-invertida-da-autonomia-ao-aluno/
[15:14] <CarlosHCastro> Meu contato: ccastrobr@gmail.com .
[15:14] <RenanCardozo_> renancardozoo@gmail.com
[15:14] <Jorgelina> este último é um relato que eu fiz mais detalhado
[15:14] <daniervelin> Para solicitar certificado: http://stis.textolivre.org/site/certificados
[15:15] <CarlosHCastro> Vou olhar tudo, Jorgelina .
[15:15] <Jorgelina> Manuela! quero conhecer seu trabalho!
[15:15] <Jorgelina> Vou gostar de trocar figurinhas com você e vocês!
[15:15] <Jorgelina> Meu email caso queram pensar sobre as aulas invertidas todos juntos e eu também! jtallei@gmail.com
[15:16] <adelmaa> RenanCardoso, você deverá nos escrever pelo o e-mail que está na nossa página dizendo seu login , nome completo e data da sua participação,ok! Fique de olho na nossa programação. Nos veremos no próximo mês. Conferência imperdível. Ajude-nos a divulgar nossso evento,ok!
[15:16] <Jorgelina> Aqui também tem alguns sites interessantes: https://www.institutoclaro.org.br/blog/10-posts-para-voce-se-aprofundar-na-sala-de-aula-invertida/
[15:16] <CarlosHCastro> E lembrando, quem curtiu, não deixe de ir até a página do STIS no Facebook e dar um joinha: https://www.facebook.com/stis.lingtec/?fref=ts&ref=br_tf&__mref=message_bubble.
[15:17] <CarlosHCastro> :D
[15:18] <Jorgelina> Gosto muito também deste artigo: http://grupouninter.com.br/intersaberes/index.php/revista/article/view/499, mas vale lembrar que trabalhei muito com conceitos do Paulo Freire
[15:18] <adelmaa> Jorgelina, você pontou os vários aspectos positivos da aula invertida, mas, na sua experiência docenete o que poderá contribuir para uma aula neste formato não ter este nível de satisfação que seu público mostrou?
[15:19] <Jorgelina> Bem, os alunos apontaram que os videos foram repetitivos no final porque não tem edição.
[15:19] <Jorgelina> A aula tem que ser preparada muito tempo antes porque os alunos tem que pesquisar durante determinado tempo
[15:19] <Ka> Karen
[15:20] <Jorgelina> as salas precisam estar equipadas com mesas em circulo
[15:20] <Jorgelina> nao pode deixar em fila, a ideia e ir na aula para debater os conteudos ja pesquisados
[15:20] <adelmaa> Carlos, quais são os entraves percebidos por você em um trabalho como o nosso, do TL?
[15:21] <Ka> #stis
[15:21] <Jorgelina> e os videos precisam de edição. Na minha primeira experiencia foram muito caseiros, informais.
[15:22] <CarlosHCastro> adelmaa: acho que o maior entrave é a disponibilidade de pessoal na pesquisa. Um trabalho como o do Texto Livre é muito grande e demanda muitos pesquisadores e estagiários. O Texto Livre só funciona com todos seus lindos projetos porque conta com trabalho voluntário.
[15:23] <CarlosHCastro> Isso sobrecarrega muitos membros. É algo a se cobrar.
[15:23] <adelmaa> Ou seja, Jorgelina, deve haver uma mudança de postura também do aluno, pois primeiro ele se prepara com leitura e pesquisas sobre os temas, para só depois ir a sala de aula aprofundar seus conhecimentos, certo?
[15:24] <Jorgelina> isso!
[15:24] <Jorgelina> exatamente. Por isso a autonomia é trabalhada em todo momento
[15:24] <Jorgelina> mas as aulas invertidas por sim mesmas não garantem (não sei se escrevi certo) uma autonomia
[15:25] <CarlosHCastro> Com certeza a escola invertida deve contribuir muito para desenvolver a autonomia.
[15:25] <manuelalvaross> A autonomia é uma tarefa das mais importantes, porém muito dificil.
[15:25] <adelmaa> Carlos, você conhece outros projetos como o do TL? Como o STIS, por exemplo?
[15:25] <Jorgelina> Concordo, Manuela!!!!!
[15:25] <Jorgelina> Foi muito dificil e no inicio foi bem complexo
[15:25] <CarlosHCastro> Aberto e livre como o TL eu não conheço, adelmaa
[15:25] <manuelalvaross> Contudo, se bem desenvolvida dará grandes frutos
[15:26] <adelmaa> De ambos: a autonomia do professor e do aluno.
[15:26] <manuelalvaross> justo, adelma
[15:26] <Jorgelina> os alunos demoraram muito tempo para trabalhar, pesquisar, falar na aula. Agora estou ministrando aulas para Engenherias e no inicio, não gostaram desse projeto!
[15:26] <manuelalvaross> Jorgelina, quais vc acha que é valido essa abordagem?
[15:26] <Ka> Jorgelina... a pedagogia das "aulas invertidas" poderia ser aplicada em qualquer segmento de ensino de modo eficaz no ensino de língua Espanhola ?
[15:27] <manuelalvaross> quais turma
[15:27] <Jorgelina> Bem, Manuela, nas turmas de Antropologia e de Letras gostei do resultado. Nas de engenherias teve que motivar com nota, por exemplo
[15:28] <manuelalvaross> aham
[15:28] <manuelalvaross> compreendo
[15:28] <manuelalvaross> a natureza dos cursos com certeza tiveram infleuncia
[15:28] <Jorgelina> dividi os alunos em tres: um deles sendo líder. Esse lider ajuda aos dois colegas na pesquisa da semana e vão ganhando pontos
[15:28] <Jorgelina> não sei se isso é bom, sabe? não sei se gosto desse tipo de avaliação, tenho críticas
[15:29] <Ka> #stis
[15:29] <manuelalvaross> entendo
[15:29] <Jorgelina> Ka: eu acho que pode ser trabalhada em todos os segmentos, mas sempre depende do contexto
[15:29] <manuelalvaross> mas, de inicio e um forma de cativar o aluno
[15:29] <CarlosHCastro> Estou vendo os vídeos no Youtube, Jorgelina
[15:29] <Jorgelina> nas escolas de ensino médio tem 45 minutos de aulas de linguas, não é?
[15:29] <CarlosHCastro> Parabéns!
[15:30] <Jorgelina> Isso, Manuela, o que cautivou eles foi a nota e não a metodologia, mas penso que depois vamos mostrando esses caminhos
[15:30] <manuelalvaross> isso jorgelina
[15:31] <Jorgelina> Então, 45 minutos é um tempo curto! Mas vejo que pode ser mais positivo que no ensino superior, talvez mais trabalhoso também
[15:31] <CarlosHCastro> Mas acho que o caminho pode ser esse também, Jorgelina . Primeiro correm atrás por qualquer motivo (nota) e aí descobrem que foi muito legal e proveitosa a experiência.
[15:31] <debora> pessoal, preciso ir tenho que dar aulas agora. Valeu demais! Parabéns!
[15:31] <Jorgelina> porque esses 45 minutos podemos usar para um debate construtivo a partir de um tema motivador
[15:31] <debora> Obrigada e até
[15:31] <CarlosHCastro> Não é o ideal, mas...
[15:31] <Jorgelina> Sim, Carlos! concordo que não é o ideal
[15:32] <Jorgelina> Obrigada por assistir os videos! E também obrigada por me ensinar tanto como colega.
[15:32] <Jorgelina> Sabem outra coisa que pensei
[15:32] <Ka> Jorgelina ...sou professora de Espanhol e atuei nos sementos de Ensino Fundamenta e Médio, por isso meu interesse em aplicar tal conceito a tais segmentos. Penso que pode ser benéfico e a inovação trará um resultado inovador e renderá bons frutos.
[15:32] <Jorgelina> não é todo professor que gosta de ficar exposto no video.
[15:32] <adelmaa> +Jorgelina, na verdade não é que não gostaram... é que não conheciam e o desconhecido gera mesmo este pé atrás, mas depois do final de alguns semestres você perceberá que a ideia instiga e ficará platanda na cabeça de alguns...
[15:33] <manuelalvaross> Jorgelina e Carlos, acredito tb nao ser ideal, contudo e uma pratica consciente e que tem como funcao primeira convidar o aluno, apos isso eles poderam ver a validade no metodo e tornarem mais significativo o processo de avaliação
[15:33] <Jorgelina> Penso, Ka, que no ensino medio pode ser muito bom, pois tem pouco tempo, e muitas vezes não é aproveitado por muitos motivos
[15:33] <Jorgelina> No ensino medio no CEFET trabalhei com podcast e foi uma experiencia ótima!
[15:33] <CarlosHCastro> No ensino médio eles vão fazer coisas maravilhosas.
[15:34] <CarlosHCastro> Eles são muito criativos nessa idade e gostam de desafios.
[15:34] <Jorgelina> Exato!
[15:34] <CarlosHCastro> Obrigado, debora
[15:34] <Jorgelina> Manuela, concordo, ahhh
[15:35] <Jorgelina> esqueci de comentar que também trabalhei esse conceito com a turma de Medicina
[15:35] <manuelalvaross> na educação base tb concordo o ensino medio ser o mais adequado
[15:35] <adelmaa> Depois vocês motivarção seus alunso a apresentar seus resultados no UEADSl, no EVIDOSOL/CILTEC ou no STIS. Bárbaro!
[15:35] <Jorgelina> é foi muito bom!!! vou pasar o link do blog
[15:35] <CarlosHCastro> E como foi com a turma de medicina?
[15:35] <CarlosHCastro> :D
[15:36] <Jorgelina> aqui está o projeto, resumido: https://sites.google.com/site/espaciosinterculturales/encuentros-interculturales
[15:36] <Ka> Jorgelina sou aluna especial de mestrado na UEPG e gostaria de levar essa abordagem de "clases invertidas" ao conhecimento da professora doutora Aparecida Ferreira e dos demais colegas. Por isso, quero indicações de materiis e de conferências virtuais ou presenciais para aprofundar meus conhecimentos. Na UEPG tal pedagogia não é aplicada. Seria intressante essa troca.
[15:37] <Jorgelina> Claro, Ka! posso enviar com o maior prazer.
[15:37] <Jorgelina> Deixo meu email, também para todos: jtallei@gmail.com
[15:37] <CarlosHCastro> Jorgelina, esse
[15:38] <Ka> Será uma imensa satisfação. Meu email é karenmaria_fadel@hotmail.com
[15:38] <Jorgelina> Básico
[15:38] <Jorgelina> de Historia, Carlos
[15:38] <adelmaa> Perfeito, Ka! O primeiro material que você deveria/poderia apresentar seria esta exposição brilhante de hoje aqui, no STIS.
[15:38] <Jorgelina> e o primeiro ano deles
[15:38] <CarlosHCastro> Clap! Clap! Clap!
[15:40] <Jorgelina> Aqui tem um artigo sobre a experiencia com os estudantes de Medicina:http://cele-unr.irice-conicet.gov.ar/doc/Actas_Congreso.pdf
[15:41] <Ka> Sem dúvida...@adelmaa Excelente e muito produtiva!
[15:41] <adelmaa> Estamos satisfeitíssimos com a troca de experiênciade todos aqui, os questionamentos realizados, as poderações levantadas e possíveis usos dos conhecimentos construídos e divulgados aqui.
[15:41] <Jorgelina> Fico feliz!!!! E gosto muito da troca com colegas, vou gostar de intercambiar experiencias com vocês!
[15:42] <Jorgelina> Aqui tem o manual com as atividades que trabalhamos nas aulas
[15:42] <Jorgelina> https://sites.google.com/site/unilacrea/
[15:42] <Jorgelina> podem usar, remixar!
[15:42] <CarlosHCastro> Agradeço mais uma vez adelmaa e Jorgelina e a todos que vieram conversar conosco.
[15:42] <adelmaa> Jorgelina e Carçlos, não poderáimos, de forma nenhuma, ter dado o pontapé inicial da agenda d eventos stis deste ano de melhor forma. Vocês são extraordináiros!
[15:42] <Jorgelina> teremos também videos que gravaram os alunos, inclusive porque os alunos dos mais diversos paises colaboram com a gravação de videos
[15:43] <daniervelin> Obrigada mais uma vez, CarlosHCastro e Jorgelina !
[15:43] <adelmaa> ops...extraordináriossssssss
[15:43] <manuelalvaross> foi otimo comecamos de forma exitosa
[15:43] <daniervelin> brilhantes apresentações e discussão produtiva!
[15:43] <manuelalvaross> parabens
[15:43] <Ka> Jorgelina e professor Carlos a apresentação (relato de experiencias) foi muito produtiva.Só tenho a agradecer e buscarei pesquisar mais sobre suas práticas para poder inovar em minhas aulas e levar ate outros professores tais conhecimentos.
[15:43] <Jorgelina> Obrigada a tod@s!
[15:43] <adelmaa> Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Clap!Clap! Clap! Clap!Clap! Clap! Clap!Clap! Clap! Clap!Clap! Clap! Clap!Clap! Clap! Clap!Clap! Clap! Clap!Clap! Clap! Clap!
[15:44] <CarlosHCastro> Muito obrigado, meninas. É um prazer estar nessa primeira conferência de 2016. Espero trazer sorte. Que o ano seja bom pra todos nós!
[15:44] <Jorgelina> É um prazer!!! Foi ótimo e aprendi muito!
[15:44] <CarlosHCastro> Eu também aprendi muito hoje. :D
[15:45] <daniervelin> agradecemos a presença de todos!
[15:45] <daniervelin> adelmaa, por favor, dê informações sobre a próxima conferência, por favor
[15:45] <manuelalvaross> :D
[15:45] <daniervelin> tem os dados aí?
[15:45] <Ka> Já tem data marcada para a próxima conferencia virtual?
[15:46] <adelmaa> Aqui no STIS é assim que participou torna-se ,automaticamente, divulgador oficial de nosso evento. Contamos com a colaboração de todos!
[15:46] <adelmaa> Si, será doa 29 de abril, última sexta-deira do mês de abril .
[15:46] <Suzana> Caros professores, quando teremos acesso à gravação desta conferência?
[15:46] <CarlosHCastro> Boa tarde para todos!
[15:46] <Ka> Obrigada pela informação!!!!
[15:46] <adelmaa> E o nosso convidado será o Prof.Dr Dr Jose Manuel Moran
[15:47] <adelmaa> Imperdível!!!!!
[15:47] <Ka> Excelente!
[15:48] <CarlosHCastro> Estarei aqui na palestra do Moran. :D
[15:49] <adelmaa> Olog desta conferência será colocada na página no mais tardar até a próxima semana. Lembrem-se que nosso trabalho é feito por voluntários. Paciência!
[15:51] <manuelalvaross> Sem pros, adelma
[15:51] <Suzana> Está bem! é que por diferença do fuso horário, acabei perdendo o início. Quero parabenizá-los pela troca de conhecimentos e experiências!
[15:52] <daniervelin> prezados o STIS está agora encerrando nossas atividades. Contamos com todos no próximo evento. Até lá!
[15:52] <manuelalvaross> Abraço à todos!!!!!
[15:53] <manuelalvaross> Até próximo mês
[15:53] <adelmaa> Até abril! Que todos tenham um excelente final de semana, em paz!
[15:53] <Jorgelina> Boa tarde a tod@s!
[15:54] <woodsonfc> Clap clap clap clap clap
[15:54] <woodsonfc> Até
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3. Abril: Educação e Histórias significativas
STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Jose Manuel Moran Costas
Conferência dupla STIS ABRIL 2016
Dia 29 de abril das 15 às 17 horas, na Sala de Conferências do STIS
A Educação como Construção de Histórias Significativas
(Prof Dr. José Manuel Moran Costas - USP)
Resumo: Construímos nossas histórias pessoais, nossos projetos de vida num rico fluir de passagens e linguagens entre os diversos espaços físicos e digitais, que se entrecruzam, superpõem e integram incessantemente. Na escola não valorizamos devidamente o saber construído pelos alunos, que se visibiliza nas narrativas fluidas de múltiplos conhecimentos, práticas, individuais e em redes. Um currículo aberto com metodologias ativas, mediação de professores competentes e tecnologias digitais, pode transformar a educação formal em aprendizagem viva, integradora, descobridora de novos sentidos para nossas histórias fragmentadas e contraditórias. Palavras-chave: histórias pessoais, narrativas fluidas, aprendizagem híbrida, tecnologias digitais, projetos de vida
3.1. registro abril
LOG: Jose Manuel Moran Costas
Registro da Conferência em chat escrito, de 29 de abril de 2016:
A Educação como Construção de Histórias Significativas
conferencista: Jose Manuel Moran Costas
moderador: Equipe STIS
[13:58] <adelmaa> Boa tarde a todos! com imensa alegria que venho, em nome do Grupo STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC e da profª Drª Ana Cristina
[13:58] <adelmaa> Fricke Matte, dar boas -vindas a todos vocês que nos honram com sua presença: conferencista e participantes
[13:59] <Marcio-UEMG-Cara> Boa tarde
[13:59] <adelmaa> O Stis é um programa de conferência realizado na penúltima semana de cada mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do
[13:59] <adelmaa> tema educação livre e democrática. O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do programa polvo denominado TEXTO LIVRE do CNPq, coordenado pela Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte
[13:59] <marlonuemg> boa tarde
[13:59] <adelmaa> Ao longo desta caminhada o STIS tem se firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior
[13:59] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 24 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores
[14:00] <adelmaa> tais como: Professoras Jorgelina Tallei ( UNILA), Carlos Henrique (UFJVN) , Carla Viana Coscarelli (UFMG), Luiz Tatit (USP), Maria Lucia Castanheira ( FAE/UFMG), Almeida Filho (UNB),
[14:00] <adelmaa> dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres) e o Julio Paz (Argentina). Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos:
[14:00] <adelmaa> CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidados do Prof. Marcelo
[14:00] <adelmaa> Buzzato. Para que este trabalho se concretize a cada mês contamos com a colaboração voluntária de uma equipe fantástica de seres humanas altruístas que compartilham da mesma
[14:00] <adelmaa> concepção de que as mudanças na nossa sociedade só acontecerão através do acesso a educação para todos. Assim, mais um ano de trabalho, de conferências extraordinárias, de
[14:00] <adelmaa> encontros de saberes e rica de experiência se inicia hoje no STIS. Com ele, novas ideias, novos projetos, novos expectativas, anseios e vontade de compartilhar o fazer educação de forma
[14:01] <adelmaa> democrática, ou seja, com acesso gratuito a todos os interessados. Este ano o GRUPO STIS tem desejos que almejamos concretizar: ampliar ainda mais nossas parceiras com instituições
[14:01] <adelmaa> educacionais e não educacionais que queiram, como a gente, dar acesso ao conhecimento a quem desejar recebê-lo. Para que o STIS apresente a vocês as melhores conferências e os
[14:01] <adelmaa> melhores conferencistas (claro!), contamos com uma equipe formada por 12 membros voluntários, que trabalham incansavelmente com amor, consciência e dedicação a uma só
[14:01] <adelmaa> causa: fazer a diferença no mundo por meio da educação Quero agradecer publicamente à Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte, idealizadora de todo Projeto Texto Livre, do qual o projeto
[14:01] <adelmaa> STIS é uma de suas crias. Agradeço pela confiança em mim depositada para coordenar este valioso projeto e ao meus/minhas membros da equipe STIS, nominalmente: Profª Drª
[14:01] <adelmaa> Daniervelin Renata Marques Pereira (UFTM),Profª Drª Elizabeth Guzzo de Almeida (UFMG/FAE), Prof Dr Carlos Henrique Silva de Castro (UFVJM), Profª Aline Resende Pereira
[14:01] <adelmaa> Marinho , Profª Fernanda Silva (UFMG), Profª Maria do Carmo Ferreira dos Santos (UFOP), Profª Thalita Santos Felício de Almeida (UFMG), Profª Drª Margareth de Souza Freitas
[14:02] <adelmaa> Thomopoulos (UFTPR), profª mS. Marina Pontes , Profª Drª Rivânia Maria Trotta Sant'Ana (UFOP), Prof Dr Danilo Rodrigues César (UFTM),Prof. Hugo Leonardo Canalli e Prof Dr
[14:02] <adelmaa> Woodson Fiorini de Carvalho.
[14:02] <adelmaa> Farei agora uma breve apresentação de nossos conferencistas convidados. Nosso conferencista convidado de honra hoje será: Prof. Dr. José Manuel Moran nasceu na cidade de Vigo, Espanha, e em 1998 naturalizou-se brasileiro. Possui graduação em Filosofia pela Faculdade Nossa Senhora Medianeira (1971), bacharel em Televisão pela Escuela
[14:02] <adelmaa> de Ciencias de la Educación y Comunicación Social da Universidad del Salvador, Buenos Aires, mestrado (1982) e doutorado em Ciências da Comunicação com habilitação em Rádio e
[14:02] <adelmaa> Televisão pela Universidade de São Paulo (1987). Atualmente é professor de Novas Tecnologias no Curso de Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP e
[14:02] <adelmaa> desenvolve pesquisa sobre como integrar a comunicação interpessoal e as novas tecnologias à educação. É ainda consultor "ad hoc" do CNPq, da FAPESP e da CAPES.
[14:03] <adelmaa> Para conhecerem a vasta obra do professor Moran basta vocês acessarem o google acadêmico: https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=google+academico+-+Jose+manuel+moran
[14:03] <adelmaa> ou assistirem vídeos aqui: https://www.youtube.com/results?q=Jose+Manuel+Moran.
[14:03] <adelmaa> Agradecemos ao Prof Moran pelo carinho demonstrado ao conseguir encontrar em sua agenda um espaço para nosso vento. Sabemos que sua agenda é apertada e que seu dia adia é muito atribulado com diversas atividades. Nosso mais sincero muito obrigada!
[14:04] <Moran> Muito obrigado, Adelia. José Moran Sou espanhol, um dos fundadores da Escola do Futuro e Professor de Novas Tecnologias na USP. Gerencio pesquisas e projetos de inovação, com metodologias ativas e tecnologias digitais. Sou autor do livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá (Papirus) e do blog Educação Humanista Inovadora
[14:04] <adelmaa> Neste instante passo a palavra para a Profa Dra Daniervelin Marques para fazer a moderação deste evento.
[14:04] <daniervelin> Boa tarde a todos!
[14:04] <daniervelin> Algumas orientações para quem participa pela primeira vez:
[14:04] <daniervelin> teremos 40 minutos de apresentação do conferencista
[14:04] <daniervelin> a apresentação acontece apenas por escrito, no chat, ou seja, não há vídeo nem áudio
[14:04] <daniervelin> durante esse tempo, a sala estará moderada (apenas o apresentador tem voz)
[14:04] <daniervelin> após a conferência, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas nas duas conferências
[14:04] <daniervelin> o conferencista de hoje não utilizará slides. Então, por favor, desconsiderem o campo ao lado para inserir código, pois ele não será necessário
[14:05] <daniervelin> vocês podem regular o tamanho do chat ajustando a coluna vertical entre as partes (ao meio desta página de internet)
[14:05] <daniervelin> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:05] <daniervelin> Prof. Moran, pode começar, por favor. Obrigada por aceitar o convite do STIS!
[14:05] <Moran> Obrigado a todos. Bem-vindos
[14:06] <Moran> A educação como construção de histórias pessoais e grupais significativas As histórias são formas de querer parar o tempo, guardar os melhores momentos, antecipar nossas possibilidades. O tempo passa tão rápido, que nos apegamos a todas as histórias que nos ajudem a “detê-lo”, a estendê-lo, a permanecer para sempre. Mitos, parábolas, metáforas (mitos das origens e do futuro – Paraíso)
[14:06] <Moran> Quero comentar rapidamente a relação entre educação e historias pessoas (construção) para vocês que são de Letras. Espero contribuir um pouc.
[14:07] <Moran> Um mini-resumo: Educação: aprender a construir nossas histórias, a experimentá-las, a modifica-las, a esquecer algumas (desaprender). Educação: histórias em ação. Aprender com histórias, que nos impulsem a agir, a evoluir, a transformar-nos.
[14:08] <Moran> As histórias: fundamentais para aprender. Aprendemos com histórias do passado – futuro Real – Imaginário Histórias, roteiros, notícias, jogos Hoje: excesso no tempo dedicado a outras histórias (espectadores de muitas histórias dos outros) desatenção em construir nossas histórias. O professor é um grande contador d
[14:09] <Moran> O professor é um grande contador de diferentes histórias interligadas. O aluno aprende com a história viva do professor, com suas narrativas, lembranças, sonhos, realizações. O professor que atrai os alunos é o que conta e constrói histórias interessantes.
[14:09] <Moran> A educação no sentido mais amplo é aprender - e ajudar a que outros aprendam pela comunicação e compartilhamento - a construir histórias de vida, que façam sentido, que nos ajudem a compreender melhor o mundo, aos demais e a nós mesmos; que nos estimulem a evoluir como pessoas, a fazer escolhas, nos libertem das nossas dependências e nos tornem mais produtivos e realizados em todos os campos, como pessoas e cidadãos.
[14:10] <Moran> Bruner mostra que as narrativas são linguagens que contribuem para tornar significativa a aprendizagem na vida dos estudantes através da interação pela reelaboração das diversas experiências. (BRUNER, 2001).
[14:11] <Moran> A educação de qualidade nos ajuda a construir histórias relevantes. A pessoa motivada para aprender consegue evoluir mais e desenvolver um projeto de vida mais significativo. Por isso, além de saber contar histórias e estimular os alunos a que contem suas histórias, é fundamental que os ajudemos a perceber que a vida é uma grande história que vale a pena ser vivida e que a vamos construindo em capÃtulos sucessivos: como crianÃ
[14:12] <Moran> Isso amplia enormemente o potencial motivador para viver, e facilita a percepção de que, no meio de múltiplas pequenas histórias, estamos construindo uma narrativa silenciosa que as integra em uma sequência significativa.
[14:12] <Moran> O projeto de vida é a grande história que precisa ser estimulada em cada aluno pelos adultos. Na educação escolar partimos de um saber formal pronto e não damos o devido valor ao saber construído pelos alunos, que se expressa em como cada um navega pelas informações, experiências, práticas e as estrutura, reelabora a partir de múltiplos textos que constituem narrativas, histórias.
[14:14] <Moran> Ivor GOODSON pesquisa há anos as histórias de vida como processos de aprendizagem: “Ver a aprendizagem como algo ligado à história de vida é entender que ela está situada em um contexto, e que também tem história – tanto em termos de histórias de vida dos indivíduos e histórias e trajetórias das instituições que oferecem oportunidades formais de aprendizagem, como de histórias de comunidades e situações em eu a aprend
[14:14] <Moran> 250)
[14:14] <Moran> O currículo e a aprendizagem são narrativas que também se constroem no percurso, em contraposição às narrativas prontas, definidas previamente nos sistemas convencionais de ensino
[14:15] <Moran> Nesta visão da aprendizagem como narrativas que se constroem no processo, é importante destacar a importância de equilibrar a construção coletiva, fruto de múltiplas formas de colaboração em diversos grupos, e a personalizada, em que cada um percorre roteiros diferenciadores.
[14:16] <Moran> A aprendizagem acontece no movimento fluido, constante e intenso entre a comunicação grupal e a pessoal, entre a colaboração com pessoas motivadas e o diálogo de cada pessoa consigo mesma, com todas as instâncias que a compõem e definem.
[14:16] <Moran> O diálogo pessoal constante e atento mantém os canais abertos para a intuição, para uma percepção mais ampla e acurada, para mapear melhor o que pode ajudar-nos e enriquecer-nos como pessoas, para iluminar sentidos obscuros, rever crenças inadequadas, superadas, simplistas e poder descartá-las.
[14:17] <Moran> Aprender a relacionar melhor, a aprofundar as informações relevantes, a tecer costuras mais complexas, navegar entre as muitas ondas que atravessamos.
[14:18] <Moran> Num mundo tão agitado, de múltiplas linguagens, telas e efervescências, aprender a refletir e focar é decisivo para ter maior riqueza interior, profundidade de visão e comunicação criadora.
[14:18] <Moran> É na síntese dinâmica da aprendizagem personalizada e colaborativa que desenvolvemos todo o nosso potencial como pessoas e como grupos sociais, ao enriquecer-nos mutuamente com as múltiplas interfaces do diálogo dentro de cada um, alimentando e alimentados pelos diálogos com os diversos grupos nos quais participamos, com a intensa troca de ideias, sentimentos e competências em múltiplos desafios que a vida nos oferece.
[14:19] <Moran> A sociedade é cada vez mais dinâmica e as interconexões também. Tudo está interligado, aprendemos continuamente uns com os outros, juntos fisicamente ou conectados, com diferentes grupos com os que nos relacionamos. A aprendizagem contínua, ao longo da vida e em múltiplos grupos e redes – físicas e digitais – é uma das características marcantes da atualidade.
[14:20] <Moran> As tecnologias “propiciam a reconfiguração da prática pedagógica, a abertura e plasticidade do currículo e o exercício da coautoria de professores e alunos. Por meio da midiatização das tecnologias de informação e comunicação, o desenvolvimento do currículo se expande para além das fronteiras espaços-temporais da sala de aula e das instituições educativas; supera a prescrição de conteúdos apresentados em livros, porta
[14:20] <Moran> estabelece ligações com os diferentes espaços do saber e acontecimentos do cotidiano; e torna públicas as experiências, os valores e os conhecimentos, antes restritos ao grupo presente nos espaços físicos, onde se realizava o ato pedagógico”. (ALMEIDA & VALENTE, 2012)
[14:21] <Moran> As múltiplas formas de colaboração, hoje, entre pessoas próximas e conectadas, com dispositivos móveis, possibilitam a aceleração da aprendizagem individual, grupal e social, pelas múltiplas articulações, interligações, narrativas, desdobramentos, em todos os campos, atividades e situações em que nos envolvemos, discutimos, atuamos e compartilhamos. O compartilhamento gera aprendizagens e produtos muito mais rápida, barata e
[14:22] <Moran> Os movimentos de crowdsourcing - modelos abertos de produção e resolução de problemas online - são a expressão mais visível da riqueza de projetos que se tornam viáveis, concretos, pela colaboração. O crowdsourcing bem planejado e executado agiliza a geração de ideias novas, reduz o tempo de investigação, com custos muito inferiores aos convencionais, porque combina diferentes expertises e competências através do compartilh
[14:23] <Moran> Muitas pessoas partilham conhecimentos e recursos que lhes permitem criar uma vasta gama de bens e serviços que qualquer um pode usar e modificar. Os movimentos de aprendizagem com recursos abertos, de utilização de ambientes digitais compartilhados estão comprovando com múltiplas iniciativas concretas - como a Wikipedia, Cursos Massivos Online (Moocs) - que quando mais colaboramos mais aprendemos e mais soluções criamos para a soci
[14:24] <Moran> Aplicativos como o Waze mostram a importância do compartilhamento das informações online para a atualização do trânsito, o que reorienta as escolhas dos roteiros de viagem individuais e também os da cidade como um todo, modificados dinamicamente pelo compartilhamento.
[14:25] <Moran> A colaboração nos ajuda a desenvolver nossas competências, mas também pode provocar-nos muitas tensões, desencontros, ruídos e decepções.
[14:25] <Moran> A colaboração na aprendizagem se realiza em um espaço fluido de acolhimento e de rejeição, que nos induz a repensar as estratégias traçadas previamente, dada a diversidade, riqueza e complexidade de conviver em uma sociedade multicultural em rápida transformação.
[14:26] <Moran> A rapidez com que interagimos nos ajuda e nos complica. Nos ajuda a situar-nos, a atualizar-nos, a circular digitalmente, a visibilizar-nos em inúmeras possibilidades de expressão; mas também facilita a dispersão. É muito difÃcil concentrar-se, focar-se num tema especÃfico por muito tempo. O acesso contÃnuo a redes sociais traz informações interessantes, mas tende a desviar-nos do objetivo inicial de um trabalho ou projeto, se nÃ
[14:27] <Moran> As redes também mostram, com frequência, diferentes graus de narcisismo, dos banais (“selfies”) até os doentios (exibicionismo exacerbado, necessidade incessante de aprovação). Muitas pessoas nas redes sociais buscam manter vínculos só com as que pensam igual, o que tende a reforçar preconceitos e dificultar mudanças.
[14:28] <Moran> Há muita colaboração com quem me confirma com “curtidas” (Gostei!) e apoios e muito reforço mútuo para desacreditar – muitas vezes agressivamente – pontos de vista diferentes, ideologias contrárias, sem ouvir, ler, comparar e fazer uma avaliação cuidadosa.
[14:28] <Moran> Predomina o devir, a embriaguez do teclar, de postar, a busca pelo exótico, pelos vídeos mais bizarros, por ser aprovado pelos demais em detrimento de uma aprendizagem mais rica, abrangente e profunda.
[14:29] <Moran> Acontece frequentemente nas redes sociais, como o Facebook, WhatsApp ou Twitter, uma colaboração tão dinâmica quanto superficial, onde se “retuitam” textos e imagens tolos, sem tempo para uma avaliação prévia, sem medir os preconceitos arraigados, as agressões diretas ou indiretas e os danos que podem causar.
[14:30] <Moran> O educador como articulador de narrativas, tempos e espaços
[14:31] <Moran> A comunicação entre professores e alunos nos coloca frente a frente com narrativas diferentes, com muitas histórias de vida, com várias metáforas de visualizar e representar o mundo. Essas histórias pessoais compartilhadas nos ajudam a iluminar nossa trajetória, dificuldades e sonhos. O clima de acolhimento, de confiança, incentivo e colaboração são decisivos para uma aprendizagem significativa e transformadora.
[14:31] <Moran> O professor é um comunicador, curador de conteúdos, um mediador entre pessoas diferentes que ajuda a que todos consigam desenvolver as competências e conhecimentos esperados, no ritmo e da forma mais adequada para cada um. A comunicação hoje é bidirecional e multidirecional: O professor fala com todos, todos falam com ele e entre si e cada aluno pode falar com o outro.
[14:32] <Moran> É uma comunicação múltipla, diversificada, flexível, muito rica e cheia de surpresas, porque cada interação modifica a resposta seguinte, cada contribuição. A novidade da comunicação é que cada vez é mais misturada, blended, parte em um mesmo espaço físico e parte em ambiente virtual. Há comunicações que se fazem frente a frente fisicamente e outras frente a frente virtualmente; umas em tempo real (físico ou virtual) e o
[14:33] <Moran> A educação hoje precisa equilibrar o contato físico e o virtual, as atividades lúdicas com as mais estruturadas, as atividades mais exploratórias com as mais focadas, concentradas, a colaboração e a individualização.
[14:34] <Moran> O que a tecnologia traz hoje é integração de todos os espaços e tempos. O ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que se mescla, hibridiza constantemente. Por isso a educação formal é cada vez mais blended, misturada, híbrida, porque não acontece só
[14:35] <Moran> mas nos múltiplos espaços do cotidiano, que incluem os digitais.
[14:35] <Moran> O digital facilita e amplia os grupos e comunidades de práticas, de saberes, de coautores. O aluno pode ser também produtor de informação, coautor com seus colegas e professores, reelaborando materiais em grupo, contando histórias (story telling), debatendo ideias num fórum, divulgando seus resultados num ambiente de webconferência, num blog ou página web.
[14:36] <Moran> Essa mescla, entre sala de aula e ambientes virtuais é fundamental para abrir a escola para o mundo e para trazer o mundo para dentro da escola.
[14:36] <Moran> Uma outra mescla, ou blended é a de prever processos de comunicação mais planejados, organizados e formais com outros mais abertos, como os que acontecem nas redes sociais, onde há uma linguagem mais familiar, uma espontaneidade maior, uma fluência de imagens, ideias e vídeos constante.
[14:37] <Moran> Aprendizagem com metodologias ativas, aula invertida, desenvolvimento de projetos, jogos e histórias
[14:38] <Moran> As tecnologias WEB 2.0, gratuitas, facilitam a aprendizagem colaborativa, entre colegas, próximos e distantes. Cada vez adquire mais importância a comunicação entre pares, entre iguais, dos alunos entre si, trocando informações, participando de atividades em conjunto, resolvendo desafios, realizando projetos, avaliando-se mutuamente.
[14:38] <Moran> Fora da escola acontece o mesmo, a comunicação entre grupos, nas redes sociais, que compartilham interesses, vivências, pesquisas, aprendizagens. Cada vez mais a educação se horizontaliza e se expressa em múltiplas interações grupais e personalizadas
[14:39] <Moran> O professor também interage com todos e cada um dos alunos, como articulador entre sua história pessoal e as diversas histórias que se interligam num grande mosaico, que mostra narrativas que fazem cada vez mais sentido, que ajudam a visibilizar o que estava confuso e que iluminem os projetos futuros de cada um como pessoas e cidadãos.
[14:40] <Moran> Finalizando (Por enquanto)
[14:40] <Moran> Conclusão Pela comunicação pessoal e grupal abertos podemos construir – nos espaços educacionais formais e informais – narrativas ricas, libertadoras, que tornem mais visíveis nosso conhecimento, sentimentos, valores.
[14:40] <Moran> Um currículo aberto com metodologias ativas, com a mediação das tecnologias digitais e de professores experientes, pode transformar a educação formal em aprendizagens vivas, integradoras, descobridoras de novos sentidos para nossas histórias fragmentadas e contraditórias.
[14:41] <Moran> Quando focamos a aprendizagem de cada aluno – sozinhos e em grupo – ajudamos a tornar mais perceptível como construímos um sentido para nossas diferentes histórias; como elaboramos nossa grande narrativa - que explicita as tensões entre os sonhos e as realizações- os roteiros que nos definem como pessoas diferentes, alimentados por sonhos, realizações e desencontros em todos os campos pelos quais transitamos.
[14:42] <Moran> O importante é perceber como construímos nosso projeto de vida como uma história viva, cheia de realizações, e de escolhas mais livres e plenas.
[14:43] <Moran> Bibliografia ALMEIDA, M. E. & VALENTE, J. Integração currículo e tecnologias e a produção de narrativas digitais. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 3, p. 57-82, Set/Dez 2012 BRUNER, J. A Cultura da Educação. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. BUZATO, M. Letramentos digitais, apropriação tecnológica e inovação. In III Encontro Nacional sobre Hipertexto. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizont
[14:44] <Moran> JESUS, A. G. Narrativas digitais: uma abordagem multimodal na aprendizagem de inglês. 2010. Mestrado em Educação. Universidade do Minho, Braga. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/14496. Acesso em: setembro de 2014. MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 5ª Ed. Campinas: Papirus, 2014. MORAN, J., MASETTO, M. & BEHRENS, M. Novas tecnologias e mediação pedagógica.
[14:44] <Moran> REGUILLO, Rossana. Navegaciones errantes. De músicas, jóvenes y redes: de Facebook a Youtube y viceversa. Comunicación y Sociedad, Guadalajara, Mx, no.18, julhodezembro, 2012. ROGERS, Carl. Tornar-se pessoa. Lisboa: Moraes Editores, 1984. SIEMENS, George. Connectivism: A learning theory for the digital age. International Journal of Instructional Technology and Distance Learning, 2005. 2:3-10. Disponível em http://www.elearnspace.org/Ar
[14:46] <Moran> Este texto foi publicado, de forma mais completa, em
[14:46] <Moran> MORAN, José. Construindo novas narrativas significativas na vida e na educação. In: PORTO, Ana Paula Teixeira; SILVA, Denise Almeida; PORTO, Luana Teixeira. Narrativas e mídias na escola. Frederico Westphalen: URI, 2014. p. 43-58. (Série novos Olhares, v. 7)
[14:46] <Moran> E está disponível online no meu blog da USP: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2016/04/construindo.pdf
[14:48] <daniervelin> Obrigada, Prof. Moran!
[14:48] <Moran> Tenho também alguns links para a questão de tecnologias para construir histórias
[14:48] <daniervelin> já finalizou sua apresentação?
[14:48] <daniervelin> Caros participantes, pedimos, por favor, para manter a organização, que aguardem nosso sinal para fazerem perguntas, de modo que o prof. Moran possa responder cada uma.
[14:48] <daniervelin> Pedimos agora que UMA SÓ PESSOA faça pergunta e o restante aguarde, por favor.
[14:48] <Moran> Finalizei sim
[14:49] <daniervelin> Obrigada! Alguém quer fazer a primeira pergunta ou comentário?
[14:49] <regina_> eu gostaria
[14:49] <MARCOSUEMG> Professor li um peça sua "Principais diferenciais das escolas mais inovadoras"
[14:49] <MARCOSUEMG> são sugestões ou resultados de pesquisa?
[14:50] <Moran> Marcos: A Adelma me pediu para disponibilizar os links. Depois lhe respondo, por favor
[14:50] <Moran> Tecnologias para contar histórias, roteiros: Digital Story Telling - story telling Passo a passo para criar narrativas digitais http://www.ich.pucminas.br/pged/arquivos/cb/NarrativasDigitais_Tutorial_PPoint2Youtube_V3.pdf http://pt.slideshare.net/kbosch/digital-storytelling-with-an-ipad?ref=http://www.educatorstechnology.com/2014/01/a-great-presentation-on-use-of-ipad-for.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter
[14:50] <daniervelin> regina_, pode perguntar sim
[14:50] <MARCOSUEMG> Ok professor!
[14:51] <Moran> Gamificação http://opusphere.com/a-inevitavel-gamificacao-da-educacao/ http://www.edudemic.com/games-in-education/
[14:51] <Moran> Fazgame – Aprenda a criar um jogo
[14:51] <MARCOSUEMG> o link da PUC tá quebrado
[14:51] <Moran> Manecraft 1.8
[14:52] <regina_> posso perguntar agora?
[14:52] <regina_> Eu gostaria de saber se as ferramentas que o professor criou
[14:52] <thaiscerqf> Boa tarde! Estou pesquisando recentemente sobre o assunto é gostaria de uma referência do seu trabalho que poderia me servir como base para próximas pesquisas! Abraços!!
[14:52] <regina_> sao uteis somente para trabalhar narrativas com os alunos
[14:52] <regina_> ou elas podem se adaptadas para outros objetivos
[14:52] <regina_> ?
[14:52] <Moran> Marcos: Os textos são análises de pesquisas feitas e reflexões, é uma pouco misturado
[14:53] <MARCOSUEMG> tá certo! Obrigado
[14:53] <regina_> Professor Moran, eu gostaria de saber
[14:53] <MARCOSUEMG> PESSOAL, O TEXTO QUE ME REFERI ESTÁ NO SEGUINTE LINK: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/diferenciais.pdf
[14:54] <regina_> se as ferramentas criadas servem apenas para o ensino de narrativas ou podemos adapta-las para outras necessidades?
[14:54] <Moran> Regina e Thais: Eu trabalho com metodologias ativas com apoio de tecnologias digitais em currículos flexiveis...
[14:54] <Liramires> Minutos preciosos Professor, muito obrigada. Teria como ampliar nosso conhecimento com sua menção a nossos alunos com necessidades especiais?
[14:54] <Moran> Contar e produzir histórias é um pedaço desta visão mais ampla
[14:54] <regina_> Eu pergunto isso, porque estou agora elaborando material didatico
[14:54] <Moran> Trabalho com problemas, projetos, desafios, jogos, histórias...
[14:54] <regina_> para facilitar o acesso de criancas as regras de ortografia
[14:55] <Moran> Hoje só foquei um pedacinho de um todo mais amplo
[14:55] <regina_> Antes eu fiz um levantamento nas escolas sobre os problemas mais graves
[14:55] <regina_> agora eh o momento do retorno
[14:56] <educartem> Obrigada Professor Moran pelo intercambio de cconteúdos e experiencias.
[14:56] <Moran> Se vocês pesquisam com atenção encontram as respostas às necessidades espeícifas - pessoas com necessidades especiais, ou para a ortografia....
[14:57] <regina_> obrigada, professor
[14:57] <thaiscerqf> E foi um "pedacinho" desse grande conteudo foi muito enriquecedor! Obrigada!
[14:58] <Moran> Faz muitos anos que não participou de um chat só por texto.
[14:58] <MARCOSUEMG> Uma outra pergunta e última professor. Eu também sou ativo defensor do uso das tecnologias digitais, conectivismo, heutagogia etc. O sr. tem alguma pesquisa que mostre as desvantagens dos usos dessas tecnicas, a contramão do nosso viés?
[14:58] <Liramires> Grata, Prof. Moran!
[14:58] <Moran> Estou a disposição para poder crespnder a questões mais específicas no meu email moran10@gmail.com
[14:59] <thaiscerqf> Ok .
[14:59] <regina_> vou incomoda-lo professor, sua palestra foi muito importante pra mim
[15:00] <MARCOSUEMG> acredito que para todos nós
[15:00] <Moran> Vocês encontram textos diferentes no meu blog da usp www2.eca.usp.br/moran
[15:00] <MARCOSUEMG> Obrigado professor e aos organizadores pela bela palestra.
[15:01] <Moran> ou no meu blog moran10@blogger.com
[15:01] <MARCOSUEMG> E a meus alunos da UEMG, tambem presentes aqui
[15:01] <Moran> A conexao da Adelma caiu, está tentando reentrar
[15:02] <adelmaa> Voltei!
[15:02] <nethy> Ótima palestra!
[15:03] <Moran> Falei ontem com a Adelma de incrementar o texto com som e vídeo. Hoje de manhã participei de uma videoconferência com chat. Fica mais viva
[15:03] <educartem> obrigada professor. O grupo de pesquisa está disponível para a entrada de colaboradores?
[15:03] <AnnaTheresa95_> Obrigada pela palestra Prof. Moran
[15:03] <adelmaa> Prezados, peço que façam um a um as perguntas para que o prof Moran posa responder calmamente.
[15:05] <Sebastian> Obrigada pela palestra Prof. Moran , muito boa!
[15:06] <adelmaa> Professor, Mussachio disse" para este aluno que está ai uma nova escola ha de surgir!". Concordo com ele totalmente. Mas oque fazer para mudar as licenciaturas einda tão arraigadas ao ensino apenas no quadro e giz?
[15:06] <Hugo> Muito boa a palestra, obrigado Prof. Moran
[15:06] <Moran> Estou a disposição de vocês no email. Posto materiais interessantes no Facebook jmmoran10
[15:07] <Moran> Hoje estava em um evento da Universidade Mackenzie sobre o Moodle
[15:08] <Moran> e participamos de um Hangout com perguntas por chat para um brasileiro em Australia, ao vivo. Muito rico
[15:08] <Moran> (Video, som e texto, interligados
[15:08] <educartem> sim,
[15:08] <marlonuemg> professor como você a dificuldade de acesso a internet nas escolas como internet lenta e falta de computadores para o acesso a educação digital ?
[15:09] <apdiniz> Parabéns pela brilhante exposição !Gostaria de saber se há pesquisas semelhantes no ensino superior.
[15:09] <Moran> Marlo: É muito triste que muitas escolas não tenham uma conexão boa. Dificuta o desenvolvimento de competências fundamentais para o mundo de hoje
[15:10] <Moran> O digital não é um luxo, é condição de sobrevivência nos próximos anos
[15:10] <Moran> principalmente para os mais novos
[15:10] <ELIS> eles enviam depois fábio
[15:12] <marlonuemg> vejo nas escolas que vou grande difilculdade no acesso as salas de informatica e uma conexão lenta principalmente nas zonas rurais
[15:12] <Moran> Adelma: Já torturei vocês bastante com meus textos. Agradeço a paciência de cada um de vocês e fico a disposição de vocês, sempre!
[15:13] <educartem> Creio que existem muitas escolas no mundo sem acesso a internet.
[15:13] <Moran> Desejo-lhes que enfrentem as dificuldades com coragem, força, para encontrar as saídas criativas possíveis, dentro das dificuldades de infraestrutura que temos nas nossas escolas
[15:14] <thaiscerqf> Obrigada professor!
[15:14] <Liramires> E cmo elas são necessárias, Professor!
[15:14] <daniervelin> Prof. Moran, não nos torturou de forma alguma, pelo contrário!
[15:14] <rivaniatrotta> Obrigada Prof. Moran.
[15:14] <educartem> obrigada
[15:14] <daniervelin> Só agradecemos muito por ter dedicado um pouco do seu tempo para apresentar aqui hoje
[15:15] <Moran> Fiquem bem. Coragem e carinho para cada um. Grande abraço e obrigado. Valeu!
[15:15] <rivaniatrotta> Suas reflexões trouxeram novas perspectivas para mim, especialmente no que concerne à criação de narrativas.
[15:15] <daniervelin> Prezados, o STIS está agora encerrando nossas atividades. Contamos com todos no próximo evento, em maio. Até lá!
[15:15] <Moran> bye
[15:15] <Moran> Até. Abraço
[15:15] <daniervelin> Os certificados de participação podem ser solicitados no site: http://stis.textolivre.org/site/certificados
[15:17] <adelmaa> Prezado professor, foi uma honra Tê-lo em nossa Sala de Conferência Virtual do STIS. Agradecemos pela sua honrosa presença.
[15:17] <Sebastian> Até mais pessoal , foi uma ótima palestra, abraço a todos!
[15:17] <adelmaa> Como aprofessora Rivânia tão bem salientou aprendemos todos muito com sua conferência.
[15:18] <diogosantos> Excelente palestra!
[15:18] <educartem> Um grande abraço a todos e obrigada pela oportunidade de participar destas atividades.
[15:19] <diogosantos> Agradeço muitíssimo! Foram muitas informações interessantes!
[15:19] <adelmaa> Ficamos agradecidos também a todos os participantes com sua presença e se mostraram aqui dispostos aprender, acima de tudo.
[15:19] <danilorcesar> Pessoal, apesar de o seminário ser online, temos o registro de tudo
[15:19] <Liramires> Grata Proª. Adelma.
[15:20] <educartem> Seminarios como este sao uma grande oportunidade de trocar informaçoes. É um orgulho para a Educaçao brasileira, sempre na frente com inovaçoes.
[15:23] <Liramires> Profª Adelma, seremos notificados do próximo encontro por meio de nosso e-mail?
[15:24] <adelmaa> Prezados participantes no próximo mês receberemos mais dois outros conferencistas. Sigam nossas postagens!
[15:24] <Liramires> Tomei conhecimento do STIS hoje... imagino o quanto tenho perdido...
[15:25] <viviane> Obrigada pela palestra, copiei o texto para poder ler com mais fluência pois fica ruim ler aos poucos. Mesmo assim, foi muito válido. Parabéns aos organizadores e muito obrigado ao professor Moran.
[15:25] <adelmaa> Przada Lamires, você pode ter acesso a todos as conferência acesando nossoa página e lá clicando em registros, ok!
[15:26] <Liramires> Tenha certeza que compensarei o tempo perdido... adorei a experiência!
[15:28] <adelmaa> Agradeço a presença de todos.
[15:29] <adelmaa> Prof. marcosuemg infelizmente nem todos aproveitam este espaço de aprendizado para o bem próprio.
[15:30] <apdiniz> Obrigada aos organizadores pela oportunidade e irei divulgar a página do grupo na universidade que trabalho.
[15:30] <adelmaa> Nós do STIS oferecer a todos a oportunidade rara do encontro, mesmo que virtual , com grandes educadores do mundo.
[15:31] <adelmaa> ops oferecemos..
[15:32] <adelmaa> Esperamos que todos aproveitem esta rara ocasião para crescimento pessoal. Fizemos nossa parte!
[15:32] <Liramires> Vocês estão 'materielizando" os sonhos, as expectativas e os ensinamentos do Prof. Moran.
[15:32] <adelmaa> O STIS é pensado para vocês!
[15:32] <Liramires> "materializando"...
[15:33] <adelmaa> Nosso objetivo é extamente este oferecer a todos a oportunidade de ter acesso ao conhecimento apenas com um clique.
[15:34] <adelmaa> Sabemos do impacot que queremos oportunizar a todos e, para isso, contamos com a ajuda de pessoas sérias como vocês para divulgar nosso evento.
[15:35] <adelmaa> Prezado(a) apdiniz, obrigada pela colaboração. Divulgue mesmo!
[15:36] <Liramires> Este tipo de projeto, na minha singela opinião, valoriza, ratifica a importância e tira do "limbo" a aprendizagem por EAD
[15:36] <Guilherme> Interessante
[15:36] <adelmaa> No dia 20 DE MAIO teremos duas conferências: Português como língua estrangeira (relatos) Conferencistas: Prof Drª Nilma Dominique (MIT/ EUA) e Profª Ms. Simone Garofalo (FALE/UFMG).
[15:37] <adelmaa> Obrigada a todos!
[15:38] <Liramires> Nós é que agradecemos.
[15:40] <diogosantos> Profa. Adelma, o link do YouTube disponibilizado pelo Prof. Moran aos [14:53] está como "privado".
[15:40] <diogosantos> Saberia dizer se o vídeo será alterado para "público" para termos acesso? Obrigado!
[15:40] <adelmaa> Entraei em contato com ele e avisarei,ok! Obrigada!
[15:41] <adelmaa> Não poderei afiramr nada por enquanto.
[15:41] <adelmaa> mas direi e ele ,provavelmente, mudará o estado,viu!
[15:41] <diogosantos> URL:
[15:41] <diogosantos> Os outros estão funcionando! Muito Obrigado!
[15:43] <adelmaa> Ok, diegosantos, falarei e veremos se ele alterará.
[15:43] <adelmaa> Aconselho você também a escrever para ele em sua página no face.
[15:44] <adelmaa> Avise que você assistiu esta conferência e não teve acesso ao vídeo.
[15:44] <diogosantos> Agradeço a sugestão!
[15:44] <adelmaa> Ele, certamente, vai adorar você ter dado este aviso,viu!
[15:44] <adelmaa> Não deixe de nos seguir.
[15:45] <adelmaa> Amigos, até dia 20 d emaio.
[15:46] <adelmaa> Tchau! Esperamos contar com a presença de vocês. ;)
[15:46] <diogosantos> Estaremos lá! =)
[15:48] <meridamari> Diogo, como faço para acessar os outros vídeos que você mencionou?
[15:50] <diogosantos> Basta clicar nos links diretamente ou copiá-los para o navegador.
[15:52] <meridamari> você pode copiá-los de novo aqui ? Não consigo ver as mensagens anteriores.
[15:54] <diogosantos> Entrevista e palestras do Prof. Moran: https://www.youtube.com/results?q=Jose+Manuel+Moran
[15:54] <diogosantos>
[15:54] <diogosantos>
[15:55] <diogosantos> Os outros links são de apresentações, artigos publicados, etc... são muitos para copiar.
[15:56] <meridamari> Ok, muito obrigada!
[15:56] <diogosantos> Disponha!
[15:56] <diogosantos> Obrigado a todos, abraços e até o dia 20/05!
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Based on a work at Texto Livre.
4. Maio: Português para Estrageiros e Estratégias linguísticas
STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Simone Garofalo e Nilma Dominique
Conferência dupla STIS MAIO 2016
Dia 20 de maio das 15 às 17 horas, na Sala de Conferências do STIS
O ensino de língua portuguesa para estrangeiros: experiências e perspectivas
(Profa. Ma. Simone Garofalo – Ensino Básico de Contagem/Português para estrangeiros)
Resumo: A língua portuguesa tem sido objeto de aprendizagem por parte de muitos estrangeiros no mundo atual devido à importância política e econômica conquistada pelos países que a possuem como língua oficial. No Brasil, a procura por professores que ensinam o português para estrangeiros em aulas particulares ou em cursos de idioma aumentou. Contudo, cursos para a formação desse profissional ainda são escassos. As especificidades das aulas de português para estrangeiros em contexto de imersão – tais como a pluralidade de culturas numa mesma sala, a interculturalidade inerente, a cultura brasileira imbricada ao ensino da língua, os livros didáticos, o público encontrado nas salas de aula, os programas de intercâmbio, os imigrantes em solo brasileiro, o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (CELPE-Bras), a formação de professores, entre outras – perfazem a proposta de exposição desta conferência.
Ações falam mais que palavras. Estratégias extralinguísticas em uma comunicação efetiva
(Prof. PhD Nilma Dominique –Language Coordinator Global Studies and Languages (GSL) – MIT - USA)
Resumo: O entendimento mútuo e a cooperação na interação entre os indivíduos são condições básicas para a convívio humano. A compreensão não pode existir sem um processo comunicativo, quer dizer, um processo de codificação e decodificação de informação. Isto significa que é necessário haver um compartilhamento de um código, de forma que o emissor e o receptor atribuam significado similar à mensagem. Os estudos sobre a comunicação humana baseados somente no modelo clássico costumam esquecer-se de que a comunidação não pode ser entendida através da mera apresentação de um conjunto de palavras ou expressões juntas que produzirão o mesmo efeito inclusive quando os interlocutores são diferentes. Entretando, os enfoques modernos sobre comunicação humana não somente incluem a produção linguística, mas também informação sobre gestos, comportamentos e outros aspectos que tornam uma comunicação completa e eficaz, os quais serão apresentados nesta conferência.
4.1. registro maio
LOG: Simone Garofalo e Nilma Dominique
Registro da Conferência em chat escrito, de 20 de maio de 2016:
O ensino de língua portuguesa para estrangeiros: experiências e perspectivas
conferencista: Profa. Ma. Simone Garofalo
Ações falam mais que palavras. Estratégias extralinguísticas em uma comunicação efetiva
conferencista: Prof. PhD Nilma Dominique
moderador: Equipe STIS
[13:57] <adelmaa> É com imensa alegria que venho, em nome do Grupo STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC e da profª Drª Ana Cristina
[13:57] <adelmaa> Fricke Matte, dar boas -vindas a todos vocês que nos honram com sua presença: conferencista e participantes
[13:57] <adelmaa> O Stis é um programa de conferência realizado na penúltima semana de cada mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do
[13:58] <adelmaa> tema educação livre e democrática. O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do programa polvo denominado TEXTO LIVRE do CNPq, coordenado
[13:58] <adelmaa> pela Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte
[13:58] <adelmaa> Ao longo desta caminhada o STIS tem se firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior
[13:58] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 24 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores
[13:58] <adelmaa> tais como: Professoras Jorgelina Tallei ( UNILA), Carlos Henrique (UFJVN) , Carla Viana Coscarelli (UFMG), Luiz Tatit (USP), Maria Lucia Castanheira ( FAE/UFMG), Almeida Filho (UNB),
[13:58] <adelmaa> dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres) e o Julio Paz (Argentina). Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos:
[13:59] <adelmaa> CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidados do Prof. Marcelo
[13:59] <adelmaa> Buzzato. Para que este trabalho se concretize a cada mês contamos com a colaboração voluntária de uma equipe fantástica de seres humanas altruístas que compartilham da mesma
[13:59] <adelmaa> concepção de que as mudanças na nossa sociedade só acontecerão através do acesso a educação para todos. Assim, mais um ano de trabalho, de conferências extraordinárias, de
[13:59] <adelmaa> encontros de saberes e rica de experiência se inicia hoje no STIS. Com ele, novas ideias, novos projetos, novos expectativas, anseios e vontade de compartilhar o fazer educação de forma
[13:59] <adelmaa> democrática, ou seja, com acesso gratuito a todos os interessados. Este ano o GRUPO STIS tem desejos que almejamos concretizar: ampliar ainda mais nossas parceiras com instituições
[13:59] <adelmaa> educacionais e não educacionais que queiram, como a gente, dar acesso ao conhecimento a quem desejar recebê-lo. Para que o STIS apresente a vocês as melhores conferências e os
[13:59] <adelmaa> melhores conferencistas (claro!), contamos com uma equipe formada por 12 membros voluntários, que trabalham incansavelmente com amor, consciência e dedicação a uma só
[14:00] <adelmaa> causa: fazer a diferença no mundo por meio da educação Quero agradecer publicamente à Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte, idealizadora de todo Projeto Texto Livre, do qual o projeto
[14:00] <adelmaa> STIS é uma de suas crias. Agradeço pela confiança em mim depositada para coordenar este valioso projeto e ao meus/minhas membros da equipe STIS, nominalmente: Profª Drª
[14:00] <adelmaa> Daniervelin Renata Marques Pereira (UFTM),Profª Drª Elizabeth Guzzo de Almeida (UFMG/FAE), Prof Dr Carlos Henrique Silva de Castro (UFVJM), Profª Aline Resende Pereira
[14:00] <adelmaa> Marinho , Profª Fernanda Silva (UFMG), Profª Maria do Carmo Ferreira dos Santos (UFOP), Profª Thalita Santos Felício de Almeida (UFMG), Profª Drª Margareth de Souza Freitas
[14:01] <adelmaa> Thomopoulos (UFTPR), profª mS. Marina Pontes , Profª Drª Rivânia Maria Trotta Sant'Ana (UFOP), Prof Dr Danilo Rodrigues César (UFTM),Prof. Hugo Leonardo Canalli e Prof Dr
[14:01] <adelmaa> Woodson Fiorini de Carvalho. Farei agora uma breve apresentação de nossos conferencistas convidados.
[14:01] <adelmaa> Farei agora uma breve apresentação de nossos conferencistas convidados. Nossos dois conferencistas convidados são a profª Drª Nilma Monique (MIT) e profª Ms. Simone Garofalo (UFMG).
[14:01] <adelmaa> A profª Drª Nilma Dominique é coordenadora dos cursos de Língua Portuguesa no Instituto Tecnológico de Massachusetts, MIT. Ela iniciou o programa em 2010, desenhou e desenvolveu
[14:02] <adelmaa> o curriculum com cursos para diferentes níveis de aprendizagem. A Drª Dominique é formada em Letras Vernáculas pela Universidade Federal da Bahia, Ufba, com doutorado em Linguística
[14:02] <adelmaa> Aplicada pela Universidad de Alcalá, Madri, Espanha (2007). Possui longa experiência no ensino de Português como segunda língua, orientadora de professores de língua e como consultora linguística.
[14:02] <adelmaa> Antes de ensinar no MIT, Drª Dominique trabalhou no Departamento de Línguas Românicas da Universidade de Harvard por 6 anos. Em todos os anos foi premiada com o Certificate of
[14:03] <adelmaa> Distinction in Teaching do Derek Bok Center for Teaching and Learning. No MIT, recebeu o SHASS Levitan Award for Excellence in Teaching em 2012, prêmio concedido pela Escola de Humanidades, Artes e Ciências Sociais.
[14:03] <adelmaa> Seu livro, La Comunicación sin Palabras. Estudio Comparativo de Gestos Usados en España y Brasil, publicado na Espanha em 2013 (Alcalá University Press – UAH), é resultado de uma
[14:03] <adelmaa> pesquisa sobre os gestos emblemáticos mais comumente usados nas culturas espanhola e brasileira. Além de fornecer um panorama geral sobre os estudos sobre Comunicação não
[14:03] <adelmaa> Verbal, analisa-se o papel que os signos quinésicos desempenham na comunicação humana em geral, e o lugar que estes ocupam na aula de língua estrangeira.
[14:03] <adelmaa> A pesquisa da professora Dominique se concentra principalmente no ensino e aprendizagem de português e espanhol como segunda língua. Outros interesses são a comunicação
[14:04] <adelmaa> intercultural, língua e cultura, língua e identidade e sociolinguística. Nossa segunda conferencista é Profª Ms. Simone Garofalo. Mestre em Estudos Linguísticos
[14:04] <adelmaa> pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Graduada em Letras - Licenciatura em Português e Bacharelado em Linguística - pela mesma instituição. Tem experiência na área de
[14:04] <adelmaa> Letras, com ênfase em Linguística, mais especificamente: Estudos sobre Linguagem, Educação e Tecnologia; Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas; Ensino de Língua Materna; Ensino de
[14:04] <adelmaa> Português como Língua Estrangeira; Ensino a Distância; Formação de professores. Ministrou aulas na graduação em Letras da UFMG e vários cursos sobre ferramentas tecnológicas para
[14:05] <adelmaa> professores e alunos de diversas áreas de conhecimento. Integrante dos grupos de pesquisa Texto Livre (UFMG) e INFORTEC (CEFET-MG). Membro-fundadora do projeto MULD -
[14:05] <adelmaa> Movimento de União pelo Letramento Digital. Avaliadora de periódicos acadêmico-científicos, redações do ENEM e outros concursos. Atualmente, é Professora do Ensino Básico de Língua
[14:05] <adelmaa> Portuguesa da rede pública de Contagem e Professora de Português para Estrangeiros, atuando na coordenação do projeto de extensão "Português para estrangeiros em regime
[14:05] <adelmaa> especial de permanência no Brasil" da FALE/UFMG . É uma honra recebê-los a profª Drª Nilma Monique (MIT) e profª Ms. Simone Garofalo (UFMG)
[14:05] <adelmaa> como conferencistas convidados, em nossa sala virtual.
[14:06] <nilmadominique_> Muito boa tarde e muito obrigada pela presença de todos. É um imenso prazer poder participar em um dos Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS.
[14:06] <sigarofalo> Agradeço pelo convite e pela presença de todos.
[14:06] <adelmaa> Ante de começar explicarei como acontece este evento virtual.
[14:06] <adelmaa> Só um minutinho professoras.
[14:06] <thalita> boa tarde a todos
[14:07] <thalita> adelmaa, eu posso explicar
[14:07] <adelmaa> Antes de passar a palavra para as nossas conferencistas convidadas explicarei em detalhes o funcionamento desta nossa conferência virtual.
[14:07] <adelmaa> Boa tarde a todos! para quem participa pela primeira vez, explico como funcionará
[14:07] <thalita> cidaviegas, explicaremos o funcionamento
[14:07] <adelmaa> EXCEPCIONALMENTE o nosso evento de hoje. A primeira conferencista Profª Drª Nilma Dominique terá 30 minutos para sua apresentação.
[14:08] <adelmaa> Após sua apresentação abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias
[14:08] <adelmaa> expostas, ou seja, proporcionaremos a interação através das perguntas dos participantes e
[14:08] <adelmaa> respostas do conferencista. Após finalizado este tempo concluiremos a conferência da profa Drª Nilma Dominique. Moderarei a sala novamente e convidarei a prof. Ms Simone para dar
[14:08] <adelmaa> início a segunda conferência seguindo o mesmo procedimento da primeira conferência. Ao final desta interação encerraremos nosso evento de maio.
[14:08] <adelmaa> Os conferencistas de hoje não utilizarão slides. Então, por favor, desconsiderem o campo ao lado para inserir código, pois ele não será necessário vocês podem regular o tamanho do chat
[14:09] <adelmaa> ajustando a coluna vertical entre as partes (ao meio desta página de internet) desejamos um ótimo seminário a todos! Profª Drª Nilma Dominique, pode começar, por favor. Obrigada por aceitar o convite do STIS.
[14:09] <adelmaa> Professora Nilma Dominique, pode começar, por gentileza!
[14:09] <nilmadominique_> Olá a todos! Muito boa tarde e muito obrigada pela presença de todos. É um imenso prazer poder participar em um dos Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - STIS.
[14:09] <nilmadominique_> Gostaria de agradecer especialmente o convite das professoras Ana Matte e Adelma Araújo, bem como a toda a equipe envolvida na organização do mesmo.
[14:10] <nilmadominique_> Eu sou soteropolitana, formada em Letras pela Universidade da Bahia - Ufba - com doutorado em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá de Henares, em Madri, Espanha.
[14:10] <nilmadominique_> Atualmente ensino e coordeno os cursos de português no MIT - Instituto Tecnológico de Massachusetts, nos EUA.
[14:10] <nilmadominique_> Sempre me dediquei ao ensino de Português - língua, cultura e literatura - primeiro para alunos brasileiros, depois para estrangeiros. Mas nunca tinha me dado conta de quão complexo o sistema comunicativo é
[14:11] <nilmadominique_> até começar a ensinar PLE (Português Língua Estrangeira) e tentar ver e perceber os meus comportamentos com outros olhos - a partir do olhar do estrangeiro.
[14:11] <nilmadominique_> O tema sobre o que vou falar hoje está baseado no meu livro “La Comunicación sin Palabras
[14:11] <nilmadominique_> Estudio Comparativo de gestos Usados en España y Brasil”, publicado em espanhol em 2013 pela UAH – Alcalá University Press. Nele, faço uma reflexão profunda sobre a importância dos elementos não verbais numa comunicação efetiva.
[14:11] <nilmadominique_> Os dados que apresento são resultado de pesquisas, mas também de muita observação. Como professora de português parar estrangeiros, várias vezes me vi na necessidade de
[14:12] <nilmadominique_> ter que explicar aos alunos um gesto que acabava de realizar sem notar ou que os alunos tinham visto na rua, mas não conheciam o significado.
[14:12] <nilmadominique_> Nunca havia pensado que eles pudessem desconhecer o que para mim era tão óbvio que eu mesma considerava “universal”.
[14:12] <nilmadominique_> Falar, sem fazer uso da imensa quantidade de elementos não verbais e recursos expressivos que estão presentes na comunicação humana – como os gestos manuais, corporais ou faciais –
[14:13] <nilmadominique_> é praticamente impossível e, se tentássemos realizá-lo, além de ser necessário fazer um esforço consciente, o resultado seria totalmente artificial.
[14:13] <nilmadominique_> O entendimento mútuo e a cooperação na interação entre os indivíduos são condições básicas para a convivência humana.
[14:13] <nilmadominique_> A compreensão não pode existir sem um processo comunicativo, quer dizer, um processo de codificação e decodificação de informação. Isto significa que é necessário o compartilhamento de um código, de forma que o emissor e o receptor atribuam um significado similar à mensagem.
[14:14] <nilmadominique_> Quando falamos em comunicação não verbal, costumamos pensar imediatamente nos “gestos”, mas trata-se de um amplo complexo e de uma análise árdua.
[14:14] <nilmadominique_> Como afirmam Eisenberg e Smith (1975), “estudar a comunicação humana é examinar todos os meios pelos quais os seres humanos enviam informações e compartilham suas ações e sentimentos.
[14:14] <nilmadominique_> O estudo da comunicação não verbal é relativamente recente, e começou a ser estudado de forma mais sistemática na primeira metade do século XX.
[14:15] <nilmadominique_> Hoje, estudiosos de diferentes áreas (antropólogos, sociólogos, psiquiatras etc.) têm trazido novas e diferentes perspectivas, novos olhares para a importância dos signos não verbais.
[14:15] <nilmadominique_> A Linguística tenta enfocar a comunicação não verbal do ponto de vista interdisciplinar, considerando o que Poyatos (1970, 1994 e 2000) denomina “a estrutura tríplice básica da comunicação humana”.
[14:15] <nilmadominique_> Poyatos apresenta um dos trabalhos mais atuais, completos e multidisciplinares sobre como o ser humano usa os signos não verbais ao comunicar-se.
[14:16] <nilmadominique_> Ele propõe um instrumento descritivo e, ao mesmo tempo, teórico, que represente a comunicação humana básica em três níveis: o linguístico, o paralinguístico e o quinésico. O nível línguístico é composto pelos elementos verbais, vocais e léxicos.
[14:16] <nilmadominique_> O paralinguístico, de signos não verbais vocais, e o quinésico, de signos não verbais, não vocais. Todos estes níveis atuam em conjunto, seja de forma estrutural, semântica ou pragmática.
[14:16] <nilmadominique_> Além do mais, a cronêmica e a proxémica, que também integram os sistemas culturais, podem atuar de forma autônoma ou influenciar no sistema básico, modificando ou reforçando a informação linguística, paralinguística ou quinésica.
[14:16] <nilmadominique_> São condutas não verbais carregadas de significado e que atuam independentemente da expressão verbal, mas são tão informativas como ela.
[14:17] <nilmadominique_> No entanto, devido ao caráter involuntário e espontâneo, às vezes confiamos mais na informação não verbal que recebemos de nosso emissor, do que no que a pessoa nos diz verbalmente.
[14:17] <nilmadominique_> Para que fique mais claro, vamos dar alguns exemplos de cada sistema, exceto o verbal/linguístico, já que queremos nos concentrar nos elementos não verbais.
[14:17] <nilmadominique_> Começando pela PARALINGUAGEM. O sistema paralinguístico é parte de todas as atividades comunicativas não verbais que acompanham o comportamento verbal.
[14:18] <nilmadominique_> São sinais vocais, não verbais, que servem de comunicação e formam parte da interação comunicativa, como, por exemplo, o sarcasmo e a ironia.
[14:18] <nilmadominique_> Não estão necessariamente unidos às palavras, mas a modulação pode enfatizar determinadas palavras numa frase e influenciar na sua interpretação.
[14:18] <nilmadominique_> Por exemplo, em “JOÃO me disse toda a verdade”, a ênfase na palavra João indica a fonte da informação. Por outro lado, se eu digo “João disse TODA a verdade”, estarei enfatizando a quantidade de informação recebida.
[14:19] <nilmadominique_> Por enquanto, tudo bem ou eu estou indo muito devagar ou rápido demais?
[14:19] <adelmaa> Está excelente, nilmadominique_ !
[14:19] <nilmadominique_> Ok. Obrigada. Continuando...
[14:19] <nilmadominique_> Ou seja, os signos paralinguísticos são uma série de acontecimentos presentes na linguagem, mas que não formam parte da língua.
[14:20] <nilmadominique_> Fazem parte do deste sistema a intensidade e altura vocal, a extensão e o tempo de pronúncia das sílabas, as pausas, inalações, o riso, o choro, etc. Sabemos, por exemplo, que nós latinos costumamos ter um tom vocal mais alto que os asiáticos, por exemplo.
[14:20] <nilmadominique_> Mas quando comparamos as diferentes regiões do Brasil, o nordeste costuma apresentar um tom de voz mais alto que os sulistas, por exemplo.
[14:20] <nilmadominique_> Se comparamos diferentes culturas latinas como brasileiros, espanhóis e italianos, estes dois últimos costumam ter um tom de voz bastante mais alto que o nosso.
[14:20] <nilmadominique_> As interjeições e onomatopéias também estão entre os elementos paralinguísticos e que pouco aprendemos numa aula de língua estrangeira, de forma que, quando precisamos usar um deste signos num contexto normal de uso da língua alvo, nos soa completamente artificial.
[14:21] <nilmadominique_> Por exemplo, em inglês, para indicar dor, costuma-se dizer “ouch” quando nós , brasileiros, diríamos “ai”, “ui”. A representação mais próxima para nós brasileiros do som emitido por um cachorro seria algo como “au au”, para um galo, “cocoricó”.
[14:21] <nilmadominique_> Em inglês, os equivalentes são, respectivamente, “woof woof” e “cock-a-doodle-doo”. Até hoje não entendi como um galo poder fazer este som!
[14:21] <nilmadominique_> Numa segunda categoria estão a PROXÊMICA e a CRONÊMICA, que são parte dos sistemas de signos culturais podem atuar sozinhos, modificar ou acrescentar o significado aos signos dos demais sistemas não verbais.
[14:21] <nilmadominique_> Eles têm como objetivo, respectivamente, o estudo do uso e da percepção que os humanos fazem do espaço e do tempo.
[14:22] <nilmadominique_> A proxêmica analisa como o ser humano maneja o espaço. Uma análise territorial de uma cultura, pode mostrar o nível de sentimento de invasão, violação ou contaminação quando alguém se apropria de um espaço que lhe pertence.
[14:22] <nilmadominique_> É comum um americano sentir-se sufocado com a proximidade física que, por exemplo, nós brasileiros mantemos durante uma conversação.
[14:22] <nilmadominique_> Por outro lado, os brasileiros se surpreendem ao ver um americano pedir perdão simplesmente por passar perto de uma outra pessoa, sem tocá-la. Isso acontece porque ele ou ela reconhece que invadiu um espaço que pertencia ao outro.
[14:23] <nilmadominique_> Até um olhar fixo é uma demonstração de falta de educação, de violação do espaço do outro, e as crianças costumam aprender na escola que isto deve ser evitado.
[14:23] <nilmadominique_> Quanto à cronêmica, a forma como as sociedades conceituam, organizam e estruturam o seu tempo é muito diferente. Costuma-se separar as culturas em monocrônicas e policrônicas.
[14:23] <nilmadominique_> As comunidades ou os indivíduos caracteristicamente monocrônicos têm dificuldade de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Por outro lado, os policrônicos tendem a fazer diferentes atividades ao mesmo tempo.
[14:23] <nilmadominique_> A forma como organizamos o tempo também é parte do sistema cronêmico. Lembro-me de me surpreender muito a primeira vez que recebi um convite para uma festa indicando o início de e o final de uma festa.
[14:24] <nilmadominique_> E os horários geralmente são seguidos rigorosamente, tanto o de chegada quanto o de saída. Neste sentido, poderíamos dizer que os americanos são mais monocrônicos e menos flexíveis em relação ao tempo que os brasileiros.
[14:24] <nilmadominique_> Mas, particularmente, acredito que possamos encontrar características monocrônicas e policrônicas em uma mesma cultura.
[14:24] <nilmadominique_> A ideia americana de “time is money”, faz com que se aproveite todo o tempo disponível possível, sendo comum realizar múltiplas atividades ao mesmo tempo.
[14:24] <nilmadominique_> Por exemplo, é normal ter aula na hora do almoço e que os alunos almocem ou merendem durante as aulas, porque do contrário não teriam nenhum tempo livre para se alimentarem.
[14:25] <nilmadominique_> Por último, analisamos a terceira parte da estrutura tríplice da comunicação humana: o sistema quinésico. A expressão quinésica se refere ao estudo dos movimentos corporais significativos, incluindo as expressões faciais.
[14:25] <nilmadominique_> É o sistema mais estudado e também o mais complexo. Forma parte deste sistema a análise dos “movimentos e posições de base psicomuscular, conscientes ou inconscientes, aprendidos ou somatogênicos,
[14:25] <nilmadominique_> de percepção visual, audiovisual e táctil ou cinestésica que, isolados ou combinados com a estrutura linguística e paralinguística e com outros sistemas somáticos e objetuais possuem valor comunicativo intencionado ou não” (Poyatos, 1994).
[14:26] <nilmadominique_> De todos os elementos estudados no sistema quinésico, consideramos os GESTOS, que são os movimentos com valor comunicativo, incluindo as expressões faciais e os movimentos corporais,
[14:26] <nilmadominique_> os mais importantes para a aula de língua estrangeira. Há, no entanto, uma grande variedade de gestos, classificados de acordo com seus usos e características.
[14:26] <nilmadominique_> Dentre todas as categorias gestuais estudadas, a mais relevante e que deveria ser parte das aulas de língua estrangeira são os EMBLEMAS, também chamados de GESTOS AUTÔNOMOS ou SIMBÓLICOS.
[14:26] <nilmadominique_> Estes gestos, usados geralmente quando os canais verbais estão, de alguma forma, bloqueados, possuem grande relevância frente a todos os outros signos não verbais porque podem,
[14:27] <nilmadominique_> em muitas situações, substituir o componente verbal e ser os únicos elementos informativos do ato interativo.
[14:27] <nilmadominique_> Por exemplo, levar o dedo indicador, estirado e na lateral, em riste, em frente dos lábios, é uma indicação de “pedir silêncio”.
[14:27] <nilmadominique_> O gesto pode ser usado sozinho, sem a necessidade de nenhum elemento verbal, e uma comunidade já habituada ao seu uso, não terá problema algum em decodificar a informação.
[14:27] <nilmadominique_> O problema é quando não se conhece o gesto, e tampouco se usa um elemento verbal durante a interação cultural.
[14:28] <nilmadominique_> Já presenciei, por exemplo, uma situação em que um amigo brasileiro queria chamar a atenção de um espanhol para que tivesse cuidado com os arredores onde estavam, pois era um lugar conhecido por haver muitos batedores de carteira.
[14:28] <nilmadominique_> Só para alívio de todos, o lugar foi na Espanha, não no Brasil
[14:28] <nilmadominique_> O brasileiro, muito discretamente, realizou o nosso gesto para indicar “ladrão” ou “roubar”, mantendo a palma da mão esquerda aberta, em lateral, enquanto a mão direita aberta,
[14:29] <nilmadominique_> com o polegar tocando o centro a palma da esquerda, faz um rápido movimento para baixo, fechando-se os demais dedos.
[14:29] <nilmadominique_> (Descrever em detalhes os gestos é sempre muito complicado. Igualmente difícil compreender a descrição sem uma ilustração).
[14:29] <nilmadominique_> Mas o resultado na interação não foi alcançado. O espanhol não tinha ideia do que o gesto significava, e a comunicação foi totalmente ineficaz.
[14:29] <nilmadominique_> O mais interessante foi que o brasileiro nem se deu conta de que a outra pessoa poderia não entender o que ele tinha acabado de realizar.
[14:29] <nilmadominique_> De fato, os signos não verbais em geral, e os quinésicos em particular, estão tão fortemente ligados ao discurso que costumam ser realizados de forma espontânea, geralmente inconsciente.
[14:30] <nilmadominique_> E no caso de culturas muito próximas como a brasileira e a espanhola, a percepção das diferenças se torna ainda mais difícil.
[14:30] <nilmadominique_> Para conseguir total fluência em uma língua estrangeira, além de adquirir a competência linguística, é necessário dominar outros aspectos da comunicação cujo desconhecimentos pode ter consequências negativas
[14:30] <nilmadominique_> ou vão da presença de um nível de ansiedade ou estresse excessivos em situações de interação, até a aparição de uma rejeição da cultura inconsciente ou aberta.
[14:31] <nilmadominique_> Todas estas reações podem dificultar e, inclusive, impedir a comunicação intercultural. Por isso é essencial conhecer os códigos de comportamentos da cultura alvo e inseri-los na aula de língua estrangeira.
[14:31] <nilmadominique_> Geralmente, o estrangeiro interpreta toda prática diferente da sua como se fosse um símbolo cultural.
[14:31] <nilmadominique_> No entanto, existem diferenças comportamentais que podem obedecer a traços individuais ou a grupos específicos.
[14:31] <nilmadominique_> Por isso, é necessários que os elementos não verbais, inclusive os culturais, sejam ensinados na aula de língua estrangeira para que os alunos possam conhecer as diferenças reais entre a sua cultura e a cultura estudada,
[14:32] <nilmadominique_> distanciando-se, na medida do possível, dos estereótipos comuns da visão superficial que costumam ter a maioria dos turistas (Culler, 1981).
[14:32] <nilmadominique_> É bastante difícil evitar determinados julgamentos, já que o processo de construção de estereótipos positivos ou negativos é quase automático.
[14:32] <nilmadominique_> Como seres comunicadores, estamos enviando e recebendo mensagens em todo o momento, e ao mesmo tempo, lemos e analisamos tudo o que está ao nosso redor.
[14:33] <nilmadominique_> Desta forma, criamos uma série de expectativas sobre o mundo e sobre como devemos nos comportar nele, que nem sempre corresponde à realidade.
[14:33] <nilmadominique_> Uma das tarefas do professor de língua estrangeira consiste em guiar o aluno na interpretação das diferenças existentes entre as culturas estudadas.
[14:33] <nilmadominique_> E para ajudar nesta tarefa árdua, é importante haver mais investigação na área e produção de inventários de signos não verbais, tanto de materiais teóricos, como aplicados ao ensino de língua estrangeira em geral,
[14:34] <nilmadominique_> e de PLE em particular, que nos permitam ter uma visão mais ampla sobre como, a quem, o que e quando ensinar os elementos verbais aos nosso alunos.
[14:34] <nilmadominique_> (PLE: Português Língua Estrangeira)
[14:34] <nilmadominique_> Bem, era isso o que eu queria apresentar-lhes hoje. Espero que tenha sido útil. Muitíssimo obrigada pela presença de todos!
[14:35] <nilmadominique_> Obrigada por acompanhar a palestra!
[14:36] <adelmaa> Esta aberto agora a interação entre conferencista e participantea. Tteremos 30 minutos para perguntas e repostas. Peço que aguardem a Profa Nilma responder para colocar mais perguntas.
[14:37] <adelmaa> Vou começar fazendo a primeira pergunta: Prezada Nilma, quais foram os maiores desafios encontrados por você para ensinar portuguê como lingua estrangeira nas duas tops universidades americanas: Harvard e no MIT?
[14:38] <nilmadominique_> O primeiro desafio foi pessoa: tentar ver a língua a partir da visão do estrangeiros.
[14:38] <nilmadominique_> dos estrangeiros. Eu era professora de português para nativos, e de repente tive que buscar mais informações detalhadas sobre PLE e não encontrava
[14:39] <nilmadominique_> Foi um processo de muita busca, estudo e por fim, criação de muitos materiais próprios.
[14:40] <nilmadominique_> Harvard e MIT têm alunos excepcionalmente bons e todos os aspectos. Assim o maior desafio foi encontrar materiais que preenchessem a lacuna que temos até agora.
[14:41] <QuelCaldas> Um estrangeiro vivendo no Brasil aos poucos toma conhecimento do universo não verbal de nossa língua. Você procurou usar o You Tube como imput para suas aulas?
[14:41] <sigarofalo> Boa tarde, nilmadominique_ . Excelente palestra! Professores de PLE, como nós, já nos damos conta dessa divergência de símbolos gestuais ligada à cultura desde os primeiros dias de aula. Entretanto, fiquei me perguntando como você enfrenta isso na sala de aula de PLE, não estando em contexto de imersão, ou seja, não estando no país em que os falantes possuem como língua materna o português e, por isso, não é cotidianam
[14:42] <nilmadominique_> Respondendo as duas perguntas... uso Youtube às vezes. Tento usar material que seja o mais próximo da realidade possível. Ou seja, praticamente impossível.
[14:43] <nilmadominique_> Uso fragmentos de filmes, novelas... São os materiais mais próximos à realidade que podemos ter.
[14:44] <nilmadominique_> É realmente muito dif´
[14:44] <nilmadominique_> difícil, porque não há materias sobre o assunto.
[14:45] <sigarofalo> Os materiais de PLE sempre foram os maiores problemas. Ainda bem que agora temos a Internet!
[14:45] <nilmadominique_> vivemos numa caça diária de materiais que possam ser úteis na sala de aula. E que dêem aos alunos,
[14:45] <nilmadominique_> pelo menos de forma geral, uma representação da cultura brasileira.
[14:46] <thalita> professora nilmadominique_ , já existe algum material didático produzido que inclua os signos não verbais?
[14:46] <QuelCaldas> A Unicamp vai lançar ainda este mês um curso de PLE para nível avançado no Coursera
[14:46] <nilmadominique_> A internet é uma ferramenta espetacular.
[14:46] <nilmadominique_> Mas aí no Brasil há mais materiais para estrangeiros imersos na cultura que para aqueles que estão fora.
[14:47] <QuelCaldas> Mas é compreensão de leitura e áudio. Mas pode ser uma boa sugestão para um outro curso
[14:47] <nilmadominique_> Infelizmente, que eu saiba, não. Há alguns materiais soltos online, mas sem seguir nenhuma diretriz concreta.
[14:48] <sigarofalo> AH! Certamente, nilmadominique_ . Fiquei me perguntando se no ensino de outras línguas estrangeiras também são contemplados os gestos. Não me lembro de ter visto isto em manuais de espanhol, inglês ou alemão. Acho que é um assunto extremamente novo, estou certa? Embora na prática sempre percebíamos isso!
[14:48] <nilmadominique_> E, além do mais, é muito difícil chegar próximo à realidade, e a maioria dos materiais soam artificiais.
[14:49] <nilmadominique_> Acho que agora, mais que materiais de nível avançado, precisamos de materiais do nível intermediário.
[14:49] <CarlosCastro2> Boa tarde! Infelizmente perdi a discussão. Fiquei sem conexão por uns minutos.
[14:50] <nilmadominique_> Há uma lacuna enorme quando os alunos terminam o Português II. É difícil encontrar material de níveis III e IV de qualidade.
[14:50] <adelmaa> nilmadominique_: Vcoê já pensou em fazer um grupo de conversação com seus alunos e alunos brasileiros? Aqui no Brasil em curso de inglês fez um trabalho desta natureza com estudantes de inglês e pessoas que moram em "asilos" e foi um sucesso.
[14:50] <sigarofalo> Verdade, nilmadominique_ . Os materiais do intermediário ainda são escassos.
[14:50] <nilmadominique_> Certamente. Gostaria muito de conhecer este material
[14:51] <nilmadominique_> Não. Infelizmente, o ensino de línguas estrangeiras em geral deixa de fora os elementos não verbais. Como se já nascemos com a capacidade de descifrá-los.
[14:53] <thalita> professora nilmadominique_ . Qual era a motivação dos alunos do MIT e Harvard para aprender português? Estou cursando uma disciplina de Português como Língua Adicional e Língua de Acohimento. Meus professores discutem bastante essa questão dos refugiados, principalmente, que não é o caso
[14:53] <nilmadominique_> Sim. Temos grupos de conversação online - não qual se perde muito dos signos não verbais visíveis, e também programas de intercâmbio cultural.
[14:53] <thalita> do MIT e de Harvard
[14:54] <nilmadominique_> Felizmente, Massachusetts é o estado com a maior comunidade de brasileiros no país, e não é muito difícil dos estudantes de português
[14:54] <nilmadominique_> terem contato com nativos. Mas isso não acontece em todas as regiões
[14:55] <milenahygino> professora <nilmadominique_>, no Brasil, qual universidade está mais avançada em pesquisa em PLE?
[14:55] <milenahygino> a senhora tem conhecimento disso?
[14:55] <nilmadominique_> Bem, a motivação dos alunos das duas institui~
[14:55] <nilmadominique_> instituições é bastante diferente: em Harvard, todos os alunos de graduação
[14:55] <nilmadominique_> tem que aprender, pelo menos, duas línguas. É um requisito.
[14:56] <nilmadominique_> Como muitos já sabem espanhol, partem para o português.
[14:56] <nilmadominique_> Geralmente motivados pela semelhança entre as duas línguas.
[14:56] <nilmadominique_> Claro que há aqueles que têm planos de ter algum contato com o Brasil, mas não necessariamente.
[14:57] <adelmaa> Prezado(a)s,
[14:57] <nilmadominique_> Os alunos do MIT não têm o requisito de língua estrangeira - infelizmente para os programas de língua
[14:57] <nilmadominique_> mas felizmente para a "motivação" dos alunos. Eles aprendem porque têm algum
[14:57] <adelmaa> a intreação foi extraodrdinárioa..seique facarímaos a tarde toda aqui perguntando e a Nilma respondendo pois relamente foi um conferência extraodrinária.
[14:58] <nilmadominique_> objetivo claro, seja afetivo (um namorado, namorada brasileiro, uma bab
[14:58] <adelmaa> mas devemso agora dar incício a conferência da profa Simone Garofalo.
[14:58] <adelmaa> Prezada prof Nilma esperoque possa aficar um pouco ainda conosco.
[14:58] <nilmadominique_> babá que cuidadava dele ou dela quando pequeno e falava português).
[14:59] <nilmadominique_> Geralmente os alunos do MIT querem manter alguma relação de negócio com o Brasil ou fazer alguma pesquisa no país
[14:59] <adelmaa> proezada profa Simone Garofalo, por gentileza. A senhora está pronta?
[14:59] <sigarofalo> Sim, claro!
[14:59] <thalita> obrigada, professora nimladominique_
[14:59] <nilmadominique_> É difícil te responder isso, Thalita. Depende muito da região. Aqui em New England,
[14:59] <sigarofalo> Sim, adelmaa !
[15:00] <adelmaa> Seguiremos da mesma forma de apresentação ,ok? Pode começar!
[15:00] <nilmadominique_> as universidades que mais se destacam no programa de português são Brown University e Darmouth
[15:00] <nilmadominique_> Perdão, já deixo vocês
[15:00] <sigarofalo> Melhor esperar a professora nilmadominique_
[15:00] <nilmadominique_> Muitíssimo obrigada pela atenção e se desejarem mais informações
[15:01] <nilmadominique_> bastam me escrever para nilmad arroba mit.edu
[15:01] <sigarofalo> Posso iniciar, adelmaa ?
[15:01] <nilmadominique_> Tentarei ficar um pouco mais por aqui.
[15:02] <nilmadominique_> Se sair, sairei à francesa. Estou em outro workshop neste momento.
[15:02] <adelmaa> Profª Nilma, orbigadíssima pela sua especialíssima particpação.
[15:02] <nilmadominique_> Foi um prazer enorme! Muito obrigada!
[15:02] <adelmaa> Caso possoa ficaráimso gratos em tê-la até o gfinal.
[15:02] <adelmaa> Parabéns!!!!
[15:02] <nilmadominique_> Obrigada!
[15:03] <sigarofalo> Boa tarde a todos. Agradeço pelo convite dos organizadores do STIS e agradeço a presença de tod@s nesta tarde!
[15:04] <sigarofalo> Eu inicio minha apresentação com a citação de Perrenoud (1999): “[…] qualquer um que é projetado numa situação difícil, sem formação, desenvolve uma atitude reflexiva por necessidade”.
[15:04] <sigarofalo> Essa citação faz parte do texto “Formar professores em contextos sociais em mudança: prática reflexiva e participação crítica”. Tao contexto é, exatamente, o do professor de Português como Língua Estrangeira (PLE); ou como Língua Adicional (PLA); ou para Estrangeiros (PPE); entre outras siglas.
[15:04] <sigarofalo> Não há consenso sobre a sigla dessa área, sobretudo porque é uma área de muitas especificidades. Eu adoto PLE tendo em vista a minha prática docente durante quase dez anos e seguindo a sigla da SIPLE (Sociedade Internacional de Português Língua Estrangeira).
[15:04] <sigarofalo> É de amplo conhecimento que a maioria dos professores de PLE foi projetada numa situação difícil, muitas vezes sem formação específica, e baseada na sua atitude reflexiva, tal qual a ideia que perpassa o texto de Perrenoud.
[15:04] <sigarofalo> Entre erros e acertos, aprendizagens e reflexões, pretendo aqui apresentar um panorama dessa área de ensino e de pesquisa, que não é tão recente no Brasil, como muitos pensam, mas que só há pouco tempo começou a possuir (re)conhecimento e estudos específicos publicados e incentivados.
[15:05] <sigarofalo> Vamos começar falando sobre a Língua Portuguesa. A língua portuguesa, nos últimos anos, tem se tornado um idioma de valor internacional, sobretudo pelo crescimento econômico e político no cenário mundial dos países que a utilizam.
[15:05] <sigarofalo> Atualmente, o português é língua oficial em dez países: oito deles são membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mais a República da Guiné Equatorial e a Região Administrativa Especial de Macau pertencente à República Popular da China.
[15:05] <sigarofalo> A CPLP é formada por oito Estados soberanos cuja língua oficial ou uma delas é a língua portuguesa.
[15:06] <sigarofalo> São eles: a República de Angola, a República Federativa do Brasil, a República de Cabo Verde, a República da Guiné-Bissau, a República de Moçambique, a República Portuguesa, a República Democrática de São Tomé e Príncipe e a República Democrática de Timor-Leste.
[15:06] <sigarofalo> adelmaa: se eu estiver rápida demais, por favor, me avise.
[15:06] <sigarofalo> A língua portuguesa, no entanto, não se restringe apenas aos países que a reconhecem como oficial.
[15:07] <sigarofalo> Ela está presente na América, África, Europa e Ásia – nesta ordem em termos demolinguísticos – e tem de 245 a 280 milhões de falantes como primeira ou como segunda língua em variados graus de proficiência, número que cresce em velocidade moderada.
[15:07] <sigarofalo> É, ainda, uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos.
[15:08] <sigarofalo> É a 5ª língua mais falada no mundo, a 3ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul da Terra. É também o quinto idioma mais usado na Internet, com 83 milhões de usuários.
[15:08] <sigarofalo> Oliveira (2013, p.412) afirma que o crescimento da presença do português no meio digital segue pari passu com a situação de letramento das populações lusófonas. Ou seja, mais letramento da população lusófona significa mais presença da língua portuguesa no ambiente digital.
[15:09] <sigarofalo> O autor assevera que o momento atual, em que há “informatização da produção” e “crescimento dos serviços e dos bens intangíveis” das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), tem como característica ser “altamente dependente da língua”, isto é, “nesta fase do capitalismo, a língua é ela mesmo meio de produção (MARAZZI, 2009; OLIVEIRA, 2009), e deve ser computada, portanto, em seu valor econô
[15:09] <adelmaa> Pode ie mais devagar um pouco, mas está ótimo,viu!
[15:10] <sigarofalo> Conforme a pesquisa de Marazzi, a substituição do capitalismo fordista por um capitalismo flexível, just in time, tem como principal característica a da produção de pequenas quantidades de diferentes versões do mesmo produto, a serem colocados, com grande agilidade, em muitos mercados, diferenciados, ainda que menores, dada a saturação crescente dos mercados principais.
[15:10] <sigarofalo> Aplicado ao campo da economia linguística, isto implica que novos mercados linguísticos devem ser incluídos na produção, dada a finitude e a saturação da produção em uma única língua.
[15:11] <sigarofalo> É o que fazem as empresas de tecnologia de ponta, como a Google, ou entidades como a Wikipédia: funcionam em muitas línguas, advindo o lucro da soma de todos estes mercados linguísticos.
[15:12] <sigarofalo> Para poderem alcançar a estes mercados, precisam preparar instrumentos multicanal, em que todas as línguas possam estar em funcionamento ao mesmo tempo, prioridade absoluta do multilinguismo no mundo digital. (OLIVEIRA, 2013, p.418).
[15:12] <sigarofalo> Nas três últimas décadas, os esforços para promover a área de Português como Língua Estrangeira (PLE) tem sido grandes e geraram resultados importantes, como:
[15:12] <sigarofalo> - a criação da Sociedade Internacional de Português-Língua Estrangeira (SIPLE) em 1992, que busca incentivar o ensino e a pesquisa na área de PLE;
[15:13] <sigarofalo> - a primeira aplicação do exame para a obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros - Brasil (CELPE-Bras) em 1998, o qual é o único reconhecido oficialmente pelo governo brasileiro e aplicado até duas veze por ano no Brasil e em outros países;
[15:13] <sigarofalo> - e o início das atividades de gestão da língua portuguesa, em 2002, pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), que representa de forma paritária as oito nações da CPLP, permitindo a execução de uma política linguística consensuada.
[15:13] <sigarofalo> Pode-se afirmar que a criação desses três importantes instrumentos para a área de PLE, a intensificação de políticas de divulgação do português no exterior, o crescimento do valor político e econômico do Brasil no cenário mundial…
[15:14] <sigarofalo> ...e o número elevado de estrangeiros que vieram ao país na última década ajudaram a fomentar um momento de expansão sem precedentes do idioma, o que gera uma crescente demanda para o ensino da língua portuguesa aos estrangeiros em solo brasileiro.
[15:14] <sigarofalo> No Brasil, há um crescimento expressivo desse grupo de estrangeiros em decorrência:
[15:15] <sigarofalo> - dos convênios acadêmicos com instituições do exterior e programas de cooperação internacional;
[15:15] <sigarofalo> - da crescente globalização do mercado empresarial, o que atrai trabalhadores estrangeiros especializados acompanhados de suas famílias;
[15:15] <sigarofalo> - e do alto número de imigrantes (refugiados ou não) que chegam ao país pelos mais diversos motivos.
[15:15] <sigarofalo> Centros de línguas de universidades públicas e escolas privadas de idiomas, atentos para a demanda vertiginosa desse mercado, têm criado cursos de língua portuguesa para estrangeiros.
[15:16] <sigarofalo> Há também a preocupação com o ensino de português para estrangeiros por parte de organizações para apoio ao migrante e refugiado e de alguns governos brasileiros estaduais e municipais.
[15:16] <sigarofalo> Conforme o relatório “Refúgio no Brasil: Uma Análise Estatística (Janeiro de 2010 a Outubro de 2014)” elaborado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), conhecido como Agência da ONU para Refugiados,…
[15:16] <sigarofalo> ...a lei brasileira de refúgio (nº 9.474/97) criou o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), um órgão interministerial presidido pelo Ministério da Justiça e que lida principalmente com a formulação de políticas para refugiados no país, com a elegibilidade, mas também com a integração local de refugiados.
[15:17] <sigarofalo> A lei garante documentos básicos aos refugiados, incluindo documento de identificação e de trabalho, além da liberdade de movimento no território nacional e de outros direitos civis.
[15:17] <sigarofalo> De acordo com o CONARE, o Brasil possuía (em outubro de 2014) 7.289 refugiados reconhecidos, de 81 nacionalidades distintas. Os principais grupos são compostos por nacionais da Síria, Colômbia, Angola e República Democrática do Congo (RDC).
[15:17] <sigarofalo> Até outubro de 2014, já foram contabilizadas outras 8.302 solicitações. A maioria dos solicitantes de refúgio vem da África, Ásia (inclusive Oriente Médio) e América do Sul.
[15:18] <sigarofalo> Esses dados não incluem informações relacionadas aos nacionais do Haiti que chegaram ao Brasil desde o terremoto de 2010.
[15:18] <sigarofalo> Apesar de solicitarem o reconhecimento da condição de refugiado ao entrarem no território nacional, seus pedidos foram encaminhados ao Conselho Nacional de Imigração (CNIg), que emitiu vistos de residência permanente por razões humanitárias.
[15:18] <sigarofalo> Os ministérios do Trabalho e Previdência Social (MTPS) e da Justiça assinaram, em 2015, um ato autorizando 43.781 imigrantes haitianos em situação irregular a tirar o visto de residência permanente no País.
[15:18] <sigarofalo> De acordo com o Ministério da Justiça, em 2010 eram 961 mil estrangeiros vivendo regularmente no Brasil, número que aumentou para 1,466 milhão em 2014.
[15:19] <sigarofalo> Tais números nos levam a reconhecer a importância da área de PLE para o Brasil, não apenas em relação a criação de cursos voltados para o ensino do idioma ao estrangeiro, mas também a investimentos na formação do professor de PLE.
[15:19] <sigarofalo> Na prática, no caso do ensino de PLE, há uma ideia equivocada de que, por ser falante da língua, o aluno de Letras (e, eventualmente, de outras áreas) pode atuar como professor de PLE, sem uma formação prévia.
[15:19] <sigarofalo> A expansão da área traz perspectivas para todos que nela estão inseridos de alguma forma. Entretanto cabe ressaltar que “[…] o ensino de PLE ainda tem um longo caminho por percorrer para se tornar uma área de excelência, pois necessita de um corpo docente composto por profissionais com sólida formação acadêmica e que saibam aplicar técnicas de ensino eficientes e de acordo com as novas exigências do mundo globalizado
[15:20] <sigarofalo> Para alcançar esses objetivos, é necessário investimento em capacitação de pessoal em programas de aperfeiçoamento e de formação continuada, além de outros estudos que contribuam para a elaboração de programas, manuais e demais materiais apropriados ao público alvo e aos diferentes contextos de ensino dessa língua e para a reflexão sobre a evolução das metodologias adotadas” (ALMEIDA e ALVAREZ, 2010, p.12).
[15:20] <sigarofalo> Conforme Grannier (2001), podemos dizer que, para se tornar um professor de PLE no Brasil, o aluno do curso de letras segue algum dos dois caminhos:
[15:20] <sigarofalo> A) ou ele é professor de Língua Estrangeira (inglês, francês, alemão, etc.), que transfere seus conhecimentos de ensino de Língua Estrangeira (LE) e aquisição de segunda língua para as aulas de PLE, aprendendo de forma autodidata quais aspectos da Língua Portuguesa (LP) devem ser abordados;
[15:21] <sigarofalo> B) ou é professor de Português como Língua Materna, que transfere seus conhecimentos da LP ao estrangeiro, aprendendo também de forma autodidata como ensinar uma LE e quais os aspectos da LP devem ser focalizados como LE.
[15:21] <sigarofalo> Recentemente publicado, o livro “Fundamentos do ensino de português como língua estrangeira”, organizado pelo Professor Luis Gonçalves, que atua na Princeton University, conta com um artigo que escrevi em coautoria sobre a formação do professor de PLE.
[15:21] <sigarofalo> Foi possível constatar que, mesmo sem um curso específico na área, as faculdades instrumentalizam alguns estudantes do curso de Letras para atuarem como professores de PLE.
[15:22] <sigarofalo> Essa instrumentalização se dá por meio do desenvolvimento do aluno de Letras em uma ou outra disciplina sobre PLE ofertada ao longo do curso (teórica) e em posição de professor estagiário nos cursos de PLE dos Centros de Extensão (prática), o que afirma a ideia contida na citação de Perrenoud com a qual comecei esta apresentação.
[15:22] <sigarofalo> Essa perspectiva é chamada de formação reflexiva, uma vez que se aprende na prática a própria prática, demandando uma série de reflexões por parte do aluno-professor sobre suas vivências e experiências passadas e presentes, bem como sobre as observações realizadas acerca das práticas de outros professores.
[15:22] <sigarofalo> “O olhar distanciado sobre o objeto de aprendizagem (do que e do como ensinar) permite ao aluno-professor refletir sobre o mesmo, e a estabelecer confronto entre seu conhecimento prévio deste objeto e a nova aprendizagem, levando-o, assim, a construção de um novo conhecimento, ou a compreender tal objeto de maneira diferente como o via antes” (DARSIE & CARVALHO, 1996, p.93).
[15:23] <sigarofalo> Nesse caso, é o professor em formação que deve desempenhar seu papel de observador de suas próprias práticas e das práticas de outrem com criticidade, reconhecendo que seu papel também está na reflexão sobre tais práticas para a própria formação. Dessa maneira, ele conquista a autonomia na sua própria formação e aprendizagem.
[15:23] <sigarofalo> Existem, mas ainda são poucas, instituições brasileiras que oferecem disciplinas/cursos de formação de professores de PLE, quer seja em nível de graduação ou de pós-graduação (stricto ou lato sensu).
[15:24] <sigarofalo> Urge, portanto, a necessidade de se pensar na formação do professor de PLE que vai não apenas atender a esse público estrangeiro crescente, mas também impulsionar o reconhecimento do português como língua internacional no cenário mundial.
[15:24] <sigarofalo> É importante ressaltar que, ao falar sobre aulas de PLE no Brasil, pressupõe-se um contexto de imersão, ou seja, quando o idioma é aprendido no país em que a língua-alvo é também língua materna.
[15:24] <sigarofalo> Em outras palavras, o contexto de imersão é condição inevitável para o estrangeiro que aprende português no Brasil, pois o estudante está em contato com a língua-alvo na sala de aula, mas também fora dela, nas mais variadas situações comunicativas cotidianas.
[15:24] <sigarofalo> É diferente, portanto, de se ensinar uma língua estrangeira, como o inglês ou francês, no Brasil.
[15:24] <sigarofalo> No ensino de PLE em contexto de imersão, língua portuguesa e cultura brasileira, além de fazerem parte do cotidiano dos aprendizes, estão presentes no processo de interação verbal e se materializam nos enunciados.
[15:25] <sigarofalo> Os alunos, desse modo, estão em constante atividade de construção, reconstrução e co-construção de sentidos, significados, símbolos e valores.
[15:25] <sigarofalo> Sobre o contexto de imersão, Figueiredo (2012, p.2) afirma que, “o aprendiz tem a oportunidade de aprender ou desenvolver não apenas outra língua, mas também aprender sobre outros estilos de vida e práticas culturais”.
[15:25] <sigarofalo> E acrescenta que essa situação “favorece, pois, a aprendizagem ou o desenvolvimento de outra língua, o desenvolvimento da competência cultural, bem como o desenvolvimento do aluno como indivíduo” (FIGUEIREDO, 2012, p.2).
[15:26] <sigarofalo> Soma-se a isso que o aluno em contexto de imersão acaba por refletir sobre a sua própria cultura face à outra, muitas vezes realizando comparações.
[15:26] <sigarofalo> “É quando conhecemos o outro e reconhecemos as diferenças que existem entre nós e eles que começamos a perceber coisas na nossa cultura que antes não percebíamos. É preciso conhecer o outro para se autoconhecer.
[15:26] <sigarofalo> E para compreendermos outra cultura, primeiro devemos conhecer a nossa, pois é através dela que vamos tecer as ligações necessárias para compreender a cultura do outro.
[15:26] <sigarofalo> Esse caminho de duas mãos, que vê o outro para entender a si próprio, e vê a si para entender o outro, é o primeiro estágio da compreensão intercultural” (SCHOFFEN, 2000, p.12).
[15:26] <sigarofalo> Nesse caso, língua e cultura estão indissociáveis e, portanto, o ensino da língua portuguesa vincula-se à cultura brasileira em seus aspectos históricos, sociológicos e artísticos.
[15:27] <sigarofalo> “A língua e a cultura de um país estão tão fortemente relacionadas que se evidenciam nas formas de ver e de dizer de seu povo.
[15:27] <sigarofalo> No ensino/aprendizagem da língua, o ato de fala e o ato interpretativo pressupõem a competência do locutor/ouvinte de acordo com as expectativas sociais do diálogo, levando-se em conta que as formas linguísticas são delimitadas pelas condições de produção e de interpretação dos enunciados nos contextos de uso. O homem se constitui na cultura” (TROUCHE, 2003).
[15:27] <sigarofalo> A seguir, apresento algumas falas de estrangeiros que coletei no meu dia a dia em sala de aula e que exemplificam como o ensino de PLE em solo brasileiro vincula-se fortemente às práticas culturais da nossa sociedade.
[15:28] <sigarofalo> “-- Eu vi uma vez perto da rodoviária dois homens abraçados. Aquilo era muito estranho. No meu país isso não é permitido. A pessoa que fizer isso vai morrer.”
[15:28] <sigarofalo> “-- Vocês usam o pronome “eles” para homens e mulheres? Mesmo se houver dez mulheres e um homem? Muito estranho!”
[15:28] <sigarofalo> “-- Adoro samba e futebol! Você pode me ensinar o samba?” (aqui, cabe lembrar que nem todo brasileiro sabe sambar ou entende de futebol, como é meu caso; ou seja, essa é a visão estereotipada de um estrangeiro sobre um brasileiro).
[15:28] <sigarofalo> “-- Fui ao Rio e fiquei impressionada com o tamanho dos biquínis. Eu não posso comprar biquíni aqui no Brasil.” (essa foi uma conversa que tive com a mãe de uma aluna, ambas argentinas que moram no Brasil por motivo de trabalho em uma grande multinacional do marido/pai; a filha adolescente pediu de aniversário uma viagem ao Rio e a impressão maior da mãe sobre o Rio foi o tamanho dos biquínis).
[15:29] <sigarofalo> “-- Urna eletrônica? É confiável?”
[15:29] <sigarofalo> “Por que vocês comem arroz e feijão todos os dias? Eu não aguento mais!” (a maioria dos estrangeiros não conseguem se habituar à alimentação diária com arroz e feijão do brasileiro).
[15:29] <sigarofalo> “-- No meu país se come cachorro.” (após eu trabalhar com um texto cujo tema era “cão: o melhor amigo do homem”, eu me deparo com essa situação).
[15:29] <sigarofalo> “-- Por que vocês falam que comer sanduíche é um mau hábito?! Eu adoro!” (durante uma aula para um inglês, apareceu no livro um texto que afirmava que comer sanduíche era um mau hábito porque era sinônimo de má alimentação).
[15:30] <sigarofalo> Outra característica do ensino de PLE no Brasil é a sala de aula multicultural. É comum dar aulas para salas com alunos de variadas culturas, com crenças, valores, línguas e visões de mundo diferentes, sem que uma cultura se sobreponha à outra.
[15:30] <sigarofalo> Dessa forma, numa sala multicultural, o professor de PLE está diante de uma diversidade linguística e cultural.
[15:30] <sigarofalo> Além disso, cada um tem seu objetivo para aprender o português: trabalho, estudo, relacionamentos pessoais.
[15:30] <sigarofalo> Assim, muitas vezes, cada aluno tem uma postura diferente em relação à cultura brasileira e à língua portuguesa.
[15:30] <sigarofalo> O professor deve estar atento e sensível a essas diferenças para poder transpô-las e interagir com seus alunos num ambiente de respeito e tolerância ao outro.
[15:31] <sigarofalo> Todas as questões de diferenças podem ser abordadas de forma a gerar mais conhecimento, ampliar visões de mundo, enriquecer a aprendizagem do português, não esquecendo que o respeito à alteridade é fundamental para se criar um ambiente propício ao ensino de PLE, que não deve ter apenas como objetivo o desenvolvimento da proficiência linguística e comunicativa, mas também da compreensão intercultural.
[15:31] <sigarofalo> Sendo assim, o professor de PLE deve refletir constantemente sobre sua prática, levando em consideração as especificidades desse tipo de ensino.
[15:31] <sigarofalo> O contexto de imersão dos alunos, as salas de aulas multiculturais, que suscitam a interculturalidade, o ensino da língua associada à cultura do país, entre outras, são especificidades que aparecem no cotidiano, na prática diária do professor.
[15:31] <sigarofalo> Todas essas reflexões que compartilhei com vocês têm o intuito de apresentar um pouco das características da área de PLE. Espero ter conseguido! Aproveito a oportunidade para deixar o link da minha dissertação, na qual muitas dessas questões são mais aprofundadas: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/MGSS-9PMMWC
[15:32] <sigarofalo> Finalmente, gostaria mais uma vez de agradecer a toda a equipe do STIS e do Texto Livre pelo convite, pela lembrança e pelo carinho. Muito obrigada!
[15:33] <adelmaa> Obrigada, professora Simone!
[15:33] <adelmaa> Está aberto agora a interação entre conferencista e participantes Teremos 30 minutos para perguntas e repostas. Peço que aguardem a Profa Simone responder para colocarem mais perguntas.
[15:34] <manuelalvaross> brilhante apresentação
[15:34] <sigarofalo> Obrigada, manuelalvaross
[15:34] <adelmaa> Prezada Simone, a partir de sua experiência, quais são ainda as barreiras enfrentadas pelo licencidao de português de PLE no Brasil?
[15:34] <manuelalvaross> vc tem algum artigo que fala sobre SIPLE
[15:35] <adelmaa> ... pelos licenciados...
[15:35] <Ana_Claudia> Obrigada, Prof. Simone. Aprendi muito.
[15:35] <QuelCaldas> Gostei muito e concordo que é preciso começar a pensar em uma formação para esses professores. Se não me engano o IEL da Unicamp aprovou uma segunda licenciatura em PLE. Deve iniciar em breve.
[15:35] <sigarofalo> adelmaa: acredito que o licenciado enfrenta muitos obstáculos ainda.
[15:36] <sigarofalo> Em primeiro lugar, em relação à falta de formação específica. Muitos alunos de Letras entram na sala de aula de PLE sem nem terem dado aula ainda. Isso é muito difícil e certamente aconteceu com todos nós.
[15:36] <sigarofalo> A maioria não consegue ficar muito tempo, porque percebe que sua prática não responde ao que deveria. E é exatamente aí que falta a formação e a reflexão.
[15:37] <sigarofalo> Temos um curso na UNB e um especialização na PUC-Rio, somente,
[15:38] <sigarofalo> É evidente que é possível formar-se na prática. Mas a formação com a reflexão teórica torna a aula muito mais produtiva.
[15:38] <QuelCaldas> Concordo plenamente!
[15:38] <sigarofalo> Além disso, adelmaa , há a questão dos materiais
[15:38] <sigarofalo> Há muito do nível básico, mas intermediário e avançado não.
[15:38] <thalita> sigarofalo, riquíssima contrbuição. Minha pergunta é: como foi o seu envolvimento com PLE? Quando ocorreu? Seus alunos são heterogêneos ou pertencentes a um grupo específico como o de refugiados?
[15:39] <sigarofalo> Constantemente temos que criar materiais, o que dificulta muito o nosso dia-a-dia como professor.
[15:39] <sigarofalo> Em cada aula, particular ou em grupo, é um material que você precisa pensar.
[15:39] <Debora> Ótima apresentação!
[15:39] <sigarofalo> Por fim, os esteriótipos presentes nos livros são fatais em algumas aula.
[15:39] <Debora> Obrigada! De fato,a criação de material específico para determinados contextos de ensino é mais do que necessária.
[15:40] <sigarofalo> E percebemos isso durante a própria aula, como mencionei. Com o tempo, ficamos mais "espertos" e sensíveis em relação a isso.
[15:40] <sigarofalo> manuelalvaross: tenho alguns artigos e minha dissertação. Ela aponta vários caminhos e acho um ponto de partida legal! Mas tenho artigos sim!
[15:40] <monique> Oi, Simone ! Sempre bom "ouvir" você.
[15:40] <sigarofalo> Obrigada, Ana_Claudia
[15:40] <nilmadominique_> Parabéns, Simone, pela excelente explanação! Nós compartilhamos do mesmo sofrimento aqui: a falta de pessoal capacitado. Na verdade, aqui ainda é pior pois muitas vezes se considera que uma pessoa é habilitada para dar aula de PLE somente pelo fato de ser falante da língua (nativa ou não).
[15:41] <Debora> Você conhece alguma material específico de PLE que contemple a diversidade multicultural que enfrentamos
[15:41] <Debora> em sala de aula brasileira?
[15:41] <sigarofalo> QuelCaldas: tomara que a UNICAMP abra mesmo este curso!
[15:41] <milenahygino> Verdade, <sigarofalo>! E os esteriótipos, por estarem mt enraizados, às vezes passam despercebidos quando o público é homogêneo... mas quando é heterogêneo, vem à tona
[15:41] <observadora> É preciso sensibilizar todas as universidades/faculdades ligadas ao ensino da língua portuguesa. Uma forma de se fazer isso seria você ministrar mais palestras como esta, a pessoas convidadas que possam ter alguma influência sobre o assunto. Parabéns por ser uma das pioneiras, Simone.
[15:41] <Debora> se a formação do professor de PLE é um problema no Brasil, imagine no exterior
[15:42] <sigarofalo> thalita: já dou aula de PLE há quase dez anos. Já dei aula para todos os tipos de estrangeiros: refugiados, haitianos, intercambistas, empresários, família de empresários, trabalhadores, médicos, médicos cubanos do programa mais médicos, etc.
[15:42] <QuelCaldas> Vai abrir sim: já foi aprovado.
[15:42] <sigarofalo> Ah! Crianças estrangeiras que estudam em escolas brasileiras (e que sofrem por isso)!
[15:43] <sigarofalo> thalita: nessas experiência, já dei aulas para grande turmas, muito grandes, médias, pequenas, e particulares. Heterogêneas e não.
[15:43] <sigarofalo> thalita: consegui responder?
[15:44] <sigarofalo> Debora: obrigada!
[15:44] <sigarofalo> monique: você é uma colega da área! Sempre aprendemos juntas, não é mesmo? Um forte abraço e obrigada por estar aqui!
[15:45] <QuelCaldas>
[15:45] <sigarofalo> nilmadominique_: isso de qualquer falante do português poder ensinar português ao estrangeiro é um equívoco tão grande! Que muitas vezes até atrapalha! E o pobre aluno acaba nos procurando, pois já perdeu seu tempo e seu dinheiro em busca de certificações, por exemplo.
[15:46] <QuelCaldas> Bom, esse fenômeno ocorre tbem no ensino de LE para brasileiros, certo? Estrangeiros que vivem aqui , sem formação e que lecionam LE
[15:46] <sigarofalo> Debora: os livros de PLE que circulam no Brasil são bons. Mas acredito que nunca conseguirão preencher a lacuna da parte cultural. Aí que entra a formação do professor. Gosto dos livros: Avenida Brasil, Bem-Vindo, Muito Prazer, Tudo Bem, Falar, ler e escrever...
[15:46] <thalita> sim, sigarofalo. Foi na universidade?
[15:46] <nilmadominique_> Felizmente, cada vez é mais raro. Mas há uns 12 anos, ocorria com muita frequencia. O que ainda acontece é achar que qualquer pessoa de qualquer área que fala a língua, pode dar aulas de língua, mas não de literatura, por exemplo.
[15:47] <Debora> Obrigada!
[15:47] <thalita> Foi ou ou ainda é
[15:47] <nilmadominique_> Para os alunos americanos, os livros daí ainda são um problema.
[15:48] <sigarofalo> Exatamente, milenahygino !!! E às vezes quando os esteriótipos aparecem podem criar situações constrangedoras. Já vivi uma em relação ao gestos, como nilmadominique exemplificou!
[15:48] <nilmadominique_> Principalmente porque a maioria não tem explicação gramatical em ingl
[15:48] <nilmadominique_> inglês. Em muitos casos, não tem nenhuma explicação que permita ao aluno estudar sozinho.
[15:49] <sigarofalo> Obrigada, observadora !!!! Acredito que faltam mais cadeiras para professores que realmente tenham conhecimento e experiência na área de PLE para acampar e impulsinar a área de formação dentro das universidades!
[15:49] <nilmadominique_> Já tentei usar o Falar...Ler...Escrever, Avenida Brasil... mas a receptividade foi muito baixa.
[15:49] <adelmaa> Gostaria de convidar agora as nossas duas conferencistas para responderem livremente outras perguntas dos participantes, já que eu me detive no tempo na primeira apresentação, sendo bem on time.
[15:50] <sigarofalo> Debora: a formação do professor de PLE no exterior quase não há e isso é um assunto muito debatido pela SIPLE, que tenta ofertar cursos para os "professores" que estão no exterior dando aulas nos centros brasileiro, por exemplo.
[15:51] <milenahygino> Imagino, <sigarofalo> !
[15:51] <sigarofalo> QuelCaldas: acontece sim! O problema é que, enquanto tiver público, as pessoas darão as aulas. Não é mesmo? Não é o mesmo que acontece com um engenheiro ou um médico, né! rs rs rs
[15:51] <adelmaa> Sendo assim vamos prorrogar para as duas coferencistas juntas maia 20 minutos, pode ser?
[15:51] <QuelCaldas>
[15:52] <nilmadominique_> Sim, pode ser.
[15:52] <sigarofalo> thalita: comecei na universidade, mas rapidamente fui me integrando a outros centros e outros públicos. Já dei aulas por prefeituras, por instituições privadas, por faculdades privadas, universidades públicas, etc.
[15:53] <adelmaa> nilmadominique_: e sigarofalo o que vocês acham deste tipo de evento para divulgar trabaçho como o de vocês? Vocês já tinham experenciado algo semelhante antes?
[15:53] <nilmadominique_> Aqui nos EUA já se nota uma preocupação com a formação de professores, inclusive por parte do próprio governo americano, que têm fornecido fundos com este propósito.
[15:53] <sigarofalo> nilmadominique_: há livros específicos para quem não está em contexto de imersão.
[15:54] <sigarofalo> nilmadominique_: há livros em inglês, em alemão e em russo de PLE. Há inclusive um livro sobre palavrões! o.O
[15:54] <nilmadominique_> Livros há, o problema é encontrar o material apropriado para o contexto de sala de aula
[15:54] <nilmadominique_> e condizente com o nível do aluno.
[15:55] <thalita> Que legal, sigarofalo. O que você pode dizer para quem está começando na área? Quais são as possibilidades? Professora nilmadominique_ também, se puder comentar.
[15:55] <nilmadominique_> Os alunos do MIT e de Harvard, por exemplo, costumam ser muito independentes. Geralmente já vão para a aula tendo uma ideia sobre o que vai ser tratado.
[15:56] <sigarofalo> adelmaa: já vivenciei certa vez. Em uma faculdade, dei uma palestra para alunos do curso de Letras que nem imaginavam que existia uma área de PLE! Ficaram encantados. E saíram de lá perguntando quando podiam atuar, querendo cobrar aulas de PLE no curso.
[15:57] <sigarofalo> Iniciativas como esta aqui são tão importantes para nossa área! Somos professores de PLE espalhados pelo Brasil e pelo mundo. No Whatsapp participo de dois grupos assim. E são experiências das mais diversas!
[15:57] <nilmadominique_> Acredito que a mudança deve começar pelos departamentos de Letras.
[15:57] <sigarofalo> Nossa área não é nova, mas muita gente mesmo não sabe da sua existência. Perguntam se sei falar todas as línguas, etc.
[15:58] <QuelCaldas> Eu acho que quando os cursos de Letras começarem a ter uma licenciatura específica para PLE a área vai se fortalecer.
[15:59] <nilmadominique_> Mesmo que não haja uma licenciatura específica, mas certamente deveria haver uma especialização específica na área.
[16:00] <sigarofalo> thalita: Para quem está começando eu sugiro: busque formação, procure ler muito, busque ter parceiros experientes para poder conversar, mesmo que seja por e-mail, e sempre fique atenta aos seus alunos. São os melhores termômetros. Além disso, sempre use materiais autênticos: isso vai ajudá-los muito!
[16:00] <adelmaa> nilmadominique_: quasi foram os requisitos exigidos na sua seleção para professora em Harvard e do MIT?
[16:00] <sigarofalo> nilmadominique_: sobre os livros, é exatamente o que quis dizer. Acredito que muito dificilmente eles irão preencher as lacunas da parte cultural, sobretudo.
[16:00] <adelmaa> ops... quais..
[16:01] <sigarofalo> Concordo demais com a nilmadominique_ ! Como eu disse, os departamentos de Letras deveriam pensar em ter mais cadeiras para professore de PLE experientes, que possam acampar a área e promovê-la!
[16:02] <AndreaM> sim, uma especialização em PLE seria interessante. Inclusive poderia ser EaD, para que professores de diferentes localidades pudessem aprender e interagir. Não sei se poderia ser em forma de MOOC...
[16:02] <nilmadominique_> Para ser sincera, é muito difícil te responder esta pergunta, Adelma. Harvard e MIT são universidades mais rigorosas na seleção, mas dependendo da necessidade, sempre se vê exceções.
[16:02] <sigarofalo> O governo brasileiro não parece se preocupar muito com formação de professor. No caso dos haitianos, por exemplo, são as ONGs que estão tendo que se virar para ajudá-los na comunicação.
[16:02] <adelmaa> sigarofalo: você poderia divulgar os grupos e ple aqui para os interessados?
[16:03] <sigarofalo> QuelCaldas: Poderia ser até mesmo uma licenciatura dupla, em PLE e PLM!
[16:03] <QuelCaldas> Claro!!
[16:03] <nilmadominique_> No caso das instituições mais ricas, quando precisam de professores com formação que não encontram no local, eles os buscam de fora. Eu sou uma destas.
[16:04] <sigarofalo> adelmaa: como são grupos do whatsapp e precisam do número do telefone, deixo meu e-mail a disposição para quem se interessar: sigarofalo@gmail.com
[16:04] <adelmaa> Certo. Parabéns!
[16:04] <adelmaa> Perfeito!
[16:04] <sigarofalo>
[16:07] <Ana_Claudia> Ao meu ver, o contexto da instituição também ajuda, pois o fluxo de estrangeiros é maior. Por exemplo, aqui no Piauí recebemos poucos estrangeiros. Já em Pernambuco...
[16:08] <thalita> sigarofalo, você considera o português para refugiados diferente do português para estrangeiros não necessariamente nessa situação? É possível misturar esses alunos em uma mesma sala?
[16:08] <sigarofalo> Mas, Ana_Claudia , isso é iniciativa governamental. Recebemos muitos estrangeiros em Minas Gerais, porque há um centro de relações exteriores forte na UFMG e no CEFET. Além das empresas, que também atraem!
[16:08] <sigarofalo> Ana_Claudia: Mas é claro que o contexto da instituição ajuda.
[16:08] <sigarofalo> thalita: extremamente diferente! Nossa! Muito!
[16:08] <adelmaa> Agora em julho a UFOP ofertará o summer course para estrangeiros aqui em Ouro Preto.
[16:08] <Ana_Claudia> Isso significa dizer, que quem está em universidades de periferia precisa de maior motivação e coragem, rsrs
[16:08] <sigarofalo> thalita: pode até ser possível colocá-los na mesma turma, desde que haja uma investigação sobre as características de cada um. Digo isso porque o letramento influencia consideravelmente na formação das turmas.
[16:09] <adelmaa> ou de maior integração Ana_Claudia.
[16:09] <Ana_Claudia> Gostaria muito de ver essa área crescer aqui, por isso estou nesta palestra e em outros cursos. Justamente seguindo o conselho de vcs.
[16:10] <adelmaa> Adoro o Piauí e acho que as belezas do nordeste também poderia ser um plus para se ofertar um curso para estrangeiros também. Pense nisso!
[16:10] <sigarofalo> Os refugiados chegam ao Brasil com níveis de letramento diferenciados. Mas isso é assunto para uma palestra inteira. Só digo que realmente é complicado e há especificidades!
[16:10] <sigarofalo> Ana_Claudia: pode me levar para aí!
[16:10] <thalita> com certeza. E há também a questão das necessidades de cada um. A questão dos refugiados é muito delicada e muito urgente.
[16:11] <sigarofalo> thalita: você atua com quais grupos de refugiados?
[16:11] <adelmaa> Imagina dar aula mostrando o Parque Nacional de Sete Cidades ou o Delta do Piauí. Usuuuu!
[16:11] <nilmadominique_> É verdade! Acho que a ideia de juntas alunos com diferentes backgrounds pode ser positiva e negativa. Mas seria um tema para outra palestra
[16:11] <Ana_Claudia> Eba!!!! Obrigada, professora. Há, inclusive, uma orientanda minha nesta palestra. E estou feliz que ela esteja ouvindo isso. Rsrs
[16:11] <nilmadominique_> Aula no Piauí? Contem comigo!
[16:12] <thalita> obrigada, sigarofalo. Eu não atuo com refugiados. Estou cursando uma disciplina no POSLIN sobre português como língua adicional e de acolhimento com os professores Leandro e Luciane
[16:12] <thalita> aí super me interessei. Acho um absurdo eu ter feito Letras e saber pouco/quase nada sobre a área.
[16:12] <nilmadominique_> Gente, agora realmente tenho que ir. Obrigada a tod@s presentes. Um forte abraço e até mais!
[16:12] <manuelalvaross> abraço ate mais
[16:12] <Debora> Obrigada!
[16:13] <sigarofalo> Ah, thalita , sei dessa disciplina! Seria legal sugerir aos seus professores levarem pessoas que dão aulas para os refugiados.
[16:13] <thalita> Muito obrigada, professora nilmadominique_ !
[16:13] <adelmaa> Eu acredito que a gente também tem que pensar de forma empreendeora o ensino de PLE também. Unir secretaria de tursimo, UFPI e professores e mostra que também em outras parte do Brasil é possivel oferecer umc urso de excelência.
[16:13] <AndreaM> Muito obrigada
[16:13] <Ana_Claudia> Nossa, muito obrigada!!!
[16:13] <thalita> algumas colegas de turma são professoras para refugiados. Elas dão contribuições riquíssimas.
[16:13] <adelmaa> Prof Nilma, obrigadíssima pela excelente participação.
[16:14] <thalita> Semana retrasada a professora Luciane trouxe um professor da Bahia que também é da área
[16:14] <sigarofalo> Obrigada nilmadominique_ !!!
[16:14] <adelmaa> Estamos à dispoisção para ajudá-la no que for preciso.
[16:14] <nilmadominique_> Obrigada! Foi um prazer imenso. Temos que unir nossas forças para ver esta área crescer! Abraço forte!
[16:14] <sigarofalo> thalita: isso é importante. Eu estou preparando um artigo sobre isso. A visão de quem está com eles no dia a dia!
[16:14] <thalita> esqueci o nome dele agora. Os cursos na UFBA de português para estrangeiros são no formato de projetos
[16:14] <adelmaa> Gente deixe eu encerrar aqui ofricilamente e a gente pode continuar nosso bate papo, pode ser?
[16:15] <adelmaa> Prezado(a)s, Nosso evento hoje está chegando ao fim. É, eu sei, foi fenomenal mesmo!
[16:15] <adelmaa> Queremos agradecer a todos vocês que participaram das conferências do STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec - e assistiram a duas conferências espetaculares
[16:15] <adelmaa> proferidas pela profª Drª Nilma Dominique (MIT) e profª Ms. Simone Garofalo (UFMG). O log das palestras serão postadas na nossa página, em breve. Para lerem estas conferências
[16:15] <adelmaa> bastam acessar http://stis.textolivre.org/site/registros/12-stis/registros-das-palestras- logs/100-log-jorgelina-tallei-e-carlos-castro e, em seguida, Registros.
[16:15] <adelmaa> Todo mês recebemos em nossa sala, nos nossos eventos virtuais, participantes do quase todos os estados brasileiro e dos nossos países irmãos do Mercosul. Esperamos com a ajuda de todos vocês,
[16:15] <adelmaa> interagindo e integrando, lentamente, esta rede de pessoas que se identificam e acreditam em uma formação de qualidade e que se voluntariam e se dispõem a mostrar os seus trabalhos e suas pesquisas para um público heterogêneo como os dos nossos participantes.
[16:15] <adelmaa> Para receber o certificado do evento basta encaminhar uma mensagem para o STIS neste endereço: stis@textolivre.org com os seguintes dados: nome completo
[16:15] <adelmaa> e apelido usado durante o evento. E-mail: stis@textolivre.org Em caso de falha do e-mail acima, use os E-MAILS alternativos: adelmaa.ufmg@gmail.com, daniervelin@gmail.com
[16:16] <adelmaa> Lembrando que dia 17 DE JUNHO - Desafios que os professores tem que enfrentar para o uso de TICs em sala de aula. Conferencistas: Profª Drª. Lilian Bacich (Ensino
[16:16] <adelmaa> Híbrido), Profª Drª Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida (USP) - a confirmar Agradecemos participação de todos. A conferência foi relevantíssima assim como a discussão que se seguiu. Peço a todos que ajudem-nos a divulgar nosso evento em suas
[16:16] <adelmaa> Obrigado pela presença de vocês e do professor, e quem quiser o certificado pode verificar como fazer na nossa página do STIS. http://stis.textolivre.org/site/ Quem
[16:16] <QuelCaldas> muoto obrigada e parabéns!!!
[16:16] <adelmaa> desejar rever essa conferência basta acessar o endereço: http://stis.textolivre.org/site/registros.
[16:16] <adelmaa> AVISO: As conferencistas receberão seus certificados via e-mail, já os participantes precisam nos escrever solicitando e dando nome completo e login usado nesta conferência.
[16:16] <adelmaa> Divulguem nosso trabalho, contamos com vocês! Vejo vocês no STIS de junho!
[16:17] <adelmaa> Pronto, quem quiser poderá continuar conversando.
[16:17] <monique> Parabéns a todos !!!! Obrigada.
[16:17] <Debora> ,No site há um local para solicitar o certificado
[16:17] <Ana_Claudia> Muito obrigada! Bom trabalho a todos!
[16:17] <Debora> Ele funciona ou só por e-mail mesmo:?
[16:18] <adelmaa> Adicone noss pagina para recebe todas as informações nossa: https://www.facebook.com/stis.face?fref=ts
[16:18] <manuelalvaross> o link no site esta desativadi ainda
[16:18] <adelmaa> todas as nossas informações.
[16:19] <adelmaa> o link é este: http://stis.textolivre.org/site/
[16:19] <cidaviegas> Parabéns aos palestrantes.
[16:19] <sigarofalo> Obrigada, pessoal!
[16:19] <sigarofalo> Foi ótimo!!!!!
[16:20] <adelmaa> Przeados, nosso trabalho tem sido de formiguinha exploradora.
[16:20] <Debora> Obrigada! Foi ótimo!
[16:21] <adelmaa> Para que mais pessoas tenham acesso a esta formação pedimos que todos vocês se tornem nossos mutlitiplicadores / divulgadores.
[16:21] <Debora> com certeza!
[16:22] <adelmaa> Façam a divulgação do stis na sua página, pelo e-mail, pelo grupos que vocês participam, etc.
[16:22] <adelmaa> Ajudem-nos a divulgar o conhecimento.
[16:22] <adelmaa> Aqui vocês tem acesso a conferência de alto nível com professores do mundo inteiro.
[16:24] <adelmaa> Este é um evento organizado apenas por voluntários pensando em vocês. .
[16:24] <thaisjerico> Muito bom e obrigada, por contribuir para minha formação.
[16:24] <AndreaM> Obrigada pelo aprendizado.
[16:24] <adelmaa> É um prazer!
[16:26] <adelmaa> Divulguem nosso trabalho, contamos com vocês! Vejo vocês no STIS de junho!
[16:26] <adelmaa> Tenham todos um excelente final de semana.
[16:31] <adelmaa> Abraços! Como se diz em Pernambuco, cheiros! <3
[16:37] <Ana_Claudia> Rsrs
[16:37] <Ana_Claudia> Cheiro
[16:39] <Ana_Claudia> Aqui me despeço. Abraços cordiais
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5. Agosto: Mobile Learning e Tradição Oral
STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Carlos Alexandre e Ana Claudia
Conferência dupla STIS AGOSTO 2016
Dia 26 de agosto das 15 às 17 horas, na Sala de Conferências do STIS
MOBILE LEARNING: um olhar sobre as tecnologias digitais móveis no ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa
(Prof. Ms. Carlos Alexandre Rodrigues de Oliveira - UFMG)
Resumo: Este estudo tem por finalidade discutir o papel das tecnologias digitais móveis de informação e comunicação (TDIC) nas práticas de leitura e escrita da cultura digital e a atuação do professor, que precisa se capacitar para desenvolver as suas práticas pedagógicas nos espaços de inclusão digital escolar e social. Com este pensar, discutimos ainda o uso prático das tecnologias, no que diz respeito à Educação, que transforma qualquer lugar em um espaço de informação, comunicação e aprendizagem. Ou seja, a escola como agência de letramento(s) (e de informação) precisa mediar a integração das tecnologias às práticas pedagógicas de seus docentes para interligar o que é ensinado em sala de aula com o que o aluno vive e navega fora desse espaço. Sendo esta uma realidade que tem organizado as relações sociais atuais, não é impróprio admitir que, com a introdução das tecnologias digitais, e principalmente com a inserção das tecnologias móveis em sala de aula, novas condutas por parte dos professores são necessárias para que consigam utilizar essas ferramentas de modo a torná-las aliadas no processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa. Para elucidar tal discussão, apresentamos também uma proposta de intervenção - para a Educação Básica - que abrange o uso didático-pedagógico de duas mídias digitais (celular e tablet) tendo como finalidade estimular a leitura e a produção de textos capazes de provocar a interação entre os alunos e estimulá-los a buscar o prazer da leitura e a melhoria na competência de interpretação de textos em tela. Com essas reflexões, espera-se poder contribuir para a construção de uma educação tecnológica e social acessível a todos.
Tradição oral: um resgate de nossa história
(Prof Esp. Ana Cláudia Santos (mestranda / FUNEDI))
Resumo: O resgate da diversidade cultural e histórica é um traço marcante do projeto O Povo Conto, vencedor do Prêmio Educador nota 10 (2014). Estabelece um diálogo entre a realidade de alunos, suas histórias – imbuídas da cultura local, de pessoas, de tradições e de valores - e os contos populares. Embasado nos conceitos de Marcuschi (1999), busca ressaltar a importância da variação linguística, destacando o fato de sermos seres sociais e de nossa identidade formar-se na relação com nossos semelhantes. Resgata a tradição oral narrada em contos e causos, além de vislumbrar a capacidade de formação do aluno-autor e não apenas a reconstrução de um texto. Prevê, segundo Garcez (1998), envolver a escrita como um processo interativo, como uma prática necessária em sala de aula.
5.1. registro agosto
LOG: Carlos Alexandre e Ana Cláudia Santos
Registro da Conferência em chat escrito, de 26 de agosto de 2016:
MOBILE LEARNING: um olhar sobre as tecnologias digitais móveis no ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa
conferencista: Prof. Ms. Carlos Alexandre Rodrigues de Oliveira
Tradição oral: um resgate de nossa história
conferencista: Prof Esp. Ana Cláudia Santos
moderador: Equipe STIS
[13:59] <adelmaa> Bom dia a todos e todas! É sempre uma honra recebê-los, participantes e palestrantes conferencistas , em cada evento STIS.
[13:59] <adelmaa> O STIS, coordenado pela profa Drª Adelma L.O.S Araújo, é um dos braços do Projeto "Polvo" Texto Livre do CNPq. Caracteriza-
[13:59] <adelmaa> se como um programa de conferência que é realizado na penúltima semana de casa dos meses de março a junho e de agosto a novembro.
[14:00] <adelmaa> Ao longo deste seis anos de vida o STIS tem congregado pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema
[14:00] <adelmaa> educação livre, democrática, igualitária, com o desejo de ser acessível a todos. O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do programa POLVO denominado TEXTO LIVRE do CNPq,
[14:00] <adelmaa> coordenado pela Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte. Ao longo desta caminhada o STIS tem se firmado como um canal democrático
[14:00] <adelmaa> de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior.
[14:00] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 37 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores
[14:00] <adelmaa> tais como Carla Viana Coscarelli (UFMG), Luiz Tatit (USP), Maria Lucia Castanheira (FAE/UFMG), Almeida Filho (UNB), dentre outros nomes do Brasil
[14:01] <adelmaa> e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres), Luis Gonçalves (Universidade da Pensilvânia) e o Júlio Paz (Argentina).
[14:01] <adelmaa> Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em
[14:01] <Douglas_> Boa tarde à todos!
[14:01] <adelmaa> Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato.
[14:01] <adelmaa> Também contamos coma colaboração de todos os conferencistas convidados que nos deram a honra de sua presença como agentes divulgadores, além da
[14:01] <adelmaa> força e colaboração na divulgação realizada pelos nossos participantes. Para que todo este projeto seja realizado eficientemente, mês a mês, e chegue até vocês conferências relevantes para sua formação cultural, intelectual e
[14:01] <adelmaa> acadêmica o STIS conta com Comissão Organizadora com um espírito de colaboratividade formada por
[14:01] <adelmaa> Ana Cristina Fricke Matte - Coordenadora Geral do Projeto Texto Livre Adelma Lúcia de Oliveira Silva Araújo - Coordenação Geral do Projeto STIS
[14:02] <adelmaa> Thalita Santos Felício de Almeida - Secretaria Aline Resende Pereira Marinho - Secretaria
[14:02] <adelmaa> Daniervelin Renata Marques Pereira - Administração Elizabeth Guzzo de Almeida - Administração
[14:02] <adelmaa> Woodson Fiorini de Carvalho - administração Hugo Leonardo Canalli - Suporte técnico TI
[14:02] <adelmaa> Danilo Cesar - TI
[14:03] <adelmaa> Hugo Leonardo - Suporte técnico TI
[14:03] <adelmaa> Rivânia Maria Trotta Sant'Ana - Revisora Maria do Carmo Ferreira dos Santos - Relações públicas
[14:03] <adelmaa> Hoje o STIS tem a honra de receber como conferencistas
[14:03] <adelmaa> convidados o professor Mestre Calos Alexandre Rodrigues de Oliveira que possui graduação em Letras - Licenciatura Plena - com habilitação em Língua
[14:04] <adelmaa> Portuguesa, Língua Inglesa e suas respectivas Literaturas pelo Centro de Ensino Superior de Santa Luzia - CESSAL / MG. Especialista em Língua Portuguesa: Ensino de Leitura e
[14:04] <adelmaa> Produção de Textos pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais -
[14:04] <adelmaa> PosLin / FALE / UFMG. Especialista em Mídias na Educação pelo Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal de Ouro Preto - CEAD / UFOP-MG / UAB. Mestre em Educação e
[14:04] <adelmaa> Docência/MP pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais - FaE / UFMG.
[14:04] <adelmaa> Pesquisador da área de Linguística Aplicada (Linguagem & Tecnologia), Educação (Educação Tecnológica & Sociedade)
[14:04] <adelmaa> e, Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita da/na cultura digital (FALE / FaE / UFMG / CAPES).
[14:05] <adelmaa> e a professora especialista Ana Claudia Santos, tem graduação em Letras pelo Centro Universitário de Formiga, FUOM, Brasil. É especialista em Gestão, Inspeção e
[14:05] <adelmaa> Supervisão Escolar pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, Brasil e em Literatura Fundação Educacional da Região dos Lagos, Ferlagos, Brasil.
[14:05] <adelmaa> E agora está cursando o mestrado em EDUCAÇÃO, CULTURA E ORGANIZAÇÕES SOCIAIS. Foi Educadora Nota 10 da Fundação Vitor Civita no ano de 2014 com o trabalho que hoje vocês tem a oportunidade de conhecer.
[14:05] <adelmaa> Gostaria de agradecer ,em nome do STIS, aos dois conferencistas convidados pelo honra de suas presenças em nosso evento. O STIS se engrandece ao trazer ao centro de nossa sala virtual dois educadores que se colocam no cenário educacional brasileiro
[14:05] <adelmaa> como jovens referências a serem seguidas pelo trabalho sério e relevante que desenvolvem. De antemão, nosso muito obrigada!
[14:06] <adelmaa> Dou agora boas vindas à moderadora oficial das conferências STIS, Profª Thalita Santos Felício de Almeida.
[14:06] <adelmaa> A profª Thalita Felício é membro do STIS e mestranda da FALE/POSLIN/UFMG. Ela moderará estas conferências e antes dela passar à palavra aos nossos conferencistas convidados ela explicará, de forma pormenorizada, o funcionamento de um evento online como o do STIS para os que participam pela primeira vez de nosso evento.
[14:06] <thalita> Obrigada, adelmaa
[14:06] <thalita> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
[14:06] <thalita> Para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação dos conferencistas (só por escrito, aqui no chat)
[14:06] <thalita> não temos vídeo nem áudio
[14:07] <thalita> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:07] <Fernanda_> Boa tarde a todos
[14:07] <thalita> após as duas apresentações, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:07] <thalita> o código para os slides será indicado no início de cada apresentação
[14:07] <thalita> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[14:07] <thalita> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes
[14:08] <thalita> códido dos slides: oliveira
[14:08] <thalita> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:08] <acris> boa tarde
[14:08] <thalita> Professor Carlos, pode começar quando quiser. Cole, por favor, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
[14:08] <calexandre_ro> Boa tarde, Thalita!
[14:08] <calexandre_ro> Boa tarde a todos!
[14:08] <acris>
[14:09] <calexandre_ro> Gostaria de agradecer a todos os organizadores do STIS, em especial à Profa. Dra. Adelma Araújo (querida) pelo convite e disponibilidade nas orientações para a minha participação nesse evento.
[14:09] <calexandre_ro> E gostaria de agradecer também a todos que estão aqui participando dessa conferência. Em especial, a todos os meus alunos presentes e que também ficaram ansiosos e surpresos com a existência de um evento online de porte como é o STIS.
[14:09] <calexandre_ro> Quero ressaltar, nesse momento, o tamanho de minha felicidade em poder compartilhar meus estudos/pesquisas e experiências docentes com vocês.
[14:10] <calexandre_ro> Espero que tenhamos uma tarde muito proveitosa.
[14:10] <calexandre_ro> OBS.: Teremos apresentações de slides (código: oliveira). E, para auxiliá-los, sempre que eu estiver falando sobre um slide, irei indicá-lo no início do texto.
[14:11] <calexandre_ro> O título da minha apresentação é:
[14:11] <calexandre_ro> MOBILE LEARNING: um olhar sobre as tecnologias digitais móveis no ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa
[14:11] <calexandre_ro> As reflexões que vou apresentar foram desenvolvidas no âmbito dos meus estudos acadêmicos e aplicadas em sala de aula da Educação Básica na Rede Pública Estadual de Ensino de Minas Gerais.
[14:11] <calexandre_ro> Não irei apresentar dados para demonstrar análises e diálogos teóricos com estes. A minha proposta é discutir com vocês sobre o uso didático-pedagógico das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) para as práticas de leitura e escrita no
[14:11] <calexandre_ro> processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa. Daí, abordaremos alguns discursos teóricos para nos apoiar. No entanto, estes são apenas para propor um diálogo mais contextualizado.
[14:12] <calexandre_ro> Além disso, irei apresentar no decorrer dessa conferência algumas propostas de ensino e aprendizagem para a sala de aula. Estas foram aplicadas no decorrer de minhas práticas docentes enquanto professor de Educação Básica. E que me despertaram o interesse em
[14:12] <calexandre_ro> pesquisar as tecnologias digitais para o ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa no que se refere às práticas de leitura e escrita.
[14:12] <calexandre_ro> Slide 2
[14:13] <calexandre_ro> É o que vamos discutir nessa conferência.
[14:13] <calexandre_ro> Slide 3
[14:13] <calexandre_ro> Nosso objetivo geral.
[14:14] <calexandre_ro> Slide 4
[14:14] <calexandre_ro> Nossos objetivos específicos.
[14:14] <calexandre_ro> Para reflexão:
[14:15] <calexandre_ro> a escola como agência de letramento(s) (e de informação) precisa mediar à integração das tecnologias às práticas pedagógicas de seus docentes para interligar o que é ensinado em sala de aula com o que o aluno vive e navega fora desse espaço.
[14:15] <calexandre_ro> Slide 5
[14:16] <calexandre_ro> O que é ser professor na cultura digital?
[14:16] <calexandre_ro> Lévy (1999) defende que o professor da cibercultura tem que ser um arquiteto cognitivo e engenheiro do conhecimento; deve ser um profissional que estimule a troca de conhecimentos entre os alunos, que desenvolva estratégias metodológicas que os
[14:16] <calexandre_ro> levem a construir um aprendizado contínuo, de forma autônoma e integrada e os habilitem, ainda, para a utilização crítica das tecnologias. Essa modificação na postura do professor contribuirá para a reformulação do próprio conceito de educar.
[14:17] <calexandre_ro> Além dessas reformulações, Soares (2002) observa a grande necessidade de desenvolver o letramento digital. A esse respeito, refletindo sobre o termo letramento nas práticas sociais de leitura e de escrita, a pesquisadora menciona que este pode ser
[14:17] <calexandre_ro> definido “como estado ou condição de indivíduos ou de grupos sociais de sociedade letradas que desempenham efetivamente as práticas de leitura e de escrita, e participam de forma competente dos eventos de letramento” e, pensando, ainda, na inserção das
[14:17] <calexandre_ro> novas tecnologias na vida humana e nas práticas de leitura e de escrita, a autora defende que o letramento na cibercultura conduz a um estado ou condição diferente daquele conduzido pelas práticas de leitura e de escrita quirográficas e
[14:18] <calexandre_ro> tipográficas, o letramento na cultura do papel.
[14:18] <calexandre_ro> Slide 6
[14:18] <calexandre_ro> Além de “mostrar alternativas e ensinar condutas que favoreçam um uso consciente e crítico dessas (novas) tecnologias”, o professor pode aprender e compartilhar saberes tecnológicos com seus próprios alunos.
[14:19] <calexandre_ro> Slide 7
[14:19] <calexandre_ro> Vamos refletir!
[14:20] <calexandre_ro> Slide 8
[14:20] <calexandre_ro> Slide 9
[14:20] <calexandre_ro> Será que ainda é válida essa discussão em torno do que chamados de “Nativos Digitais” e “Imigrantes Digitais”? Se estamos imersos a uma cultura digital multiletrada e que podemos compartilhar saberes tecnológicos e que aprendemos a lidar com as
[14:20] <calexandre_ro> tecnologias constantemente [...] ainda é necessário separar nativos e imigrantes?
[14:21] <calexandre_ro> É para refletirmos.
[14:21] <calexandre_ro> Slide 10
[14:22] <calexandre_ro> Além disso, propõe-se a praticar um ensino reflexivo e, portanto, crítico. Nada de entupir simplesmente os alunos de conteúdos, sem que dê aos mesmos a oportunidade
[14:22] <calexandre_ro> de refletir, de digerir essa massa de informações multidisciplinares, de aplicá-las em seu cotidiano.
[14:22] <calexandre_ro> Entende-se ainda que, num mundo totalmente interligado, globalizado e multiletrado (além de sustentado por uma inteligência coletiva) uma ação educativa individualista é um terrível contrassenso. Toda a pedagogia da rede digital tem sido grandemente
[14:22] <calexandre_ro> influenciada por teorias de aprendizagem que privilegiam ambientes educacionais interativos, com elevado grau de participação do aluno no processo de construção do próprio saber.
[14:23] <calexandre_ro> Acho que até aqui já conseguimos refletir um pouco sobre o assunto.
[14:23] <calexandre_ro> Não é verdade?
[14:24] <calexandre_ro> Mas pensando no uso das tecnologias móveis em sala de aula...
[14:24] <calexandre_ro> Vejam o Slide 11
[14:25] <calexandre_ro> E o celular em sala de aula? Proibir ou aceitar?
[14:25] <calexandre_ro> Vejamos o que dizem as leis:
[14:25] <calexandre_ro> Slide 12
[14:26] <calexandre_ro> Slide 13
[14:26] <calexandre_ro> Mas o problema é tão serio assim para chegar ao ponto de ser preciso criar leis proibindo o uso dos celulares em sala de aula? Ou somente uma campanha educativa resolveria esse problema?
[14:27] <calexandre_ro> Mas temos algumas exceções que dizem que é PERMITIDO, com autorização da escola, desde que seja utilizado para fins pedagógicos.
[14:27] <calexandre_ro> Slide 14
[14:27] <calexandre_ro> e
[14:27] <calexandre_ro> Slide 15
[14:27] <calexandre_ro> Mas...
[14:28] <calexandre_ro> Minas Gerais PROIBE!
[14:28] <thalita> código para os slides: oliveira
[14:28] <calexandre_ro> ENTÃO...
[14:28] <calexandre_ro> Vejam os Slides 16 e 17.
[14:30] <calexandre_ro> O Slide 16 reflete bem o nosso papel como professor nessa cultura digital...
[14:31] <calexandre_ro> Já o Slide 17 nos indaga sobre usar ou não usar a tenologia móvel em sala de aula.
[14:31] <calexandre_ro> Xavier (2013) afirma que existem inúmeras escolas em que o aluno não pode entrar com o celular. E que precisamos romper essa barreira, a de que o celular é um inimigo.
[14:32] <calexandre_ro> Xavier (2013) também ressalta que o uso dos dispositivos móveis surgiu para dar conta da educação em situações extraordinárias que impediam os estudantes de frenquentarem a escola – como em guerras, catástrofes e conflitos armados. Hoje, no entanto, eles vêm
[14:32] <calexandre_ro> ajudando, muito mais além de uma modalidade de ensino alternativa e complementar ao ensino presencial.
[14:32] <calexandre_ro> Vejam o Slide 18.
[14:33] <calexandre_ro> Mas, ainda estamos indagados... O que fazer com ele?
[14:33] <calexandre_ro> Os Slides 19 e 20
[14:34] <calexandre_ro> vão nos propor uma reflexão a cerca de usar ou não usar essa ferramenta em sala de aula.
[14:34] <thalita> código dos slides: oliveira
[14:35] <calexandre_ro> Nesse sentido, adotar as tecnologias digitais na educação é um caminho sem volta. Mas não é preciso reinventar a roda. Agregar o celular como ferramenta pedagógica já pode
[14:35] <calexandre_ro> ser um excelente começo. Proibir seu uso nas escolas faz com que os alunos se sintam em um presídio (Luciana Allan, 2013).
[14:35] <calexandre_ro> Com toda essa discussão, não podemos deixar de lado que hoje há estudos sobre as práticas de leitura e escrita no contexto das mídias digitais: “os letramentos múltiplos” ou “multiletramentos”.
[14:35] <calexandre_ro> E que também enfatiza a multiplicidade e variedade das práticas letradas da nossa sociedade, além de fazer referência tanto à multiplicidade cultural quanto à semiótica de constituição de textos (ROJO, 2012).
[14:36] <calexandre_ro> Slide 21
[14:37] <calexandre_ro> Diante de tal discussão, vejamos alguns exemplos de atividades realizadas com alunos de Ensino Médio da Rede Pública Estadual de Ensino de Minas Gerais:
[14:37] <calexandre_ro> Slide 22
[14:37] <calexandre_ro> Slide 23
[14:38] <calexandre_ro> E agora apresento algumas propostas para se pensar no contexto da sala de aula:
[14:39] <calexandre_ro> Slide 23
[14:39] <calexandre_ro> O celular sendo uma ferramenta para o ensino...
[14:39] <calexandre_ro> a diversão...
[14:39] <calexandre_ro> e a aprendizagem.
[14:40] <calexandre_ro> No Slide 24
[14:40] <calexandre_ro> Temos algumas alternativas para o uso pedagógico do celular em sala de aula.
[14:41] <calexandre_ro> No que diz respeito ao ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa.
[14:41] <calexandre_ro> No slide 26
[14:42] <calexandre_ro> e 27
[14:42] <calexandre_ro> Uma proposta de usar o Haikai para uma escrita interativa com o celular.
[14:43] <calexandre_ro> No Slide 28
[14:43] <calexandre_ro> Há uma proposta de trabalho desenvolvida por mim na Educação Básica.
[14:44] <calexandre_ro> É uma proposta de trabalho elaborada e aplicada com alunos de Ensino Médio disponível online que pode e deve ser adaptada para a escola que estamos querendo hoje (uma escola conectada).
[14:44] <calexandre_ro> No Slide 29
[14:45] <calexandre_ro> Há uma proposta de trabalho apresentada ao curso de “Mídias na Educação” oferecido pelo CEAD / UFOP, em 2015.
[14:45] <calexandre_ro> que segue passo a passo
[14:46] <calexandre_ro> até o Slide 41.
[14:46] <calexandre_ro> Foi um trabalho baseado na Proposta (1), porém visando o uso das tecnologias digitais como ferramentas pedagógicas
[14:47] <calexandre_ro> para desenvolver às práticas de leitura e escrita de alunos da Educação Básica.
[14:48] <calexandre_ro> É uma proposta que vai exigir do professor o diagnóstico de sua turma...
[14:48] <calexandre_ro> e a possibilidade de disponibilização de aulas para a elaboração da atividade.
[14:49] <calexandre_ro> A proposta é aberta e deixa o professor livre para possíveis adaptações.
[14:49] <calexandre_ro> Quero enfatizar aqui...
[14:50] <calexandre_ro> que a primeira proposta (1) usei o SMS para compartilhar as produções dos alunos.
[14:50] <calexandre_ro> Já a segunda,
[14:50] <calexandre_ro> tivemos o privilégio de usar a tecnologia digital.
[14:50] <calexandre_ro> Com este pensar, a escola vem construindo pouco a pouco um espaço de inclusão digital que servirá como base para a formação de seus alunos inseridos no processo de ensino e aprendizagem mediados pelas tecnologias digitais, ou seja, no que se refere às práticas
[14:51] <calexandre_ro> de leitura e escrita e a interação dialógica sob a tela (no que diz respeito às mídias propostas). A partir de então, o uso do celular e do tablet torna-se um importante instrumento de trabalho mediado por alguns dos profissionais da área de educação, principalmente por fazerem parte do espaço escolar e da vida dos professores e alunos.
[14:51] <calexandre_ro> No entanto, falta ainda muita habilidade dos mediadores para o uso crítico e consciente dessas tecnologias digitais em sala de aula e na vida. E que muitas vezes as deixam de usar para retomar o método tradicional de ensino.
[14:51] <calexandre_ro> Mas, observa-se também uma falta de investimento para capacitar tais mediadores (acessível a todos de forma geral) e o desenvolvimento de um projeto pedagógico de qualidade que envolva todos os profissionais da educação no que diz respeito à inclusão
[14:52] <calexandre_ro> digital. Tudo isso, necessita de apoio e planejamento para o coletivo, ou seja, não há como deixar de lado o acesso às tecnologias digitais e pensá-las como apenas uma segunda opção. É necessário que invistam em formação continuada e trabalhos
[14:52] <calexandre_ro> interativos para todo o corpo docente. Assim, pode-se pensar em um trabalho contínuo e de qualidade.
[14:52] <thalita> Professor calexandre_ro, faltam 5 minutos.
[14:52] <calexandre_ro> No Slide 41
[14:53] <calexandre_ro> Ok!
[14:54] <calexandre_ro> A tecnologia pode (sim) ser uma possibilidade para a sala de aula...
[14:54] <calexandre_ro> Finalizando...
[14:54] <calexandre_ro> Portanto, utilizar as tecnologias que a escola já possui é um passo inicial para a inclusão de outras tecnologias. Capacitar e incentivar os professores para o uso de tais tecnologias é outro passo importante. E, finalmente, propor aos alunos o acesso à
[14:54] <calexandre_ro> cidadania, mediados pelas tecnologias de informação e comunicação, é a construção de uma ciberescola num ciberespaço de conhecimento.
[14:55] <calexandre_ro> Nos Slides 42 e 43
[14:55] <calexandre_ro> apresento-lhes algumas referências para consulta.
[14:55] <calexandre_ro> No Slide 44...
[14:56] <calexandre_ro> O medo não deve existir!
[14:56] <calexandre_ro> E no Slide 45...
[14:57] <calexandre_ro> Agradeço a participação de todos vocês e estarei disponível para uma conversa saborosa regada por café.
[14:57] <thalita> Muito obrigada, calexandre_ro!
[14:57] <calexandre_ro> Muito obrigado!
[14:58] <thalita> Convidamos, na sequência, a professora Ana Cláudia para apresentar
[14:58] <calexandre_ro> Eu que agradeço, Thalita.
[14:58] <thalita> e depois abrimos para discussão
[14:58] <thalita> Professora Ana Cláudia, pode começar quando quiser. Cole, por favor, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
[14:58] <thalita> Código para os slides: santos
[14:58] <Ana_> Ok!
[14:58] <Ana_> Boa tarde a todos e todas! É uma honra e prazer ter a oportunidade de construir com vocês conhecimentos, relatando experiências vivenciadas por mim em sala de aula. É uma enorme satisfação também ser conferencista deste evento ao lado de
[14:59] <Ana_> educadores como o prof. Ms Carlos Alexandre de Oliveira e todos que nos acompanham pelo chat. Por fim, gostaria de agradecer formalmente a todos que fazem acontecer o projeto STIS de conferências,
[14:59] <Ana_> especialmente a Profª Draª Adelma Lúcia de Oliveira Silva Araújo. Obrigada pela confiança e pelo convite!
[14:59] <Ana_> Minha conferência discorrerá sobre um projeto denominado O Povo Conto desenvolvido na escola Estadual Padre Paulo da cidade de Santo Antônio do Monte no ano de 2014. Como este trabalho eu fui ganhadora do prêmio Educadora Nota 10 da Fundação Vitor Civita.
[15:00] <Ana_> Primeiramente, gostaria de destacar a importância da oralidade e da escrita em nossa vida cotidiana. Tais práticas constituem formas essenciais para interagir em um mundo pautado pelas mais diversas modalidades de comunicação.
[15:00] <Ana_> Por gentileza, cliquem no Slide 1
[15:00] <Ana_> Código santos
[15:01] <Ana_> Os diversos usos da palavra em público atendem a diferentes propósitos na sociedade da comunicação. O presente projeto trouxe um recorte linguístico manifestado nas histórias da tradição oral, quer sejam em prosa, quer sejam em versos.
[15:01] <Ana_> Siga para o Slide 2
[15:01] <Ana_> Sou de uma cidade interiorana, com traços tipicamente mineiros, com muitos contos e causos, daí a escolha desse gênero para trabalhar. E afinal, quem não gosta de uma boa história?
[15:02] <Ana_> O conto popular, base dos mais variados gêneros narrativos literários; traduz o imaginário coletivo, caracteriza-se pela simplicidade, apresenta traços que repetem em diferentes histórias de diferentes épocas e lugares.
[15:02] <Ana_> Slide 3
[15:02] <Ana_> A região onde a escola está localizada recebe muitos migrantes de outras cidades, que vêm em busca de trabalho e melhores condições de vida. Abriga, portanto, um grupo bastante diversificado, com hábitos e conceitos distintos em relação à leitura.
[15:03] <Ana_> Slide 4
[15:03] <Ana_> Considerando nossa realidade e as ideias comumente difundidas pela tradição oral, relacionamos, assim, em nosso projeto, o conto popular às diferenças regionais, um diálogo entre as histórias locais
[15:04] <Ana_> imbuídas da cultura, de pessoas, de tradições e de valores - à variação linguística.
[15:04] <Ana_> Slide 5
[15:05] <Ana_> Dentre os objetivos, destaco: Retextualizar adequadamente textos orais em textos escritos. Citar diferenças entre conversação face a face e textos essencialmente escritos.
[15:05] <Ana_> Fazer apresentações orais, com postura e linguagem adequadas. Reconhecer, em textos apresentados, os elementos constitutivos da narrativa. Perceber a linguagem e a língua como atividades interativas,
[15:05] <Ana_> sistematizadas nos planos gramatical (ou formal), semântico e pragmático ao longo do tempo por meio do uso dos falantes.
[15:05] <Ana_> Analisar os diferentes usos sociais da língua, evitando os estereótipos e preconceitos linguísticos, observando as diferenças entre os padrões da linguagem escrita e os padrões da linguagem oral.
[15:06] <Ana_> Utilizar mídias digitais como prática mediadora para o incentivo à pesquisa.
[15:06] <Ana_> Passem para o Slide 6, por favor.
[15:07] <Ana_> Lemos e analisamos algumas histórias, dentre elas, O Pássaro Lapão (Pedro Bandeira). Malasaventruas é um livro fantástico para esse trabalho, aguça a curiosidade, é cômico e exemplifica bem o estudo.
[15:07] <Ana_> Retextualizamos a história através da gravação de um curta-metragem com a história de Pedro Bandeira.
[15:07] <Ana_> Adequar o uso da língua ao contexto é um dos maiores desafios enfrentados por nossos alunos nessa faixa etária. Ouvir, falar e escrever parecem concepções distantes e distantes.
[15:08] <Ana_> Foi então que decidi solicitar aos alunos que ouvissem os típicos “causos” de família e recontassem em sala de aula.
[15:08] <Ana_> O senhor que aparece na foto é Sr. Luís, mais de 90 anos, e o garoto – o neto – que recontou a Luz da Chapada. O vídeo do sr. Luís está disponível no link do slide, no site da Nova Escola.
[15:08] <Ana_> Depois de ouvirmos as histórias, analisarmos, passamos para a escrita.
[15:09] <Ana_> Acompanhem no Slide 7, a primeira versão
[15:09] <Ana_> Socializar os textos é uma estratégia bastante significativa nesse tipo de trabalho, é possível reconhecer no texto do outro falhas ou até mesmo elementos interessantes que podem ajudar o aluno na construção do próprio texto.
[15:09] <Ana_> Reconhecer-se autônomo, exige um trabalho de autoria, de apropriação de saberes. O propósito não é melhorar o texto, mas o autor. Daí, a necessidade de reescrita.
[15:10] <Ana_> Acessem o Slide 8
[15:10] <Ana_> Segunda versão do texto, depois de socializado.
[15:10] <Ana_> Importante questionar e orientar a reescrita:Como você começou a escrever este texto? Se este texto não fosse seu, mas de um colega, qual seria sua opinião sobre a qualidade dele?
[15:10] <Ana_> De todos os seus colegas da classe, existe algum que escreva de um modo que agrada a você? Por quê? Que tipos de problema você enfrentou enquanto escrevia este texto?
[15:11] <Ana_> Quando teve dúvidas de ortografia, você consultou o dicionário? Existem partes, em seu texto, que você considera especialmente boas? Se sim, quais são essas partes? O que o leva a pensar que são especialmente boas?
[15:11] <Ana_> O que você acha que poderia tornar sua escrita melhor? Quais são os pontos fortes de sua escrita? E quais são os pontos fracos?
[15:11] <Ana_> É uma reflexão constante
[15:12] <Ana_> Passem para o Slide 9
[15:12] <Ana_> E vejam o slide 10
[15:13] <Ana_> Atender a todos os alunos sei bem que é um desafio, é preciso firmar com eles um pacto de aprendizagem que passa, incialmente, pelo comprometimento e interesse.
[15:13] <Ana_> No primeiro momento, não consegui que todos levassem suas histórias, tampouco escrevessem, quem dirá reescrever.
[15:13] <Ana_> Somente quando começaram a ler histórias diferenciadas e perceber a relação delas com suas vivências se sentiram motivados.
[15:13] <Ana_> Por outro lado, se não participassem, poderiam ficar alheios a atividades que, para eles, eram recreativas, como no laboratório de informática.
[15:14] <Ana_> Vejam o Slide 11
[15:14] <Ana_> Sigam para o slide 12
[15:14] <Ana_> Cliquem no slide 13
[15:15] <Ana_> E comparem como o texto foi modificado
[15:15] <Ana_> Avaliação: Itens avaliados em cada correção
[15:15] <Ana_> Emprego dos recursos linguísticos característicos de textos orais e escritos A função comunicativa do texto e do interlocutor Tratamento temático
[15:15] <Ana_> Mecanismos de coesão
[15:15] <Ana_> Coerência textual
[15:15] <Ana_> Para chegarmos ao produto final – um ebook – tivemos um intenso trabalho
[15:16] <Ana_> Vejam o passo a passo do trabalho nos slides 14, 15 e 16
[15:17] <Ana_> Conversamos sobre a variação linguística presente nos versos lidos. Discutimos sobre a maneira como falamos e o modo como registramos a palavra.
[15:17] <Ana_> Foi a oportunidade para conhecer as experiências dos alunos, uma sondagem para traçar metas e ações com a turma.
[15:17] <Ana_> Foi importante sistematizarmos cada fase de aprendizagem.
[15:18] <Ana_> Produção de texto e reescrita Para criar condições que permitissem aos alunos o desenvolvimento do processo de criação e não apenas do produto final, preferi propor a criação de textos por partes.
[15:18] <Ana_> Primeiramente, exploração da leitura de “A língua do povo”; o caráter ambíguo do título, descrição oral e escrita da imagem que acompanhava o texto.
[15:18] <Ana_> Retextualização individual: transformação das marcas de oralidade para a variante padrão.
[15:18] <Ana_> Em seguida, usando o datashow, reconstruímos o texto de forma coletiva e comparamos as produções e identificamos aspectos que poderiam ser melhorados no texto.
[15:18] <Ana_> Para dinamizar o trabalho, os alunos foram divididos em grupos, discutiram sobre seus textos, bem como a necessidade de reescrevê-los.
[15:19] <Ana_> Como não temos muitos computadores, reescreveram os enredos com as ideias principais de cada história ou, de acordo com os critérios do grupo, escolheram apenas uma história para ser melhorada.
[15:19] <Ana_> Em virtude do espaço e do número de alunos, o uso dos computadores é sempre em grupo e eu pude acompanhar melhor os trabalhos, atender à demanda de cada um deles.
[15:19] <Ana_> Assim, transformamos a classe numa comunidade de ouvintes, criando condições para que pudessem compartilhar seus textos com os colegas e percebessem a si mesmos como autores
[15:20] <Ana_> Divulgação : Momento ímpar de reconhecimento, apresentaram em dois formatos o livro produzido:
[15:21] <Ana_> um aplicativo de tablet – disponível também para download no site do grupo Reinventando (http://www.redereinventando.com.br/livros/o-povo-conta/o-povo-conta.pdf)
[15:21] <Ana_> e no FORMATO FLIPPAGE para aqueles que tenham o programa em seus computadores.
[15:21] <Ana_> Acompanhem o slide 17
[15:22] <Ana_> É um programa bem comum nos computadores, basta clicar em novo
[15:22] <Ana_> Vejam no slide 18
[15:22] <Ana_> Em seguida, buscar o arquivo salvo em PDF
[15:22] <Ana_> Vejam nos slide 19 e 20 como aparece o conteúdo
[15:23] <Ana_> No tablete, basta escolher o tipo de leitor, acompanhem no slide 21
[15:23] <Ana_> Outras sugestões de acesso: http://www.livrosdigitais.org.br/ http://papyruseditor.com/pt/
[15:23] <Ana_> http://www.myebookmaker.com/
[15:24] <Ana_> http://bookbuilder.cast.org/
[15:24] <Ana_> http://papyruseditor.com/pt/
[15:24] <Ana_> Avaliar o processo é muito importante, uma retomada para validarmos aquilo que ensinamos e o que nossos alunos realmente aprenderam. Confiram uma síntese nos slides 22 e 23
[15:25] <Ana_> Ao longo do projeto pude observar uma considerável evolução dos alunos sobre os conceitos apresentados, foram capazes de refletir sobre a temática dos textos em estudo, além de explicitar, por meio de atividades interativas, seus conhecimentos.
[15:25] <Ana_> Cliquem nos slides 24 e 25 para acompanhar as considerações finais
[15:26] <Ana_> O trabalho não foi fácil, mas foi muito gratificante. A cada desafio que eu levava para a sala, era desafiador primeiro para mim. De mera leitora estaria passando à produtora de livros virtuais.
[15:26] <Ana_> Uma das maiores dificuldades para quem está na sala de aula é envolver todos os alunos, são níveis diferenciados de aprendizagem, ritmos distintos no processo de formação educacional. As ferramentas tecnológicas nem sempre são tão acessíveis para todos os envolvidos.
[15:27] <Ana_> Nós mesmos, educadores, muitas vezes não sabemos lidar com tantos desafios, com o avanço tecnológico que chega cada vez mais veloz em nossas vidas.
[15:27] <Ana_> Aprendi muito, acredito que isso é que fez a diferença na minha prática docente: aliar elementos tradicionais, a vivência de nossa gente aos recursos que o mundo moderno nos oferece.
[15:28] <Ana_> O apoio da escola é essencial, somos parte de um todo e sozinhos não conseguimos a excelência de nossos educandos. Quando a equipe tem uma voz uníssona, o canto ecoa mais forte e mais alto.
[15:28] <Ana_> Mais uma vez, pretendemos associar saberes literários aos valores de nossa comunidade atrelados aos recursos tecnológicos. Considerem os exemplos que estão nos slides 27 e 28.
[15:29] <Ana_> Conversão de arquivos de texto instantânea e gratuita para autores autônomos. Acompanhem no slide 26
[15:32] <thalita> código dos slides: santos
[15:37] <thalita> Tivemos problema com a conexão
[15:37] <thalita> Ainda não
[15:37] <thalita> a professora Ana Cláudia perdeu a conexão
[15:38] <thalita> vamos aguardar alguns minutos
[15:39] <thalita> professora Ana Cláudia, todos caímos.
[15:39] <thalita> Fique tranquila
[15:39] <thalita> Pode dar continuidade
[15:39] <Ana_> Ok! Obrigada!
[15:39] <Ana_> O prêmio Educador Nota 10 veio consolidar meu compromisso com a educação. Aprendi que os recortes que fazemos de nosso contexto de ensino e levamos para a sala de aula edificam os saberes.
[15:40] <Ana_> Somos milhares de educadores Brasil afora, ensinamos no anonimato, mas fazemos história na vida de tanta gente.
[15:40] <Ana_> Prêmios como esse são muito importantes para validar nosso trabalho. Em 2014, estive entre os escolhidos, não saberia traduzir em palavras a emoção experienciada.
[15:41] <Ana_> Acredito que é necessária essa valorização, quantas vezes nos sentimos sem ânimo diante de tanto descaso com a educação?
[15:41] <Ana_> Levo comigo o legado de meu pai: saber não ocupa espaço. Gosto de aprender, gosto muito também quando alguém aprende comigo.
[15:41] <Ana_> Na Olimpíada de Língua Portuguesa do corrente ano, uma aluna minha está classificada na categoria artigo de opinião. Vejo, mais uma vez, o fruto de uma semente florescer.
[15:42] <Ana_> O que mais me motiva a desenvolver projetos dessa natureza é o entusiasmo de meus alunos, o envolvimento, o crescimento, a gradativa evolução
[15:42] <Ana_> Caros colegas que nos acompanham, despeço-me reafirmando o quão importante é nosso trabalho para a sociedade.
[15:42] <Ana_> Potencializem o produto de suas aulas: o saber! Propaguem suas ideias, compartilhem conhecimentos.
[15:42] <Ana_> Não tenham medo da audácia ao ensinar, diria como Guimarães: “A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.
[15:42] <Ana_> Coragem para enfrentar a diferença, aliar tradição e tecnologia, coragem para mostrar ao mundo que a mudança está em nossas mãos: EDUCAR!
[15:43] <Ana_> Acompanhem as referências no slide 29. Obrigada! Estou à disposição!
[15:45] <thalita> Muito obrigada, professora Ana_
[15:45] <thalita> convidamos então os participantes para discutir os temas abordados pelos conferencistas
[15:45] <ElaineTeixeira> Parabéns aos dois Professores pelas excelentes pesquisas.
[15:45] <Ana_> Eu que agradeço a oportunidade!
[15:45] <GonzaloAbio> Muito obrigado Carlos Alexandre e Ana Cláudia pelas excelentes apresentações. Ana Cláudia, quando você escreveu "acredito que isso é que fez a diferença na minha prática docente: aliar elementos tradicionais, a vivência de nossa gente aos recursos que o mundo moderno nos oferece" lembrei de uma também bonita experiência que conheci hoje de um game criado por uma tribu indígena no Acre com ajuda técnica externa para pr
[15:45] <GonzaloAbio> Vejam essa experiência em http://www.gamehunikuin.com.br/
[15:46] <Ana_> Vou olhar sim!
[15:46] <ElaineTeixeira> Pergunto à Professora, os alunos tiveram dificuldades em levar o texto de papel para o digital?
[15:46] <Ana_> Do papel para digital não foi o mais difícil.
[15:47] <Ana_> Mas, do oral para o escrito
[15:47] <nana_> interessante o game
[15:48] <Ana_> Eles gostam muito de conhecer e usar os recursos tecnológicos, são curiosos
[15:49] <calexandre_ro> Professora Ana Cláudia, parabéns pelo trabalho!
[15:49] <ElaineTeixeira> PAra o Professor, concordo com seu parecer sobre a formação dos professores para lidar com os recursos tecnológicos
[15:49] <Ana_> Obrigada!
[15:49] <rodolfo> Parabéns pelas pesquisas!!
[15:49] <cvcosc> Parabéns, Carlos e Ana. Vocês desenvolvem um trabalho muito interessante.
[15:50] <calexandre_ro> Em algum momento você pensou em usar o celular como ferramenta pedagógica para sua atividade?
[15:50] <GonzaloAbio> As maiores dificuldades no uso da tecnologia na educação geralmente não é na parte técnica, senão, no planejamento prévio, ou como neste caso, na "retextualização" (segundo Marcuschi) ou ressemiotização (Iedema) ou transdução (Kress).
[15:50] <calexandre_ro> Obrigado, Elaine e Carla!
[15:50] <Ana_> Sim, pensei e até usamos algumas vezes.
[15:50] <Adriana_> Parabéns pelo projeto professora Ana, professor Alexandre parabéns pela pesquisa com as novas tecnologias, utilizei
[15:51] <calexandre_ro> É importante esse olhar para o professor, Elaine.
[15:51] <Adriana_> no projeto que participei no PIBID/CAPES, no processo de alfabetização
[15:51] <cvcosc> Como fica a reflexão linguística nas atividades que vocês apresentaram?
[15:51] <nana_> Prof. Carlos como o sr. vê a questão dos escritos digitais? As reduções de palavras, as marcas da internet nas escritas tradicionais?
[15:51] <calexandre_ro> Elaine, ele, muitas vezes, tem interesse em usar as tecnologias como aliadas às suas práticas de ensino, mas não sabem por onde começar.
[15:51] <Adriana_> com crianças de 1º e 2º ano e foi muito proveitoso
[15:52] <Lucas_Cancela> Como defensor das tecnologias no ensino, gostei muito dos projetos aqui apresentados e creio que a inserção das TICs no âmbito escolar torna as aulas mais atraentes e dinâmicas.
[15:52] <Vera__> Parabéns,unir as novas mídias aos velhos gêneros é gratificante!
[15:52] <Douglas_> Nesse sociedade hodierna e coetânea, é indispensável o uso de aparelhos tecnológicos nas salas de aula para o melhor aprender.
[15:52] <Lucas_Cancela> Parabéns para os apresentadores. Foi enriquecedor
[15:53] <Adriana_> meu maior desafio foi conseguir que os alunos vissem a sala de informática não apenas como uma sala de jogos
[15:53] <annatheresa95> Parabéns professores pelos projetos apresentados.
[15:53] <calexandre_ro> A reflexão linguística, Carla, parte de reescrita dos textos. E não ficarmos presos a regras.
[15:53] <Douglas_> Adriana, realmente você deve ter tido um desafio e tanto para isso
[15:53] <GonzaloAbio> É inspirador ver os resultados desses projetos em ação. Parabéns para os dois!
[15:53] <Adriana_> mas foi muito bom
[15:53] <Ana_> A todo instante, o aluno é levado a refletir sobre as variantes linguísticas.
[15:53] <Douglas_> Jogos em ideia de educação
[15:53] <Douglas_> Como forma de também educar
[15:54] <monica_> Parabéns aos palestrantes.... foi muito bom.
[15:54] <Adriana_> perceber ao final do projeto as construções, os textos
[15:54] <Jose__> Parabéns aos palestrantes!
[15:54] <calexandre_ro> O aluno precisa despertar o prazer em ler e escrever. E depois utilizamos essas escritas e as contextualizamos "gramaticalmente". Sem modelos autoritários e tradicionais.
[15:54] <Adriana_> Parabéns pelos temas !!
[15:54] <Elivelton> Parabéns professores!
[15:55] <HugoAdriano_> Parabéns pelo belo trabalho
[15:55] <gah_> parabéns professora pelo trabalho
[15:55] <Douglas_> .
[15:56] <Ana_> Obrigada a todos! E parabéns, professor Carlos, pela pesquisa.
[15:56] <rodolfo> Essa palestra me motivou para trabalhar algo dessa temática no TCC
[15:56] <Douglas_> Isso ai Rodolfo, espero que você faça um ótimo trabalho!
[15:56] <Ana_> É muito bom e interessante trabalhos dessa natureza.
[15:56] <calexandre_ro> Obrigado a todos!
[15:56] <adelmaa> Pessoal, antes que todos saiam da nossa sala gostaria de falar algo importante.
[15:56] <calexandre_ro> Que legal, Rodolfo!
[15:56] <adelmaa> Muito obrigada, profª Ana Cláudia Santos, pela belíssima exposição. Tenho certeza absoluta que você hoje nos ajudou a divulgar os benefícios do uso
[15:56] <GonzaloAbio> O fato de trabalhar juntos na realização de um projeto com um produto final que fica exposto para outros faz mudar muito o processo e o produto final. O desafio e a responsabilidade é muito maior que fazer uma tarefa apenas para entregar para o professor/a.
[15:57] <adelmaa> de tics na sala de aula como instrumento auxiliar do processo de ensino aprendizagem.
[15:57] <adelmaa> Gostaria de comentar com todos vocês que conheci o trabalho da profa Ana Cláudia através de uma reportagem da revista Nova Escola. Procurei por ela
[15:57] <calexandre_ro> Se precisar de ajuda, estou à disposição.
[15:57] <heloisa> Pessoal desejo saber onde os slides ficarão disponibilizados
[15:57] <adelmaa> no face, encontrei escrevi e fiz o convite para ser conferencista do STIS. Ela aceitou e hoje nos compartilhou sua trajetória de educadora nota 10.
[15:57] <adelmaa> Muito Obrigada prof. Carlos Alexandre.
[15:57] <adelmaa> O prof Carlos Alexandre foi meu coorientando no Curso de Especialização de Médias na Educação, do CEAD/UFOP com um tcc que obteve nota máxima da banca avaliadora. Méritos desta natureza merecem ter seu espaço no stis!
[15:57] <adelmaa> Se vocês tiverem trabalhos instigantes como os dos dois conferencistas de hoje, por gentileza, encaminhem seus nomes para adelmaa@gmail.com. A
[15:57] <cvcosc> Parabéns, Adelma e pessoal do Stis!
[15:57] <adelmaa> equipe stis fará uma seleção criteriosa dos trabalhos dos autores e dois selecionados se tornarão nossos conferencistas na agenda stis 2017.
[15:57] <GonzaloAbio> Que bom, Adelma!
[15:57] <rodolfo> Qual dos dois virá para minha banca aqui na UFPB? rsrs
[15:58] <rodolfo> Obrigado!
[15:58] <adelmaa> É isso, podem voltar ao debate.
[15:58] <Douglas_> biiurl
[15:58] <Douglas_> Boa tarde a todos, ótima palestra!
[15:58] <adelmaa> adelmaa.ufmg@gmail.com
[15:59] <adelmaa> corrija,m!
[15:59] <Ana_> Professora Adelma, agradeço imensamente o convite e a confiança!
[15:59] <rodolfo> Boa tarde, gente.
[15:59] <Vera__> os slides serão disponibilizados?
[15:59] <danielr> boa tarde galera
[15:59] <adelmaa> A honra é nossa, profa Ana Cláudia!
[15:59] <calexandre_ro> É só convidar, Rodolfo.
[15:59] <calexandre_ro> rsrsrsrs
[16:00] <Maylson> Otima palestra
[16:00] <rodolfo> Certo. :D
[16:00] <calexandre_ro> Obrigado!
[16:01] <Eduardo_> Ótimas palestras! Obrigado professores!
[16:01] <calexandre_ro> Espero ter contribuído com algumas reflexões sobre o uso pedagógico das TDIC em sala de aula.
[16:02] <adelmaa> A profa Dra Ana Cristina parabeniza aos conferencistas convidado pelas relevantes e a equipe STIS pelo evento tão extraodrinário. Ela precisou se ausentar!
[16:02] <nana_> muito bom
[16:02] <adelmaa> Gostaria de lembrar que os registros destas conferências estarão publicados e disponibilizados para consulta e referência no site do stis
[16:02] <danilorcesar> os slides tem os codigos: oliveira e santos @Vera__
[16:02] <Douglas_> Contribuiu muito Alexandre, só temos a te agradecer!
[16:02] <calexandre_ro> Obrigado pela participação, alunos da FDCON.
[16:02] <adelmaa> Gostaríamos de agradecer aos nossos conferencistas convidados prof. Carlo Alexandre de Oliveira e a profª Ana Cláudia Santos pelas brilhantes participações
[16:02] <adelmaa> Agradecemos a todos os participantes do Brasil e de nossos países irmãos vizinhos do mercosul pela honrosa presença
[16:02] <adelmaa> Para ter acesso a todas as palestras do STIS basta clicar do lado direito da página em registro, em seguida clicar na palestra escolhida e quando esta
[16:03] <adelmaa> janela se abrir clicar abaixo dos resumo em onde esta escrito registro aqui (em azul)
[16:03] <adelmaa> Para receber o certificado deste evento basta encaminhar uma mensagem para o STIS neste endereço: stis@textolivre.org com os seguintes dados: nome
[16:03] <adelmaa> completo e apelido usado durante o evento. Até o próximo evento dia 23 de agosto de 2016.
[16:03] <adelmaa> Sigam-nos no facebook: https://www.facebook.com/stis.face?ref=ts&fref=ts
[16:03] <adelmaa> Indique nosso evento aos seus colegas. Divulgue nossas conferências!
[16:04] <adelmaa> Obrigada a todos pela presença e a profa Dra Carla Viana Coscarelli por ser esta eterna apoiadora.
[16:05] <nana_> qual próximo dia
[16:06] <adelmaa> O próximo evento tem pa particpação de uma pesquisa que está sendo desenvolvida no doutorado pelo porf. Alexandre Mesquista na Univerisdade de Sherbrook / Canadá!
[16:06] <adelmaa> Dia 23 de setembro, sempre às 14:00 horas!
[16:08] <Tchukarramami> Não consegui acompanhar a conferência do Prof. Carlos
[16:09] <calexandre_ro> Vai ficar tudo online, @tchukarramami.
[16:09] <Tchukarramami> Devido o reestabelecimento da conexão
[16:09] <calexandre_ro> Entendo!
[16:10] <Douglas_> biiirrl
[16:10] <HugoAdriano_> Biiirrrl
[16:11] <Soninha> oliveira
[16:11] <adelmaa> Prezado(a)s, as perguntas que não foram respondidas aqui eu me comprometo a encaminhar aos dois conferencistas e assim que obtever as respostas publicaremos na página junto ao log das conferências.
[16:11] <Adriana_> Abraço a todos e até a próxima !!
[16:12] <adelmaa> As suas conferências estarão disponíveis na nossa página na íntegra.
[16:12] <danielr> até a proxima
[16:12] <Murilo> boa palestra
[16:12] <nana_> paz
[16:12] <Murilo> ate a proxima
[16:12] <danielr> Grande Abraço
[16:13] <nana_> até
[16:13] <HugoAdriano_> Boa tarde a todos e ate a proxima se Deus quiser
[16:13] <Tchukarramami> Ok!Obrigado e grande abraço.
[16:13] <Murilo> gostei muito dos temas abordados de nossa sociedade hodierna
[16:14] <adelmaa> Sejam parceiros de nosso evento. Divulguem! Este é um trabalho de uma equipe voluntária que se fortalecerá com a ajuda de todos vocês.
[16:15] <Tchukarramami> Com certeza..
[16:17] <adelmaa> Obrigada a todo(a)s!
[16:18] <adelmaa> O grupo STIS está com o coração pulando de felicidade.
[16:18] <adelmaa> Duas conferências excepcionais com temas instigantes e atuais sendo discuido com a profundidade e didática.
[16:19] <ElaineTeixeira> Parabéns ao STIS! Até o próximo!
Todos os trabalhos aqui publicados estão licenciados segundo a Creative Commons
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Based on a work at Texto Livre.
6. Setembro: ESL e PLE
STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Alexandre Alves Mesquita e Daiane Tamanaha
Conferência dupla STIS SETEMBRO 2016 (Remarcada para outubro)
Dia 07 de outubro das 14 às 16 horas, na Sala de Conferências do STIS
The evolution of fourth year pre-service ESL teachers’ beliefs and practices related to formative assessments
(Prof. Ms. Alexandre Alves Mesquita ( Sherbrooke University - Quebec/Canadá)
Resumo: This study investigates how pre-service ESL teachers learn to teach and evaluate through the scope of three main elements: their prior beliefs, practicum courses and formal education courses (teaching methods and formal evaluation courses). The impact of prior beliefs on the learning to teach process it is in relation to the fact that they can work as filters to sort out program experiences that are cognitive incompatible with their own and the way knowledge is taught our teacher education programs (Calderhead, 1988; Lortie, 1975; Pajares, 1992; Wideen, Mayer-Smith & Moon, 1998). In relation to the second element, it is during their practicum courses that pre-service ESL teachers are expected to be able to test their theories and methods learned during university classes and reflect on their teaching practices in a real classroom context (Beck & Kosnik, 2000; Britzman, 2003). And finally, formal education courses are claimed to complement pre-service ESL teachers’ field-based teaching experience, create a foundation for their assessment literacy and promote changes in their beliefs and practices (DeLuca, Chavez, Bellara & Cao, 2013; Grossman, Valencia & Hamel, 1997). The data was collected through the following methods: open-ended questionnaires, semi-structured interviews, stimulated recall and narratives. Preliminary results include the identification of a series of contextual factors that influence beginning teachers’ self-confidence and sense of preparedness to evaluate. The cooperating teachers’ uncertainty around evaluating with these new approaches affected the pre-service ESL teachers’ feeling of competence. Other preliminary results: while on practicum, pre-service ESL teachers claim that their teaching methods and formal evaluation classes did not prepare them well to teach; cooperating teachers’ behaviour affect pre-service ESL teachers’ professional development while on practicum due to different teaching and evaluation approaches in comparison to the ones learned in their program.
A interação entre o aluno de PLE e a comunidade falante de português como ferramenta de aprendizado
(Profª Ms. Daiane Tamanaha ( Princenton University/USA)
Resumo: O principal objetivo do aluno de PLE é integrar-se à comunidade de falantes de português e comunicar-se. As atividades desenvolvidas em sala de aula, muitas vezes, não permitem que essa interação seja completa ou oferecem um número reduzido de possibilidades para que isso ocorra. Para contornar esse problema, tenho introduzido alternativas, dentro e fora da sala, que facilitam essa comunicação/interação entre estudantes de PLE e a comunidade. Tais como: entrevistas por Skype, criação de programas de rádio, conversas por telefone, viagens a cidades com grande população de lusofalantes nos EUA. Além de estimular a interação entre alunos de PLE e comunidade, essas atividades permitem que os alunos lutem contra, ou mesmo, superem o medo e a timidez de conversar/falar em português. Depois de participar desse tipo de experiência, o aluno torna-se mais confiante ao utilizar a língua porque percebe que consegue se comunicar, nas mais diversas situações e, o mais importante, em contextos reais.
6.1. registro setembro
LOG: Alexandre Alves Mesquita e Daiane Tamanaha
Registro da Conferência em chat escrito, de 7 de outubro de 2016:
The evolution of fourth year pre-service ESL teachers’ beliefs and practices related to formative assessments
conferencista: Alexandre Alves Mesquita
A interação entre o aluno de PLE e a comunidade falante de português como ferramenta de aprendizado
conferencista: Daiane Tamanaha
moderador: Equipe STIS
[13:58] <adelmaa> Bom dia a todos e todas! É sempre uma honra recebê-los, participantes e palestrantes conferencistas , em cada evento STIS.
[13:58] <adelmaa> O STIS, coordenado pela profa Drª Adelma L.O.S Araújo, é um dos braços do Projeto "Polvo" do Grupo Texto Livre do CNPq. Caracteriza-
[13:58] <adelmaa> se como um programa de conferência que é realizado na penúltima semana dos meses de março a junho e de agosto a novembro.
[13:58] <Alexandre> Okay. Antes que eu me esqueça, peço desculpas pela falta de acentuaçao.
[13:58] <adelmaa> Ao longo deste cinco anos de vida o STIS tem congregado pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema
[13:58] <adelmaa> educação livre, democrática, igualitária, com o desejo de ser acessível a todos.
[13:59] <adelmaa> Não se preocupe ,professor! Obrigada pelo carinho!
[13:59] <adelmaa> O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do Grupo de Pesquisa TEXTO LIVRE do CNPq,
[13:59] <adelmaa> coordenado pela Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte
[13:59] <adelmaa> Ao longo desta caminhada o STIS tem se firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior.
[13:59] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 24 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores
[13:59] <adelmaa> tais como Carla Viana Coscarelli (UFMG), Luiz Tatit (USP), Maria Lucia Castanheira (FAE/UFMG), Almeida Filho (UNB), dentre outros nomes do Brasil e do exterior como
[13:59] <adelmaa> o Brian Street (Kings College/Londres), Luis Gonçalves (Universidade da Pensilvânia) e o Júlio Paz (Argentina).
[14:00] <adelmaa> Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em
[14:00] <adelmaa> Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato.
[14:00] <adelmaa> Também contamos com a colaboração de todos os conferencistas convidados que nos deram a honra de sua presença como agentes divulgadores, além da força e colaboração na divulgação realizada pelos nossos participantes.
[14:00] <adelmaa> Para que todo este projeto seja realizado eficientemente, mês a mês, e chegue até vocês conferências relevantes para sua formação cultural, intelectual e acadêmica o STIS conta com Comissão Organizadora com um espírito de colaboratividade formada por
[14:00] <adelmaa> Ana Cristina Fricke Matte - Coordenadora Geral do Projeto Texto Livre Adelma Lúcia de Oliveira Silva Araújo - Coordenação Geral do Projeto STIS Thalita Santos Felício de Almeida - Secretaria Aline Resende Pereira Marinho - Secretaria
[14:00] <adelmaa> Daniervelin Renata Marques Pereira - Administração Elizabeth Guzzo de Almeida - Administração Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz - Administração Woodson Fiorini de Carvalho - administração
[14:00] <adelmaa> Hugo Leonardo Canalli - Suporte técnico TI Maragareth de Souza Freitas Thomopoulos - Revisora Rivânia Maria Trotta Sant'Ana - Revisora Maria do Carmo Ferreira dos Santos - Relações públicas
[14:01] <adelmaa> Hoje o STIS tem a honra de receber como conferencistas convidadas o prof Ms. Carlos Alexandre Mesquista, Sherbrooke University - Quebec - Canadá e a profª Ms. Daiane Tamanaha da Princeton University - Estados Unidos.
[14:01] <adelmaa> Nosso primeiro conferencista convidado é o prof. Ms. Alexandre Mesquita é doutorando em educação da Université de Sherbrooke. Tem mestrado em Linguística Aplicada pela universidade Universidade Estadual
[14:01] <Alexandre> So Alexandre nao tem Carlos
[14:01] <adelmaa> Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, São Paulo, Brésil Title: CRENÇAS E PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO NO PROCESSO INTERATIVO E NA MEDIAÇÃO
[14:01] <adelmaa> Desculp-me, professor!
[14:01] <Alexandre> Sem problemas ! ;)
[14:02] <Alexandre> Gostaria de em primeiro lugar agradecer a presença de todos e aos membros da organizaçao pela oportunidade de apresentar meu trabalho.
[14:02] <adelmaa> Peço perdão pela falha. A culpa é toda minha.
[14:02] <adelmaa> DE UM PAR NO TANDEM A DISTANCIA: UM ESTUDO DE CASO. É bacharel em tradução e em Educação pela universidade federal de Ouro Preto.
[14:02] <adelmaa> O prof. Alexandre Mesquista é meu contemporrâneo na UFOP. Profiffional brilhante e certamente nos trará tópico de uma discussão relevantíssima. Sua conferência será feita em português e inglês.
[14:02] <Alexandre> Nao foi nada !
[14:02] <adelmaa> Nossa segunda convidada é a profº Ms. Daiane Tamanaha que está correntemente trabalhando como Lector na disciplina de Português na Princeton University, in Princeton, NJ. Ela é também é editora DeRLAS
[14:02] <adelmaa> (Delaware Review of Latin American Studies), um jornal referência na área por ser de acesso livre na Internet sobre todos os aspectos da história e cultura da América latina.
[14:02] <Alexandre> Muito obrigado Adelma ! É um grande prazer estar aqui
[14:02] <adelmaa> Brasileira. Formada em comunicação e jornalismo pela Federal University of Mato Grosso do Sul, in Brazil. Tem mestrado pela Universidade Aberta, em Lisboa, Portugal. Como professora de português como segunda língua ela ja exprenciaou grandes
[14:03] <adelmaa> universidade americanas tais como lecturer no Departmento de Espanhol e portuguêsda univerisdade de Rutgers University, in New Brunswick, NJ, e na University of Delaware, in Newark, DE.
[14:03] <adelmaa> Daiane Tamanaha tem um blog Nós Amamos Português, no qual ela compartilha sua atividades e experiências vivida dm suas aulas.
[14:03] <adelmaa> Tem também experiência trabalhando como jornalista nas empresas tais como Rede Globo in Mato Grosso do Sul and SBT in São Paulo.
[14:03] <adelmaa> No momento, Daiane é uma jornalista freelancer com artigos publicados na UOL (Universo Online), um provedor líder na America Latina que sedia o maior portal de pagina dos falantes de português do mundo.
[14:03] <adelmaa> Agradeço aos nossos conferencista convidados e dou agora as boas vindas ao nosso moderador das conferências STIS, a profª Thalita Felício)
[14:03] <adelmaa> A profa Thalita moderará estas conferências. porém anterior a isto ele explicará, de forma pormenorizada, o funcionamento deste evento online - STIS - para os que participam pela primeira vez de nosso evento.
[14:03] <thalita> Boa tarde a todos!
[14:04] <thalita> Sejam bem-vindos!
[14:04] <Alexandre> Boa tarde.
[14:04] <professora> boa tarde
[14:04] <thalita> Para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação dos conferencistas (só por escrito, aqui no chat)
[14:04] <thalita> não temos vídeo nem áudio
[14:04] <thalita> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:04] <thalita> após as duas apresentações, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:04] <thalita> o código para os slides será indicado no início de cada apresentação
[14:04] <thalita> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[14:05] <thalita> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes
[14:05] <professora> gente desculpe é minha primeira vez nao to entendendo nada
[14:05] <thalita> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:05] <Alexandre> Obrigado
[14:05] <thalita> Códido para os slides: mesquita
[14:05] <Alexandre> Okay, acho que eu posso começar, né?
[14:05] <Alexandre> Vamos la...
[14:05] <professora> pode
[14:05] <thalita> Professor Alexandre, pode começar quando quiser. Cole, por favor, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
[14:05] <Alexandre> Claro
[14:06] <Alexandre> Meu trabalho tem como titulo : The evolution of fourth year pre-service ESL teachers’ beliefs and practices related to formative assessment
[14:07] <Alexandre> Em ingles, o que seria a evoluçao das crenças e praticas de avaliacao formative de professores em pre-servico
[14:07] <Alexandre> Slide 1
[14:07] <Alexandre> Minha apresentaçao esta dividida nas seguintes secoes
[14:07] <Alexandre> Slide 2
[14:08] <Alexandre> Problema de pesquisa e Contexto
[14:08] <Alexandre> Quadro teorico
[14:08] <Alexandre> Pergunta e objectivos de pesquisa
[14:08] <Alexandre> Metogologia
[14:08] <Alexandre> Resultados iniciais e conclusao
[14:09] <Alexandre> No ó último meioséculo, devido a muitas reformas educacionais baseadas em abordagens construtivistas de ensino e aprendizagem em países ao redor do mundo: como o Canadá, Reino Unido e Estados Unidos, os programas de formação de
[14:09] <Alexandre> professores tiveram que ser reformuladas de modo a coincidir com essas novas abordagens para melhorar a qualidade de seus programas e para fornecer aos professores pré-serviço com a preparação mais adequada (Darling-Hammond, 2006).
[14:09] <Alexandre> A fim de satisfazer algumas dessas necessidades, os programas de formação de professores aumentaram as horas de estágio prático e os cursos de avaliação foram criados cursos de avaliação formal e métodos de ensino.
[14:09] <Alexandre> Slide 3
[14:10] <Alexandre> No entanto, através de nossas experiências como pesquisadores e formadores de professores, observamos que embora o programa de formação de professores em nossa universidade seja de quatro anos e inclua 900 horas de estágio, um curso de avaliação
[14:11] <Alexandre> formal, e cinco cursos de métodologia de ensino, os alunos continuam se formando se sentindo inseguros e despreparados para avaliar seus alunos.
[14:11] <Alexandre> Slide 4
[14:12] <Alexandre> Como voces podem ver, no meu contexto os professores em pre-servico tem varias oportunidades de aprendar à avaliar
[14:12] <Alexandre> Cursos de metodologia de ensino, 1 curso dedicado à avaliacao alem de promovermos reflexao
[14:12] <Alexandre> Principalmente durante os estagios
[14:13] <Alexandre> Pratica reflexiva.
[14:13] <Alexandre> Em relaçao ao quadro teorio (slide 5)
[14:13] <Alexandre> Este estudo investiga como ESL professores pré-serviço aprender a ensinar e avaliar com o espaço de três elementos principais: Suas crenças anteriores, cursos de estágio e cursos formais de educação (métodos de ensino e de avaliação).
[14:14] <Alexandre> O impacto das crenças anteriores sobre a aprendizagem para ensinar seus alunos e fato impactuam ou pode funcionar como filtros para classificar experiências programáticas
[14:15] <Alexandre> ensinado nossos programas de formação de professores (Calderhead 1988 ; Lortie, 1975; Pajares, 1992; Wideen, Mayer-Smith & Moon, 1998).
[14:15] <Alexandre> Em relação ao segundo elemento, é que é durante os seus cursos de estágio que o professo de ingles como segunda língua são esperados serem capazes de testar suas teorias e métodos aprendidos durante as aulas universitárias e refletir sobre suas práticas
[14:15] <Alexandre> de ensino em contexto real de sala de aula (Beck & Kosnik, 2000; Britzman, 2003).
[14:16] <Alexandre> E, finalmente, cursos de educação formal são esperados que complementem esta experiência de ensino baseado em campo pré-serviço ESL professores ', criar uma base para a sua avaliação do cohecimento constrúido e promoção dasr mudanças em suas
[14:16] <Alexandre> crenças e práticas (DeLuca, Chavez, Bellara & Cao, 2013; Grossman, Valência & Hamel, 1997).
[14:16] <Alexandre> Slide 6
[14:17] <Alexandre> Desta forma, com base em nossa revisao da literatura e problema de pesquisa, nossa pergunta de pesquisa foi formulada da seguinte maneira:
[14:18] <Alexandre> Como evoluem as crenças e praticas de avaliacao formativa dos professores de ensino de ingles como segunda lingua em formaçao (do quarto ano) ?
[14:19] <Alexandre> Desta forma, os objetivos de pesquisa foram de identificar as crenças e praticas iniciais no inicio do quarto ano (ultimo ano de faculdade)
[14:19] <Alexandre> E identificar quais elementos poderiam influenciar, modificar ou consolidar as mesmas durante o quarto ano.
[14:20] <Alexandre> Slide 7
[14:21] <Alexandre> Os dados desta pesquisa foram recolhidos através do que os seguintes métodos: questionários abertos, entrevistas semi-estruturadas, sessoes de videos estimulada (stimulated recall) e narrativas (Clandinin & Connelly, 1990; Lichman, 2006).
[14:22] <Alexandre> Ao todo, tivemos 6 participantes.
[14:22] <Alexandre> O que interessante observar é que em nosso programa, os professores podem fazer seus estagios em diferentes contextos de ensino
[14:22] <Alexandre> Ensino primario, medio ou adultos
[14:23] <Alexandre> Slide 8
[14:23] <Alexandre> No slide 8 podemos ver quando os dados foram coletados (em que momento durante o quarto ano)
[14:24] <Alexandre> Para a apresentaçao de hoje, eu decidi apresentar os resultados iniciais da ultima entrevista
[14:25] <Alexandre> Slide 9
[14:25] <Alexandre> O proposito desta entrevista foi de identificar o que aconteceu durante o ultimo ano (o que eles aprenderam de novo, como foi o estagio, etc.).
[14:27] <Alexandre> Apos a analise deste instrumento, notamos que existe uma falta de capacidade (dos professores em pre-service) de se auto avaliarem em relacao ao conhecimento adquirdo sobre avaliacao
[14:28] <Alexandre> Para que eles tenham consciencia (e perceberem) o que foi aprendido durante o ano, eles precisaram de perguntas especificar
[14:28] <Alexandre> Ops especificas
[14:29] <Alexandre> Por exemplo, quando perguntamos: o que voce aprendeu (em relacao a avaliacao) durante o ultimo curso de metodos de ensino, a principio, eles diriam que nada
[14:30] <Alexandre> Mas caso perguntassemos, durante o curso, quando voces viram como adaptar as aulas (planificacoes) para alunos com dificuldades, voces nao viram nada sobre avaliacao?
[14:30] <Alexandre> A resposta se tornaria positiva
[14:31] <Alexandre> Nos tambem percebemos que o quarto ano funciona como uma especie de validacao de uma pratica/crenca previamente adquirida
[14:31] <Alexandre> Slide 10
[14:33] <Alexandre> Professores em pre-servico foram capazes de desenvolver suas capacidades e competencias ao refletirem nos resultados de suas avaliacoes (criadas por eles ou nao)
[14:33] <Alexandre> Mestres de estagio (nao sei o termo ao certo em portugues) fazem a diferença
[14:34] <Alexandre> Evoluçao so é possivel caso professores em pre-servico tenham um acompanhamento necessario (liberdade de testar suas proprias teorias e praticas)
[14:35] <Alexandre> Slide 11
[14:36] <Alexandre> Participantes afirmaram nao terem sido adequadamente preparados para usar/avaliar de forma formativa
[14:36] <Alexandre> Slide 12
[14:37] <Alexandre> Em conclusao, acreditamos que formadores de professores devam ser mais explicitos ao ensinarem sobre avaliacao formativa
[14:38] <Alexandre> Professores em formaçao devem estar cientes de suas crenças e dos possiveis impactos que estas possam causar em suas praticas de ensino
[14:39] <Alexandre> E por fim, mestres de estagio (associate teachers) devem receber uma melhor preparaçao.
[14:41] <Alexandre> E por fim, mestres de estagio (associate teachers) devem receber uma melhor preparaçao.
[14:41] <Alexandre> ops deu errado perai
[14:41] <Alexandre> Desta forma, nosso estudo demostra a importancia de explorar e compreender como os professores em pré-serviço construem o seu conhecimento sobre a avaliação durante seus programas de formação de professores para que os formadores de professores façam os ajustes necessários ou melhorias
[14:41] <Alexandre> em seus próprios cursos e programas a fim de proporcionar a melhor preparação em termos de avaliação e permitir que pre professores se graduar sentindo-se preparado para avaliar
[14:42] <Alexandre> Muito obrigado.
[14:42] <thalita> Muito obrigada, professor Alexandre!
[14:42] <Alexandre> Espero que tenha sido claro...nao é a mesma coisa falar e escrever
[14:42] <Alexandre> Peço desculpas pelos erros de portugues
[14:43] <Alexandre> tem muito tempo que eu nao escrevo em portugues (formalmente)
[14:43] <thalita> agora daremos continuidade com a professora Daiane Tamanaha
[14:43] <thalita> boa tarde, professora DaianeT
[14:43] <DaianeT> Boa tarde a todos! Antes de começar essa “conversa” gostaria de agradecer à professora Adelma e ao professor Carlos Henrique pelo convite para participar dessa conferência. Agradeço, também, a vocês que estão aqui hoje. Espero que gostem desse nosso “bate-papo”.
[14:43] <thalita> Pode começar quando quiser. Cole, por favor, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
[14:43] <DaianeT> Ok!
[14:43] <thalita> CÓDIGO PARA OS SLIDES: daiane
[14:44] <DaianeT> (ver slide 1)
[14:44] <DaianeT> Hoje vamos conversar sobre ideias para promover a interação dos estudantes de português como língua estrangeira com a comunidade falante de português e de que forma utilizar essa interação como ferramenta de aprendizado.
[14:45] <thalita> Após a apresentação da professora Daiane convidaremos os participantes para discutir os temas abordados
[14:45] <DaianeT> Sabemos que a aquisição de uma língua estrangeira está diretamente relacionada a quatro fatores-chave: 1) COMPREENDER a língua, 2) FALAR a língua, 3) Ser capaz de LER e 4) de ESCREVER nessa língua.
[14:45] <DaianeT> (ver slide 2)
[14:46] <DaianeT> Mas será que ao desenvolver esses quatro fatores, após ter “em mãos” essas quatro chaves, o estudante da língua estrangeira já pode se considerar fluente e preparado para encarar o mundo falante do idioma que estudou/estuda?
[14:46] <DaianeT> Não necessariamente.
[14:46] <DaianeT> (ver slide 3)
[14:47] <DaianeT> Para que a formação do estudante esteja completa é preciso que ele desenvolva a sua COMPETÊNCIA COMUNICATIVA. E o que é a Competência Comunicativa?
[14:47] <DaianeT> É a capacidade do estudante em utilizar as quatro chaves que nós citamos anteriormente, utilizar esses quatro fatores , ao contexto adequado.
[14:47] <DaianeT> Por isso, cabe aos professores da língua estrangeira oferecer as ferramentas necessárias para que o estudante desenvolva a sua competência comunicativa. Sei que o ambiente de uma sala de aula é bastante restrito, mas – ainda assim - é possível desenvolver algumas atividades diferentes.
[14:48] <DaianeT> Hoje, então, vou falar para vocês sobre algumas atividades que desenvolvo dentro e fora das aulas e que contribuem para o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos de PLE (Português como Língua Estrangeira) aqui nos Estados Unidos.
[14:48] <DaianeT> (ver slide 4)
[14:48] <DaianeT> ATIVIDADE 1: Entrevistas por Skype. Percebo que ainda utilizamos (nós, professores de PLE) muito timidamente a Internet e os recursos tecnológicos em sala de aula. E essas são ferramentas poderosas, na minha opinião.
[14:49] <DaianeT> No slide 4, vocês veem meus alunos da Princeton que iriam ler, pela primeira vez, um livro em português. Eles estavam DESESPERADOS. Em uma das aulas, antes do início da leitura, eu teria que conversar com eles sobre o autor, o escritor Milton Hatoum. Iria falar sobre a vida, a obra...essas coisas.
[14:49] <DaianeT> Foi aí que pensei: Por que eu preciso ser a intermediária? Por que os alunos não conversam diretamente com o Hatoum?
[14:49] <DaianeT> Entrei em contato com o escritor e ele, gentilmente, aceitou participar de uma entrevista por Skype com os meus alunos.
[14:50] <DaianeT> A entrevista foi um sucesso! Os alunos sentiram-se empoderados porque conseguiram se comunicar em português, conseguiram entender o escritor. Além disso, foi criado um laço, uma conexão entre eles e a obra/autor, facilitando – assim - a leitura.
[14:50] <DaianeT> Por outro lado, os estudantes (naquela aula) deixaram de ser “meros alunos” para se tornar ENTREVISTADORES. O ambiente da sala de aula, portanto, foi completamente transformado. E eles, de forma espontânea, adequaram-se a essa “nova realidade”.
[14:50] <DaianeT> (ver slide 5)
[14:51] <DaianeT> ATIVIDADE 2: Convidados dentro e fora da aula. Sempre que posso convido pessoas que falam português para participar das minhas aulas. Gosto de trazer não os intelectuais do mundo acadêmico, mas gente “da vida real”, ou seja, pessoas que representam o perfil da comunidade lusofalante nos EUA.
[14:51] <DaianeT> Eu nunca trago as pessoas aleatoriamente. Geralmente, conecto a visita delas a um tema estudado em sala de aula. Por exemplo, depois de aprender os pronomes interrogativos, convido alguém da comunidade para vir conversar com meus alunos.
[14:51] <DaianeT> A pessoa entra na sala de aula, mas eu não a apresento. Digo simplesmente: “Se vocês quiserem saber quem é essa pessoa, vão ter que fazer perguntas utilizando os pronomes interrogativos que aprendemos na aula passada”.
[14:52] <DaianeT> Então eles começam: “QUAL é o seu nome?”, “QUANTOS anos você tem?”, “POR QUE você está nos EUA?”....etc... Como as histórias de vida dos meus convidados são sempre muito bonitas, muito emocionantes, as aulas acabam sendo inesquecíveis para todos.
[14:52] <DaianeT> Quando não é possível trazer os convidados para a sala de aula, convido-os para encontros informais com os alunos. Quando trabalhei na Universidade de Delaware, promovi semanalmente “bate-papos” em que convidava também pessoas da comunidade.
[14:53] <DaianeT> Na fotografia do lado esquerdo do slide 5 vocês podem ver um desses bate-papos, em que convidei um casal de amigos portugueses. Eles não tinham NADA em comum com os alunos, mas a interação entre eles era fenomenal. A curiosidade em relação ao outro sotaque, ao outro estilo de vida provocou essa conexão.
[14:53] <DaianeT> (ver slide 6)
[14:53] <DaianeT> ATIVIDADE 3: Aulas práticas. Quando posso transformo o que seria teoria em “fatos reais”. No slide 6, a aula era sobre a influência africana na cultura brasileira. Pedi que pesquisassem sobre o tema e fizemos uma discussão em sala de aula.
[14:54] <DaianeT> Como se esperava, acabamos falando sobre a capoeira. E no fim da aula, para a surpresa dos alunos, chegou um grupo de capoeira para conversar mais com a gente sobre essa arte/esporte/dança/luta.
[14:54] <DaianeT> Os capoeiristas falaram sobre a capoeira, a história, ensinaram uma ladainha (canção das rodas de capoeira) para os alunos e, claro, ensinaram a jogar capoeira e a tocar alguns instrumentos. Foi uma delícia de aula!
[14:54] <DaianeT> Resultado: dois alunos ficaram tão empolgados que passaram a fazer aula de capoeira com o grupo. Eles se engajaram nessa atividade feita em sala de aula tão fortemente que o aprendizado do português se expandiu para um outro ambiente.
[14:55] <DaianeT> (ver slide 7)
[14:55] <DaianeT> ATIVIDADE 4: Visita à comunidade lusofante. Essa atividade é promovida pela universidade em que trabalho, a Universidade de Princeton, e eu considero de extrema importância como ferramenta para o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos.
[14:55] <DaianeT> Todo semestre, a universidade leva os alunos de português para uma viagem (day trip) para Newark, em New Jersey, que fica a uma hora de Princeton. Em Newark há um bairro onde não é necessário falar inglês porque TODOS falam português.
[14:56] <DaianeT> Esse bairro, chamado Ironbound, é uma reprodução fiel a um bairro qualquer brasileiro ou português. Os alunos visitam museus e aprendem sobre a imigração dos lusofalantes aos EUA.
[14:56] <DaianeT> Eles visitam a redação do primeiro jornal em português e conversam com os jornalistas. Eles vão a um supermercado brasileiro, conversam com os funcionários e percebem as diferenças do supermercado que estão costumados a frequentar e aquele.
[14:56] <DaianeT> PS: O açougue chama muito a atenção. Eles veem a carne pendurada, o sangue escorrendo...é um choque. Nos EUA, a carne chega para o consumidor já embalada, limpinha, bonitinha.
[14:56] <DaianeT> Os alunos vão também a uma padaria e precisam escolher o que comer, mas como eles não conhecem os quitutes têm que perguntar sobre os produtos, saber se é salgado, se é doce, se tem pimenta, etc...É lindo ver essa interação e essa alegria na comunicação em português.
[14:57] <DaianeT> No fim do passeio, levamos os alunos para um restaurante brasileiro ou português para fechar com chave de ouro essa experiência deliciosa, literalmente.
[14:57] <DaianeT> (ver slide 8)
[14:57] <DaianeT> ATIVIDADE 5: Conversas telefônicas reais. Na universidade em que trabalho utilizamos o livro Ponto de Encontro. Em uma das lições, os alunos aprendem a fazer telefonemas para os amigos convidando-os para sair.
[14:58] <DaianeT> A aula segue normalmente, eles praticam em duplas, até que eu digo: “Agora vamos ligar para alguém de verdade?”. Imaginem a cara desses alunos.
[14:58] <DaianeT> Faço assim: combino com alguns amigos brasileiros ou portugueses que em um determinado horário (o horário da aula) eles vão receber a ligação do meu celular. Eles sabem que do outro lado estará um aluno meu. E os meus amigos estão informados que devem tratá-los como amigos de longa data.
[14:58] <DaianeT> Assim ocorre a brincadeira: Os alunos ligam (eu uso um cabo de áudio com duas saídas, uma para o headphone do aluno que faz a ligação e outra para as caixas de som da sala de aula. Ou seja, todos ouvem a pessoa que está do outro lado do telefone também).
[14:59] <DaianeT> O aluno se apresenta: “Oi, aqui é o Bryan. Tudo bem?”. E o meu amigo: “Bryan, e aí? Beleza?” E a conversa segue. O aluno deve fazer o convite para algo (cinema, jantar, etc) e deve marcar tudo, horário, dia, ponto de encontro, etc.
[14:59] <DaianeT> Combino com meus amigos que se eles sentirem que o aluno está com dificuldade, devem ajudá-lo facilitando a conversa. Mas falo também que se sentirem que o aluno está indo bem, devem dificultar um pouco mais.
[14:59] <DaianeT> Dizem, por exemplo, que não podem naquele dia, mas que poderiam num outro (obrigando o aluno a falar outros dias da semana, outros horários, etc).
[15:00] <DaianeT> O objetivo é dar confiança ao aluno que ainda tem dificuldades com o português. Mas, ao mesmo tempo, mostrar para aquele que acha que já domina a língua que ainda há um caminho a percorrer. Essa atividade é feita após os alunos terem completado somente UM mês de aula.
[15:00] <DaianeT> Depois das ligações, faço uma avalição com os alunos e o feedback é 100% positivo. Eles dizem que começam a conversa nervosos, mas quando percebem que estão se comunicando, e ainda por telefone, ganham mais confiança e sentem-se empoderados
[15:00] <DaianeT> (ver slide 9)
[15:01] <DaianeT> ATIVIDADE 6: Programa de rádio em português. Para finalizar, quero falar sobre esse projeto que pude desenvolver, pela primeira vez, com alunos de nível A2 (básico) na Universidade de Rutgers.
[15:01] <DaianeT> Durante todo o semestre, eles criaram o próprio programa de rádio. Eles decidiram o nome do programa, o formato, as músicas, as notícias, tudo.
[15:01] <DaianeT> No fim do semestre, tiveram duas aulas para escrever as falas e finalizar os programas. Os grupos eram formados por 3 alunos e todos os 3 eram locutores.
[15:01] <DaianeT> No último dia de aula, gravamos os programas na rádio universitária. Vejam no slide 9 a alegria desses jovens falantes de português. Foi uma experiência memorável!
[15:02] <DaianeT> Nesse projeto, eles tiveram que colocar em prática tudo o que aprenderam no semestre, gramática, pronúncia, etc. E ainda pesquisaram sobre os países lusófonos, sua cultura, suas músicas, suas notícias...
[15:02] <DaianeT> Levei esse projeto comigo para a Universidade de Princeton, mas com um formato diferente. Na Princeton, o projeto é extracurricular. Podem participar alunos e ex-alunos de português porque o objetivo é unir a comunidade acadêmica falante de português.
[15:02] <DaianeT> Eles também definiram o nome, o formato, as músicas, as notícias...Assim nasceu o programa “Os Alquimistas”, transmitido pela WPRB, a rádio da universidade. Vocês podem ouvir um dos programas nesse link:
[15:03] <DaianeT>
[15:03] <DaianeT> Concluindo, então.
[15:03] <DaianeT> Essas atividades ajudaram no desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos, já que eles puderam usar a língua adequadamente nos mais diferentes contextos.
[15:04] <adelmaa> Daiane, deixe a gente ouvir um minutinho só, pode ser?
[15:04] <DaianeT> Claro!
[15:04] <DaianeT> Vc me avisa quando posso continuar?
[15:05] <adelmaa> M A R A V I L H O S O! Pode continuar, por gentileza!
[15:06] <DaianeT> Obrigada! Continuando (e podem continuar ouvindo o programa tb!
[15:07] <DaianeT> Como disse, essas atividades ajudaram no desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos, já que eles puderam usar a língua adequadamente nos mais diferentes contextos.
[15:07] <DaianeT> Eles adquiriram também conhecimento, cultura. É um conhecimento diferente daquele que se costuma oferecer nas universidades americanas, que é mais voltado para a área da Literatura.
[15:07] <DaianeT> O conhecimento adquirido através dessas atividades está mais relacionado com assuntos contemporâneos, com as dinâmicas sociais modernas da comunidade falante de português nos EUA.
[15:08] <DaianeT> Os alunos puderam, então, se engajar a essa comunidade.
[15:08] <DaianeT> E essa interação fez com que produzissem conteúdo em português.
[15:08] <DaianeT> Consequentemente, a análise crítica dos alunos também acabou sendo desenvolvida.
[15:08] <DaianeT> E, por fim, as atividades ainda ajudaram na divulgação da língua e da cultura lusófonas.
[15:08] <DaianeT> Como?
[15:09] <DaianeT> O bate-papo na Universidade de Delaware foi notícia num jornal brasileiro da Flórida. Leiam aqui: http://www.acheiusa.com/Noticia/universidade-investe-no-ensino-de-portugues-10443/
[15:09] <DaianeT> O programa de rádio na Rutgers também ganhou as páginas do jornal brasileiro. Leiam aqui: http://www.acheiusa.com/Noticia/americanos-aprendem-portugues-via-radio-17083/
[15:10] <DaianeT> E até o Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro publicou um post no Facebook falando sobre o programa de rádio em português da Universidade de Princeton. Vejam aqui:
[15:10] <DaianeT> https://www.facebook.com/consuladoeuarj.br/posts/872956939498035?comment_id=877060575754338&reply_comment_id=877070715753324&comment_tracking=%7B%22tn%22%3A%22R9%22%7D
[15:10] <DaianeT> (ver slide 10)
[15:10] <DaianeT> É isso, pessoal. No slide 10 vocês podem ver a bibliografia dessa minha apresentação. Espero que tenham gostado. Muito obrigada!!!
[15:11] <thalita> muito obrigada, professora DaianeT!
[15:11] <DaianeT> Obrigada a todos vcs!
[15:11] <thalita> Convidamos então os participantes para discutir os temas abordados pelos conferencistas
[15:12] <Rose> Excelente Trabalho! Obrigada professora
[15:12] <DaianeT> Obrigada, Rose! <3
[15:12] <etownsend> Posso perguntar ao primeiro palestrante?
[15:12] <Madu> Parabens a ambos, excelentes, extraordinárias. Começo perguntando ao Alexandre, na sua visão de estudante com um doutorado no Canadá, o que o Brasil precisa mudar na formação de professores?
[15:12] <thalita> Claro, etownsend
[15:13] <Alexandre__> Boa pergunta
[15:13] <etownsend> A insegurança a que se referiu acima é pelo desconhecimento dos processos/pressupostos de avaliação FORMATIVA ou por não terem domínio do IDIOMA inglês? Pergunto isto dando como exemplo que subi o elevador de um prédio com meu marido (que não fala português, só inglês, sua língua nativa) e quando uma menina perguntou algo a ele ele respondeu "sorry, no Portuguese". Ao que ela disse: "sem problemas, sou professora de ing
[15:14] <etownsend> Meu marido, infelizmente, não entendeu nada do que ela disse. Ela me perguntou o que havia de errado com o inglês dele e eu preferi ficar quieta, aproveitando que o elevador havia chegado, porque a explicação levaria mais do que uma conversa de elevador permitiria.
[15:14] <Alexandre__> Hum...nem sei por onde começar...em relacao ao estagio, acredito que esta seja a area mais precaria da minha formacao ai
[15:14] <Alexandre__> Criar parcerias com escolas, aumentar o apoio a supervisores, aumentar o numero de horas e dias de estagio
[15:16] <Alexandre__> Em relacao a pergunta da Etownsend, inseguranca de como avaliar
[15:16] <Alexandre__> de esta pronto para avaliar de formar "adequada"
[15:16] <Alexandre__> eu acredito que isto esteja ligado à falta de pratica
[15:16] <Alexandre__> oportunidade de avaliar durante os estagios
[15:17] <Alexandre__> Nao sei se respondi as duas perguntas
[15:18] <sabrina> Olá gostei muito d eter participado do fórum, apesar que no final a internet desconectou e não pude ver o término da apresentação da Prof.Daiane. Professor Alexandre achei bastante interessante..
[15:18] <Madu> Sim, respondeu Alexandre. Obrigada.
[15:18] <Alexandre__>
[15:18] <etownsend> Obrigada Alexandre. I know how you feel. When I came back to Brazil after 13yrs away, I felt the same way writing Portuguese. You did a brilliant job. Thanks.
[15:18] <Alexandre__> So mais uma coisa que eu achei bem interessante ao comecar o meu doutorado aqui....
[15:18] <Alexandre__> Thank you so much !
[15:19] <lucasfm__> minha internet também caiu mas gostei professor
[15:19] <Alexandre__> No Brasil, minha area era a linguistica aplicada e aqui ensino de professores e Education (mais proximo da pedagogia ai no Brasil)
[15:20] <Alexandre__> Acho que falta algo mais pedagogica nos cursos de letras....pelo menos no meu sim
[15:20] <lucasfm__> thanks
[15:20] <etownsend> Sim, no Canadá, nos EUA, etc. as 2 áreas andam sempre de mãos juntas
[15:20] <Alexandre__> Parabens pela sua apresentacao professora. Achei muito interessante as atividades
[15:21] <etownsend> *(mãos dadas, não mãos juntas - :^)
[15:21] <Alexandre__> Exatamente...o classico authentic learning
[15:21] <Rose> Aconteceu o mesmo comigo, a internet desconectou. Daiane, a sua iniciativa é muito boa,bem parecida com o que chamamos aqui de Letramento, portanto no Brasil, colocar em pratica sua experiencia é quase impossível.
[15:21] <sabrina> Mencionar a questão da preparação e avaliação dos estágios, estou cursando letras e no próximo ano já começo a cumprir na minha grade como faço ead o estagio já começa apartir do 4° período.
[15:21] <DaianeT> Puxa, Rose....por que impossível?
[15:22] <DaianeT> Obrigada, professor Alexandre! Pena que não consegui entrar aqui antes para ver a sua palestra desde o início (estava em sala de aula).
[15:22] <Rose> Não temos uma gestão democrática, o que dificulta muito para os professores.
[15:23] <DaianeT> Entendo...
[15:23] <adelmaa> Parabéns aos dois conferencistas convidados pelas brilhantes exposições. Fico lamentando todos os professores do Brasil e do mundo não conseguirem ser dispensando de suas aulas para uma formação continuada com vocês. Quais foram os desafios encontrados por você por causa desta nossa formação ?
[15:26] <DaianeT> A nossa formação acadêmica no Brasil ainda é muito precária, ainda mais se comparada a uma formação de países como os EUA e o Canadá.
[15:26] <Alexandre__> O desafio no meu caso foi de me informar do que ja se sabia da area
[15:27] <sabrina> Creio que os recursos pedagógicos apresentado pela professora Daiane, dentre os meios de comunicação e recursos digitais podem ser trabalhados desde que se adapte a realidade de cada escola. p
[15:27] <Alexandre__> Muitos estudos e pesquisas ja tinham sido realizadas desde os anos 80 que relatam a importancia dos estagios
[15:27] <DaianeT> Exatamente, Sabrina.
[15:27] <Alexandre__> cursos de metodologia de ensino e etc...
[15:28] <Alexandre__> Concordo com a Sabrina...mesmo aqui no Canada é assim
[15:28] <Alexandre__> Nem todas as escolas tem os mesmos recursos tecnologicos (apesar do governo investir muuuuuuuuuuuuuuuuuito na educacao)
[15:28] <Alexandre__> Cada sala de aula tem um quadro interativo
[15:29] <Alexandre__> Interactive White Board
[15:29] <Alexandre__> Pelo menos ja é uma realidade na maior parte das escolas aqui
[15:29] <DaianeT> Aqui em Princeton (a cidade), as escolas públicas são FANTÁSTICAS!
[15:29] <Alexandre__> E no caso da formaçao, quem esta atrasada é a faculdade que nao oferece treinamento (ainda
[15:30] <Alexandre__> Imagino !
[15:30] <Alexandre__> E quando eu me lembro do meu ensino medio...mal tinha uma televisao
[15:31] <DaianeT> Concordo como Alexandre. No Brasil, especialmente se vc estudou em escola púbica (meu caso) quase não há recursos.
[15:31] <Alexandre__> O incentivo tem que vir do governo...senao fica dificil
[15:31] <Alexandre__> Sim
[15:31] <Alexandre__> Em Belo Horizonte...escola da Policia Militar
[15:31] <Alexandre__> Mas publica
[15:31] <Rose> Infelizmente a realidade no Brasil é outra. Sou formada em Letras e curso pedagogia, estou fazendo estagio de gestão e não tenho suporte nenhum, na realidade faço o que eu quero no estagio.
[15:32] <adelmaa> Daiane, sua vivência é riquíssima! A forma como você vivencia e planeja suas aulas é realmente admirável. Romper os muros da universidade e trazer a prática cotidiana para dentro da sala de aula e levar os alunos para viver a comunidade o sonho de todo professor, pelo menos é o meu.
[15:32] <adelmaa> Minha pergunta é a seguinte: Quais são as barreiras normalmente enfrentadas pelos brasileiros, portugueses no ensino de português como segunda língua?
[15:32] <sabrina> Infelismente o aliado do professor no Brasil ainda é o livro didático.Mas se você propõe um planejamento anual no início das aulas em que se exige outros recursos como datashow, rádio,internet, a coordenação faz questão de providenciar.
[15:33] <Madu> Professores, vcs poderiam deixar seus emails para contato?
[15:34] <DaianeT> Claro! Meu contato: daiane@princeton.edu
[15:34] <sabrina> Digo porque trabalhei seis mese em escola pública lecionando Inglês.Os alunos estavam desmotivados, resolvir trabalhar músicas, e artigos de revistas atuais e eles amaram.
[15:34] <Madu> Desculpem-me, me dirigi ao Alexandre e Daiane.
[15:34] <sabrina> Mas se não fosse pelo apoio pedagógico sozinha não conseguiria
[15:35] <Alexandre__> Alexandre.Alves.Mesquita@USherbrooke.ca
[15:35] <Alexandre__> Claro
[15:36] <professora> gostei muito dos dois conferencistas
[15:36] <adelmaa> Daiane, minha pergunta é a seguinte: Quais são as barreiras normalmente enfrentadas pelos brasileiros, portugueses no ensino de português como segunda língua?
[15:36] <DaianeT> Professora, a primeira barreira é a própria formação acadêmica.
[15:36] <professora> parabéns aos 2 conferencistas, por partilhar suas riquissimas experiencias
[15:37] <DaianeT> Aqui nos EUA ainda há muitas pessoas dando aula de português sem ter a formação adequada.
[15:37] <DaianeT> Eu mesma sou jornalista e me tornei professora de português aqui.
[15:38] <DaianeT> Após começar a dar aulas é que fui me especializar em PLE.
[15:38] <professora> daiane, no curriculo americano, o trabalho com a oralidade é valorizado?
[15:38] <sabrina> Daiane, há interesse de se aprender português ou está sendo uma necessidade na área profissional?
[15:38] <DaianeT> Mas, digamos que um português ou um brasileiro, já venha aqui com a formação adequada.
[15:39] <DaianeT> O processo de seleção talvez seja uma grande barreira, uma grande dificudade.
[15:39] <DaianeT> dificuldade.
[15:40] <etownsend> O processo de seleção é uma barreira por que motivos, Daiane?
[15:41] <DaianeT> Sabrina, o interesse em português está diminuindo em função dos problemas econômicos e políticos no Brasil.
[15:41] <DaianeT> Há uma pesquisa sobre da Universidade do Arizona sobre isso.
[15:42] <sabrina> Ah sim, pensava eu que era uma opção de segundo idioma como nós temos aqui com o espanhol e o inglês.
[15:42] <DaianeT> Etownsend, o processo seletivo é extremamente rigoroso. Vc precisa entregar vários documentos que não temos a menor ideia do que seja.
[15:43] <DaianeT> Vc envia uma carta falando quem vc é e o motivo de ser a pessoa adequada para a vaga.
[15:43] <etownsend> Tens razão, isto flutua muito conforme a situação econômica e política. Por isto minhas amigas todas foram para o espanhol no Mestrado e/ou doutorado (até porque não muitas universidades que ofereçam programas de M.A. ou Ph.D. em português nos EUA, correto, Daiane?
[15:43] <DaianeT> Não, Sabrina Aqui os alunos podem escolher qualquer idioma.
[15:44] <DaianeT> Correto, Etownsend!
[15:44] <DaianeT> Os nossos principais alunos ainda são os falantes de espanhol.
[15:44] <sabrina> Prof.Alexandre explicou algo que sempre tive dúvida a formação do professor, sempre quando sou questionada ao meu curso no caso letras-inglês não consigo definir, qual curso seria no exterior.Ao ver me deparo com education, arts ...
[15:46] <etownsend> Os "hispano hablantes" dos EUA são o seu nicho, Daiane: eles estão se dando conta de que é um idioma adicional que eles podem adquirir muito mais rápido do que qualquer outro (claro, desde que estudem e evitem cair nas armadilhas dos falsos cognatos).
[15:46] <Alexandre__> Teacher Education
[15:46] <Alexandre__> Isso mesmo
[15:46] <Alexandre__> depende da universidade...geralmente é Education e depois tem um major (especializacao em algo)
[15:47] <DaianeT> Vi uma pergunta lá em cima da "professora", respondo agora. Sim! MUITO valorizado.
[15:48] <sabrina> Obrigada, aos dois, estou adorando participar do fórum.
[15:48] <DaianeT> (será que continuo falando do que se precisa para se candidatar a uma vaga como "lecturer" (diferente de "professor") numa universidade?
[15:49] <Rose> muito bom poder trocar experiencias , parabéns aos dois
[15:49] <DaianeT> É importante ressaltar a diferença. Porque lecturer é um caminho mais fácil para entrar do que como "professor".
[15:49] <Alexandre__> Isso que eu sou aqui tambem
[15:49] <DaianeT> Obrigada, Rose!
[15:49] <JaNola> Gostei muito da conferência. Parabéns aos dois!
[15:50] <sabrina> Por mim tudo bem.A senhora também leciona inglês ?
[15:50] <adelmaa> Claro, Daiane!
[15:50] <Alexandre__> Lecturer nos ultimos 4 ou 5 anos...quando eu terminar meu doutorado, se abrirem uma vaga em algum lugar, irei aplicar
[15:50] <DaianeT> Sabrina, só leciono português.
[15:51] <DaianeT> Continuando (o que se precisa para se candidatar): um "teaching philosophy"
[15:51] <DaianeT> Que é a sua filosofia de ensino, o que vc acha importante e desenvolve em sala de aula.
[15:52] <DaianeT> 3 cartas de recomendação "cegas". Ou seja, vc pede, sem saber o que a pessoa vai escrever (ela envia diretamente para a universidade).
[15:52] <DaianeT> exemplos de provas que vc aplica
[15:53] <DaianeT> o "syllabus" da sua aula (a programação de todo o semestre)
[15:54] <DaianeT> Exemplos de outras formas como se comunica com aluno fora da aula (emails, por exemmplo)
[15:54] <DaianeT> O seu curriculo (CV) que aqui chama de Resumé
[15:55] <DaianeT> A avaliação dos alunos das suas aulas (aqui todo fim de semestre os alunos te dão uma nota)
[15:55] <etownsend> résumé, porque é palavra do francês
[15:55] <DaianeT> sim
[15:55] <DaianeT> os alunos escrevem o que acharam da sua aula, falam o que gostaram e não gostaram
[15:55] <DaianeT> é preciso ter sempre notas altas (o professor)
[15:56] <DaianeT> Se tiver sorte, vão fazer uma entrevista por telefone
[15:56] <DaianeT> depois vão fazer uma entrevista ao vivo
[15:56] <DaianeT> Se for chamado, terá que dar uma aula
[15:56] <DaianeT> depois uma palestra falando sobre a sua linha de pesquisa/especialização
[15:57] <DaianeT> haverá dois eventos sociais (café da manhã e jantar) em que vão querer saber como vc é como pessoa (boa, ruim, chata)
[15:57] <DaianeT> Tudo muito sutil
[15:57] <DaianeT> selecionam 3 pessoas para a vaga
[15:57] <DaianeT> e o(a) chairwoman/ chairman decide quem vai.
[15:58] <DaianeT> Acho que não esqueci de nada...
[15:59] <DaianeT> Ah! Depois de contratado. Não há estabilidade
[15:59] <DaianeT> a cada semestre é uma surpresa.
[15:59] <sabrina> Essa carat de recomendação, no caso seria os lugares que você trabalhou anteriormente.Esse critério vale para qualquer área de ensino?
[15:59] <sabrina> carta desculpa
[15:59] <DaianeT> A carta de recomendação é pedido para QUALQUER trabalho.
[16:00] <sabrina> Ah sim.
[16:00] <DaianeT> QUALQUER coisa que fizer
[16:00] <DaianeT> é super importante
[16:00] <DaianeT> E, sim, geralmente se pede a carta para pessoas que conhecem o seu trabalho
[16:00] <DaianeT> e quanto mais importante a pessoa, melhor
[16:01] <Alexandre__> Okay pessoal, vou sair do chat porque tenho outro compromisso. Mas muito obrigado pela presença de todos. Até a proxima.
[16:01] <DaianeT> por exemplo, eu pedi todas as cartas para os chairmen do meu departamento
[16:01] <Elaine_> Abraço a todos
[16:01] <adelmaa> Agradecemos aos professores, Alexandre e Daiane, pela generosidade de nos conceder horas de seus preciosos tempo para nos ajudar a fazer esta rica reflexão sobre nossa área e sobre nossas
[16:01] <adelmaa> fantástico! Gostaria de convida a todos vocês para nos dar a honra de sua presença para a todos para o segundo evento do STIS deste mês dia 21 de outubro: Tema acessibidade á educação por pessoas surdas. Será fenomenal.
[16:01] <adelmaa> A todos os nossos participantes agradecemos pela suas presenças e interações através das perguntas. Esta é a maior razão do STIS: levar conhecimento de qualidade a todos! Divulguem nossa página no facebook. Compartilhe nosso ventos. https://www.facebook.com/stis.face?fref=ts
[16:01] <DaianeT> Obrigada a todos!
[16:01] <sabrina> Obrigada Alexandre e Daiane.
[16:01] <adelmaa> Aos que não puderam participar deste evento, não se preocupem pois as conferências estarão disponibilizadas na nossa página em breve. Aguardem!
[16:01] <Elaine_> Muito obrigada pelo evento!
[16:01] <sabrina> gostei muito pena que é pouco tempo.
[16:01] <etownsend> Obrigada a todos.
[16:02] <Alexandre__> Parabens pelo evento
[16:02] <Alexandre__> Ate a proxima
[16:02] <adelmaa> Clap Clap Clap Clap Clap CLap Clap CLap (betendo palmas virtuais)
[16:02] <adelmaa> Clap Clap Clap Clap Clap CLap Clap CLap
[16:02] <adelmaa> Clap Clap Clap Clap Clap CLap Clap CLap
[16:02] <adelmaa> Clap Clap Clap Clap Clap CLap Clap CLap
[16:02] <Alexandre__> hehehehehe
[16:02] <sabrina> clap clap clap
[16:02] <professora> palmas"!!!
[16:02] <Rose> Até a próxima
[16:03] <professora> Até a próxima!!
[16:03] <LG> parab'ens aos dois
[16:03] <adelmaa> Vejo vocês dia 21 de junho!
[16:03] <DaianeT> <3
[16:03] <LG> muito bom Daiane
[16:03] <lucasfm__> obrigado alexandre e daiane !!!!!!!!
[16:03] <DaianeT> Luis tá qui!
[16:03] <DaianeT> <3
[16:03] <DaianeT> Meu mentor!
[16:03] <adelmaa> esta aqui é uma de nossas convidadas: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/08/professora-e-1-surda-defender-o-doutorado-no-estado-de-sao-paulo.html
[16:04] <LG> Não exagera Di
[16:04] <DaianeT> Nunca exagero!
[16:05] <adelmaa> Divulguem, pois n[ós professoras precisamso aprender muito sobre acessibilidade com ela. E a nossa segunda conferencistas vocês saberão na semana do evento.
[16:05] <adelmaa> ops precisamos.. nós...
[16:07] <adelmaa> Parabéns a todos! Obrigada pela presença. Nós do STIS sentimo-nos honrados com a presença de todos. Lembrem-se: este espaço é NOSSO!
[16:14] <adelmaa> Até 21 de outubro,minha gente!
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Based on a work at Texto Livre.
7. Outubro: LIBRAS
STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Mariana de Lima e Regiane Lucas
Conferência dupla STIS OUTUBRO 2016
Dia 21 de outubro das 14 às 16 horas, na Sala de Conferências do STIS
Libras na UFSCar
(Profa. Dra. Mariana de Lima Isaac Leandro Campos (Psicologia - UFSCAR)
Resumo: Conforme Decreto nº 5626/2005, as universidades devem, obrigatoriamente, inserir a disciplina de Libras na matriz curricular nos cursos de Licenciatura para formar professores. Esta palestra terá como objetivo apresentar o processo de desenvolvimento das disciplinas de Libras da UFSCar de São Carlos/SP, desde o ano de 2009 até atual, e também mostrar seus avanços e limitações. Palavras-chave: Libras; Formação de Professores; Ensino.
Língua de Sinais e Língua Portuguesa: relações de poder na educação de surdos
(Profa. Dra. Regiane Lucas Garcês (Comunicação Social - UFMG)
Resumo: É consenso entre os pesquisadores das áreas de linguística das línguas de sinais (Quadros, 1997; Quadros e Karnopp, 2004; Felipe, 2002; Britto, 1996) e de educação de surdos (Perlin, 2008; Scliar, 1999) que a Língua Portuguesa deve ser ensinada como segunda língua na modalidade escrita e a LIBRAS como primeira língua. Na prática isso significa que ambas as línguas precisam ser consideradas com igual valor, promovendo de fato uma educação bilíngue. Nesta conferência pretende-se apontar elementos que fazem com que a LIBRAS seja secundarizada em relação à língua dominante, influenciando assim na qualidade e no desenvolvimento de métodos de ensino do português como segunda língua.
7.1. registro outubro
LOG: Mariana de Lima e Regiane Lucas
Registro da Conferência em chat escrito, de 21 de outubro de 2016:
Libras na UFSCar
conferencista: Mariana de Lima Isaac Leandro Campos
Língua de Sinais e Língua Portuguesa: relações de poder na educação de surdos
conferencista: Regiane Lucas Garcês
moderador: Equipe STIS
[13:59] <adelmaa> Boa tarde a todos! É com imensa alegria que venho, em nome do Grupo STIS - SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC dar as boas -vindas a todos vocês que nos honram com sua presença: conferencista e participantes
[13:59] <adelmaa> O Stis é um programa de conferência realizado na penúltima semana de casa mês de março a dezembro, congregando pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema educação livre e democrática
[13:59] <adelmaa> O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do projeto "polvo" do CNPq denominado TEXTO LIVRE coordenado pela profª Drª Ana Cristina Fricke Matte. O STIS
[13:59] <adelmaa> está sob a coordenação da professora Profª Drª Adelma Lucia de Oliveira Silva Araújo, ou seja, está sob minha responsabilidade e de uma grupo extraordinário de voluntários que mais adiante vocês conhecerão.
[14:00] <regianelog> Rosely Lucas , professora de Libras da UFSJ
[14:00] <adelmaa> Nosso evento STIS está entrando no seu quarto ano de existência. Ao longo desta caminhada temos nos firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas aqui no Brasil e no exterior.
[14:00] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 33 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores nacionais e de além-mar
[14:00] <adelmaa> tais como Carla Viana Coscarelli, Luiz Tatit, Maria Lucia Castanheira, dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres) e o Julio Paz (Argentina)
[14:01] <adelmaa> Luis Gonçales da Universidade da Pensilvânia,
[14:01] <adelmaa> Daiane Tamanahara da universidade de Princenton dentre tantos outros.
[14:01] <adelmaa> Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato
[14:01] <adelmaa> Para que este trabalho se concretize eu conto com uma equipe fantástica de voluntários. Seres humanas altruístas que compartilham das mesmas concepções de que as mudanças na nossa sociedade só virão através do acesso à educação para todos
[14:02] <adelmaa> Farei agora uma breve apresentação de nossas conferencistas convidados deste mês de outubro.
[14:02] <adelmaa> A nossa primeira conferencista á a profª Drª Mariana de Lima Isaac Leandro Campos
[14:02] <adelmaa> É Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (2015) e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008).
[14:02] <adelmaa> Atualmente, ocupa o cargo de professora assistente II da Universidade Federal de São Carlos na disciplina de Introdução a Língua Brasileira de Sinais; Libras I e Libras II, para os cursos das
[14:03] <adelmaa> licenciaturas e também como professora virtual da mesma disciplina, na modalidade de ensino a distancia do curso de licenciatura Educação Musical da UFSCar.
[14:03] <adelmaa> Vice-Coordenadora do Curso Bacharelado Tradução e Interpretação Libras e Língua Portuguesa (TILSP) - UFSCar.
[14:03] <adelmaa> Atua em pesquisas nas áreas de LIBRAS, de Ensino a distância; de Estudos Surdos, de Informática na Educação de Surdos, Cultura Surda, Política, tecnologias assistivas, comunidade surda, pedagogia, inclusão, diferença linguística e cultural.
[14:03] <adelmaa> E a nossa segunda conferencista é E a Profª Drª Regiane Lucas de Oliveira Garcêz
[14:03] <adelmaa> É Professora Adjunta do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Doutora, mestre e jornalista pela mesma universidade.
[14:03] <adelmaa> Dedica-se a pesquisas que envolvem, de forma geral, a interface entre mídia, lutas por reconhecimento, representação política, esfera pública, ativismo e movimentos sociais.
[14:04] <adelmaa> De maneira mais específica, se interessa pelos processos comunicativos que envolvem a temática das pessoas surdas e com deficiência seja no espaço dos movimentos sociais,
[14:04] <adelmaa> das organizações, das redes sociais e das arenas públicas. Possui interesse também em ações e estudos que envolvam a temática da acessibilidade nos meios de comunicação
[14:05] <adelmaa> Ela fará sua conferência em parceria com a professora Rosely Lucas , professora de Libras da UFSJ.
[14:05] <regianelog> Ela é [14:06, 21/10/2016] +55 31 9253-1805: resumo [14:07, 21/10/2016] +55 32 9173-5022: Mestre na área de Educação na UFOP. Pedagoga. Habilitada em Pedagogia com Enfase em Necessidades Educacionais Especial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2009). Graduada em Letras Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). Professora da Universidade F
[14:06] <regianelog> Militante na comunidade surda, defende educação bilíngue para surdos da Língua Brasileira de Sinais. Atualmente é professora auxiliar na Universidade Federal de São João Del Rei e pesquisadora do NACE - Núcleo de Pesquisa em Acessibilidade, Diversidade e Trabalho e mestranda em educação
[14:06] <adelmaa> Pçeo aqui desculpas parofessora Rosely pela a ausência do seu curriculo. Não sabia que a senhora estaria na nossa sala.,mas prometo acrecenytar dados do seu curriculo no log antes da publicação na nossa página desta conferência.
[14:06] <adelmaa> Neste momento passarei explicarei aos presentes o funcionamento de nosso evento.
[14:07] <adelmaa> Para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação da conferencista (só por escrito, aqui no chat)
[14:07] <adelmaa> não temos vídeo nem áudio
[14:07] <adelmaa> durante o tempo da apresentação das conferencistas a sala ficará moderada,ou seja, só tem "voz e vez" as conferencistas convidadas e membros da organização deste evento.
[14:07] <adelmaa> Após as apresentações, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:07] <adelmaa> O código para os slides será indicado no início de cada apresentação, se houver, pois o uso não é obrigatório
[14:07] <Rosely> Ok, sem problema..
[14:08] <adelmaa> Vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes
[14:08] <adelmaa> Desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:08] <adelmaa> Professora Mariana, pode começar sua conferência quando quiser. Cole, por gentileza, frases pequenas, de até 3 linhas, durante sua apresentação, ok?
[14:08] <adelmaa> Código para os slides da profª Mariana é mariana.
[14:08] <Mary_UFSCar> Boa tarde para todos! Eu sou Mariana, professora doutora surda do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos.
[14:09] <Mary_UFSCar> Apresentarei um relato de experiência no desenvolvimento das disciplinas de Libras da UFSCar de São Carlos/SP, desde o ano de 2009 até atual.
[14:09] <Mary_UFSCar> Pois o Decreto 5626/2005 é recente e não consta o numero da carga horária, ementas, conteúdos, bibliografias e entre outros. As universidades passaram a ter autonomia para a criação da disciplina em seus cursos.
[14:10] <Mary_UFSCar> Vamos para o slide 2. Afinal o que é Libras? É sigla que significa Língua Brasileira de Sinais. Vale lembrar que não é considerada como mímica e códigos, e sim uma língua com estruturas gramaticais como qualquer outra língua.
[14:11] <Mary_UFSCar> A Língua de Sinais não é universal como acontece nas línguas orais que têm-se o português, inglês, espanhol, alemão.
[14:12] <Mary_UFSCar> Cada país possui sua própria língua de sinais, por exemplo, nos Estados Unidos a língua de sinais é o ASL (American Sign Language), na França é o LSF ( Langue Française des Signes ) e no Brasil é a Libras.
[14:12] <Mary_UFSCar> A Libras é reconhecida legalmente como meio de comunicação e expressão das pessoas surdas.
[14:12] <Mary_UFSCar> Conforme Decreto nº 5626/2005, as universidades devem, obrigatoriamente, inserir a disciplina de Libras na matriz curricular nos cursos de Licenciatura para formar professores.
[14:13] <Mary_UFSCar> E optativa para os demais cursos que não sejam licenciatura. Ainda Decreto, a Libras é considerada primeira língua e o português escrito como segunda língua que fazem parte da educação bilíngue das pessoas surdas
[14:13] <Mary_UFSCar> vamos para o slide 3
[14:13] <Mary_UFSCar> A disciplina de Libras foi inserida na UFSCar no primeiro semestre de 2009 e ainda não tínhamos docentes concursados e foi necessário a contratação provisória e emergencial de professores surdos externos.
[14:14] <Mary_UFSCar> No segundo semestre de 2009 teve a contratação de professores substitutos por dois anos, sendo dois surdos e um ouvinte para lecionarem a disciplina de Libras em 23 cursos da universidade
[14:14] <Mary_UFSCar> Em 2010, eu sendo professora substituta da UFSCar, recebemos convite para criação da disciplina de Libras para os cursos à distância dos cursos de Pedagogia e de Educação Musical da UFSCar.
[14:14] <Mary_UFSCar> Nossa equipe teve primeiro desafio para criar esse curso, pois não havíamos experiência anterior e foi muito trabalhoso para criar o livro Didático que em 2014 ganhou prêmio Jabuti. O nome do livro é: Tenho um aluno surdo, e agora?
[14:15] <Mary_UFSCar> Fizemos todas as video-aulas em Libras, criamos atividades e provas que proporcionassem a mesma qualidade do ensino presencial
[14:15] <Mary_UFSCar> Tivemos alguns transtornos no início da primeira turma, mas depois foi melhorando. Foi um desafio muito grande e hoje já formamos muitas turmas.
[14:16] <Mary_UFSCar> Em 2013, ofertamos o primeiro e único curso de Pós-Graduação Lato Sensu Lato Sensu-Tradução e Interpretação de Libras/Língua Portuguesa, pois anteriormente não havia sido ofertado em nenhuma instituição pública do Estado de SP.
[14:16] <Mary_UFSCar> vamos para slide 4
[14:16] <Mary_UFSCar> O MEC, em 2013, solicitou à UFSCar para criar o curso de Bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras e Língua Portuguesa (TILSP), pois era importante para o Estado de São Paulo que ainda não tinha esse curso em uma instituição pública.
[14:17] <Mary_UFSCar> Em 2014, o Conselho de Graduação da UFSCar aprovou o Curso de Bacharelado TILSP na UFSCar. Em 2015, abrimos a primeira turma e em 2016, a segunda turma e no ano que vem a terceira.
[14:17] <Mary_UFSCar> Em 2016, a Libras foi inserida como atividade de extensão no Instituto de Línguas da UFSCar que também oferece cursos de outras línguas estrangeiras tais como inglês, espanhol, português para estrangeiros.
[14:18] <Mary_UFSCar> Slide 5
[14:18] <Heloisa> Olá, boa tarde! Chegou agora e preciso do código a palestra, por gentileza.
[14:18] <Mary_UFSCar> Na UFSCar, os cursos inseriram as disciplinas de Libras de forma independente e autônoma. No curso de Licenciatura Educação Especial foi criado duas disciplinas sendo Libras 1 como obrigatória e a Libras 2 como optativa.
[14:18] <Mary_UFSCar> código mariana
[14:19] <Mary_UFSCar> Para os demais cursos da UFSCar, é ofertada a Libras 1 como obrigatória para os cursos de Licenciatura e optativa para os cursos de bacharelado, ambas com 2 créditos e carga horária de 30. Temos 22 cursos diferentes na universidade
[14:19] <Heloisa> Agradecida!
[14:19] <Mary_UFSCar> É um desafio para todos os professores da UFSCar, pois as turmas são mistas de diferentes cursos o que impede de planejarem aulas específicas, isto é, ensinar sinais específicos de cada área de formação acadêmica dos estudantes.
[14:19] <Mary_UFSCar> Para a possibilidade de cada aluno aprender os sinais específicos de sua área, foi necessário a contratação de monitores de Libras para acompanhá-los.
[14:19] <Mary_UFSCar> Slide 6
[14:19] <Mary_UFSCar> As disciplinas do ensino à distancia foram planejadas de forma diferente, para a pedagogia é ofertada a Libras 1 de 2 créditos com carga horária de 30h enquanto para a educação musical é de 4 créditos com carga horária de 60h.
[14:20] <Mary_UFSCar> Já tentamos lutar para que a Pedagogia adotasse o mesmo crédito da Educação Musical, mas não foi possível devido a carga horária total do curso que estava extensa.
[14:20] <Mary_UFSCar> slide 7
[14:20] <Mary_UFSCar> Como atender a demanda de cada curso para que os estudantes pudessem aprender a Libras de acordo com a sua área de formação acadêmica? São 23 cursos diversificados.
[14:20] <Mary_UFSCar> Todos os professores de Libras fazem três avaliações diferentes possibilitando ao aluno uma boa formação e conscientização da diferença linguística e cultural das pessoas surdas.
[14:21] <Mary_UFSCar> Já que o objetivo da disciplina é introduzir na aquisição da Língua de Sinais para o uso diário, seja no cotidiano, na empresa ou na sala de aula, a fim de interagir de forma cultural e educativa com pessoas surdas.
[14:21] <Mary_UFSCar> Para a avaliação teórica, o aluno faz leituras de textos e livros relacionados à Libras, Educação de Surdos, Cultura Surda, solicitados pelo professor. Também participa dos debates e faz a prova escrita.
[14:21] <Mary_UFSCar> No seminário em Libras, o grupo de 4 alunos da mesma área de formação acadêmica simulam uma aula/apresentação para alunos/clientes/pacientes surdos. Não é permitido o uso da fala nas apresentações. Somente Libras e recursos visuais.
[14:21] <Mary_UFSCar> Slide 8
[14:21] <Mary_UFSCar> Em cada semestre contamos com 2 monitores de Libras que são bolsistas que acompanham os alunos sob a orientação de um orientador de monitoria.
[14:22] <Mary_UFSCar> Os monitores atendem os alunos fora da sala de aula para esclarecimento de dúvidas, orientação sobre o seminário e estudo dos sinais específicos. A monitoria tem sido um apoio fundamental para os alunos.
[14:22] <Mary_UFSCar> slide 9
[14:22] <Mary_UFSCar> Além das disciplinas obrigatórias e optativas ofertadas em cada curso de graduação, temos também os cursos de extensão de Libras que são ofertadas pelo Instituto de Línguas para que possam aprender e aprimorar mais a Libras.
[14:22] <Mary_UFSCar> São diferentes módulos de Libras oferecidos gratuitamente para a comunidade universitária. Os alunos da UFSCar são prioridades para fazer esses módulos
[14:22] <Mary_UFSCar> slide 10
[14:23] <Mary_UFSCar> Promovemos eventos tais como o Setembro Azul em que alunos da graduação participam para ter contato com as pessoas surdas e aprenderem mais sobre a Cultura Surda, Movimento Surdo, Direitos, Acessibilidade, entre outros.
[14:23] <Mary_UFSCar> O CineSurdo tem como objetivo reunir os surdos e seus familiares, e alunos ouvintes da graduação para assistirem um filme e depois participarem do debate em relação ao seu cotidiano para reflexão e reconhecimento.
[14:23] <Mary_UFSCar> O grupo teatral LibrArte é uma atividade cênica que conta com a participação dos professores surdos, alunos dos cursos de Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa para divulgação e difusão da Libras. A Semana do Curso TILSP é um evento acadêmico anual que conta com palestras, mesas redondas e oficinas para aprimoramento profissional na área de Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portugue
[14:23] <Mary_UFSCar> slide 11
[14:24] <Mary_UFSCar> Temos também cursos de extensão que têm foco em atender as necessidades dos surdos tais como o curso de português como L2 para surdos sob coordenadoria da Profa.Dra.Cristina Lacerda.
[14:24] <Mary_UFSCar> Também temos o curso preparatório em bilíngue para surdos poderem prestar o ENEM devido à sua diferença linguística. Esse curso está sob coordenadoria da Profa. Doutoranda Diléia Martins.
[14:24] <Mary_UFSCar> slide 12
[14:25] <Mary_UFSCar> Esse curso é novo e teve início agora. Tem como objetivo estudar sobre as línguas de sinais e o Sistema ELAN como banco de dados para transcrição da Libras para o Português escrito. O curso é coordenado pelo professores Rimar Segala e João Paulo Silva
[14:25] <Mary_UFSCar> slide 13
[14:25] <Mary_UFSCar> A professora surda e doutoranda Regiane teve a idéia de montar um projeto para criação de um dicionário de verbos em Libras para contribuir na acessibilidade linguística dos surdos e na formação docente.
[14:25] <Mary_UFSCar> O dicionário terá início nesse semestre e tem previsão de dois anos para conclusão. É um material importante para a educação de surdos.
[14:25] <Mary_UFSCar> O sinalário em Libras da UFSCar tem como objetivo criar sinais específicos no contexto da UFSCar para facilitar o trabalho dos técnicos tradutores e intérpretes da universidade para atender a acessibilidade dos docentes surdos.
[14:26] <Mary_UFSCar> O projeto do sinalário é coordenado pela servidora técnica Joyce Souza.
[14:26] <Mary_UFSCar> slide 14
[14:26] <Mary_UFSCar> Também temos 3 grupos de estudo na UFSCar na área de Libras e Surdez sendo eles: Abordagem bilíngue e Surdez; Estudos Discursivos da Língua de Sinais; e Visualidade, Surdez e Tecnologias.
[14:26] <Mary_UFSCar> slide 15
[14:26] <Mary_UFSCar> O primeiro grupo é coordenado pela Profa.Cristina Lacerda e nele participam professores e alunos da graduação do TILSP, alunos da Educação Especial e da Pós-Graduação Educação Especial.
[14:27] <Mary_UFSCar> slide 16
[14:27] <Mary_UFSCar> O segundo grupo é coordenado pelos professores Vinicius e Vanessa, nele participam professores e alunos da graduação do TILSP. A discussão é em Libras sobre as obras dos filósofos Mikhail Bakhtin e Michael Foucault
[14:27] <Mary_UFSCar> slide 17
[14:27] <Mary_UFSCar> O terceiro grupo é coordenado pelas professoras Aryane e Janaina. É um espaço para reflexão sobre a educação de surdos e o uso das tecnologias digitais e produção de materiais para o ensino bilíngue de surdos.
[14:27] <Mary_UFSCar> slide 18
[14:28] <Mary_UFSCar> Vocês perceberam que o ensino de Libras na formação docente é recente e são poucas pesquisas acadêmicas que abordam sobre a carga horária necessária na formação docente, ementas e objetivos da Libras.
[14:28] <Mary_UFSCar> É de suma importância refletirmos a importância da Libras na formação docente, pois é nesse caminho que formamos professores para lidar com diferença linguística e cultural dos alunos surdos, quebrar o mito da Libras e proporcionar uma verdadeira inclusão
[14:28] <Mary_UFSCar> O curso de graduação para formação de Tradutores e Interpretes de Libras em uma instituição pública é novo no Estado de São Paulo.
[14:28] <Mary_UFSCar> E também temos as turmas do Letras Libras a distância em vários polos do Brasil tendo como matriz a UFSC que teve primeira turma iniciada em 2008.
[14:28] <Mary_UFSCar> É de suma importância a realização de um evento para troca de experiências entre as universidades que oferecem esses cursos para uma melhor formação de TILS proporcionando uma acessibilidade linguística adequada a pessoas surdas.
[14:29] <Mary_UFSCar> Quanto ao livro didático, nós professores, percebemos em nossa experiência docente, que há necessidade emergencial para criar livros didáticos específicos de linguística e gramática da Libras.
[14:29] <Mary_UFSCar> Esses livros ajudariam muito como bibliografia básica das disciplinas de Libras e das disciplinas do TILSP.
[14:29] <Mary_UFSCar> slide 19
[14:29] <Mary_UFSCar> Quanto ao programa de Pós-Graduação da Educação Especial, nós professores surdos, percebemos o grande interesse de surdos em inscrever nesse programa, mas não conseguem aprovação devido as provas serem em português e inglês.
[14:29] <Mary_UFSCar> Estamos em processo de luta para aplicar provas em Libras para surdos poderem entrar no Mestrado e Doutorado, e assim aumentarmos pesquisas na área de Libras e Surdez.
[14:29] <Mary_UFSCar> Hoje temos apenas 4 servidores tradutores e intérpretes de Libras efetivados na UFSCar e as demandas aumentaram muito tais como:
[14:30] <Mary_UFSCar> -acompanhamento dos docentes surdos nas aulas teóricas, da coordenadora do curso TILSP;
[14:30] <Mary_UFSCar> - traduzir materiais textuais para a Libras e vice-versa;
[14:30] <Mary_UFSCar> - acompanhar alunos surdos sendo um do curso de graduação TILSP e outra do curso de pós-graduação;
[14:30] <Mary_UFSCar> Portanto, há necessidade de contratação de mais Tradutores/Intérpretes para atender todas as demandas da universidade. E também a contratação de mais professores de Libras para atender os 23 cursos da UFSCar.
[14:30] <Mary_UFSCar> slide 20
[14:31] <Mary_UFSCar> Não se aprende uma língua em 30 horas. Por acaso vocês conseguiram ser fluentes em inglês fazendo um curso em 30h? Não dá para aprender tudo em 30h. É por isso defendemos a necessidade do aumento da carga horária da disciplina de Libras.
[14:31] <Mary_UFSCar> No Brasil há poucos cursos de formação continuada para professores da Educação Básica para trabalhar com crianças e jovens surdos. É preciso preocuparmos com essa formação, pois o processo de ensino e aprendizagem não pode ser limitado.
[14:31] <Mary_UFSCar> É preciso oferecer mais oficinas de LIBRAS para aperfeiçoamento prático.
[14:31] <Mary_UFSCar> Como vocês perceberam que a Lei da Libras e o Decreto 5626/2005 é recente e foram produzidas poucos materiais didáticos e pesquisas na área linguística de Libras. É preciso incentivar para aumentar o numero dessas produções
[14:31] <Mary_UFSCar> slide 21
[14:31] <Mary_UFSCar> Esse é o último slide da conferência. Até aqui fiz um relato de experiência que temos na Universidade para atender às demandas da disciplina de Libras e do curso de bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras e L.Portuguesa.
[14:32] <Mary_UFSCar> A nossa próxima missão aqui na UFSCar é a aplicação do Curso de Licenciatura de Libras e Língua Portuguesa (L2) e de Pedagogia Bilíngue para surdos.
[14:32] <Mary_UFSCar> Quanto mais cursos de formação na área de Libras, mais oportunidade para uma verdadeira inclusão social das pessoas surdas.
[14:32] <Mary_UFSCar> slide 22 referências da legislação
[14:33] <Mary_UFSCar> fim
[14:33] <adelmaa> Obrigada profª Mariana. Agora passaremos a segunda conferência do evento.
[14:33] <adelmaa> Professoras, Regiane e Rosely, você estão a postos?
[14:33] <regianelog> oi Adelma, estamos sim!
[14:34] <adelmaa> Podem começar!
[14:34] <regianelog> Eu vou começar com uma introdução e o primeiro tópico da discussão e a professora Rosely vai discorrer sobre o segundo tópico, e volto para fazer as considerações finais
[14:34] <adelmaa> Não há slides para esta apresentação.
[14:34] <regianelog> Boa tarde a todos, É um grande prazer participar dessa web conferência . Eu convidei a professora Rosely Lucas de Oliveira, coautora desta palestra, para que juntas façamos a palestra
[14:35] <Rosely> Boa tarde, eu sou Rosely, professora Surda da Universidade Federal de São João del Rei e fiz meu mestrado em educação na Universidade Federal de Ouro Preto
[14:35] <regianelog> Vamos lá!
[14:35] <regianelog> A educação de surdos tem ocupado, cada vez mais, uma agenda de pesquisa que promove a aproximação entre as áreas de educação e do estudo de línguas.
[14:36] <regianelog> É consenso entre os pesquisadores das áreas de linguística das línguas de sinais e de educação de surdos que a Língua Portuguesa deve ser ensinada como segunda língua na modalidade escrita e a LIBRAS como primeira língua.
[14:36] <regianelog> Autores como Gladis Perlin, e Carlos Scliar da área de educação e Ronice Quadros, Tanya Felipe e Lucinda Britto da área de linguística defendem esse ponto de vista.
[14:36] <regianelog> Na prática isso significa que ambas as línguas precisam ser consideradas com igual valor, promovendo de fato uma educação bilíngue.
[14:37] <regianelog> Nesta conferência pretende-se apontar elementos que fazem com que a LIBRAS seja secundarizada em relação à língua dominante, influenciando assim na qualidade e no desenvolvimento de métodos de ensino do português como segunda língua.
[14:37] <regianelog> O pensamento de Pierre Bourdieu nos auxilia a compreender os desdobramentos da educação de surdos no Brasil.
[14:37] <regianelog> Bourdieu foi um sociólogo Francês, que tornou-se referência na Antropologia e na Sociologia.
[14:38] <regianelog> Publicou trabalhos sobre educação, cultura, literatura, arte, mídia, linguística e política.
[14:38] <regianelog> Bourdieu argumentava que há estruturas objetivas no mundo social que podem influenciar a ação dos indivíduos.
[14:38] <regianelog> Bourdieu não tratou da educação de surdos nos seus escritos, mas podemos nos apropriar deste autor para compreender o fenômeno.
[14:38] <regianelog> Nesse sentido, nossa discussão vai ser feita em dois tópicos. Primeiro discutimos a reprodução das desigualdades entre surdos e ouvintes na educação, a partir da internalização das estruturas sociais proposta por Bourdieu
[14:39] <regianelog> Em segundo lugar, discutimos a questão do habitus linguístico e do poder da língua dominante, a Língua Portuguesa formal, em detrimento das outras línguas do Brasil.
[14:39] <regianelog> Bem, primeiro, sobre as desigualdades. A ideia de reprodução da desigualdade em Bourdieu trata da escola de modo geral e está focada nas desigualdades que vem de fora da escola.
[14:42] <adelmaa> Travou.
[14:42] <adelmaa> Rosely...
[14:42] <adelmaa> regianelog?
[14:43] <Rosely> Regiane travou
[14:43] <adelmaa> Prezados, aguardem que e a conexão das professores deve ter caído.
[14:44] <Jackellyne> ok
[14:44] <adelmaa> Pois bem... vamos aguardar e se ela não retornar você poderia trocar a ordem de apresentação do seus tópicos, pode ser Rosely?
[14:44] <Rosely> A Regiane travou e eu vou continuar
[14:44] <adelmaa> Maravilha!
[14:45] <Rosely> Bourdieu acredita que a escola tem um papel ativo – ao definir seu currículo, seus métodos de ensino e suas formas de avaliação – no processo social de reprodução das desigualdades sociais que já existem em sociedade.
[14:45] <Rosely> A escola legitima essas desigualdades, convertendo-as em diferenças acadêmicas e cognitivas, relacionadas aos méritos e dons individuais.
[14:46] <Rosely> Para Bourdieu, a família e a escola são responsáveis pelas competências culturais que os indivíduos acumulam ao longo da vida, sendo este o capital cultural.
[14:46] <Rosely> A questão, é que algumas competências culturais são mais valorizadas em sociedade do que outras, e isso é reproduzido na escola.
[14:47] <adelmaa> Rosely?
[14:48] <Rosely> O mérito está entre aqueles que dominam a língua culta, tanto na escrita quanto na fala, que gostam de determinado tipo de música, que tem práticas culturais como teatro, cinema e literatura.
[14:48] <Rosely> Essas competências culturais são adquiridas inicialmente no âmbito de algumas famílias, geralmente as de maior poder aquisitivo, e são valorizadas praticamente por todo o sistema escolar.
[14:48] <Rosely> Quem não carrega essas competências culturais ou não as aprende na escola é avaliado como atrasado, com déficit cognitivo, sem dons ou talentos.
[14:49] <Rosely> Por exemplo, é melhor avaliado quem já traz os hábitos de leitura de casa. Quem não tem isso previamente é considerado atrasado.
[14:49] <Rosely> No caso dos surdos, podemos observar a reprodução da desigualdade na escola de quatro formas: a) nos métodos e didáticas de ensino, b) no currículo das escolas regulares, c) na avaliação, e d) na questão cultural que se apresenta no âmbito escolar.
[14:50] <Rosely> Na história da educação de surdos tivemos dois modelos em que a língua de sinais não era considerada língua natural dos surdos: a Comunicação Total e o Oralismo.
[14:50] <Rosely> Na Comunicação Total, apenas são feitos sinais que acompanham a estrutura linguística das línguas orais. No Oralismo, apenas a língua oral do país é considerada.
[14:50] <Rosely> Um método clínico é utilizado como método educacional. Em decorrência desses dois modelos, a educação dos surdos vem sofrendo sucessivos fracassos.
[14:51] <Rosely> Faz parte do senso comum que “surdo tem dificuldade no português”, que “surdo oralizado é mais inteligente que surdo sinalizante”.
[14:51] <Rosely> O mérito, nesse caso, está na habilidade de o surdo falar, e não no aprendizado que ele adquiriu, independente da língua que utiliza para comunicar.
[14:51] <Rosely> Esses dois modelos, que valorizam muito mais a língua portuguesa falada do que o aprendizado dos sujeitos reproduziram as desigualdades que os surdos trouxeram para dentro da escola.
[14:52] <Rosely> Se em sociedade eles já são considerados “pessoas deficientes”, muitos confundidos com pessoas com sofrimento mental ou perdas cognitivas, na escola, esses dois métodos reproduzem a desigualdade, pois são incapazes de gerar o aprendizado.
[14:52] <Rosely> Muitos surdos se tornam copistas ou repetidores de palavras porque não aprendem, porque não adquiriram nem uma língua nem outra. Esses métodos, diferente do bilinguismo, estão focados na palavra escrita e falada.
[14:52] <Rosely> A aquisição da língua oral não é natural para os surdos, então eles passam muitos anos, geralmente a infância toda, tentando aprender a falar.
[14:52] <Rosely> Isso gera um atraso na aprendizagem não porque eles não são capazes, mas porque não aprenderam uma língua na fase certa. Se a língua de sinais fosse aprendida na mesma fase que as línguas orais são aprendidas pelas crianças ouvintes, não haveria atraso no aprendizado.
[14:53] <Rosely> agora a Regiane vai continuar
[14:53] <regianelog> A desigualdade no aprendizado continua a ser reproduzida, porque a valorização continua sendo da palavra falada. A língua da escola continua a ser a língua portuguesa falada e os surdos acabam por não serem alfabetizados da mesma forma.
[14:54] <regianelog> E os surdos continuam a serem aqueles com dificuldade no português, com problemas cognitivos, com problemas de comportamento porque não se socializam.
[14:54] <regianelog> Outra forma de reproduzir a desigualdade entre surdos e ouvintes, tanto no aprendizado quanto nas oportunidades ao longo da vida, é o currículo da escola regular inclusiva.
[14:54] <regianelog> O currículo não inclui o português como segunda língua e a língua de sinais como disciplina curricular. Não são incluídas questões culturais e políticas sobre a comunidade surda. No máximo os alunos recebem duas aulas por semana de Libras no Atendimento Educacional Especializado.
[14:54] <regianelog> Os estudantes surdos passam os anos escolares sem aprender a ler e escrever o português, porque este foi ensinado da mesma forma com que se ensina para alunos que ouvem as palavras.
[14:55] <regianelog> Da mesma forma, as avaliações escolares medem os conhecimentos dos alunos surdos na língua portuguesa como se fosse a sua primeira língua. Provas como o Enem, a Prova Brasil, dentre outras avaliações do governo avaliam os surdos da mesma forma que os ouvintes.
[14:55] <regianelog> Dificilmente o surdo terá o mesmo nível de fluência de um candidato ou aluno ouvinte na língua portuguesa. O mérito é muito mais avaliado pelo conhecimento que se tem da língua do que do conhecimento de mundo que esses alunos têm.
[14:55] <regianelog> O resultado é que sempre, de maneira óbvia, os surdos serão mal classificados nessas avaliações, perpetuando a desigualdade de oportunidades tanto dentro quanto fora da escola.
[14:55] <regianelog> Por fim, é fator que perpetua a desigualdade entre surdos e ouvintes no aprendizado a dificuldade que os educadores têm de compreender que os surdos possuem uma cultura que é delineada pela língua de sinais.
[14:55] <regianelog> Os surdos compreendem e significam o mundo de forma diferente, pois o fazem por meio do sentido da visão. Sendo assim, métodos, currículo e avaliações deveriam levar em conta a questão cultural dos surdos que se apresenta no âmbito escolar.
[14:56] <regianelog> Outras formas de trabalhar os conteúdos, as metáforas, os gêneros textuais, devem ser pensadas. O capital cultural das crianças surdas que geralmente chegam à escola sem terem sequer uma língua é muito restrito se não considerarmos as suas particularidades culturais.
[14:56] <regianelog> E ele vai se formando muito mais em função do que ele vê do que pela regra da escola. As políticas públicas educacionais sempre mantiveram o discurso do respeito às diferenças.
[14:56] <regianelog> Contudo, a lacuna entre o que é dito e a efetivação dessas políticas é demasiadamente grande. Estar na escola não significa fazer parte dela.
[14:56] <regianelog> De acordo com Vera Candau, (2002), a escola idealizada sobre o prisma da igualdade uma cultura comum a todos, se defronta com a possibilidade de articular igualdade e diferença evidenciando as relações entre o multicultural e a educação, bem como suas implicações implícitas no currículo.
[14:57] <regianelog> Agora vamos para o segundo ponto em que Bourdieu nos ajuda a pensar a educação dos surdos. Vamos falar sobre o Habitus linguístico e o poder da língua dominante
[14:57] <regianelog> A Língua Brasileira de Sinais é uma língua visual-espacial articulada través das mãos, das expressões faciais e do corpo.
[14:57] <regianelog> Atribui-se às línguas de sinais o status de língua porque, como nas línguas orais, também são compostas pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.
[14:57] <regianelog> Há uma diferença marcante entre a língua portuguesa e a língua de sinais, os que são denominados de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas línguas de sinais.
[14:58] <regianelog> Quadros (1997) afirma que as línguas de sinais são línguas naturais adquiridas de forma espontânea pela pessoa surda em contato com pessoas que usam essa língua.
[14:58] <regianelog> A língua portuguesa seria adquirida como segunda língua, por não ser assimilada tão diretamente a partir dos contextos linguísticos em que vivem os surdos. Então as pessoas surdas têm o direito de ser ensinada na língua de sinais.
[14:58] <regianelog> . A proposta bilíngue busca captar esse direito.
[14:58] <regianelog> Conforme dito anteriormente, a primeira língua dos surdos, aquela que é aprendida naturalmente, é a Língua de Sinais. A língua escrita a ser ensinada (esforçando a aprender o Português e outras línguas, por exemplo) é tida como segunda língua (L2).
[14:59] <regianelog> A questão é que a língua de sinais, embora reconhecida pela lei brasileira, não é valorizada como uma língua legítima. O pensamento de Pierre Bourdieu e o conceito de habitus linguístico ajudam a compreender essa dinâmica de instituição da língua legítima, ou língua dominante.
[14:59] <regianelog> O habitus é uma espécie de matriz que guia as percepções, os julgamentos e as ações dos sujeitos.
[14:59] <regianelog> Fazem parte dele a dominação e a opressão, que vão sendo internalizadas dia a dia, muitas vezes ofuscando os sujeitos sobre a própria condição em que vivem.
[15:00] <regianelog> Para Bourdieu (1996), quanto mais oficial e legítima é a língua de um país, mais imperativa ela se mostra (p. 31). Uma rede de atores sociais, normas e procedimentos alimentam a legitimidade de uma língua, que está “enredada com o Estado, tanto em sua gênese como em seus usos sociais” (p. 32), reunindo gramáticos, professores e agentes do estado para garantir essa legitimidade.
[15:00] <regianelog> Nas palavras de Bourdieu, É no processo de constituição do Estado que se criam as condições de constituição de um mercado linguístico unificado e dominado pela língua oficial
[15:01] <regianelog> Ele diz que a língua Obrigatória em ocasiões e espaços oficiais (escolas, entidades públicas, instituições políticas etc.), esta língua de Estado torna-se norma teórica pela qual todas as práticas linguísticas são objetivamente medidas.
[15:01] <regianelog> El diz ainda que "Ninguém pode ignorar a lei linguística que dispõe de seu corpo de juristas (os gramáticos) e de seus agentes de imposição e controle (os professores) investidos do poder de submeter universalmente ao exame e à sanção jurídica do título escolar e o desempenho linguístico dos sujeitos falantes" (Bourdieu, 1996, p. 32).
[15:01] <regianelog> A autoridade de avaliação dos gramáticos e professores e a padronização da norma linguística nos documentos e procedimentos de Estado, como os concursos e julgamentos vão contribuindo para uma política de unificação linguística.
[15:02] <regianelog> Somado a isso, um conjunto de instituições e mecanismos específicos, como a exigência da língua legítima para o ingresso no mercado de trabalho, por exemplo, reforçam esse efeito de dominação linguística.
[15:02] <regianelog> Em Bourdieu (1996), a integração em uma mesma ‘comunidade linguística’ é a condição de instauração das relações de dominação linguística
[15:02] <regianelog> Por trás da ideia da viabilidade da comunicação interna a um país se esconde “um conflito pelo poder simbólico, de fazer reconhecer um novo discurso de autoridade, com uma determinada representação de mundo por ele veiculada” (p. 34).
[15:02] <regianelog> A concepção de habitus linguístico de Bourdieu (1996) ajuda a explicar porque a questão das minorias linguísticas não se mostra como um problema brasileiro,
[15:03] <regianelog> A naturalização da ideia de país monolíngue esconde as tensões que envolvem surdos, indígenas, falantes de línguas de imigração.
[15:03] <regianelog> Dessa forma, enquanto houver uma escola que valoriza apenas uma língua, a língua portuguesa,
[15:03] <regianelog> enquanto houver professores e gramáticos que atuam como autoridades na escola promovendo a inculcação da língua legítima e uma estrutura pouco aberta da escola para acolher as diferenças linguísticas,
[15:03] <regianelog> haverá uma marginalização daqueles que falam outra língua. Haverá a continua reprodução da desigualdade que cerca a vida dos surdos na escola e fora dela.
[15:03] <regianelog> A reflexão que eu e a professora Rosely trazemos é que essa visão de superioridade da língua portuguesa prejudica o ensino da Língua Portuguesa para surdos. Isso reproduz a desigualdade que já existe.
[15:05] <regianelog> Finalizamos nossa conferência com um apelo aos professores de surdos que não menosprezem a língua de sinais
[15:05] <regianelog> que não secundarizem a língua de sinais no ensino da língua portuguesa
[15:05] <regianelog> certamente os professores serão mais bem sucedidos se valorizarem as duas línguas
[15:05] <regianelog> Muito obrigada
[15:05] <Rosely> Agradeço e pode abrir a pergunta
[15:06] <adelmaa> Agradecemos as professoras
[15:06] <adelmaa> Mariana, Regiane e Rosely pelas excelentes conferências.
[15:06] <adelmaa> Abriremso agora à particpação do publico.
[15:06] <Mary_UFSCar> Obrigada!
[15:07] <regianelog> Obrigada!
[15:07] <Rosely> Obrigada!
[15:07] <Jackellyne> Boa tarde, sou professora de surdos aqui em Pernambuco e gostaria de perguntar as professoras Regiane e Rosely se o ensino de libras não deve ser feito de maneira diferente do atual?
[15:08] <Jackellyne> Pois o que temos em sala de aula é um auxilio da interprete para passar tudo que é dito de maneira oral para os surdos
[15:08] <Jackellyne> porém a alfabetização para surdos no nosso país ainda não é obrigatória, pelo menos na prática, então recebemos alunos surdos que não são alfabetizados
[15:08] <adelmaa> Podem responder professoras.
[15:09] <regianelog> Atualmente temos um modelo de educação de surdos que pode ser a) bilíngue na escola inclusiva, b) bilíngue em classe bilíngue onde toda a aula é dada em língua de sinais, c) bilíngue na escola bilíngue
[15:09] <regianelog> O problema da educação de surdos na escola inclusiva é que a aula é toda dada em português
[15:10] <regianelog> e traduzida para a Libras
[15:10] <Jackellyne> verdade
[15:10] <regianelog> o processo de tradução é muito importante
[15:10] <regianelog> mas o método é todo para ouvintes
[15:10] <regianelog> não se pode considerar o mesmo método para surdos ou ouvintes no ensino do português ou da Libras
[15:11] <regianelog> *surdos e ouvintes
[15:11] <Jackellyne> Pelo menos para minha realidade, o que tem ajudado muito é um acompanhamento dado gratuito pelo governo do estado em parceria com o Rotary
[15:11] <Rosely> No caso aluno surdo não tem dominio em Libras, na escola só tem curriculo em português, ele pode prejudicar da primeira língua, o importante é a primeira língua de sinais e a segunda lingia portugues
[15:12] <adelmaa> Profa Mariana há muitos livros e apostilas disponibilizado no mercado para o aprendizado de Libras?
[15:12] <regianelog> Ficou claro Jackeline?
[15:12] <Jackellyne> Ficou sim, obrigada.
[15:12] <adelmaa> disponibilizadas...
[15:13] <Mary_UFSCar> tem livros com DVD para aprender Libras pois é uma língua visuo-gestual. Tem livros tais como Libras em Contexto do MEC/FENEIS; Livros Cursos de Libras 1, 2 e 3 dos autores Nelson Pimenta e Ronice Quadros.
[15:14] <Mary_UFSCar> são pouquíssimos livros, infelizmente. É por isso penso na importância de produzir mais material na área.
[15:15] <Rosely> Exatamente da Mariana, são poucas livros e material. didático
[15:15] <Mary_UFSCar> Temos aplicativos que podem ser instalados no celular, eles ajudam, mas também podem atrapalhar devido problemas contextuais- Tais como o ProDeaf e HandTalk
[15:15] <Mary_UFSCar> esses aplicativos são tradutores da língua portuguesa e Libras.
[15:16] <Mary_UFSCar> mas vale ressaltar que não substituem o professor de Libras e o Interprete!!!
[15:17] <adelmaa> Profª Rosely, profa Mariana quais foram seus maiores desafios enquanto alunas até chegar a UFOP, durante suas graduações e pós?
[15:17] <Jackellyne> Podem atrapalhar também porque alguns sinais em libras mudam de acordo com a região geográfica professora Mariana?
[15:17] <Rosely> Este aplicativos são varição sinais, e pode complicar um pouco sinais diferente do estado.
[15:17] <Rosely> *variação
[15:17] <Jackellyne> Sim, entendo.
[15:18] <Mary_UFSCar> Jackellyne, não é só por questões de regionalismo e sim problema contextual, por exemplo, o sinal de "ANDAR", ele tem diferentes sinais em Libras, um para andar de prédio, pessoa andando, animal andando, carro andando, bicicleta, etc.
[15:19] <Jackellyne> Huum, ah entendi é bem mais amplo.
[15:19] <Rosely> Exatamente
[15:19] <Mary_UFSCar> não serve um sinal para todos os contextos. Como também o "NASCER" que não pode servir para o sol nasceu, o dente nasceu...
[15:19] <Rosely> Sou a primeira aluna surda da UFOP, foi um desafio, pois não tinha TILS concursado, e precisou contratar. Quando fiz a prova e a coordenação aceitou a escrita do português como a segunda língua.
[15:20] <adelmaa> ou seja, a depender da situação, se a pé, de carro,de avião, anda em animal. etc.
[15:20] <Mary_UFSCar> assim por diante...
[15:20] <adelmaa> Nossa, então LIBRAS tem um vocabulário extenso.
[15:21] <Mary_UFSCar> Minhas principais dificuldades na infância e adolescência foram a comunicação e acompanhamento das disciplinas na area de humanas por falta de intérprete!!! Cresci lendo lábios, mas só captava 60 a 70% do conteúdo escolar.
[15:21] <Rosely> Para os professores foi um grande desafio. O mais complicado foi a escrita da dissertação.
[15:21] <Mary_UFSCar> em minha trajetória eu sempre abri portas para os surdos, nada estava pronto para mim.
[15:22] <Mary_UFSCar> a minha fonoaudiologa era bilingue e ela foi a peça fundamental para o desenvolvimento da minha linguagem! sem ela não teria conseguido...
[15:22] <Mary_UFSCar> muito importante ter pessoas bilingues no nosso processo de desenvolvimento.
[15:22] <adelmaa> Os seus pais são bilingues?
[15:23] <adelmaa> Seus familiares e amigos usavam a Libras?
[15:23] <Mary_UFSCar> Fui primeira aluna surda da escola, da graduação, da pós-graduação doutorado. Apenas no mestrado que tive acesso total com professores bilingues, colegas surdos, provas adaptadas.
[15:23] <Rosely> O meu caso é diferente da Mariana, meus pais são surdos e já tinha como primeira língua a língua de sinais,
[15:24] <Rosely> o que mais dificultou mesmo foi na escola que não tinha intérpretes e nem professores com dominio de lingua de sinais
[15:25] <Mary_UFSCar> meus pais são ouvintes, eles não sabem Libras... a culpa foi minha, pois aos 6/7 anos eu tive vergonha de usar a língua de sinais e proibi a família pelo uso dela...
[15:26] <Mary_UFSCar> eu achava que era a única surda no mundo e não conformava quando as pessoas ficavam rindo de mim, olhos tortos para a Libras... eu me senti uma estranha e optei pela leitura labial e oralidade para fingir que era ouvinte... isso acabou com a minha identidade
[15:26] <adelmaa> Mas você já dominava a lobras, Mariana?
[15:26] <Mary_UFSCar> sim e usava escondido
[15:26] <Mary_UFSCar> rs
[15:27] <Mary_UFSCar> comecei a usar a Libras com 11 meses de idade
[15:27] <Mary_UFSCar> e por isso ela foi fundamental para o meu aprendizado em português.
[15:27] <Mary_UFSCar> sem Libras não teria conseguido aprender português.
[15:29] <Heloisa> Profªs, boa tarde! Estou aqui encantada com esta apresentação... (Parabéns!) e lembrando de uma música que diz "somos todos filhos de Deus só não falamos a mesma língua". O conhecimento e aprendizagem de libras não precisa urgentemente fazer parte do curriculo do Magistério Superior, da Pedagogia, da Letras entre outros cursos?Será que realmente não cabe dentro desses curriculos?
[15:29] <adelmaa> Não, Mariana, isso não acabou> Este fato apenas mudou a construção de sua identidade naquelea época. Entretanto, este acaso foi um marco que voc~e tem como agora dar este depoimento e ser muito mais altiva quando aocntecer algo assim perto de você.
[15:30] <regianelog> A disciplina de Libras é obrigatória nos cursos superiores de licenciatura, pedagogia e fonoaudiologia
[15:30] <Jackellyne> Concordo com a professora Adelma
[15:30] <adelmaa> ops LIBRAS...desculpe-me!
[15:30] <Mary_UFSCar> Heloisa, sim são obrigatórios conforme Decreto 5626/2005, obrigatório para licenciaturas e optativa para bacharelados
[15:30] <Rosely> De acordo decreto 5626/05
[15:31] <Mary_UFSCar> estamos lutando para ser obrigatório também na educação básica, nos cursos técnicos e tecnológicos, na area de saúde
[15:32] <adelmaa> Rosely, quando você aprendeu o português? Você aprendeu a ler lábios como a Mariana?
[15:33] <adelmaa> Professora Regiane, como e quando surgiu seu interesse pela LIBRAS?
[15:34] <regianelog> Sou filha e irmã de surdos. Sou irmã da professora Rosely, rsrs. Na nossa família tem ainda mais 21 primos surdos
[15:34] <Rosely> Sim, aprendi leitura labial através da fonoaudiologia, e também aprendi a língua portuguesa na escola e também minhas irmãs me ajudavam a ler e treinar redação
[15:35] <Mary_UFSCar> Uau!
[15:35] <Jackellyne> Muito bacana.
[15:35] <regianelog> nossa casa parecia uma associação de surdos, rsrs
[15:36] <Mary_UFSCar> posso imaginar...
[15:36] <Heitor> Bacana demais ouvir vcs
[15:36] <adelmaa> Gente, sinto-me privilegiada hoje. Arrepiada com tanta sabedoria e superação. Meu Deus, EDUCAÇÃO é tudo!
[15:36] <Heitor> É verdade Adelma, muita superação
[15:37] <Heitor> Estamos privilegiados
[15:37] <Jackellyne> Sim, estamos!
[15:37] <Mary_UFSCar> Libras é tudo!!!
[15:38] <Heitor> Eu agradeço demais a oportunidade de participar de um evento tão importante.
[15:38] <Heitor> Quero agradecer a organização do evento.
[15:39] <adelmaa> Prezadas queor que vocês me ajudem a divulgar este evento nas redes sociais. Todos os professores temque ter acesso a esta s conferências de hoje. Em 15 dias nós publicaremos o log deste evento e o STIS publicará na nossa página do face. Peço que nos ajudem a divulgar.
[15:39] <Mary_UFSCar> sim, eu ajudo na divulgação.
[15:39] <Jackellyne> Pode deixar!
[15:39] <Rosely> mariana, por curiosidade, vi você ministrar aula de LIBRAS no curso de musica, já aconteceu de os alunos pedirem como utilizar em libras na musica?
[15:41] <adelmaa> Quero dizer as nossas professoras conferencistas convidadas que me sinto instigada a organizar um evento mais amplo com a participação das senhoras e de outros convidados para discutirmos com mais profunidade este temática: educação de surdos.
[15:41] <Mary_UFSCar> Rosely, eu nas avaliações eu não só peço tradução de letras de musica para libras não.. (só foi uma atividade disso). O que quero é que os alunos repensem na prática educativa, como imaginam dar aula para surdos compreenderem o conteúdo da disciplina de música, como os surdos possam ver os sons, sentir vibrações.
[15:42] <Mary_UFSCar> pedia para criarem materiais que auxiliem os surdos a compreenderem determinado conteúdo... assim por diante... não aceito coral de luvas brancas!!!!socorro!!!!
[15:43] <regianelog> rsrs. Coral de luvas brancas é complicado
[15:43] <adelmaa> Depoimentos, vivências, experiência didáticas, relatos e politicas publicas relacionadas oa tem seria nosso guia mestre nest evento. Acredito que não tenha nada assim realizado virtualmente.
[15:43] <Jackellyne> kkkkkk fiz um curso básico de libras e teve coral de luvas brancas...
[15:43] <Rosely> Tenho curso de Musica da disciplina LIBRAS, gostei da sua ideia.
[15:44] <Heitor> uau!
[15:44] <Heitor> Como funciona?
[15:44] <adelmaa> Só para entender, qual é o problema do coral com as luvas brancas?
[15:44] <Rosely> Verdade Mariana, não gosto coral de luva, isso não faz sentido para compreensão e emoção.
[15:45] <Mary_UFSCar> não tem graça, não tem sentido para mim... é só uma cópia ...
[15:46] <adelmaa> Eu amei este vídeo do Glee:
[15:46] <Mary_UFSCar> nao faz sentido e não é por meio das luvas brancas que vamos entender a música... é questão de conteúdo, sentimento, emoção, vibração, olhares...
[15:48] <Rosely>
[15:49] <adelmaa> Eu tinha pensando nas luvas como recurso auxiliar para prender a atenção, Mariana.
[15:49] <Jackellyne> no meu caso os professores do curso de libras, um era surdo, disse que o uso das luvas é para prender a atenção do público apenas para as mãos
[15:49] <adelmaa> Ameiiii este vídeo, Rosely!
[15:50] <Jackellyne> mas eu também discordava pq achava contraditorio já que eles falavam que a expressão facial conta muito
[15:50] <Mary_UFSCar> o surdo precisa entrar "dentro"da musica e não so copiando e assistindo...
[15:50] <adelmaa> Gostaria de solicitar de vocês que me amjudassem a descontruir
[15:50] <Rosely> este vídeo é interpretação em LIBRAS, ele não sinalizou seguindo a Língua Portuguesa.
[15:51] <Rosely> ele mostrou de um jeito que nós possamos sentir emoção e compreensão
[15:51] <adelmaa> Perfeito!
[15:51] <Mary_UFSCar> o surdo precisa sentir os toques, luzes conforme mudanças dos ritmos e assim por diante... entender o funcionamento dos instrumentos.. a letra de música tem que ser adaptada em Libras, pois a Libras não é o português sinalizado!!!
[15:51] <Rosely> Concordo da Mariana, tem muita gente fica copiando e não faz sentindo emoção
[15:52] <adelmaa> Mas como ouvintes, o que devemos fazer para ajudar na comunicação com pessoas surdas?
[15:52] <Mary_UFSCar> aprender Libras!!!!
[15:52] <adelmaa> Eu, por exemplo, não sei LIBRAS, mas logo aprenderei.
[15:52] <Rosely> Aprende LIBRAS!
[15:53] <Mary_UFSCar> conhecer a cultura surda, fazer adaptações de acordo com as nossas necessidades
[15:53] <Rosely> Concerteza vai aprender.
[15:53] <Heitor> Eu também vou aprender já
[15:53] <Mary_UFSCar> precisa entrar em contato com comunidade surda, visitar associações para aprender Libras.
[15:53] <adelmaa> Então, quais são os canais para se conhecer a cultura surda? Dê-nos indicações?
[15:54] <Lucia_> Ótima pergunta, isso vai nos ajudar
[15:54] <Mary_UFSCar> no youtube tem varios videos de eventos culturais, poesias, historias, fabulas em Libras e adaptadas na cultura surda...
[15:54] <regianelog> frequentar escolas, associações e grupos de surdos é muito importante
[15:54] <adelmaa> O que o STIS, por exemplo, deve fazer no nosso evento para dar acessibiliadde a pessoa surda?
[15:54] <regianelog> o contato é o mais importante
[15:55] <Mary_UFSCar> video com interprete de Libras???
[15:55] <Mary_UFSCar> precisa ter janela com interprete de Libras
[15:56] <Mary_UFSCar> assim difunde mais para a comunidade surda ter acesso ao STIS
[15:56] <madu_> Boa sugestão Adelma.
[15:56] <adelmaa> Então, quais são os canais para se conhecer a cultura surda? Dê-nos indicações?
[15:56] <madu_> É possível colocar em prática?
[15:58] <adelmaa> Existe um síbolo que possa sinalizar ja no cartaz que o stis é um evento com acessibilidade aos surdos?
[15:58] <regianelog> sim. eu posso te enviar
[15:59] <regianelog> qualquer pessoa pode ter acesso a esse símbolo na página de comunicação da UFMG
[16:01] <adelmaa> Nossa, nós do STIS agradecemos a todo(a)s vocês por toda sugestão encaminhada que possa levar o acesso a educação para todos.
[16:02] <regianelog> Eu é que agradeço, Adelma!
[16:02] <adelmaa> Mais alguma pergunta, caro(a)s participantes?
[16:02] <adelmaa> Prezada professoras, Mariana, Regiane e Rosely, nosso vento não poderia ter sido mais brilhante. Foi um STIS extraordinário, fenomenal!
[16:03] <Rosely> Obrigada, Adelma!
[16:03] <adelmaa> Eu, Adelma Araújo, e a Madu Ferreira e um grupo enorme de pessoas voluntárias membros do STIS que acreditamos no trabalho voluntário para disseminarmos a educação e acesos a todos agradecemos a presença de
[16:03] <adelmaa> ttodos e especialmente das profesoras conferencistas convidadas de hoje.
[16:04] <regianelog> Nós que agradecemos a oportunidade!
[16:04] <adelmaa> Peço a todos que divulguem nosso evento. Dê um like em noss pagina no facebook, pois assim receberão todas as informações de nossos eventos.
[16:04] <adelmaa> Lembor vocês que dia 18 de novemrbro teremos mai sum vento stis.
[16:05] <adelmaa> E na primira semana de dezembro.
[16:05] <Jackellyne> ok, muito obrigada!
[16:06] <adelmaa> receberemso a Taábata de Amaral Pontes , aquela filha de florista epai cobrador de ônibus que entrou em varias universidades americanas e escolheu harvard.
[16:06] <adelmaa> Pois bem ela já concluiu o curso lá e voltou ao Brasil para tentar mudar nosso quadroa da educação publica. Ela cooordena uma ONG chamada Mapa Educação e nos contará tudo sobre seua jornada e desafios que ela ainda quer enfrentar.
[16:08] <adelmaa> O trabalho de conclusão de curso de graduação dela em Harvard é fantástico. Compara a educação oferecida pro duas escolas publicas brasileiras, uma do sul e outra de Sobral emostra que a da escola publica de Sobral no Ceará é excelente porque dentre outras variáveis na escola cerarense quem escolhe o diretor da escola eá acomunidade assistida.
[16:08] <adelmaa> Não percam!
[16:11] <adelmaa> Agradeço a todos vocês pela presença! Os conferencistas receberão seus certificados por e-mail ,já os participantes devem ir na pagina do stis e atraves do e-mail que informado nos encaminhar nome completo dia da palestra e login usado para receber a certificação do STIS.
[16:11] <adelmaa> Até a proxima! Obrigada a todos!
[16:11] <adelmaa> Clap clap clap clap clap! (aplausos virtuais)
[16:13] <adelmaa> Até a próxima!
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Based on a work at Texto Livre.
8. Novembro: Mídias e Leitura
STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Andrea Bonequini e Andressa Cristina Santos
Conferência dupla STIS NOVEMBRO 2016
Dia 18 de novembro das 14 às 16 horas, na Sala de Conferências do STIS
O USO DAS MÍDIAS E A COLABORATIVIDADE COMO PROPULSORES AO ENSINO DA LEITURA E ESCRITA
(Prof. Esp. Andrea Bonequini - E. E. Nazle Jabur)
Resumo: Este artigo relata uma intervenção pedagógica realizada com alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental II – da escola E. E. Nazle Jabur, em Passos/MG no ano de 2015. Os objetivos foram: incentivar a escrita; instigar a colaboratividade entre alunos regulares e especiais; despertar a capacidade criativa dos alunos para textos literários e não literários; instigar a autoria de livro e a elaboração de um jornal escolar pelos educandos. Conforme já defendido por diversos autores, a produção de recontos e a organização de materiais impressos pelos alunos, utilizando várias mídias tecnológicas, são poderosos e eficientes instrumentos gatilhos no despertar para a leitura e para a escrita. Esta implementação foi estruturada em etapas para aguçar a curiosidade dos alunos e motivá-los a acompanhar sua evolução, a fim de que percebessem como se daria o uso das mídias tecnológicas durante todo o processo. A pesquisa-ação foi a modalidade metodológica de pesquisa escolhida por trazer ambos, professores e alunos, para o protagonismo da ação desenvolvida dentro e fora de sala de aula. Cereja e Magalhães (2007), Koch e Travaglia (1993), dentre outros fundamentaram esse trabalho. Os resultados mostraram que as produções textuais colaborativas dos alunos, a publicação destes textos em jornal, o trabalho visando à inclusão de um aluno com necessidades especiais e a produção literária poética, associados ao uso das mídias foram ações instigadoras e motivadoras para o aprendizado dos educandos. Implementações pedagógicas desta natureza impulsionam o universo da leitura e escrita coesa e coerente dos alunos, além da formação pessoal e da conscientização do papel do outro nas produções, na vida escolar e na comunidade.
LO USO DAS MÍDIAS COMO INSTRUMENTO GATILHO PARA O DESPERTAR DA LEITURA E DA ESCRITA DOS ALUNOS E O PROTAGONISMO DOS PAIS.
(Prof. Esp. Andressa Cristina Santos - E. E. Nazle Jabur)
Resumo: O presente trabalho relata uma implementação pedagógica realizada na Escola Estadual Nazle Jabur usando mídias (computador/editor de texto, celular, Rádio Comunitária, CD, material impresso) para a construção de recontos coletivos realizados nos anos de 2015 e 2016, com alunos da fase de alfabetização. O objetivo deste trabalho era analisar se as mídias tecnológicas podem contribuir para o desenvolvimento da leitura e escrita dos educandos. Entendemos que, para a formação de pessoas letradas, é preciso o contato com diversos gêneros textuais, portanto esperávamos que a produção coletiva de um reconto e a organização de um livro utilizando as várias TICs agissem como fatores motivadores no despertar para a leitura e a escrita dos educandos. Instigar os alunos a criar uma produção escrita (reconto) usando o editor de texto (professora como escriba) motivou as crianças a criarem ilustrações de parte do reconto, a elaborar um livro com as produções escritas e ilustrações realizadas pelas crianças, e oportunizou o protagonismo dos pais. Para fechar este trabalho que envolveu crianças, escola, família e comunidade realizamos uma sessão de autógrafos dos educandos. Os dois projetos aqui apresentados contém o relato das mesmas etapas, diferenciando entre si, pela reflexão sobre a prática da professora e da escola, o protagonismo dos alunos e pela participação e autonomia dada a alunos e pais durante a segunda intervenção. Os objetivos das duas implementações foram plenamente alcançados, superando nossa expectativa inicial. Dentre os tantos ganhos educacionais citamos o maior engajamento dos pais nas atividades desenvolvidas na escola, a conscientização sobre seu papel no acompanhamento das atividades de para casa e o reconhecimento de seu extraordinário papel na educação dos filhos e do valor da participação na instituição escolar, a reconhecendo como sendo um espaço também seu.
8.1. registro novembro
LOG: Andrea Bonequini e Andressa Cristina Santos
Registro da Conferência em chat escrito, de 18 de novembro de 2016:
O Uso Das Mídias e a Colaboratividade como Propulsores ao Ensino da Leitura e Escrita
conferencista: Andrea Bonequini
Lo Uso das Mídias como Instrumento Gatilho para o Despertar da Leitura e da Escrita dos Alunos e o Protagonismo dos Pais.
conferencista: Andressa Cristina Santos
moderador: Equipe STIS
[13:58] <adelmaa> Bom dia a todos e todas! É sempre uma honra recebê-los, participantes e palestrantes conferencistas , em cada evento STIS.
[13:58] <adelmaa> O STIS, coordenado pela profa Drª Adelma L.O.S Araújo, é um dos braços do Projeto "Polvo" Texto Livre do CNPq. Caracteriza-
[13:58] <adelmaa> se como um programa de conferência que é realizado na penúltima semana de casa dos meses de março a junho e de agosto a novembro
[13:58] <adelmaa> Ao longo deste quatro anos de vida o STIS tem congregado pesquisadores do Brasil e do exterior em torno do tema
[13:58] <adelmaa> educação livre, democrática, igualitária, com o desejo de ser acessível a todos.
[13:59] <adelmaa> O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do programa POLVO denominado TEXTO LIVRE do CNPq,
[13:59] <adelmaa> coordenado pela Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte.
[13:59] <adelmaa> Ao longo desta caminhada o STIS tem se firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior.
[13:59] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 24 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores
[13:59] <adelmaa> tais como Carla Viana Coscarelli (UFMG), Luiz Tatit (USP), Maria Lucia Castanheira (FAE/UFMG), Almeida Filho (UNB), dentre outros nomes do Brasil e do exterior como
[13:59] <adelmaa> o Brian Street (Kings College/Londres), Luis Gonçalves (Universidade da Pensilvânia) e o Júlio Paz (Argentina).
[14:00] <adelmaa> Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em
[14:00] <adelmaa> Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato.
[14:01] <adelmaa> Já somos até tema de tese de doutorado do Prof Dr Calos Henriques Silva de Castro.
[14:01] <adelmaa> Também contamos com a colaboração de todos os conferencistas convidados que nos deram a honra de sua presença como agentes divulgadores, além da força e colaboração na divulgação realizada pelos nossos participantes.
[14:01] <adelmaa> Para que todo este projeto seja realizado eficientemente, mês a mês, e chegue até vocês conferências relevantes para sua formação cultural, intelectual e acadêmica o STIS
[14:01] <adelmaa> conta com Comissão Organizadora com um espírito de colaboratividade formada por
[14:01] <adelmaa> Ana Cristina Fricke Matte - Coordenadora Geral do Projeto Texto Livre Adelma Lúcia de Oliveira Silva Araújo - Coordenação Geral do Projeto STIS
[14:02] <adelmaa> Thalita Santos Felício de Almeida - Secretaria Aline Resende Pereira Marinho - Secretaria
[14:02] <adelmaa> Daniervelin Renata Marques Pereira - Administração Elizabeth Guzzo de Almeida - Administração
[14:02] <adelmaa> Woodson Fiorini de Carvalho - administração Hugo Leonardo Canalli - Suporte técnico TI Maragareth de Souza Freitas Thomopoulos - Revisora
[14:02] <adelmaa> Maria Clara Trotta Santana
[14:03] <adelmaa> Joyce Fetterman
[14:03] <adelmaa> Rivânia Maria Trotta Sant'Ana - Revisora Maria do Carmo Ferreira dos Santos - Relações públicas
[14:03] <adelmaa> dentre outros membros.
[14:03] <adelmaa> Hoje o STIS tem a honra de receber como conferencistas
[14:03] <adelmaa> convidadas a profª Esp Andressa Santos, E.E. Nazle Jabur, em Passos/MG., e a profª Esp Andrea Bonequini, E. E. Dr. Tancredo de Almeida , da cidade de Passos.
[14:03] <adelmaa> A profª Andressa Cristina Santos Graduada em Pedagogia, pela Fundação de Ensino Superior de Passos, em 2011. Especialista em Direito Educacional
[14:04] <adelmaa> pelo Centro Universitário Claretiano (2012); em Supervisão, Orientação e Inspeção Escolar pela Sociedade Educacional de Santa Catarina (2014); e em
[14:04] <adelmaa> Mídias na Educação pela Universidade Federal de Ouro Preto (2014/2015). Trabalha como orientadora e professora alfabetizadora na Escola Estadual
[14:04] <adelmaa> Nazle Jabur, na cidade de Passos/MG. Nossa segunda conferencista é a profª Andrea Bonequini. Possui graduação em Letras -
[14:04] <adelmaa> Licenciatura Plena com habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa pela UEMG - Campus de Passos (2008). Pós-graduação lato sensu em Língua Inglesa pela
[14:04] <adelmaa> Universidade de Franca (2011). Pós-graduação lato sensu em Mídias na Educação pela UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (2015). Atualmente é Professora de Língua
[14:04] <adelmaa> Portuguesa na Escola Estadual Dr. Tancredo de Almeida Neves, em Passos/MG. Tem especialização em Especialização em Mídias na Educação pela Universidade Federal de
[14:05] <adelmaa> Ouro Preto, UFOP, Brasil; Especialização em Língua Inglesa. (Carga Horária: 364h). Universidade de Franca, UNIFRAN, Brasil.Atualmente é professora de Língua
[14:05] <adelmaa> Portuguesa E. E. Dr. Tancredo de Almeida Neves Áreas de atuação
[14:05] <adelmaa> Agora a profª Daniervelin Pereira moderará estas conferências. porém anterior a isto ela explicará,
[14:06] <adelmaa> de forma pormenorizada, o funcionamento de um evento online como o do STIS para os que participam pela primeira vez de nosso evento.
[14:06] <daniervelin> Boa tarde a todos! Sejam bem-vindos!
[14:06] <adelmaa> Boa tarde, professora Daniervelin!
[14:06] <daniervelin> para quem participa pela primeira vez, teremos 30 minutos de apresentação
[14:06] <daniervelin> a apresentação acontece apenas por escrito, no chat, ou seja, não há vídeo nem áudio
[14:06] <daniervelin> durante esse tempo, a sala estará moderada
[14:06] <daniervelin> após a conferência, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas
[14:06] <daniervelin> o código para os slides será indicado no início da apresentação
[14:06] <daniervelin> basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de slides”
[14:07] <daniervelin> vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes (ao meio desta página de internet)
[14:07] <daniervelin> desejamos um ótimo seminário a todos!
[14:07] <daniervelin> Profa. Andrea Bonequini, pode começar, por favor. Obrigada por aceitar o convite do STIS
[14:07] <JoseTonello> Obrigado!
[14:07] <Bonequini> Boa tarde
[14:08] <Bonequini> serei eu a primeira?
[14:08] <daniervelin> Bonequini, pode ser?
[14:08] <Bonequini> sim
[14:08] <daniervelin> usei a ordem da divulgação
[14:08] <Bonequini> Boa tarde! Gostaria de agradecer ao Grupo Texto Livre e ao Grupo Stis, sob a coordenação da Prof. Dra. Adelma Araújo, pelo honroso convite de juntar-me a tantos outros conferencistas que já passaram por esta sala virtual. Muito obrigada!
[14:08] <daniervelin> Código para visualizar os slides desta apresentação: andrea
[14:09] <Bonequini> É verdadeiramente uma honra participar deste congresso e espero que com meu trabalho, muitos professores sintam-se motivados a mudar a configuração de suas práticas pedagógicas.
[14:09] <Bonequini> O USO DAS MÍDIAS E A COLABORATIVIDADE COMO PROPULSORES AO ENSINO DA LEITURA E ESCRITA.
[14:10] <Bonequini> O uso de mídias educacionais no ensino de produções textuais de forma colaborativa publicados em um jornal escolar impresso e em livros, está sendo aqui relatada a partir de dois vieses, um descritivo e outro crítico-reflexivo.
[14:11] <Bonequini> O projeto de intervenção foi desenvolvido no ano letivo de 2015, numa turma de 6º ano do Ensino Fundamental na E. E. Nazle Jabur, em Passos/MG.
[14:11] <Bonequini> Desenvolvemos implementações buscando os seguintes objetivos: (i) instaurar uma melhora significativa na compreensão da função dos elementos centrais na construção de um texto - uso da coerência e da coesão textual;
[14:11] <Bonequini> (ii) solicitar aos alunos a reescrita e reestruturação de seus textos de modo colaborativo, observando os exercícios praticados;
[14:11] <Bonequini> (iii) capacitar esses alunos a ler, compreender e escrever colaborativamente um texto identificando as relações entre suas partes, e , por fim, (iv) introduzir o uso do editor de texto para fazer os exercícios dos marcadores textuais no processo de reescrita deste.
[14:12] <Bonequini> Neste trabalho assumiu-se o conceito de colaboratividade proposto por Dillembourg e Larocque apud Nitzke et al (1999) os quais defendem que “na colaboração, todos trabalham em conjunto,
[14:12] <Bonequini> sem distinções hierárquicas, em um esforço coordenado, a fim de alcançarem o objetivo ao qual se propuseram”.
[14:12] <Bonequini> Esta proposta de intervenção vêm como resposta ao resultado das avaliações diagnósticas realizadas no início do ano letivo de 2015 e no decorrer do bimestre, por meio da análise de avaliações internas, externas e de textos produzidos pelos alunos.
[14:12] <Bonequini> Uma vez que foram observadas na instituição na qual atuamos deficiências dos alunos com relação à compreensão, interpretação, leitura crítica e seleção dos fatos relevantes de um texto nas turmas do Fundamental II.
[14:13] <Bonequini> Resolvemos intervir de forma pontual e direta tentando solucionar os problemas levantados na nossa observação diagnóstica na instituição escolar.
[14:13] <Bonequini> Assim, decidimos realizar um trabalho intensivo de consolidação da leitura e escrita com alunos do Ensino Fundamental, levando esses educandos a escrever textos coerentes, coesos e concisos, após eles conhecerem os elementos essenciais para uma reflexão e posicionamento ativo frente ao texto lido.
[14:13] <Bonequini> Definimos o desenvolvimento dessas habilidades como uma das principais ações para aquele ano letivo, através dessa intervenção pedagógica.
[14:13] <Bonequini> Neste trabalho foi utilizada a metodologia da pesquisa-ação caracterizada pelo uso de um projeto de intervenção pedagógica, que visou envolver toda a comunidade escolar,
[14:13] <Bonequini> incluindo discentes, docentes, gestores e especialmente trazendo a família para junto das ações desenvolvidas em sala de aula, engajando-as como elemento chave do seu projeto e, construindo assim novos saberes de forma coletiva.
[14:14] <Bonequini> 2. Ler, lendo, escrever, reescrevendo: uma abordagem prática para o sujeito aprendiz
[14:14] <Bonequini> Este projeto de intervenção pedagógica foi desenvolvido numa turma de 6º ano do Ensino Fundamental, no período de 01 de junho a 18 de setembro de 2015.
[14:14] <Bonequini> A princípio, foi construída a ideia de trabalhar a coerência e a coesão nos textos
[14:14] <Bonequini> através da produção de um jornal impresso. À medida que avançávamos na aplicação desse projeto, foram surgindo novos desdobramentos, a partir de elementos observados.
[14:15] <Bonequini> Por ser uma instituição escolar consciente da responsabilidade social e educacional e por respeitar a diversidade com vistas a estabelecer-se como escola inclusiva
[14:15] <Bonequini> - há um aluno inclusivo, portador de Síndrome de Down, na sala de aula selecionada para a realização da intervenção pedagógica - então foi observada a necessidade de agregar também esse viés inclusivo ao projeto original.
[14:15] <Bonequini> Devido a fatores cognitivos, propôs-se uma intervenção diferente, mas não menos significativa para esse aluno, desenvolvendo um projeto paralelo, no qual ele tivesse a oportunidade de produzir algo de fato.
[14:15] <Bonequini> Para tanto, foi proposta a realização de ilustrações com pinturas e colagens pelo aluno, com o auxílio da professora de apoio, para a produção de um livro, o que concretizou um dos vieses do trabalho.
[14:15] <Bonequini> E, posteriormente, no decorrer das implementações, foi observado um aluno que escreve poemas. Com a aquiescência da professora orientadora, esse passou a ser outro viés do projeto.
[14:16] <Bonequini> E assim formou-se um projeto de intervenção pedagógica com um tronco principal e duas ramificações.
[14:16] <Bonequini> Destarte, a metodologia de desenvolvimento do presente trabalho foi dividida em: Primeiro Relato: Das Etapas Implementadas para Produção de Textos e Reescrita de Contos Maravilhosos, realizada com os alunos regulares;
[14:16] <Bonequini> Segundo Relato: Das Etapas Implementadas na Produção do Livro com Pintura e Colagem, realizada com o aluno inclusivo e;
[14:16] <Bonequini> Terceiro Relato: Das Etapas Implementadas na Produção do Livro de Poemas, realizada com um aluno que escreve textos poéticos.
[14:16] <Bonequini> Vejamos como se deu cada etapa das implementações: 1º Relato: Das Etapas Implementadas para Produção de Textos Colaborativos e Reescrita de Contos Maravilhosos para o jornal impresso, realizada com os alunos regulares.
[14:17] <Bonequini> 2º Relato: Das Etapas Implementadas na Produção do Livro com Pinturas e Colagens, realizada com o aluno inclusivo.
[14:17] <Bonequini> 3º Relato: Das Etapas Implementadas na Produção do Livro de Poemas, realizada com um aluno regular, em especial, que escreve textos poéticos.
[14:17] <adelmaa> Prof, por gentileza, avisem-nos quando devemos mudar de slide, ok!
[14:17] <Bonequini> O primeiro relato foi realizado em dez etapas, a saber: 1ª etapa: introdução do projeto, divisão dos alunos em grupos e escolha das editorias, ensino do conceito de coerência, utilizando variados gêneros textuais para aula expositiva e realização de exercícios.
[14:18] <Bonequini> 2ª etapa: ensino do conceito de coesão textual com aula expositiva e realização de exercícios. 3ª etapa: produção manuscrita colaborativa de textos narrativos do gênero Contos Maravilhosos.
[14:19] <Bonequini> 4ª etapa: digitação dos textos colaborativos produzidos. 5ª etapa: pesquisa e armazenamento de materiais para composição de parte das editorias do jornal escolar.
[14:20] <Bonequini> podem mudar os slides
[14:20] <Bonequini> 6ª etapa: seleção dos materiais pesquisados e armazenados.
[14:21] <Bonequini> a 6ª etapa está no slide 12
[14:21] <Bonequini> 13
[14:21] <Bonequini> 7ª etapa: editoração e diagramação do jornal escolar.
[14:22] <Bonequini> 8ª etapa: aplicação de questionário para pesquisa a respeito do formato da aula.
[14:22] <Bonequini> slide 14
[14:23] <Bonequini> podem ver a primeira formatação do jornal escolar no slide 15, a primeira página
[14:23] <Bonequini> 9ª etapa: orientação sobre a ferramenta Page Maker 7.0 para diagramação do jornal escolar com o Prof. Esp. José dos Reis Santos.
[14:23] <Bonequini> 16
[14:23] <Bonequini> 10ª etapa: reeditoração e diagramação do jornal escolar, após aula prática com o coorientador.
[14:24] <Bonequini> slide 17
[14:24] <Bonequini> O segundo relato foi realizado em cinco etapas, a saber: 1ª etapa: reunião da professora regente com a professora de apoio do aluno com necessidades especiais. Apresentação da proposta.
[14:24] <Bonequini> no slide 18 observamos a última página do jornal
[14:25] <Bonequini> a apresentação da proposta do livro com o aluno inclusivo está no slide 19
[14:25] <Bonequini> 2ª etapa: início das pinturas realizadas pelo aluno inclusivo com o auxílio da professora de apoio.
[14:25] <Bonequini> slide 20
[14:25] <Bonequini> 3ª etapa: Confecção das dobraduras pela professora de apoio e a colagem destas pelo aluno inclusivo com auxílio da professora de apoio.
[14:26] <Bonequini> slide 4
[14:26] <Bonequini> 4ª etapa: elaboração e produção da contracapa e folha de rosto para o livro de colagem e pintura realizadas pela professora regente. Colagens em algumas páginas. 5ª etapa: montagem das páginas do livro.
[14:26] <Bonequini> slide 25
[14:26] <Bonequini> e slide 26
[14:27] <Bonequini> Por sua vez, o terceiro relato foi realizado em seis ações, a saber: 1ª etapa: percepção do talento de um aluno específico para a produção de textos poéticos pela professora regente e relato do fato à orientadora do trabalho.
[14:27] <Bonequini> slide 27
[14:27] <Bonequini> slide 28
[14:27] <Bonequini> 2ª etapa: correções e digitação dos poemas. 3ª etapa: correções, digitação e reunião com o aluno. 4ª etapa: apresentação da proposta de publicação do livro poético pela professora regente à mãe do educando escritor, solicitação de autorização.
[14:28] <Bonequini> 5ª etapa: continuação das correções e digitação de poemas pela professora. 6ª etapa: produção literária desenvolvida pela professora regente com a colaboração dos orientadores deste trabalho.
[14:28] <Bonequini> restante dos slides
[14:28] <Bonequini> 4. Relevâncias e Resultados
[14:28] <Bonequini> A relevância da presente proposta de intervenção pedagógica se dá, mediante o fato de que se aprende a ler, lendo e a escrever, escrevendo, e de que, para a produção de textos, a proposta colaborativa facilita ao educando a escrita,
[14:28] <Bonequini> através da ideia de cooperativismo e colaboração, dando a cada um deles confiança e tranquilidade, à medida que cada um sabe que deverá contribuir com responsabilidade, mas que será ajudado pela ideia do anterior e ao mesmo tempo ajudará para a ideia do próximo,
[14:28] <Bonequini> formando assim uma equipe, na qual através de pesquisas, leituras críticas de textos, desenvolvimento das habilidades de seleção dos fatos relevantes, da escrita e reescrita dos temas, pelos sujeitos envolvidos neste projeto, estes chegarão à produção de textos harmoniosos, claros e objetivos.
[14:29] <Bonequini> Quanto à produção do livro de pintura e colagem é relevante que o aluno inclusivo, seja protagonista, participe e realize algo de fato nessa intervenção pedagógica e, quanto à produção literária, é incomensurável a importância de
[14:29] <Bonequini> incentivar e despertar talentos em nossos educandos, levando-os a produzir com excelência, elevando a autoestima de cada um e tornando-os
[14:29] <Bonequini> agentes no processo ensino/aprendizado. Todos esses aspectos foram observados e alcançados neste projeto.
[14:29] <Bonequini> Além da percepção por parte da comunidade escolar e da educadora, que teve certeza de que o caminho foi o melhor e que os resultados foram preciosos, oportunizando aos discentes protagonizarem com motivação, entusiasmo, cooperativismo, colaboratividade e excelência entre si.
[14:29] <Bonequini> 5. Conclusões
[14:29] <Bonequini> A produção do jornal impresso proporcionou aos educandos experiências diversas, estimulou pesquisas e leituras, levou-os a reflexões sobre os textos lidos, instigou-lhes a curiosidade por temas diversos
[14:30] <Bonequini> e desenvolveu-lhes a habilidade na leitura, compreensão, interpretação e produção de textos, além de levá-los a considerar a perspectiva e o conhecimento dos outros, durante a escrita colaborativa,
[14:30] <Bonequini> o que, segundo Barbeiro e Pereira (2207), “a transformou num instrumento de aprendizagem, pois esta ação colaborativa permitiu a todos os integrantes do grupo, apresentar propostas, obter reações, confrontar opiniões, procurar alternativas,
[14:30] <Bonequini> solicitar explicações, apresentar argumentos, tomar decisões em conjunto, tudo isso através da efetiva prática”, ampliando assim, sua visão de mundo e construindo conhecimento, uma vez que o educando fez uso de variadas mídias e teve acesso a textos de variados gêneros e temas.
[14:30] <Bonequini> Nossa prática pedagógica foi repensada e readaptada conforme o que aprendemos no decorrer desta experiência. Este trabalho incentivou a prática de outros colegas de trabalho, uma vez que estes puderam observar os resultados e se interessaram pelos
[14:30] <Bonequini> pormenores, considerando desenvolverem práticas semelhantes, e houve quem desenvolveu; além da relevância para a comunidade escolar, pois despertou interesse, motivação e um olhar diferente em relação às possibilidades de uso das mídias
[14:30] <Bonequini> tecnológicas e o trabalho em equipe, todo o acréscimo que estes podem proporcionar a nossa prática pedagógica.
[14:30] <Bonequini> Os resultados finais deste trabalho mostram que as produções colaborativas contribuíram e contribuirão para a formação de educandos mais conscientes do poder do trabalho em equipe,
[14:30] <Bonequini> quando um complementa o trabalho do outro, além de salientar o poder transformador que o uso das mídias exerce sobre o papel transformador do aluno perante seu mundo e a realidade social em que vivem.
[14:31] <Bonequini> Os pais (e responsáveis) foram muito receptivos às propostas e colaboraram efetivamente para a realização destas. Foi unânime a apreciação e aceitação da produção “inclusiva” que propusemos e realizamos, valorizando a efetiva prática do educando.
[14:31] <Bonequini> As produções (jornal impresso, livro de poemas e livro de pintura e colagem) foram um marco positivo, incentivador e motivador para todos da comunidade escolar, despertando-os para observarem seus talentos e desenvolvê-los.
[14:31] <Bonequini> Os alunos transformaram trabalhos que beneficiariam a si próprios, melhorando e ampliando a leitura e a escrita coerente e coesa, em um trabalho de colaboratividade, percepção e aprendizado de valores.
[14:31] <Bonequini> Enfim, observamos que os objetivos foram alcançados em sua totalidade.
[14:31] <Bonequini> O uso de diversas mídias proporcionou aos educadores/docentes um novo olhar sobre a dinâmica da sala de aula, encorajando suas inserções no cotidiano pedagógico,
[14:31] <Bonequini> sabendo escolher aquela que se coadune com os objetivos que se queira alcançar. Isso tem despertado nestes, a percepção e reflexão sobre uma postura ativa e ajudado a integrar as mídias em suas práticas pedagógicas,
[14:31] <Bonequini> não somente como agente coadjuvante, mas como ator no seu papel principal, como instrumento na busca e construção do conhecimento.
[14:32] <Bonequini> Ademais possibilitou a expansão das produções para além da sala de aula e da própria escola, levando-as para outras escolas, outras realidades.
[14:32] <Bonequini> Entende-se que não há mais espaço para uma prática pedagógica transversal e antiquada. É imprescindível a renovação,
[14:32] <Bonequini> buscar trazer o educando ao centro das atividades como ator central dos objetivos, integrá-lo ao dia a dia da sala de aula, criando formas de torná-lo um agente ativo no processo ensino/aprendizado.
[14:32] <Bonequini> E assim concluímos esse projeto para intervenção pedagógica
[14:33] <Bonequini> após a publicação do Livro de Poesias
[14:34] <Bonequini> doamos exemplares para todas as escolas estaduais de Passos/MG
[14:35] <Bonequini> vejam no slide 31
[14:35] <Bonequini> algumas fotos
[14:35] <Bonequini> Obrigada.
[14:35] <daniervelin> obrigada, profa. Bonequini
[14:36] <daniervelin> A discussão será feita após as duas conferências, ao final
[14:36] <daniervelin> Convidamos a segunda conferencista, profa. Andressa Cristina Santos, para sua apresentação
[14:37] <Andressa> Tive problema com conexão, mas estou de volta!
[14:38] <daniervelin> Que bom, Andressa! Pode ficar à vontade para começar sua conferência!
[14:38] <daniervelin> Código para visualizar os slides desta apresentação: andressa
[14:40] <Andressa_> As reflexões que serão apresentadas tiveram o pontapé inicial no curso de especialização em Mídias na Educação, pela UFOP, em 2015, especificamente no Trabalho de Conclusão de Curso.
[14:41] <daniervelin> <Andressa_> Desculpem-mem....vou reiniciar a apresentação.
[14:41] <daniervelin> Boa tarde a todos! É um grande prazer poder compartilhar essa experiência de trabalho com vocês e mais gratificante ainda ter a oportunidade de interagir, numa troca de saberes.
[14:41] <daniervelin> Primeiramente, agradeço ao evento “STIS”, sob coordenação da Profª Dra. Adelma, pelo convite. Sinto-me honrada em participar de um evento de tamanha magnitude. Os projetos do Grupo “Texto Livre” são admiráveis por democratizar o contato e acesso a trabalhos de professores excepcionais.
[14:41] <daniervelin> Sinto-me mais motivada ainda a elaborar projetos que visem a melhoria da educação. Obrigada!
[14:41] <Andressa_> Conforme a Profª Daniervelin orientou (não vi se passou o códigode acesso), vocês podem acompanhar os slides, com o registro fotográfico do trabalho.
[14:42] <daniervelin> Código para visualizar os slides desta apresentação: andressa
[14:42] <Andressa_> Este projeto foi o ponto de partida para que eu, educadora que sou, percebesse as mudanças que foram ocorrendo na minha prática pedagógica a partir do uso das mídias. Adquiri saberes que são fundamentais para a atuação de um professor da atualidade.
[14:42] <Andressa_> Obrigada, Daniervelin!
[14:42] <Andressa_> Adquiri uma postura crítica em relação aos instrumentos tecnológicos que uso em sala de aula.
[14:42] <Andressa_> Apresentarei duas propostas de intervenção, uma de 2015, outra de 2016, elaboradas com a finalidade de utilizar algumas mídias (computador/editor de texto, celular, Rádio Comunitária, CD, material impresso) para a construção de recontos coletivos com alunos da fase de alfabetização
[14:43] <Andressa_> Título do trabalho: O USO DAS MÍDIAS COMO INSTRUMENTO GATILHO PARA O DESPERTAR DA LEITURA E DA ESCRITA DOS ALUNOS E O PROTAGONISMO DOS PAIS.
[14:43] <Andressa_> Analisamos se essas mídias podem contribuir para o desenvolvimento da leitura e escrita dos educandos.
[14:43] <Andressa_> Tivemos como objetivos: Instigar os alunos a criar uma produção escrita (reconto) usando o editor de texto que teve a professora como escriba; Motivar as crianças a criar as ilustrações do reconto.
[14:44] <Andressa_> Elaborar um livro com as produções escritas e ilustrações realizadas pelas crianças; Oportunizar o protagonismo dos pais; Por fim, concluir o trabalho com a apresentação à comunidade e uma sessão de autógrafos dos educandos.
[14:44] <Andressa_> Os dois projetos apresentados contém as mesmas etapas, diferenciando entre si, pela autonomia dada aos pais na segunda intervenção.
[14:44] <Andressa_> Albuquerque (2007) afirma que o domínio do sistema alfabético não garante que seja possível ler e produzir todos os gêneros textuais. Algumas pesquisas recentes apontam para o fato de que as experiências de letramento nas escolas são bem diferentes das que se encontram fora dela.
[14:45] <Andressa_> Portanto, o que se verifica na realidade é que os alunos saem da instituição de ensino “codificando” e “decodificando”, mas são incapazes de ler e escrever diferentes textos em distintas situações do cotidiano.
[14:45] <Andressa_> De acordo com Hoffmann (2008), se faz necessário que a criança encontre nos livros alguma motivação, fonte de prazer e satisfação que possa reter sua atenção e fazê-la parar e refletir sobre que está sendo lido.
[14:45] <Andressa_> Acreditamos que para o ensino da escrita em sala de aula, é preciso que o professor ofereça condições de contato com as suas mais variadas práticas sociais, onde o educando é convidado a dar significado a elas.
[14:45] <Andressa_> Com relação a isso, FERREIRO apud AUGUSTO [s. d] pondera que "Há crianças que ingressam na língua escrita pela magia (uma mágica cognitivamente desafiante) e crianças que entram na língua escrita pelo treino de habilidades básicas”.
[14:46] <Andressa_> Em geral, as primeiras se tornam leitoras; as outras, têm um destino incerto, ou seja, o trabalho com a escrita em sala de aula deve se construir num espaço de diálogo e de interação, contrário à forma arbitrária em que muitos trabalhos com a escrita são realizados (Brandão, 2005).
[14:46] <Andressa_> Nesse ideário que discutimos acima, a produção de texto coletiva se apresenta como excelente trabalho para atender às propostas de construção da escrita pelos alunos.
[14:47] <Andressa_> Pois, de acordo com Brandão et al (2005), na construção de um texto coletivo a interação acontece expressa de duas formas: entre alunos e professores (que constroem o texto) e entre os escritores e o destinatário, o que é muito importante.
[14:47] <Andressa_> Por que utilizar reconto?
[14:47] <Andressa_> Segundo Hoffmann (2008), os contos de fadas podem contribuir no processo de aquisição da leitura e escrita, pois despertam a imaginação, a criatividade e as emoções, além de trabalhar os valores e sentimentos, indispensáveis à formação do ser.
[14:47] <Andressa_> Para a autora, quando a criança possui um vasto repertório de contos, ela consegue perceber sua estrutura narrativa, possibilitando meios para o desenvolvimento da escrita.
[14:48] <Andressa_> Na perspectiva de fazer os alunos se aproximarem da leitura e da escrita e se motivarem a ser produtores de textos de recontos, tendo como instrumento instigador a literatura clássica infantil foi que escolhemos dois contos: “O Patinho Feio”, em 2015 e “Os três Porquinhos”, em 2016.
[14:48] <Andressa_> Como vocês podem observar no segundo slide, o projeto foi desenvolvido na E.E. Nazle Jabur, em Passos/MG. Atualmente a escola conta com aproximadamente 1500 alunos, tendo turmas desde o 1º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio (regular e EJA).
[14:48] <Andressa_> Ambos os projetos seguiram as mesmas etapas, tendo o segundo oferecido maior participação aos pais, sendo reconhecidos como protagonistas, juntamente com as crianças.
[14:48] <Andressa_> Segue a descrição das etapas que são comuns para os anos de 2015 e 2016:
[14:49] <Andressa_> - Apresentação da proposta de trabalho (slide 4)
[14:49] <Andressa_> - Discussão sobre o conto em rodinha: seus personagens, suas características e as lições que se pode retirar da história foram comentadas. (slide 5)
[14:49] <Andressa_> Nesse momento os alunos discutiram sobre os “patinhos feios” da sociedade (2015) e dos diferentes tipos de moradia (2016).
[14:50] <Andressa_> - Construção dos recontos “A vitória de Paulo” e “A saga dos três irmãos”: os fatos da história original foram sendo reconstruídos, compondo uma nova história. (slide 6)
[14:50] <Andressa_> O notebook foi utilizado para registro do reconto (professora como escriba).
[14:50] <Andressa_> - Revisão do reconto: mais uma vez o notebook foi utilizado para fazer as correções e adaptações na história. (slide 7)
[14:50] <Andressa_> - Criação da capa do livro: os alunos conversaram sobre a função da capa no livro e cada aluno, recebendo uma folha sulfite A4, fez o desenho de sua sugestão. (slide 8)
[14:50] <Andressa_> - Reunião com os pais: Em 2015 a reunião foi com o objetivo apenas de passar informações.
[14:51] <Andressa_> Em 2016 foram realizadas mais reuniões e desta vez, os pais é quem foram ouvidos.
[14:51] <Andressa_> - Criação das ilustrações internas do livro e escolha da capa: A turma foi dividida em grupos para esta atividade. (slides 10 e 11)
[14:51] <Andressa_> Para cada grupo, a professora leu uma parte da história criada e, conjuntamente com os alunos, definiu as ilustrações que seriam feitas. Cada aluno teve sua ilustração assegurada na parte interna.
[14:51] <Andressa_> Para a escolha da capa, a professora expôs todas as ilustrações na parede da sala e uma votação foi realizada.
[14:51] <Andressa_> - Escolha do nome do livro: foi construída uma lista das sugestões em documento no notebook e feita a votação, sendo registrada pela professora. (slide 12)
[14:52] <Andressa_> - Pesquisa na internet sobre o Instituto São Rafael, de Belo Horizonte – MG e CAP (Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual) de Uberaba – MG (slide 13):
[14:52] <Andressa_> Durante o processo, surgiu a ideia de doar as obras (livro impresso e audiobook) para esses Institutos de cegos.
[14:52] <Andressa_> Posteriormente, mais uma ideia surgiu: a escola possui uma aluna do Ensino Médio (Leticia Godinho) que é deficiente visual. A história, portanto, foi transcrita para o braile.
[14:52] <Andressa_> - Gravação do áudio do reconto feito pelos alunos: Conhecer uma Rádio Comunitária também foi outro fator motivador do trabalho. (slide 14)
[14:52] <Andressa_> - Tarde de autógrafos para lançamento do livro: Alunos e familiares compareceram à escola para realização da tarde de autógrafos. Foram lançados o livro tradicional, livro em braile e audiobook. (slide 15)
[14:53] <Andressa_> Inovando totalmente o projeto, outras etapas foram desenvolvidas em 2016:
[14:53] <Andressa_> - Rifa em prol da construção do livro impresso: os próprios pais decidiram por levantar o valor para custear os livros. (slide 20)
[14:53] <Andressa_> - Gravação do áudio pelos pais e colaboradores da escola: desta vez, os pais e alguns professores e colaboradores da escola, também emprestaram suas vozes para o “audiobook”. Foram editados dois volumes. (slide 21)
[14:54] <Andressa_> Com ideia lançada pela parceira de trabalho, Drª Adelma Araújo, esta etapa, literalmente, deu voz e vez aos pais.
[14:54] <Andressa_> Confiram o audiobook de 2015 em :
[14:54] <Andressa_> E o de 2016 – das crianças, em:
[14:55] <Andressa_> Este último saiu do forno agora!
[14:55] <Andressa_> Convido a todos para ouvir e divulgar os audiobooks!
[14:55] <Andressa_> Faço a observação que o audiobook dos pais ainda está em fase de edição. A Noite de Autógrafos e lançamento dos livros e audiobook, acontecerá em dezembro, num evento que contará com a participação de toda Comunidade e apoiadores.
[14:55] <Andressa_> Por se caracterizar como um trabalho diferenciado, ambos os projetos impactaram não apenas os alunos e a escola, mas também outros professores, que despertaram para a utilização da tecnologia em suas práticas, participando também das etapas.
[14:56] <Andressa_> O envolvimento de toda a escola e dos pais garantiu a qualidade dos projetos e também a percepção de que estes podem ser realizados com os demais alunos.
[14:56] <Andressa_> Os alunos transformaram um trabalho que beneficiaria a si próprios, melhorando a leitura e a escrita, em um trabalho de gigantesca solidariedade, valores, comprometimento com uma causa que beneficiará outras pessoas.
[14:56] <Andressa_> Tudo isso foi possível por meio das várias mídias que foram utilizadas e possibilitaram expandir o trabalho para além da sala de aula e da própria escola, levando-o para outros lugares e outras realidades.
[14:57] <Andressa_> Peço desculpas pelo transtorno inicial, pela falta de conexão!
[14:57] <Andressa_> Obrigada a todos!!!!
[14:58] <Andressa_> Obrigada mais uma vez, profª Dra Adelma e Profª Daniervelin!
[14:58] <daniervelin> obrigada, profa. Andressa_!
[14:58] <daniervelin> A sala está aberta ao debate!
[14:58] <JoyceFett> Parabéns pelos lindos trabalhos, professoras! Tenho certeza de que seus alunos serão futuros autores de outros livros e, melhor que isso, continuarão sendo seres humanos inclusivos, preocupados com os que estão ao seu redor.
[14:59] <Bonequini> é verdade
[14:59] <Bonequini> obrigada
[14:59] <Andressa_> Obrigada Joyce! Também mostra que este trabalho pode ser desenvolvido nas escolas públicas!!!!
[14:59] <JoyceFett> Com certeza!
[14:59] <Bonequini> em qualquer uma delas
[15:00] <JoyceFett> Conheço alguns trabalhos lindos, assim como os seus, desenvolvidos em escolas públicas. Professores apaixonados fazem grandes coisas!
[15:00] <Bonequini> Gostaria de incentivar a todos a fazer uma pós-graduação, pois muitas vezes nos acomodamos e nem percebemos a imensa perda nisso.
[15:00] <Andressa_> Uma forma de interação com os alunos da própria escola, com outros professores,pais e também de outras Instituições.
[15:01] <Andressa_> O fato é que é preciso sistematizar esses trabalhos, Joyce.
[15:01] <adelmaa> Parabéns as duas professoras! Os dois trabalhos são extraordinários. Eles têm o poder de romper o muro da escola e trazer os pais para o protagonismo da educação, auxiliando a isntituição escolar de forma magistral.
[15:01] <Marcela> Parábens pela iniciativa! É através destes trabalhos que reconhecemos o valor que estes proporcionam ao desenvolvimento das crianças.
[15:01] <Bonequini> E incluir as mídias em nossa prática pedagógica é algo indispensável,
[15:02] <Bonequini> traz mesmo os alunos ao protagonismo
[15:02] <Bonequini> No início eu me sentia insegura em usar algumas mídias na sala de aula, porque não imaginava como elas poderiam me auxiliar e o quanto motiva os alunos a participarem mais.
[15:02] <Andressa_> E também que possa haver políticas públicas voltadas para esse incentivo.
[15:02] <Bonequini> Quando precisei desenvolver um projeto para a minha conclusão de curso na especialização em Mídias na Educação, a Dra. Adelma só aceitou orientar-nos, se assumíssemos o compromisso de ousar a usar pelo menos duas mídias diferentes, mesmo que a princípio quiséssemos continuar usando somente a mídia impressa.
[15:02] <Bonequini> E como esse desafio foi positivo em minha vida, mudou minha prática pedagógica, contribuiu imensamente para meu crescimento como pessoa e como educadora.
[15:02] <Bonequini> A cada orientação para desenvolver cada etapa do projeto, as descobertas cresciam e minha prática pedagógica também, pois eu percebia que era possível fazer mais e melhor.
[15:03] <Bonequini> Muito obrigada, Dra. Adelma
[15:03] <debora> Parabéns pelos trabalhos, professores quando amam o que faz, fazem com prazer , tem um interesse maior em realmente formar novos alunos preparados para o futuro
[15:03] <Andressa_> Completando o que a Andrea falou, inicialmente, no primeiro trabalho foi possivel perceber o protagonismo dos alunos, através das mídias. Porém, pode-se ir mais longe! Os pais podem assumir esse protagonismo e colaborar com seus filhos.
[15:03] <Bonequini> A pesquisa-ação é uma metodologia riquíssima, porque permite que o professor observe durante a execução os caminhos e os resultados e permite que haja mudanças e adaptações, conforme necessário para que o produto final seja excelente.
[15:04] <Bonequini> É incrível o poder da reflexão sobre nossa prática pedagógica, o quanto podemos parar, nos posicionar, moldar e melhorar, enfim crescer.
[15:04] <Bonequini> Quando atentamos para as dicas de um orientador, para sua experiência e aplicamos, observando resultados e às vezes moldando os caminhos, o produto final não poderia ser diferente, é um sucesso.
[15:04] <Bonequini> Parabéns, Andressa por ter dar continuidade ao projeto, ampliando-o
[15:05] <Andressa_> É preciso salientar que a reflexão sobre o uso das mídias na sala de aula deve ser feita, pois não basta inseri-las aleatoriamente. É preciso ter objetivos bem claros!
[15:05] <Bonequini> com certeza, foi isso que disse a respeito da reflexão, anteriormente
[15:06] <Andressa_> Para nós! Pois estamos construindo e semeando essa proposta entre os professores...
[15:06] <Andressa_> Com o intuito de que esta seja uma prática cotidiana nas escolas.
[15:06] <Bonequini> com certeza
[15:06] <adelmaa> O que eu acho mais instigante, motivante e para mim recompensador é perceber que muito mais do que desenvolver trabalho estes trabalhos relevantíssimo, elas se transformaram em professoras reflexivas.
[15:06] <JoseTonello> Parabéns, é muito gratificante ver que há profissionais empenhados em desenvolver uma educação moderna e contundente. Parabéns pela iniciativa em buscar os recursos e desenvolver o ensino/aprendizagem com eficácia tanto para os alunos quanto para vocês que com certeza cresceram com essa nova experiência.
[15:07] <Bonequini> na escola em que estou já fizemos um jornal escolar este ano também
[15:07] <Bonequini> incentivo do trabalho anterior
[15:07] <Andressa_> Com a segunda intervenção do trabalho, percebemos que, sem alarde, é possível fazer com que os membos da Comunidade Escolar, assumam, cada qual, seu papel.
[15:07] <adelmaa> Não aceitm mas serem ela apenas quem decida o rumos de suas salsa. Ela s dicurtems ouvem, refletem e mudarm dando voz a alunos, pais, colegas de trabalho.
[15:08] <adelmaa> Outro ponto interesantíssimoque eu gostaria de ressaltar aqui é o protagonismo da escola, da direção e coordenação peadgógica.
[15:08] <Bonequini> sim, muito positivo
[15:08] <Andressa_> Dra. Adelma, e o mais importante: ver nossos alunos lendo, criando, interessados, sendo autores de sua própria história.
[15:09] <Andressa_> Como eles crescem com essas produções!
[15:09] <Bonequini> como isso é gratificante!
[15:09] <adelmaa> E não só isso, você servem como multiplicadoras , ultrapassando a questão temporal.
[15:09] <Bonequini> ainda mais para mim, professora de Língua Portuguesa
[15:10] <Andressa_> Os pais, direção, apoiadores estão gravando uma espécie de documentário avaliando a proposta, e é unânime ao afirmarem que o interesse pelos estudos, pelo protagonismo, aumentou....
[15:10] <adelmaa> Hoje vocês são referências!
[15:10] <Bonequini> verdade, pois eu estou em outra escola e o o projeto desenvolvido em 2015, motivou um jornal da escola atual em 2016
[15:11] <Andressa_> Os pais se tornam mais presentes. As mídias fazem essa CONEXÃO. Aproxima, dá vez. Permite refazer, repensar a prática.
[15:11] <Bonequini> e mais ainda, Dra. Adelma, na outra escola estamos trabalhando também a Rádio Escolar
[15:11] <adelmaa> Andressa, conte como se deu a incusão da aluna que fez o livro em Braile..
[15:11] <Bonequini> fora o jornal mural
[15:12] <adelmaa> De como foi lindo as pessoas conhecerem o instumento em grava em braile.
[15:12] <adelmaa> Conte Andrea dos professora como eles foram impactados. Como foi a recpeção desta sua escola a esta proposta de fazer o jronal tambémlá.
[15:12] <Andressa_> Ah sim! A proposta inicial do TCC de pós graduação consistia num livro de reconto e o audiobook. Porém, ao longo do desenvolvimento surgiu a proposta, pela profª Adelma, de se fazer a doação do audiobook a dois Institutos de cegos.
[15:13] <Andressa_> Na escola Naz Jabur, temos uma aluna deficiente visual, que logo topou a proposta de transcrever o livro para o braile.
[15:13] <Andressa_> Três obras foram doadas a institutos de cegos: livro tradicional, livro em braile e audiobook.
[15:14] <Andressa_> A aluna, que perdeu a visão quando criança se sentiu valorizada. Além disso, toda a Comunidade pode conhecer seus instrumentos de trabalho (máquina braile) e outros...
[15:15] <Andressa_> Na Tarde de autógrafos, ela foi um sucesso!
[15:15] <Andressa_> Os Institutos receberão novamente as obras.
[15:16] <Andressa_> Acredito que justamente por essa proposta, que ultrapassou os muros da escola, os pais, este ano, assumiram seus papel de educadores.
[15:16] <adelmaa> Contem da gravação na rádio de Passos, nos espaços que vocês agora ocupam na cidade, abertos por este trabalho extraordinário que vocês desenvolveram.
[15:16] <Andressa_> Conforme Dra. Adelma disse: pais educam, escola escolariza. Sem alardes, cada um assumindo seu papel.
[15:17] <adelmaa> Tire o dra, Andressa, por gentileza!
[15:17] <Bonequini> como é bom ver toda a comunidade inserida na escola
[15:17] <adelmaa> Isso!
[15:17] <Andressa_> Outra proposta foi a gravação do audiobook. Inicialmente ele seria feito no celular - o que também é super interessante, visto a facilidade.
[15:18] <Andressa_> Porém temos uma Rádio Comunitária próxima à escola, que logo aceitaram a parceria.
[15:19] <Andressa_> Os membros da coordenação da Rádio acolheram os alunos, realizaram a gravação e editaram o audiobook.
[15:19] <Andressa_>
[15:19] <Andressa_> O primeiro
[15:19] <Andressa_>
[15:19] <Andressa_> O segundo
[15:19] <Andressa_> Para isso, foi preciso uma mobilização na escola, para levar as crianças até a Rádio.
[15:20] <Andressa_> Interessante reiterar com vocês que a proposta inicial lançada por mim era apenas de material impresso. Adelma não aceitou!
[15:20] <adelmaa> Fico arrepiada só de ouvir a gravação ,pois sei do impacto causado na mente deste jovens alunso seus. São projetos maravilhosos. projeto lindo!
[15:21] <Andressa_> Por que? Tinhamos um vasto material adquirido no curso de Mídias!!!!!!
[15:21] <Bonequini> Lindo mesmo
[15:21] <adelmaa> Andrea, conte um pouco sobre aparticpação do ilustrador do livro.
[15:21] <adelmaa> Como o livro foi dividido?
[15:21] <Andressa_> Este curso proporcionou uma mudança de POSTURA, como educadoras que somos.
[15:21] <Bonequini> então, eu tinha um aluno em outra escola com uma habilidade em desenhar maravilhosa
[15:22] <JoyceFett> Estou ouvindo o audiobook. Lindo mesmo!!!
[15:22] <Bonequini> quando a senhora aceitou a proposta de incluir o livro de poesias ao projeto
[15:22] <adelmaa> Isso, Andressa! Mudança de postura. Fantástico!
[15:22] <Bonequini> eu o convidei para ilustrar as poesias
[15:22] <Bonequini> e ele prontamente aceitou
[15:22] <Bonequini> e como ficou lindo o livro com aquelas ilustrações
[15:23] <Bonequini> os capítulos foram divididos por temas
[15:23] <Bonequini> cristãos
[15:23] <Bonequini> laicos
[15:23] <adelmaa> Sim, quando o seu projeto ficou tripartido.
[15:23] <Bonequini> e uma história curta (um romance)
[15:23] <Bonequini> ficou lindíssimo
[15:23] <adelmaa> Por que dividi-lo assim?
[15:23] <Bonequini> a fim de facilitar para os leitores
[15:24] <Bonequini> pois bem sabemos que poemas são individuais
[15:24] <Andressa_> Uma graça o livro mesmo!
[15:24] <Bonequini> então assim, o leitor poderá ir direto ao capítulo que mais lhe interessar primeiramente
[15:24] <Bonequini> mas duvido que ao ler um capítulo, o leitor não vai ter curiosidade de ler o restante
[15:25] <Bonequini> porque o aluno poeta é maravilhoso
[15:25] <Bonequini> tem um dom preciso
[15:25] <Andressa_> E continua poeta!
[15:25] <Bonequini> precioso
[15:25] <Bonequini> é um dom dele, nunca vai deixar de ser
[15:25] <Bonequini> e a gratidão dele pela publicação do livro
[15:25] <Bonequini> que foi uma surpresa
[15:25] <Andressa_> Porém se sentiu mais motivado pelo livro.
[15:26] <Bonequini> ele se emocionou muito ao ver o livro impresso em suas mãos
[15:26] <Bonequini> nos tornamos amigos
[15:27] <Bonequini> nos falamos continuamente e estamos planejando mais...
[15:27] <Bonequini> Dra. Adelma, em relação a impactar colegas, quando fui nomeada e assumi meu cargo na E. E. Dr. Tancredo de Almeida Neves, mostrei meus trabalhos para todos, ao verem os trabalhos finais do projeto que desenvolvi (sob sua orientação) em 2015, quiseram fazer na outra escola também, e assim fizemos, elaboramos o jornal escolar com eventos e produções dos primeiros nove meses deste ano e publicamos.
[15:27] <Bonequini> Outra professora que também fez a pós em Mídias em 2013, chegou à escola e juntas implantamos uma Rádio Escolar que funciona todos os dias, no turno vespertino, durante o intervalo para o recreio. Está sendo um sucesso.
[15:28] <Bonequini> Como essa pós-graduação mudou minha prática pedagógica e meu olhar em relação eo ensino aprendizado
[15:28] <Bonequini> Mais uma vez, muito obrigada!
[15:28] <adelmaa> Então, esta proposta de trazer projetos implementados com as metodologias explicitadas e que podem instigar outros professores a seguirem ou a descobrirem seus caminhoe fez o stis trazer estas duas professoras extraordinárias para nosso evento deste mês. Se vocês conhecem outros projetos que merecem também um espaço aqui, escrevam-nos: adelmaa.ufmg@gmail.com.
[15:29] <Andressa_> Obrigada! Que os trabalhos se multipliquem!
[15:29] <Bonequini> sempre
[15:30] <adelmaa> O que fazemos Andrea e Andressa é como Paulo Freire semore disse: Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante, não é isso? Você sforam como eu picada por este espírito ou seria este vírus? .
[15:31] <Andressa_> "Todos se educam mediatizados pelo mundo" - Paulo Freire. É vírus...está no ar que respiramos....
[15:31] <adelmaa> Trabalho lindo que está impactando Passos e outras localidades e tenho certeza absoluta que agora será multiplicado em outros cantos do Brasil.
[15:31] <Bonequini> isso mesmo, vamos nos contaminar
[15:32] <adelmaa> Mais perguntas?
[15:32] <Andressa_> O desejo é que não seja um projeto raro,né..... que faça parte da rotina das escolas...
[15:33] <Bonequini> isso mesmo
[15:34] <adelmaa> Prezadíssimas, tenho certeza que não será, pois como diz um proverbio: " as palavras convecem,mas são os exemplos que arrastam".
[15:34] <Andressa_> Que assim seja!
[15:35] <Andressa_> Acreditamos nisso.
[15:35] <Bonequini> sim, acreditamos mesmo
[15:35] <Bonequini> Tudo vale a pena, se a alma não é pequena! Fernando Pessoa
[15:35] <adelmaa> Gostaria de comunicar a vocês que dia 09 de dezembro teremos nosso último evento stis do ano. Será em novo horário: às 19:00 horas. Será com a prof Tábata Amaral de Pontes.
[15:36] <adelmaa> Espere ums egundo ai para eu colocar um link aqui para você sconehcerm nossa proxima conferencista stis deste ano.
[15:36] <adelmaa>
[15:36] <Bonequini> obrigada
[15:37] <Andressa_> Uau! Vai ser show!
[15:37] <daniervelin> Agradecemos a presença das professoras, Bonequini e Andressa_!
[15:37] <Bonequini> olharei lá daqui a pouco
[15:37] <adelmaa> Ela fez seu trabalho final em Harvard, recebeu uma menção honrosa, sobre as escolas públicas brasileiras.
[15:37] <Bonequini> que interessante!
[15:38] <Bonequini> ótimo ser à noite, para eu poder participar porque será numa sexta-feira
[15:38] <Bonequini> tenho aulas à tarde
[15:38] <JoyceFett> Que legal, Adelma! Estaremos juntas!
[15:38] <Bonequini> Mais uma vez gostaria de agradecer ao Grupo Texto Livre, ao Grupo Stis e à Prof. Dra. Adelma Araújo, pelo honroso convite, pela oportunidade de compartilhar conhecimento e experiências. Muito obrigada! Tenham todos um ótimo fim de tarde!
[15:38] <Andressa_> Estarei, Adelma!
[15:38] <adelmaa> Agradeço também a todos os membros do Grupo Texto Livre que faz este e outros eventos aocntecerem de forma tão brilhantes. Profa Daniervelin Obrigada pela moderação.
[15:38] <JoyceFett> Parabéns mais uma vez, Andressa e Bonequini!
[15:38] <Bonequini> obrigada
[15:38] <Andressa_> Obrigada!!!
[15:39] <daniervelin> obrigada, adelmaa! Excelente organização do STIS!
[15:39] <adelmaa> Profa Joyce, orbigadapela parceira. Prezados participantes, em dezembro todos receberão seu certificados! Obrigada pela honrosa presença.
[15:39] <Andressa_> Parabéns STIS, Texto Livre.... Adelma, Daniervelin! Excelente!
[15:39] <Bonequini> Parabéns a todos!
[15:40] <adelmaa> clap clap clpa clap ( aplausos virtuais)
[15:40] <adelmaa> clap clap clpa clap
[15:40] <Marco__> aplausos
[15:40] <Bonequini> clap, clap, clap,clap
[15:40] <adelmaa> receberão seus certificados...
[15:40] <Andressa_> clap clap clap clap
[15:41] <JoyceFett> clap clap clap clap
[15:41] <debora> Parabéns as duas professoras
[15:41] <Andressa_> Prazer! Abraços virtuais!
[15:41] <Marco__> Obrigado!!
[15:41] <Bonequini> Obrigada!!! Boa tarde!!!
[15:41] <Maisa_> Obrigadaaaaa!!! Boa tarde!
[15:41] <adelmaa> Sim por último , sigam nossa página https://www.facebook.com/stis.face?fref=ts, pois só assim nos podemros mandar informações para todos.
[15:42] <Aldaisa> Boa tarde a todos, obrigada!
[15:43] <taisa_> Parabéns Andressa e Andrea
[15:43] <taisa_> boa tarde a todos!
[15:44] <taiscristina> Parabéns Andressa e Andrea
[15:50] <adelmaa> Obrigada a toddo(a)s!
[15:52] <silvioutf_> Obrigado pela oportunidade, parabéns pelos trabalhos. Sucesso! boa tarde!
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Based on a work at Texto Livre.
9. Dezembro: Reformas educacionais
STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC
Tábata Amaral de Pontes
Conferência dupla STIS DEZEMBRO 2016
Dia 09 de dezembro das 19 horas, na Sala de Conferências do STIS
UMA ANÁLISE POLÍTICA DA IMPLEMENTAÇÃO DE REFORMAS EDUCACIONAIS EM MUNÍCIPIOS BRASILEIROS
(Tábata Amaral de Pontes)
Resumo: O acesso à educação no Brasil se expandiu enormemente nas últimas duas décadas, como resultado de reformas educacionais no nível federal. No entanto, a qualidade da educação no país permanece muito baixa pelos padrões internacionais. Olhando para a América Latina como um todo, os países latino-americanos têm em sua maioria feito progressos importantes no acesso e prestação de assistência social. No entanto, a educação permanece de muito baixa qualidade em toda a região. Minha tese de graduação baseia-se em um conjunto original de dados de 5,570 municípios brasileiros e trabalho de campo em sete municípios para explicar a variação dos resultados educacionais no nível municipal. Um dos resultados é que as reformas educacionais são mais prováveis de serem introduzidas sob a administração de um partido programático, e sustentadas e bem sucedidas quando há continuidade política no governo municipal. Além disso, contrariamente às expectativas, a competição política não afeta a implementação de reformas educacionais politicamente difíceis, mas níveis mais altos de competição eleitoral têm efeitos negativos sobre os resultados educacionais nos municípios de baixa população. Os meus estudos de caso confirmam os mecanismos que proponho, a saber, que a luta pelo poder entre os diferentes partidos políticos pode transbordar para o sistema escolar. Níveis de competição mais altos polarizam funcionários escolares, criando conflitos entre os apoiadores de diferentes partidos e até predispondo os funcionários das escolas municipais que apoiam a oposição a sabotar a administração incumbente, sendo menos colaborativos e tendo um desempenho inferior.
9.1. registro dezembro
LOG: Tabata Amaral de Pontes
Registro da Conferência em chat escrito, de 9 de dezembro de 2016:
UMA ANÁLISE POLÍTICA DA IMPLEMENTAÇÃO DE REFORMAS EDUCACIONAIS EM MUNÍCIPIOS BRASILEIROS
conferencista: Tábata Amaral de Pontes
moderador: Equipe STIS
[18:50] <professoraRobert> Olá pessoal, meu nome é Roberta, sou professora do Ensino Fundamental I. Um prazer dividir com vcs este momento
[18:51] <adelmaa> Seja bem-vinda, Roberta! Boa noite!
[18:53] <adelmaa> Peço, por gentileza, que divulgue no seu face o convite para nossa conferência. É uma oportunidade rara de ficarmos em contanto com quem pensa a educação de forma séria ,comprometida e ética
[18:54] <professoraRobert> sim
[18:56] <adelmaa> Encaminhamos convite e encaminhamos cartaz da divulgação em todas as escolas de Minas.
[18:56] <adelmaa> Embora saibamsoq ue nossas conferência são masi lidas depois na página seria tão importante que tivéssemos a sala cheia hoje.
[18:57] <adelmaa> E você? Como conheceu o stis?
[18:58] <adelmaa> professoraRobert, como você conheceu o stis?
[19:00] <adelmaa> Boa noite,profª Tábata Amaral, seja bem-vinda!
[19:01] <Tabata> Muito obrigada!
[19:02] <Tabata> Aguardo o aviso de vocês para começarmos!
[19:02] <professoraRobert> Através de indicação de um amigo que faz um mestrado em Assis, me indicou as palestras
[19:02] <adelmaa> Pois bem, como nossa conferencista já se encontra na nossa sala de Conferências darei incíco ao evento.
[19:03] <professoraRobert> Vamos Lá
[19:04] <adelmaa> Boa noite a todos e todas! É sempre uma honra recebê-los em nossa sala de conferência virtual.
[19:04] <adelmaa> Sejam bem-vindo(a)s a todos(a)s os nossos participantes, os que vem nos acompanhando em outras conferências e os que estão adentrando nossa Sala de Conferência pela primeira: sejam todo(a)s bem-vindo(a)s!
[19:04] <adelmaa> Agradecimento especial faço em nome do Grupo Texto Livre /STIS/ Fale /UFMG a Profª Tábata Amaral Pontes por, de forma generosa, nos oportunizar não apenas conhecer sua
[19:05] <adelmaa> trajetória de vida extraordinária, mas também dá-nos ciência de sua pesquisa de graduação desenvolvida em Harvard na qual analisa as políticas de algumas escolas públicas brasileiras.
[19:05] <adelmaa> Este mês estamos celebrando 10 anos de atividades do Grupo Texto Livre cujo objetivo principal é promover a discussão transdisciplinar do uso das tecnologias livres para melhoria do ensino, especialmente das escolas públicas.
[19:05] <adelmaa> O Grupo Texto Livre também atua dando suporte à documentação em Software Livre e ao desenvolvimento de Software Livre Educacional.
[19:05] <adelmaa> Ele está sediado no Laboratório SEMIOTEC da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apoiado ainda pela Fundação de Amparo à
[19:05] <adelmaa> Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e pelo Centro de Extensão da FALE (CENEX). O grupo se insere no Diretório de Grupos de Pesquisa do Brasil, pela CNPq.
[19:05] <adelmaa> A equipe é formada por profissionais de diversas áreas que organizam voluntariamente eventos para a divulgação e compartilhamento de informações entre o público interessado,dentre eles podemos destacar
[19:05] <adelmaa> (i) o STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do Semiotec, evento acadêmico síncrono (por IRC) e internacional que acontece durante 8 meses ao ano
[19:05] <adelmaa> e sempre na terceira sexta-feira de cada mês ,às 14:00 horas (hoje é exceção). No STIS, nos último 6 anos já recebemos 46 conferencistas de diversas áreas;
[19:06] <adelmaa> (ii) Encontro Virtual de Documentação em Software Livre e Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia online (EVIDOSOL/CILTEC-online), evento acadêmico síncrono (por IRC) e assíncrono (por fórum) existente desde
[19:06] <adelmaa> 2007;(iii) O Universidade, EAD e Software Livre (UEADSL), evento assíncrono promovido para divulgação de trabalhos dos alunos de graduação sobre o tema de debate, existe desde 2010;
[19:06] <adelmaa> (iii) O Dia da Cultura Livre, evento presencial que ocorreu na UFMG anualmente de 2009 a 2011 para se comemorar os benefícios alcançados e se reivindicar maior liberdade de acesso aos bens culturais.
[19:06] <adelmaa> (iv) A Revista Texto Livre: linguagem e tecnologia, ISSN 1983-3652, é uma publicação científica semestral do Grupo Texto Livre (www.textolivre.org), da
[19:06] <adelmaa> Faculdade de Letras da UFMG, e visa à publicação de textos inéditos sobre Linguística, Educação (inclusive Educação a Distância), Cultura Livre, Software Livre, Tecnologia
[19:06] <adelmaa> da Informação e, sobretudo, abordagens interdisciplinares. Ela recebe textos em português, inglês, espanhol, francês e italiano, que são submetidos à avaliação do Conselho Editorial, segundo as normas para contribuições
[19:06] <adelmaa> O STIS, a Revista Texto Livre, o UEADSL e o EVIDOSOL/CILTEC são pés do programa POLVO denominado TEXTO LIVRE do CNPq, coordenado pela Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte
[19:07] <adelmaa> Ao longo desta caminhada o STIS tem se firmado como um canal democrático de divulgação das pesquisas relevantes que estão sendo desenvolvidas no Brasil e no exterior.
[19:07] <adelmaa> Na verdade, nós do grupo STIS, temos muito que comemorar, pois, neste curto período de tempo, o STIS já promoveu 24 eventos, com a presença de ilustres pesquisadores tais como Carla Viana Coscarelli (UFMG), Luiz Tatit (USP), Maria Lucia Castanheira
[19:07] <adelmaa> Almeida Filho (UNB), dentre outros nomes do Brasil e do exterior como o Brian Street (Kings College/Londres), Luis Gonçalves (Universidade da Pensilvânia) e o Júlio Paz (Argentina).
[19:07] <adelmaa> Também divulgamos o STIS em dois eventos internacionais ocorridos: CLAFP / Brasília e no 19º Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada (19º InPLA) e 5º Seminário Internacional de Linguística (5º SIL), este último como convidado do Prof. Marcelo Buzzato. Já somos até tema de tese de doutorado do Prof Dr Calos Henriques Silva de Castro.
[19:07] <adelmaa> Também contamos com a colaboração de todos os conferencistas convidados que nos deram a honra de sua presença como agentes divulgadores, além da força e colaboração na divulgação realizada pelos nossos participantes.
[19:07] <adelmaa> Para que todo este projeto seja realizado eficientemente, mês a mês, e chegue até vocês conferências relevantes para sua formação cultural, intelectual e acadêmica o STIS conta com Comissão Organizadora composta de 17 membros.
[19:07] <adelmaa> O Grupo Texto Livre tem a coordenação geral da profª Ana Cristina Fricke Matte, já o STIS está sob a coordenação da profa Adelma LOS Araújo.
[19:08] <adelmaa> Peço a todos que se unam ao Grupo Texto Livre mim para deixarmos registrado aqui uma salva de palmas (Clap Clap Clap Clap) à profa Ana Cristina Fricke Matte maestrina deste extraordinário projeto.
[19:08] <adelmaa> Hoje o STIS tem a honra de receber como conferencista a Profa Tábata Amaral de Pontes.
[19:08] <adelmaa> No primeiro semestre, maio de 2016, Tàbata concluiu sua graduação na Universidade de Harvard Cambridge, EUA. Seu bacharelado foi concluído com Magna cum Laude, i.e , com honra máxima em Ciências Políticas e curso secundário em Astrofísica. Recebeu as seguintes distinções: Phi Beta Kappa;
[19:08] <adelmaa> Certificado em Estudos Latino-Americanos do DRCLAS; Prêmio Kenneth Maxwell para a melhor tese em estudos brasileiros; Prêmio Firth Eric para o melhor ensaio sobre o tema dos ideais da democracia;
[19:08] <adelmaa> AmBev Scholar; Lemann Fellow, Bolsista da Fundação Estudar; Bolsa de pesquisa do David Rockefeller Center for Latin American Studies (2015);
[19:08] <adelmaa> Bolsa de estágio do Chair’s Traveling Fellowship in Government (2014); Bolsa de estágio do South Asia Institute (2013
[19:09] <adelmaa> Estudou no Ensino Fundamental e Médio no Colégio Etapa São Paulo, SP (Dez 2011). Foi medalhista de de Bronze na 43° Olimpíada Internacional de Química; Medalha de Bronze e Menção Honrosa nas 4° e 5° Olimpíadas Internacionais de
[19:09] <adelmaa> Astronomia e Astrofísica; Medalha de Ouro na XVI Olimpíada Iberoamericana de Química; edalha de Ouro e Campeã Geral na III Olimpíada Latinoamericana de Astronomia e Astronáutica.
[19:09] <adelmaa> Dentre suas experiência profissionais podemos citar: sue trabalho na empresa FALCONI Consultores de Resultados São Paulo, SP como consultora estratégica em duas companhias. Jun – Jul 2014;
[19:09] <adelmaa> Secretaria Municipal de Educação de Salvador Salvador, BA Estágio: Avaliação da implementação do novo modelo de gestão. Jul 2014 Fundação Lemann São Paulo, SP Estágio: Formação de professores do projeto de Ensino Híbrido. Jun 2014
[19:09] <adelmaa> Secretaria Municipal de Educação de Sobral Sobral, CE Estágio: Mapeamento dos fluxos dentro da secretaria, entre outros projetos. Maio – Jun 2014
[19:10] <adelmaa> Academic and Professional Programs for the Americas Cambridge, EUA Funcionária Universitária: Funções administrativas e gerência de aplicações. 2013-2014
[19:10] <adelmaa> David Rockefeller Center for Latin American Studies Cambridge, EUA Funcionária Universitária: Programa de Estudos Brasileiros. Fev – Dez 2013 Eureka Learning Technologies Pune, Índia Estágio: Currículo do programa de treinamento em ciências da empresa. Jun – Jul 2013
[19:10] <adelmaa> Colégio Etapa São Paulo, Brasil Professora: Preparação em química e astronomia avançadas. Jan – Ago 2012 Dentre suas atividades extracurriculares destacamos seu trabalho espetacular no Movimento Mapa Educação (Movimento em prol de uma educação brasileira de qualidade) da qual é Co-fundadora e Conselheira Deliberativa de 2013 até o Presente
[19:10] <adelmaa> Candela Dance Troupe (Representação de danças latino-americanas) – Presidente (2014 – 2015); Diretora dos Comitês em Espanhol da HACIA Democracy (Modelo da Organização dos Estados Americanos) –(2013 – 2015); Co-presidente HUBA (Associação Brasileira dos estudantes de graduação de Harvard) – de (2012 – 2015;
[19:10] <adelmaa> Co-fundadora do projeto VOA (Preparação de estudantes de escolas públicas para olimpíadas científicas de 2010 até o presente. É embaixadora da One Young World – Embaixadora (2016 – Presente). Organização sem fins lucrativos que reúne jovens líderes de todo o mundo para desenvolver soluções para as questões mais urgentes do mundo.
[19:10] <adelmaa> Para vocês conhecerem como Tàbta e sua família construírame sta linda hist´roia de vida na educação depois da conferencia acesse: (i) https://baurutv.com/2016/11/30/a-universidade-de-harvard-pelo-olhar-de-uma-brasileira/ (ii)
[19:11] <adelmaa> (iii) http://g1.globo.com/educacao/noticia/aluna-de-escola-publica-formada-em-harvard-lista-mitos-sobre-estudar-fora.ghtml Gostaríamos de parabenizar a nossa conferencsita pelo extaordrinário currículo.
[19:11] <adelmaa> Agora explicarei, de forma pormenorizada, o funcionamento de um evento online como o do STIS para os que participam pela primeira vez de nosso evento.
[19:12] <adelmaa> Para quem participa pela primeira vez, teremos 40 minutos de apresentação
[19:12] <adelmaa> a apresentação acontece apenas por escrito, no chat, ou seja, não há vídeo nem áudio durante esse tempo, a sala estará moderada, ou seja, só quem tem apalavra é o conferencista
[19:12] <adelmaa> após a conferência, abriremos a sala para perguntas, sugestões e discussão geral das ideias expostas código para os slides será indicado no início da apresentação basta inserir o código à direita, depois de escolher o tipo de atendimento: “apresentação de
[19:12] <adelmaa> slides” vocês podem regular o tamanho do chat e slides ajustando a coluna vertical entre as partes (ao meio desta página de internet) desejamos uma extraordinária conferência a todo(a)s!
[19:12] <adelmaa> O códgo do slide é: tabata
[19:13] <adelmaa> Prezada Tábata. Pode começar!
[19:13] <Tabata> Boa noite. Primeiramente, gostaria de agradecer por terem me convidado para apresentar a minha tese de graduação, intitulada “The Politics of Education Reform in Brazilian Municipalities”, ou “Uma análise política da implementação de reformas educacionais em munícipios brasileiros”.
[19:14] <Tabata> A minha pesquisa tem uma grande relação com a minha trajetória e, por isso, antes vou contar a minha história.
[19:14] <Tabata> Venho de uma família humilde mas, mesmo que meu pai não tenha completado o ensino fundamental e minha mãe só tenha completado o ensino médio há alguns anos, meus pais sempre valorizaram muito a educação e fizeram o possível e o impossível para que eu e meu irmão pudéssemos nos dedicar aos estudos.
[19:14] <professoraRobert> vc estudou em escola pública?
[19:14] <Tabata> A primeira grande oportunidade educacional que eu tive veio com a 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, a OBMEP, na 5ª série. A OBMEP foi também a primeira demonstração que tive do impacto positivo que boas políticas públicas podem ter na vida de milhões de pessoas.
[19:14] <Tabata> Exatamente!
[19:14] <Tabata> Fui premiada na OBMEP na 5ª e na 6ª série e essas premiações me levaram a receber uma bolsa completa de estudos em uma escola privada de altíssima qualidade em São Paulo.
[19:15] <Tabata> Eu moro na periferia de São Paulo e o Etapa fica no centro da cidade. Essa segunda grande oportunidade que eu recebi começou a me mostrar como o nosso país é marcado pelas desigualdades e como dois mundos completamente diferentes podem estar a uma hora e vinte minutos de distância de ônibus e metrô.
[19:15] <Tabata> Meu pai era cobrador de ônibus de uma linha que ia do meu bairro, Vila Missionária, até o Itaim Bibi, um bairro nobre da cidade. Minha mãe também já tinha trabalhado no centro da cidade, como diarista e vendedora.
[19:15] <Tabata> No entanto, meu primeiro contato real com a desigualdade brasileira veio com minha vivência da enorme diferença da qualidade de ensino da minha escola estadual e o Etapa. E foi aí também que eu percebi que era a baixa qualidade das nossas escolas públicas que estava alimentando a grande desigualdade socioeconômica que existe no Brasil.
[19:15] <Tabata> Ao mesmo tempo, eu percebi também que só a educação era capaz de transformar a vida das pessoas e permiti-las sonhar e realizar.
[19:15] <Tabata> Estudei muito nos anos seguintes e, no 2º ano do ensino médio, fui para a minha primeira competição internacional: viajei pela primeira vez para fora do Brasil e representei o Brasil na China na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica. Foi nessa época também que consegui uma bolsa para estudar inglês com a ajuda de amigos e da minha escola.
[19:16] <Tabata> No entanto, também foi nessa época que alguns problemas familiares pioraram. Quando eu estava no segundo ano do ensino médio, meu pai começou a desenvolver algumas doenças psicológicas e seus vícios pioraram. A situação financeira da minha família piorou muito e já não conseguíamos pagar as minhas passagens de ônibus e metrô ou o lanchinho que eu levava para almoçar.
[19:16] <Tabata> Felizmente, meu pai não era o único que apostava em mim. Expliquei a minha situação para um professor e o diretor da minha escola entrou em contato com a minha mãe: a partir do dia seguinte eu ficaria alojada em um hotel perto da minha escola durante a semana e o colégio seria responsável por todos os meus gastos.
[19:16] <Tabata> Para aguentar firme, me foquei ainda mais nos meus estudos e no Projeto VOA! – Vontade Olímpica de Aprender – um projeto que eu havia fundado com alguns amigos logo antes de começar o ensino médio. No VOA, preparamos alunos de escolas públicas para olimpíadas científicas nos finais de semana.
[19:16] <Tabata> Nessa época eu já tinha muito claro na minha cabeça que eu havia sido abençoada com oportunidades incríveis e que eu tinha que lutar para que outros brasileiros tivessem acesso às oportunidades que eu tive.
[19:17] <Tabata> Depois de muito estudo e muito mais apoio dos meus professores e amigos, no terceiro ano do ensino médio eu representei o Brasil em quatro competições internacionais, conhecendo a Turquia e a Polônia e multiplicando o meu sonho de representar o Brasil em uma competição internacional por cinco.
[19:17] <Tabata> Ao mesmo tempo, eu comecei os processos seletivos de universidades brasileiras e americanas. Foi um dos momentos mais desafiantes da minha vida e muitas vezes pensei em desistir. Mas haviam tantas pessoas lutando pelos meus sonhos comigo que eu precisava continuar.
[19:17] <Tabata> Após concluir o ensino médio, fui aprovada em Física na USP e comecei a trabalhar como professora de astronomia e química no meu ex-colégio enquanto cursava a faculdade no Brasil. No dia 8 de março de 2012, recebi a melhor notícia da minha vida: havia sido aprovada na Universidade de Harvard com bolsa completa.
[19:17] <Tabata> Mas a vida é uma montanha russa e, quatro dias depois, os vícios que tanto fizeram o meu pai sofrer o mataram. Nesse momento, a vida deixou de fazer sentido. Como minha mãe ficou desempregada, sai da faculdade, decidi que já não me importava com as universidades americanas e continuei trabalhando.
[19:18] <Tabata> Foi nesse momento que, de novo, alguém continuou apostando em mim. Uma funcionária e grande amiga do meu colégio comprou uma passagem para que eu visitasse as universidades em que havia sido aceita – fui aceita em seis universidades com bolsa completa no total – e entendesse a dimensão da minha decisão.
[19:18] <Tabata> Muito às pressas, fui visitar as universidades e me encantei. Tudo aquilo era tão diferente do que eu havia visto e tão maravilhoso, que decidi que seguiria meu sonho de estudar nos Estados Unidos e que assim mudaria a vida da minha família. No dia 1 de maio de 2012, escolhi a Universidade de Harvard e enviei o meu sim.
[19:18] <Tabata> Desde então, muitas coisas vêm acontecendo: trabalhei muito, estudei ainda mais, mudei de curso para Ciências Políticas, Astrofísica virou o meu curso secundário, conheci pessoas, países e culturas incríveis, aprendi muito e refleti ainda mais.
[19:18] <Tabata> Refleti bastante sobre a minha trajetória até então, sobre os sofrimentos do meu pai – quem teve muitas poucas oportunidades – e também sobre a história do meu irmão, que estava passando por um momento de transição importante.
[19:19] <Tabata> O Allan é um ano mais novo que eu e, ao contrário de mim, estou a vida inteira em escolas públicas. Mesmo estudando em São Paulo, ele nunca teve uma aula de química sequer. Então não foi muito surpreendente quando ele não foi aprovado em nenhum vestibular no fim do ensino médio.
[19:19] <Tabata> Mesmo que eu tivesse conseguido uma bolsa em um cursinho para ele, ele achava que faculdade boa era coisa de gênio ou rico, e não queria nem tentar, para trabalhar e ajudar em casa. E tem coisa mais sem cabimento do que eu estudar em uma das melhores faculdades do mundo e meu irmão parar no ensino médio?
[19:19] <Tabata> Depois de muita discussão, o Allan aceitou fazer o cursinho e foi aceito em algumas das melhores faculdades do país depois de um ano. Hoje, ele estuda Sistemas da Informação na Unicamp, me enchendo de orgulho.
[19:19] <Tabata> A história do Allan é um bom lembrete que nós, como sociedade, culpamos demais os nossos alunos e nos esquecemos que o esforço é apenas o terceiro de três ingredientes muito importantes: o acesso a oportunidades, a crença que você é merecedor daquela oportunidade e consegue e, por fim, o esforço.
[19:20] <Tabata> Com tudo isso na minha cabeça, eu decidi que meu novo sonho era que o Brasil tivesse a melhor educação pública do mundo e que lutaria toda a minha vida para alcançar esse sonho e para que outros jovens tivessem acesso às oportunidades incríveis que eu tive.
[19:20] <Tabata> Quando esse novo sonho surgiu, um mentor me disse duas coisas que me marcaram muito. Primeiro, que todas as pessoas que ele tinha visto tendo impacto de verdade não esperavam o fim da faculdade para começar.
[19:20] <Tabata> Segundo, que um time muito bom era mais importante que uma ideia genial. Foi então que decidi montar o meu time e convidei dois grandes amigos, a Lígia e o Renan, para fazerem acontecer comigo. Fui aí que o Mapa surgiu.
[19:21] <Tabata> O Mapa Educação é um movimento social que conta com mais de 130 jovens no time. Nossa missão é lutar por uma educação de qualidade para todos os brasileiros, fazendo do jovem o protagonista dessa mudança. Para isso, queremos ser referência na fiscalização de políticas e no debate educacional para tornar a educação, de fato, uma prioridade na agenda nacional.
[19:21] <Tabata> A minha trajetória e a minha experiência com o Movimento Mapa Educação me ensinaram que a educação é de fato a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo, como disse Nelson Mandela, e para transformar as pessoas.
[19:21] <Tabata> E foi para entender melhor a relação entre política e educação no Brasil que me dediquei ao tema da minha tese nos meus dois últimos anos da faculdade.
[19:21] <Tabata> Além da minha trajetória, o caso de Sobral, no Ceará, foi um grande motivador do tema da minha tese. Sobral tem uma das melhores educações públicas do Brasil.
[19:21] <Tabata> O gráfico mostra os resultados no IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira – de escolas municipais, estaduais e privadas, comparados com os resultados de Sobral. Sobral viveu uma revolução nos seus resultados entre 2005 e 2013 e eu queria entender o porquê.
[19:22] <Tabata> Eu fiz um estágio na Secretaria Municipal de Educação de Sobral em 2014. Esse estágio me mostrou que o contexto político havia sido fundamental para a transformação da educação sobralense e inspirou muitas das hipóteses levantadas pela minha pesquisa.
[19:22] <Tabata> O acesso à educação no Brasil se expandiu enormemente nas últimas duas décadas, como resultado de reformas educacionais no nível federal. No entanto, a qualidade da educação no país permanece muito baixa pelos padrões internacionais.
[19:22] <Tabata> Olhando para a América Latina como um todo, os países latino-americanos têm em sua maioria feito progressos importantes no acesso e prestação de assistência social. No entanto, a educação permanece de muito baixa qualidade em toda a região.
[19:22] <Tabata> No meio de tudo isso, temos casos como Sobral e Foz do Iguaçu, nos quais grupos políticos resolveram reformar seus sistemas educacionais.
[19:23] <Tabata> A expressão em inglês “playing a bad hand badly” é utilizada quando tanto o contexto quanto as escolhas feitas contribuem para uma baixa performance. E esse parece ser exatamente o caso da educação brasileira, como dito pela pesquisadora Nancy Birdsall.
[19:23] <Tabata> O Brasil está passando por uma crescente municipalização de sua educação pública básica. Isso significa que, cada vez mais, os 5,570 munícipios – em sua grande maioria pobres e com pequenas populações – são responsáveis pelos fundamentos da nossa educação pública.
[19:23] <Tabata> Além disso, vemos uma grande fraqueza política de grupos de interesse e uma baixa demanda por parte da população e do setor privado pela melhoria da qualidade da educação pública brasileira. Isso faz com que dependamos muito do interesse de grupos políticos de implementar reformas educacionais.
[19:24] <Tabata> Para complicar ainda mais a situação, reformas educacionais, especialmente as que envolvem a despolitização da educação, são reformas politicamente difíceis.
[19:24] <Tabata> Uma reforma é politicamente difícil quando ela impõe seus custos sobre um grupo pequeno enquanto suas consequências beneficiam um grupo grande de pessoas, sua implementação sendo pouco provável.
[19:24] <Tabata> Um exemplo de uma reforma politicamente difícil em educação é a profissionalização das secretarias municipais de educação.
[19:24] <Tabata> Isso significa distanciar os funcionários da secretaria da política partidária, selecionando seus membros com base em habilidades técnicas – em vez de alianças políticas –, bem como estabelecer uma cultura de trabalho que dependa de metas claras para resultados educacionais.
[19:25] <Tabata> Um segundo exemplo de reforma consiste em mudar o processo de seleção dos diretores escolares, fazendo com que esses diretores sejam escolhidos por critérios meritocráticos ou eleições da comunidade. Na grande maioria dos municípios brasileiros, o diretor escolar é escolhido por indicação política.
[19:25] <Tabata> Como a educação pública é um grande empregador na maioria dos municípios brasileiros, bem como uma fonte importante de receita devido a fundos federais como o FUNDEB, grupos políticos têm fortes incentivos para usar os empregos e recursos da educação pública para recompensar apoiadores.
[19:25] <Tabata> Assim, ao profissionalizar a secretaria de educação ou reformar o processo de seleção dos diretores, os líderes políticos renunciam a uma série de empregos públicos de prestígio e diminuem seus controles sobre os fundos da educação.
[19:25] <Tabata> Devido às dificuldades práticas de mensurar o grau de profissionalização de 5.570 secretarias municipais de educação, na minha pesquisa eu foco no processo pelo qual os diretores são selecionados.
[19:25] <Tabata> Minha tese de graduação baseia-se em um conjunto original de dados dos 5,570 municípios brasileiros e trabalho de campo em sete municípios para explicar a variação dos resultados educacionais no nível municipal.
[19:26] <Tabata> Na minha análise, eu divido a implementação de uma reforma política em duas fases: a implementação propriamente dita e sua consolidação ou reversão.
[19:26] <Tabata> No gráfico, eu mostro o impacto medido de eleger cada um dos cinco maiores partidos brasileiros (PFL, PMDB, PP, PSDB e PT), o impacto de ter o mesmo partido por um mandato adicional e o efeito do nível de competição política tanto na implementação de uma reforma mudando como o diretor escolar é escolhido como no IDEB em si.
[19:26] <Tabata> Um dos resultados é que essa reforma educacional é mais provável de ser introduzida sob a administração de um partido programático – com pautas e programas claros, como PT e PSDB – e sustentadas e bem sucedidas – mostrando resultados no IDEB – quando há continuidade política no governo municipal.
[19:27] <Tabata> Além disso, contrariamente às expectativas, a competição política não afeta a implementação de reformas educacionais politicamente difíceis, mas níveis mais altos de competição eleitoral têm efeitos negativos sobre os resultados educacionais nos municípios de baixa população.
[19:27] <Tabata> Para calcular minha variável de competição política com base no índice de Herfindahl, eu calculei os quadrados da porcentagem de votos recebidos por cada candidato e subtrai o resultado de um.
[19:27] <Tabata> Os meus estudos de caso confirmam os mecanismos que proponho, a saber, que a luta pelo poder entre os diferentes partidos políticos pode transbordar para o sistema escolar. Isso parece ser especialmente verdade nos municípios menores, nos quais os resultados das eleições municipais têm uma grande influência sobre a vida escolar.
[19:27] <Tabata> Níveis de competição mais altos polarizam funcionários escolares, criando conflitos entre os apoiadores de diferentes partidos e até predispondo os funcionários das escolas municipais que apoiam a oposição a sabotar a administração incumbente, sendo menos colaborativos e tendo um desempenho inferior.
[19:28] <Tabata> Com a minha tese de graduação, ficou muito claro para mim o impacto que políticas públicas têm sobre a qualidade da nossa educação. E é por isso que um dos meus sonhos e missões é ser uma gestora pública, sendo parte de grandes mudanças no sistema educacional brasileiro.
[19:28] <Tabata> Muito obrigada!
[19:28] <Tabata> Caso tenham perguntas, estou à disposição.
[19:29] <adelmaa> Obrigada , Tábta, pela sua extraordinária pesquisa.
[19:29] <adelmaa> Agora abriremod para às perguntas dsospresntes. .
[19:30] <adelmaa> abriremoas às perguntas dos participantes.
[19:31] <adelmaa> Só um minuto...
[19:31] <adelmaa> Estou tentando abrir a moderação da sala e está travando.
[19:32] <adelmaa> Desculpem-nos pela falha técnica.
[19:33] <daniervelin> adelmaa, a sala está aberta, sem moderação
[19:33] <adelmaa> Tábata, vou aproveitar para fazer a primeira pergunta.
[19:33] <professoraRobert> Olá Tabatá, sou professora da escola pública a 10 anos. Gostaria de saber na escola pública, qual foi o professor que mais lhe marcou, e qual materia ele lecionava, e o porque ele pode estar presente em sua memória.
[19:33] <adelmaa> O Grupo Texto Livre existe há 10 anos e há seis começamos este projeto STIS.
[19:34] <professoraRobert> 2- pergunta. Como surgiu ainda menina seu gosto pela astrofisica ou astronomia?
[19:34] <adelmaa> Trabalhar com educação no Brasil é uma terfa hercúlea.
[19:34] <Tabata> Vamos lá!
[19:35] <adelmaa> Nem sempre o que planejamos conseguimos realizar, não pelo grupo,mas por fatores fora de nosso controle.
[19:35] <Tabata> Duas professoras me marcaram: uma na 4a série e outra de história na 5a série. A primeira porque ela me tratava com muito carinho e me incentivava bastante.
[19:35] <Tabata> A segunda porque a aula dela era maravilhosa (até hoje eu amo história) e todo mundo respeitava muito ela.
[19:36] <Tabata> 2) O gosto pela Astrofísica veio com as olimpíadas de astronomia: eu ainda hoje acho incrível estudar o universo e ver como somos pequenininhos,
[19:36] <adelmaa> Minha pergunta é a seguinte: o que devemos fazer para motivar os profissionasi que estão envolvidos com a educação?
[19:37] <professoraRobert> O seu primeiro contato com a astronomia ou com prinicipios desses temas, apareceu em casa, alguem da familia lhe apresentou, na escola..como foi?
[19:38] <Tabata> Adelma, no longo prazo, precisamos mudar a cultura em torno da profissão de professor, com melhores salários e condições de trabalho, para assim atrair os melhores alunos do ensino médio para essa profissão tão importante.
[19:39] <Tabata> No curto prazo, podemos fazer o que faz Sobral (CE): formação continuada de muita qualidade e suporte ao professor.
[19:39] <professoraRobert> Qual sua opinião sobre a PEC 55?
[19:39] <Tabata> @ProfessoraRobert, meu primeiro contato com a astronomia veio com as olimpíadas!
[19:40] <adelmaa> Voltando ao seu trabalho, dê-nos uma luz: como devemos agir para que esta estrutura de partidarização das instituições escolares seja substituída pela meritocraria?
[19:40] <Tabata> Eu acho que é importante e necessário que o governo diminua seus gastos, mas com a PEC 55 a educação fica desprotegida e provavelmente perderá fundos nas brigas orçamentárias de cada ano.
[19:41] <Tabata> Precisamos que os cargos de diretores, secretários escolares, etc sejam preenchidos por critérios técnicos e não políticos. Para que isso aconteça, devemos cobrar os nosso gestores!
[19:41] <adelmaa> E esta formação continuada foi/é oferecida pelo governo estadual ou municipal? ?
[19:42] <adelmaa> Em Sobral, o critério de escolha é mesmo técnico?
[19:43] <Tabata> Pelo governo municipal em parceria com o estadual
[19:43] <Tabata> Sim, os diretores são escolhidos por provas e entrevistas
[19:43] <professoraRobert> Tabata... como vc citou o caso do seu irmão, vc poderia falar um pouco sobre meritocracia, se não se importar?
[19:43] <adelmaa> E os salários dos professores? São justos?
[19:44] <adelmaa> Fantástico!
[19:44] <Tabata> O Brasil ainda não é um país meritocrático, porque as pessoas não têm acesso a oportunidades parecidas.
[19:44] <Tabata> E a história do meu irmão exemplifica bem isso.
[19:44] <Tabata> Adelma, eu acho que os salários dos professores ainda não são o que deveriam ser
[19:45] <Tabata> Pessoal, como estou sem internet em casa, tive que vir no trabalho da minha mãe para falar com vocês, então já tenho que ir.
[19:45] <Tabata> Mas vocês podem me escrever caso queiram conversar mais: tabata@mapaeducacao.com
[19:45] <Tabata> Muito obrigada pelo convite, por me receberem e pelas perguntas!
[19:45] <professoraRobert> mas não é até as 20;30?
[19:46] <adelmaa> Tábata, em Itabrito eu conheço uma escola municipal cujo alunos batem recordes em número de medalhas nas olimpíadas de matemática, na OBMP..
[19:47] <Tabata> A Adelma tinha me dito que seriam 30min de perguntas e vão fechar o prédio onde estou.
[19:47] <Tabata> Que bacana Adelma!
[19:47] <MARIA_> Srª Tabata, boa noite, é triste ver professores que fazem da educação “um bico”. Pensando na ideia de Formação Integral de nossos educandos, conforme as novas Legislações Educacionais, como fazer para que esse professor no mínimo cumpra o seu papel? Será que não estaria na hora de pensar melhor sobre o acompanhamento pedagógico do processo de ensino aprendizagem?
[19:48] <Tabata> Um grande problema é que nossos professores ainda têm um tempo muito pequeno de exposição à sala de aula em suas formações
[19:49] <Tabata> Obrigada pessoal! Até a próxima!
[19:49] <MARIA_> Até
[19:50] <professoraRobert> até
[19:50] <adelmaa> O Stis agradece pela sua preciosa particpação.
[19:51] <silvioutf> obrigado, até!
[19:51] <professoraRobert> professor da escola pública ganha mal, e tem em alguns casos condições escassaz de trabalho..
[19:52] <professoraRobert> penso, que em muitos casos, somos heróis, pela falta de comprometimento do poder público. Mas é claro a formação continuada e a escolha de gestores por critérios tecnicos é um bom caminho
[19:52] <professoraRobert> o apadrinhamento politico na educação, a torna doente
[19:52] <adelmaa> Prezados, como vocês perceberam este stis de hoje aconteceu em caráter excepcional a noite, pois a Tábata só poderia participar deste evento se fosse neste horário e não no horário normal de 14:00 horas.
[19:56] <adelmaa> Como professores, nós sabemos o Brasil adota um politica de partidoe não de governo não havendo assim continuidade nas politicas públlicas, quaisquer que sejam elas.
[19:58] <adelmaa> Vocês querem fazer alguma pergunta MARIA, professoraRobert.
[19:58] <professoraRobert> acho necessário a reflexão.. diante da pec 55 e da reforma do ensino médio
[19:59] <professoraRobert> estamos diante de um momento que essas politicas públicas, podem comprometer ainda mais a educação publica
[19:59] <adelmaa> Embora tenha sido uma apresentação rápida, sem tempo para muitas perguntas, foi um evento interessante pois trouxe este trabalho aoc onhecimento e em lingua portugesa. este trabalho da Tábata só se encontra em inglês.
[20:00] <MARIA_> Como professora e gestora entendo que as mudanças são importantes e necessárias desde a seleção de critérios para admissão de gestores e especialistas da educação.
[20:01] <adelmaa> O que devemos fazer para que nossos professores sejam atores mais protagonistas na educação?
[20:02] <MARIA_> O setor pedagógico é o coração do processo de ensino aprendizagem, e não contamos com acompanhamentos necessários por parte da SEE e SRE.
[20:03] <MARIA_> A reforma precisa acontecer em todos os setores da educação escolar.
[20:03] <professoraRobert> acho que formação continuada de qualidade, melhores salarios, mais condições.. Como Saviani coloca, precisamos da profisionalização da profissão professor.
[20:03] <professoraRobert> Ainda trazemos da herança histórica colonialista, criterios de organização politica e prática, muito engessadas
[20:04] <professoraRobert> mas não é interessante para o poder público transformar a educação. Então ficamos ainda abandonado, discutindo e constatando muitas questões como a que a Tabata trouxe hoje, mas mudá-las será um caminho que não depende exclusivamente de nos professores
[20:06] <MARIA_> A formação humana deveria ser um valor, ou melhor, o maior dos valores.
[20:06] <adelmaa> E que são sempre aceitas. O que me deixou intrigada nest ap arenstação da Tábta foi saber que Sobral , cidade de dois políticos brasileiros conhecidos einfluentes não tenham agido como coronéis nesta indicação dos gestores.
[20:06] <adelmaa> Surpreendente!
[20:07] <adelmaa> Lerei este trabalho da Tábata para saber quais foram as escolas pesquisadas.
[20:08] <adelmaa> MARIA, professoraRobert, quais seriam os temas que você gostariam que ver na agenda do stis 2017?
[20:09] <MARIA_> Sobre gestão escolar para uma formação integral do educando.
[20:10] <adelmaa> Indicação de conferecistas?
[20:10] <silvioutf> Que tal trazer uma "voz" sobre a qualidade no processo de formação dos professores?
[20:10] <MARIA_> Sobre formação continuada de educadores.
[20:10] <MARIA_> ótimo
[20:11] <silvioutf> Não, sobre a formação nas universidades!
[20:11] <adelmaa> Sobre a formação docente, é isso?
[20:11] <MARIA_> sim
[20:11] <adelmaa> ou discente?
[20:12] <adelmaa> Dos licenciaNdos ou dos licenciAdos?
[20:12] <MARIA_> Especificamente, sobre novas práticas pedagógicas para a formação integral.
[20:12] <silvioutf> Assim, como a Tabata traz números, que particularmente tenho minha reservas sobre as leituras, nem sempre adequadas, dos resultados estatísticos, o número de professores que as universidades colocam no mercado pode ser enorme, mas a qualidade???
[20:13] <silvioutf> Sim, falo da formação dos docentes!
[20:13] <professoraRobert> Eu quero
[20:13] <adelmaa> O que vocês acharam deste horário do STIS?
[20:13] <professoraRobert> sou professora da escola publica a 10 anos
[20:13] <MARIA_> Estou apenas há um ano na gestão, mas vejo como os professores são importantes.
[20:14] <professoraRobert> gostaria de ver,, O desmonte da educação publica vias politicas públicas educacionais, apontamentos e reflexões
[20:14] <adelmaa> silvioutf, o que percebemos é que estes resultados das pesquisas não chegam às escolas.
[20:14] <MARIA_> e no entanto, despreparados, desmotivados, descomprometidos.
[20:14] <professoraRobert> verdade
[20:14] <adelmaa> E é justamente oque o stis quer fazer...
[20:15] <adelmaa> O STIS quer fazer esta ponte entre os conhecimentos construídos nas universidades com o desenvolvido nas salas de aulas.
[20:15] <professoraRobert> precisamos tbm refletir sobre a importancia da formação continuada, tbm pq sabemos que as formações de professores ainda deixam lacunas
[20:15] <silvioutf> Há tantos argumentos para a "desmotivação"e eles têm se tornado justificativas para práticas docentes. Vejo isso de forma danosa!
[20:15] <adelmaa> Unir teoria e prática.
[20:15] <MARIA_> sim, é verdade.
[20:15] <professoraRobert> alguns estudos comprovaram que o professor iniciante sem experiencia so esta preparado para ministrar aulas, após 5 anos de trabalho
[20:16] <adelmaa> Por isso, professoraRobert, que eu sou totalmente afavro doque a USP está estudando implantar: a residência pedagógica.
[20:17] <professoraRobert> sim, acho interessante
[20:17] <silvioutf> Com PCN, DCE etc., professores perderam a capacidade de reflexão e contextualização, e por vezes sentem-se reprimidos pela legislação do sistema educacional.
[20:17] <professoraRobert> mas mesmo assim..o que tenho medo diante da universidade, é um discurso de culpabilização dos professores, vemos muito isso nas pesquisas das universidades públicas
[20:18] <adelmaa> OU seja, o aluno só concluiria seu curso após fazer estágio prático de vivência na sala de aula, como faz o estudante de medicina nos hospitais, por exemplo.
[20:18] <adelmaa> ops a favor...
[20:18] <professoraRobert> os universitários vão ate a escola publica fazem um recorte da fala do professor, e constroi uma tese, apontando inumeros erros...sim é verdade, mas será que só isso contribuui para a tranformação?
[20:18] <silvioutf> O discurso da culpabilização encontra seu espaço quando não encontra resistência!
[20:19] <silvioutf> Não pelo simples fato da oposição, mas na proposição e instrumentalização, e parece que o professor cada vez mais, carece dessas habilidades.
[20:19] <professoraRobert> será que buscamos compreender o porquê que aquele professor falou aquilo, qual formação dele...qual formação antes da universidade? sua trajetória no ensino fundamental e médio, seu capital cultural..porque os cursos de licenciatura sao baratos???
[20:20] <MARIA_> Sobre estágio, são poucos os conteúdos de licenciatura que abrem espaços para elaboração de planejamento de ensino.
[20:20] <adelmaa> Prezado(a)s, o que vocês me dizem sobre este horário do stis, na sexta-feira às 19:00 horas?
[20:20] <professoraRobert> são inumeros itens a serem pensados antes de lermos teses de mestrado e doutorado, que apontam o que o professor faz de errado
[20:20] <silvioutf> Aí está uma questão que considero fundamental: capital intelectual!
[20:21] <professoraRobert> que não foi o caso desta conferência, mas penso merece muitas reflexoes
[20:22] <silvioutf> Na verdade tudo está interligado e relacionado. Se considerarmos a origem e a genese do capital intelectual.
[20:23] <adelmaa> Minha proposta seria: o aluno para ser licenaiado precisaria ficar 18 meses na mesma escola, participar da elaboração do planejamneto do ano seguinte da escola. Desta forma ele poderia/deveria fazer sua intervenção pedagógica pertinente,pois teve teve de observar e agir. .
[20:26] <silvioutf> Acredito que devemos começar pela revisão dos currículos universitários. Reside aí a origem de muitos problemas. Há uma "linha de produção" de professores!
[20:26] <adelmaa> Na minha tese de doutorado eu levantei através de um relato autobiografico de um estudante de eja as influencias externas exercidas sobre os saberes de meu sujeito.
[20:27] <professoraRobert> eu acho bom o horario
[20:27] <adelmaa> Como este suejtio tinha pais carvoeiros, trabalho que exigia mudanças frequentes, seu processo deescolarização foi muito desestruturado.
[20:27] <thalita> Concordo, silvioutf, e sinto que sou fruto dessa linha de produção. São muitas lacunas.
[20:28] <thalita> Há uma linha de produção que no fim não forma professores.
[20:28] <professoraRobert> sim
[20:29] <silvioutf> Exatamente, são os "números estatísticos", aos quais me referi anteriormente. Eles sempre impressionam!
[20:29] <adelmaa> Neste sentido foi interessante perceber ao analisar os dados o papel relevantíssimo exercido pela escola em seu processo de escolarização e letramento.
[20:30] <silvioutf> Casos tomo o da Tabata, o filho do carvoeiro, o filho do pedreiro e tantos outros "sujeitos" são a nossa realidade em muitas escolas, isso quando eles conseguem chegar lá.
[20:31] <adelmaa> Então,mas são mais significativos quando olhamos os dados separados, entende.
[20:31] <adelmaa> Verdade!
[20:32] <adelmaa> Olhe, para uma aula inaugural de um curso de especialização onde trabalho convidei a diretora desta escola que eu citei anteriormente.
[20:32] <adelmaa> Escola referência pelos resultados obtidos nas OBMEP que já participou.
[20:33] <silvioutf> Mas o "mascaramento" dos números, seja no caso da linha de produção dos professores, seja nos índices "de interesse e valor político" mascaram soluções "simples e brilhantes"
[20:33] <adelmaa> Sabe o que mais me chamou atenção?
[20:33] <MARIA_> Conforme estudo da história da educação brasileira, esses dados mudam de acordo com a função que a escola passa a exercer para a sociedade.
[20:34] <silvioutf> Olha aí onde entra a "construção do capital social". E, pergunto, saberíamos ou poderíamos estimar quantas das nossas escolas praticam sua "função social"?
[20:35] <adelmaa> Que a diretora conseguia este resultado espetacular pois além de conhecer as famílias dos alunos aproximou a família da escola.
[20:37] <MARIA_> No tempo de Platão a formação era vista como um valor.
[20:37] <adelmaa> Neste meu trabalho tenho contato direto com muitos professores e gestores escoalres e afirmo por vivência: são poucas.
[20:37] <thalita> silvioutf, essa é uma pergunta que me intriga bastante e não sei como respondê-la. Penso que o nosso sistema de avaliação da educação, da forma como funciona hoje, não é capaz de medir ou mensurar isso
[20:38] <adelmaa> MARIA, Hoje também é vista como um valor. È certo, que para se ter noção do valor tem que ser conhecido este valores.
[20:39] <MARIA_> Verdade.
[20:39] <silvioutf> Fomentar os conhecimentos social, científico, ambiental, cidadania, entre outros, vai gestar o capital intelectual que precisamos "gestar" nos professores!
[20:40] <adelmaa> Veja bem, alunos que tem contato com outros alunos e participam de feiras de ciência, de olimpíadas do conhecimento, sofrem influência e mudam positivamente. apens com o estudar não.
[20:40] <MARIA_> Assim o professor poderá resgatar a ideia de ser modelo para o educando.
[20:41] <adelmaa> Percebi isso conversando com alunos medalhistas.
[20:41] <MARIA_> Quando inspira o aluno para a busca do conhecimento.
[20:41] <silvioutf> E o professor está preparado para essa "mobilidade do saber"?
[20:42] <adelmaa> Vejo apsotura de alunos que participam de programa jovem parlamentar, etc.
[20:42] <MARIA_> volta na questão do valor, a contínua busca do saber pelo professor.
[20:42] <adelmaa> Exatamente, MARIA.
[20:43] <MARIA_> O simples fato de comentar com os alunos a realização da leitura de um livro.
[20:43] <MARIA_> ou análise de um filme.
[20:44] <MARIA_> ou de um curso ou conferência.
[20:44] <silvioutf> Quantos professores podem ou têm a possibilidade de visitar feiras, congressos, painéis, etc... quantos professores estão aqui interessados em discutir a educação, e, nem digo seus rumos. Precisamos primeiros estabelecer uma consenso do "estado da arte".
[20:44] <MARIA_> isso pode despertar a curiosidade do aluno.
[20:45] <adelmaa> Não só MARIA, pois esta relação tem mudado muito, ultimamente,viu! Hoje professor aprende e ensina ao mesmo tempo. E ele tem que ter consciência disso. Se ele desce do tablado ficando lado alado com oa aluno a relação de pertinência de aluno, professor e escola é mais eficiente e os resulatdos são extraordinários.
[20:46] <MARIA_> concordo.
[20:46] <adelmaa> Sugestão: leiam o log da conferência de novembro. Dois trabalhos fantásticos reslizados na cidade de Passos/MG.
[20:47] <MARIA_> Filosofando... o aprendizado passa também pela sensibilidade.
[20:47] <silvioutf> Com certeza, são exemplos de projetos que mobilizam a escola, família e a sociedade no entorno da escola!
[20:47] <adelmaa> Pais, alunos, professores, diretores da escola, rádio comunitária são atores de implementações pedagógicas ímpares.
[20:48] <silvioutf> As ideias e propostas que rompem as "dificuldades" nascem da criatividade.
[20:48] <MARIA_> Certamente.
[20:49] <adelmaa> E ao se fazer isso constroem-se pontes e depois estruturadas só se fortalecem. É o caso das escolas de Itabirito citadas por mim.
[20:51] <MARIA_> sim
[20:51] <adelmaa> Também citei na minha tese o exemplo de uma esocla da cidade de José de Fretas no Piauí. Ela tinha em 2011 o por ideb do Brasil. Lá foi feita uma revolução.
[20:51] <adelmaa> Em poucos anos a escoal se transforma em referência como medalhista em Olimpíadas do cohecimento.
[20:53] <adelmaa> São ilhas? São mesmo, é verdade! Mas também era há pouco dados estatísticos relevantes pelo lado negativo.
[20:54] <silvioutf> Fica a velha pergunta: se o modelo deu certo, por que não reproduzí-lo? Vai ser necessário primeiro teorizá-lo, estudá-lo, para depois, talvez, aplicá-lo!
[20:54] <MARIA_> São ótimos exemplos que levarei para reflexões e planejamentos do próximo ano.
[20:55] <MARIA_> Algo vislumbrado pela SEE MG e que deu muito certo foi a roda de conversa nas escolas.
[20:55] <adelmaa> Olhe, na nossa próxima agenda stis 2107 traremos dois professores que participaram de formação continuada na Finlândia e vão mostrar para vocês o que realmente faz diferença na educação neste país.
[20:55] <adelmaa> Aguardem!
[20:56] <MARIA_> Tudo bem.
[20:56] <adelmaa> Maria, entre educadores?
[20:57] <MARIA_> Entre educadores, entre educadores e alunos, entre alunos de diferentes escolas.
[20:58] <adelmaa> Que fantástico! Ninguém me falou destas rodas não?
[20:58] <MARIA_> na nossa escola realizamos um roda de conversas por bimestre.
[20:58] <silvioutf> Com funciona?
[20:58] <MARIA_> foi muito bom.
[21:00] <MARIA_> Em reunião, direção especialistas e professores, discutimos temas, entre eles, valores como honestidade, tolerância e gentileza, preconceito e diversidade racial.
[21:00] <MARIA_> Esses temas foram debatidos nas rodas de conversas.
[21:01] <MARIA_> um tema por bimestre
[21:02] <MARIA_> Convidamos a comunidade da seguinte forma: pedimos aos pais para construirem um brinquedo antigo com sue filho. Nesse processo, contar histórias, vivências que passam valores.
[21:02] <silvioutf> E os alunos? São envolvidos?
[21:02] <MARIA_> a culminância foi roda de conversas com a apresentação dos pais.
[21:03] <MARIA_> os alunos se envolveram de forma surpreendente.
[21:04] <MARIA_> publicamos no face book da escola: josegrisolia.grisolia@facebook.com
[21:04] <adelmaa> MARIA, este trabalho foi feito por um professor específico ou teve participação de todos?
[21:04] <silvioutf> Há um moderador?
[21:05] <MARIA_> Foi um trabalho interdisciplinar.
[21:05] <adelmaa> Fantástico!
[21:05] <professoraRobert> muito boa a experiencia
[21:06] <adelmaa> Dê um like em nossa página na internet para receberem outras notificações: https://www.facebook.com/stis.lingtec/?fref=ts
[21:06] <MARIA_> É uma pena que a SEE-MG está encerrando a oferta do Ensino fundamental nesta escola.
[21:06] <MARIA_> A escola é ampla, tem demanda.
[21:07] <adelmaa> Então temos que juntar todas estas experiências fantásticas em um só lugar para divulgar e assim elas serem replicadas.
[21:09] <adelmaa> Prezado(a)s, o STIS deseja a todos vocês um Natal de paz e um Ano Novo de realização. Que Deus ilumine o caminho de todos com paz, aaúde e muitas realizações.
[21:09] <MARIA_> sim, verdade, as experiências inspiram a nossa criatividade.
[21:09] <adelmaa> Felizes Festas!
[21:09] <professoraRobert> Boas festas a todos
[21:09] <professoraRobert> aguardo meu certificado
[21:09] <professoraRobert> do outro encontro ainda nao recebi
[21:09] <adelmaa> Obrigada pela presença de todos!
[21:09] <silvioutf> Obrigado, Feliz natal, boas festas!
[21:10] <professoraRobert> quem quiser se corresponder
[21:10] <professoraRobert> robertapoll@hotmail.com
[21:10] <professoraRobert> deixo meu email
[21:10] <adelmaa> Todos os certificados só serão emitidos no final de dezembro.
[21:10] <MARIA_> obrigada, Feliz natal!
[21:10] <professoraRobert> facebook. Roberta Poltronieri
[21:10] <professoraRobert> beijos
[21:11] <adelmaa> Este é uma trabalho voluntáriso e, por isso, e por ser tosos professores ficamos nesta época sobrecarregados.
[21:11] <adelmaa> Tenho certeza que vocês compreendem.
[21:12] <adelmaa> Boa noite, gente! Fiquem com Deus e um ótimo final de semana, restaurador. <3
[21:13] <professoraRobert> sim
[21:13] <professoraRobert> bjs
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