STIS 2015

5. Junho: REA e Gamificação

cartaz STIS junho 2015

STIS - Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC

Tel Amiel, Tiago Soares e Ana Cristina Fricke Matte

Conferência dupla STIS JUNHO 2015

Dia 26 de junho das 14 às 15:30, na Sala de Conferências do STIS

Recursos Educacionais Abertos: Identificando “tensões” e redimensionando expectativas (Prof. Dr . Tel Amiel (UNICAMP) e Prof. Tiago Soares (Doutorando USP))

Resumo: Em pouco mais de uma década "Recursos Educacionais Abertos” se tornou ao mesmo tempo promessa, problema e panacéia. Como inúmeras outras inovações incorporadas a educação, entrou para o perverso ciclo de expectativas exacerbadas associadas às "tecnologias educacionais". Foi o estopim para a proliferação de cursos abertos e de material livre, mas também criou novas formas de apropriação e centralização. Promoveu a multiplicação de autores e comunidades ao mesmo tempo que observamos o fortalecimento de conglomerados, países e línguas dominantes. Contribui para fomentar a crítica ao modelo de educação vigente, ignorando a semelhança de suas propostas às tentativas históricas de transformação escolar. Nesta apresentação, faço uma introdução ao conceito de Recursos Educacionais Abertos. No caminho aponto exemplo dos extremos e aponto como esse movimento tem contribuído para fazer uma produtiva ponte entre os anseios de uma educação contemporânea e noções históricas de abertura.

 

O jogador do participa.br: em que web navegamos? (Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte (POSLIN/UFMG))

Resumo: A fim de responder quem é o jogador esperado para o portal participa.br, em implementação pela Secretaria Geral da Presidência da República, com base em observações e discussões realizadas na experiência em ensino a distância e semi-presencial, bem como pela participação, organização e criação de comunidades online relacionadas à cultura e ao software livres, partimos da discussão da definição de web: qual a web que se vende? qual a web que se compra? Não se trata da rede física de computadores, mas da web como espaço de participação social e compartilhamento. Numa primeira visada, pode-se dizer que o conhecimento é compartilhado como um conjunto de objetos partilháveis e que a base da participação é a interação entre usuários humanos. O trabalho indica, por meio de uma análise tensiva, que a diferença entre conhecimento como objeto ou como processo está na base de uma diferenciação crucial entre a imagem-fim do sujeito genérico das redes sociais proprietária e a imagem-fim do sujeito especialista das instituições de ensino, religiosas, governamentais e outras instituições com poder de decisão sobre o estatuto do conhecimento na sociedade. A dinâmica encontrada nas comunidades de cultura livre e de software livre aponta como a relação mais próxima do ideal num mundo de sujeitos diversificados e saberes em processo de construção. São essas as considerações que conduzem a discussão do jogador de um participa.br gamificado.